1.0 História 1.1 Origens das Linguagens de Modelagem Orientadas a Objetos
As linguagens de modelagem orientadas a objetos começaram a
ganhar destaque entre a metade da década de 1970 e o final da década de 1980. Nesse período, o campo da engenharia de software estava experimentando um rápido crescimento, com a ascensão de linguagens de programação orientadas a objetos e o desenvolvimento de sistemas cada vez mais complexos. A complexidade crescente das aplicações motivou os profissionais envolvidos em metodologias de desenvolvimento a buscar alternativas de análise e projeto que fossem mais adequadas a esse novo cenário.
1.2 Expansão dos Métodos Orientados a Objetos
Entre 1989 e 1994, o número de métodos orientados a objetos
cresceu consideravelmente, passando de pouco mais de 10 para mais de 50 métodos diferentes. Isso refletiu a demanda por abordagens mais eficazes para a modelagem de sistemas complexos. No entanto, essa proliferação de métodos também trouxe desafios, uma vez que muitos desenvolvedores encontraram dificuldades para escolher o método mais apropriado para suas necessidades específicas.
1.3 Diversos Métodos Destacados
Dentre os muitos métodos orientados a objetos que surgiram,
alguns se destacaram devido às suas abordagens inovadoras e contribuições significativas. Entre eles, podemos mencionar:
• Booch: O método Booch era conhecido por seu foco nas
fases de projeto e construção de sistemas. Ele enfatizava a estrutura e a organização do código.
• OOSE (Object-Oriented Software Engineering) de
Jacobson: Esse método oferecia suporte excepcional para a captura de requisitos, a análise e o projeto em alto nível, tornando-o ideal para a fase inicial de desenvolvimento de sistemas.
• OMT (Object Modeling Technique) de Rumbaugh: O
método OMT era especialmente útil na análise de sistemas de informação com foco em dados. Ele se destacava por sua abordagem estruturada. 1.4 A Busca por uma Linguagem Unificada
Conforme a complexidade dos sistemas crescia e a necessidade
de unificação se tornava mais evidente, os criadores de métodos orientados a objetos, Grady Booch (Rational Software Corporation), Ivar Jacobson (Objectory) e James Rumbaugh (General Electrics), começaram a explorar a ideia de criar uma linguagem unificada de modelagem que pudesse atender a todas as necessidades dos desenvolvedores.
1.5 O Nascimento da UML
A criação da UML (Unified Modeling Language) teve início
oficialmente em outubro de 1994, quando James Rumbaugh se juntou a Grady Booch na Rational. Inicialmente, o foco do projeto era unificar os métodos Booch e OMT. O esboço da versão 0.8 do Método Unificado foi lançado em outubro de 1995. Pouco depois, Ivar Jacobson se associou à Rational para incorporar o OOSE no escopo da UML. O resultado foi o lançamento da versão 0.9 da UML em junho de 1996. A linguagem foi então submetida à comunidade de engenharia de software e muitas empresas demonstraram interesse.
1.6 Padronização e Aceitação
A UML foi oferecida para a OMG (Object Management Group) em
janeiro de 1997, em resposta à solicitação da OMG por propostas de uma linguagem padrão de modelagem. A versão 1.1 da UML foi entregue à OMG em julho de 1997 e foi rapidamente aceita, marcando sua adoção como uma linguagem padrão de modelagem. A manutenção e aprimoramento subsequente da UML foram realizados pela RTF (Revision Task Force) do OMG, que lançou revisões editoriais como a UML 1.2 e 1.3.
1.7 Aceitação Generalizada
Os criadores da UML buscaram desenvolver uma linguagem que
fosse acessível a todos os desenvolvedores e permitissem a criação de métodos de trabalho personalizados. Empresas desenvolvedoras de ferramentas foram incentivadas a criar ferramentas compatíveis com a UML, o que resultou em uma ampla aceitação da linguagem na indústria de software.
1.8 Aplicações Versáteis
A UML não se limita apenas à modelagem de software. Ela pode
ser aplicada em várias fases de desenvolvimento, desde a captura de requisitos até a geração de código. Além disso, a UML pode ser usada em uma variedade de domínios, incluindo sistemas mecânicos, engenharia em geral e organização de processos.
A UML representa uma evolução significativa na história da
modelagem de sistemas, proporcionando uma linguagem unificada e flexível que se tornou essencial para a compreensão, projeto e comunicação de sistemas complexos em diversas áreas.
2.0 Elementos históricos
• Este consórcio apresenta em Janeiro/1997 a UML 1.0 • A UML é a linguagem gráfica para a visualização, especificação, construção e documentação de sistemas de software. • Linguagens orientadas a objetos surgiram entre a metade da década de 1970 e 1980 • Entre 1989 e 1994 a quantidade de métodos de modelagem aumentou de 10 para 50 • Havia uma dificuldade inicial, por parte dos desenvolvedores, devido a diversidade de métodos, visto que não atendiam completamente às suas necessidades. • Neste conexto alguns método se destacaram: Notação de Booch; o OOSE (Object-Oriented Software Engineering) de Ivar Jacobson e o OMT (Object Modeling Technique) de James Rumbaugh • Todos eram completos, apresentando pontos fortes e fracos • Por volta da metade da década de 1990 Booch (Rational Software), Jacobson (Objectory) e Rumbaugh(GE) se unem para desenvolver a UML • Outubro/1995 o esboço da versão 0.8 foi lançada • Junho/1996 – Lançada a versão 0.9 da UML • Foi estabelecido um consórcio de UML com a participação das empresas: Rational Software; Digital; Hewlett-Packard; ILogix; Intelicorp; IBM; Icon Computing; MCI SystemHouse; Microsoft; Oracle; Texas Instruments e Unysis. • A UML 1.0 foi oferecida ao OMG (Object Management Group) • Em 1997 o consórcio se ampliou Em Novembro/1997 o OMG adotou a UML 1.1 • O grupo Revision Task Force (RTF) do OMG assume a manutenção da linguagem e em Junho/1998 a versão 1.2 foi lançada Em Dezembro/1998 o RTF lançou a versão 1.3 da UML • 2001 - Versão 1.5 • 2003 – Lançamento da Especificação 2.0 pelo OMG • 2005 – UML 2.0 • 2015 – UML 2.5 • A notação (a própria UML) é relativamente trivial. • Muito mais importante: habilidade para modelar com objeto. • Só aprender a notação UML não ajuda • A UML não é Um processo ou metodologia APOO Regras de projeto
3.0 Bibliografia
• Bezerra, Eduardo. Princípios de Análise e Projeto de Sistemas com UML .1ed.,2014