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E SUAS TECNOLOGIAS
4 ensino médio
CIÊNCIAS DA NATUREZA
4
A evolução dos organismos vivos
ensino médio
1
Presidência:
Mário Ghio Junior
Vice-presidente de Educação Digital:
Camila Montero Vaz Cardoso
Direção Editorial:
Lidiane Vivaldini Olo
Gestão de Unidade de Negócios:
Claudia Regina Baleiro Rossini
Gestão de Projeto Editorial:
João Carlos Puglisi
Coordenação de Projeto Pedagógico:
Erika Czorny Buch
Produção Editorial:
Equipe SOMOS Educação e lab212
Imagens de capa:
carlos castilla/ Daniel M Ernst/
Sergey Nivens/Shutterstock
Presidência CNI:
Robson Braga de Andrade
Diretor de Educação e Tecnologia CNI:
Rafael Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Operações:
Paulo Mol Junior
Gerente-Executivo de Educação:
Wisley João Pereira
Gerência de Educação Básica:
Leonardo Lapa Pedreira
Coordenação do Projeto:
Edilene Rodrigues Vieira Aguiar e Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Equipe Técnica:
Diana Freitas Silva Neri
Especialistas Áreas de Conhecimento:
Denise Di Giovanni Lamberti (Matemática); Luciana Ribeiro Guimarães (Coordenadora da equipe de
especialistas; Ciências da Natureza); Tatiana Nunes de Lima Câmara (Linguagens); Ricardo da Silva
Rocha (Ciências Humanas e Sociais Aplicadas); Leonardo Alves Falcão (Ciências da Natureza);
Aline Sthefane Dias Abreu (Linguagens); Mariana Luiza Pereira dos Santos (Linguagens)
ISBN 978-85-0819-527-5
1. Ensino médio
CDD 373
2022
1a edição
1a impressão
Impressão e acabamento
INTRODUÇÃO
A etapa final da Educação Básica vem apresentando grandes desafios para o
Brasil. Constata-se hoje que o Ensino Médio não corresponde aos anseios de quase
dois milhões de jovens que não ingressam, ou, após iniciar, desistem – há evasão
de 11%, segundo o Censo Escolar 2014/2015 (Inep, 2017).
Na atualidade, o modelo curricular em vigência e as práticas desenvolvidas
dificilmente motivam as novas gerações de nativos digitais imersos em ambientes
com ampla oferta de tecnologias, possibilidades múltiplas de interação, articulação
e produção de conhecimento.
A escola brasileira não tem acompanhado essas mudanças, que afetam não
somente comportamentos como também processos cognitivos, modos de apren-
der, ser e conviver. O projeto Itinerários do Novo Ensino Médio pauta-se no artigo
81 da Lei de Diretrizes e Bases (lei no 9 394/96) e atende às demandas da nova
legislação (lei no 13 415/2017).
A reforma do Ensino Médio preconiza a articulação de formação geral e forma-
ção técnica e se revela uma grande oportunidade de formular um itinerário educa-
tivo conectado ao mundo do trabalho. O objetivo é preparar adolescentes e jovens
para as profissões existentes, além de ocasionar reflexões sobre as transformações
das carreiras e o desenvolvimento de novos campos de atuação profissional, espe-
cialmente para a indústria nacional e a internacional.
Uma escola que envolva crianças, adolescentes e jovens e os torne protagonis-
tas das práticas educativas se faz fundamental para oferecermos a Educação Básica
de que necessitam cada brasileiro e o país. Portanto, é essencial ter clareza de que os
conhecimentos não se resumem à mera listagem de conteúdos fracionados e iso-
lados a serem ensinados pelos professores e aprendidos pelos estudantes. Importa
à escola proporcionar a construção de uma vida social, cultural e tecnológica que
permita o ingresso dos jovens no mundo do trabalho e possibilite a continuidade
de estudos em nível superior.
O Ensino Médio fragmentado em disciplinas especializadas e que raramente
estabelecem diálogo entre si e com a realidade cotidiana não é atrativo nem sig-
nificativo para nossos estudantes. É necessário mudar! Por esse motivo, o projeto
Itinerários do Novo Ensino Médio propõe uma experiência pedagógica com cur-
rículo organizado por áreas de conhecimento e objetivos de aprendizagem que se
relacionem à construção de competências e habilidades estreitamente relacionadas
à vivência social e aos itinerários de formação técnica e profissional.
APRESENTAÇÃO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
1 A HISTÓRIA DA ELETRICIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Eletricidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Eletrização por contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
Eletrização por indução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
12
2 ELETRODINÂMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Diferença de potencial – ddp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
Corrente elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
Circuito elétrico e seus componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
1a lei de Ohm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41
2a lei de Ohm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42
Potência elétrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47
Associação de resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
A eletricidade e o corpo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54
12
3 GERAÇÃO E CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Eletroímã. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62
Funcionamento dos motores elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67
O uso da eletricidade e suas diferentes fontes . . . . . . . . . . . . . .69
EIXO
A ELETRICIDADE NOSSA DE CADA DIA
A HISTÓRIA DA ELETRICIDADE
Competências
▶ C1 e C2
Habilidades
K
OC
ST
TER
H UT
E/S
LE
IN
VAS
LAB212
ANDREY_POPOV/SHUTTERSTOCK
JOHN D SIRLIN/SHUTTERSTOCK
Os raios são descargas elétricas que ocorrem entre a nuvem e a terra, por
causa do acúmulo de cargas elétricas nas nuvens. As cores dos raios fornecem
O forno micro-ondas emite ondas eletromagnéticas transmitidas pela informações sobre a atmosfera, por exemplo: vermelho indica a presença
oscilação entre os campos elétricos e magnéticos. Essas ondas agitam as de precipitação na atmosfera; azul indica a presença de partículas de gelo;
moléculas de água presentes no alimento, provocando seu aquecimento. amarelo indica a presença de poeira; branco é sinal de ar muito seco.
EXPERIMENTANDO
Eletrização por atrito
Existem aparelhos elétricos que podem apresentar eletrização por atrito, como os computadores, registros de torneiras, aviões e moto-
res industriais, o qual pode ser sentido por meio de choques. Esse efeito é indesejado principalmente na linha de produção de empresas,
pois, entre as consequências, têm-se mau funcionamento dos equipamentos, interferências, desperdícios de energia e riscos à saúde
dos operadores.
Reproduza os quatro experimentos propostos a seguir e elabore hipóteses para explicar como ocorre o mecanismo da eletrização em
cada uma das situações indicadas. Em seguida, exemplifique situações do cotidiano em que os mesmos eventos acontecem e indique
maneiras de como evitar esse fenômeno eletrostático. Converse com o professor sobre as hipóteses elaboradas para verificar a possibili-
dade de testá-las experimentalmente, para chegar a uma conclusão sobre a sua validade.
Material
▶ Régua plástica ▶ Papel toalha ▶ Balão de borracha (bexiga)
▶ Caneta esferográfica ▶ Canudo plástico (fino) ▶ Cachecol ou outra peça de lã
▶ Tesoura ▶ Linha de costura ▶ Suporte universal
▶ Papel ▶ Pente plástico de cabelo ▶ Bastão de vidro
Procedimento
Experimento 1
▶ Corte o papel em pedaços bem pequenos, para que fiquem leves.
▶ Aproxime a régua de plástico e os papéis sem tocá-los e observe o que acontece. Anote o resultado.
▶ Atrite a régua no papel toalha com um pouco de vigor, sempre mantendo o movimento em uma só direção.
▶ Aproxime novamente a régua dos mesmos pedaços de papel e registre o que aconteceu.
Experimento 3
▶ Encha o balão (bexiga) de borracha com ar e dê um nó para o ar não escapar.
▶ Aproxime o balão do seu cabelo, do seu rosto e da parede. Veja o que acontece. Anote os resultados.
▶ Atrite o balão várias vezes no cachecol de lã em um único sentido.
▶ Aproxime-o novamente do seu cabelo, do seu rosto e da parede. Veja o que acontece. Anote os resultados.
Experimento 4
▶ Prenda o canudo plástico no suporte universal.
▶ Aproxime o bastão de vidro do canudo pendurado. Verifique o que ocorreu. Anote o resultado.
▶ Atrite um dos lados do canudo pendurado no papel toalha.
▶ Atrite um dos lados do bastão de vidro em outro papel toalha.
▶ Aproxime o lado atritado do bastão de vidro ao lado atritado do canudo, observe o que acontece e anote o resultado.
Compartilhe os resultados observados e as hipóteses levantadas com seus colegas. Em seguida, elabore um relatório científico contendo as
informações sobre os objetivos do experimento, os materiais utilizados e um resumo dos procedimentos realizados. Apresente também as
hipóteses levantadas, os resultados encontrados e as conclusões obtidas considerando a discussão coletiva.
Procedimento
▶ Corte um dos canudos em duas partes; uma das partes deve ter aproximadamente 3 cm.
▶ Amarre a linha em um dos pedaços de canudo (pedaço maior) e amarre o conjunto (linha + canudo) no suporte universal de tal forma
que o canudo não encoste na base.
▶ Aproxime os dois canudos (o inteiro e o pedaço menor) do canudo pendurado pela linha e verifique o que acontece, um de cada vez.
Anote o resultado.
▶ Segurando o canudo que permaneceu inteiro com uma luva de borracha, atrite-o (eletrizando-o) com o papel toalha com bastante
vigor e sempre no mesmo sentido. Depois, aproxime-o novamente do canudo pendurado. Verifique o que acontece. Anote o resultado.
▶ Segurando o canudo eletrizado (o inteiro) com a luva de borracha, deixe-o próximo do canudo pendurado (sem encostar) e, com a outra
mão ou com a ajuda de um colega, encoste o dedo sem a proteção da luva no canudo pendurado. Não deixe os canudos se encostarem.
Em seguida, distancie o canudo maior.
▶ Pegue o pedaço menor do canudo e o aproxime novamente do canudo inteiro. Verifique o que aconteceu. Anote os resultados.
Orientações no Manual do Professor.
LAB212
- + - +
N
Ilustração esquemática do experimento realizado por
W E
Oersted, evidenciando a relação entre a eletricidade e o
S magnetismo. Nesse experimento, a corrente elétrica gerada
muda a orientação da agulha da bússola; ao interromper a
corrente, a agulha retorna para a sua posição original.
PARA AMPLIAR
Explique como seria o comportamento elétrico de um átomo ou de um grupo de átomos ao perder ou ganhar elétrons.
Resposta: se um átomo ou um grupo de átomos perde ou ganha elétrons, formam-se íons. Os íons são espécies químicas carregadas
eletricamente porque apresentam número de prótons diferente do número de elétrons. Os íons negativos (carregados negativamente,
perdem prótons) são chamados de ânions. Os íons positivos (carregados positivamente, perdem elétrons) são chamados de cátions.
LAB212
H1
H6
As esferas amarelas representam cargas elétricas negativas, e as azuis, cargas elétricas positivas. De acordo com os pressupostos
apresentados por Du Fay, identifique e descreva a tendência de comportamento dessas cargas na configuração apresentada.
Resposta: cada par de cargas positiva-negativa apresenta a tendência de se juntar, enquanto as cargas de mesmo sinal tendem a se afastar.
Analisando com cuidado a interação entre cada uma das cargas e sabendo que a força depende da distância, teremos que as duas cargas na
parte de cima vão se juntar, assim como as duas cargas na porção debaixo do quadrado, enquanto os pares presentes nas laterais esquerda
e direita da imagem devem se afastar entre si.
3 Considere que, ao realizar a limpeza de um pedaço de cano de PVC, o encanador utilizou um pano de lã.
H6 a) Explique como ocorre a eletrização dos corpos envolvido nessa ação.
Resposta: ao friccionar o pano de lã no cano de PVC para realizar a limpeza, o atrito entre os corpos faz com que ocorra a transferência
H12
de cargas elétricas entre os corpos.
b) Relacione a limpeza do cano de PVC com o fenômeno da eletrização dos corpos e ilustre a situação, indicando os sinais das
cargas que esses materiais terão após o processo de limpeza.
a) Compare os dois fenômenos atmosféricos citados no texto considerando suas características físicas e elétricas.
Resposta: raio é o nome dado ao efeito elétrico causado pelo atrito entre moléculas de água e de gelo no interior das nuvens. O atrito
separa as cargas elétricas, de forma que as cargas positivas se acumulam no topo da nuvem e as cargas negativas se acumulam na base
da nuvem. Esse acúmulo de cargas negativas próximas ao solo faz com que as cargas positivas do solo saltem, gerando o encontro entre
essas duas correntes. Já os trovões são resultantes dos rápidos aquecimento e resfriamento das partículas de ar logo após o raio, que
comprimem e expandem o ar, gerando o barulho que conhecemos como trovão.
2 (IFSP)
H6
Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam as nuvens de tempestade na atmosfera e o solo.
A intensidade típica de um raio é de 30 mil amperès, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico, e eles
percorrem distâncias da ordem de 5 km.
GRUPO DE ELETRICIDADE ATMOSFÉRICA. Voc• sabia? Disponível em: www.inpe.br/webelat/homepage/
menu/el.atm/perguntas.e.respostas.php. Acesso em: 3 ago. 2020.
Durante uma tempestade, uma nuvem carregada positivamente se aproxima de um edifício que tem um para-raios, conforme
a figura a seguir.
Para-raios
IFSP/2013
De acordo com o enunciado, pode-se afirmar que, ao se estabelecer uma descarga elétrica no para-raios:
a) prótons passam da nuvem para o para-raios.
b) prótons passam do para-raios para a nuvem.
c) elétrons passam da nuvem para o para-raios.
d) elétrons passam do para-raios para a nuvem.
e) elétrons e prótons se transferem de um corpo a outro.
Resposta: alternativa d.
3 Foram colocados lado a lado dois objetos, A e B, com cargas elétricas de mesmo valor e sinais opostos, positivo e negativo
respectivamente. Posteriormente, próximo a eles foi colocado o objeto C, com uma carga de mesmo valor e sinal positivo.
H6
Elabore uma hipótese para explicar se a carga do objeto C será atraída ou repelida pelos objetos A e B e represente-a por meio
de uma ilustração.
Resposta: em um primeiro momento, as cargas dos objetos A e B vão se atrair. Ao adicionar o objeto C com carga positiva, ela tende a
se afastar da carga do objeto A, por ser semelhante, e tende a se aproximar da carga do objeto B, por ser negativa. Como as cargas dos
objetos A e B estão juntas, o comportamento geral vai depender de qual carga está mais próxima do objeto C, de forma que ela pode se
aproximar ou se afastar do sistema inicial.
LAB212
Orientações no Manual do Professor.
ANTES CONTATO DEPOIS
+ + + + +
+ + + + + + + +
+
+ + + +
+
+
+ + + +
+
B
+
+
A B B
+
A A
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+ + + + + + + +
+ + + +
Quando um corpo carregado positivamente (corpo A), ou seja, com menos elétrons
que prótons, é colocado em contato com um corpo neutro (corpo B), ou seja, com
o mesmo número de prótons e de elétrons, ocorre uma transferência de elétrons
do corpo B para o corpo A, deixando os dois corpos carregados positivamente.
- - - - - - - - - - - -
- - - -
- - - -
- A - B A B - A - - B -
- - - -
+ + + + – + +
–
+ + + +
+
+ + + +
–
+ + +
LAB212
A – B
–
– +
+
+ + + –– +
Indutor Induzido
O corpo A é chamado de corpo indutor. Ele induz as cargas no
corpo B, que está inicialmente neutro. A carga fica polarizada
em dois hemisférios no início do processo da indução.
+ + + +
+ + + +
+ + + +
+ + + +
– –
A – B – A – B
– –
– –
LAB212
LAB212
+
+
+ + + –– + + + ––
Após o fio terra ser desligado e o corpo B afastado do corpo A, as cargas elétricas negativas
de B se distribuirão uniformemente por sua superfície, como indica a imagem abaixo.
+ + + + – – –
– –
+ + + +
+ + + +
– –
LAB212
A – B –
– –
– –
+
–– ––
+ + +
Indutor Induzido
Após o desligamento do fio terra e da separação dos corpos, as cargas
do corpo B serão distribuídas uniformemente por sua superfície.
PARA CONSTRUIR
1 Observe a ilustração a seguir.
H6 Uma esfera eletricamente neutra está apoiada em um pedestal de material isolante.
Quando outra esfera carregada negativamente é aproximada, as cargas da esfera
branca tendem a reagir à sua presença. Descreva o comportamento das cargas
na situação ilustrada.
LAB212
2 Uma das máquinas da linha de produção de uma indústria estava apresentando falhas no processo. Os operadores da má-
quina perceberam que o possível problema era o acúmulo de cargas, o que gerava eletricidade estática. Descreva possíveis
H6
estratégias para descarregar a eletricidade estática no equipamento com base nos fenômenos de eletrização.
Resposta: uma possível solução para o problema seria a utilização de materiais neutros para promover a eletrização por contato entre esses
materiais e o equipamento eletrizado. A cada contato, a parte da carga excedente indesejada no equipamento iria ser transferida para o
material neutro, até que, depois de certo tempo, a quantidade de carga no equipamento será baixa o suficiente para não causar mais
danos à produção.
PUC-PR 2017
A indústria tem enfrentado um problema com a produção em série: após duas ou três peças pintadas, a tinta deixa de ter
adesão nas peças. Uma possível causa para tal problema é:
a) o movimento do braço robótico carregando a peça no interior da tinta gera atrito e aquece o sistema, anulando a diferença
de potencial e impedindo a adesão eletrostática.
b) a ausência de materiais condutores faz com que não exista diferença de potencial entre a peça e a tinta.
c) cada peça pintada diminui a diferença de potencial até que, após duas ou três peças pintadas, ela torne-se nula.
d) quando a pinça e a peça são imersas na tinta, ambos entram em equilíbrio eletrostático, o que impede que a tinta tenha
Resposta: nomeando os blocos de A e B, da esquerda para a direita, as cargas positivas no bloco A serão atraídas pelo bastão e ficarão do
lado esquerdo do bloco, enquanto as cargas negativas se deslocarão para o lado direito. Com isso, o bloco B sente os efeitos das cargas
negativas de A e, igualmente, suas cargas serão deslocadas, e as cargas positivas irão para a esquerda e as negativas para a direita.
4 Uma indústria apresentou um problema elétrico em uma das etapas de produção e, para resolver o problema, um eletricista
teve que cortar e emendar alguns fios energizados. Durante esse processo, ele ficou em cima de uma grossa camada de bor-
H6
racha, evitando qualquer contato com os demais materiais ao seu redor. Identifique qual material é isolante e qual é condutor,
discutindo a necessidade de cada um deles no processo ilustrado.
Resposta: os fios de energia são um exemplo de material condutor, pois eles estão conduzindo a eletricidade até o equipamento de produção.
Já o tapete de borracha no qual o eletricista se encontra é um exemplo de material isolante e está sendo usado para impedir que o corpo do
eletricista conduza eletricidade até o chão.
Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) foi um físico francês que enunciou a lei que descreve
a força de interação entre cargas elétricas puntiformes (dimensões desprezíveis). Para tanto, ele utili-
zou uma balança de torção, como mostra a figura, constituída por uma haste disposta na horizontal,
sustentada por um fio, e na qual existem duas esferas, uma em cada extremidade, carregadas com
uma carga cujo comportamento se deseja investigar.
Fibra
Considere duas cargas elétricas puntiformes, Q1 e Q2, separadas por uma distância d no vácuo.
Se as cargas forem opostas, haverá atração; se forem iguais, haverá repulsão. Como as esferas estão
carregadas, elas exercem uma força de atração ou de repulsão, dependendo de suas configurações.
Essa força gera uma movimentação da haste, que sofre uma torção, alterando seu ângulo. Essa al-
teração pode ser detectada na graduação do equipamento. Quanto maior a força, maior a torção.
Após realizar vários ensaios com diferentes distâncias entre as esferas e variando suas cargas
F elétricas, Coulomb enunciou a lei que leva seu nome, a lei de Coulomb, válida para cargas opostas
ou para cargas iguais, ou seja, para atração e repulsão, que diz:
Q2
Q1 A intensidade da força de interação entre duas cargas elétricas
puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos valores
absolutos das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da
Balança de torção utilizada para distância que as separa.
medir a força elétrica entre cargas.
Q1 ⋅ Q 2
Fe = k 0 ⋅
d2
em que:
Fe: força eletrostática (N).
N ⋅ m2 9 m2
k0: constante eletrostática no vácuo . Seu valor no vácuo é de 9 ⋅ 10 N ⋅
C2 C2
Q1 e Q2: cargas elétricas (C).
d: distância entre as cargas (m).
O comportamento da força elétrica em função da distância das cargas pode ser descrito
graficamente:
F (N)
F/4
F/9
F/16
LAB212
0 d 2d 3d 4d d (m)
Fe
P
+ q
+
Q
Q
E = k0 ⋅
d2
em que:
E: campo elétrico (N/C).
N ⋅ m2
k0 : constante eletrostática no vácuo .
C2
Q: carga elétrica geradora (C).
d: distância entre as cargas (m).
Graficamente, o comportamento do campo elétrico é o seguinte:
E (N/C)
LAB212
d (m)
Um campo elétrico pode ser representado por linhas de força, que são uma construção geo-
métrica, que ilustram
ur a direção e o sentido do campo. A direção de um campo elétrico é a mesma
da força elétrica Fe em cada carga de prova. Já o sentido do campo elétrico é determinado pela
carga de prova. Uma carga negativa gera um campo de aproximação em relação à carga que o
gera, ou seja, o sentido do vetor campo elétrico aproxima-se da carga geradora. Uma carga positiva
gera um campo de afastamento em relação a ela, ou seja, o sentido do vetor campo elétrico
afasta-se da carga geradora.
E se houver mais de uma carga geradora, como saber qual é o campo elétrico em determi-
nado ponto?
Como o campo elétrico é uma grandeza vetorial, basta obtermos a resultante dos vetores
do campo elétrico de cada carga geradora. Assim, matematicamente, temos o cálculo do campo
elétrico com base em n cargas geradoras (Q):
ur
u ur ur ur ur
ER = E1 + E 2 + E 3 + ... + E n
LAB212
+ –
LAB212
E=0
Mesmo que o condutor não estivesse carregado, mas a região à sua volta tivesse um campo
elétrico, o interior ficaria com resultante nula porque ocorre uma blindagem eletrostática no centro.
Michael Faraday realizou, em 1836, um experimento para provar os efeitos da blindagem ele-
trostática. Para tanto, ele construiu uma grande gaiola metálica que era carregada por um gerador
eletrostático de alta voltagem e colocou um eletroscópio em seu interior para comprovar que o
campo elétrico era nulo. Certo de que a blindagem eletrostática funcionaria, Faraday entrou na gaiola
e realizou o teste sentado em uma cadeira de madeira. Após se submeter a fortes descargas elétricas,
que foram “barradas” pela gaiola, Faraday saiu em segurança da estrutura metálica.
IRISKAV/SHUTTERSTOCK
Abelhas e flores se comunicam por sinais elétricos
Pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que as flores emitem impulsos elétricos
– equivalente a um sinal de neon – aos insetos polinizadores, como as abelhas, que são
capazes de distingui-los de outros campos e encontrar as reservas de pólen e néctar.
Esse “poder de publicidade” das flores atua em conjunto com outras formas de atra-
ção delas, como as cores vivas e a fragrância que elas exalam, destaca o professor Daniel
Robert, da Faculdade de Ciências Biológicas de Bristol, que participou do estudo, liderado
por Dominic Clarke.
De acordo com os autores, as plantas têm geralmente uma carga negativa e emitem
fracos campos elétricos. Já as abelhas são carregadas positivamente – até 200 volts – en-
quanto voam. Nenhuma faísca é produzida quando ambas se encontram, mas uma pe-
quena força elétrica se acumula e é capaz de transmitir informações entre as duas partes.
Ao pôr eletrodos nas hastes de petúnias (Petunia integrifolia), os cientistas observaram
que, quando uma abelha pousa, o potencial elétrico das flores muda e permanece assim
por alguns minutos.
Além disso, esses insetos conseguem diferenciar melhor duas cores quando os sinais
das plantas estão disponíveis. Os animais também são capazes de registrar os mínimos
detalhes dos campos elétricos das flores, como seus níveis, padrões e estruturas. Isso tudo
parece melhorar a memória das abelhas e as ajuda a lembrar da localização das flores ricas
em néctar.
A forma como esses insetos detectam os campos elétricos ainda não é conhecida
pelos pesquisadores, mas eles acreditam que os pelos delas se arrepiam com a força
eletrostática, da mesma forma que faz o cabelo humano em frente a uma televisão antiga.
Segundo Robert, a coevolução de abelhas e flores tem uma longa e benéfica história.
Por isso, não é de todo surpreendente que a ciência ainda esteja descobrindo quão sofis-
ticada é essa comunicação.
ABELHAS e flores se comunicam por sinais elétricos, aponta estudo. G1, 21 fev. 2013.
Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/02/abelhas-e-flores-se-
comunicam-por-sinais-eletricos-aponta-estudo.html. Acesso em: 3 ago. 2020.
Orientações no Manual do Professor.
2 Em um programa de televisão, um cientista se isolou dentro de uma grande gaiola metálica. Em seguida, seu ajudante eletrizou a
gaiola, transferindo-lhe grande carga elétrica. Elabore hipóteses e descreva o que acontecerá com o cientista nesse experimento.
H6
Resposta: o cientista não foi afetado com a ação da carga elétrica aplicada, pois o potencial de seu corpo era o mesmo que o da gaiola e,
segundo o princípio da gaiola de Faraday, os efeitos de campo elétrico criados no interior do condutor carregado acabam se anulando porque
as cargas se espalham uniformemente por toda a sua superfície, uma vez que a repulsão entre as cargas faz com que elas se mantenham o
mais longe possível uma das outras, obtendo, assim, um campo elétrico nulo.
Considerando que a ressonância magnética é uma técnica utilizada na medicina para a obtenção de imagens diagnósticas por
meio de campos eletromagnéticos, investigue e explique a necessidade da construção de uma gaiola de Faraday no ambiente em
que esse equipamento está localizado.
Resposta: a gaiola de Faraday é uma blindagem eletrostática que considera que um corpo oco carregado eletrostaticamente tem campo
elétrico nulo em seu interior. Assim, o isolamento de uma sala em que há aparelhos de ressonância eletromagnética é importante para que
os campos eletromagnéticos do ambiente externo não interfiram na obtenção de imagens, ao mesmo tempo que o campo gerado pelo
próprio aparelho não se propague para o exterior da sala. Por isso, a gaiola de Faraday é necessária como forma de garantir resultados
mais precisos nos exames clínicos e como proteção para o ambiente externo.
Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três esferas simultaneamente em contato e, depois de separá-las, suspende
A e C por fios de seda, mantendo-as próximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente, permanecendo em equilíbrio
estático a uma distância d uma da outra. Sendo k a constante eletrostática do ar, assinale a alternativa que contém a correta
representação da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas A e C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas.
10k Q2 2k Q2
a) eF = . d) eF = .
ILUSTRAÇÕES: LAB212
d2 d2
A C A C
4k Q2 4k Q2
b) eF = . e) eF = .
d2 d2
A C A C
10k Q2
c) eF = .
d2
A C
Resposta: alternativa b.
Resolução: Para obter a carga total, é necessário somar as cargas e dividir o resultado igualmente entre as esferas:
5Q + 3Q − 2Q 6Q
Qt = = = 2Q. Ao aplicar a fórmula da força elétrica, temos que:
3 3
K ⋅ Q1 ⋅ Q 2 K ⋅ 2Q ⋅ 2Q 4 ⋅ k ⋅ Q2
F = → F = → F =
d2 d2 d2
Resposta: portanto, a carga necessária para para deslocar o caminhão é de1,66 ⋅ 10–6 C.
4 Considere que uma pessoa esteja sendo rastreada por criminosos e necessite temporariamente isolar seu dispositivo eletrônico
[...] A ONU aponta que, no setor da indústria, a queima de carvão para produção
de energia, além do uso de solventes nas indústrias de químicos e minerais, são os prin-
cipais responsáveis pela poluição do ar. Embora o Brasil tenha instituído até um “Dia
Nacional do Controle da Poluição Industrial”, celebrado no dia 14 de agosto, o cenário
não é tão positivo – principalmente por conta da falta de vigilância.
Há 30 anos, foi criado o Programa Nacional de Monitoramento da Qualidade do
Ar (Pronar), que deveria monitorar os níveis de poluição de todos os estados brasileiros.
Ainda hoje, apenas 10 estados contam com esse controle (Bahia, Ceará, Espírito Santo,
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito
Federal). Na região Norte, por exemplo, não há nenhuma estação de monitoramento.
ILHÉU, Taís. Dia Mundial do Meio Ambiente: conheça algumas causas da poluição do ar. Guia do Estudante,
jun. 2019. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/dia-mundial-do-meio-ambiente-
conheca-algumas-causas-da-poluicao-do-ar/#:~:text=Ind%C3%BAstria,respons%C3%A1veis%20pela%20
polui%C3%A7%C3%A3o%20do%20a. Acesso em: 17 jun. 2020.
80% coleção
em placas
LAB212
negativas
Partículas coletadas
20% coleção
em placas
Ar sujo positivas Ar purificado
Unidade
coletora
Em grupos, organizem e produzam um projeto para um grupo de investidores e governantes em uma conferência, propondo o uso
dos filtros eletrostáticos para minimizar a poluição atmosférica gerada pelas fábricas.
Para tanto, pesquisem e discutam com seus colegas como os setores de produção de produtos e de serviço contribuem com a polui-
ção do ar e sobre os diversos impactos dessa poluição para o meio ambiente e para a saúde humana. Após esse levantamento, façam
entrevistas com algumas pessoas da comunidade local que foram direta ou indiretamente impactadas pela poluição atmosférica. Em
seguida, analisem como os filtros eletrostáticos atuam para minimizar os impactos desse tipo de poluição e como se dá a sua imple-
mentação na planta industrial. Registrem as informações encontradas.
Após a coleta de dados, realizem uma conferência para o compartilhamento da pesquisa e defesa do uso dos filtros eletrostáticos à
equipe gestora. A proposta deve ser apresentada no software Prezi, para ser compartilhada e executada on-line.
ELETRODINÂMICA
Competência
c C2
Habilidades
CK
TO
ERS
U TT
/SH
HKIN
SAS
DIFERENÇA DE POTENCIAL – DDP
Os equipamentos elétricos funcionam com a passagem de elétrons pelos seus componentes. Essa
passagem ocorre por causa da diferença de potencial (ddp), ou seja, da diferença entre o potencial
elétrico de dois pontos, como a que existe entre os terminais dos polos elétricos do equipamento,
fornecido por uma pilha, uma bateria ou pela linha de abastecimento elétrico da cidade.
Em homenagem ao físico Alessandro Volta (1745-1827), a unidade de medida da ddp foi nomeada
de volt (V). Volta foi o inventor da primeira pilha, que era composta por diferentes tipos de discos
dispostos um em cima do outro: um disco de cobre, seguido por um disco de feltro embebido em
ácido sulfúrico diluído em água, depois um disco de zinco e, sobre ele, outro disco de feltro embebido
em ácido sulfúrico diluído: as camadas se repetiam sucessivamente, de maneira a formar uma pilha.
polo negativo
EMRE TERIM/SHUTTERSTOCK
zinco
feltro
cobre
Ilustração esquemática
da primeira bateria
elétrica inventada por
polo positivo Alessandro Volta.
Ao ligar o cobre ao zinco com um condutor, ocorre a passagem de corrente elétrica, que segue do
eletrodo de cobre (polo positivo) para o de zinco (polo negativo), por causa da diferença de potencial
entre eles. Esse processo ocorre porque muitos metais, quando colocados em solução, liberam íons.
Portanto, na pilha de Volta, o zinco do eletrodo que estava neutro libera íons positivos bivalentes Zn2+
na solução de ácido sulfúrico, fazendo com que a quantidade de elétrons nessa solução se exceda. Os
íons de zinco não continuam a ser liberados de forma indefinida, o que ocorre porque, ao atingir um
valor determinado, a carga positiva de íons impede uma nova liberação dos íons de zinco. Dessa forma,
caso um novo íon seja liberado na solução, a carga positiva o repele de volta ao zinco, onde esse íon se
LAB212
novo átomo neutro de zinco. e e e
O eletrodo de cobre tam-
bém libera íons positivos biva-
lentes de cobre na solução e
retém elétrons. Entretanto, nem
todos os metais têm a mesma Zn2+
e e
facilidade para liberar íons, uma Cu2+
vez que o cobre, por exemplo, e e Solução de H2SO4 produz: e e
libera menos íons que o zinco Zn2+ e e
e, portanto, retém menos elé- e e e e
(+) Cobre
e e
apesar de ambos os metais e e e e
apresentarem potencial mais Zn2+ e e
baixo que a solução, o potencial Zn2+ Cu2+
e e e e e
do cobre fica mais alto que o
do zinco. Assim, quando eles Zn2+
Zn2+
são reunidos pelo condutor, Cu2+
ocorre a passagem de elétrons
do zinco para o cobre, devido e elétron H+ íon de hidrogênio Zn íon de zinco
2+
Cu2+ íon de cobre
à maior quantidade de elétrons
presentes no zinco. Representação esquemática do funcionamento da pilha de Alessandro Volta.
O íon SO2−4 segue em direção ao zinco, reage com ele e forma o sulfato de zinco, de acordo
com a seguinte reação:
Nessa reação, são liberados dois elétrons que o zinco transfere para o condutor. Por meio dessa
reação química, são gerados os elétrons que a pilha fornece para a geração de uma corrente elétrica.
O íon de hidrogênio dissociado segue em direção ao eletrodo de cobre, onde se transforma em
um átomo de hidrogênio neutro ao receber um elétron, como é representado pela equação:
H+ + elétron → H
Os hidrogênios neutros gerados por essa reação se unem e formam moléculas de hidrogênio,
que se desprendem junto ao cobre. Assim, a princípio, para construir uma pilha, são necessários
apenas dois metais quaisquer: um metal mais reativo a elétrons e um metal menos reativo. A união
de ambos promove uma diferença de potencial que gera uma corrente de elétrons, cuja intensidade
pode ser medida por um aparelho chamado voltímetro.
Se você olhar os equipamentos elétricos na sua casa e na escola, todos terão
DENIS KLIMOV 3000/SHUTTERSTOCK
essa informação. Alguns equipamentos têm uma voltagem de 110 volts, outros de
127 volts e outros de 220 volts. Alguns, inclusive, são bivolts.
A intensidade da corrente elétrica de uma pilha depende do potencial de redução
e de oxidação dos metais que compõem os eletrodos, porque, quanto maior for o
potencial de oxidação de um metal, maior será a sua capacidade de ceder elétrons.
E, quanto maior for o potencial de redução de um metal, maior será a sua tendência
de receber elétrons. Quando são utilizados eletrodos com grandes diferenças de
potencial, a intensidade da corrente também é muito grande.
Como a ddp de uma pilha está relacionada com a tendência de oxidação
do agente redutor e a redução do agente oxidante por convenção, adotou-se um
eletrodo-padrão para medir o potencial de redução e de oxidação das espécies
químicas que compõem os eletrodos de uma pilha. O eletrodo-padr‹o é formado
por hidrogênio e apresenta a característica de, em condições-padrão (25 oC e 1 atm),
ao ser mergulhado em uma solução de 1 mol/L de seus íons, ter potencial igual a
O voltímetro é um aparelho que
zero. Dessa forma, para conhecer os valores dos potenciais dos demais eletrodos é
mede a ddp que o gerador fornece, necessário conectá-los ao eletrodo de hidrogênio e medir o potencial da pilha com um voltímetro.
seja uma tomada, pilha ou bateria. O valor indicado será igual ao potencial do eletrodo do metal, uma vez que o potencial do eletrodo
de hidrogênio é zero. O potencial de uma pilha pode ser calculado pela seguinte expressão:
Considerando que os eletrodos da pilha de Volta formam uma pilha com o eletrodo-padrão
de hidrogênio, e o outro de zinco, mergulhado em uma solução de sulfato de zinco e com potencial
de redução mostrado no voltímetro de - 0,76 V, o sinal negativo indica que o zinco possui um po-
tencial de redução menor que o do hidrogênio e o sentido dos elétrons são do zinco (ânodo) para
o eletrodo de hidrogênio (cátodo).
Agora, se uma pilha formada por um eletrodo de cobre é ligada a um eletrodo-padrão de hidrogênio,
o valor do potencial de redução indicado no voltímetro será + 0,337 V. O sinal positivo indica que
o sentido da corrente elétrica é do eletrodo-padrão de hidrogênio (ânodo) para o eletrodo de cobre
(cátodo). Com base nesse método, foram realizados vários experimentos com os potenciais-padrão
de redução e de oxidação dos cátions de diversos metais, conforme mostrado na tabela a seguir:
Como a tensão fornecida pela pilha depende dos potenciais de redução de cada material
utilizado, nem todas as substâncias são usadas em sua fabricação. Comumente são utilizados
zinco (Zn), dióxido de manganês (MnO2), cádmio (Cd) e lítio (Li), pois são capazes de gerar uma
tensão elevada.
CORRENTE ELÉTRICA
Quando ligamos um fio condutor de eletricidade nos dois polos de um gerador que produz
determinada tensão, os elétrons livres que estavam em movimento desordenado tendem a se des-
locar no sentido da carga positiva, por causa da força de atração entre essas cargas. Esse movimento
ordenado dos elétrons em uma direção no fio condutor é definido como corrente elétrica.
LAB212
no vazio, não está submetido a nenhuma diferença – – – – – – –
de potencial, portanto os elétrons se movimentam –
–
–
–
Movimento ordenado
–
+ +
– –
i i
O sentido real da corrente elétrica é do polo negativo para o polo positivo; porém, o sentido convencional
é do polo positivo para o polo negativo.
Q
i=
∆t
ROMAN ZAIETS/SHUTTERSTOCK
A maior parte dos circuitos elétricos, como pilhas e baterias, utiliza corrente contínua,
na qual o fluxo dos elétrons ocorre sempre em um mesmo sentido, que pode ser positivo,
quando ocorre do polo positivo para o polo negativo (sentido convencional da corrente),
ou negativo quando ocorre do polo negativo para o polo positivo (sentido real da corrente).
Já a corrente elétrica que recebemos em nossas casas pelos transformadores é do
tipo corrente alternada, na qual a variação periódica no sentido de fluxo de elétrons ora
é positiva, ora é negativa, dessa forma não é possível identificar, por exemplo, em uma
tomada, qual dos polos é positivo ou negativo. No sistema brasileiro de transmissão de
energia elétrica, ocorrem 120 inversões a cada segundo, ou seja, a corrente elétrica, a cada
segundo, percorre o condutor 60 vezes num sentido e 60 vezes em sentido contrário; por- Eletricista realizando medições elétricas com
tanto, a frequência da corrente elétrica brasileira é de 60 Hz, ou seja, 60 ciclos por segundo. um multímetro em uma placa de circuito elétrico.
– + F
A V
PARA AMPLIAR
LIGHTFIELD STUDIOS/SHUTTERSTOCK
[...]
1. Falta de projeto elétrico
Para que um projeto elétrico seja bem executado, é preciso, é claro, que ele seja bem ela-
borado e colocado em prática por profissionais capacitados. Afinal, somente uma equipe quali-
ficada poderá garantir que as instalações sejam desenvolvidas de forma competente e eficiente.
Um projeto para a instalação elétrica em residências abrange um levantamento prévio
de cargas e plantas de edificação para saber a melhor localização para tomadas e inter-
ruptores, dimensionamento de cabos, divisão dos circuitos, materiais a serem utilizados,
entre outros fatores.
A falta de um projeto elétrico pode acarretar os seguintes problemas:
• Desligamentos e acidentes como curtos-circuitos, incêndios e explosões, colocando em
perigo a vida das pessoas e a integridade de seu patrimônio.
• Possibilidade de ter negada, por parte das seguradoras, as indenizações decorrentes desses acidentes – afinal, eles ocorrem
devido a instalações inadequadas, o que foge às normas do seguro.
2. Falta de aterramento
De acordo com os órgãos de segurança que regem as normas elétricas, o aterramento é um item obrigatório em qualquer instala-
ção elétrica. Quando feito corretamente, é ele o responsável por garantir que as descargas elétricas sejam conduzidas pela instalação,
protegendo contra choques.
PARA CONSTRUIR
1 Em um quadro de força estão distribuídos os componentes elétricos conhecidos como disjuntores. Imagine que um quadro de
distribuição de uma residência apresente a seguinte configuração:
H6
Quadro de distribui•‹o
H32
De acordo com a imagem, explique a diferença entre o disjuntor do chuveiro e o disjuntor das luzes da sala.
Resposta: o chuveiro tem um disjuntor de 60 A, porque é necessário o uso de muito mais energia para aquecer a água do que para acender
as luzes da sala (disjuntor de 15 A). Devido a isso, ele requer mais corrente elétrica, ou seja, mais cargas elétricas percorrendo o condutor
por unidade tempo.
b) Um site de monitoramento do clima informou que a média de descargas elétricas, em virtude dos raios, no Brasil, é de apro-
ximadamente 78 milhões por ano. Considerando que cada raio tem, em média, uma potência de 500 kilowatts, analise o
consumo energético de uma residência e explique se seria economicamente viável aproveitar esse recurso, caso existisse
uma tecnologia estabelecida para aproveitar essa energia.
Resposta: ao analisar uma conta de luz para calcular a energia média consumida por uma residência urbana, o aluno deve perceber que a
energia de um raio sustentaria, no máximo, uma casa de classe média com 4 moradores durante um mês. O aluno deve inferir, também,
que não se pode saber quando e onde um raio poderá cair e, portanto, que esse gerador de energia não teria nenhum tipo de controle
quanto à sua sustentabilidade e sua eficiência.
H12
LAB212
Revestimento
Anel de vedação plástico
Contatos metálicos
do interruptor
Botão do interruptor
Refletor
+ - + -
Filamento da
lâmpada
Mola
metálica
Terminal base Pilhas - c conectadas
da lâmpada em série
H4
TESLA VS EDISON: A DISPUTADA GUERRA DAS CORRENTES
H6 Conheça a disputa entre dois gênios que deu origem à era elétrica ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES
[...] “A disputa entre corrente alternada e corrente contínua começou como um conflito bem corriqueiro entre
dois padrões técnicos, uma batalha entre dois métodos competindo para entregar essencialmente o mesmo produto:
a eletricidade”, afirma Tom McNichol, autor de AC/DC: the savage tale of the first standards war (CA/CC: a selva-
gem história da primeira guerra dos padrões). “Mas a briga logo se transformou em algo maior e mais sombrio.”
O que estava em jogo pode parecer um enigma para quem não é familiarizado com a terminologia da ciência
elétrica. Brown – secretamente patrocinado por Thomas Edison – queria provar que a corrente alternada era uma
tecnologia, em suas próprias palavras, “amaldiçoada”. Ele e Edison eram os cruzados da corrente contínua, um sistema
de distribuição que eles consideravam muito mais seguro.
Do outro lado do debate estavam outros pesos pesados do pioneirismo elétrico: o capitalista e inventor George
Westinghouse e o sofrido gênio Nikola Tesla. Westinghouse havia sido pioneiro em divisar um sistema de distribuição
de eletricidade por corrente alternada, concorrendo diretamente com Edison.
Analisando os principais aspectos das ideias de Tesla e Edison, produza um vídeo para ilustrar qual seria sua decisão sobre a
Guerra das Correntes dos dois gênios, que deu origem à era elétrica. É importante que nesse vídeo estejam explícitos os critérios
que usou para fazer a sua avaliação.
Orientações no Manual do Professor.
U=R⋅i
em que:
U = diferença de potencial medida em volts (V);
R = resistência medida em ohms (Ω);
i = corrente elétrica medida em ampères (A).
Como a diferença de potencial é diretamente proporcional à corrente, o gráfico obtido é uma
reta, e seu coeficiente angular dado por U corresponde ao valor da resistência elétrica. Os resistores
i
que obedecem à lei de Ohm são chamados de resistores ôhmicos.
U (V)
25
10
LAB212
0 2 5
i (A)
Curva característica de um resistor ôhmico.
DZMITROCK/SHUTTERSTOCK
LAB212
A que é feito o resistor, suas dimensões (área e comprimento) e a temperatura na qual ele se encontra.
Essas variáveis se relacionam matematicamente da seguinte forma:
L
L
Representação de um fio condutor, suas R = ρ
variáveis de comprimento (L) e área da A
seção transversal (A).
em que:
R = resistência do fio (Ω);
ρ = resistividade do material ( Ω ⋅ m);
L = comprimento do resistor (m);
A = área da seção transversal do resistor (m2).
A resistividade de um material é a medida de quanto esse material dificulta a passagem do fluxo
de corrente elétrica. Dessa forma, quanto mais baixa for a medida da resistividade, mais facilmente o
material permite a passagem de uma carga elétrica.
EXPERIMENTANDO
Analisando a resistência elétrica de materiais
Como vimos, a resistência elétrica é a capacidade de um corpo de opor-se à corrente elétrica.
Considerando os materiais e suas características descritas a seguir no roteiro da atividade, faça
uma previsão de qual deles apresenta maior resistência elétrica e justifique.
Material
▶ 5 m de fio de cobre de 1,5 mm2
▶ 1 multímetro
Procedimento
▶ Corte um pedaço de cerca de 50 cm de fio de cobre de 1,5 mm2 e outro pedaço de 50 cm de
fio de cobre de 6 mm2.
▶ Descasque a ponta dos quatro fios: dois de 1,5 mm2 (com 50 cm e 4,5 m de comprimento) e
dois de 6 mm2 (com 50 cm e 4,5 m de comprimento).
▶ Calibre o multímetro para funcionar como ohmímetro.
Com base nos resultados obtidos, discuta com seus colegas sobre as hipóteses levantadas
inicialmente e o que foi observado com o ensaio. Em seguida, elabore um relatório científico
contendo informações sobre os objetivos do experimento, os materiais utilizados e um resumo
dos procedimentos realizados. Apresente também as hipóteses levantadas antes do desenvolvi-
mento da atividade experimental e compare-as com os resultados encontrados e com a discussão
realizada com seus colegas.
Alerta de segurança: os fios e o alicate devem ser manuseados com cuidado e com supervisão
do professor. Os fios podem ser descascados previamente pelo professor.
PATARADON LUANGTONGKUM/SHUTTERSTOCK
Torre de energia e seus cabos de alta tensão.
ANGELH/SHUTTERSTOCK
Funcionamento da linha de transmissão de energia
A primeira etapa é a geração de energia: no Brasil, quase
70% da energia elétrica é produzida por hidrelétricas (como
Itaipu) que a transmitem por meio de cabos de alta resistência.
Para tal, é preciso que uma altíssima tensão elétrica seja gerada,
evitando desperdícios ao longo do caminho. Esta energia em
alta voltagem viaja pelos fios da rede elétrica, passando por
LAB212
25
20
15
10
0 i (A)
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
U 15
R = = → R = 50 Ω
i 0,3
Também é possível fazer o cálculo considerando-se os valores de U = 20 V e i = 0,4 A. O resultado será o mesmo.
O resistor apresenta uma resistência de 50 Ω e é um resistor ôhmico, pois a resistência se mantém constante, independentemente
da tensão aplicada.
2 O chuveiro elétrico funciona por meio de um dos fenômenos secundários da corrente elétrica – o efeito Joule. As resistências desses
equipamentos fazem com que os elétrons que percorrem um condutor aumentem o atrito entre si, liberando calor ao ambiente e
H6 aquecendo a água. Na figura a seguir, é representado o circuito elétrico de um chuveiro com ajuste para inverno e verão.
INVERNO/VERÌO
H24
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM
Chave
H33
LAB212
comutadora
Verão
Inverno
Elemento de
÷
aquecimento
Avaliando as informações apresentadas, explique o que ocorre no sistema elétrico quando as chaves de ajuste do chuveiro são trocadas.
Resposta: quando o chuveiro está ligado no verão, a corrente passa por um caminho de maior resistência, o que diminui a quantidade de
energia utilizada no aquecimento da água. Quando a chave está no inverno, a corrente passa por um caminho de menor resistência, o que
resulta na aplicação de maior quantidade de energia. Essa situação se justifica pelo fato de a corrente elétrica ser inversamente proporcional
à resistência, e de o comprimento da resistência ser diretamente proporcional ao valor da resistividade do resistor.
Considerando os dados apresentados, explique a relação entre o tamanho dos fios e a quantidade de corrente elétrica, exem-
plificando com usos práticos do dia a dia.
Resposta: circuitos elétricos são dimensionados em função da aplicação a que se destinam e, em determinado momento, os fios condutores
devem ser selecionados de acordo com suas áreas de secção transversal. Fios de menores diâmetros são mais adequados para correntes
menores, assim como os fios condutores de maiores diâmetros o são para as correntes maiores. Pela análise da segunda lei de Ohm,
percebe-se que a área de secção de um condutor é inversamente proporcional à resistência do fio. A corrente também é inversamente
proporcional à resistência, portanto quanto menor a área, maior a resistência e menor a corrente elétrica R = ρ ⋅ L .
A
UNICAMP-SP/2017
1200
de autonomia limitado pela carga armazenada em suas baterias. O grá-
H4
fico ao lado apresenta, de forma simplificada, a corrente de recarga de 1000
uma célula de bateria de íon de lítio, em função do tempo.
corrente [ mA ]
H6 800
Considere uma célula de bateria inicialmente descarregada e que é
carregada seguindo essa curva de corrente. A sua carga no final da 600
recarga é de:
400
a) 3,3 C.
b) 11 880 C. 200
c) 1 200 C. 0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5
d) 3 300 C. tempo [ h ]
Resposta: alternativa b.
A carga final da recarga é dada pela área abaixo da curva apresentada. Passando as grandezas para o SI, como a área corresponde a um
trapézio, tem-se:
(4 ⋅ 3 600 + 1,5 ⋅ 3 600)
Q = ⋅ 1,2 → Q = 11880 C
2
ENEM/2017
(Enem) A figura mostra a bateria de um computador portátil, a qual ne-
cessita de uma corrente elétrica de 2 A para funcionar corretamente.
H4
Quando a bateria está completamente carregada, o tempo máximo, em
H6 minuto, que esse notebook pode ser usado antes que ela “descarregue”
completamente é:
a) 24,0.
b) 36,7.
c) 132.
d) 333.
e) 528.
Resposta: alternativa c.
3 (Enem) A resistência elétrica de um fio é determinada pelas suas dimensões e pelas propriedades estruturais do material.
A condutividade (σ) caracteriza a estrutura do material, de tal forma que a resistência de um fio pode ser determinada co-
H4
nhecendo-se L, o comprimento do fio, e A, a área de seção reta. A tabela relaciona o material à sua respectiva resistividade
H6 em temperatura ambiente.
Tabela de condutividade
Condutividade
Material
(S . m/mm2)
Alumínio 34,2
Cobre 61,7
Ferro 10,2
Prata 62,5
Tungstênio 18,8
Mantendo-se as mesmas dimensões geométricas, o fio que apresenta menor resistência elétrica é aquele feito de:
a) tungstênio.
b) alumínio.
c) ferro.
d) cobre.
e) prata.
Resposta: alternativa e.
4 Quando uma corrente atravessa um condutor qualquer, parte da energia elétrica é convertida em calor. Para as empresas de
distribuição de energia, esse efeito é indesejado, uma vez que parte da energia transmitida está sendo perdida na forma de calor.
H6 Sabendo que a liberação de energia em forma de calor é proporcional à resistência dos fios, e com base na segunda lei de Ohm,
proponha uma alternativa para que as empresas de energia diminuam o prejuízo causado por esse efeito.
H24 L
Resposta: ao reduzir a resistência, estamos reduzindo o desperdício e que, com base na segunda lei de Ohm, R = ρ , podemos inferir
A
sobre a resistência do caminho de três maneiras. Uma opção é reduzir o comprimento do fio, estratégia já utilizada pelas empresas de energia.
O segundo meio é escolher um material com a menor resistividade possível, o que é muito útil, mas, como se pretende economizar, deve-se
naturalmente avaliar o custo do material. Por fim, se a área transversal do fio aumentar, sua resistência também diminuirá. Isso deve ser
balanceado com alguns aspectos técnicos, mas o conjunto desses fatores consegue promover uma redução efetiva no desperdício de energia.
FREEPIK
Comum Fluorescente LED
Tipo
Consumo 50 W 10 W 5W
POTÊNCIA ELÉTRICA
Você ou alguém da sua família já deve ter ficado em dúvida na hora de comprar uma lâmpada e
escolher a descrição mais adequada: 110 V ou 220 V; 60 W ou 100 W? As duas primeiras estão ligadas
à tensão em que a lâmpada pode ser ligada, mas e o que significa a representação W?
O watt (W) corresponde à taxa de conversão da energia elétrica em energia luminosa, que a
τ ∆E
P = =
∆t ∆t
em que:
P = potência em watts (W);
τ = trabalho realizado em joules (J);
∆t = tempo que o trabalho demorou para ser realizado em segundos;
∆E = variação da energia em joules (J).
q⋅U
Como τ = Q ⋅ U , então: P =
∆t
Q
Mas como i = , então:
∆t
P = i⋅U
Como vimos no circuito elétrico, os resistores são os dispositivos elétricos que, em contato com
uma corrente, transformam energia elétrica em energia térmica. Esse fenômeno é chamado efeito Joule.
DUCU59US/SHUTTERSTOCK
Representações de
i
circuitos em série.
Os resistores em série são percorridos pela mesma corrente elétrica. Sendo i a corrente fornecida
por uma fonte de tensão conectada aos terminais A e B, pode-se determinar que:
i = i1 = i2 = i3
Observe o diagrama:
i R1 R2 R3
LAB212
A B
i1 i2 i3
Se substituirmos todos os resistores de um circuito por um único resistor e este mantiver o circuito
funcionando da mesma forma, com as mesmas variáveis, dizemos que este é um resistor equivalente.
Em uma associação em série, a resistência equivalente é a soma das resistências de todos os
resistores. Assim, temos:
Req = R1 + R2 + … + Rn
Se aplicarmos a 1a lei de Ohm para cada um dos resistores, teremos a seguinte situação:
U1 = R1 ⋅ i
U2 = R2 ⋅ i
Un = Rn ⋅ i
Em uma associação de resistores em série, a tensão em cada um é diretamente proporcional à
sua resistência. Sendo assim, temos:
Req ⋅ i = R1 ⋅ i + R2 ⋅ i + … + Rn ⋅ i
UT = U1 + U2 + … + Un
Portanto, a ddp nos terminais de uma associação de resistores em série é a soma das ddps dos
terminais de cada resistor associado.
Esse tipo de associação de resistores não é muito utilizado em circuitos elétricos residenciais,
pois, se todos os aparelhos eletrônicos de uma residência estiverem em série e um deles queimar, a
corrente elétrica parará de circular e nenhum dos aparelhos funcionará, como ocorre com as luzes
dos enfeites de Natal.
WINYUU/SHUTTERSTOCK
Luzes de Natal
ligadas em série.
LAB212
i
V R1 R2 R3
i1 i2 i3
Quando vários resistores estão submetidos à mesma fonte de tensão V (ddp), dizemos que eles
estão associados em paralelo. A intensidade da corrente elétrica em uma associação de resistores em
paralelo é igual à soma das intensidades das correntes elétricas em cada um dos resistores da associação.
i = i1 + i2 + i3 + … + in
DUCU59US/SHUTTERSTOCK
i i
WHITE SNOW/SHUTTERSTOCK
U
U = Rp ⋅ i ou i =
Rp
U U U U U
= + + ++
Rp R1 R2 R3 Rn
▶ 6 lâmpadas com a mesma potência e com a tensão utilizada na instituição de ensino (110 V ou 220 V) – verificar com o professor
▶ 1 alicate
▶ 1 chave de fenda
▶ 2 plugues de tomada
Procedimento
1. Montagem
▶ Monte dois circuitos, sendo um em série e outro em paralelo. Utilize os materiais solicitados efetuando a montagem conforme as ima-
gens a seguir.
LAB212
2. Testagem
Após os dois circuitos estarem montados, teste cada um deles em uma tomada. Se necessário, peça o auxílio do professor.
a. Primeiramente, no circuito em série:
▶ Verifique se todas as lâmpadas acenderam.
b. Desenrosque uma lâmpada desse circuito (qualquer uma das três) e anote o que foi observado em relação ao brilho das lâmpadas:
“apagou”, “brilhou mais”, “brilhou menos”, ou “permaneceu com o mesmo brilho”.
c. Com o circuito ligado na tomada, usando o multímetro, meça a ddp em cada um dos soquetes. Se tiver dúvidas no funcionamento do
multímetro, peça ajuda ao seu professor. Faça o mesmo com a corrente elétrica e meça em cada um dos soquetes, anotando no caderno
todos os dados obtidos.
d. Faça o mesmo procedimento dos itens a, b e c com o circuito elétrico em paralelo e anote suas observações.
Após a realização do trabalho experimental, discuta com seus colegas sobre as hipóteses inicialmente levantadas e os resultados obtidos.
Em seguida, elabore um relatório científico contendo informações sobre os objetivos do experimento, os materiais utilizados e um resumo
dos procedimentos realizados. Apresente, também, as hipóteses levantadas, os resultados encontrados e as conclusões obtidas após a
discussão com seus colegas.
Orientações no Manual do Professor.
2 Os ímãs podem ser naturais ou de origem sintética, manufaturados pela imantação de materiais polarizáveis. Uma das formas
de se fabricar um ímã se dá com a aplicação de uma descarga elétrica em um material ferromagnético, alinhando-se suas car-
H6
gas elétricas e produzindo-se, assim, os campos magnéticos, que podem ser permanentes ou se esvair no decorrer do tempo.
4 Para tanto, é necessária uma máquina que funciona com a utilização de um banco de capacitores, capaz de produzir 600 V de
H2
tensão elétrica e até 2 000 A de corrente elétrica. Considerando as informações apresentadas, explique a relação entre o banco
de capacitores e a magnetização do material polarizável.
Resposta: os capacitores podem armazenar energia potencial por meio da concentração de cargas elétricas em suas placas. Ao ejetar essa
energia de uma vez, os capacitores produzem altas correntes elétricas que, ao passarem pelo material, alinham as cargas e produzem o
campo magnético.
3 Para se realizar a substituição de um fusível fundido, deve ser observada uma série de recomendações, orientada pelos técnicos
eletricistas. Entre elas:
H6
▶ Não utilizar um fusível com capacidade maior que o projetado para aquela aplicação, ainda que seja por um curto período.
H24 ▶ Jamais fazer algum tipo de remendo no fusível, na falta de uma peça equivalente.
▶ Avaliar se o rompimento do fusível foi provocado por sobrecarga antes de substituí-lo.
b) Na falta de um fusível idêntico ao rompido, qual medida de reparo pode ser adotada? Justifique sua resposta.
Resposta: o fusível original só pode ser trocado por outro que tenha capacidade menor. Isso se dá pelo fato de o fusível menor se romper
com correntes menores que às do fusível original, porém isso deve ser feito por um curto período, uma vez que, se o fusível for de
capacidade muito menor, poderá se romper com muita facilidade, desligando o sistema muitas vezes.
H4
© SINOVALDO/ACERVO DO CARTUNISTA
H6
H24
a) Avaliando as informações fornecidas, explique a mensagem que a tirinha transmite e associe-a com os conceitos da
eletrodinâmica.
Resposta: a lâmpada fluorescente oferece a mesma luminosidade que a lâmpada incandescente, porém consumindo menor potência, ou
seja, transformando menor quantidade de energia, o que gera menor custo e mais economia.
2 (Enem) Uma lâmpada LED (diodo emissor de luz), que funciona com 12 V e corrente contínua de 0,45 A, produz a mesma quan-
tidade de luz que uma lâmpada incandescente de 60 W de potência.
H6
Qual é o valor da redução da potência consumida ao se substituir a lâmpada incandescente pela de LED?
H 3 2
a) 54,6 W. b) 27,0 W. c) 26,6 W. d) 5,4 W. e) 5,0 W.
Resposta: alternativa a.
3 (Enem) Alguns peixes, como o poraquê, a enguia-elétrica da Amazônia, podem produzir uma corrente elétrica quando se en-
contram em perigo. Um poraquê de 1 metro de comprimento, em perigo, produz uma corrente em torno de 2 ampères e uma
H4
voltagem de 600 volts.
H6
Equipamento elétrico Potência aproximada (watt)
Exaustor 150
Computador 300
Aspirador de pó 600
Churrasqueira elétrica 1 200
Secadora de roupas 3 600
b) Explique como um diodo comum presente nos circuitos eletrônicos pode ser importante para a instalação de uma TV em
um carro.
Resposta: TVs são alimentadas pela bateria do carro e, portanto, podem ter seus polos ligados de forma invertida, o que ocasiona a queima de
seus componentes, situação que não ocorre quando ligadas nas tomadas de uma casa. Dessa forma, um diodo pode ser usado na instalação
para fixar o sentido da corrente que passará pela TV, impedindo qualquer problema, caso a instalação seja feita com polos invertidos.
c) Pesquise sobre outros tipos de diodo, suas composições, funções e aplicações em um circuito e organize os dados em
uma tabela.
Resposta: a maioria dos díodos são semicondutores de silício, no entanto, o germânio é também por vezes usado, portanto, espera-se
que esses elementos estejam presentes nas tabelas produzidas. Eles executam as funções de regular a tensão (zener), emissão de luz
(LED), entre outras. Existem os fotodíodos, dioso varicap, diodos schottky, diodos túnel, entre outros.
Um impulso nervoso é um sinal elétrico que é conduzido pelo axônio dos neurônios e trans-
mitido para outros neurônios por meio das sinapses, regiões de conexão entre a extremidade do
axônio de um neurônio e a superfície de células vizinhas, que podem ser outros neurônios ou células
sensoriais, musculares ou glandulares, criando uma cadeia de informação dentro de uma rede neural.
O estímulo ocorrido em algum ponto do neurônio é transmitido em forma de mudanças bruscas de
carga elétrica, fenômeno chamado potencial de ação, que percorre todo o neurônio.
As sinapses podem ser químicas ou elétricas. As sinapses elétricas são mais comuns nos animais
invertebrados, mas também ocorrem nas células musculares cardíacas dos seres humanos. Nela, as
correntes iônicas passam diretamente pelos elos de comunicação até chegarem às outras células,
enquanto nas sinapses químicas, mais comuns nos seres humanos e nos mamíferos, a transmissão
ocorre por meio de pequenas moléculas denominadas neurotransmissores, que fazem com que íons
(partículas com carga elétrica) sejam levados de uma célula a outra, alterando o potencial elétrico e
gerando o potencial de ação. Essa transformação da informação em elétrica-química-elétrica é o que
torna possível as diferentes capacidades do encéfalo, como memória e aprendizado.
Sinapse
Sinapse
VECTORMINE/SHUTTERSTOCK
Denvdritos Denvdritos Sinapse
Núcleo Núcleo
Axônio
Denvdritos Sinapse
Neurônio Neurônio
ZAHAR/DIVULGAÇÃO
"eletricidade animal", na qual a eletricidade estaria contida nos músculos da rã e os metais eram apenas
condutores da eletricidade. Isso é possível porque em situações normais, as contrações musculares
são geradas através de um impulso nervoso, que propaga um sinal de despolarização da membrana
das fibras musculares. A passagem de uma corrente elétrica provoca esse sinal de despolarização,
gerando o efeito de contração dos músculos da perna da rã.
Mulher, 18 anos de idade Paralisia e queixo travado Pequenas aplicações de choques elétricos nos músculos.
Mulher, 15 anos de idade Paralisia no braço direito Choques elétricos mais de quatro vezes para curar o braço.
Mulher Perda de voz por causa da paralisia Recebeu choques elétricos durante quatro meses e curou a doença.
Homem Ataque epilético Recebeu choques elétricos durante quatro meses e curou a doença.
PRIESTLEY, J. The History and Present State of Electricity with Original Experiments. 3.ed. Londres: J. Dosdley, T. Cadell, Johnson e Payne, 1775.
WARAPATRS/SHUTTERSTOCK
Atualmente, a eletricidade continua sendo usada de maneira terapêutica, por exemplo, nos
tratamentos de eletroacupuntura. Essa técnica usa eletrodos, que são peças metálicas, normalmente
em formato circular ou de agulha, conectadas por um fio a uma fonte de tensão, servindo como
ponto de contato entre a eletricidade e o corpo. A corrente elétrica auxilia na estimulação dos
pontos selecionados. Em fisioterapia, a eletroterapia é empregada para o relaxamento muscular,
com eletrodos adesivos em partes específicas do corpo.
Outra finalidade médica da utilização da eletricidade é para reverter a fibrilação cardíaca ou
durante uma parada cardiorrespiratória. Para esses fins, é usado um equipamento desfibrilador. No
coração, os batimentos cardíacos são coordenados por um marcapasso natural formado por tecido
nervoso, o nodo sinoatrial, que envia estímulos nervosos para o músculo cardíaco, estimulando
sua contração. Quando há uma parada cardíaca ou fibrilação, o desfibrilador é utilizado para gerar
uma corrente elétrica (entre 100 e 300 joules, de acordo com o peso e a altura do paciente) que
ANDREY_POPOV/SHUTTERSTOCK
Outro fator que determina o impacto da corrente elétrica no organismo é o trajeto da corrente
ao longo do corpo, que depende da posição de contato do indivíduo com a instalação energizada
(circuito). Por exemplo, quando se segura um fio elétrico com as mãos, o caminho a ser percorrido
pela corrente passa mais próximo do coração.
A figura a seguir demonstra alguns possíveis caminhos para a passagem da corrente elétrica no
corpo humano.
LAB212
Os diferentes tipos de corrente também influenciam os efeitos do choque, sendo eles: corrente
direta (CD) ou contínua, em que a eletricidade se move em uma única direção em um circuito, e
os sistemas de corrente alternada (CA), em que a intensidade e a direção são grandezas que variam
ciclicamente. A corrente CA de baixa frequência causa uma contração muscular prolongada, que
pode grudar a mão na fonte, e aumenta o tempo de exposição. Na CA de alta frequência e na CD, a
tendência é causar uma única contração convulsiva, que joga a pessoa para longe da fonte.
A parada cardíaca causada pelo choque também difere nos tipos de corrente. Na CA, o co-
ração tende a entrar em fibrilação, ou seja, o coração fica com contrações curtas e constantes,
já na CD, o coração tende a parar por completo. O fato é que recuperar um coração que parou
por completo é mais provável do que um coração fibrilante. Por isso, o desfibrilador produz uma
CD que interrompe a fibrilação, dando maior chance de recuperação ao coração.
Em dias chuvosos, é muito importante redobrar os cuidados para garantir a segurança e evitar acidentes envolvendo eletricidade.
Muitas vezes, as precipitações vêm acompanhadas de ventos fortes e raios, que podem causar danos externos e afetar a rede elétrica.
Além disso, todo mundo sabe que água e eletricidade não combinam, afinal o líquido é um condutor natural de energia elétrica, poden-
do causar choques e até mesmo acidentes fatais. Para ajudar a garantir a sua segurança e da sua família [...] algumas dicas preventivas
para dias chuvosos. Confira:
Em casa
▶ Evite manusear aparelhos elétricos com as mãos molhadas ou pés descalços e tocar nas partes metálicas dos objetos, prevenindo o
risco de choque. Essa dica vale para qualquer período do ano, mas em dias de chuva a recomendação é ter mais atenção.
▶ Caso perceba que alguma parede da sua casa está úmida, não ligue equipamentos elétricos em tomadas instaladas nela. As paredes
podem ser fonte de choques e mau funcionamento de equipamentos, causando danos aos aparelhos.
▶ Não faça manutenções quando estiver chovendo. Em telhados, existe o risco de ser atingido por raios e, em equipamentos elétricos
ligados à tomada, há chance de choque elétrico.
▶ Em caso de alagamento, curto-circuito ou princípio de incêndio dentro de casa desligue imediatamente o disjuntor.
Na rua
▶ Se estiver na rua e começar a chover, fique longe de campos de futebol, piscinas, lagos, lagoas, árvores, mastros e locais elevados.
Evite encostar em grades e objetos metálicos, não se abrigue em lugares descampados, próximo de postes ou embaixo da fiação
elétrica. Esses locais se tornam perigosos por causa do risco de descargas elétricas naturais, como raios.
▶ Se observar fios caídos, objetos ou pessoas em contato com a rede elétrica, galhos ou árvores entre a fiação não se aproxime [...]
▶ Se, devido a ventania, observar algum objeto que foi arremessado na rede elétrica, como placas, árvores, entre outros, não se apro-
xime ou tente afastar a fiação. [...]
Além disso, podem ocorrer tempestades com raios que também podem provocar a falta de energia e danificar equipamentos elétricos.
Por exemplo, apenas em 2020, a Energisa (MS) observou que caíram cerca de 2 712 977 raios no estado. Em 2019, o número de ocor-
rências provocadas por eventos climáticos no estado chegou a 55 445.
E lembre-se: com eletricidade não se brinca. Apenas profissionais qualificados podem mexer na rede elétrica. O uso da eletricidade é
tão comum no nosso dia a dia que temos a falsa impressão de que não há perigo algum. Porém, quando utilizada de forma indevida,
pode causar danos irreversíveis e até mesmo acidentes fatais. Os famosos “jeitinhos” para resolver situações envolvendo a rede elétrica
só colocam a sua vida e a de quem você ama em risco. Por isso, em situações de perigo envolvendo eletricidade, não improvise, entre
em contato com a agência de eletricidade da sua cidade, que enviará uma equipe técnica especializada que, de forma segura, vai solu-
cionar o caso [...].
SAIBA como prevenir acidentes com eletricidade em dias de chuva. A cr’tica, 8 jun. 2020. Disponível em: https://www.acritica.net/
editorias/geral/saiba-como-prevenir-acidentes-com-eletricidade-em-dias-de-chuva/457325/. Acesso em: 8 jul. 2020. (Adaptado.)
GERAÇÃO E CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Competências
▶ C3 e C8
Habilidades
K
OC
RST
TE
UT
/SH
ED
YAZ
BA
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esmaltado (fio 24 ou similar)
▶ Bateria de 9 V
▶ Lixa fina
▶ Prego de aço comprido
▶ Bússola Interruptor.
▶ Fita isolante
LAB212
▶ 5 clipes metálicos
▶ Interruptor
▶ 1 adaptador para bateria de 9,0 V Adaptador para bateria.
Procedimento
1. Enrole duas camadas do fio de cobre no prego, como mostra a figura a seguir. Deixe em cada
uma das pontas um pedaço de aproximadamente 25 cm de fio.
LAB212
LAB212
B
Quando a corrente elétrica passa por um fio enrolado em uma barra metálica em forma de
solenoide, como realizado na seção Experimentando, o campo magnético passa a agir conforme
mostra a figura a seguir. Esse condutor recebe o nome de eletroímã.
B
B
i
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B B
i
B
B
Em alguns
As campainhas mecânicas disjuntores, há
são equipadas com eletroímãs que
eletroímãs que acionam o funcionam como
badalo (haste); este incide no interruptores dos
gongo, que emite o som. circuitos elétricos.
=
t
Em que:
ε : força eletromotriz induzida em volts (V).
∆Φ : variação de fluxo magnético em weber (Wb).
∆t : intervalo de tempo em segundos (s).
EXPERIMENTANDO
Campo magnético em eletroímã
Existem muitas formas de gerar energia elétrica. A matriz energética brasileira, por exemplo, é muito dependente da energia hídrica. Nesse
processo, a obtenção da energia elétrica ocorre por meio de uma turbina. Mas como é possível obter energia elétrica pela movimentação
de uma turbina? Elabore algumas hipóteses e, em seguida, realize o experimento proposto a seguir.
Material
▶ Ímã
▶ Aro com 80 espiras feito com fios de cobre
esmaltado (fio 24 ou similar)
Procedimento
▶ Coloque o multímetro na função de amperí-
metro. Caso ele tenha subdivisões de medida
de correntes, coloque na menor possível. N S N S
▶ Com o sistema montado, como na figura,
coloque o ímã dentro da espira, tirando
e colocando, com certa velocidade. Altere a
velocidade de movimentação do ímã, reali-
zando movimentos lentos e rápidos. Verifique
o valor da corrente indicada no amperímetro
i
nas diferentes velocidades de movimentação i
i
LAB212
Após a realização do trabalho experimental, discuta com seus colegas sobre as hipóteses inicialmente levantadas e os resultados obtidos.
Em seguida, elabore um relatório científico contendo informações sobre os objetivos do experimento, os materiais utilizados e um resumo
dos procedimentos realizados. Apresente também as hipóteses levantadas, os resultados encontrados e as conclusões obtidas após a dis-
cussão com seus colegas. Orientações no Manual do Professor.
VCHAL/SHUTTERSTOCK
tismo da Terra está intrigando cientistas do mundo todo e fazendo
com que os modelos existentes de descrição do campo magnético pre-
cisem ser atualizados.
Por causa de seu núcleo feito de metal líquido, a Terra funciona
como um enorme ímã com polos positivo e negativo. O campo magnéti-
co é uma “camada” de forças ao redor do planeta entre esses dois polos.
Conhecida como magnetosfera, essa grande camada é extrema-
mente importante para a vida terrestre.
“É o campo magnético que nos protege das partículas que vêm
de fora, especialmente do vento solar (que pode ser muito nocivo)”,
explica o geólogo Ricardo Ferreira Trindade, pesquisador do Instituto
de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP). O campo magnético ao redor da Terra é gerado pela
A maior parte do campo magnético é gerada pela movimentação movimentação dos metais líquidos no interior do planeta.
dos metais líquidos que compõem o centro do planeta. Conforme o fluxo varia, o campo se modifica.
A questão, segundo Trindade, é que nos últimos dez anos ele tem “variado
NAEBLYS/SHUTTERSTOCK
b) Explique o que aconteceria com o fio condutor caso o movimento do campo eletromagnético fosse interrompido.
Resposta: quando o campo magnético está parado, não deve surgir nenhuma corrente, já que o fluxo desse campo se mantém constante.
2 Os cartões magnéticos são dispositivos que têm uma tarja preta condutora feita por uma camada de material magnetizado, a
qual, ao ser atravessada por corrente elétrica, forma pequenos ímãs chamados de bastonetes, cada um com um polo positivo
H6 e um negativo. Quando o cartão passa por uma cabeça de leitura, ela identifica o comprimento dos ímãs pela indução de força
eletromotriz, em virtude da variação do campo magnético dos ímãs, revelando as informações do cartão.
H24
a) Analisando as informações do enunciado, descreva o que aconteceria com a leitora de um caixa eletrônico caso ele fosse
colocado embaixo de uma torre de transmissão elétrica de alta tensão?
Resposta: a rede de transmissão geraria um campo magnético de alta magnitude, porém constante; portanto, a leitora de cartão leria
a variação do campo magnético presente no cartão normalmente.
b) Imagine que, ao sair do banco, embaixo da torre de transmissão, a pessoa tente localizar o polo magnético norte com a ajuda
de uma bússola. Argumente sobre como será a informação que essa bússola fornecerá. Se a bussola estiver no celular, isso
também acontecerá? Explique.
Resposta: a bússola sofreria deflexão e faria uma leitura de orientação errada.
3 Para conseguir alimentar os aparelhos elétricos do nosso cotidiano, que funcionam Núcleo
com baixas tensões, geralmente 110 V, se faz necessária a utilização dos transforma-
MIPAN/
SHUTTERSTOCK
Voltagem
H6 dores, como o esquematizado ao lado. primária
4 No interior de um veículo, podemos encontrar uma série de aparelhos e equipamentos elétricos, como vidros, aparelho de som, luzes,
travas, entre outros. Considerando que a bateria dos carros funciona com corrente contínua como a bateria dos celulares e as pilhas dos
H6
aparelhos elétricos, compare seu funcionamento e explique por que ela não descarrega tão rapidamente como os demais exemplos,
mesmo com o uso contínuo e simultâneo dos acessórios que demandam gasto de energia. Se necessário, realize uma pesquisa.
H24
Resposta: espera-se que o aluno explique que os veículos têm um gerador elétrico, denominado alternador, que transforma a energia
mecânica do giro do motor para gerar energia elétrica por meio do fenômeno da indução eletromagnética.
LAB212
N
compra do eletroímã pela empresa.
Sa’da Resposta: diferentemente dos guindastes comuns, que utilizam
a força mecânica e necessitam de grandes estruturas para
S acomodar sua base e seus pesados componentes, os eletroímãs
funcionam por meio da indução de um campo magnético,
Estrutura de um captador.
são mais leves e podem ser instalados e retirados com facilidade
a) De acordo com as informações apresentadas, defina
das instalações onde serão utilizados.
quais alterações poderiam ser realizadas na estrutura do
instrumento para aumentar a sua captação.
Resposta: existem duas possibilidades para se aumentar a
captação de uma guitarra. Uma delas é utilizar um ímã mais 2 Analise o esquema do funcionamento de uma campainha
elétrica apresentado a seguir.
forte; outra opção seria aumentar o número de voltas do fio H6
condutor na bobina.
H24 Martelo Tímpano
Lâmina de
ferro
b) Considerando as alterações propostas no item anterior, S
Eletroímã
LAB212
explique que se pode prever sobre o som que será pro- Interruptor de N
duzido pela guitarra. contato Botão ou
pulsador
Resposta: a utilização de ímãs mais fortes intensifica a força Mola
ZIVICA KERKEZ/SHUTTERSTOCK
BYJENG/ SHUTTERSTOCK
-Neumann ter sido enunciada, os primeiros mo-
tores elétricos foram produzidos. Os motores
elétricos transformam energia elétrica em energia
mecânica e são fontes de geração de energia
com baixa emissão de poluentes em sua cadeia
produtiva e em sua operação.
O funcionamento de um motor elétrico
ocorre pela condução de corrente elétrica em
uma bobina, gerando um campo magnético e
uma força magnética que origina o movimento. Na
bobina, está acoplado o eixo do motor. Os ventiladores têm um motor elétrico que faz As furadeiras têm um motor elétrico que
as pás girarem. promove o giro da broca.
A maior parte dos motores elétricos constitui-
-se basicamente de um estator e um rotor, com funções bem definidas.
Rotor Caixa de ligação
O estator é composto de anel com lacunas onde se localizam
bobinas de fio de cobre isoladas num núcleo formado por aço. Sua Estator Ventilação
função é conduzir o fluxo magnético para promover a rotação do motor.
NOSOROGUA/SHUTTERSTOCK
A corrente elétrica passa pelos fios, e formam-se campos magnéticos
em cada bobina.
O rotor gira em torno do próprio eixo e gera movimentos de
rotação. Essa peça é menor que o estator, formado por uma haste
circundada por barras metálicas condutoras de eletricidade, com
espaçamento uniforme.
Quando um motor elétrico está em funcionamento, o núcleo Invólucro
do rotor interage com o campo magnético gerado pelas bobinas do
estator. É isso que faz o motor girar. Representação das partes constituintes de um motor elétrico.
Motores de combustão
O motor presente na maioria dos carros hoje em dia é o motor de combustão, que apresenta
características próprias e diferentes dos motores elétricos. Seu funcionamento envolve uma série
EXPERIMENTANDO
Vimos que os motores elétricos modernos, utilizados na maior parte Procedimento
dos eletrodomésticos, brinquedos acionado por pilhas, motores ▶ Faça uma bobina circular com
LAB212
de carro e máquinas industriais, necessitam de um giro regular 20 a 25 voltas com o fio de
contínuo, que ocorre com a relação entre a corrente elétrica e um cobre. Se preferir, use algum
imã. Leia e realize os procedimentos a seguir e proponha quais são objeto circular (um pedaço de
os fatores que influem no funcionamento de um motor elétrico de cano, uma garrafa pequena
corrente contínua. de refrigerante ou qualquer
outro objeto arredondado
Material
que tenha o diâmetro aproximado de 4 cm para dar forma à bobina).
▶ 90 cm de fio de cobre esmaltado (fio 24 ou similar) ▶ Deixe de cada lado uma sobra de fio de aproximadamente 4 cm.
▶ 2 pedaços de arame médio com 25 cm de comprimento cada Enrole as pontas do fio em torno do aro para que o fio não de-
senrole, de forma que
▶ Pilha tamanho grande de 1,5 V
ainda restem cerca de
▶ Ímã com tamanho aproximado de 3,0 cm × 3,0 cm 3 cm de fio de cada
LAB212
LAB212
LAB212
▶ Coloque a bobina no suporte de arame. Cada um dos lados dela deve se encaixar na canaleta de arame. Coloque o ímã na parte de baixo de
tal forma que fique embaixo da bobina, mas não encoste nela.
Compartilhe os resultados observados e as hipóteses levantadas com seus colegas. Em seguida, elabore um relatório científico contendo
as informações sobre os objetivos do experimento, os materiais utilizados e um resumo dos procedimentos realizados. Apresente também
as hipóteses levantadas, os resultados encontrados e as conclusões obtidas considerando a discussão coletiva.
Orientações no Manual do Professor.
LAB212
% ao ano
da energia elétrica. Desde o momento em Mtap
que acordamos até a hora em que vamos
600 6
dormir, estamos conectados a algum equi-
pamento elétrico ou eletrônico. Isso traz um
certo conforto, mas também gera algumas
400 4
disso, a prospecção também apresentou que a estrutura da oferta de energia tende a continuar
se modificando, com o aumento da participação de fontes renováveis, porém de forma menos
significativa a partir do ano de 2000.
LAB212
Conta do mês
Nota Fiscal | Fatura de Energia Elétrica | Serie 000000000
N° da Fatura 000000 0000000000 Aqui você sabe o mês pelo qual
Instalação
Centrais Elétricas S.A. está sendo cobrado na conta.
CONTA DO MÊS
00/0000
VENCIMENTO
00/00/0000
CONTA CONTRATO
Demonstrativo do faturamento
Estes são os valores
que compõem a sua conta.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN
Informações de consumo do mês
Consumo 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 Aqui você encontra informações importantes:
a data da leitura anterior e a leitura atual,
Informações de Consumo do mês
que representa o seu consumo do período
Constante Data Leitura Anterior Data Leitura Atual Qtde. Dias Resolução
0,00 00/00/0000 00/00/0000 00 0000
de faturamento.
Canal de Leitura Leitura Anterior Leitura Atual Consumo Resolução
Ativo total 0.000 0.000 000 kWh 0.000
Reaviso de Vencimento
Reaviso de vencimento
Espaço reservado para avisos
no caso de fatura em atraso. !
Informações para Clientes
Informações para clientes
* Períodos: Band. Tarif.: Vermelha: 06/10 - 31/10 Amerela: 01/11 - 07/11 * Redução
de base ICMS conf art 206 do capítulo XXXII do RICMS - PA *Bandeira Setembro 0000: Aqui você encontra informações importantes
vermelha (patamar 2) custo adicional de R$5,00 a cada 100 kWh
de seu interesse. Fique atento.
Conposição do Consumo
Detalhamento da conta
de energia elétrica
Perceba que pagamos por uma quantidade de energia em watts multiplicada pelo número de
horas em que a energia foi consumida. Assim, por exemplo, se tivermos somente um equipamento
de 1 000 watts em casa e o deixarmos ligado todos os dias durante 1 hora, no final de um mês de
30 dias teremos consumido 30 horas de energia referentes a esse equipamento. Portanto, pagaremos
por 30 000 watts · hora ou 30 kWh, como comumente aparece nas contas de energia elétrica. O con-
sumo corresponde ao valor (preço) que cada concessionária cobra, que varia ao longo do ano, além
da incidência de impostos, conforme consta na fatura. Em alguns lugares, ainda há variação de preço
em função da incidência das chuvas. Isso ocorre porque a maior parte da energia elétrica produzida
no Brasil é proveniente das hidroelétricas, e, nesse sistema, para que se gere energia é necessário o
represamento da água, que será usada para movimentar as turbinas que geram a energia elétrica.
PARA AMPLIAR
PARILOV/SHUTTERSTOCK
Entenda como funcionam as tarifas cobradas de acordo com a cor da bandeira no m•s
Aqueles que pagam a conta de energia de sua casa ou empreendimento têm a noção
do consumo médio de energia de acordo com o uso do chuveiro elétrico, ar-condiciona-
do, ventiladores, televisão e outros aparelhos. No entanto, muitos ainda se assustam e não
entendem o motivo da variação no valor cobrado na conta de luz de um mês para o outro,
apesar de o consumo ter sido semelhante.
A Bandeira verde está acionada quando as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis, ou seja, o nível de
água nas diversas bacias do sistema, bem como o índice pluviométrico do período. Nesses casos, não há qualquer acréscimo nas
contas. Se as condições são um pouco menos favoráveis, passa a ser a Bandeira amarela a selecionada. Assim já há uma cobrança
adicional, proporcional ao consumo, na razão de R$ 1,50 por 100 kWh (ou suas frações). Em situações mais desfavoráveis, a
Bandeira vermelha é selecionada para o período e o adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 4,00
a cada 100 kWh no patamar 1, enquanto no patamar 2 é cobrado R$ 6,00 a cada 100 kWh.
ANTHONY, Igor. O que são as bandeiras tarifárias de energia elétrica? Educa+Brasil, 5 nov. 2019. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/
cursos-e-faculdades/engenharia-eletrica/noticias/o-que-sao-as-bandeiras-tarifarias-de-energia-eletrica. Acesso em: 31 jul. 2020.
Orientações no Manual do Professor.
H28
Quantidade de Total estimado
Tipo de equipamento Potência (kWh) Tempo de uso por mês (h)
equipamentos na casa em kWh/mês
H31
Chuveiro
Refrigerador
Fogão
Forno elétrico
Micro-ondas
Aspirador de pó
Lâmpada
Portão automático
Televisor
Aparelho de som
Carregador de celular
Aquecedor
Ventilador
Máquina de lavar
Aquário
Secador de cabelo
Caso algum valor solicitado no quadro não seja encontrado b) Discuta quais sãos os eletrodomésticos que têm consumo
nos equipamentos, procure as informações nos sites de busca mais baixo de energia elétrica.
na internet, junto aos fabricantes. Resposta no Manual do Professor.
b) Considerando que a tarifa da cidade é de R$ 0,26 por kWh, calcule o valor com que o banho da família contribuirá na conta
de luz.
Resposta: sabendo que o preço por kWh é de 0,26 reais, podemos calcular o valor (P) a ser pago da seguinte forma: P = 0,26 ⋅ 195 →
P = 50,70. Portanto, ao final do mês, a família irá pagar R$ 50,70 pelos banhos.
c) Considere que a família deseja diminuir o valor da conta de luz do mês. Defina quais medidas podem ser tomadas em relação
aos banhos.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apontem medidas como diminuir o tempo de banho, desligar o chuveiro durante
a lavagem de cabelos e ao fazer a barba, bem como diminuir o aquecimento do chuveiro em seu registro para uma faixa de temperatura
menor, caso não seja a estação de inverno, o que exigirá menos consumo de energia elétrica pelo chuveiro para aquecer a água.
2 Ao comprar aparelhos eletrodomésticos, é possível observar, colado à sua estrutura, um selo semelhante ao apresentado abai-
xo. Esse selo tem como objetivo apresentar ao consumidor as características de consumo e eficiência energética do produto,
H4 auxiliando-o na escolha do equipamento. Analise as etiquetas de eficiência energética de dois chuveiros distintos, Flex Ducha
e Gran Ducha, respectivamente apresentados a seguir:
H6
PROCEL- PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Avaliando as informações apresentadas, compare e explique qual dos dois chuveiros é mais eficiente.
Resposta: o chuveiro Flex Ducha é mais eficiente, pois, segundo a etiqueta, ele é classificado como C; em contrapartida, o Gran Ducha é
classificado como F.
H4 I. Um carro a combustão andando em velocidade média de 60 km/h percorre até 10 km com um litro. Considere que o preço
médio de um litro de gasolina seja R$ 4,00.
H6 II. Segundo o site de uma revista sobre automóveis, um carro elétrico tem baterias que suportam cargas de até 60 kW, o que
gera uma autonomia de até 300 km. Suponha que o valor da tarifa é de R$ 0,30 kWh em média e que a tensão elétrica da
rede é de 110 V com corrente máxima de 20 A.
Com base nas informações apresentadas e considerando o aspecto econômico, avalie qual dos dois carros é mais vantajoso de
se utilizar.
Resolução:
Calculando o gasto do carro a combustão, temos que:
10 Km ------------ 1 L
300 Km ---------- x L
300
x = = 30 L
10
Para percorrer 300 km, o carro utiliza 30 L de combustível. Portanto, considerando que o calor do combustível é R$ 4,00, temos que: 30 ∙ 4 =
120,00. Ou seja, o consumo do carro à combustão é de R$ 120,00.
Calculando o gasto do carro elétrico, temos que:
Potência do carregador: P = U ⋅ i → P=110 ⋅ 20 =2200
60 k
Tempo que o carro ficará na tomada para o carregamento total: = 27 h aproximadamente
2,2 k
Consumo total de 60 kw em 27 h → 2,2 ⋅ 27 ⋅ 0,3 = R$ 17,82
Resposta: portanto, o considerando o aspecto econômico, o carro elétrico é mais vantajoso, pois, para andar 300 km no carro elétrico, seriam
gastos R$ 17,82 e, no carro a combustão, R$ 120,00.
Energia e sustentabilidade
A obtenção de energia elétrica para a realização das diversas atividades humanas também é,
naturalmente, uma questão que se relaciona diretamente com o meio ambiente e com a economia,
o que nos leva a refletir sobre a sustentabilidade envolvida nas formas de obtenção de energia.
A seguir, vamos analisar as diferentes fontes e formas de geração de energia, para compreender
como elas afetam o meio ambiente e o ser humano.
SHANVOOD/SHUTTERSTOCK
ENERGIA RENOVÁVEL ENERGIA NÃO RENOVÁVEL
Biomassa
Nuclear
Maremotriz
Carvão
Solar
ENERGIA ENERGIA
ELÉTRICA ELÉTRICA
Hidráulica
Petróleo
Geotérmica
Outra questão relevante acerca das fontes geradoras de energia é a da poluição. Segundo esse cri-
tério, as fontes de energia podem ser classificadas em poluentes, também chamadas de “sujas”, ou não
poluentes, conhecidas como “limpas”. As fontes sujas são aquelas que emitem poluentes na atmosfera,
como CO2 (gás carbônico), principal responsável pelo efeito estufa, e NOX (óxidos de nitrogênio) e SOX
(óxidos de enxofre), responsáveis pela chuva ácida. Esses poluentes prejudicam o meio ambiente, pois a
chuva se torna cada vez mais ácida pela presença desses compostos, o que pode favorecer a destruição
SNAPGALLERIA/SHUTTERSTOCK
Energia hidráulica Linhas de energia
BURAKYALCIN/SHUTTERSTOCK
a produção de 22 500 MW, seria possível abastecer mais de 140 milhões de casas
simultaneamente.
Energia térmica
A energia termelétrica é proveniente da queima de combustíveis fósseis como o
gás natural, petróleo e carvão mineral, e também pela combustão de biomassa, ou seja,
de fontes poluentes. Nesse sistema, a água é aquecida em uma caldeira e passa para o
Usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, na tríplice estado de vapor (1). Em seguida, o vapor é resfriado e limpo (2) e encaminhado para
fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. Acima, vista uma turbina (3) acoplada a um gerador, que converte energia cinética em energia elétrica.
aérea de parte do reservatório (represa) da usina. Abaixo, O vapor passa, então, por um condensador (4), no qual o fluxo de água também é usado
vista lateral do dique, com destaque para as tubulações
que levam água às turbinas.
para movimentar outra turbina (5) acoplada a um gerador. Observe o esquema a seguir.
Sistema de gaseificação
STUDIO BKK/SHUTTERSTOCK
Eletricidade
Eletricidade
Gaseificador Gás de
síntese
Oxigênio
Carvão
Refrigeração
e limpeza
Condensador
Gás natural
TONTON/SHUTTERSTOCK
TRGROWTH/SHUTTERSTOCK/LAB212
C1 a C4 gases
GLP
20 ºC
frações com
densidade,
peso molecular C5 a C9
e temperatura
fabricação de
de ebulição
produtos químicos
decrescente
nafta
70 ºC C5 a C10 gasolina
para veículos
gasolina
170 ºC
C14 a C20
diesel díesel
Modelo esquemático de uma torre de fracionamento de petróleo em uma refinaria petroquímica. As setas indicam as diferentes frações do petróleo e os
subprodutos gerados por meio delas. Cada fração é obtida a partir de diferentes temperaturas às quais o petróleo é submetido na torre de fracionamento.
Como se pode observar, cada fração do petróleo apresenta diferentes quantidades de átomos
de carbono em sua composição, gerando subprodutos com diferentes características.
Atualmente, a geração de eletricidade por petróleo, principalmente pelo óleo diesel, corres-
ponde a aproximadamente 4% a 5% da eletricidade total gerada no planeta e é a fonte de energia
dominante em diversos lugares do mundo. A geração de energia elétrica por meio do petróleo é
similar à observada em todas as fontes térmicas de energia, ou seja, ela ocorre por meio da queima de
seus combustíveis (gasolina, diesel) ou gás liquefeito em caldeiras, turbinas e motores de combustão
interna. Os geradores a diesel são mais adequados ao suprimento de comunidades e de sistemas
isolados da rede elétrica convencional.
É importante ressaltar que essa fonte de energia, além de não ser renovável, é muito poluente
e é uma das principais responsáveis pelo efeito estufa, devido ao processo de combustão durante o
uso de suas frações combustíveis. O petróleo também é motivo de muitos conflitos entre os países,
em especial aqueles que dependem dele como fonte energética principal, como os Estados Unidos.
As áreas onde estão os depósitos naturais desse óleo, como a Arábia Saudita, tornam-se alvos de
disputas judiciais.
Energia – Entenda por que o petróleo está no centro de atuais disputas políticas no mundo
RUDMER ZWERVER/SHUTTERSTOCK
Apesar de não renovável, a queima
do carvão mineral corresponde a 41% de
toda a energia elétrica gerada no mundo
segundo a Agência Internacional de Ener-
gia. O carvão mineral é bastante usado
para produzir energia elétrica em usinas
termelétricas e como matéria-prima para
fabricar aço nas fábricas siderúrgicas. De
acordo com a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), o carvão é o combustível
fóssil com maior disponibilidade no mun-
Usina termelétrica de
do e uma das primeiras fontes de energia
carvão. Em primeiro plano,
usadas pelo homem. Esse combustível os reservatórios de carvão;
passou a ser utilizado em grande escala ao fundo, a usina.
no período da Revolução Industrial para
viabilizar o funcionamento das máquinas a vapor. Atualmente, o uso do mineral diminuiu, visto que
outras fontes de energia têm sido mais exploradas, como o petróleo e o gás natural.
Apesar das vantagens econômicas (abundância das reservas e baixo custo do processo
produtivo), a produção de energia elétrica pelo carvão mineral é agressiva ao meio ambiente. A
extração ou mineração do carvão pode ser subterrânea ou a céu aberto. Isso varia de acordo com
a profundidade em que o carvão é encontrado. A drenagem ácida (ácido sulfúrico) da mina e a
produção de rejeitos são impactos ambientais negativos comuns aos dois tipos de extração, pois
causam alterações no solo por meio da redução do seu pH, o que contribui para a solubilização
de metais, impactando a capacidade de retenção de água e a permeabilidade do solo. Como con-
sequência dessas alterações no solo, a qualidade da água subterrânea também é comprometida e,
em caso de ingestão, pode vir a afetar a saúde humana.
Biomassa
A biomassa é uma fonte de energia renovável, composta de diversos materiais oriundos de ma-
téria orgânica (de origem animal ou vegetal), como o bagaço de cana-de-açúcar, o álcool, a madeira, a
palha de arroz, os óleos vegetais, entre outros. Para a obtenção da energia, é realizada a queima direta
KLETR/SHUTTERSTOCK
para a extração de madeira, por exemplo, acaba por captar grandes quantidades
de CO2 atmosférico, devido à fotossíntese realizada pelos vegetais. Assim, os
gases emitidos no processo de combustão são compensados pela captação
no momento do cultivo. Além disso, uma vantagem adicional é que, ao se uti-
lizar a biomassa, outras formas de geração de energia por meio de fontes não
renováveis e menos sustentáveis podem ser substituídas ou menos utilizadas.
Um exemplo é o aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar, bastante
abundante no Brasil, realizado em sistemas de cogeração. A cana-de-açúcar,
para a produção de álcool combustível, precisa ser processada, o que requer
consumo de energia elétrica, que pode ser gerada por seus próprios resíduos.
Isso pode resultar na autossuficiência energética desse setor e de outros que
geram biomassa, como as indústrias de processamento de madeira e produção Vista aérea da planta de uma indústria de biogás, em uma fazenda
de carvão, por exemplo. de criação de suínos, na República Checa, na União Europeia.
OLHA1981/SHUTTERSTOCK
Torre de
REATOR Turbina resfriamento
Hastes de Sistema
gerador
controle
Linha de
vapor Transformador
Bomba
Bomba
Água de resfriamento
Condensador
A energia nuclear não polui a atmosfera, é considerada uma fonte de energia limpa e apresenta
um altíssimo rendimento energético. Uma pequena pastilha de urânio, com o tamanho de uma bala, é
capaz de produzir a mesma eletricidade que 22 caminhões-tanques de óleo diesel. Porém, não é uma
fonte renovável; além disso, gera o chamado lixo atômico, resíduo radioativo e perigoso que deve ser
armazenado por um longo período de tempo para que perca a atividade radioativa. Existe também
o risco de acidentes, que, apesar de serem bastante incomuns, podem gerar grandes vazamentos de
radioatividade, como em Chernobyl, na Ucrânia (1986), e em Fukushima, no Japão (2011).
Energia e—lica
A energia eólica é uma fonte de energia renovável e limpa, que utiliza o fluxo de ar dos ventos
para girar grandes pás que estão acopladas a geradores, que convertem a energia de movimento
(cinética) do ar em energia elétrica.
O Brasil tem grande potencial para geração de energia eólica, pois apresenta quantidade de ventos
duas vezes superior à média mundial, com volatilidade baixa (5%), ou seja, com pouca variação entre
as estações climáticas, o que permite uma previsão de produção ao longo do ano. A Eletrobrás estima
um potencial de geração de energia eólica de 143,5 mil MW no Brasil, o que permitiria abastecer
quase 900 mil casas simultaneamente.
Outra vantagem é que essa forma de produção de energia pode ser usada de maneira
complementar à energia hidráulica, uma vez que os ventos são mais intensos durante períodos
de estiagem, preservando-se a água dos reservatórios em períodos de poucas chuvas. Além do
alto custo de implantação, as principais desvantagens desse tipo de energia estão relacionadas
VITORMARIGO/SHUTTERSTOCK
Usina eólica da Lagoa Uruaú,
em Morro Branco, litoral leste
do estado do Ceará, Brasil.
12m
Controlador
Eletricidade é fornecida
pela turbina eólica Gerador
Freio
Controlador
Conversor Controle de
direção
Eletricidade é fornecida Mastro
para as casas
Luz do sol
ALEJO MIRANDA/SHUTTERSTOCK
Eletrodo negativo
Esquema do corte
Corrente transversal de uma
elétrica célula fotovoltaica.
Os fótons excitam os
elétrons (negativos),
que se deslocam
e geram corrente
elétrica.
Eletrodo positivo
Além dos conhecidos painéis solares, existem também coletores cilíndricos associados a espelhos parabólicos, que concentram a energia
solar e aumentam a capacidade de captação de energia.
ARTISTICPHOTO/SHUTTERSTOCK
KUMMELEON/SHUTTESRTOCK
A primeira imagem é de
painéis solares em um
lago em Xangai, na China.
A segunda é de coletores
cilíndricos parabólicos no
complexo solar de 354
MW SEGS (Solar energy
generating systems) no
norte do condado de San
Bernardino, Califórnia, EUA.
Energia maremotriz
OLHA1981/SHUTTERSTOCK
Geração
de energia
Turbina
Retorno da Boias
água do mar
Água do mar
Esquema de funcionamento de uma usina de geração de energia elétrica pela energia maremotriz. As ondas elevam e abaixam boias que bombeiam água
através de uma turbina ligada a um gerador.
LAB212
Energia geotermal
Os sistemas de energia geotérmica aproveitam a energia Uma das formas de
que vem no interior da Terra, que pode ser obtida pelo calor gerar eletricidade
natural de rochas, água líquida quente ou vapores. O processo por meio da energia
de aproveitamento dessa energia é feito por meio de grandes geotérmica é
bombear água para o
perfurações no solo, visto que o calor do nosso planeta existe interior do solo ou de
numa parte abaixo da superfície da Terra, ou ainda por meio rochas naturalmente
das fontes termais naturais de água, como os gêiseres. Esse aquecidas pelo
método de obtenção de energia é usado na Califórnia (EUA) e calor do interior do
planeta (em azul).
na Islândia, por exemplo. A água retorna para
Trata-se de uma fonte de energia renovável e normalmente cima quente ou em
não poluente, exceto quando a água vinda do interior do solo traz estado de vapor (em
substâncias tóxicas, como o ácido sulfídrico (H2S), que devem ser vermelho) e é então
usada para acionar as
tratadas antes de serem descartadas. Esse tipo de fonte de energia turbinas que geram
vem sendo aproveitada atualmente para cozinhar, aquecer casas, eletricidade; depois,
edifícios, piscinas e ainda na produção de estufas para vegetais. é distribuída.
PARA AMPLIAR
a) Apesar do uso de biocombustíveis envolver a combustão e, consequentemente, a liberação de CO2 na atmosfera, essa é uma
fonte de energia considerada limpa. Justifique essa afirmação.
Resposta: o termo "energia limpa" leva em consideração o caráter não poluente da fonte geradora de energia. Apesar da queima dos
biocombustíveis liberar CO2 na atmosfera terrestre, sua contribuição para o efeito estufa é consideravelmente menor do que as
fontes de energia derivadas do petróleo. Além disso, considerando que o gás carbônico liberado na combustão dos biocombustíveis foi
originalmente removido da atmosfera por meio da fotossíntese realizada pelas plantas, essas emissões não apresentam impacto adicional
na concentração de CO2 na atmosfera, contribuindo para a estabilização da concentração desse elemento.
O L
S
0 2 600 km
Fonte: Elaborado com base em dados da AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL.
Banco de Informações de Geração – BIG. 2003. Disponível em: www.aneel.gov.br/15.htm.
Apesar de ser uma fonte limpa de geração de energia, baseada no recurso hídrico,
essas usinas trazem prejuízos específicos para o meio ambiente. [...]
Para reduzir a dependência brasileira deste tipo de geração, é imprescindível que os
investimentos em outras fontes sustentáveis e renováveis sejam ampliados no país.
Hoje, o mercado brasileiro de energia também conta com usinas eólicas, solares, ter-
melétricas e nucleares. A principal fonte geradora de energia elétrica no país é a Usina de
Itaipu, localizada no Rio Paraná.
O Brasil é um país de escalas continentais, e, por isso, existem diferenças consideráveis nas matrizes energéticas dos estados
brasileiros. Faça uma pesquisa e identifique a composição da matriz energética do estado onde você mora. De posse dessas
informações, produza com a ferramenta Canvas um plano de negócios sugerindo uma nova forma de produção de energia
elétrica que seja limpa, sustentável e economicamente viável. Em seguida, apresente sua proposta para governantes e investi-
dores, representados pelos professores e colegas de turma, para conseguir recursos para a implementação dessa nova planta
de produção de energia elétrica tão essencial nas diferentes atividades do dia a dia. Nessa produção, é importante relacionar
as vantagens e desvantagens e as informações de fatores ambientais, econômicos e sociais, fazendo um comparativo entre a
forma com que a energia elétrica é produzida atualmente e como ela ocorrerá com a nova proposta.
4
MANUAL DO PROFESSOR
ensino médio
H15 – Comparar propostas de intervenção ambiental aplicando
2 Manual do Professor
Objetivos específicos que solicite aos alunos que comparem a força gravitacional e a elétrica,
apontando as semelhanças e as diferenças entre elas. Oriente os alunos
▶ Distinguir cargas elétricas positivas de negativas.
a analisar o gráfico que apresenta a relação entre a força e a distância
▶ Enunciar a Lei de Coulomb. entre as cargas. Por meio da fórmula matemática e do gráfico na lousa
▶ Reconhecer a força eletrostática. ou no projetor, faça extrapolações em relação à distância das cargas
– bem perto e bem longe – e peça para os alunos interpretarem o
▶ Debater a construção histórica da eletrostática.
que ocorre no gráfico.
▶ Explicar a importância do aterramento num processo de eletrização.
▶ Para ampliar – página 24
▶ Analisar qualitativa e quantitativamente um campo elétrico.
Ao realizar a leitura desse boxe com os estudantes, sugerimos que
▶ Explicar como se dá uma blindagem eletrostática. destaque as informações dos últimos quatro parágrafos, em que o autor
comenta sobre alguns efeitos e acontecimentos, como a própria eletri-
ORIENTAÇÕES E RESOLUÇÕES zação da abelha e das flores, e a mudança do potencial da flor depois
de a abelha passar. Proponha uma discussão com intuito de elaborar
▶ Experimentando – página 10 hipóteses para explicar as vantagens associadas às características das
Os experimentos são de desenvolvimento simples e em que se evi- flores e abelhas descritas. Sugerimos que durante a discussão levante
dencia a existência da carga elétrica. Para muitas situações, na indústria algumas questões, como, por exemplo, “Por que é boa para as plantas
da tecnologia, é necessário conhecer em detalhes o comportamento da (também para as abelhas, em uma próxima pergunta) a existência
carga elétrica dentro de determinado sistema para se obter o produto de tais fenômenos elétricos?”. A primeira vantagem está associada à
desejado, como é o caso do desenvolvimento de um chip eletrônico, força de atração entre os dois, que facilita seu encontro; outro fator
no qual o conhecimento preciso do comportamento das cargas elé- interessante é que, ao pousar na planta, seu potencial muda, o que
tricas nas trilhas que o compõem é de extrema importância. Ouça as pode funcionar como sinal e desestimular outras abelhas a pousar
hipóteses propostas pelos estudantes sobre como adequar cada um na mesma planta; dessa forma, ela pode repor o pólen. Além disso,
dos experimentos e direcione a discussão no sentido de se rastrear como mencionado, as abelhas parecem apresentar vantagens na
as cargas elétricas. Depois discuta com os grupos sobre os resultados diferenciação de cores na presença desses campos, o que pode ser
questionando quais foram as diferenças observadas entre o que foi também uma vantagem para as plantas mais coloridas. Finalmente,
previsto e o resultado, qual seria uma possível explicação para essas esse fenômeno possibilita que as abelhas memorizem onde buscar o
diferenças e quais as dificuldades encontradas para testar suas hipóteses. pólen quando necessário, o que também é benéfico para as plantas,
que serão polinizadas com maior frequência.
▶ Para ampliar – página 13 Espera-se que tal exercício auxilie os estudantes no entendimen-
Explore os conceitos físicos relacionados à ocorrência de um choque to de textos científicos, abstraindo informações de forma crítica e
comparando-as com conceitos já estabelecidos. É importante ressaltar,
4 Manual do Professor
▶ Para ampliar – página 43 Hoje, dos 36 estados que adotam a pena de morte nos
Professor, por meio do texto, é possível explorar diferentes formas EUA [...], apenas nove deles conservam a cadeira como uma
de gerar energia elétrica, como a energia solar, a hidrelétrica, a terme- das opções do condenado.
létrica, a energia eólica e a energia nuclear. Sugerimos que proponha De uso cada vez mais raro, o aparato, ainda assim, tem um
uma pesquisa em grupo com apresentação coletiva para compartilha- currículo macabro de quase 4 500 presos eletrocutados nos EUA
mento das descobertas e curiosidades. Complementarmente, realize desde a sua introdução.
a leitura do texto com os estudantes e peça que eles identifiquem Trono letal
os termos que foram estudados até então. Após a leitura, volte aos Aparato gera corrente de eletricidade que destrói órgãos
itens identificados e retome os conceitos e aplicações no sistema vitais e aniquila o condenado.
de fornecimento de energia elétrica para as residências, de forma a Esponja que assa
consolidá-los por meio da ressignificação. Uma esponja embebida em solução de água com sal é
▶ Experimentando – página 50 colocada entre o primeiro eletrodo e a cabeça do condenado.
A solução salina conduz bem a eletricidade, facilitando a passa-
Este experimento tem como objetivo principal ilustrar o papel gem de corrente para o cérebro. Sem a esponja, a cabeça pode
dos resistores num circuito elétrico e a forma como eles podem ser até pegar fogo!
arranjados dentro do circuito, considerando que seu comportamento
Equipamento de pró-tensão
muda de acordo com o arranjo realizado. Os dois tipos de arranjo
O capacete de metal abriga um eletrodo, também de me-
possíveis com dois resistores, em série e em paralelo, serão ilustrados
tal. É por esse eletrodo que a corrente vinda do gerador entra
e comparados neste experimento.
pelo corpo. O capacete é revestido internamente de lã, para
Quando o arranjo é feito em paralelo, a tensão (ou diferença de evitar que o metal entre em contato com a pele, queimando-a
potencial elétrico) entre os terminais das resistências será a mesma, e grudando na cabeça.
mas a corrente elétrica que percorre o circuito é dividida entre as resis-
tências, de forma que a corrente elétrica total é a soma das correntes Tapa-sangue
que passam pelos resistores. Já na associação em série, a corrente Um capuz cobre a cabeça do condenado para evitar que as
entre os terminais das resistências será a mesma, mas a tensão sobre o testemunhas vejam sua agonia. Com o choque, os músculos do
rosto se contraem e os olhos podem até saltar das órbitas. Além
circuito é dividida entre as resistências, de forma que a tensão total é a
disso, é comum ocorrer sangramento dos olhos, ouvidos e narinas.
soma das tensões em cada resistor. Após a realização do experimento,
espera-se que o estudante compreenda que a intensidade luminosa é Usina da morte
diferente nos dois tipos de associação e que as lâmpadas brilham mais Os geradores operam em ciclos de choques com tempos e
na associação em paralelo do que na associação em série. voltagens diferentes. Em geral, o condenado recebe uma descarga
de 2 300 volts por oito segundos, outra de 1 000 volts por 22 se-
▶ Para ampliar – página 55 gundos e, por fim, uma de 2 300 volts por mais oito segundos.
6 Manual do Professor
▶ Experimentando – página 61 estudantes, de forma que eles possam compreender a aplicação do
Esse experimento é proposto como uma ferramenta para iniciar princípio fundamental do eletromagnetismo.
o conceito de eletroímã, portanto, promova uma discussão sobre as
▶ Para ampliar – página 71
observações e concepções desenvolvidas pelos estudantes com o
experimento, e direcione a discussão de forma a introduzir o assunto Professor, após a leitura desse texto, sugerimos que retome a
abordado neste capítulo. Ao desenvolver o experimento espera-se discussão sobre o custo da energia elétrica e enfatize a importância
que os alunos observem que a agulha da bússola muda de direção e do uso consciente desse recurso energético. Para ampliar a discussão,
que os clipes são atraídos pelo dispositivo montado, e a partir disso, estimule os estudantes a refletir sobre os equipamentos mais utilizados
concluam que o procedimento realizado levou à formação de um no período de chuva e estiagem da sua região, e discuta quais medidas
campo eletromagnético ao redor do dispositivo, de forma que a agulha podem ser adotadas para minimizar o consumo de energia elétrica
da bússola muda de direção e os clipes são atraídos. nesses diferentes períodos, de forma a colaborar com a diminuição
do gasto de energia em suas residências.
▶ Experimentando – página 63
Ao desenvolver o experimento, espera-se que, ao movimentar o ímã, ▶ Para construir – página 72
o amperímetro indique a presença de uma corrente elétrica, de forma Ao desenvolver essa atividade, será necessário que os alunos te-
que, quanto maior a velocidade, maior será a variação da sua intensidade. nham acesso à internet para pesquisar em sites de busca as informações
No aro de cobre existem elétrons livres que são facilmente des- da tabela comparativa.
locáveis. Ao aproximar o ímã do aro, esses elétrons são submetidos a) Espera-se que os alunos percebam que o chuveiro é o principal
ao campo magnético do ímã, de forma que a movimentação do ímã responsável pelo consumo de energia. O refrigerador, o ferro
promove também a variação do campo magnético. Essa variação de passar roupas e o aquecedor também consomem bastante
promove o deslocamento dos elétrons, gerando assim uma corrente energia elétrica, de acordo com a forma como são usados.
elétrica cuja intensidade é indicada pelo amperímetro. Para ampliar o
desenvolvimento desse experimento, sugerimos que utilize o simula- b) Espera-se que os alunos concluam que carregadores de celular,
dor on-line PhET da Universidade de Colorado Boulder, disponível em aparelhos de som e fogões a gás consomem pouca energia.
português no link: https://phet.colorado.edu/sims/html/faradays-law/ c) Espera-se que os alunos concluam que é necessário tomar
latest/faradays-law_pt_BR.html (acesso em: 5 jun. 2020). Esse simulador banhos mais curtos, com o ajuste de temperatura adequado
apresenta um aro de fio condutor, associado a um voltímetro e contendo à estação do ano; evitar abrir e fechar a porta da geladeira com
uma lâmpada no circuito, o que permite visualizar a existência de uma muita frequência; usar o aquecedor de ar com moderação;
corrente capaz de acender a lâmpada com a movimentação do ímã. Ao
entre outros.
realizar o experimento ou utilizar o simulador, discuta com os alunos
sobre o fenômeno que está sendo observado. Conduza a reflexão para Destaque algumas observações importantes ao desenvolver essa
que eles sejam capazes de associar o ímã à presença de um campo atividade. A maioria das transformações é acompanhada por transfor-
ANOTAÇÕES
8 Manual do Professor
PROFESSOR 693405