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1 Ano Livro 1
1 Ano Livro 1
E SUAS TECNOLOGIAS
1 ensino médio
CIÊNCIAS DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS
1 ensino médio
Direção Presidência:
Produção Editorial:
Equipe SOMOS Educação e lab212
Imagem de capa:
Who is Danny/ Daniel M Ernst/
carlos castilla/ Shutterstock
Presidência CNI:
Robson Braga de Andrade
Diretor de Educação e Tecnologia CNI:
Rafael Lucchesi Ramacciotti
Gerente-Executivo de Educação:
Sergio Jamal Gotti
Gerência de Educação Básica:
Wisley João Pereira
Coordenação do Projeto:
Paulo Alves da Silva e Edilene Rodrigues Vieira Aguiar
Bibliografia.
ISBN: 978-85-08-19192-5 (aluno)
ISBN: 978-85-08-19208-3 (professor)
Impressão e acabamento
Uma publicação
INTRODUÇÃO
A etapa final da Educação Básica vem apresentando grandes desafios para o Brasil.
Constata-se hoje que o Ensino Médio não corresponde aos anseios de quase dois
milhões de jovens que não ingressam ou, após iniciar, desistem – há evasão de 11%,
segundo o Censo Escolar 2014/2015 (Inep, 2017).
Na atualidade, o modelo curricular em vigência e as práticas desenvolvidas difi-
cilmente motivam as novas gerações de nativos digitais imersos em ambientes com
ampla oferta de tecnologias, possibilidades múltiplas de interação, articulação e pro-
dução de conhecimento.
A escola brasileira não tem acompanhado essas mudanças, que afetam não so-
mente comportamentos como também processos cognitivos, modos de aprender,
ser e conviver. O projeto Itinerários do Novo Ensino Médio pauta-se no artigo 81 da
Lei de Diretrizes e Bases (lei no 9 394/96) e atende às demandas da nova legislação
(lei no 13 415/2017).
A reforma do Ensino Médio preconiza a articulação de formação geral e forma-
ção técnica e se revela uma grande oportunidade de formular um itinerário educa-
tivo conectado ao mundo do trabalho. O objetivo é preparar adolescentes e jovens
para as profissões existentes, além de ocasionar reflexões sobre as transformações
das carreiras e o desenvolvimento de novos campos de atuação profissional, espe-
cialmente para a indústria nacional e internacional.
Uma escola que envolva crianças, adolescentes e jovens e os torne protagonistas
das práticas educativas se faz fundamental para oferecermos a Educação Básica de que
necessitam cada brasileiro e o país. Portanto, é essencial ter clareza de que os conheci-
mentos não se resumem à mera listagem de conteúdos fracionados e isolados a serem
ensinados pelos professores e aprendidos pelos estudantes. Importa à escola proporcio-
nar a construção de uma vida social, cultural, tecnológica que permita o ingresso dos
jovens no mundo do trabalho e possibilite a continuidade de estudos em nível superior.
O Ensino Médio fragmentado em disciplinas especializadas e que raramente esta-
belecem diálogo entre si e com a realidade cotidiana não é atrativo nem significativo
para nossos estudantes. É necessário mudar! Por esse motivo, o projeto Itinerários do
Novo Ensino Médio propõe uma experiência pedagógica com currículo organizado
por áreas de conhecimento e objetivos de aprendizagem que se relacionem à constru-
ção de competências e habilidades estreitamente relacionadas à vivência social e ao
itinerário de formação técnica e profissional.
APRESENTAÇÃO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
2 UNIVERSO EM MOVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Origem do Universo e a teoria do Big Bang . . . . . . . . . . . . . . . 43
Estudo do movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
▶ C1
Habilidades
▶ H1, H2, H4 e H5
K
OC
ST
TER
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ANDREA IZZOTTI/SHUTTERSTOCK
MITOS EXPLICAM O MUNDO
As primeiras descobertas em relação aos fenômenos na-
turais aconteceram na Pré-História, como tentativa de resolver
problemas práticos dos seres humanos, como a percepção de
que uma lança pontiaguda perfuraria a pele do animal e tornaria
a caça mais eficiente, ou que por meio de uma fogueira poderiam
ser gerados luz e calor, ou que o céu apresentava uma configura-
ção diferente ao longo do ano e que essa configuração poderia
ser utilizada para marcar as épocas de plantio e de colheita. De
modo geral, essas descobertas estavam sempre associadas a ma-
gia e seres míticos, como magos e sacerdotes, e os seres humanos
buscavam algum controle sobre os fenômenos naturais. Essas
descobertas e suas aplicações não podiam ainda ser consideradas
Ciência, mas, ao observar, compreender, analisar e produzir fer-
ramentas, os seres humanos pré-históricos já estavam aplicando A mumificação é um conjunto de
conhecimentos que, posteriormente, foram retomados e sistematizados pelas ciências. procedimentos químicos e físicos que
As explicações mitológicas para os fenômenos naturais dadas pelas diversas culturas, inclusive visava à preservação dos corpos. Além
disso, para mumificar um corpo, era
pelos povos indígenas brasileiros, recorriam a divindades cujas ações e humor geravam os fenômenos necessária a realização de cirurgias para a
naturais. Muitos desses mitos são conhecidos, como o do deus Thor, da mitologia nórdica, cuja ira retirada dos órgãos. Esses procedimentos
gera os trovões, ou ainda lendas, como a da criação do mundo segundo o povo Tupi, que teria sido já eram conhecidos pelos egípcios.
obra do deus Tupã e da deusa Jaci. A mitologia grega, absorvida e modificada pelos romanos, ainda
está presente, por exemplo, nos nomes dados aos planetas do Sistema Solar e às constelações.
MATTEO PROVENDOLA/SHUTTERSTOCK
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Estátua representando o deus Thor, em Bergen, na Noruega. Representação da constelação de Órion. CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Segundo uma das narrativas da mitologia
Por volta do ano 600 a.C., os filósofos gregos conhecidos como naturalistas buscam romper grega, Órion, filho de Netuno
e de Euriale, filha de Minos, era um
com essa visão dos fenômenos naturais ligada a divindades, e formularam explicações mais racionais grande admirador da Astronomia.
sobre o mundo natural. Muitos dos conhecimentos desses filósofos foram utilizados posteriormente
como base para a construção da Ciência e seu método. Podemos dizer que Aristóteles foi o filósofo
grego com mais influência em relação aos conhecimentos sobre o mundo natural.
Suas ideias e concepções perduraram por cerca de 2 mil anos, e só foram confrontadas e,
posteriormente, substituídas com o nascimento da Ciência moderna no século XVI.
KWIRRY/SHUTTERSTOCK
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Apesar de não ser considerada Ciência, a
alquimia contribuiu para o conhecimento
sobre compostos químicos e técnicas
de laboratório, como a destilação e a
sublimação, que são usadas até hoje
pelos químicos.
esse tema e trabalhos de outros cientistas para verificar como eles trata-
ram o tema, e quais as questões a que já responderam. Essa base teórica é Faça uma
fundamental para que se possa avançar na pesquisa. revisão bibliográfica
II. Observação e experimentação: o cientista, depois de estudar o tema, elabo-
ra hipóteses, ou seja, possíveis soluções para a questão que vai pesquisar. A
partir desse momento, propõe experimentos, avalia os parâmetros e passa
Formule uma
a levantar dados para comprovar ou refutar a hipótese.
hipótese
III. Análise e interpretação de dados: os dados coletados nos experimentos
são analisados, com o uso de modelos matemáticos, cálculos estatísticos,
entre outras formas de análise, para obter uma conclusão sobre a validade
da hipótese ou a necessidade de sua modificação. Realize um
experimento
IV. Replicação do experimento: o cientista refaz os experimentos, confere os
procedimentos e dados obtidos, publica os resultados em revistas especia-
lizadas, apresenta a pesquisa em congressos, de modo que outros cientis-
tas possam avaliar as conclusões, além de compartilhar os conhecimentos Aceite a Rejeite a
obtidos. hipótese X hipótese
À medida que o ser humano busca maior compreensão dos fenômenos
à sua volta, as ciências avançam e ampliam o conhecimento sobre a natureza
e o desenvolvimento de novas tecnologias. Com isso, os experimentos mais sofisticados podem
fazer que as previsões e leis estabelecidas anteriormente se tornem incompatíveis com os novos
resultados experimentais. Desse modo, o conhecimento científico, apesar de ser construído em
bases sólidas e metodologia confiável, precisa ser constantemente revisto e as teorias, reformuladas.
Há vários exemplos na área das Ciências da Natureza:
GORODENKOFF/SHUTTERSTOCK
explica as características dos
movimentos em velocidades
próximas à velocidade da luz.
Para essas situações, os con-
ceitos da mecânica relativística
devem ser utilizados.
▶ O lamarckismo foi substituído
pelo darwinismo na explicação
da evolução das espécies, pois o
primeiro não explicava as novas
descobertas sobre a evolução
dos organismos vivos.
▶ Os modelos atômicos foram
passando por modificações ao
longo do tempo, em razão de As pesquisas
resultados experimentais que científicas devem
só eram explicados por meio de ser realizadas
modelos atômicos mais com- seguindo uma
metodologia
plexos e com um maior núme- rigorosa para que
ro de partículas elementares do os resultados
que as propostas inicialmente. sejam válidos.
Já os artigos são textos nos quais são descritas as metodologias utilizadas, os dados e os resulta-
dos obtidos em uma pesquisa. Esses textos são divulgados por periódicos específicos, as chamadas
revistas científicas, que não são como as revistas vendidas em bancas de jornais, embora existam
algumas revistas que tratam de Ciência dirigidas a um público mais amplo, as chamadas revistas de
divulgação científica.
Os textos científicos podem ser encontrados em bibliotecas de grandes universidades e insti-
tuições de pesquisa. Também é possível acessar muitos deles pela internet. Muitas vezes o conteúdo
apresenta uma linguagem bastante técnica. Vejamos uma amostra de como é um texto de artigo
científico com o exemplo de uma pesquisa sobre efeitos da cafeína.
1. Verifique se
Verifique o autor:
Pesquise na plataforma Lattes
Confie no texto se a fonte for de
do CNPq, na qual a maioria dos
agência de informações ou orga- Não confie no texto se a fonte
pesquisadores do país mantém um
Não confie no texto nização confiável e envolvida na não for de agência de informação
currículo atualizado. Muitas notícias
área de pesquisa a que se refere ou organização confiável.
falsas citam nomes de pessoas
o texto.
que não existem ou não são
especialistas na área em questão.
3. Pesquise se:
Há textos, vídeos ou outras informações que desmentem a notícia.
Sim Não
b) A interpretação dada por Calvin para a origem da pedra chamuscada pode ser reconhecida como científica ou baseada no
senso comum? Por quê?
Resposta: os alunos devem reconhecer a explicação dada por Calvin como senso comum, já que ele não cumpriu as etapas da
construção do conhecimento científico para elaborá-la.
LAB212
12 000
Brasil
8 000
4 000
0
2008 2010 2012 2014 2016 2018
b) Qual é a relação entre o número de casos de sarampo dos últimos anos e os movimentos contra a vacinação?
Resposta: os casos de sarampo voltaram a subir nos últimos anos também em razão do crescente movimento contra a vacinação, o que
diminuiu a imunização da população contra doença.
c) As informações que levaram as pessoas a não se vacinarem foram baseadas em informações científicas? Explique.
Resposta: não. As informações foram baseadas no senso comum.
d) Elabore uma proposta para informar as pessoas quanto à importância da vacinação e dos perigos da não vacinação.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apontem campanhas de vacinação que eduquem a população, divulgação de dados científicos
que embasem a importância da vacinação, e os perigos de informações falsas e alarmantes divulgadas por pessoas não especializadas
nos diferentes meios de comunicação.
a) Explique por que o autor afirma que a tecnologia se torna uma “caixa preta” assim como os objetos mágicos.
Resposta: a distância entre a Ciência produzida e a consumida é grande o suficiente para as pessoas não identificarem ou reconhecerem
o funcionamento dos aparelhos tecnológicos, da mesma forma como não se conhece o funcionamento de objetos mágicos de histórias
de ficção.
b) Por que algumas pessoas acham difícil “acreditar” no aquecimento global? Compare a crença na Ciência do século XVIII,
citada no texto, com a atual.
Resposta: algumas pessoas acham difícil acreditar no aquecimento global porque as evidências não são concretas e imediatas,
diferentemente das descobertas do século XVIII citadas no texto, que eram mais concretas e mais “palpáveis”, pois, à medida que a
Ciência avança, ela se distancia dos fenômenos do dia a dia.
d) Pesquise, selecione e escreva no mínimo duas evidências científicas que possibilitam rebater ideias do senso comum refe-
H2 rentes ao aquecimento global.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam a diferença entre evidências passíveis de comprovação daquelas baseadas no
H5 senso comum. Algumas respostas possíveis são: elevação da temperatura média anual, derretimento do gelo do Ártico, aumento do nível
dos oceanos, branqueamento dos corais.
UM SÁBADO QUALQUER
Fonte: Disponível em: <https://www.umsabadoqualquer.com/942-socrates-8/>. Acesso em: 3 jan. 2020.
Explique o motivo pelo qual Zeus está furioso com o filósofo com base no que você estudou neste capítulo. Lembre-se de levar
em conta a transição que houve nos modelos de explicação.
Resposta: as explicações para os fenômenos passaram a ser feitas de forma racional e não mais com base em crenças sem comprovações
empíricas (experimentais). As religiões passaram a se concentrar na espiritualidade e não em explicações sobre os fenômenos naturais.
3 Escolha uma informação com a qual você tenha tido contato esta semana. Pode ser um texto, uma imagem, um vídeo.
Realize os passos descritos no esquema da página 13 e verifique se o conteúdo é confiável. Você pode inferir que o texto é
H1 confiável? Justifique.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos verifiquem a informação e infiram se ela é ou não confiável, justificando sua conclusão a partir
das informações obtidas nos passos realizados.
EXPERIMENTANDO
Medindo grandezas simples
Preparando o material
Cada dupla ou grupo vai precisar de:
▶ cronômetro (o do celular, por exemplo);
▶ livro, caderno ou folhas de sulfite;
▶ régua.
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Segundo desafio: Medir a pulsação arterial de um dos membros do grupo, em diferentes intervalos de tempo.
Os batimentos cardíacos de uma pessoa podem variar conforme a hora do dia, as emoções e outros fatores. Portanto, durante o experimen-
to, é importante que a pessoa cujos batimentos cardíacos forem medidos não se mova muito nem passe por emoções antes da aferição. É
importante fazer 5 medidas na mesma pessoa. Se, por qualquer motivo, o experimento for interrompido, deve ser reiniciado do princípio
com outra pessoa.
O pulso pode ser sentido facilmente no local onde se coloca a pulseira do relógio, na parte mais próxima do polegar, nas têmporas ou no pescoço.
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Escolhido o local onde a pulsação será medida, um colega deve cronometrar 1 segundo, enquanto o aluno que terá o pulso medido contará
quantas pulsações ocorrem nesse período. Em seguida, um terceiro aluno deve anotar o resultado na tabela abaixo. As medições devem ser
feitas em intervalos de 10, 15, 30 e 60 segundos. A cada medida, o resultado deve ser anotado.
Após a coleta dos dados, devem ser feitos os cálculos indicados na terceira coluna, com registro dos resultados na quarta coluna.
Tempo (s) Número de pulsações no tempo cronometrado Cálculo Pulsações por minuto
1 multiplique por 60
5 multiplique por 12
10 multiplique por 6
30 multiplique por 2
60 –
Agora, compare os resultados das medidas coletadas e anotadas em cada linha da 4 a coluna e responda:
3. Os resultados apresentados nas colunas são idênticos? Caso a resposta seja afirmativa, explique a metodologia empregada para
obter esses dados.
Caso os dados medidos não sejam idênticos, considerando que a pulsação do(a) colega não variou durante o experimento, explique o
que pode ter causado as diferenças nas medidas.
Professor, é importante que os alunos entendam que eventuais variações nos valores não significam necessariamente que a grandeza variou
em si, mas apenas sua medida. Isso ocorre devido à incerteza. Recomenda-se que, caso os alunos não cheguem a essas conclusões por si
mesmos, seja retomado o conceito de incerteza tratado no capítulo.
Muitas vezes, é necessário utilizar unidades maiores ou menores do que as unidades de base
ou derivadas do SI. Para isso, podemos utilizar os prefixos, que representam algumas potências de 10,
para a formação de múltiplos e submúltiplos das unidades do SI.
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40”
PARA AMPLIAR
FONTE: HTTPS://PHOTOJOURNAL.JPL.NASA.GOV/CATALOG/PIA17486
Erro da Nasa pode ter destruído sonda
Um erro elementar de conversão de pesos e medidas cometido pelos
controladores de voo pode ter sido o motivo pelo qual a sonda espacial Mars
Climate Orbiter (MCO) foi destruída ao tentar entrar na órbita de Marte [...].
n ⋅ 10m
em que n deve ser maior ou igual a 1 e menor que 10,
multiplicado por 10 elevado ao expoente m
4 ⋅ 108
4 10
c) (5 ⋅ 10−3)3 = 53 ⋅ 10−9 = 125 ⋅ 10−9 = 1,25 ⋅ 102 ⋅ 10−9 = 1,25 ⋅ 10−7
d) 2,5 ⋅ 105 = 25 ⋅ 104 = 5 ⋅ 102
Adição e subtração
Para adicionar ou subtrair números escritos em notação científica, eles devem estar expressos
na mesma potência de 10. Caso haja diferença, deve-se realizar uma conversão de forma a igualar os
expoentes das potências. Veja os exemplos a seguir:
PARA AMPLIAR a) 4,23 ⋅ 107 + 1,3 ⋅ 106 = 42,3 ⋅ 106 + 1,3 ⋅ 106 = 43,6 ⋅ 106 = 4,36 ⋅ 107
b) 6,5 ⋅ 10−3 − 3,2 ⋅ 10−4 = 65 ⋅ 10−4 ⋅ 3,2 − 10−4 = 61,8 ⋅ 10−4 = 6,18 ⋅ 10−3
Não se esqueça de que uma
potência com expoente negati-
vo equivale a uma fração. Elevar
Multiplicação e divisão
qualquer número diferente de Outra maneira seria expressar a primeira parcela como potências de 106, no item a, e 10−4, no
zero a um expoente negativo item b, ficando da seguinte forma:
resulta no inverso desse número
elevado ao oposto do expoente, a) 4,23 . 10 7. 1,3 . 10 6 = (4,23.1,3) . 10 7+6 = 5,49 . 1013
ou seja:
1 6,4
a−n = b) 6,4 . 10 4 Ö 3,2 . 10 3 = . 10 4−3 = 2,0 . 10
an 3,2
Portanto, a ordem de grandeza de 92 é 102 porque 92 está compreendido entre 10 e 100, mas está
mais próximo de 100 (102). De modo análogo, a ordem de grandeza de 0,00022 = 2,2 × 10−4 é 10−4.
Ordens de grandeza
1026 Limites do Universo conhecido 1018 Idade do Universo 1041 A Via Láctea
1013 Tamanho do Sistema Solar 1011 Vida média do átomo de carbono-14 1023 A Lua
1011 Distância da Terra ao Sol 109 Vida média do homem 1015 Asteroide grande
100 1 metro 100 1 segundo (tempo entre as duas batidas do coração) 104 Baleia
10−4 Espessura de um fio de cabelo 10−3 Tempo típico para a corda de violão efetuar vibração 102 Ser humano
10−7 Comprimento de onda da luz 10−22 Período de vibrações nucleares 10−3 Uma uva
10−8 Tamanho de um vírus típico 10−24 Tempo para a luz atravessar um núcleo atômico 10−9 Partícula de poeira
10−30 Elétron
https://www.fisica.ufmg.br/ncarolina/files/rdA/ordens.pdf
KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK.
A ordem de grandeza de uma bactéria é de 100 μm, e de um vírus é de 10−3 μm. Podemos dizer que uma
bactéria é mil vezes maior que um vírus.
Não devemos nos preocupar em estabelecer critérios rigorosos para determinar a potência
de 10 mais próxima do número, pois o conceito de ordem de grandeza, por sua própria nature-
za, é uma avaliação aproximada, na qual não cabe nenhuma preocupação com rigor matemático.
Por essa mesma razão, quando um número estiver aproximadamente no meio entre duas potências
de 10, será indiferente escolher uma ou outra para representar a ordem de grandeza desse número.
Por exemplo, para determinar a ordem de grandeza do número de gotas que cabem numa banheira,
precisamos, antes, determinar a grandeza de seu volume. Para isso, podemos supor que as dimensões
da banheira (largura, altura e profundidade) estão mais próximas de 1 m do que de 10 m. Ou seja, a
ordem de grandeza de cada uma é 100 = 1 m, e o volume da banheira é de 1 m × 1 m × 1 m = 1 m3.
Imaginando que a gota tenha formato cúbico, com arestas de 1 mm (10−3 m), a ordem de
grandeza do seu volume é de 10−3 m × 10−3 m × 10−3 m = 10−9 m3. Assim, a ordem de grandeza
do número de gotas que cabem numa banheira é de:
1 m3
=109 =1 000 000 000 gotas, ou seja, 1 bilhão de gotas.
1 . 10−9 m3
LAB212
2 Supondo que cada pessoa beba 2 litros de água por dia, qual é a ordem de grandeza do número de litros de água ingerido pela
população brasileira, em um ano? Considere a população brasileira com 208 494 900 habitantes (dados IBGE, 2018).
H1
Resposta:1011.
3 Supondo que, no Brasil, cada família possui, em média, um televisor, qual é a ordem de grandeza do número de televisores
existentes nas residências brasileiras? Considere que em cada residência vivam, em média, 5 pessoas e a população do Brasil é
H1
de aproximadamente 2,1 ⋅ 108 habitantes.
4 Um relógio de ponteiros funciona durante um mês. Qual é o valor mais próximo do número de voltas que o ponteiro de minu-
tos terá completado nesse período?
H1
Resposta: 7,2 × 102 voltas.
LAB212
Norte Nordeste
59,6 58,4
40,4 45,0
72,0
Sudeste
32,4 76,5
Brasil Centro-Oeste c) Pesquise como a produção e a utilização de televisores
69,7 35,3
Sul mais modernos impactam a indústria.
Televisão de tela fina
73,9 Resposta pessoal. Espera-se que os alunos encontrem dados
38,9
41,0
Televisão de tubo que mostrem a produção de televisores mais modernos,
o aumento de modelos, a obsolescência dos produtos,
Domicílios com televisão (%)
Grandes
Somente televi- Somente televi- bem como a necessidade de mais tecnologia envolvida na
regiões
são de tela fina são de tubo produção de equipamentos mais modernos.
Brasil 57,8 27,0
Norte 52,5 33,2
Nordeste 50,6 37,2
Sudeste 62,5 21,3
Sul 56,6 23,7
Centro-Oeste 63,9 24,3
Uso de internet, televisão e celular no brasil. Educa IBGE. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/
materias-especiais/20787-uso-de-internet-televisao-e-celular-no-brasil.html>. Acesso em: 3 jan. 2020.
ARQUIVO DA EDITORA
10 11 12 13 14 15
Ao tentar expressar o resultado dessa medida, você percebe que ela está compreendida en-
tre 14,3 cm e 14,4 cm. Você terá de estimar a fração de milímetro que deverá ser acrescentada a
14,3 cm, pois a régua não apresenta divisões inferiores a 1 mm. Para fazer essa estimativa, imagine que
o intervalo entre 14,3 cm e 14,4 cm esteja subdividido em 10 partes iguais. Observando a posição da
seta na figura, podemos estimar que a fração mencionada tem 5 décimos de milímetro. O resultado
da medida poderá ser expresso como: 14,35 cm.
Observe que temos certeza de que os algarismos 1, 4 e 3 estão corretos, pois foram obtidos por
meio de divisões inteiras da régua. Entretanto, o algarismo 5 foi estimado, isto é, você não tem certeza
sobre seu valor, e outra pessoa poderia avaliá-lo como 4 ou 6, por exemplo. Por isso, esse algarismo
estimado é denominado algarismo duvidoso ou algarismo incerto.
Note que faria sentido estimar o algarismo que deveria ser escrito, na medida, após o algarismo
5. Para isso, seria necessário imaginar o intervalo de 1 mm subdividido mentalmente em 100 partes
iguais, o que é impossível. Portanto, se o resultado da medida fosse apresentado como 14,357 cm,
por exemplo, poderíamos afirmar que a estimativa do algarismo 7 (segundo algarismo avaliado) não
tem nenhum significado físico e, assim, estaria incorreto apresentá-lo como resultado da medição da
barra. Dessa maneira, ao efetuarmos uma medida, devemos apresentar o resultado apenas com os
algarismos significativos. O resultado da medida da figura 1 deve, então, ser expresso como 14,35 cm.
Expressando a incerteza
A incerteza é uma grandeza que permite avaliar quão confiável é o resultado de uma medição.
Quanto maior a incerteza, menos confiável é a medição realizada. O resultado de uma medição
deve ser sempre expresso com a mesma quantidade de casas decimais que sua incerteza, e as duas
grandezas devem ser expressas na mesma unidade. Por exemplo, o valor da aceleração da gravidade
é 9,975 ±0,003 m/s2 (lê-se 0,003 para mais ou para menos).
Algarismos significativos
Quando apresentamos o resultado de uma medição experimental, em qualquer uma das áreas
do saber que compõem as Ciências da Natureza, devem estar presentes na resposta final somente os
algarismos sobre os quais temos certeza, seguidos do primeiro algarismo duvidoso. Esses algarismos
(os corretos e o primeiro duvidoso) são denominados algarismos significativos.
GLOSSÁRIO
Algarismos significativos:
Algarismos significativos de uma medida são aqueles cujo valor temos certeza, seguidos do primeiro alga-
rismo duvidoso.
ARQUIVO DA EDITORA
11 12 14
14,35 15
Se, nessa avaliação, fosse encontrado o algarismo 7, por exemplo, o resultado da medida poderia
ser escrito como 14,357 cm, sendo todos esses algarismos significativos. Por outro lado, se a régua
não apresentasse as divisões de milímetros, apenas os algarismos 1 e 4 seriam corretos. O algarismo 3
seria o primeiro algarismo estimado e o resultado da medida seria expresso por 14,3 cm, com apenas
três algarismos significativos.
1
13
3 14 15 16
6
Régua com
subdivisões em
centímetros.
Para que o resultado da adição contenha apenas algarismos significativos, você deverá observar
qual (ou quais) das parcelas tem o menor número de casas decimais. Em nosso exemplo, essa parcela
é 2 807,5, que tem apenas uma casa decimal. Essa parcela será mantida como está. As demais deverão
ser modificadas, de modo que fiquem com o mesmo número de casas decimais da parcela escolhida,
abandonando-se nelas tantos algarismos quantos forem necessários.
Assim, na parcela 0,0648, devemos abandonar os algarismos 6, 4 e 8. De acordo com a regra de
arredondamento, ao abandonarmos algarismos em um número, o último algarismo mantido deverá
ser acrescido de uma unidade se o primeiro algarismo abandonado for superior a 5; se for inferior a
5, permanecerá invariável. Então, a parcela citada (0,0648) deverá ser escrita como 0,1.
Na parcela 83,645, devemos abandonar os algarismos 4 e 5; logo, a parcela 83,645 fica reduzida a 83,6.
E, na parcela 525,35, devemos abandonar o algarismo 5. Quando o primeiro algarismo abando-
nado for exatamente igual a 5, será indiferente acrescentar ou não uma unidade ao último algarismo
mantido. De qualquer maneira, as respostas diferirão, em geral, apenas no último algarismo, e isso
não tem importância, pois é um algarismo duvidoso. Podemos, então, escrever a parcela 525,35
indiferentemente como 525,3 ou 525,4.
Vejamos, pois, como efetuaremos a adição:
Multiplicação e divisão
Suponha que desejemos, por exemplo, multiplicar 3,67 por 2,3. Realizando normalmente a
operação, encontramos:
3,67 × 2,3 = 8,441
Entretanto, procedendo dessa maneira, aparecem, no produto, algarismos que não são sig-
nificativos.
Para evitar isso, devemos observar a seguinte regra: verificar qual é o fator com o menor número
de algarismos significativos e, no resultado, manter o número de algarismos igual ao desse fator.
Assim, no exemplo anterior, como o fator com o menor número de algarismos significativos
é 2,3, devemos manter, no resultado, apenas dois algarismos, isto é, o resultado deve ser escrito da
seguinte maneira:
3,67 × 2,3 = 8,4
Na aplicação dessa regra, ao abandonarmos algarismos no produto, devemos seguir o critério
de arredondamento que analisamos ao estudar a adição.
Procedimento análogo deve ser seguido ao efetuarmos uma divisão.
Note que o arredondamento foi feito após a realização da multiplicação. Caso o arredonda-
mento fosse feito em cada etapa do cálculo, teríamos:
Grandezas vetoriais
Entretanto, existem outras grandezas que não podem ser classificadas como escalares, pois não
ficam completamente determinadas quando fornecemos apenas seu módulo.
Direção e sentido
No estudo das grandezas vetoriais e escalares, a compreensão das ideias de direção e de sentido
tem um papel fundamental. Por isso, vamos discutir esses conceitos inicialmente.
Direção
Provavelmente, você já ouviu alguma referência aos termos direção e sentido, e tem noção do
que significam. O conceito de direção, por exemplo, originou-se na Geometria, por isso usamos as
figuras a seguir para ilustrar essa ideia.
r2
r3
A reta r1 determina uma direção. A reta r2, não paralela a r1, determina outra direção, diferente
da definida pela reta r1. Já a reta r3, paralela a r1, tem a mesma direção da reta r1.
Dizemos, então, que retas paralelas têm a mesma direção. Por exemplo: carros que se movimentam
em uma mesma rua reta, ou em ruas retas paralelas entre si, estão se deslocando na mesma direção.
Sentido
Consideremos, agora, uma dada direção, definida pela reta AB.
A B
Podemos imaginar uma pessoa se deslocando nessa reta de duas maneiras diferentes: de A para
B ou de B para A. Dizemos que existem dois sentidos possíveis na direção da reta AB: o sentido de
A para B e o contrário a ele, de B para A. Observe que só tem significado dizer que dois sentidos são
iguais ou contrários se estivermos fazendo essa comparação em uma mesma direção.
ARQUIVO DA EDITORA
seguida pelo corpo. Um avião, por exemplo, que fosse de Brasília para Recife,
provavelmente seguiria uma trajetória completamente diferente e, no entanto,
seu deslocamento seria o mesmo do automóvel, o segmento AB, que une
Brasília a Recife.
Suponha que você deseja informar a uma pessoa o deslocamento do
carro mencionado. Se você lhe dissesse que o carro se deslocou 1 600 km, isto
é, se você lhe fornecesse apenas o módulo do deslocamento, a pessoa não
B poderia fazer uma ideia da mudança de posição do carro. Essa mudança de
RECIFE posição, de 1 600 km, poderia ter ocorrido em uma direção qualquer, que
não fora especificada por você.
∆S&
Para compreender melhor a ideia, você deveria ter informado, no caso
OCEANO
ATLåNTICO
acima retratado, que o deslocamento se deu na direção da reta que passa
A entre Brasília e Recife. Mesmo assim, a pessoa teria de saber se o desloca-
BRASÍLIA N
mento ocorreu de Brasília para Recife ou de Recife para Brasília, isto é, teria
de conhecer o sentido dele. Nesse caso, você deveria informar que o sentido
0 365
km
foi de Brasília para Recife, ou seja, de A para B.
Em resumo, para especificarmos completamente um deslocamento
AB qualquer, é necessário fornecer:
▶ o módulo – valor do deslocamento, medido em unidades de comprimento. Esse valor é dado pela
GLOSSÁRIO
diferença entre a posição A, ocupada pelo corpo no início, e a posição B, no final do deslocamento.
Grandezas: ▶ a direção – direção da reta ao longo da qual ocorreu o deslocamento;
Grandezas que se comportam
▶ o sentido – se foi de A para B ou de B para A.
como o deslocamento são deno-
minadas grandezas vetoriais. Uma
grandeza vetorial só fica comple- Representação de uma grandeza vetorial
tamente determinada quando são
conhecidos o módulo, a direção e Além do deslocamento, há várias outras grandezas vetoriais, como a velocidade e a força,
o sentido. por exemplo.
Se uma pessoa lhe disser que um carro está se movendo a 50 km/h (módulo da velocidade),
você não terá a informação completa de como o carro está se movendo. Você precisaria saber tam-
bém a direção e o sentido da velocidade.
Consideremos, novamente, um automóvel que viaja de Brasília (Distrito Federal) para Recife.
Como já vimos, seu deslocamento só fica definido quando especificamos o módulo, a direção e o
sentido. Estas três características da grandeza podem ser fornecidas, de uma só vez, se representarmos
o deslocamento por meio da flecha AB como a mostrada na imagem:
▶ O comprimento da flecha, em uma escala apropriada, indica o módulo do deslocamento;
▶ Sua direção é representada pela direção do segmento AB;
▶ Seu sentido é indicado pela seta na ponta da flecha.
Na figura a seguir, a flecha representa a velocidade de 50 km/h (cada 1 cm representa 10 km/h)
na direção leste-oeste e no sentido de oeste para leste.
LAB212
Oeste Leste
LAB212
módulo
direção
2 m3 + 5 m3 = 7 m3
Se uma pessoa possui um terreno, cuja área é de 1 000 m2, e vende um lote de 400 m2 de área,
o lote restante terá uma área de:
A maneira de operar com as grandezas vetoriais, entretanto, é diferente, como veremos a seguir.
LAB212
Resultante de dois vetores
c =a+b
A
Essa maneira de adicionar dois deslocamentos pode ser utilizada para qualquer grandeza ve-
torial. Observe que as grandezas vetoriais são adicionadas de maneira diferente das escalares, e as
palavras “soma” ou “adição” e o sinal “+” têm, aqui, um significado especial. Para evitar confusão,
usamos a expressão soma vetorial quando estamos adicionando vetores.
LAB212
Uma das formas que utilizamos para encontrar a resultante de dois vetores é traçarmos o vetor
de modo que a origem de um vetor coincida com a extremidade do outro vetor. Unindo a origem a
de um vetor com a extremidade do outro vetor, obtemos a resultante.
c =a +b
Regra do paralelogramo O
A figura ao lado representa outra forma de obter a resultante c de dois vetores, a e b . Esse
processo é conhecido como regra do paralelogramo.
Nele, os vetores são traçados de modo que suas origens coincidam (ponto O). Traçando-se um b
paralelogramo que tenha a e b como lados, a resultante será dada pela diagonal desse paralelogramo,
que parte da origem comum dos dois vetores.
V1
U
V = V1 − V2
Mas a subtração de dois vetores pode ser compreendida como a soma do vetor V2 com o vetor
oposto de V1 , o que permite que utilizemos a regra do paralelogramo nesse caso também.
Assim:
V = V2 + (−V1 )
V2
V1
U
Observe que a resultante seria igual caso uníssemos os vetores V1 e V2 pela origem e traçásse-
mos a resultante partindo de V1 e apontando para V2 .
PARA CONSTRUIR
1 Um voltímetro é um instrumento de medida utilizado para Qual é a leitura do voltímetro representada em algaris-
medir a diferença de potencial entre dois pontos de um cir- mos significativos?
H1 cuito elétrico. A unidade de medida utilizada para a diferen- Resposta: 42 V.
ça de potencial é o volt (V).
Observe a imagem a seguir, que representa o visor de um
voltímetro analógico.
LAB212
2
20 30 40 A proveta representada na ima-
LAB212
25
20
10 50 H1
gem tem graduação em mL. Qual
é a leitura do volume do líquido
20
Resposta: 17,7.
Volts
ARQUIVO DA EDITORA
H4
LAB212
B
A
E
Resposta: 3 algarismos.
a) + + = +
b) + + = +
b) Qual é a temperatura indicada pelo termômetro? c) − + = +
Resposta: 37,9 °C. d) − + = −
e) − − = +
Resposta: alternativa d.
LAB212
H4 d2
d3
Buraco
d4
d1
Sendo d1 = 15 m, d2 = 6,0 m, d3 = 3,0 m e d4 = 1,0 m, a distância inicial da bola ao buraco era, em metros, igual a:
a) 5,0
b) 11
c) 13
d) 17
e) 25
Resposta: alternativa c.
Valor da matéria-prima em R$ 200 000 400 000 600 000 800 000 1 000 000 1 200 000
Pela análise da tabela, podemos perceber que 5 000 peças custam R$ 200 000,00 ou que cada
peça custa R$ 40,00.
Podemos escrever de forma geral que:
Valor total da matéria-prima = número de peças × o valor de cada peça
PARA CONSTRUIR
1 Uma substância, mantida a temperatura constante, tem sua c) Qual é o volume correspondente à massa de 3,2 kg?
O ovo
Agora essa. Descobriram que ovo, afinal,
NAKORNTHAI/SHUTTERSTOCK.
não faz mal. Durante anos, nos aterroriza-
ram. Ovos eram bombas de colesterol. Não
eram apenas desaconselháveis, eram mortais.
Você podia calcular em dias o tempo de vida
perdido cada vez que comia uma gema.
Cardíacos deviam desviar o olhar se um
ovo fosse servido num prato vizinho: ver o
Fios de ovos são feitos com
ovo fazia mal. E agora estão dizendo que foi gemas de ovos e açúcar.
tudo engano, o ovo é inofensivo. O ovo é
incapaz de matar uma mosca. A próxima será que o bacon limpa as artérias. Sei não,
mas me devem algum tipo de indenização. Não se renuncia a pouca coisa quando se
renuncia a ovo frito. [...]
Não existe nada [...] comparável a uma gema deixada intacta deixada em cima do
arroz depois que a clara foi comida, esperando o momento do prazer supremo, quan-
do o garfo romperá a fina membrana que a separa do êntase e ela se desmanchará,
sim, se desmanchará, e o líquido quente e viscoso correrá e se espalhará pelo arroz
como as gazelas douradas entre lírios de Gilreade nos cantares de Salomão, sim, e você
levará o arroz à boca e o saboreará até que o último grão molhado, sim, e depois ain-
da limpará o prato com o pão. Ou existe, e eu é que tenho andado na turma errada.
O fato é que quero ser ressarcido de todos os ovos fritos que não comi nestes anos
de medo inútil. E os ovos mexidos, e os ovos quentes, e os omeletes babados, e os
toucinhos do céu, e, meu Deus, os fios de ovos. Os fios de ovos que não comi para
não morrer dariam várias voltas no globo.
ALEXANDRE CAMILO BONATO/SHUTTERSTOCK
ALEXANDER PROKOPENKO/SHUTTERSTOCK
Quindim é um doce feito à base de gemas de ovos. Ovos preparados de diferentes formas.
1 Qual é a crítica que o autor faz às notícias veiculadas na TV sobre o consumo de ovos?
Resposta: o autor brinca com as diversas notícias sobre a ingestão de ovos e com o fato de que cada notícia nova apresenta resultados que
contradizem as notícias anteriores.
2 O que o autor quer dizer com: “Eu sei, eu sei. Manteiga não foi liberada. Mas é só uma questão de tempo.”
Resposta: ele acredita que, como aconteceu com os ovos, logo dirão que a manteiga faz bem à saúde, pois as notícias sempre contradizem umas
às outras.
3 Na sua opinião, todas as notícias ditas científicas veiculadas nos meios de comunicação são baseadas em pesquisas que adotam uma
metodologia confiável?
Resposta pessoal.
4 Alguma vez você já ouviu alguma notícia sobre alimentos benéficos ou nocivos e isso modificou seus hábitos alimentares? Conte sua
experiência.
Resposta pessoal.
5 Considere as notícias veiculadas nos mais diversos meios de comunicação e divulgadas como resultados de pesquisas científicas:
▶ Elas devem ser veiculadas indiscriminadamente, sem regulamentação?
▶ Há influência da indústria de alimentos na divulgação desse tipo de pesquisa para impulsionar a venda de produtos?
▶ Onde devemos procurar notícias confiáveis sobre alimentos e sua relação com a saúde?
A partir de suas respostas às três questões acima, escreva um texto opinativo de forma fundamentada, com fatos e exemplos sobre o tema.
Resposta pessoal.
UNIVERSO EM MOVIMENTO
Competências
▶ C1 e C2
Habilidades
▶ H1, H2, H3, H4, H5, H6, H7, H10, H11 e H12
K
OC
ST
TER
UT
/SH
EL
PAV
IL YK
SM
Visão noturna de
observatório astronômico
contra o fundo do
céu estrelado com
a Via Láctea.
ORIGEM DO UNIVERSO E A TEORIA DO BIG BANG
VECTORTATU/SHUTTERSTOCK
As galáxias são classificadas de acordo com o seu formato em: elípticas, irregulares, espirais e espirais-barradas.
LAB212
Portal SESI Educação
GALÁXIA VIZINHA (ANÃ)
www.sesieducacao.com.br
Sagitário
Para entender o ciclo de vida e os
principais tipos de estrelas, assis-
ta aos vídeos do Twig disponíveis
em no portal SESI educação:
Estrela. Disponível em: <https://
somos.twigworld.com.br/film/ Orion
de CENTRO DA
glossary/estrela-6160/>. Acesso o
Sirius VIA LÁCTEA
ç
Bra
br/film/o-que-sao-estrelas-7038/>.
ço
VECTORMINE/SHUTTERSTOCK
Super
gigante Gigante
vermelha vermelha
Estrela Estrela média
maciça
Nebulosa
planetária
Anã branca
Estrela de
Buraco negro neutrôns
Sistema Solar
O Sistema Solar é o nome dado ao sistema planetário constituído pelo Sol e um conjunto de
corpos celestes que orbitam em torno dele que se encontra em um dos braços da Via Láctea. Ele é
composto por oito planetas e seus 166 satélites naturais, chamados de luas, cinco planetas anões e
milhões de corpos menores: poeira interplanetária, cometas, asteroides, entre outros.
Os planetas do Sistema Solar, do mais próximo ao mais distante do Sol, são: Mercúrio, Vênus,
IMAGEM SEM ESCALA. Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
CORES FANTASIA.
SIBERIAN ART/SHUTTERSTOCK
ALEXOKOKOK/SHUTTERSTOCK
Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno
Distância média ao Sol (milhões de km) 57,9 108 149 228 778 1 427 2 870 4 497
Período de translação 88 d 224,7 d 365 d 687 d 11,8 a 29,4 a 84,0 a 164,8 a
Período de rotação 58,6 d » 243 d 23,9 h 24,5 h 9,5 h 10h »»16h 18h
Diâmetro equatorial (km) 4 878 12 000 12 756 6 787 142 800 120 600 51 800 49 100
Massa (unidade = 1) 0,055 0,81 1,0 0,1 317,8 95,1 14,5 17,2
Temperatura superfície °C −170 a 430 464 15 −40 −120 −180 −210 −220
Densidade média água = 1g/cm 3 5,4 5,2 5,5 3,9 1,3 0,6 1,1 1,7
N° de satélites naturais 0 0 1 2 63 47 27 13
a - anos terrestres; h - horas; d - dias terrestres, >> movimento retrógrado; >>>> movimento retrógrado aparente.
Os astros que compõem o Sistema Solar estão em constante movimento em torno do Sol.
O Sistema Solar, como um todo, se descola com uma velocidade de 16 km/s em direção à estrela Vega.
PARA CONSTRUIR
1 A Teoria do Big Bang ou grande explosão, ocorrida há, aproximadamente, 15 bilhões de anos, é uma das teorias que explica a
origem do Universo.
H6
Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir.
I. No momento da explosão, todas as partículas da matéria se encontravam em um estado de dissociação completa e perma-
nente, em função do calor extremo. Esse momento pode ser considerado o “caos primordial”.
II. Logo após a ocorrência do Big Bang, o Universo se expandiu e, como consequência, a temperatura começou a baixar.
2 De acordo com o ciclo de vida das estrelas, explique qual será o futuro do Sol, considerando sua massa.
H6 Resposta: o Sol se expandirá, transformando-se em um tipo de estrela conhecida como gigante vermelha. Quando todo o combustível
nuclear do Sol tiver se esgotado, a gigante vermelha, apenas sob ação do processo gravitacional, terá suas dimensões drasticamente
reduzidas. Aos poucos, ela esfriará, transformando-se em uma pequena estrela morta que não emitirá nem luz, nem calor, denominada anã
negra.
3 Uma das possibilidades para o final da vida de uma estrela é que ela se torne uma estrela de nêutrons. Descreva o que é uma
estrela de nêutrons e como ela se forma.
H6
Resposta: caso a massa remanescente da estrela estiver compreendida entre 1,4 e 3 massas solares, se transformará na chamada estrela
de nêutrons. Nessas estrelas a atração gravitacional torna-se tão intensa que causa a fusão de prótons e elétrons, transformando-os em
nêutrons.
b) Qual é a ordem dos planetas que formam o Sistema Solar, a partir do Sol?
Resposta: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno.
2 A Terra é o único planeta do Sistema Solar que apresenta vida. Pesquise e faça uma lista das condições que diferem a Terra dos
outros planetas do Sistema Solar e permitem a existência de vida.
H10
Resposta: os alunos podem citar condições como: temperaturas ideais às diversas formas de vida – devido à atmosfera e à distância entre o
planeta e o Sol; atmosfera que apresenta gases essenciais à vida; água em estado líquido, presença de Lua – que estabiliza o eixo de rotação
da Terra; presença de campo magnético etc.
WIKIMIDIA COMMONS/JDONVIL
ca. Em virtude disso, Copérni-
As teorias de Nicolau
Copérnico só foram
apresentadas em 1530 em
um manuscrito chamado
“Revolutionibus Orbium
Coelestium – Sobre as revoluções
das esferas celestes”.
Terra 1 1 1 1 1,00
LAB212
Planeta
A
A1 A
A22
C
A velocidade do movimento
B de um planeta é maior quando ele
se encontra mais próximo ao Sol.
Para entender melhor essa lei, analisemos a tabela da página anterior. Na segunda coluna ve-
mos que os períodos de revolução dos planetas em torno do Sol são diferentes uns dos outros. O
mesmo acontece com os raios médios de suas órbitas (distâncias dos planetas ao Sol), apresentados
T2
=K
r3
em que K é uma constante para todos os planetas que orbitam em torno de um mesmo astro.
Dessa relação, tiramos:
T 2 =Kr 3
isto é, T2 é proporcional a r3. Podemos, assim, enunciar a terceira lei de Kepler: os quadrados dos
períodos de revolução dos planetas são proporcionais aos cubos dos raios de suas órbitas.
Com o trabalho de Kepler, as leis básicas do movimento dos planetas haviam sido descobertas
e as bases da Mecânica Celeste estavam lançadas. Entretanto, o que Kepler fez foi descrever esses
movimentos sem se preocupar com suas causas. Podemos dizer que as leis de Kepler constituem a
cinemática do movimento planetário.
LAB212
Planeta
v m
M
r
Sol
F representa a força centrípeta que deve atuar no planeta para mantê-lo em sua órbita. Newton
atribuiu essa força à existência de uma atração do Sol sobre o planeta.
Em resumo, ele concluiu: a força centrípeta, que mantém um planeta em sua órbita,
deve-se à atração do Sol sobre esse planeta.
BILHA GOLAN/SHUTTERSTOCK
1
F∝
r2
1 !
O fato de F ∝ 2
significa que, quando o valor de r aumenta, o módulo de F diminui, e essa
r
redução ocorre de maneira mais acentuada, pois a distância está ao quadrado.
De fato:
▶ se r é duplicada, F torna-se 4 vezes menor;
▶ se r é triplicada, F torna-se 9 vezes menor;
▶ se r é quadruplicada, F torna-se 16 vezes menor, e assim sucessivamente.
Essas três relações de proporcionalidade são apresentadas de maneira unificada pela se-
guinte relação:
mM
F∝
r2
Essa expressão pode ser escrita sob a forma de uma igualdade pela introdução de uma cons-
tante de proporcionalidade representada por G.
mM
F =G
r2
A constante G é denominada constante de gravitação universal e vale, no SI, 6,67 ⋅ 10−11 N ⋅ m2/kg2.
Com base nas conclusões acima, podemos dizer:
A força de atração gravitacional está presente sempre que dois ou mais corpos estão a uma
determinada distância entre si. No entanto, por causa do valor da constante gravitacional, essa força
só é significativa quando as massas envolvidas têm dimensões como as massas dos planetas. Assim,
apesar de estar presente, não podemos perceber a atração gravitacional entre um carro e um ônibus,
por exemplo.
m
F−
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
Trajetória da Lua
caso não houvesse
atração da Terra Lua
r
R
M
2 (Enem) Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo, se-
gundo a qual a Terra seria o centro do Universo, e o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares.
H6
A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o clérigo
e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do
heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado o centro do Universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando
circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar o pla-
neta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que:
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e tradicionais.
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no contexto político do Rei Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e amplamente incentivada pelas autoridades.
3 (Enem) O texto foi extraído da peça Troilo e Créssida, de William Shakespeare, escrita, provavelmente, em 1601.
H6
Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhecem graus, prioridade, classe, constância, marcha, distância,
estação, forma, função e regularidade, sempre iguais; eis porque o glorioso astro Sol está em nobre eminência entro-
nizado e centralizado no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corrige os maus aspectos dos planetas malfazejos,
e, qual rei que comanda, ordena sem entraves aos bons e aos maus. (personagem Ulysses, Ato I, cena III).
SHAKESPEARE, W. Troilo e Créssida. Porto: Lello & Irmão, 1948.
a) Que interpretações baseadas em senso comum colaboravam para a crença no modelo geocêntrico?
Resposta: o movimento aparente do Sol e dos astros no céu dá a falsa impressão de que os astros giram em torno da Terra.
b) Compare os conhecimentos e as tecnologias disponíveis na época em que os modelos geocêntricos do Universo eram os
mais aceitos com os conhecimentos científicos atuais sobre o Universo.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem que o desenvolvimento de novas tecnologias, como telescópios de longo alcance e
sondas espaciais, permitiu melhores cálculos e observações do céu, de forma que hoje conseguimos visualizar corpos celestes e galáxias
que estão muito distantes da Terra.
5 (UEPB-PB) O astrônomo alemão J. Kepler (1571-1630), adepto do sistema heliocêntrico, desenvolveu um trabalho de grande
vulto, aperfeiçoando as ideias de Copérnico. Em consequência, ele conseguiu estabelecer três leis sobre o movimento dos
H6
planetas, que permitiram um grande avanço no estudo da astronomia. Um estudante ao ter tomado conhecimento das leis de
Kepler concluiu, segundo as proposições a seguir, que:
I. Para a primeira lei de Kepler (lei das órbitas), o verão ocorre quando a Terra está mais próxima do Sol, e o inverno, quando ela
está mais afastada.
II. Para a segunda lei de Kepler (lei das áreas), a velocidade de um planeta X, em sua órbita, diminui à medida que ele se afasta
do Sol.
III. Para a terceira lei de Kepler (lei dos períodos), o período de rotação de um planeta em torno de seu eixo, é tanto maior quan-
to maior for seu período de revolução.
Com base na análise feita, assinale a alternativa correta:
a) apenas as proposições II e III são verdadeiras
b) apenas as proposições I e II são verdadeiras
c) apenas a proposição II é verdadeira
d) apenas a proposição I é verdadeira
e) todas as proposições são verdadeiras
Resposta: alternativa c.
LAB212
Terra
Dados: velocidade da luz: c = 3,0 ⋅ 108 m/s
α
cos (89,85º) = sen (0,15º) = 2,6 ⋅ 10−3
dS
Resposta: a distância Terra-Lua é dada por: dL= (3,0 ⋅ 108) ⋅ 1,3 =
3,9 ⋅ 108 m dL
Dessa forma, a distância Terra-Sol pode ser assim calculada:
3,9 ⋅ 108
ds = = 1,5 ⋅ 1011 m . Sol
2,6 ⋅ 10−3
Lua
Partindo das informações do texto, realize uma pesquisa sobre os buracos negros que contemple os pontos a seguir. Organize os
dados em textos, gráficos e tabelas, se for o caso, e socialize com a turma.
▶ Origem
▶ Propriedades físicas e químicas
▶ Campo gravitacional ao redor
▶ Deformações no espaço-tempo
Resposta pessoal.
3 (Enem) A tabela abaixo resume alguns dados importantes sobre os satélites de Júpiter.
H1
Nome Diâmetro (km) Distâncias média ao centro de Júpiter (km) Período orbital (dias terrestres)
Io 3 642 421 800 1,8
Europa 3 138 670 900 3,6
Ganimedes 5 262 1 070 000 7,2
Calisto 4 800 1 880 000 16,7
Ao observar os satélites de Júpiter pela primeira vez, Galileu Galilei fez diversas anotações e tirou importantes conclusões sobre
a estrutura de nosso universo. A figura abaixo reproduz uma anotação de Galileu referente à Júpiter e seus satélites.
1 2 3 4
4 Muitas informações têm sido veiculadas sobre modelos de Universo; algumas delas tratam de senso comum e outras de infor-
mações científicas. Em duplas, realizem uma pesquisa sobre esses diversos modelos, entrevistem amigos e familiares sobre o
H5
que sabem sobre o tema, e produzam um podcast com as informações da sua pesquisa. Elaborem um roteiro de perguntas e
respostas para nortear a entrevista. Organizem as informações dos entrevistados baseadas no senso comum e em conhecimen-
tos científicos. Apresentem o podcast para a turma.
Resposta pessoal.
Considerações iniciais
Para estudarmos o movimento devemos considerar o fato de ele ser avaliado com base em
um referencial, ou seja, o movimento é relativo. Para um observador em um carro, que toma como
referência o motorista ao seu lado, o poste está em movimento, pois sua posição muda em relação
a ele no decorrer do tempo. Para um observador na calçada, que toma o poste como referencial, o
carro é que se encontra em movimento, uma vez que este varia sua posição em relação ao poste com
o passar do tempo. Na maioria dos casos, consideraremos o referencial dos movimentos estudados
como a superfície da Terra.
LAB212
DARIUSH M/SHUTTERSTOCK
Na situação mostrada, consideramos o ônibus em movimento em relação à árvore e ao poste e em repouso em Em relação à ponte mostrada na imagem
relação ao rapaz que se encontra dentro dele. o caminhão é um corpo extenso.
Ao estudarmos o movimento dos corpos costumamos nos referir a eles como móveis, partículas
ou pontos materiais, quando as suas dimensões são desprezíveis em relação às demais dimensões
envolvidas no movimento. Por exemplo, quando consideramos um automóvel de 4 metros de com-
MILOS MULLER/SHUTTERSTOCK
ele percorrido.
A trajetória é o conjunto de posições sucessivas ocupadas por um móvel no decorrer do tem-
po. Imagine que um animal se movimente ocupando as posições P1, P2, P3 e assim sucessivamente.
Se ligarmos esses pontos, teremos o caminho percorrido pelo animal durante o seu movimento,
ou seja, a sua trajetória.
LAB212
P4
P3
P2
P1
a)
LAB212
Marco zero B
A 0
10 km
10 km
b) Marco zero B
Indicação do marco zero e das A 0
posições ocupadas do lado esquerdo +10 km
e direito da trajetória. −10 km
0 km
30 km
80 km
É importante perceber que, em alguns exemplos, a variação do espaço (ΔS = Sfinal − Sinicial) é
igual à distância percorrida, contudo, há exemplos em que podem ser diferentes. Se um automóvel,
por exemplo, se deslocar do espaço 30 km até o espaço 80 km e, em seguida, voltar até o espaço
50 km, temos que a variação do espaço ΔS = 50 km − 30 km = 20 km. Mas, se analisarmos a dis-
tância percorrida pelo automóvel, teremos um valor maior, pois o automóvel se deslocou 50 km para
alcançar o espaço 80 km e mais 30 km para retornar ao espaço 50 km, logo, a distância percorrida
foi 50 + 30 = 80 km.
No instante inicial t1 o carro está em A, que corresponde à posição S1, no instante posterior t2, o
carro está em B, cuja posição é S2. No intervalo de tempo Δt = t2 − t1, a variação de posição do carro
será ΔS = S2 − S1. Assim, a velocidade (v) do carro no intervalo de tempo Δt é dada pela relação:
ΔS S 2 −S1
v= =
Δt t 2 −t1
v (km/h)
ÁREA 5 60 ? 5 5 300
A B C D E F
60
ΔS= v⋅Δt
Tempo (s) 0 1 2 3 4 5
Pela tabela, observe quando o valor do tempo t é duplicado, o valor do espaço percorrido
ΔS também duplica. Do mesmo modo, quando t é triplicado, ΔS também é multiplicado por 3, e
assim sucessivamente. Quando isso ocorre com duas grandezas quaisquer, isto é, ao multiplicarmos
uma delas por certo número, a outra também fica multiplicada por esse mesmo número, dizemos
que essas grandezas variam de modo diretamente proporcional. Portanto, no exemplo que estamos
analisando, o espaço percorrido ΔS é diretamente proporcional ao tempo t, e isto ocorre sempre
que o movimento é uniforme.
Logo:
Em qualquer movimento uniforme (v = constante), o espaço percorrido (ΔS) por
um objeto é diretamente proporcional ao tempo t decorrido nesse percurso. Esse fato é
representado matematicamente pela relação S t, na qual o símbolo significa “é pro-
porcional a”.
Inclinação do gráfico
No gráfico S × t, tomemos dois pontos quaisquer, A e D, por exemplo. Eles correspondem
a dois pontos diferentes da trajetória do carro, separados pelo espaço percorrido em certo inter-
valo de tempo. Observando-se os eixos, define-se sobre os pontos A e D o intervalo de tempo
Δt = 4 − 1 = 3 s e o espaço percorrido neste intervalo ΔS = 80 − 20 = 60 m.
Observe os valores de Δt e ΔS indicados no gráfico a seguir. Uma grandeza muito importante
no estudo dos gráficos é a sua inclinação. Para o caso do gráfico S × t, temos por definição:
ΔS
Inclinação=
Δt
ARQUIVO DA EDITORA
S (m)
E
100
D
80
C
60
B
40
A
20
0 1 2 3 4 5 t (s)
ΔS 60 m
= =20 m/s
Δt 3s
ΔS
v=
Δt
ARQUIVO DA EDITORA
S (km)
80
30
PARA AMPLIAR
No endereço a seguir, você encontrará um simulador que permite perceber as diferenças en-
tre os movimentos uniformes e variados, alterar a velocidade, posições e verificar os gráficos de
posição e velocidade em função do tempo. Disponível em: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/
simulation/legacy/moving-man>. Acesso em: 3 jan. 2020.
SPAZGENEV/SHUTTERSTOCK
O guepardo é uma espécie de felino
que vive na África e que desenvolve
altas velocidades para alcançar suas
presas. Ele consegue sair do repouso
e atingir a velocidade de 100 km/h em
poucos segundos.
Quando o valor da velocidade de um corpo não se mantém constante, dizemos que este cor-
po está em movimento variado. Isso ocorre, por exemplo, com um automóvel cujo ponteiro do
velocímetro indica valores diferentes a cada instante. O valor indicado no velocímetro, em um dado
instante, é a velocidade instantânea do automóvel naquele momento.
BILLION PHOTOS/SHUTTERSTOCK
ARQUIVO DA EDITORA
A
B
ΔS
t
t + Δt
60 80 60 80
40 100 40 100
20 120 20 120
0 140 0 140
Velocidade média
Se um automóvel, em uma viagem, percorre 560 km em 8 h, você e, provavelmente, muitas
outras pessoas diriam: “o automóvel desenvolveu, em média, 70 km/h”. Este resultado foi obtido divi-
dindo o espaço percorrido (560 km) pelo tempo de viagem (8 h). É o que denominamos velocidade
média e representamos por V.. Temos por definição:
Observe que, durante o movimento, a velocidade do carro pode ter sofrido variações. No exem-
plo citado, seu valor pode ter sido, às vezes, maior e, outras vezes, menor do que 70 km/h. Entretanto,
se a velocidade fosse mantida, durante todo o percurso, igual a 70 km/h, o carro teria percorrido
aquele mesmo espaço naquele mesmo tempo (8 h), o que corresponde a um movimento uniforme
com velocidade constante de 70 km/h.
Exemplo:
Um automóvel percorre 150 km, desenvolvendo, nos primeiros 120 km, uma velocidade média
de 80 km/h e, nos 30 km restantes, uma velocidade média de 60 km/h.
a) Qual foi o tempo total de viagem?
Da relação Vm= , deduz-se que Δt = Δs/vm. Portanto, na primeira parte de percurso, o tempo
gasto foi Δt1 = 120/80 = 1,5 h.
Na segunda parte do percurso, temos: Δt2 = 30/60 = 0,5 h.
Assim, o tempo total foi: Δt1 + Δt2 = 1,5 + 0,5 = 2 h.
b) Qual foi a velocidade média do automóvel no percurso total?
Tendo sido percorrido 150 km com o tempo total de viagem de 2 h, a velocidade média, nesse
percurso, foi:
vm = 150 / 2 = 75 km/h
2 Em uma indústria, os objetos após produzidos são embalados e transportados em uma esteira. Sabendo que os objetos embala-
dos se movimentam de acordo com o gráfico, em que as distâncias são dadas em metros e o tempo, em segundos, determine:
H1
LAB212
x (m)
a) A distância percorrida em 1 segundo entre o t1 = 0,5 s e t2 = 1,0 s
H6
Resposta: do gráfico, a distância percorrida é 2 m. 4
3 Os carros A, B, C e D, em um dado instante, estão se movimentando em uma estrada reta e plana, com velocidades e posições
indicadas na figura a seguir. Para o motorista do carro A (observador em A), determine:
H1
LAB212
B
a) A velocidade que o carro B está se aproximando.
H6 70 km/h
Resposta: 130 km/h.
Resposta: 20 km/h.
4 Dois móveis A e B, ambos com movimento uniforme, percorrem uma trajetória retilínea, conforme mostra a figura. Em t0, estes se
encontram, respectivamente, nos pontos A e B na trajetória. As velocidades dos móveis são vA 50 m/s e vB 30 m/s no mesmo sentido.
H1
LAB212
150 m
H6
50 m
0 A B
a) 1 hora e 51 minutos
b) 1 hora e 45 minutos
c) 2 horas e 25 minutos
d) 185 minutos
e) 1 hora e 48 minutos
Resposta: alternativa a.
3 (Unesp) Mapas topográficos da Terra são de grande importância para as mais diferentes atividades, como navegação, desen-
volvimento de pesquisas ou uso adequado do solo. Recentemente, a preocupação com o aquecimento global fez dos mapas
H6
topográficos das geleiras o foco de atenção de ambientalistas e pesquisadores. O levantamento topográfico pode ser feito com
grande precisão utilizando os dados coletados por altímetros em satélites.
O princípio é simples e consiste em registrar o tempo decorrido entre o instante em que um pulso de laser é emitido em direção à
superfície da Terra e o instante em que ele retorna ao satélite, depois de refletido pela superfície na Terra. Considere que o tempo
decorrido entre a emissão e a recepção do pulso de laser, quando emitido sobre uma região ao nível do mar, seja de 18 ⋅ 10−4 s. Se
a velocidade do laser for igual a 3 ⋅ 108m/s, calcule a altura, em relação ao nível do mar, de uma montanha de gelo sobre a qual um
pulso de laser incide e retorna ao satélite após 17,8 ⋅ 10−4 segundos.
Resposta: h = 3 000 m.
EXPERIMENTANDO
Objetivo: determinar a velocidade média de corpos em movimento. Lembrando que: a ve-
locidade média de um móvel é igual à distância que o móvel percorre dividida pelo intervalo
de tempo.
V = ΔS/ Δt (m/ s)
Vmédia =S final -Sinicial /t final -tinicial
ARQUIVO DA EDITORA
t1 t2
ΔS
v
Área = ΔS
O que é aceleração?
SKYCOLORS/SHUTTERSTOCK
Estamos bastante familiarizados com a aceleração em veículos como um automóvel ou ônibus,
por exemplo. Quando o motorista pisa no pedal denominado de acelerador, os passageiros sentem
essa aceleração sendo pressionados contra o encosto de seus assentos. Quando o motorista utiliza o
pedal do freio e reduz a velocidade do veículo, os passageiros tendem a se mover para frente. Em ambas
as situações, temos uma variação na velocidade, o que para o estudo dos movimentos relaciona-se ao
conceito de aceleração.
Consideremos um automóvel cujo velocímetro esteja indicando, em certo instante, uma velo-
cidade de 30 km/h. Se após 1 s a indicação do velocímetro passar para 35 km/h, podemos dizer que
variação de velocidade v −v Δv
a= ⇒ a= 2 1 ⇒ a=
intervalo de tempo decorrido t 2 −t1 Δt
ARQUIVO DA EDITORA
Um corpo possui aceleração
quando sua velocidade varia
ao longo do tempo.
Δv 70−10 60 m/s
a= = = ⇒a =5,0
Δt 12 12 s
Esse resultado significa que a velocidade do corpo aumentou de 5 m/s a cada 1 s. As unidades
são expressas por:
m/s m m
a = 5,0 = 5,0 ⇒ a = 5,0 2
s s ⋅s s
Portal SESI Educação Esse movimento, no qual a velocidade cresce com o tempo, será denominado movimento
www.sesieducacao.com.br acelerado.
Se a velocidade diminuir com o tempo, o movimento será retardado. Por exemplo: se v1 = 36 m/s
Para auxiliar na compreensão do
conceito de aceleração acesse
e, após 5 s, a velocidade passar para v2 = 6 m/s, a aceleração do movimento será:
no Portal Sesi Educação o simu-
lador Aceleração: elementos e Δv 6−36 −30
a= = = ⇒a =−6,0 m/s
funcionamento. Com ele você Δt 5 5
poderá testar varias possibilida-
des de aceleração em um veí- Isso significa que a velocidade está diminuindo de 6 m/s a cada 1 s.
culo e observar os seus efeitos Observe que, no movimento acelerado, o valor da aceleração é positivo e, no movimento
no espaço percorrido pelo cor- retardado, negativo. Lembre-se de que nesse caso a velocidade é positiva, ou seja, o corpo se move
po. Disponível em: <http://sesi.
em movimento progressivo.
ser.com.br/#/conteudos_deta
lhe/39887>. Acesso em: 3 jan.
2020. Movimento retilíneo uniformemente variado
Suponha que estejamos observando o velocímetro de um carro em movimento retilíneo, em
intervalos de tempo sucessivos de 1 s, e que obtivemos os seguintes resultados:
1a observação 30 km/h
2a observação 35 km/h
} Δv = 5 km/h
ARQUIVO DA EDITORA
v
v0 a
V = V0 + at
Observe que o valor da velocidade, no instante t, é a soma da velocidade inicial v0 com o pro-
duto a ⋅ t, que representa a variação da velocidade durante o tempo t.
Espaço percorrido
O espaço percorrido pelo corpo desde o instante inicial até o instante t é dado pela área sob o
gráfico v × t. O gráfico v × t, que corresponde à equação v = v0 + a.t, é uma reta, mas não passa
pela origem, pois, quando t = 0, v0 = 0. Observe que v não é diretamente proporcional a ⋅ t. Caso
ARQUIVO DA EDITORA
Velocidade
área retângulo = v 0 t
v
t⋅at 1 2
at : área triângulo = = at v0 v
2 2
v0
Portanto, o espaço percorrido pelo corpo (ΔS), numericamente igual
à área total sob o gráfico, será dado por:
0 t Tempo
1
S = v 0t + at2
2 Gráfico da velocidade em função do tempo para um movimento
uniformemente acelerado no intervalo de tempo de 0 a t.
Equação de Torricelli
Já vimos que, conhecendo a velocidade v0 e a aceleração a no movimento uniformemente
variado, as expressões:
v = v 0 +at
1
S = v 0t + at2
2
v − v0
t=
a
e substituir esse valor na segunda equação:
v − v0 1 v − v02
S = v0 ⋅ + ⋅a ⋅
a 2 a
Observações:
1. A relação S = ½ a ⋅ t2 mostra que a distância ΔS varia proporcionalmente com o quadrado do
tempo t . Isso significa, por exemplo, que:
▶ duplicando t, o valor de ΔS é multiplicado por 4 (22);
▶ triplicando t, o valor de ΔS é multiplicado por 9 (32), e assim sucessivamente.
O gráfico ΔS ⋅ t, para esse caso, não é retilíneo e, sim, uma parábola, pois a função que o des-
creve é uma função de segundo grau.
0 t 2. Já vimos que o movimento uniformemente variado pode ser acelerado ou retardado.
Aspecto do gráfico s x t no movimento As equações:
uniformemente variado.
v = v 0 +at
1
S = v 0t + at2
2
v 2 = v 20 +2aΔS
são válidas para os dois casos. Entretanto, não se deve esquecer de que, no movimento retardado,
a aceleração é negativa e isso deve ser levado em conta quando as equações citadas forem usadas.
Essa observação só é válida se considerarmos as velocidades positivas.
PARA AMPLIAR
Um experimento realizado em uma gigantesca câmara de vácuo disponibilizado pela BBC
permite verificar a influência da resistência do ar na queda dos corpos. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=qSeW0f51QzY>. Acesso em: 3 jan. 2020.
Entre os diversos movimentos que ocorrem na natureza, houve sempre interesse no estudo do
movimento de queda dos corpos próximos à superfície da Terra. Quando abandonamos um objeto
de certa altura, podemos verificar que, ao cair, sua velocidade cresce. Neste caso, o movimento do
objeto é acelerado. Por outro lado, se lançarmos o objeto para cima, sua velocidade diminui gradual-
mente até se anular no ponto mais alto. Neste caso, o movimento de subida do objeto é retardado.
Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) acreditava que, se
NASKY/SHUTTERSTOCK
abandonássemos corpos leves e pesados de uma mes-
ma altura, os seus tempos de queda não seriam iguais.
Para ele, os corpos mais pesados alcançariam o solo
antes dos mais leves. A crença nessa afirmação per-
durou por quase 2 mil anos. Isso ocorreu em virtude
da grande influência do pensamento aristotélico em
várias áreas do conhecimento.
Somente no século XVII, o físico italiano Gali-
leu Galilei iria se opor à hipótese de Aristóteles. Para
Galileu, se um corpo leve e outro pesado fossem aban-
donados de uma mesma altura simultaneamente, am-
bos atingiriam o chão ao mesmo tempo. Com base Qual
dos dois cairá
nesse pensamento expresso por Galileu, surgiu a lenda
mais rapidamente?
da famosa experiência em que o físico subiu no alto da
Torre de Pisa e, para demonstrar experimentalmente
sua afirmativa, teria abandonado várias esferas de pe-
sos diferentes, que atingiram o chão simultaneamente.
Galileu sabia que a afirmação de que os corpos
Por que alguns animais são tão rápidos? Esta fórmula explica
O segredo está no tamanho – nem grandes demais, nem de menos
NICHOLAS LEE/SHUTTERSTOCK
JOHNWALGER/SHUTTERSTOCK
Correr, voar ou nadar mais rápido que os outros é uma vantagem evolutiva interessante. Ser ligeiro pode significar a
diferença entre arranjar uma refeição ou virar almoço de alguém, conseguir um parceiro ou ser expulso do bando, entre
outras dessas situações clássicas do reino animal.
De acordo com um estudo publicado na Nature Ecology & Evolution, o que determina o quão rápido um animal pode
ser é a habilidade de se combinar explosão muscular e gasto de energia. Os animais de tamanho médio, dessa forma, levam
vantagem – por conseguirem juntar o melhor dos dois mundos.
Isso explica o fato de encontrarmos velocistas esguios em cada um dos três ambientes. O peixe-espada chega a nadar a
110 km/h, o guepardo pode atingir 120 km/h enquanto corre e o falcão-peregrino poderia facilmente vencer uma prova de
Fórmula 1, já que voa a 320 km/h. Todos os campeões têm a mesma característica: serem nem tão pesados nem tão peque-
nos, se comparados a seus companheiros aquáticos, terrestres ou voadores.
É verdade que criaturas maiores têm mais células musculares que podem conferir maior aceleração. Em teoria, toda
essa capacidade de gerar energia para o movimento colocaria os grandalhões em vantagem em qualquer corrida. Mas essa
não é uma relação que acontece na prática. Se tamanho fosse documento e a ligeireza fosse proporcional ao peso dos bichos,
“os elefantes alcançariam fácil os 600 km/h”, como explicou a pesquisadora-chefe do estudo, Myriam Hirt, à AFP. A versão
africana dos orelhudos, no entanto, corre a no máximo 40km/h.
A explicação está no desgaste que cada um sofre na tarefa de gerar movimento. No caso dos animais mais pesados, as
células musculares se esgotam mais rapidamente do que acontece com outro que está mais em forma.
[...]
Para chegar à relação matemática “k = cMd-1”, os cientistas analisaram 474 espécies – terrestres e aquáticas. Na lista,
há desde insetinhos que pesam 30 μg até grandes mamíferos, de 100 toneladas. Na fórmula, “k” é a aceleração, que varia de
espécie para espécie, e “M” representa a massa do bicho.
Sabendo apenas o peso e o meio pelo qual ele se desloca – seja água, ar ou terra – é possível testar matematicamente se
você perderia ou não uma prova de 100 metros rasos com qualquer animal. A precisão dos cálculos, segundo os pesquisa-
dores, chega a 90%.
O mais interessante é que a fórmula pode ser aplicada até mesmo a espécies que já não existem mais, como dinossauros.
Os cálculos conseguiram comprovar que o velociraptor honra seu nome de batismo, já que chega a 50 km/h. Ele é muito
mais rápido que um tiranossauro-rex, um dos maiores dinossauros que se têm notícia. Com estes últimos, aliás, daria até
para apostar uma corrida. Mas só se você pudesse manter uma média de 27 km/h durante todo o percurso – ou, pelo menos,
até o bichão se cansar de vez
ELER, Guilherme. Por que alguns animais são tão rápidos? Esta fórmula explica. Superinteressante. Disponível em: < https://super.abril.com.br/
ciencia/por-que-alguns-animais-sao-tao-rapidos-esta-formula-explica/>. Acesso em: 3 jan. 2020.
SASHKIN/SHUTTERSTOCK
Velocidade Tempo em s Com essa técnica é possível perceber
em m/s as posições sucessivas ocupadas pelo
objeto em movimento.
LIGHTSPRING/SHUTTERSTOCK
g
0 0s
9,8 m/s 1s
19,6 m/s 2s
g = 9,8 m/s2
Assim, quando um corpo está em queda livre, sua velocidade aumenta 9,8 m/s a cada 1 s. Se o
corpo for lançado verticalmente para cima, sua velocidade diminui de 9,8 m/s a cada 1 s.
Como o movimento de queda livre é uniformemente acelerado, podemos aplicar a ele as equa-
ções estudadas na seção anterior. Supondo que um corpo seja lançado para baixo com uma veloci-
dade inicial v0, após cair durante um tempo t e ter percorrido um espaço ΔS, são válidas as equações:
1
v = v 0 +at S = v 0t + at2 v 2 = v 20 +2aΔS a=g
2
Elas também podem ser empregadas no movimento de subida, porém, neste caso, o movimen-
to é unifomemente retardado. Assim, aceleração será negativa, já que se convencionou considerar a
velocidade positiva quando houver o mesmo sentido do movimento.
ETB, 2016.
dir a altura (h) do 3o andar até o chão. Depois pegar o barbante e
com a trena verificar o valor da altura em metros.
CREDITO
ETB, 2016.
Procedimento experimental
Para medir o tempo deve-se soltar o carrinho com cuidado para não
realizar um impulso inicial. Simultaneamente deve ser acionado o
cronômetro para medir o tempo que o carrinho gasta para passar
pela marca pré-estabelecida.
1. Fixar o carrinho no marco inicial da rampa.
2. Empurrar o carrinho levemente para que seja iniciado o movi-
mento. Neste instante acionar o cronômetro para o início da con-
tagem.
3. O aluno que estiver no alto deixará cair verticalmente a esfera 3. Anotar o tempo a cada marcação de 40 cm quando o carinho
metálica cronometrando o início da queda e o seu final quando passar. Fazer as anotações do tempo medido na tabela. Fazer
a bolinha tocar o chão. Os dois alunos deverão trabalhar cuida- o cálculo da aceleração com os dados obtidos experimental-
dosamente para evitar erros nas medidas, e prevenir acidentes. mente. Se precisar, retornar à teoria para verificar as equações
4. Para obter maior precisão, medir o tempo de queda pelo menos necessárias.
5 vezes. Refazer o procedimento mais 4 vezes com as outras esfe- 4. Elaborar um relatório do experimento com:
ras, tomando o cuidado para deixar a esfera cair do mesmo ponto
▶ Introdução teórica;
da primeira.
▶ Materiais;
5. Com os dados obtidos experimentalmente, calcular o tempo mé-
dio da queda entre os 5 experimentos e, com a distância medida, ▶ Procedimento experimental;
calcular a aceleração. Recorrer à teoria para encontrar a expressão ▶ Dados;
do cálculo da aceleração. ▶ Conclusões.
Descrever em poucas palavras o que foi observado em relação à
aceleração.
3 20 10
4 30 15
5 40 20
Resposta: analisando a tabela é possível perceber que o automóvel está se deslocando a uma velocidade constante de 2 km/min.
2 Um motorista, a 50 m de um semáforo, percebe a luz mudar de verde para amarelo. O gráfico mostra a variação da velocidade
do carro em função do tempo a partir desse instante.
H4
LAB212
V (m/s)
20
Com base nos dados indicados no gráfico, em que posição o motorista para?
Resposta:
(5 + 0,5) ⋅ 20
Δs = = 55 m
2
Como ele andou 55 m, ele para 5 m depois do semáforo.
4 (Unicamp) A demanda por trens de alta velocidade tem crescido em todo o mundo. Uma preocupação importante no projeto
desses trens é o conforto dos passageiros durante a aceleração. Sendo assim, considere que, em uma viagem de trem de alta
H6
velocidade, a aceleração experimentada pelos passageiros foi limitada a amax = 0,09g, onde g = 10 m/s2 é a aceleração da gravi-
dade. Se o trem acelera a partir do repouso com aceleração constante igual a amax, a distância mínima percorrida pelo trem para
atingir uma velocidade de 1 080 km/h corresponde a:
a) 10 km. c) 50 km.
b) 20 km. d) 100 km.
Resposta: alternativa c.
5 (Enem) Para medir o tempo de reação de uma pessoa, pode-se realizar a seguinte experiência:
H1 I. Mantenha uma régua (com cerca de 30 cm) suspensa verticalmente, segurando-a pela extremidade superior, de modo que
o zero da régua esteja situado na extremidade inferior.
H6
II. A pessoa deve colocar os dedos de sua mão, em forma de pinça, próximos do zero da régua, sem tocá-la.
III. Sem aviso prévio, a pessoa que estiver segurando a régua deve soltá-la. A outra pessoa deve procurar segurá-la o mais rapi-
damente possível e observar a posição onde conseguiu segurar a régua, isto é, a distância que ela percorre durante a queda.
O quadro seguinte mostra a posição em que três pessoas conseguiram segurar a régua e os respectivos tempos de reação.
Distância percorrida pela régua durante a queda (metro) Tempo de reação (segundo)
0,30 0,24
0,15 0,17
0,10 0,14
Disponível em: http://br.geocities.com. Acesso em: 1 fev. 2009.
A distância percorrida pela régua aumenta mais rapidamente que o tempo de reação porque a
a) energia mecânica da régua aumenta, o que a faz cair mais rápido.
b) resistência do ar aumenta, o que faz a régua cair com menor velocidade.
c) aceleração de queda da régua varia, o que provoca um movimento acelerado.
d) força peso da régua tem valor constante, o que gera um movimento acelerado.
e) velocidade da régua é constante, o que provoca uma passagem linear de tempo.
Resposta: alternativa d.
Alguns equipamentos de construção serão transportados, por gravidade, a uma altura de 25 m de um edifício. Quanto tempo é
necessário para que os equipamentos cheguem até o local indicado considerando a aceleração da gravidade 10 m/g2?
Resposta: 2,23 segundos.
2 (UECE) De um corpo que cai livremente desde o repouso, em um planeta X, foram tomadas fotografias de múltipla exposição
à razão de 1 200 fotos por minuto. Assim, entre duas posições vizinhas, decorre um intervalo de tempo de 1/20 de segundo. A
H4
partir das informações constantes da figura, podemos concluir que a aceleração da gravidade no planeta X, expressa em metros
por segundo ao quadrado, é:
H6
LAB212
a) 20
b) 50
c) 30
d) 40
80 cm
e) 10
Resposta: alternativa d.
Gestão da velocidade
A velocidade excessiva é um importante fator de risco de lesões causadas pelo
trânsito, contribuindo tanto para o risco como as consequências de um acidente.
Quanto maior a velocidade média do trânsito, maior a probabilidade de um
acidente. Por exemplo, um aumento de 1 km/h na velocidade veicular média resulta
em um aumento 3% na incidência de colisões que resultam em lesões e em um au-
mento de 4% a 5% na incidência de acidentes fatais. Quanto maior a velocidade, mais
longa é a distância de frenagem e, em consequência, maior é o risco.
Soluções
As evidências disponíveis indicam que as principais soluções para a gestão da
velocidade são promulgar e fazer cumprir a legislação referente aos limites de velo-
cidade, construir vias para moderar o tráfego ou modificá-las de um acidente de
trânsito. Conforme mostrado na figura a seguir, com uma velocidade de 80 km/h em
pista seca, são necessários em torno de 22 metros (a distância percorrida durante um
tempo de reação de aproximadamente 1 segundo) para reagir e um total de 57 metros
para conseguir parar o veículo completamente.
É maior a probabilidade de os condutores jovens e os do sexo masculino dirigir em
velocidade excessiva. Outros fatores que podem influenciar a velocidade são o álcool,
o traçado da via, a densidade do trânsito e as condições meteorológicas.
LAB212
Distância de frenagem em diferentes velocidades
(incluído o tempo de reação de cerca de 1 segundo)
Distância (metros)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
60 km/h Toca
2 Pesquise na página do departamento de trânsito do estado em que você reside quais são as estatísticas relacionadas aos aci-
dentes de trânsito: número de acidentes, número de mortes, tipo e causa de acidentes, valores gastos pelo estado com vítimas
de acidentes. Escreva as informações encontradas nas linhas a seguir.
Resposta pessoal.
3 Elabore uma carta endereçada à autoridade de trânsito da sua cidade argumentando sobre a importância de reduzir a veloci-
dade de circulação nas vias urbanas de modo a reduzir o número de acidentes. Utilize os dados do texto lido e de sua pesquisa
para fundamentar a sua argumentação.
Resposta pessoal.
ÁTOMO: O COMPONENTE
ESTRUTURAL DA MATÉRIA
Competências
c C1, C2, C5
Habilidades
ER
ET
IKP
JUR
K/
OC
RST
TE
UT
SH
Portal SESI Educação
www.sesieducacao.com.br
UMA BREVE HISTÓRIA DOS MODELOS ATÔMICOS
O vídeo Fatos e informações: Como se constrói um modelo?
estrutura do átomo apresenta um
pequeno resumo da história das A constituição da matéria sempre foi alvo de investigação humana, tanto que essa discussão
descobertas sobre a estrutura da tem uma longa história em diferentes culturas e épocas. Mas como a humanidade sabe tantos de-
matéria. Disponível em: <https:// talhes sobre os átomos, não sendo possível observá-los isoladamente, uma vez que eles apresentam
somos.twigworld.com.br/film/
tamanho na ordem do picômetro (10-12 metros)?
fatos-e-informacoes-estrutura-
do-atomo-7366/>. Acesso em: Diante desse questionamento, vamos fazer uma atividade que ilustra como podemos chegar à
29 nov. 2018. conclusão sobre as propriedades de determinados objetos sem termos acesso direto a eles.
EXPERIMENTANDO
CONSTRUINDO MODELOS
Essa atividade tem como objetivo compreender como os cientistas constroem o conhecimento
científico, pelo levantamento de hipóteses e pela formulação de modelos explicativos das partí-
culas que constituem a matéria.
Material
4 caixas secretas, previamente preparadas pelo professor.
Procedimento
Durante um tempo estipulado pelo professor, explore cada uma das caixas apresentadas sugerin-
do o que há nelas, mas não abra as caixas.
Dados
Durante a exploração de cada uma das caixas secretas, descreva com o maior número de deta-
lhes as características do(s) objeto(s) que as constituem, que justifiquem as suas hipóteses. Para
tanto, sugerem-se alguns questionamentos:
▶ quais são os materiais que constituem os objetos?
▶ que características de cada um dos materiais estão sendo consideradas no levantamento das
hipóteses?
Em seguida, diante de todas as alternativas apresentadas pelos colegas da turma, tentem chegar a
um consenso sobre os objetos de cada uma das caixas, considerando os argumentos apresentados.
Conclusão
Discutam coletivamente sobre:
1. Qual foi o procedimento utilizado para levantar as hipóteses sobre cada uma das caixas?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem sobre balançarem a caixa para ouvir o barulho
emitido pelos objetos ou para ver se eles movimentavam; que eles tentaram cheirar; que seguraram
duas caixas ao mesmo tempo para comparar os pesos; que iluminaram as caixas com o uso da luz do
celular para tentar ver algo etc.
2. O que esta atividade pode ensinar sobre o processo da construção do conhecimento científico?
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem a limitação da investigação, devido à falta
de instrumentos para explorar mais profundamente os objetos das caixas, mas que apesar disso,
considerando os conhecimentos prévios deles sobre as propriedades dos materiais, eles conseguiram
inferir com certa certeza sobre o que havia em cada uma das caixas. É importante que os alunos também
compreendam a importância da discussão coletiva para a construção do conhecimento científico, para
refinar os modelos propostos.
O modelo construído sobre a composição das caixas secretas se apresenta útil para entender
a própria noção de modelo, pois nos mostra que um modelo pode não ser uma concepção exata
de algo ou de um fenômeno, mas que serve para explicar corretamente o comportamento de algo
observado por uma experimentação. Outro ponto importante a se considerar é que cada modelo
se mostra adequado para a explicação de certas propriedades que um fato apresenta em um deter-
minado contexto e momento, podendo ser substituído ou modificado.
A partir dessa compreensão, vamos entender alguns dos principais modelos atômicos feitos ao
longo da história
T
HI
Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera, que viveram na Grécia por volta de
ST
OR
IC
400 a.C. foram os primeiros a propor que toda matéria é feita de partículas in-
AL
divisíveis e de espaços vazios. A essas partículas eles deram o nome de átomo,
que, em grego, significa indivisível (a = não; tomo = divisão). Eles partiram da
observação da matéria na natureza e suas transformações para propor que a
matéria seria feita de partículas muito pequenas, que não só eram indivisíveis
como também indestrutíveis e eternas, os átomos. Esses átomos seriam,
segundo eles, de vários tipos, alguns lisos, outros arredondados, outros ainda
retorcidos ou irregulares. Os átomos se combinavam para formar os dife-
rentes tipos de matéria existentes e eram recombinados quando a matéria
sofria transformações.
Muitas das suposições feitas por Leucipo e Demócrito podem ser
consideradas corretas ainda hoje, embora na época em que viveram eles
não baseassem suas teorias em experimentação. Muito tempo se passou até
que se fizessem novas descobertas nessa área. No século XVIII, experimentos
apontavam para a existência de diversos tipos de átomos (hoje sabemos que
essa quantidade vai pouco além de 100 tipos). Perceberam também que a com-
binação desses diferentes tipos de átomos forma toda a matéria que conhecemos.
O modelo Dalton
Dalton, químico, meteorologista e físico
Em 1803, John Dalton (1766-1844) havia retomado essa antiga teoria do átomo e percebeu inglês, foi um dos primeiros cientistas a
que ela poderia ser utilizada para justificar e explicar experimentos com diferentes substâncias quí- defender que a mátria é feita de pequenas
partículas. Dedicou sua vida à pesquisa, e
micas. Assim, ele desenvolveu uma proposta sobre a estrutura da matéria, baseada, entre outros, nos ficou conhecido pela Lei de Dalton, Lei das
seguintes princípios: Pressões Parciais e daltonismo.
▶ a massa das substâncias se conserva em qualquer reação química;
▶ os elementos se combinam numa proporção em massa rigorosamente definida para formar
as substâncias compostas.
Dalton foi muito habilidoso na elaboração de modelos mentais e na construção de representa-
ções físicas desses modelos. Ele utilizou pequenos círculos para representar os átomos de elementos
LAB212
partículas denominadas átomos. Os átomos não po- Átomos de Átomos de
Átomos de bromo
dem ser criados nem destruídos. hidrogênio oxigênio
Experimento de Rutherford.
Elétron
M
O
NS
Experimentos que envolviam elementos químicos e a luz emitida por eles quando submetidos
a temperaturas elevadas forneceram uma pista importante para a compreensão da estrutura dos
átomos. Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), baseando-se no modelo de átomo
de Rutherford e nos conhecimentos da época sobre a natureza da luz e as emissões dos elementos
químicos, concluiu que os elétrons só se apresentam em certos estados de energia bem determinados
e que diferem uns dos outros por quantidades de energia múltiplas de um quantum (mudança do
nível energético de uma matéria ao emitir ou absorver radiação).
Esse raciocínio levou Bohr a propor os seguintes postulados:
▶ O elétron move-se em órbitas circulares em torno de um núcleo atômico central. Para cada
elétron de um átomo existe uma órbita específica, em que ele apresenta uma energia bem
Niels Bohr
definida - um nível de energia - que não varia enquanto o elétron estiver nessa órbita.
A ROEKDE
PR
AC
H AY ET
HA
W
▶ Os espectros dos elementos são descontínuos porque os níveis de energia são quantizados,
/
CK E
ou seja, só são permitidas certas quantidades de energia para o elétron cujos valores são
ES
O
ST
AB
Ou seja, só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com
valores de energia múltiplos inteiros de um fóton.
Com base nesses postulados, Bohr determinou as energias possíveis para o elétron do hidrogê-
nio, bem como o raio das órbitas circulares associadas a cada uma dessas energias.
ARQUIVO DA EDITORA
Earnest Rutherford
n51 n51
n52 n52
n53
n53 …
…
IMAGENS SEM ESCALA. Distância em relação ao núcleo diminui: energia diminui, Distância em relação ao núcleo aumenta: energia aumenta,
CORES FANTASIA. estabilidade aumenta. estabilidade diminui.
Ele concluiu que o conjunto núcleo/elétron será mais estável (mais coeso) quanto mais próxima
for a órbita permitida do elétron em relação ao núcleo. Assim, se atribuirmos a cada nível de energia
n valores inteiros que vão de 1 até infinito, a energia do elétron que se move no nível n = 1 é menor
que a energia do elétron que se move no nível n = 2, e assim por diante.
Seguindo esse raciocínio em relação ao átomo de hidrogênio, o estado de menor energia ou
estado fundamental para o seu único elétron é aquele em que n = 1. Todas as demais energias per-
mitidas (demais valores de n) representam estados menos estáveis, denominados estados ativados
ou excitados.
As conclusões mais importantes do trabalho de Bohr foram:
▶ O átomo está no seu estado fundamental (mais estável) quando todos os seus elétrons
estiverem se movimentando em seus respectivos níveis de menor energia.
▶ Se um elétron no estado fundamental absorve um fóton (quantum de energia), ele “salta”
para o nível de energia imediatamente superior e entra num estado ativado (logo, numa
situação de instabilidade).
ARQUIVO DA EDITORA
Representação do modelo atômico de Sommerfeld para o nível 4: 1 órbita circular e 3 órbitas elípticas. O
núcleo do átomo ocupa um dos focos da elipse, cujo plano pode tomar uma orientação qualquer no espaço.
excitados dos íons metálicos retornam para níveis de menor átomo uma esfera maciça, a diferença é que Thomson
energia.
Resposta pessoal.
2 Utilizando um editor de texto e imagens, combine os assuntos estudados no capítulo para elaborar uma linha do tempo com a
evolução dos modelos atômicos, inserindo suas características, ilustrações representativas e imagens dos cientistas aos quais eles
H7
são atribuídos. Resposta pessoal.
PARA AMPLIAR
Características das partículas fundamentais que compõem o átomo.
Partículas fundamentais
massa relativa 1 ≅1 ≅0
Isótopos e nêutrons
Em 1913, o químico inglês Frederick Soddy (1877-1956) e o químico norte-americano Theodore
William Richards (1868-1928) descobriram duas massas atômicas diferentes para o chumbo. Quase
ao mesmo tempo, Joseph John Thomson descobriu massas atômicas diferentes para o neônio.
A partícula descoberta por Chadwick tinha massa praticamente igual à massa do próton (na
realidade um pouco maior) e não tinha carga elétrica, sendo por essa razão denominada nêutron. A
existência dos nêutrons explica tanto a diferença de massas atômicas como a semelhança de com-
portamento químico entre os isótopos.
Praticamente todos os elementos químicos possuem isótopos, naturais e/ou artificiais, obtidos
pelo bombardeamento de núcleos atômicos com partículas aceleradas.
Elétron
Nêutron
1 2 3
1
H: prótio 1
H: deutério 1
H: trítio
Radioatividade é um fenômeno natural que consiste na emissão espontânea de partículas ou radiação eletromagnética por determinados
elementos químicos, cujos núcleos se modificam espontaneamente, emitindo partículas alfa (2 prótons + 2 nêutrons), beta (1 elétron) e
outras (neutrinos, pósitron etc.). Quando um átomo emite alguma dessas radiações dizemos que o elemento químico sofreu um decaimento
radioativo, ou seja, o núcleo diminuiu seu número atômico. Esses decaimentos obedecem a uma regra: o tempo médio em que metade dos
átomos de uma certa amostra decaem, formando outro elemento químico, é constante para cada tipo de elemento. A esse tempo damos
o nome de meia-vida.
Assim, como o carbono-14, outros elementos químicos apresentam decaimento radioativo espontâneo. O quadro a seguir apresenta a
meia-vida de outros elementos químicos.
Radioisótopo Meia-vida
Oxigênio-13 8,7 ⋅ 10−3 s
Carbono-15 2,4 s
Tecnécio-99 6,0 h
Xenônio-135 9h
Fósforo-32 32 dias
Fósforo-32 32 dias
Césio-137 30,17 anos
Plutônio-239 2,44 ⋅ 104 anos
Urânio-235 4,5 . 109 anos
A = p + n ou A = Z + n
O número de massa (A) é apenas um número que indica a quantidade de partículas do átomo
cuja massa é relevante. É um número inteiro que indica o total de partículas (prótons + nêutrons)
do núcleo de um átomo.
Por convenção, indicamos o número atômico (Z) do elemento subscrito à esquerda do símbolo
e o número de massa (A), sobrescrito à esquerda (ou eventualmente à direita) do símbolo. Dado um
elemento genérico de símbolo X:
A A
X X
Número de massa
ou
Z Z Número atômico
24 25
Mg
12
24,9858374 12
Mg = (10,02+/-0,01)%
24 26
Mg
12
25,98259370 12
Mg = (11,3+/-0,01)%
A rigor, a massa atômica de cada isótopo isoladamente não é um número inteiro por causa
da massa das partículas do núcleo que se transforma em energia para manter os núcleons coesos.
Entretanto, atribui-se comumente aos isótopos de um elemento químico um valor de massa
atômica (medida na unidade u) igual ao seu número de massa (A).
Íons
O próton e o elétron possuem cargas elétricas de mesma intensidade e sinais opostos, por isso
elas se anulam mutuamente.
Todo átomo possui o mesmo número de prótons e de elétrons, portanto, todo átomo é ele-
tricamente neutro.
As substâncias que se formam a partir de um grupo de átomos de elementos químicos iguais
ou diferentes também possuem equilíbrio de carga elétrica, isto é, são eletricamente neutras. Quan-
do um átomo, ou um grupo de átomos, perde a neutralidade elétrica, passa a ser denominado íon.
A neutralidade elétrica é perdida sempre que se perde ou se ganha elétrons. Sabemos que o
número de prótons não varia para átomos de mesmo elemento químico, tanto que o número dessas
partículas identifica o elemento (seu número atômico).
Para que um átomo, ou um grupo de átomos, se transforme em um íon, é preciso que o núme-
ro de elétrons varie. Os íons são classificados quanto ao número de átomos de que são formados e
quanto à carga elétrica, como veremos a seguir.
Íons simples
Cada íon simples é formado por um único átomo. A representação dos íons é feita pelo símbolo
do elemento químico que o originou e pelo valor de sua carga.
Ânions simples
Um átomo pode ganhar elétrons e ficar com excesso de carga negativa, tornando-se um íon
negativo, ou seja, um ânion simples. Por exemplo, um átomo de oxigênio possui 8 prótons (8 cargas
positivas) e 8 elétrons (8 cargas negativas), portanto, é neutro.
Se o átomo de oxigênio ganhar 2 elétrons, ficará com excesso de 2 cargas negativas e se tornará
um ânion bivalente.
+ + + + + + + +
8
O2-
- - - - - - - - - - [carga 2-]
Íons compostos
Os íons compostos são formados por um grupo de átomos que, juntos, ganharam ou perderam
elétrons.
Ânions compostos
Um grupo de átomos pode adquirir um ou mais elétrons formando um íon composto negativo,
ou um ânion composto.
Exemplos:
▶ Quando um grupo formado por um átomo de enxofre e quatro átomos de oxigênio apre-
senta dois elétrons em excesso, temos o ânion sulfato, SO42- (ânion composto bivalente).
▶ Quando um grupo formado por dois átomos de fósforo e sete átomos de oxigênio apresenta
Cátions compostos
Um grupo de átomos pode perder um ou mais elétrons, formando um íon composto positivo,
ou um cátion composto.
Exemplos:
▶ Quando um grupo formado por um átomo de nitrogênio e quatro átomos de hidrogênio apre-
senta deficiência de um elétron, temos o cátion amônio, NH4 -1 (cátion composto monovalente).
▶ Quando um grupo formado por três átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio apresenta
deficiência de um elétron, temos o cátion hidrônio, H3O-1 (cátion composto monovalente).
Distribuição eletrônica
Vimos que o modelo proposto por Bohr considera a eletrosfera dividida em níveis de energia.
O nível de energia ocupado pelo elétron caracteriza sua energia potencial (tomando o núcleo como
nível de referência). Elétrons que ocupam níveis de energia mais afastados do núcleo possuem maior
energia potencial e menor estabilidade.
Teoricamente, a eletrosfera de um átomo está dividida em infinitos níveis de energia, mas é
improvável que os níveis muito afastados do núcleo sejam ocupados por elétrons, pois, quanto mais
afastado do núcleo, maior o risco de o elétron ser perdido pelo átomo. Um elétron ocupa determi-
nado nível energético podendo receber energia externa; então, ele absorve essa energia e salta para
um nível mais energético; dizemos, nesse caso, que o átomo se encontra no estado ativado.
Cada nível de energia n pode abrigar um número máximo de elétrons. Esse número é calculado
pela equação de Rydberg, que recebe esse nome por ter sido deduzida pelo físico sueco Johannes
Robert Rydberg (1854-1919).
Subnível de energia
l51
l51 l52
ARQUIVO DA EDITORA
K: 1s2
L: 2s2 2p6
M: 3s2 3p6 3d10
N: 4s2 4p6 4d10 4f 14
O: 5s2 5p6 5d10 5f 14
P: 6s2 6p6 6d10
Q: 7s2
ARQUIVO DA EDITORA
1s2
Distribuição eletrônica do átomo de ferro
(Z = 26) no diagrama de energia: 2s2 2p6
3s2 3p6 3d6
26 Fe56 : Z = 26 ∴ e- = 26. 4s2
Escrevendo a distribuição eletrônica por extenso em
ordem crescente de energia (ordem das diagonais), temos:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6.
Os elétrons mais energéticos do átomo de ferro no estado fundamental são os que possuem
o estado de energia: 3d6. Escrevendo a distribuição por extenso em ordem geométrica (ordem cres-
cente de n, como vemos a seguir), temos: 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d6 / 4s2.
A camada de valência (a última camada), observada após o preenchimento dos elétrons em
ordem geométrica, contém os elétrons mais externos: 4s2. Logo, o átomo de ferro possui 2 elétrons
de valência no nível 4, no estado fundamental.
25
c) Pesquise sobre os usos industriais do carbono.
26
24
0
0
150
22
23
Respostas esperadas: uso de carbono presente em Núcleos estáveis
0
140
20
21
0
0
hidrocarbonetos, derivados do petróleo e gás natural; 130
19
18
0
0
indústria de nanotecnologia; siderurgia; indústria farmacêutica 120
17
0
(carvão ativado); produção de energia, etc. 110
16
15
0
0
100
Número de nêutrôns (N)
14
13
0
0
90
12
0
80
2
11
10
70
a indústria química, sendo utilizado em diversos processos
90
H2 8 60
de reação química, otimizando reações e interagindo com
80
70
50
outros compostos químicos. Além da indústria química, o Z = N para os núcleos sobre esta linha
60
40
oxigênio é importante para outros ramos industriais. Sobre o
50
30
elemento oxigênio, faça o que se pede.
40
30
20
a) Faça a distribuição eletrônica do oxigênio. Quantos elé-
20
10
10
valência.
De acordo com o gráfico, os isótopos estáveis do antimô-
nio possuem:
b) Pesquise outras indústrias em que o oxigênio é utilizado.
a) entre 12 e 24 nêutrons a menos que o número de prótons.
Resposta pessoal. As respostas podem conter: indústria
b) exatamente o mesmo número de prótons e nêutrons.
farmacêutica: branqueamento, combustível para detecção
c) entre 0 e 12 nêutrons a mais que o número de prótons.
de chamas; papel e celulose: diversos processos como
deslignificação e outras etapas de produção; indústria naval:
d) entre 12 e 24 nêutrons a mais que o número de prótons.
corte de aço; entre outros.
e) entre 0 e 12 nêutrons a menos que o número de prótons.
Resposta: alternativa d
os
od
16. Calcogênios
rí
Pe
1 18
17. Halogênios
₁H 18. Gases nobres ₂He 1o
2 13 14 15 16 17
₁₉K ₂₀Ca ₂₁Sc ₂₂Ti ₂₃V ₂₄Cr ₂₅Mn ₂₆Fe ₂₇Co ₂₈Ni ₂₉Cu ₃₀Zn ₃₁Ga ₃₂Ge ₃₃As ₃₄Se ₃₅Br ₃₆Kr 4o
₃₇Rb ₃₈Sr ₃₉Y ₄₀Zr ₄₁Nb ₄₂Mo ₄₃Tc ₄₄Ru ₄₅Rh ₄₆Pd ₄₇Ag ₄₈Cd ₄₉In ₅₀Sn ₅₁Sb ₅₂Te ₅₃I ₅₄Xe 5o
₅₅Cs ₅₆Ba ₇₂Hf ₇₃Ta ₇₄W ₇₅Re ₇₆Os ₇₇Ir ₇₈Pt ₇₉Au ₈₀Hg ₈₁Tl ₈₂Pb ₈₃Bi ₈₄Po ₈₅At ₈₆Rn 6o
íde
tan
Lan
₈₇Fr ₈₈Ra ₁₀₄Rf ₁₀₅Db ₁₀₆Sg ₁₀₇Bh ₁₀₈Hs ₁₀₉Mt ₁₁₀Ds ₁₁₁Rg ₁₁₂Cn Uut ₁₁₄Fl Uup ₁₁₆Lv Uus Uus 7o
os
íde
6o período: lantanídeos ₅₇La ₅₈Ce ₅₉Pr ₆₀Nd ₆₁Pm ₆₂Sm ₆₃Eu ₆₄Gd ₆₅Tb ₆₆Dy ₆₇Ho ₆₈Er ₆₉Tm ₇₀Yb ₇₁Lu
7o período: actinídeos ₈₉Ac ₉₀Th ₉₁Pa ₉₂U ₉₃Np ₉₄Pu ₉₅Am ₉₆Cm ₉₇Bk ₉₈Cf ₉₉Es ₁₀₀Fm ₁₀₁Md ₁₀₂No ₁₀₃Lr
Distribuição eletrônica no estado fundamental Níveis de energia ocupados Período que ocupa na Tabela
Elemento
em ordem geométrica por elétrons Periódica
12
Carbono C: 1s2/2s2 2p2
6
2 níveis de energia 2o período
24
Magnésio Mg: 1s2/2s2 2p6/3s2
12
3 níveis de energia 3o período
48
Titânio 22
Ti: 1s2/2s2 2p6/3s2 3p6 3d2/4s2 4 níveis de energia 4o período
184
Tungstênio 74
W: 1s2/2s2 2p6/3s2 3p6 3d10/4s2 4p6 4d10 4f 14/ 5s2 5p6 5d4/6s2 6 níveis de energia 6o período
Elementos representativos
Sendo n o nível mais externo do átomo no estado fundamental de cada elemento químico, temos:
▶ Família 1 ou metais alcalinos: possuem 1 elétron no último nível de energia e configura-
ção eletrônica terminando em ns1 (com n ≠ 1). As substâncias simples formadas por esses
elementos apresentam propriedades bastante semelhantes. Em condições ambientes são
todos sólidos de cor prateada. Em função dessa alta reatividade, nenhum metal alcalino
é encontrado livre na natureza; são encontrados normalmente na forma de compostos
dissolvidos na água e são obtidos como substâncias simples pela decomposição desses
compostos por eletrólise. Para se conservarem na forma metálica, precisam ser guardados
imersos em óleo mineral ou querosene (para impedir o contato com o ar e a umidade).
Formam cátions monovalentes: cátion1+.
24
ERSTOCK / BITT
podem ser cortados com uma faca. Os metais alcalinoterrosos não são encontrados
livres na natureza e sim na forma de compostos dissolvidos na água ou participando
da composição de rochas e minerais. São obtidos como substâncias simples pela
SHUTT
eletrólise de seus compostos. São guardados imersos em óleo mineral ou querosene
para se conservarem na forma metálica. Formam cátions bivalentes: cátion2+.
▶ Família 13 ou família do boro: possuem 3 elétrons no último nível de energia e con-
figuração terminando em ns2 np1. As substâncias simples formadas por esses elementos
são sólidas em condições ambientes. Não reagem com a água, mas reagem com o oxigênio
de forma branda formando compostos do tipo X2O3 (em que X é um elemento genérico
dessa família). Possuem tendência a formar cátions trivalentes: cátion3+. O magnésio, pertencente à família 2,
é um metal fundamental para o bom
funcionamento do organismo e está
SHUTTERSTOCK / MARQUES
▶ Família 14 ou família do carbono: possuem 4
elétrons no último nível de energia e configuração
terminando em ns2 np2.Todos os elementos
dessa família são sólidos em condições
K / GT S
cias simples. São muito reativos, embora a reativida- de limpeza,
SHUTTERSTOC
de diminua um pouco com o aumento do número para tratamento
de água, e na
atômico. São obtidos como substâncias simples pela fabricação
decomposição de certos compostos por eletrólise. do ácido
Formam ânions monovalentes: ânion1-. clorídrico (HCl).
▶ Família 18 ou gases nobres: o hélio possui apenas o primeiro nível de energia com 2 elé-
trons e sua configuração é 1s2. Os demais elementos possuem 8 elétrons no último nível de
energia e configuração terminando em ns2 np6. A principal propriedade é a inércia química.
São os únicos elementos encontrados na natureza na forma de átomos isolados. Todos os
gases nobres são encontrados no ar atmosférico em quantidades que variam entre 0,93%
em volume (argônio) e 6 . 10-18 % em volume (radônio) e, com exceção do radônio, são
obtidos pela destilação fracionada do ar atmosférico líquido.
LAB212
1 18
K 2 13 14 15 16 17 Metais
O Semimetais
Q Gases nobres
Lantanídeos
Actinídeos
PARA AMPLIAR
Propriedades periódicas
Caráter metálico Caráter não
crescente metálico crescente Reatividade Densidade IA IIA Volume atômico
P.F.
LAB212
x x x
x x x P.E.
x x x Os W
A fórmula do corpo
Pegue 21 elementos da tabela periódica da Química. Carregue nas porções de oxigênio,
nitrogênio, hidrogênio e carbono e dê uma pitadinha dos 17 que faltam. Assim é preparado
o corpo humano, uma combinação metabólica feita na medida certa. Mas, cuidado: se faltar
algum item nesta receita, a mistura pode desandar...
Olhando, ninguém diz, mas 60% do nosso corpo é oxigênio. Se adicionarmos carbono,
hidrogênio e nitrogênio, temos 95% da massa total do ser humano, que inclui os 42 litros de
água que circulam em um organismo adulto. São os átomos desses quatro elementos combi-
nados que formam as moléculas de proteína, gordura e carboidrato, os tijolos que constróem
todos os nossos tecidos. Por isso, os quatro são chamados de elementos de constituição. Mas
tudo não passaria de um grande amontoado de moléculas sem os outros 5%.[...]
1 – Flúor dá boas mordidas
Os dentes, que também são ossos, são compostos por fosfato de cálcio. O flúor se com-
bina com essa substância formando uma outra, chamada fluoropatita, muito mais resistente.
Com isso as bactérias da boca não conseguem fazer seu trabalho sujo e os dentes ficam pro-
tegidos
2 – Potássio ajuda contração muscular
O potássio é um dos principais responsáveis na contração e no relaxamento dos múscu-
los. Ele fica do lado de dentro da célula e troca de lugar com o sódio, que está na parte de fora,
quando um impulso nervoso enviado pelo cérebro chega ao músculo. Isso permite que ele se
contraia. O processo ocorre não só nos movimentos voluntários, mas também nos batimentos
cardíacos. Se houver falta ou excesso de potássio, o coração pode parar.
3 – Sódio é o controlador das águas
Dos 42 litros de água existentes no corpo, dois terços estão dentro das células e o resto
no sangue e outros fluidos. O sódio é quem regula o balanceamento da água, tirando das
células, por osmose (quando o fluido passa de um meio menos concentrado para um mais
concentrado), e jogando na corrente sangüínea. Assim, se mantém o volume de sangue em
circulação. Junto com o potássio, regula também a contração muscular.
4 – Cobre não deixa você derreter
Se o organismo produzisse toda a energia que precisa de uma única vez, o calor gerado
seria tanto que o corpo “pegaria fogo”. O cobre localizado na membrana da mitocôndria
(estrutura da célula onde é produzida a energia) faz com nosso combustível seja liberado aos
poucos.
5 – Cálcio trabalha como porteiro
O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano. Uma pessoa que pese 70 quilos
tem entre 1 e 1,5 quilo de cálcio no organismo, sendo que 99% dele participa da formação
dos ossos. O restante funciona como leão-de- chácara da célula: ele fica na membrana e decide
o que entra e o que sai.
6 – Selênio na cola dos radicais
O papel do selênio no organismo não está totalmente esclarecido, mas é certo que ele
faz parte das enzimas destruidoras de radicais livres, moléculas instáveis liberadas durante
a produção de energia que estão prontas para se ligarem com quem cruzar na sua frente.
Os radicais são acusados de causar o envelhecimento e várias doenças, como problemas
no coração.
2 Em uma publicação da internet sobre tingimento de cabelos, uma seguidora escreveu o seguinte comentário: “Cuidado, isso é
química! Procure um bom profissional”. Sobre as informações contidas nessa frase e, responda:
H2
a) Qual o erro conceitual baseado no senso comum a seguidora cometeu em seu comentário?
Resposta: a seguidora afirmou que a tinta é química, e por isso deve-se ter cuidado. De acordo com o senso comum os produtos tóxicos
c) Que substância é comumente encontrada nas tinturas utilizadas em cabelos que apresenta propriedades tóxicas? Qual é sua
fórmula química?
Resposta: Amônia. NH3.
3 Relacione o que você aprendeu sobre o átomo e elabore um modelo digital em 3D de átomo, baseando-se no modelo atômico
mais aceito na atualidade.
H12
Resposta pessoal.
VIDA NA TERRA
Competências
c C1, C2, C3 e C4
Habilidades
c H1, H3, H4, H6, H7, H8, H10, H12, H17 e H19
CK
TO
ERS
U TT
/SH
OM
K.C
OC
ST
SA
IM
DI
Células de epiderme de
cebola observadas em
microscópio de luz.
SURGIMENTO DA VIDA NA TERRA
O surgimento da vida sempre intrigou a humanidade. Diversas culturas apresentam mitos que
explicam esse fenômeno.
PARA AMPLIAR
Site:
Conheça um mito de criação guarani e um xavante, disponíveis, respectivamente, em:
<https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/N6zg8E8yZJuf2Zzy5bDzKxAunFJHddk6PDZVW8kYampj5wj84RXX2afxyKDK/his6-08un
d02-mito-de-criacao-guarani-o-sopro-de-tupa.pdf>
<https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/UXqrCJxmQnDr4uzZhJ3VJc84q5fSre7vsMTn3pcpmP3UXQhrxe3JV3e5ubhA/his6-08un
d02-mito-de-criacao-xavante.pdf>. Acessos em: 5 nov. 2019.
Livro:
MINDLIN, BETTY. Terra grávida e narradores indígenas. Rosa dos ventos, 1999. O livro apresenta narrativas de povos indígenas que expli-
cam o aparecimento do mundo, do céu, da lua, dos seres humanos e de diversos elementos do cotidiano.
Biogênese × abiogênese
Na cultura ocidental, até o início do século XIX, predominava a crença de que o planeta teria
surgido há aproximadamente 5 000 a 6 000 anos e que a vida teria sido criada por um ente superior.
A ideia que predominou desde o início da era cristã foi a do fixismo, que defendia que os seres vivos
permaneciam imutáveis desde a criação.
Durante esse mesmo período, discutia-se como a vida teria surgido e se novos seres vivos
podiam passar a existir a partir de matéria inanimada. Esta última ideia é chamada de geração
espontânea ou abiogênese, e defendia que uma força vital dotada de um princípio organizador
transformaria matéria inanimada em seres vivos.
Um exemplo disso é que se acreditava que pedaços de comida cobertos por panos ou trapos
deixados em um canto de um cômodo escuro dariam origem a ratos, pois depois de algum tempo
estes sempre surgiam aparentemente do "nada" nessas condições.
A partir do século XVII, a hipótese da abiogênese começou a ser contestada com experimentos
como o do italiano Francesco Redi (1626-1697) realizado em 1668. A abiogênese também era usada para
explicar os “vermes” que apareciam na carne em decomposição. Redi queria verificar a origem desses
“vermes”. Para isso, realizou um experimento que consistia em dois frascos com pedaços de carne, no qual
um deles deveria ser tapado com um pedaço de gaze, enquanto o outro permanceria aberto.
Redi observou que os “vermes” se desenvolveram apenas na carne do frasco que havia perma-
necido aberto. Ele observou também que as moscas tinham acesso à carne no frasco aberto, sobre
a qual podiam pousar; no outro frasco, apesar de as moscas serem atraídas, não conseguiam atingir
a carne devido à gaze.
Redi observou o desenvolvimento dos "vermes” que apareceram na carne do frasco mantido
aberto e constatou que, após um período se alimentando da carne, formavam uma espécie de casca
ao seu redor. Depois de alguns dias, essa casca se rompia e uma mosca, semelhante às que haviam
pousado na carne anteriormente, saía de dentro dela.
Redi concluiu que os “vermes” se originavam de ovos postos pelas moscas, ou seja, direta-
mente delas, e não da carne. Portanto, a carne não era uma fonte de vida dotada de um princípio
vital organizador, como se supunha, mas somente uma fonte de alimento para os “vermes” que se
transformavam. Atualmente, denominamos esses “vermes” de larvas e sabemos que são uma fase
de desenvolvimento desses insetos.
CORBAC40/SHUTTERSTOCK/LAB212
Larvas
Larvas
O experimento de Redi foi o primeiro a abalar a ideia da geração espontânea e a trazer à tona
a hipótese da biogênese, que afirma que todos os seres vivos só podem ser gerados por outro ser
vivo preexistente.
Alguns anos depois dos experimentos de Redi, Antoni van Leewenhoek (1632-1723) naturalista
holandês, que também desenvolveu seus próprios instrumentos, construiu um microscópio com
CHRISTOLOPEZ/SHUTTERSTOCK
1 2 3
Com esse experimento, Pasteur demostrou que o ar por si só não era capaz de gerar vida, ou
seja, não tinha “força vital”, como propunha a hipótese da abiogênese. Os seres vivos que apareciam
no caldo nutritivo eram originados a partir de outros seres vivos presentes no ar, o que reforçava a
hipótese da biogênese.
O planeta Terra
De acordo com as hipóteses mais aceitas, o planeta Terra, bem como os outros do Sistema Solar,
provavelmente se formou a partir da aglomeração das partículas provenientes dos restos da nebu-
losa que originou o Sol. Essas partículas, ao se aglomerarem, foram atraindo outras partículas pela
gravidade, formando um corpo cada vez maior e mais denso, que gerou aos poucos a Terra primitiva.
Acredita-se que o planeta Terra se for-
RICHARD BIZLEY / SCIENCE PHOTO LIBRARY
PARA AMPLIAR
O que são substâncias ou moléculas? Como podem ser representadas?
A matéria é formada por átomos. Muitas vezes, os átomos se encontram organizados em substân-
cias ou moléculas, que são formadas por combinações de átomos.
As substâncias podem ser representadas por meio da notação química, que informa quais são os
átomos que a compõem e em que quantidade. A substância amônia, por exemplo, é representada
por NH3, o que significa que é composta por 1 átomo de nitrogênio (N) e por 3 átomos de hidrogê-
nio (H). Observe que não há nenhum número associado ao nitrogênio. Quando não há nenhum
índice na representação do átomo, subentende-se que esse índice é 1.
▶ Agora que você conhece a notação química, consulte a tabela periódica disponível no Ca-
pítulo 3 e verifique qual é a composição das outras substâncias que participariam da com-
posição da atmosfera: metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e água (H2O).
Evolução química
Os seres vivos são compostos por substâncias que se supõem que não existiam na Terra pri-
mitiva. Dentre elas, estão as proteínas, os carboidratos e os lipídios. Essas substâncias que formam a
matéria orgânica são chamadas de substâncias orgânicas, compostas principalmente de átomos
de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio.
Para que os primeiros seres vivos surgissem, seria necessária a existência dessas substâncias
essenciais em sua estrutura e para seu funcionamento. Mas como elas teriam aparecido se não havia
CK
pos. Esse processo se deve ao fato de que as substâncias apresentam cargas elétricas e podem
STO
atrair ou repelir outras substâncias, inclusive a própria água. Os agrupamentos de substâncias
DOR/SHUTTER
orgânicas acaba sendo envolvido por água, que gera uma camada que a isola do restante da
solução, e o conjunto adquire uma individualidade. Esses conjuntos individualizados foram
BORA
denominados coacervados.
LA
Teorizou-se que os coacervados formados nos mares primitivos teriam interagido durante
CO
centenas ou até milhares de anos e, provavelmente, foram incorporando substâncias disponíveis
Z/
YU
SO
no meio, formando sistemas químicos mais complexos e organizados.
TO
FO
Possivelmente, esses sistemas organizados teriam, em algum momento, de uma maneira ainda
não explicada pela ciência, formado os nucleotídeos – moléculas que compõem o material genético.
Alexander Ivanovich Oparin (1894-1980), Com o surgimento do material genético, teria se formado um centro de controle para os coacervados.
bioquímico russo, é famoso por seu A partir daí, esses sistemas já teriam capacidade de replicação e reprodução, e podem ser conside-
trabalho sobre teorias da origem da
vida. Em 1922, apresentou suas ideias à
rados os primeiros seres vivos de nosso planeta.
Sociedade Botânica Russa e as publicou
em um folheto em 1924. Foi somente Experimento de Miller-Urey
na década de 1930 que suas ideias se
tornaram mais conhecidas.
Em 1951, Stanley Lloyd Miller (1930-2007), planejou e realizou um experimento que reproduzia
as condições da atmosfera primitiva para testar a hipótese de Oparin e Haldane sobre surgimento dos
primeiros seres vivos. Orientado por seu professor Harold Clayton Urey (1893-1981), ele construiu
SCIENCE PHOTO LIBRARY
um aparelho que consistia em um balão de vidro com água que simulava os mares primitivos. Esse
balão era aquecido e gerava vapor de água que circulava através de uma tubulação para um segun-
do balão, no qual havia eletrodos que liberavam descargas elétricas, preenchido pelos gases amônia
(NH3), metano (CH4), hidrogênio (H2), o que simularia a composição da atmosfera teorizada por
Oparin e Haldane. Este segundo balão se comunicava com um condensador, que terminava em um
tubo em U, ligado ao primeiro balão. Entre eles havia uma torneira que permitia a coleta de amostras
do que seria o caldo primordial.
Experimento de Miller-Urey
Fontes hidrotermais
Alguns estudiosos propõem que a origem da vida teria ocorrido em fontes hidrotermais, que
são fendas no fundo do oceano em que há água em alta temperatura e minerais vindos do interior
da Terra. Algumas dessas fendas apresentam água morna e um ambiente propício ao surgimento da
vida. Estudos relacionados a essa hipótese mostraram que a síntese abiótica de substâncias orgânicas
também é possível nessas condições.
Hipótese heterotrófica
A hipótese heterotrófica propõe que os primeiros organismos vivos seriam heterótrofos, e obti-
nham a matéria orgânica necessária para seu metabolismo do meio aquático em que viviam – que seria
rico em substâncias nutritivas. Os mares primitivos teriam sustentado esses seres por milhares de anos.
Entretanto, com o tempo, a quantidade desses organismos deve ter aumentado, até que o ali-
mento disponível no ambiente ficasse escasso. Esses seres primitivos estariam sujeitos à mutações ao
acaso. As mutações devem ter levado ao surgimento de organismos capazes de sintetizar o próprio
alimento – seres autótrofos. Nesse ambiente em que o alimento seria escasso, tal característica pode
ter sido muito favorável à sobrevivência e reprodução de seres autótrofos.
Essa hipótese tem sido contestada, pois acredita-se que não havia matéria orgânica suficiente
no mar primitivo para suprir a necessidade dos organismos heterótrofos que se supõe terem existido.
A hipótese mais aceita atualmente é a autotrófica.
Hipótese autotrófica
De acordo com a hipótese autotrófica, os primeiros seres vivos deveriam ser capazes obter
energia para a síntese de substâncias orgânicas por meio da transformação química de sais minerais
Não há hipóteses definitivas nem para o surgimento da vida na Terra nem para como
seriam os primeiros organismos. Esses tópicos continuam a gerar muitos debates no meio cien-
tífico. Trata-se de um exemplo bem representativo de como o conhecimento científico é cons-
truído, com base no surgimento de evidências e na superação de hipóteses e proposição de
novas ideias.
PARA AMPLIAR
JASWE/SHUTTERSTOCK
Dos grandes mistérios que despertam enorme interesse tanto de especialistas quanto do público
em geral, poucos são tão fascinantes quanto a questão da origem da vida. Existem várias facetas
diferentes, cada uma com seu conjunto de questões em aberto. Uma das mais óbvias diz respeito
à possível existência de vida extraterrestre. Se existe vida na Terra, por que não supor que ela
exista também em outros planetas?
Essa pergunta em geral é respondida com outra pergunta. Do que a vida precisa para existir? Se
usarmos a Terra como base – e só conhecemos a vida aqui –, consideramos que são essenciais a
água líquida, certos compostos químicos e calor ou alguma outra fonte de energia. Água líquida
impõe que o planeta não esteja muito distante ou muito perto de sua estrela.
Caso contrário, teria apenas água congelada ou vapor. A água líquida cria o meio onde as reações
químicas que sustentam a vida podem ocorrer. Não é à toa que somos mais de 60% água.
Planetas que podem ter água líquida estão na chamada “zona habitável”, um cinturão cuja dis-
tância varia com o tipo de estrela. No caso do Sol, cobriria Vênus, Terra e Marte. Imediatamente,
vemos que estar na zona habitável não é suficiente. Vênus tem uma temperatura que vai além de
500 °C, por causa de um acentuado efeito estufa. Marte, como foi descoberto recentemente, teve
água líquida no passado, tem alguma hoje e também tem gelo, mas não foram encontrados rios, Representação artística da origem da
oceanos ou lagos. A possibilidade de vida lá hoje não é nula, mas é remota. vida.
Aprendemos que composição e densidade da atmosfera e a história do planeta são determinantes. A vida precisa de certos elementos
químicos. Carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio são essenciais. Fósforo, ferro, cálcio, potássio também são importantes. Esses ele-
mentos são sintetizados em estrelas durante seus últimos estágios de vida. Quando a estrela “morre”, explode com tremenda violência,
emitindo esses e todos os outros elementos da tabela periódica pelo espaço interestelar. Planetas capazes de desenvolver formas de vida
precisam estar numa região com os ingredientes certos. Fora isso, os ingredientes precisam ser combinados corretamente. Pelo que ve-
mos aqui, mesmo as formas mais primitivas de vida dependem de compostos orgânicos consistindo de cadeias muito longas de átomos
de carbono ligados a uma série de radicais.
Os átomos de carbono são os ossos da espinha dorsal, dando suporte ao resto. Como que esses átomos formaram cadeias tão complexas?
Essa questão permanece em aberto. Mas em 1953, Stanley Miller fez uma grande descoberta: combinando substâncias que acreditava
terem feito parte da atmosfera primitiva (metano, gás carbônico, água e outros), Miller isolou-as num frasco e passou faíscas elétricas
que simulavam raios.
Para sua surpresa, ao examinar os compostos acumulados no fundo do frasco, percebeu que tinha sintetizado alguns aminoácidos, com-
ponentes fundamentais das proteínas. Miller não produziu a vida no laboratório, mas demonstrou que processos naturais podem tornar
uma química simples numa química complexa.
Assim como o experimento de Miller, a vida precisa de uma fonte de energia. Aqui, estamos acostumados com o Sol. Mas a descoberta
de formas de vida que vivem na mais completa escuridão, em fossas submarinas profundas, demonstra que processos químicos indepen-
dentes da luz podem gerar a energia capaz de impulsionar os mecanismos da vida. Não basta afirmar que o vasto número de planetas no
cosmo torna a vida extraterrestre inevitável. O que aprendemos é que, mesmo se existir, será rara.
GLEISER, Marcelo. Sobre a origem da vida. Folha de S. Paulo, Ciência, 26 out. 2008. Disponível em: <https:// www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/
fe2610200803.htm>. Acesso em: 23 nov. 2018.
▶ o resultado obtido.
Resposta: as larvas surgiram apenas no pedaço de carne do frasco que permaneceu exposto.
▶ a conclusão.
Resposta: as larvas não surgiam espontaneamente, se originavam diretamente das moscas.
b) Se a hipótese da abiogênese fosse verdadeira, qual deveria ter sido o resultado obtido por Redi?
Resposta: as larvas deveriam ter surgido tanto no frasco tapado como no aberto.
4 (Enem) O gráfico abaixo representa a evolução da quantidade de oxigênio na atmosfera no curso dos tempos geológicos.
O número 100 sugere a quantidade atual de oxigênio na atmosfera, e os demais valores indicam diferentes porcentagens dessa
H1
quantidade.
LAB212
VERTEBRADOS
CONQUISTA
DA TERRA
PRIMEIROS
100
Oxigênio (% da quantidade atual)
10
Atmosfera Anteparo
Atmosfera semelhante à do de ozônio
primitiva planeta Marte
PNEUMATOSFERA PRIMITIVA
primeira célula
APARECIMENTO DA VIDA
eucarionte
Terciário e Quaternário
FOTOSSÍNTESE
COMEÇO DA
Pré-cambriano
0,1
Secundário
Primário
0
–4 –3,8 –3,1 –2,7 –2 –1,6 –1 –0,6 –0,2
–0,7 –0,4 –0,1
TEMPO (BILHÕES DE ANOS)
Elabore o texto solicitado como uma resposta ao pedido de seu chefe. O texto deve conter informações a respeito de como
essa área de conhecimento surgiu, quais são seus objetivos, que tipo de estudos costuma desenvolver e as perspectivas futuras
dessa ciência.
Resposta pessoal.
LAB212
H8
1 2 3
5 4
Se o gargalo do frasco é O caldo nutritivo do frasco com
quebrado surgem “pescoço de cisne”manteve-se
microrganismos no caldo livre de microrganismos
Conclusão
Resposta: o ar por si só não é capaz de gerar vida, ou seja, não tem “força vital”, como propunha a hipótese da abiogênese. Os seres vivos
que apareciam no caldo nutritivo eram originados a partir de outros seres vivos presentes no ar, o que reforçou a hipótese da biogênese.
3 Selecione uma das hipóteses que explicam a origem da vida e produza, em seu caderno ou em uma folha à parte, um texto argu-
mentativo defendendo-a. Certifique-se de que seu texto apresente os seguintes pontos:
H10
▶ evidências e argumentos favoráveis à hipótese;
▶ evidências e argumentos contrários à hipótese;
▶ conclusão que justifique por que a hipótese deve ser aceita apesar das evidências contrárias a ela.
Resposta pessoal.
PARA AMPLIAR
A maior e a menor célula do organismo humano
A maior célula de nosso organismo é a célula reprodutora do sexo feminino, conhecida como óvulo
ou ovócito, com aproximadamente 200 μm (micrômetros) de diâmetro, que equivale a 0,2 mm
(1 mm = 1 000 μm), portanto visível a olho nu. Mesmo assim, é necessário o uso de um micros-
cópio para estudar suas estruturas.
ROST9/SHUTTERSTOCK
A menor célula humana é o espermatozoide, que mede aproximadamente 70 μm de com- Hans Janssen e seu filho Zacharias.
primento. Alguns historiadores creditam a
Zacharias Janssen, fabricante de óculos
de Middelburg, a invenção do telescópio
e do microscópio (este último com a
O primeiro microscópio com acurácia e precisão para a observação microscópica foi desenvol- ajuda de seu pai) por volta da virada do
vido pelos holandeses Hans e Zacharias Janssen em 1591. século XVII.
“[...] pude perceber claramente que toda a cortiça era perfurada e porosa, asseme-
lhando-se a um favo de mel [...] esses poros ou células não eram muito profundos e eram
semelhantes a um grande número de pequenas caixas [...]”
(Hooke, 1665)
Hooke foi o primeiro a usar o termo célula. Porém, ele não anteviu a natureza individual da cé-
lula nem de seu conteúdo, o que observou foram apenas as paredes esqueléticas de células vegetais
mortas.
Outro grande nome da microscopia biológica foi Antoni van Leeuwenhoek. O comerciante
se tornou um notável naturalista ao desenvolver o próprio microscópio com apenas uma lente
convergente bem pequena, que tinha poder de ampliação de 200 vezes. Observou e descreveu a
estrutura dos espermatozoides, dos glóbulos vermelhos do sangue dos protozoários e das células
vegetais, e chamou as células de "glóbulos".
BIOPHOTO ASSOCIATES / SCIENCE PHOTO LIBRARY
Y R
RA
B
LI
TO O
PH
NCE
Homem olhando através das minúsculas
IN
unicelulares (protozoários e bactérias), que E
PR
denominou 'animálculos'. TH
K
meio para o outro – do ar para o material da lente –, os raios
C
STO
de luz sofrem alterações em suas propriedades. Esse fenômeno
TER
se chama refração, que gera uma mudança no ângulo com
ER HAVEN/SHUT
que os raios são refratados, ou seja, raios que incidem paralela-
mente ao eixo principal da lente são refratados com um ângu-
lo diferente. No caso de lentes convergentes, os raios incidem
VA N D
paralelamente e são refratados de forma a convergirem para
um único ponto, chamado de foco.
NNO
ME
A refração sofrida pela luz ao atravessar esse tipo de lente faz
com que seja formada uma imagem maior que o objeto a ser
observado, de acordo com o esquema a seguir.
B'
Raios de luz que
LAB212
incidem em uma lente
convergente convergem
para um único ponto.
B
A' F A F'
AB representa o objeto e A’B’ representa a imagem formada, F representa o foco. O esquema será
apresentado em maiores detalhes no 2o ano. Neste momento, é importante observar apenas que o
objeto está posicionado entre o foco e a lente e como a imagem A’B’ é maior que o objeto AB. O esquema
representa o que ocorre na observação de um objeto em um microscópio simples.
A teoria celular
Nos séculos XVIII e XIX, vários cientistas passaram a estudar a célula e sua relação com o fun-
cionamento dos diferentes organismos. Em meados do século XIX, com base nos conhecimentos
obtidos até o momento e em nos próprios estudos, o botânico Matthias Schleiden propôs que
todos os vegetais eram formados por células. Um ano mais tarde, o zoólogo Theodor Schwann
estendeu a proposição aos animais. Estava posta a teoria celular, que afirma em linhas gerais que
a célula é a unidade morfológica e funcional de todos os seres vivos. Morfológica, pois todos os
seres vivos são formados por células. Funcional, pois toda a atividade metabólica vital acontece
dentro das células.
Em 1855, alemão Rudolf Virchow acrescentou a essa teoria que toda célula é gerada a partir da
reprodução de uma célula preexistente (no latim: Omnis cellula e cellula).
Na década de 1950, com a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucleico) e do RNA (ácido
ribonucleico), constatou-se que toda célula é portadora de material genético. Cada célula apresenta
as características hereditárias de todo o organismo.
Um caso relevante e polêmico é o dos vírus, que são estruturas biológicas, pois apresentam RNA
ou DNA envolto por uma cápsula protéica, mas não estrutura celular. Portanto, são acelulares. Por
isso, dependem de uma célula para que possam expressar seus genes, sendo parasitas celulares obri-
gatórios. Devido a esse fato, muitos estudiosos não consideram os vírus como seres vivos.
BRIAN MAUDSLEY/SHUTTERSTOCK
1 - lentes oculares
2 - revólver
7 - braço
3 - lentes objetivas
8 - parafuso
macrométrico
4 - mesa
9 - parafuso
micrométrico 5 - fonte luminosa
6 - base
Planta aquática do gênero Hydrilla e micrografia de folhas desse gênero de plantas. Imagem obtida por microscópio
de luz, visualizada com aumento de 60 vezes.
DESTEFANO/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK
ANUCHA CHEECHANG/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK
Microscópio eletrônico de transmissão (MET). Microscópio eletrônico de varredura (MEV).
Para entender melhor como as estruturas podem ser visualizadas em cada um desses microscópios,
observe as imagens a seguir. São micrografias de bactérias que vivem no intestino humano – da espécie
Escherichia coli –, obtidas em cada um desses microscópios.
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Micrografia de bactérias E. coli obtida por Micrografia de bactéria E. coli obtida Micrografia de bactérias E. coli obtida por
meio de mircroscópio de luz. por meio de MET. meio de MEV. Aumento de 14 000 vezes.
LAB212
visível ao microscópio de eletrônico
visível a olho nu
Ovo de Sapo
Vírus A maioria A maioria das Mosca de fruta
Átomos células animais
das bactérias
Molécula
pequena
PARA CONSTRUIR
1 Explique de que forma o desenvolvimento tecnológico possibilitou o desenvolvimento da biologia celular.
d) Identifique o item que foi usado no microscópio construído que permitiu ampliar a imagem das amostras observadas.
Resposta pessoal.
Título do
Célula esquema
procarionte
CAROL & MIKE WERNER / VISUALS UNLIMITED, INC / SCIENCE PHOTO LIBRARY
Representação de uma seção longitudinal de uma bactéria – organismo procarionte.
Título do
Célula esquema
eucarionte
Nas imagens, podemos observar diversas diferenças entre as células procarióticas e eucarióticas.
Fica evidente que o citoplasma de células eucarióticas é muito mais complexo do que o de células
procarióticas. Exploraremos essas diferenças em maiores detalhes ao abordarmos as estruturas celu-
lares, suas funções e em que tipo de célula elas estão presentes.
Membrana plasmática
A membrana plasmática é o envoltório comum a todas as células. Ela mantém o meio intrace-
lular diferente do extracelular, pois apresenta permeabilidade seletiva, controlando a entrada e a
saída de substâncias.
Uma característica relevante da membrana plasmática é o fato ser fluída e ao mesmo tempo
íntegra, ou seja, tem alta flexibilidade e ao mesmo tempo grande resistência. O modelo que explica
a estrutura da membrana plasmática está relacionado com a afinidade das moléculas que a formam
com a água. Para compreender esse modelo, devemos entender o que é polaridade de uma molécula
e como isso se relaciona com a afinidade com a água.
INNA BIGUN/SHUTTERSTOCK
Na+
Cl– δ+
δ– δ–
δ– δ+ δ+
δ+
δ+ Na+
δ+
δ–
δ+ Cl– δ–
δ+
δ+ δ– δ+
δ+
δ–
δ+
δ+
δ+
δ+ Cl– δ–
δ– δ+
δ+
Cloreto de sódio δ+
δ–
δ+
δ–
δ+
Moléculas de água
δ+ Na+
(sal de cozinha) δ–
δ+
δ+
δ+
δ–
δ– δ+
δ+
δ–
Na+
δ+ δ+
δ+
A água envolve o sódio e o
Cl–
δ–
δ+
δ+
δ– δ+
δ–
cloro que formam o sal,
δ+ δ+
dissolvendo-o
Representação de como a água dissolve o sal de cozinha. O sal de cozinha, ou cloreto de sódio,
formado por um átomo de cloro e um de sódio. A água envolve os átomos que formam o sal.
proteína da membrana
Glicocálix
Bicamada fosfolipídica
proteína da
membrana
Membrana plasmática X X
Parede celular X X
Núcleo X
c) Seria possível identificar todos esses microrganismos com o uso de um microscópio de luz? Explique.
Resposta: não, os vírus não podem ser visualizados por meio de microscópio de luz, apenas as bactérias e os fungos.
2 A indústria farmacêutica deve conhecer muito bem o agente causador de dada doença para sintetizar um medicamento que
possa eliminá-lo do organismo. Leia os trechos de algumas bulas de medicamento e faça o que se pede.
H3
H8 “[...] Os antibióticos da classe das polimixinas são agentes de superfície e agem através da adesão à membrana
celular da bactéria, o que altera sua permeabilidade e provoca a morte bacteriana. [...]”
H19 Bula Colis-Tek. Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM[26000-1-0].PDF>. Acesso em: 16 dez. 2019.
“O mecanismo de ação [do antibiótico] é a inibição da síntese da parede celular [...]. Isso resulta na interrupção
da biossíntese da parede celular (peptidoglicano), que leva à lise e morte da célula [...].”
Bula Fortaz® injetável. Disponível em: <https://br.gsk.com/media/555795/bl_fortaz_inj_gds25_ipi04_l0663.pdf> Acesso em: 16 dez. 2019.
TEFI / SHUTTERSTOCK
como os carboidratos amido (em vegetais) e glico-
gênio (em animais).
Núcleo
As organelas celulares
Organelas ou organoides são estruturas ce-
lulares envolvidas por membrana que separa seu
meio interno do citosol. Desempenham uma ou
Retículo mais funções específicas na célula. Há uma grande
endoplasmático diversidade de organelas nas células eucariontes,
granuloso
como retículo endoplasmático, complexo golgien-
se, lisossomos, vacúolos, peroxissomos, mitocôn-
Ribossomos drias, cloroplastos.
Retículo endoplasmático
O retículo endoplasmático é uma organela
membranosa formada por uma rede interligada
de bolsas e canais. Pode ser de dois tipos: retículo
endoplasmático granuloso, também chamado de
Retículo
endoplasmático
rugoso, e retículo endoplasmático não granulo-
não granuloso so, também chamado de liso. A principal diferença
entre eles é a presença de ribossomos aderidos à
face externa da membrana do retículo granuloso, o
Representação de retículo endoplasmático que lhe dá aspecto granular. Outra diferença estru-
granuloso e de retículo endoplasmático tural é que as bolsas no retículo granuloso são mais achatadas, enquanto no retículo não granuloso
não granuloso e o núcleo celular.
são mais tubulares.
Os dois tipos de retículo endoplasmático têm função de produzir, transportar, exportar e armaze-
nar substâncias na célula. O retículo granuloso, por ter ribossomos aderidos em sua estrutura, tem como
função específica a síntese de proteínas, em sua maioria para a exportação (para o meio extracelular).
O retículo não granuloso tem a função de síntese de lipídios, como o colesterol e os hormônios
esteroides (sexuais) testosterona, progesterona e estrógeno. Também é função do retículo não gra-
nuloso a desintoxicação, pois dentro dele as substâncias tóxicas são transformadas em substâncias
não nocivas. Um exemplo disso é degradação de medicamentos e do álcool contido em bebidas
alcoólicas. O fígado – órgão responsável pela degradação de substâncias tóxicas em nosso organismo
– apresenta certas células com grande quantidade dessas organelas.
Complexo golgiense
O complexo golgiense (antes chamado de aparelho de Golgi ou complexo de Golgi) é caracteri-
zado por um conjunto de estruturas membranosas que se assemelham a bolsas ou sacos empilhados.
Na maioria das células, o complexo golgiense costuma se localizar próximo ao núcleo.
A função principal dessa organela é o empacotamento, armazenamento, modificação e expor-
tação de substâncias, sendo responsáveis pela secreção celular.
TEFI/SHUTTERSTOCK
1. Substâncias, como proteínas
produzidas do retículo
endoplasmático granuloso,
são levadas ao complexo
golgiense por meio de
vesículas de transporte.
3. As substâncias já modificadas
são transportadas até a
membrana plasmática por meio
de vesículas secretórias.
4. As vesículas secretam as
substâncias para o meio
extracelular em um processo
conhecido como exocitose, em
que a membrana da vesícula se
funde à membrana plasmática. Esquema
representando a
ação do complexo
golgiense.
GHOST DESIGN/SHUTTERSTOCK
Mitocôndrias
As mitocôndrias são as organelas em que ocorre o processo de respiração celular, que fornece
energia para que os organismos realizem suas atividades.
Estruturalmente, a mitocôndria apresenta uma membrana externa e uma membrana interna
de formato sinuoso, que formam as cristas mitocondriais. O meio interno às cristas é chamado de
matriz mitocondrial. O formato da mitocôndria é similar ao de um grão de feijão.
Uma característica interessante das mitocôndrias é que apresentam um DNA próprio, o DNA
mitocondrial. A presença deste DNA exclusivo aponta para a hipótese de que as mitocôndrias eram
organismos independentes que passaram a viver em simbiose com outras organismos, dentro das
Mitocôndria células, dando origem às células
DANIELA BARRETO/SHUTTERSTOCK
Membrana
interna
IMAGEM SEM ESCALA.
Membrana
CORES FANTASIA.
externa
Micrografia eletrônica de transmissão
DNA (MET) de uma mitocôndria.
Imagem visualizada com
Representação esquemática de uma mitocôndria em corte transversal. aumento de 62 800 vezes.
DESIGNUA/SHUTTERSTOCK
Membrana externa DNA
Membrana interna
Ribossomo
Tilacóide
Estruturas não
Ribossomo
membranosas
ALDONA GRISKEVICIENE/SHUTTERSTOCK
Ribossomos
Subunidade
maior São estruturas compostas por proteí-
nas e RNA ribossômico. O RNA é um tipo
de ácido nucleico, assim como o DNA que
compõe o material genético, e será abor-
Subunidade
menor
dado em maiores detalhes em cadernos
posteriores. São essenciais na síntese de
proteínas.
Nas células procarióticas, encontram-
-se dispersos no citoplasma. Nas células eu-
carióticas, além de dispersos no citoplasma,
Representação do ribossomo.
Note que é composto de uma
também se encontram aderidos ao retículo
subunidade maior e uma menor. endoplasmático granuloso.
TO
DR
CORES FANTASIA.
Centríolo
DESIGNUA/SHUTTERSTOCK
Vista do centríolo
em corte transversal
Micrografia de duas células de fibroblasto, coloridas Micrografia eletrônica de transmissão de bactéria
artificialmente, que mostram o citoesqueleto – Salmonella enteritidis. Os filamentos alongados
composto de microtúbulos (amarelo) e filamentos de são flagelos, utilizados para locomoção. Imagem
actina (roxo). A estrutura em verde é o núcleo. Imagem colorizada por computação
visualizada com aumento de 980 vezes. e obtida com aumento de 13 100 vezes.
Centríolos
Os centríolos são organelas responsáveis pela produção e orientação das fibras do fuso, que
orientam o movimento do material genético durante a divisão celular. Essas estruturas estão ausentes
em diversos grupos de plantas, como nas plantas com flores (angiospermas) e em pinheiros.
Os centríolos são formados por um conjunto de nove trincas de microtúbulos ligadas umas as
outras através de fibras conectivas.
Eucariontes Procariontes
Estrutura celular Animais Plantas Bactérias
Parede celular Ausente Presente Presente
Membrana celular Presente Presente Presente
UDAIX/SHUTTERSTOCK
Célula animal IMAGENS SEM ESCALA.
CORES FANTASIA.
Núcleo
Membrana
plasmática
Retículo endoplasmático
não granuloso
Ribossomos
Retículo endoplasmático
granuloso
Peroxissomo
Mitocôndria
Lisossomo
Citoplasma
Centríolo
Complexo golgiense
Célula vegetal
Núcleo
Citoplasma
Ribossomos
Complexo
golgiense Membrana
plasmática
Mitocôndria Parede
celular
Vacúolo central
Esquema em corte de uma
Peroxissomo Cloroplastos
célula animal e de uma célula
vegetal, com suas estruturas.
▶ Água
▶ Pinça
▶ Conta-gotas
Procedimento experimental
1. Com uma pinça, retire uma folha da elódea.
2. Coloque a folha sobre uma lâmina limpa.
3. Pingue uma gota de água sobre a folha e cubra-a com a lamínula.
4. Observe a folha ao microscópio, e procure obter imagens nítidas com diferentes aumentos.
Observações
Represente o que você observou com um desenho. Não se esqueça de anotar os aumentos com
que as imagens representadas foram observadas. Procure utilizar cores diferentes para represen-
tar as estruturas observadas. Insira legendas com o nome das estruturas que você observou. Des-
creva também como são as estruturas observadas.
1. Se a célula observada fosse uma célula animal, que estruturas visíveis nas células da elódea
estariam ausentes?
Resposta: as células animais não apresentam parede celular nem cloroplasto, portanto essas
estruturas visualizadas nas células da elódea estariam ausentes.
2 Cortes em tecido glandular secretor de hormônios proteicos foram examinados ao microscópio eletrônico. Identifique e assina-
le que organelas são prováveis de se encontrarem bem desenvolvidas nessas células.
H19
a) Sistema golgiense e cílios.
b) Plastos e mitocôndrias.
c) Retículo endoplasmático rugoso e sistema golgiense.
d) Sistema golgiense e vacúolos.
e) Retículo endoplasmático liso e ribossomos.
Resposta: alternativa c.
b) Onde o material genético pode ser encontrado em células procarióticas? E nas eucarióticas?
Resposta: nas células procarióticas, o material genético é encontrado disperso no citosol. Nas células eucarióticas, é encontrado no
interior do núcleo e das organelas mitocôndria e cloroplasto.
Durante a transição da fase de girinos para a de rãs ou sapos adultos, observamos o desapa-
recimento da cauda dos girinos.
H19
a) Identifique e escreva qual é a organela envolvida no desaparecimento da cauda dos girinos.
Resposta: os lisossomos.
6 O espermatozoide é a célula reprodutora masculina dos animais. Ele apresenta um flagelo, que permite a célula se movimentar.
Para que o espermatozoide possa se manter nadando pelo tempo e distância necessária para encontrar o ovócito (célula reprodu-
H8
tora feminina), precisa de grande quantidade de energia. Que organela deve existir em abundância nos espermatozoides?
H19 Resposta: devem conter uma grande quantidade de mitocôndrias, organelas em que ocorre o processo de respiração celular, que fornece
energia para a célula.
a) Sabendo que as enzimas são proteínas, escreva uma estrutura da célula que participa da produção da PETase nas bactérias.
Resposta: os ribossomos.
3 Pesquise e escolha uma micrografia que mostre uma ou mais células e faça o que se pede, em seu caderno ou em uma folha avulsa.
H19 a) Imprima a imagem escolhida e cole-a em uma folha avulsa.
b) Explique por que tipo de microscópio a imagem foi obtida e o aumento com que foi visualizada, caso informações sobre o
aumento estejam disponíveis.
c) A que organismo pertece e se a(s) célula(s) é (são) procarióticas ou eucarióticas.
d) Identifique e localize as estruturas celulares visíveis na imagem.
e) Que estruturas celulares o tipo de célula escolhido costuma apresentar e que não estão visíveis na micrografia.
VSHIVKOVA/SHUTTERSTOCK
H8
H19
O núcleo é visualizado
em azul, os filamentos
de actina em rosa e a
tubulina em amarelo.
b) Os filamentos corados na imagem fazem parte de que estrutura celular? Escreva três funções desta estrutura.
Resposta: os filamentos fazem parte do citoesqueleto, que fornece sustentação, resistência mecânica e movimento para a célula.
5 Construa um modelo tridimensional de célula utilizando material reciclável. Para isso, siga os seguintes passos.
H12 ▶ Escolha um tipo de célula para representar, pode ser uma célula de bactéria, uma célula animal ou uma célula vegetal.
▶ Em uma folha avulsa, faça o planejamento de como você deseja construir seu modelo. Desenhe como ele deve ser e
faça uma lista dos materiais necessários. Tente deixar o modelo o mais completo possível, com todas as estruturas celu-
lares estudadas.
▶ Construa o modelo.
▶ Escreva legendas para identificar as estruturas representadas.
▶ Apresente o modelo para a turma e fale sobre as dificuldades encontradas no processo de elaboração.
Espécie: organismos semelhantes que, em condições naturais, são capazes de cruzar entre
si e produzir descendentes férteis.
O conceito biológico de espécie apresenta limitações, por exemplo: não pode ser aplicado à
fósseis ou a organismos que se reproduzem assexuadamente. Nesses casos, são usados outros critérios
para definir espécie, como características anatômicas, morfológicas, fisiológicas e comparação do
material genético. Devido a essas e outras limitações, existem outros conceitos de espécie. O assunto
ainda gera muitas discussões no meio científico.
Além da espécie, que é a categoria taxonômica básica, podemos
Hierarquia dos diferentes táxons agrupar os seres vivos em outras categorias, que são definidas a seguir.
ALINABEL/SHUTTERSTOCK
Espécie ▶ Gênero: grupo que reúne diferentes espécies que apresentam
muitas semelhanças entre si.
Gênero ▶ Família: conjunto de diferentes gêneros com organismos que
apresentam características em comum.
Família ▶ Ordem: compreende o agrupamento de diferentes famílias
que apresentam algumas características em comum.
Ordem
▶ Classe: reúne diferentes ordens com características em comum.
▶ Filo: agrupamento de diferentes classes que apresentam carac-
Classe
terísticas em comum.
Filo ▶ Reino: compreende diferentes filos com características seme-
lhantes.
Reino As categorias taxonômicas seguem uma hierarquia, distribuin-
do-se em grupos de menor para maior abrangência. De acordo com
as definições apresentadas, a categoria menos abrangente é a espécie
e a mais abrangente é o reino.
Esquema com as relações hierárquicas
entre os diferentes táxons. Sistema binomial
O sistema binomial criado por Lineu para nomear as espécies é usado até os dias de hoje. Nesse
sistema, o nome da espécie é formado por duas palavras: a primeira indica o gênero (epíteto genérico)
e a segunda é o termo específico (epíteto específico).
Lineu propôs o latim para os nomes científicos, que além de ser uma língua bem difundida no
meio acadêmico, era uma língua morta, que, portanto, não sofreria mudanças significativas ao lon-
go do tempo. Outra regra é que os nomes devem ser escritos em itálico ou sublinhado; e o epíteto
genérico deve ter a primeira letra maiúscula e o específico, minúscula.
Veja alguns exemplos de nomes espécies na tabela a seguir e, em seguida, a classificação em
categorias taxonômicas do corvo.
Categorias taxonômicas
Filo Chordata
Classe Aves
Ordem Passeiformes
Família Corvidae
Gênero Corvus
Os cinco reinos
Classificação em cinco reinos
LAB212
animalia
O biólogo estadunidense Robert H.
Whittaker (1920-1980) sugeriu, em 1969, um eukarya
sistema de classificação que se tornou mui-
EYE OF SCIENCE /
SCIENCE PHOTO LIBRARY
O organismo Haloferax
mediteranei é uma arquea
– que faz parte do reino
Monera. Essa espécie vive
em ambientes aquáticos de
alta salinidade. Micrografia
STEVE GSCHMEISSNER / SCIENCE PHOTO LIBRARY eletrônica de transmissão
colorizada por computação
e visualizada com
aumento de 12 500 vezes..
Reino Protista
O Reino Protista (ou Proctista) é formado pelos organismos unicelulares e eucariontes, como os
protozoários (heterotróficos), e as algas (autotróficos) unicelulares e pluricelulares. Os protistas têm
representantes que vivem livremente e outros que vivem associados a seres vivos de outros grupos.
PARA AMPLIAR
PARA CONSTRUIR
1 Explique qual é o conceito de espécie proposto por Lineu. Esse conceito é compatível com as ideias evolutivas aceitas atual-
mente pela comunidade científica? Por quê?
H8
Resposta: Lineu definiu espécie como grupo de organismos semelhantes a um tipo ideal e imutável. Esse conceito não é compatível com as
ideias evolutivas, pois presume que os seres vivos são imutáveis. Já as ideias evolutivas propõem que os organismos sofrem mudanças ao
longo do tempo.
2 (PUC-Campinas-SP)
H8
A receita mais antiga da história ensina a fazer cerveja e foi escrita na Mesopotâmia, há cerca de 4 mil anos. Des-
de aquela época, a matéria-prima básica da bebida era a cevada, primeiro cultivo da humanidade. O grão desse cereal
é tão duro que, colocado na água, ele não amolece. É por isso que os cervejeiros precisam fazer o malte − um grão de
cevada germinado e seco. O embrião da semente produz enzimas que quebram as pedrinhas de amido guardadas ali.
Macio, o grão solta na água esse ingrediente energético para formar o mosto. As enzimas também partem o amido em
moléculas de maltose, açúcar que vai alimentar as leveduras, a seguir, na fermentação.
(Revista Galileu, outubro de 2012. p. 77)
Identifique, dentre as espécies a seguir, aquela que é filogeneticamente a mais próxima da cevada, Hordeum vulgare.
a) Hordeum californica.
b) Triticum vulgare.
c) Bambusa vulgaris.
d) milho.
e) centeio.
Resposta: alternativa a.
3 Sobre as espécies Panthera leo (leão), Panthera onca (onça) e Panthera tigris (tigre), responda.
H8 a) Os três animais têm o primeiro nome em comum. Explique o que isto significa.
Resposta: o primeiro nome científico de um animal é o seu epíteto genérico e, portanto, indica seu gênero. Portanto, os três
animais são do mesmo gênero.
b) Pelo conceito biológico de espécie, seria possível o cruzamento entre um indivíduo da espécie Panthera leo (leão) e um da
espécie Panthera onca (onça)?
Resposta: como os indivíduos são de espécies diferentes, eles provavelmente não cruzariam entre si e, caso isso ocorresse, não
produziriam descendentes férteis.
5 Interprete a tabela que mostra a classificação de quatro organismos e responda ao que se pede.
H1
Táxon Rã-verde Leão-da-montanha Cachorro Humano
H8 Reino Animalia Animalia Animalia Animalia
Filo Chordata Chordata Chordata Chordata
Classe Anphibia Mammalia Mammalia Mammalia
Ordem Anura Carnivora Carnivora Primata
Família Ranidae Felidae Canidae Hominidae
Gênero Rana Felis Canis Homo
Espécie Rana clamitans Felis concolor Canis familiaris Homo sapiens
a) Quais são os dois organismos apresentados no quadro que são mais próximos filogeneticamente? Explique.
Resposta: leão-da-montanha e cachorro, que fazem parte da mesma ordem.
▶ O resultado obtido pela pesquisadora está de acordo com o conceito biológico de espécie? Explique.
Resposta: não, pois duas espécies diferentes de plantas – V. simplex e V. scalaris – podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis
quando vivem em um mesmo ambiente. O conceito biológico de espécie define que apenas seres da mesma espécie são capazes de
cruzar entre si e produzir descendentes férteis.
ANYAIVANOVA/SHUTTERSTOCK
A Biologia Celular tem diversas apli-
cações no ramo industrial, como na in-
dústria alimentícia, na farmacêutica, na
agronômica. Nesta atividade, você reali-
zará uma pesquisa sobre isso e elaborará
um folheto de divulgação.
2 Agora, imagine que você trabalha no departamento de Marketing de uma indústria que per-
tence a um dos ramos pesquisados. Elabore um folheto digital de divulgação do trabalho reali-
zado pela indústria com o objetivo de oferecer os produtos da indústria a possíveis clientes. Ele
deve apresentar textos breves e imagens chamativas que expliquem qual ou quais produtos
vocês oferecem e como são produzidos. Lembre-se, o folheto deve atrair o público-alvo a lê-lo!
1
MANUAL DO PROFESSOR
ensino médio
H8 - Compreender os conceitos relacionados à Biologia nos seus
EIXO diferentes ramos: Zoologia, Botânica, Ecologia e Genética.
H10 - Aplicar os conceitos de Física, Química e Biologia de forma
integrada na compreensão dos fenômenos naturais.
CIÊNCIAS DA NATUREZA: H11 - Empregar procedimentos e práticas de observação,
UMA DAS FORMAS DE levantamento de hipótese, experimentação, coleta de dados
e conclusões para resolução de problemas relacionados às
COMPREENDER O MUNDO Ciências da Natureza.
H12 - Relacionar informações para construir modelos em ciência e
tecnologia.
H17 - Conhecer a estrutura do planeta Terra na atualidade, bem
Este eixo tem como objetivo trabalhar as habilidades e as com- como as hipóteses sobre sua formação, o surgimento e a
petências por meio de objetos de conhecimento ligados aos fazeres evolução da vida.
das ciências naturais: Física, Química e Biologia. Aborda aspectos H19 - Conhecer as estruturas que formam os diferentes sistemas
que compõem os organismos vivos em geral, e o corpo
fundamentais que fornecerão aos alunos a base para que possam
humano, em particular.
tratar os demais temas do curso em situação de uniformidade de H24 - Descrever as propriedades físicas, químicas e/ou biológicas
conhecimentos básicos. São assuntos deste eixo: uma breve história dos materiais relacionando-os às finalidades as quais que se
das Ciências da Natureza, as características do fazer científico (mé- destinam.
todo científico), a localização do aluno no Universo, os movimentos H28 - Reconhecer e utilizar nomenclatura e códigos científicos
dos corpos celestes e da matéria, as unidades básicas da vida – as e tecnológicos para caracterizar materiais, substâncias e
processos.
células – e da matéria em geral – os átomos.
Competências 12
1 CONSTRUÇÃO DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA E
C1 - Compreender as ciências da natureza e as tecnologias como
construções humanas associadas à cultura dos povos e suas visões
MÉTODO CIENTÍFICO
de mundo.
C2 - Aplicar os conceitos fundamentais e estruturas procedimentais
das Ciências da Natureza na explicação de fenômenos cotidianos, Competências
bem como dominar processos e práticas de investigação científica.
C3 - Compreender os organismos vivos em geral e o ser humano em C1 - Compreender as Ciências da Natureza e suas tecnologias
especial, em integração com o ambiente vivo e sociocultural. como construções humanas associadas à cultura dos povos e suas
C4 - Descrever características das tecnologias associadas às visões de mundo.
ciências naturais em diferentes serviços ou contextos produtivos: Habilidades
indústria, manufatura, agricultura, agroindústria, extrativismo.
C5 - Determinar as características das tecnologias associadas H1 - Interpretar informações apresentadas nas diferentes linguagens
às Ciências da Natureza aplicadas em diferentes serviços usadas nas Ciências da Natureza, como texto, gráficos, tabelas,
ou contextos produtivos: indústria, manufatura, agricultura, relações matemáticas, diagramas e representação simbólica.
agroindústria, extrativismo. H2 - Comparar interpretações científicas e baseadas no senso
comum ao longo do tempo e em diferentes culturas.
Habilidades H4 - Identificar, em textos, diagramas, gráficos, imagens e tabelas,
H1 - Interpretar informações apresentadas nas diferentes linguagens informações relevantes para compreender um fenômeno ou
usadas nas Ciências da Natureza, como texto, gráficos, tabelas, conceito relacionado às Ciências da Natureza.
relações matemáticas, diagramas e representação simbólica. H5 - Reconhecer a presença de aspectos culturais, místicos e do
H2 - Comparar interpretações científicas e baseadas no senso senso comum nos discursos de interesse científico presentes em
comum ao longo do tempo e em diferentes culturas. diferentes meios de comunicação.
H4 - Identificar, em textos, diagramas, gráficos, imagens e tabelas,
informações relevantes para compreender um fenômeno ou Objetos de conhecimento
conceito relacionado às Ciências da Natureza.
H5 - Reconhecer a presença de aspectos culturais, místicos e do ▶ História das Ciências da Natureza.
senso comum nos discursos de interesse científico presentes em
diferentes meios de comunicação. ▶ Papel das características do fazer científico (método científico).
H6 - Compreender os conceitos relacionados à Física em seus ▶ Medidas, algarismos significativos, notação científica e ordem de
diferentes ramos: Astronomia, Mecânica, Acústica, Óptica, grandeza.
Termologia, Calorimetria, Ondulatória Eletricidade, Magnetismo e
Física Moderna e Nuclear. Objetivos específicos do capítulo
H7 - Compreender os conceitos relacionados à Química nos
seus diferentes ramos: Fisioquímica, Química orgânica e Química ▶ Diferenciar explicações mitológicas de explicações cientificas so-
inorgânica. bre os fenômenos naturais.
2 Manual do Professor
▶ Conhecer como ocorreu o desenvolvimento da ciência moderna. 108 ⋅103 =1011
▶ Identificar as características do fazer cientifico.
Resposta: 1 mm.
▶ Reconhecer que a ciências da natureza estão em constante de-
senvolvimento. 3 Considerando que em cada residência vivam em média 5
pessoas e que a população do Brasil é de aproximadamente
▶ Ler textos de diferentes gêneros que abordem temas relacionados
2,1⋅108 habitantes, podemos estimar que existem 4⋅107 resi-
às Ciências da Natureza.
dências. Como cada uma possui uma TV, a ordem de grandeza
▶ Conhecer as diferentes unidades de medida e sua importância é de 107.
para a realização de atividades experimentais.
4 O ponteiro de minutos dá uma volta por hora. Logo, o nú-
▶ Conhecer a aplicar as unidades de medida do Sistema Internacio-
mero de voltas é igual ao número de horas em um mês.
nal de Unidades (SI).
30 dias ⋅ 24 horas = 720 ou 7,2⋅102 voltas.
▶ Utilizar a notação científica e os prefixos para apresentar grandezas.
▶ Compreender o que são algarismos significativos e sua utilização ▶ Faça você mesmo – página 28
em medidas de grandezas. 3 Se a temperatura da estrela é 5 vezes a temperatura do Sol, en-
▶ Diferenciar grandezas escalares e grandezas vetoriais. tão a temperatura é cerca de 6 000k ⋅ 5 = 30 000k. Pela tabela,
▶ Realizar operações com vetores. para a temperatura de 28 000 K, a luminosidade é 2⋅10 4 = 20 000
e para a temperatura de 5 770 K, a luminosidade é 1. Portanto, a
ordem de grandeza da sua luminosidade é 20 000 vezes a lumi-
ORIENTAÇÕES E RESOLUÇÕES nosidade do Sol.
LAB212
1m
1m
"
b
Competências
Habilidades
b) Em qual situação poderíamos ter grandezas vetoriais re-
presentadas dessa forma? Duas forças perpendiculares H1 - Interpretar informações apresentadas nas diferentes
linguagens usadas nas Ciências da Natureza, como texto, gráficos,
aplicadas em um corpo, como a velocidade da correnteza
tabelas, relações matemáticas, diagramas e representação
de um rio e a velocidade do deslocamento de um barco, simbólica.
por exemplo. H2 - Comparar interpretações científicas e baseadas no senso
comum ao longo do tempo e em diferentes culturas.
▶ Para ampliar – página 38 H3 - Inferir significado de termos técnico-científicos em textos de
Se for possível, realize uma atividade utilizando esses simuladores instrumentação ou de divulgação científica.
para que os alunos se apropriem dos conceitos relacionados às ope- H4 - Identificar, em textos, diagramas, gráficos, imagens e tabelas,
rações com vetores. informações relevantes para compreender um fenômeno ou
conceito relacionado às Ciências da Natureza.
▶ Você é o autor – página 40 H5 - Reconhecer a presença de aspectos culturais, místicos e do
senso comum nos discursos de interesse científico presentes em
3 Só podemos ter certeza sobre a metodologia utilizada quando
diferentes meios de comunicação.
lemos artigos científicos veiculados em revistas e outras formas
H6 - Compreender os conceitos relacionados à Física em seus
de divulgação relacionadas ao universo das ciências. O nome
diferentes ramos: Astronomia, Mecânica, Acústica, Óptica,
dos autores, a descrição da metodologia utilizada, os dados le- Termologia, Calorimetria, Ondulatória Eletricidade, Magnetismo e
vantados e as análises sobre eles é que permitem avaliar a vali- Física Moderna e Nuclear.
dade de uma pesquisa. H7 - Compreender os conceitos relacionados à Química nos
seus diferentes ramos: Fisioquímica, Química orgânica e Química
4 Permita que os alunos comentem suas experiências sobre o inorgânica.
tema. Pergunte se eles ou seus familiares costumam modificar H10 - Aplicar os conceitos de Física, Química e Biologia de forma
seus hábitos de acordo com notícias veiculadas na TV. Se julgar integrada na compreensão dos fenômenos naturais.
oportuno, comente também sobre as propagandas de remé- H11 - Empregar procedimentos e práticas de observação,
dios e de produtos vendidos por telefone que prometem resul- levantamento de hipótese, experimentação, coleta de dados e
conclusões para resolução de problemas relacionados às Ciências
tados para as mais diferentes situações. da Natureza.
5 Discuta com os alunos as questões relacionadas ao método H12 - Relacionar informações para construir modelos em ciência e
tecnologia.
científico, utilizando como base a crônica apresentada. Pro-
cure questioná-los em relação ao tipo de pesquisa que deve
ser desenvolvida para que possam comprovar os benefícios
Objetos de conhecimento
ou malefícios da ingestão de determinados alimentos à saúde
humana. Discuta se existe a possibilidade de pesquisas serem ▶ Teorias de formação do Universo – Big Bang.
encomendadas por empresas que manipulam os resultados de ▶ Galáxias.
modo a comprovar um resultado benéfico a ela e as questões
▶ Estrelas.
éticas envolvidas nesse tipo de situação. Permita que os alunos
manifestem suas experiências pessoais em relação ao tema, ▶ Sistema solar.
orientando sempre para que as opiniões emitidas sejam funda- ▶ Leis de Kepler.
mentadas em fatos concretos. A habilidade de argumentação é
fundamental no desenvolvimento dos alunos para que se tor- ▶ Gravitação universal.
nem cidadãos críticos e atuantes na sociedade. ▶ Corpos em movimento: MU, MUV, queda livre.
4 Manual do Professor
Objetivos específicos do capítulo que os alunos, na sala de aula ou em casa, assistam ao vídeo, anotem
suas dúvidas, realizem pesquisas ou façam perguntas sobre o tema. A
▶ Conhecer o que é cosmologia, seu desenvolvimento e seus
discussão sobre o que os alunos trouxerem serão o meio pelo qual pode
objetos de estudo.
se realizar a discussão teórica a respeito do ciclo de vida das estrelas.
▶ Conhecer a teoria de Big-Bang.
▶ Definir galáxias. ▶ Para ampliar – página 54
▶ Descrever o ciclo de vida das estrelas. Leia com os alunos esse texto que aborda as forças fundamentais
na natureza. Após a leitura, proponha que se reúnam em trios.
▶ Reconhecer a relação entre massa de uma estrela e o seu ciclo
Cada trio deverá formular uma questão sobre o texto. As questões
de vida.
formuladas devem ser trocadas entre os grupos. Depois de
▶ Apontar as principais características dos planetas que compõe respondidas, o trio que criou a questão deverá comentar a resposta
o Sistema Solar. dada, corrigindo, ampliando ou ratificando o que foi respondido.
▶ Conhecer as leis que regem o movimento planetário: Leis de Kepler.
▶ Estudo do movimento – página 59
▶ Aplicar as leis de Kepler do movimento planetário em diferentes
situações problema. Certamente, os alunos já estudaram esses conceitos nos anos
finais do Ensino Fundamental. Procure retomá-los de modo que
▶ Compreender a Lei da Gravitação Universal.
possam compreender os termos utilizados no estudo da Cinemática.
▶ Aplicar os conhecimentos sobre gravidade para analisar diferentes Proponha questões sobre os conceitos de referencial e trajetória,
situações do cotidiano. reforçando a ideia de que o significado do sinal negativo ou positivo
▶ Classificar os movimentos dos corpos em Uniforme ou Variado antes da indicação da posição de um corpo está relacionado ao
em função da sua velocidade. sentido em que a trajetória está sendo percorrida. Essa compreensão
▶ Compreender os conceitos de referência e movimento. é fundamental para classificação dos movimentos em progressivos e
▶ Aplicar os conceitos de posição, velocidade e aceleração em retrógrados, acelerados ou retardados.
situações problema. ▶ Para ampliar – página 65
▶ Utilizar as equações que regem os movimentos para resolver Acesse o site indicado e proponha diferentes desafios para os
problemas. alunos, de modo que variem os parâmetros do movimento no
▶ Representar graficamente os movimentos. simulador. Aproveite também para propor atividades de análise
▶ Realizar experimentos simples para verificar e aplicar os de gráficos de velocidade e de posição em função do tempo. No
conhecimentos sobre os diferentes tipos de movimento. site, existem orientações sobre a utilização do simulador, além de
▶ Aplicar os conhecimentos sobre os tipos de movimento para propostas de atividades.
6 Manual do Professor
conhecimentos dos alunos sobre o tema. Muitos deles já devem ter H3 – Inferir significado de termos técnico-científicos em textos de
estudado sobre esse assunto nos anos finais do Ensino Fundamental. instrumentação ou de divulgação científica.
Esse levantamento permite avaliar o tipo de trabalho que deve ser H4 – Identificar, em textos, diagramas, gráficos, imagens e tabelas,
realizado e contribui para que os alunos possam reconhecer quais informações relevantes para compreender um fenômeno ou
são os conhecimentos que já construíram. conceito relacionado às Ciências da Natureza.
H6 – Compreender os conceitos relacionados à Física em seus
▶ Para construir – página 92 diferentes ramos: Astronomia, Mecânica, Acústica, Óptica,
Termologia, Calorimetria, Ondulatória Eletricidade, Magnetismo e
1 Física Moderna e Nuclear.
H7 – Compreender os conceitos relacionados à Química nos
b) Os alunos poderão citar a descoberta do elétron, que levou
seus diferentes ramos: Fisioquímica, Química orgânica e Química
à percepção de que os átomos eram divisíveis e por isso o
inorgânica.
modelo de Dalton teve que ser reformulado. Poderão citar H8 – Compreender os conceitos relacionados à Biologia nos seus
também a descoberta da radioatividade e sua utilização no diferentes ramos: Zoologia, Botânica, Ecologia e Genética.
experimento de Rutherford que levou à percepção de que
H10 – Aplicar os conceitos de Física, Química e Biologia de forma
havia espaços vazios no átomo, o que estava em desacor-
integrada na compreensão dos fenômenos naturais.
do com o modelo de Thomson. Partilhe as respostas dadas
H12 – Relacionar informações para construir modelos em ciência
entre os alunos de modo que eles possam perceber que e tecnologia.
muitas são as situações em que a ciência deve agregar no- H17 – Conhecer a estrutura do planeta Terra na atualidade, bem
vos conhecimentos para responder às novas descobertas. como as hipóteses sobre sua formação, o surgimento e a evolução
Dessa forma a ciência não é fixa, e sim dinâmica. da vida.
H18 – Identificar situações de risco ambiental na cidade onde
▶ Faça você mesmo – página 93 reside.
H19 – Conhecer as estruturas que formam os diferentes sistemas
2 Caso julgue oportuno, solicite que cada aluno apresente sua que compõem os organismos vivos em geral, e o corpo humano,
linha do tempo e a explique para os demais colegas. em particular.
12
4 VIDA NA TERRA ▶ Compreender o processo de formação da Terra e surgimento da
vida.
▶ Reconhecer as características celulares.
Competências ▶ Compreender os níveis de organização dos seres vivos.
C1 - Compreender as Ciências da Natureza e suas tecnologias ▶ Classificar os seres vivos em cinco reinos.
como construções humanas associadas à cultura dos povos e suas
visões de mundo.
C2 – Aplicar os conceitos fundamentais e estruturas ORIENTAÇÕES E RESOLUÇÕES
procedimentais das Ciências da Natureza na explicação de
fenômenos cotidianos, bem como dominar processos e práticas ▶ Para ampliar– página 122
da investigação científica Professor, é interessante que esta atividade seja dada de maneira
C3 – Determinar os impactos das ações humanas nos ambientes,
extra, ou como curiosidade, para os alunos assistirem livremente. É
identificando suas causas e propondo soluções para a sua redução.
C4 – Compreender o funcionamento dos organismos vivos em possível, se houver tempo, organizar a turma em grupos e solicitar
geral e o ser humano em especial, considerando suas relações que cada grupo assista a um documentário e, em seguida, apresente
com o ambiente em que vivem, abordando aspectos físicos e um resumo para a sala.
socioculturais Solicite que os alunos leiam o texto e façam uma pequena
resenha em seu caderno, com as partes mais importantes.
Habilidades
H1 – Interpretar informações apresentadas nas diferentes ▶ Sugestão didática – página 127
linguagens usadas nas Ciências da Natureza, como texto, gráficos, Professor, pergunte aos alunos se eles já ouviram falar na célula
tabelas, relações matemáticas, diagramas e representação simbólica. e se sim, o que sabem sobre a mesma. Discuta as respostas com
8 Manual do Professor
PROFESSOR 693078