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GESTÃO DE NEGÓCIOS

DIGITAIS
PROF. ME. PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR

Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Primeiramente, deixo uma frase de
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios Diagramação:
não vale a pena ser vivida.” Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Cada um de nós tem uma grande
responsabilidade sobre as escolhas que Revisão Textual:
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida Gabriela de Castro Pereira
acadêmica e profissional, refletindo diretamente Letícia Toniete Izeppe Bisconcim
em nossa vida pessoal e em nossas relações Luana Ramos Rocha
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade
é exigente e busca por tecnologia, informação Produção Audiovisual:
e conhecimento advindos de profissionais que Heber Acuña Berger
possuam novas habilidades para liderança e Leonardo Mateus Gusmão Lopes
sobrevivência no mercado de trabalho. Márcio Alexandre Júnior Lara
Pedro Paulo Liasch
De fato, a tecnologia e a comunicação
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas,
Gestão de Produção:
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
nos proporcionando momentos inesquecíveis.
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a
Fotos:
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade,
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capaz de formar cidadãos integrantes de uma
sociedade justa, preparados para o mercado de
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.

Que esta nova caminhada lhes traga


muita experiência, conhecimento e sucesso.

© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

01
DISCIPLINA:
GESTÃO DE NEGÓCIOS
DIGITAIS

DIGITALIZAÇÃO DO MUNDO

PROF. ME. PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................................4
1 - HISTÓRIA DA COMPUTAÇÃO................................................................................................................................5
2 - INFLUÊNCIA DA INTERNET..................................................................................................................................8
2.1. OS BUSCADORES.................................................................................................................................................10
3 - ACESSO À INTERNET........................................................................................................................................... 11
4 - PLATAFORMAS DIGITAIS..................................................................................................................................... 13
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................................................15

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INTRODUÇÃO
Inovação e capacidade de transformação são qualidades humanas por excelência.
Durante a história da espécie humana, houve grandes saltos tecnológicos, como o domínio do
fogo, criação e desenvolvimento de armas e ferramentas, eletricidade, química e eletrônica. Uma
sucessão de acertos e erros que conduziram os humanos ao seu sucesso de sua espécie no planeta.
Há mais de dois séculos, ciência e tecnologia têm transformado o modo de viver das
pessoas. Com veículos motorizados, redes rodoviárias e ferroviárias, computadores, internet e
aparelhos eletrônicos. São mudanças que interferem em todos os âmbitos, na vida pessoal, no
trabalho, no governo, no país, na economia, entre outros fatores.
Desde a prensa tipográfica com Gutemberb, o rádio com Hertz, o telefone com Graham
Bell e o primeiro computador com Turing, houve um longo processo para chegar até a era digital.
Entre erros e acertos, a internet transfigurou e a era digital transfigurou a sociedade e modo de
funcionalização.
Nos últimos 20 anos, a tecnologia mudou a forma como nós aprendemos e nos
comunicamos, reorganizando a forma nossa de pensar e viver. A partir dessa nova era, novas

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profissões surgiram, assim como novas oportunidades, novos empregos, novas formas de
negócios.
Mas além do lado econômico, o universo digital também afetou diretamente a sociedade,
no que diz respeito à vida social. Esse impacto teve influências positivas e negativas, visto que
contribuiu com o acesso à informação e ao contato social. Entretanto, também gerou o uso
compulsivo e a dependência dos usuários, em relação aos meios tecnológicos, principalmente
entre os adolescentes.
Por isso Manno e Rosa (2018), consideram a internet como um instrumento para
as ações do cotidiano, seja para o trabalho ou diversão. Mas o problema se estende quando a
pessoa se torna dependente do meio digital.
É importante ressaltar também como a internet e a digitalização facilitaram a propagação
e o acesso aos conteúdos, principalmente com o aperfeiçoamento das buscas de pesquisa,
denominado de World Wide Web (WWW). Fragoso (2007) destaca que os buscadores
aumentam as possibilidades de comunicação, o que propiciou aumento no número de emissores
de informação.
Mas entre os pontos positivos e negativos das plataformas digitais e internet, é indiscutível
como a popularização e o acesso do ambiente virtual influenciaram diretamente na forma como
as pessoas vivem. Partindo da forma como comunicam, por meio das redes sociais, até à forma
como usam o meio digital para se informar, interagir, comprar, trabalhar, estudar, entre milhares
de possibilidades oferecidas de conexão quando se refere ao ambiente online.
Fazendo um retrospecto de como surgiram os computadores, ou até mesmo quando
eram apenas máquinas de calcular, até os dias de hoje, é nítido o progresso do meio digital.

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1 - HISTÓRIA DA COMPUTAÇÃO
Pinturas rupestres, linguagem oral, fabricação de utensílios fazem parte da história
da digitalização do mundo, iniciaram há centenas de milhares de anos atrás com nossos
antepassados humanos mais remotos. Esses fatos provavelmente remontam os primórdios da
própria computação.

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Figura 1 - Pintura Rupestre de aproximadamente 12.000 anos na Chapada de Diamantina – BA. Fonte: Ferreira
(2007).

O processo civilizatório foi um grande propulsor das inovações tecnológicas,


transformações sociais, tanto para construir como destruir. Toda civilização deixa registros
físicos, culturais, biológicos, etc. Conforme Britannica (2019), em Alexandria, ano 62 A.C. havia
um geógrafo, inventor, engenheiro e matemático conhecido por Heron. Entre as invenções
feitas por ele, estão a primeira máquina à vapor e a primeira máquina de venda automatizada/
computadorizada.
Para compreender a transformação digital e as plataformas eletrônicas, é necessário
entender os processos e avanços dos meios digitais e ascensão dentro do mercado. É dentro desse
conceito que Briggs e Burke (2009) mostram como a história tem influência em conceitos atuais,
quanto aos estudos da mídia e digitalização dela.
Diante disso, é preciso voltar nos séculos XV, quando as informações ainda eram
transmitidas de forma oral, principalmente pelos padres nas igrejas católicas e nas academias. Já
a escrita tinha função documental, “sobretudo para registrar transferências de propriedades por
ocasião de matrimônios ou mortes” (BRIGGS E BURKE, 2009).

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Foram várias as invenções que facilitaram o acesso à informação no decorrer dos séculos
XVIII, XIX e XX. Briggs e Burke (2009) explicam que a chegada da prensa tipográfica de Johann
Gutenberg de Mainz, em 1450, espalhou a prática da impressão pela Europa, de modo que foram
instaladas mais de 250 máquinas em 50 anos.
O telégrafo elétrico, em 1837, rompeu a tradicional ligação entre transporte e comunicação
das mensagens, em que antes eram feitos por meio de transportes terrestres e aquáticos. Briggs e
Burke (2009) ressaltam aqui a invenção do telefone, patenteada por Alexander Graham Bell em
1876, tornando-se instrumento de comunicação público e privado. Cabe ressaltar que apesar de
um nome apenas estar associado às invenções a cada novo invenção, havia, sempre, mais que um
trabalhando naquele tipo de invento, tanto que há muitas controvérsias sobre as invenções da
eletricidade, rádio e aviação, por exemplo.
A informática tem em sua base os cálculos matemáticos que eram dominados desde a
antiguidade, pelos gregos, babilônios. Como é exemplificado por Messina (2018), ao recapitular
a história da informática, os babilônios criaram uma estrutura de madeira com anéis chamada
de Abacus, para calcular as vendas do comércio. Por isso, Briggs e Burke (2009, s.p.) consideram
que “embora a história da tecnologia não seja o único elemento na história da mídia da segunda
metade do século XX, os computadores devem vir em primeiro lugar em qualquer análise
histórica”.

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Figura 2 - Existe vestígios que levam a crer que o berço do Ábaco/Soroban tenha sido a Mesopotâmia (IV milênios
antes de Cristo). Fonte: Mon Œil (2015).

Na Idade Média haviam máquinas de cálculos manuais, sendo que a primeira foi, em 1642,
com a máquina La Pascaline, criada pelo filósofo e matemático e físico Francês Blaise Pascal. Foi a
primeira calculadora mecânica que realizava contas de adição e subtração (WAZLAWICK, 2016).
Segundo Fonseca Filho (2017), em 1889, o fundador da atual IBM, Dr. Herman Hollerith
foi o grande responsável da mudança na forma de se calcular ao criar uma máquina com
capacidade de processar dados de acordo com as perfurações em cartões. O autor afirma que essa
máquina foi usada para calcular o censo de 1890, diminuindo o tempo de cálculo em quatro anos
e meio comparado ao censo anterior.

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A máquina funcionava da seguinte forma: os dados das pessoas eram armazenados por meio de
perfurações em locais específicos do cartão. Isso fechava um circuito elétrico e causava a criação
de um em um contador eletrônico (FONSECA E FILHO, 2007).
Conforme a IBM Archives (2019), no século XX, as máquinas de calcular deixaram de ser
consideradas calculadoras, mas foram transformadas em máquinas que pudessem “fazer tudo”,
de modo que o primeiro computador foi criado para ser utilizado na Segunda Guerra Mundial,
e foi conhecido como “Mark 1”, projetada pelo professor Howard Aiken. Ela ocupava cerca de
120m³ e tinha capacidade de multiplicar dois números de dez dígitos em três segundos, dando
início à era dos computadores (IBM ARCHIVES, 2019).
Mas um dos grandes nomes reconhecidos foi de Alan Turing, que ajudou a criar máquinas
também para a Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria. “O Colossus, o Eniac e o Univac (1953)
eram máquinas gigantescas — segundo alguns, monstruosas —, dependentes de milhares de
válvulas e nem sempre confiáveis, chamadas nos Estados Unidos de tubos a vácuo” (FONSECA
FILHO, 2007, s.p.)
Fonseca Filho (2007) afirma que a máquina de Turing promoveu uma evolução dos
computadores, sendo que a primeira geração perdurou de 1951 até 1959. A segunda geração,
com computadores transístores, se estendeu de 1959 a 1965. O autor aponta que no início do
desenvolvimento, as válvulas eram consideradas mais confiáveis que os transistores. Já a terceira
geração, a partir de 1965 até 1975, se deu com computadores com circuitos integrados.

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Para Wazlawick (2016), Turing idealizou uma máquina que pudesse introduzir um teclado
e atribuir a ela a noção de inteligência. Se compararmos, seria um computador da forma que
temos hoje, não com tanto aprimoramento, porém não colocou em prática (FONSECA FILHO,
2007).
Fonseca Filho (2007) afirma que foi entre a segunda e a terceira gerações de computadores
que começaram a surgir as grandes empresas de tecnologia no mundo, como a IBM (International
Business Machines), uma das poucas empresas de informática com história continua ao longo
dos séculos XX e XXI. Segundo o autor, a partir de 1975 e até 1985, foi a era de ouro para a
informática, porque nesse período as principais empresas de software foram criadas para gerenciar
os computadores, entre elas está a Microsoft, com o Bill Gates. O sucesso se deu quando a IBM
adquiriu o sistema operacional da Microsoft, que em 1980 ainda era uma empresa pequena
(FONSECA FILHO, 2007).
Conforme Fonseca Filho (2007), mesmo que, em 1984, menos de um milhões de
computadores rodavam no mundo, os programas operacionais eram a chave para alavancar os
usos dos computadores pessoais, visto que muitas máquinas se tornaram ultrapassadas em pouco
tempo. Por isso, a Microsoft tornou-se a maior fornecedora, quando seu sistema operacional
Windows ficou conhecido mundialmente (FONSECA FILHO, 2007).
Bill Gates não foi o único crescer durante a ascensão dos computadores, outro empresário
que também soube aproveitar a era de ouro da informática foi Steven Jobs, com a Apple. Em 1976,
lançou o Apple I, junto com Steve Wozniak, vendido em clubes locais. No mesmo ano, também
foi lançado o Apple II, com capacidade de realizar mais tarefas (FONSECA FILHO, 2007). A
partir dessa nova era, os computadores pessoais começaram a ser mais um meio de comunicação,
que em poucos anos transfigurou o modo de vida da sociedade, ao desenvolverem programas
capazes de facilitar a vida das pessoas.
Fonseca Filho (2007) pontua que a IBM também entrou no mercado dos computadores,
em 1980, com os computadores de uso pessoal para empresas. Segundo o autor, como os
computadores precisavam de sistemas operacionais, a empresa criou parceira com a Microsoft.
Depois dos computadores, a internet foi o grande avanço no universo tecnológico, que vem
causando transformações em todos os âmbitos da sociedade, principalmente no social e
profissional.

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2 - INFLUÊNCIA DA INTERNET
Redes sociais existem antes dos seres humanos. Na verdade, todos seres vivos que
habitam com outros seres vivos acabam fazendo parte de uma ou mais redes. Um ecossistema
é um conjunto de sistemas e redes que conectam muitos seres vivos a outros. Pode haver ações
predatórias ou simbióticas (cooperação) entre os seres vivos. As conexões são estabelecidas
através de um ou mais sentidos como olfato, tato, paladar, audição ou visão.
Uma teoria interessante sobre redes surgiu no final do século passado, a partir de uma
lenda urbana: Seis graus de separação, em que Duncan (2004) registrou resultados de suas
pesquisas que comprovaram a veracidade da lenda. A teoria postula que cada habitante desse
planeta está distante apenas seis pessoas de qualquer outra pessoa, ou seja, nesse mundo mais
conectado através de tecnologias de informação e comunicação estamos muito mais acessíveis.
Em nossa sociedade, antes da internet haviam as redes telefônicas, elétricas, de esgoto, água,
enfim as redes parecem sempre ter existido na vida humana, que inclusive se desenvolveu muito
graças ao cooperativismo entre indivíduos, que formavam redes familiares. Sistemas organizados
em redes são anteriores à própria vida em nosso planeta, isso se tornou mais perceptível com as
Teorias da Complexidade e do Caos. Os avanços computacionais permitiram a vários cientistas
na academia e pesquisadores em grandes empresas revelarem uma natureza desconhecida pelo

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homem até meados do século XX com a IBM.

Fractais são sistemas organizados em redes complexas que encontramos por


todo Universo. Ao nosso redor convivemos com vários fractais, produzidos por
nós e naturais como bacias hidrográficas, árvores, sistemas hidráulicos, sistemas
elétricos, sistemas eletrônicos, sistema financeiro, enfim, nossa Galáxia, a Via
Láctea, compreende uma rede de sistemas solares que interagem de e se mantém
unidas através de suas atrações gravitacionais. Essas formas de organização
também apresentam características de ramificações cada vez menores,
capilarizando a matéria. Estruturas maiores se ramificando em estruturas cada
vez menores como as imagens de nossa Galáxia, a Via Láctea e seus sistemas
solares contidos nela, que contém os planetas, que contém luas e assim por diante
em partes cada vez menores até elétrons, prótons e nêutrons e ainda menores.
Haverá limite para as descobertas humanas?

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Figura 3 - Via Lactea Fonte: Kuffer (2014).

Segundo Abatte (1999), a internet, que traduzida seria inter-redes foi impulsionada
pela Guerra Fria na década de 60, quando os americanos uma rede para auxiliar no combate ao
inimigo. A Arpanet (Advanced Research Projects Agency Network) significa Rede de agências para
projetos de pesquisas avançadas e foi a primeira rede que conseguiu atender as necessidades do
governo americano em relação à segurança dos dados contra possíveis ataques da extinta União
Soviética (ABATTE, 1999).
A Arpanet era operacional, sendo que a mensagens de email eram a base da comunicação.
Nessa época, algumas convenções que usamos hoje, já haviam sido definidas, como sinal do @ no
endereço de email e eram mais utilizados nas universidades e nas unidades militares (ABATTE,
1999).
A internet também pode ser definida como uma grande rede que contém redes menores
e que alcança todos os países. Os meios de conexões desta rede são variados, podendo utilizar
ondas de rádio, linhas telefônicas, cabos de fibra óptica e satélites.
Dela Coleta et al. (2008) considera que a internet, no que se refere à comunicação,
possibilitou o avanço das relações interpessoais com um modelo diferente das cartas e do próprio
telefone, principalmente porque propiciou o anonimato em chats de conversação. Portanto, as
inovações tecnológicas transformaram e facilitaram as mudanças comportamentais.
De acordo com Pereira (2018), a evolução dos meios digitais criou uma nova relação
da sociedade com a comunicação, principalmente por parte dos jovens. Para o autor, é visível
como a internet tem criada a Cultura da Conexão nas novas gerações. É necessário fazermos um
contraponto aqui, pois nem só benefícios essa cultura promove.
A internet é vista como um grande avanço tecnológico e como um dos principais meios
de comunicação, sendo utilizado tanto para trabalho quanto para interação e contato social.
Entretanto, Bauman (2009) postula que a vida humana tem se tornado cada vez mais fluída, com
relacionamentos e valores mais cambiantes, e que a internet e as redes sociais estão provocando
transformações profundas na sociedade, tornando o mundo cada vez mais efêmero, perdendo
estruturas e comportamentos sociais ainda importantes para o ser humano.

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Há estudos como os de Bandinelli (2010), Manno e Rosa (2018) e Bastos et al (2018) que comprovam
que os excessos de utilização da internet e redes sociais causam transtornos psicopatológicos dos
usuários da rede.

2.1. Os Buscadores
O avanço dos buscadores de informação facilitou ainda mais a procura dos conteúdos.
Fragoso (2007) afirma que antes de surgir a World Wide Web (WWW), em 1989, o primeiro
buscador surgiu em 1990, denominado de Archie, que

Reunia informações de arquivos disponíveis em servidores ftp anônimos e


mantinha-os atualizados checando os dados em intervalos de até 30 dias. Os
usuários do Archie procuravam por sequências de caracteres nos nomes dos
arquivos ou pastas disponíveis no índice (FRAGOSO, 2007, p. 3).

Em seguida, foi criado um indexador um pouco semelhante que facilitava a localização


dos arquivos, chamado de Veronica (FRAGOSO, 2007). De acordo com a autora, o banco de
dados permitia a realização por tópicos, ou seja, palavras-chaves, em vez da procura ser por
servidor.

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A partir disso, outros buscadores foram criados para facilitar a procura por dados. Fragoso
(2008) explica que na década de 90, os investidores começaram a perceber como a web poderia
atrair um grande fluxo dentro da rede. Sendo assim, os buscadores foram vistos como modelos
publicitários, com a possibilidade de incluir anúncios nas páginas de início.

Com vistas a gerar seu próprio tráfego e incrementar o tempo de permanência


dos usuários em seu domínio, muitos assumiram o formato de portal, passando
a oferecer uma variedade de serviços. Um dos primeiros e mais bem sucedidos
portais da web foi, sem dúvida, o Yahoo! (FRAGOSO, 2008, p. 6).

A autora explica que no final de 2000, o Google se estabeleceu como o melhor sistema
de buscas, principalmente quando os usuários aceitaram a diferenciação de gráfica entre os
resultados orgânicos e os pagos. Os outros buscadores já não se igualavam aos serviços oferecidos
pelo Google, o que obrigou a encarar a desvantagem.

muitos outros sistemas de busca, inclusive alguns grandes como o Yahoo!, fariam
acordos para incluir resultados vindos do Google em suas próprias páginas. Ao
final de 2003, chegou-se a estimar que dois terços de todas as buscas realizadas na
web retornavam resultados oriundos do Google (THIES, 2005 apud FRAGOSO,
2008, p. 9).

Em 1999, o Microsoft MSN Search também veio como uma possibilidade de classificação
de dados próprio. Embora, muitos buscadores terem sido desenvolvidos desde a década de
90, como Yahoo!, Google e MSN, que foram os que se destacaram e continuam sendo os mais
utilizados.

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3 - ACESSO À INTERNET
Quando a Internet começou a atrair interesses comerciais, seu potencial aumentou
e começou a ser difundida. De acordo com Pantoja e Ferreira (2000), em 1996, havia
aproximadamente 4% da população com computador em casa no Brasil, enquanto que nos
Estados Unidos, cerca de 40% das casas tinham computadores e metade dessa porcentagem era
com internet conectada. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
em 2016, a internet foi utilizada em 69,3% dos domicílios, o que mostra crescimento dessa nova
mídia. O crescimento fez com que em 20 anos aumentasse dez vezes mais.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2018),
atualmente, 86% dos brasileiros vivem em 58% dos municípios, o que facilitou o acesso à internet
a grande parte da população. O rápido avanço das tecnologias, principalmente dos aparelhos e
eletrônicos com os dados móveis foi um dos fatores determinantes para alcançar mais pessoas.
Dados TIC Domicilios (2018, p. 24), mostram que a internet nas residências voltou a
aumentar quando as pessoas de baixa renda e da região Norte começaram a utilizar os dados
móveis. Outro dado curioso é que 19% dos domicílios conectados não têm computador em casa,
representando 13,4 milhões de residências, sendo que em 2014 representava 4% apenas.

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O perfil de uso exclusivo pelo celular foi mais comum entre os usuários de classes
DE e de áreas rurais. Isso reflete uma realidade em que os cidadãos de baixa
renda não possuem múltiplos dispositivos de acesso à Internet, como acontece
no caso das classes A e B.

De acordo com a TIC Domicilios (2018), o número de pessoas conectadas no Brasil chegou
a 120,7 milhões de brasileiros, sendo que as atividades mais realizadas durante a navegação são
o uso nas redes sociais e o envio de mensagens, apesar dos conteúdos audiovisuais também estar
crescendo. A pesquisa identifica que, em 2017, o acesso a músicas, filmes e séries por streaming
foi um hábito em crescimento, ao contrário do acesso por downloads.
O público infanto-juvenil também faz grande parte dos usuários da internet, a
TIC kids (2017, p. 26) pesquisa o uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil. O estudo
mostra que no ano de 2017, 40% das crianças e adolescentes conectados acessaram a internet
para

conversar com pessoas de outras cidades, países e culturas, 36% delas


participaram de páginas ou grupos sobre assuntos de interesse, 28% buscaram
informações sobre saúde e 22% sobre o que acontece na sua comunidade. Além
disso, 12% das crianças se adolescentes conectados conversaram na Internet
sobre política ou problemas da cidade ou país e 4% participaram de campanhas
ou protestos na rede.
A pesquisa também apontou que 51% das crianças e jovens de 9 a 10 anos leram ou
assistiram notícias pela internet, o que revela o aumento no interesse pelo consumo de notícias
online. Em relação à segurança, o estudo revelou que sete de cada dez crianças acessaram a
internet de forma segura, isso de acordo com depoimento dos pais.
A gestão pública não ficou de fora das pesquisas do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Dados levantados na TIC governo eletrônico (2018) demonstram um aumento significativo do
uso das plataformas digitais como forma de divulgação do trabalho e transparência, o que havia
sido muito por parte da população. Isso porque como foi abordado, o número de pessoas com
acesso a internet tem aumentado nos últimos anos. O que levou o governo a rever as estratégias
de divulgação.

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Segundo as pesquisas da TIC governo eletrônico (2018) entre as prefeituras, aumentou a


proporção daquelas que têm website, passando de 88%, em 2015, para 93%, em 2017. Em órgãos
públicos estaduais 89% oferecem websites e federais 44%, onde justificaram que a maior parte dos
serviços não poderia ser feitos pela internet.
Em relação às redes sociais, cerca de três em cada quatro órgãos públicos federais e
estaduais, correspondendo a 77%, e prefeituras do Brasil, um total de 75%, utilizam contas nas
redes sociais. Alguns também utilizam o WhatsApp.
O governo também precisou se encaixar nesse novo modelo digital do século XXI, com
melhora na qualidade dos serviços públicos. Essa readequação de modelo digital impactou tanto
na vida dos funcionários públicos, quanto dos contribuintes.
Pela primeira vez, a TIC do governo eletrônico (2018) obteve a presença de projetos e
planos para cidades inteligentes. O conceito de smart cities estava cada vez mais presente no
cenário público e nesta pesquisa há um plano de governo pelas prefeituras, como alternativa
para solucionar os problemas e desafios urbanos. Conforme a publicação, o assunto já é pauta
dos organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União
Internacional das Telecomunicações (UIT).
E por último, TIC Empresas (2018) analisa as empresas que foram diretamente
influenciadas e impactadas com o avanço das tecnologias e a ascensão do universo digital. É
impossível desassociar a internet das grandes empresas, principalmente porque a convergência

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tecnológica tem alavancado o setor e consequentemente gerado aumento em novos modelos de
negócios.

A dinâmica promovida pela adoção das tecnologias de informação e comunicação


(TIC) pelas empresas vem acompanhada de novos desafios com relação à
transformação digital, Internet das Coisas, inteligência artificial, Indústria 4.0
e à capacidade de inovar, empreender, gerar novas habilidades e de crescer de
maneira sustentável. Enfrentá-los significa assegurar os benefícios potenciais
trazidos pela revolução tecnológica (p. 23).

Essas mudanças também atingem o governo, transferindo o trabalho de oferecer na


administração pública de todas as esferas, políticas que promovam dentro do setor tecnológico
um ecossistema equilibrado, superando as barreiras que ainda existem no Brasil.
Para isso, foi aprovado recentemente pelo governo brasileiro a Estratégia Brasileira para
a Transformação Digital (E-Digital), sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC). Baseada em dois grupos, eixos habilitadores e eixos de
transformação digital, prevê ações para promover estratégias econômicas para possibilitar novos
modelos de negócios com o recurso do uso de dados, promovendo a expansão dos e-serviços.
Além da criação de um ambiente que propicie o desenvolvimento econômico e iniciativas que
promovam o crescimento digital, como

infraestrutura e acesso às TIC; pesquisa, desenvolvimento e inovação; ambiente


regulatório adequado; normas e regimes que promovam confiança no mundo
digital; aquisição de competências educacionais e profissionais adequadas à
economia digital; e inserção internacional do Brasil (p. 24).

A TIC Empresas (2018) mostra que o uso de mensagens instantâneas ganhou mais espaço
com um passado de 62% em 2015, para 70% em 2017. Outra questão para entender a inserção
das empresas dentro da economia digital é a presença dos websites, em que 55% delas afirmaram
ter a plataforma online em 2017, quanto o número era de 57% em 2015. Segundo a pesquisa,
os websites das empresas são utilizados como estratégias de exposição da marca, apesar de ter
poucos canais de relacionamento.

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Os estudos apontam que enquanto 96% dos websites possuíam informações institucionais e 54%
tinham a relação de produtos e serviços da empresa, apenas 21% apresentaram sistemas de pedido
e somente 18% ofereceram a opção de pagamento online.
A TIC Empresas (2018, p. 25) mostra a utilização de perfis em redes sociais alcançou 70%
das empresas, das quais 60% têm um profissional responsável pelo monitoramento dos perfis e
29% terceirizam o serviço. Já no setor das microempresas, em termos de estruturas os avanços
não crescem com a mesma velocidade. Segunda o levantamento,

Em 2007, 79% das microempresas possuíam computador, enquanto, em 2017,


essa proporção foi de 89%; por sua vez, o uso de Internet passou de 69%, em
2007, para 88%, em 2017. Nas microempresas nota-se, ainda, uma concentração
maior na contratação de velocidades entre 1 Mbps a 10 Mbps (46%).

A internet deixou de ser apenas de uma forma de consumo de informação, mas também
se tornou um modelo de negócio. Aparelhos eletrônicos e as tecnologias digitais estão cada vez
mais presentes em nossas vidas, seja no trabalho, nas escolas e faculdades, em casa ou em qualquer
outro ambiente.

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O ritual de luto em nossa sociedade se estendeu para a internet através das
páginas em redes sociais de pessoas falecidas, e que os familiares e amigos
preferem manter ativas as contas de seus entes queridos.

4 - PLATAFORMAS DIGITAIS
Segundo O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2018), as
plataformas digitais também foram grandes avanços tecnológicos dos últimos 20 anos. Redes
sociais, sites e-commerce, lojas de aplicativos online, sites em geral, todos podem ser considerados
plataformas digitais. O E-Digital exemplifica algumas características em comum entre eles, como:
capacidade de facilitar transações diretas ou indiretas entre usuários e de extrair valores dessas
transações; habilidade de coletar, usar e processar grandes quantidades de dados pessoais e não-
pessoais, com a finalidade de otimizar a experiência do usuário; capacidade de construir redes nas
quais cada usuário adicional aprimora a experiência de todos os demais usuários – “efeito rede”;
habilidade de criar e moldar novos mercados em arranjos mais eficientes, que tragam benefícios
a todos os usuários, atuando de maneira disruptiva sobre os mercados tradicionais; habilidade
de organizar novas formas de participação social baseada na coleta, processamento, alteração e
edição de informação e dependência das tecnologias de informação como meio de alcançar as
capacidades acima. Para isso, as empresas investem em hardware, software e profissionais para
gerenciar o número de pessoas que acessam as plataformas e quantidade de dados disponibilizados
nelas.

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Apesar de muitas profissões serem substituídas pela automatização, devido ao crescimento


das tecnologias, o mercado abre espaço para atuação em novas áreas, como novos modelos de
negócios dentro da área digital. O E-Digital citou em sua pesquisa um relatório desenvolvido pela
União Europeia que classificou em cinco modelos de negócios, sendo:

1. Mercados online (marketplaces), nos quais ocorrem a intermediação de transações


entre vendedores e compradores de bens e serviços;

2. Ecossistemas móveis e plataformas de distribuição de aplicativos: os smartphones


tornaram-se o foco de um novo mercado para software e conteúdo digital, permitindo às lojas de
aplicativos assumirem o papel dos mercados online em muitos casos;

3. Serviços de busca na Internet: o papel fundamental de um mecanismo de busca é tornar


mais fácil aos usuários encontrar informação na Internet. A fonte fundamental de recursos desses
serviços está nos anúncios das páginas de busca;

4. Plataformas de mídia social e de conteúdo: serviços que permitem conexão,


compartilhamento, negócios, comunicação e expressão online. Suas principais fontes de renda
são anúncios publicitários e monetização de agregados de dados de usuários;

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 1


5. Plataformas de anúncios publicitários online, que vendem e compram espaço
publicitário em páginas na web.

Para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2018), é notório


que a transformação digital já tomou conta da sociedade no século XXI. Por isso, é importante
que empresas fiquem atentas às mudanças que envolvem o meio digital e se adaptem nessas
transformações.

WATTS, D. J. Seis graus de separação: a evolução da ciência de redes em uma era


conectada. São Paulo: Leopardo Editora, 2009.
Este livro é resultado do trabalho de um dos mais pesquisadores sobre redes do
mundo atualmente.

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O número de pessoas com acesso à internet no Brasil tem crescido gradativamente, e em
2019 o Brasil é o quarto país com mais usuários, com 120 milhões, ficando atrás dos EUA, Índia
e China. A expectativa é que nos próximos anos, o acesso à internet ultrapassará todos os outros
meios de comunicação.
A internet e os avanços tecnológicos têm gerado grande impacto na sociedade em pontos
positivos e negativos. O ambiente digital torna-se aliado dos usuários ao facilitar atividades do
cotidiano e o acesso à informação. Hoje, por meio de aplicativos, é possível pedir comidas, fazer
compras sem sair de casa, pagar boletos, transferências, consultas de saldos. O surgimento da
internet aumentou a interação social, principalmente com a criação das redes sociais. Vivemos
em um ambiente online, virtual e tecnológico. Foram inúmeras inovações tecnológicas que
contribuíram para o avanço social e econômico.
As ferramentas disponibilizadas no ambiente digital também têm contribuído com o
mercado de trabalho, ao gerar novos segmentos e funções dentro do setor tecnológico. Por isso, é
importante que empresários também estejam antenados e dispostos a encarar esse novo cenário
dentro do mercado, principalmente aqueles relacionados com vendas.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 1


Foram grandes avanços tecnológicos desde o surgimento das máquinas de calcular, os
computadores, rádio, telefones e aparelhos celulares. Não é possível afirmar o quão revolucionários
serão os próximos anos, entretanto é necessário compreender que a tendência é progredir, sendo
necessário a adaptação e o domínio das plataformas digitais.
Dos aspectos mais negativos, podemos identificar que o excesso de utilização da internet
pode causar transtornos psciopatológicos. Crimes como ameaça, calúnia, difamação, injúria e
falsa identidade se multiplicaram e ampliaram seus efeitos nocivos na grande rede eletrônica.

A Verdadeira História da Internet


Trata-se de um documentário da Discovery Channel. Pode ser assistido em:
<https://www.youtube.com/watch?v=SVYV2vDhjCc>., no canal da própria
emissora no Youtube. Este vídeo revela fatos interessantes sobre a criação e
começo da internet até o presente.

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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

02
DISCIPLINA:
GESTÃO DE NEGÓCIOS
DIGITAIS

EMPREENDEDORISMO DIGITAL

PROF. ME. PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................18
1 - NEGÓCIOS DIGITAIS E OPORTUNIDADES .........................................................................................................19
1.1 INICIANDO UM NEGÓCIO DIGITAL .....................................................................................................................19
1.1.1 LEVANTAMENTO DE DADOS..............................................................................................................................19
1.1.2 COLOCANDO A IDEIA EM PRÁTICA..................................................................................................................19
1.2 OS STAKEHOLDERS ........................................................................................................................................... 20
1.3 AS OPORTUNIDADES ........................................................................................................................................ 20
1.4 PLANO DE NEGÓCIOS DIGITAIS.......................................................................................................................... 21
1.4.1 FASES DO PLANO DE NEGÓCIO ....................................................................................................................... 21
2.DESAFIOS E VANTAGENS DO EMPREENDEDORISMO DIGITAL .......................................................................22
2.1 DE OLHO NAS VANTAGENS..................................................................................................................................22

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2.2 OS DESAFIOS ESTABELECIDOS ........................................................................................................................23
2.3 O QUE NÃO FAZER NA HORA DE EMPREENDER..............................................................................................23
3 - O EMPREENDEDOR .............................................................................................................................................24
3.1 PERFIL E COMPORTAMENTO ............................................................................................................................24
3.2 TIPOS DE EMPREENDEDOR ..............................................................................................................................24
3.2.1. O INFORMAL ................................................................................................................................................... 26
3.2.2. O COOPERADO............................................................................................................................................... 26
3.2.3. O INDIVIDUAL ............................................................................................................................................... 26
3.2.4. O FRANQUEADO E O FRANQUEADOR ......................................................................................................... 26
3.2.5. O SOCIAL ....................................................................................................................................................... 26
3.2.6. O CORPORATIVO ........................................................................................................................................... 26
3.2.7. O PÚBLICO........................................................................................................................................................27
3.2.8. O DO CONHECIMENTO...................................................................................................................................27
3.2.9. O DO NEGÓCIO PRÓPRIO...............................................................................................................................27
3.3. STARTUPS...........................................................................................................................................................27
4 - E-COMMERCE E SEUS BENEFÍCIOS PARA O MUNDO DIGITAL ................................................................... 28
4.1 O QUE É E-COMMERCE? ................................................................................................................................... 28
4.2 TIPOS DE E-COMMERCE ................................................................................................................................. 28
4.2.1. B2B .................................................................................................................................................................. 28
4.2.2.B2C .................................................................................................................................................................. 29
4.2.3.C2C .................................................................................................................................................................. 29
4.2.4.B2G ................................................................................................................................................................. 29
4.3. VANTAGENS 304.3.1. QUESTÕES DE LOGÍSTICA - O SUCESSO DE UMA LOJA VIRTUAL DEPENDE DE
UMA EXCELENTE LOGÍSTICA ................................................................................................................................. 31
4.3.2. DEPOIS DA COMPRA.......................................................................................................................................32
4.3.3. OS PROBLEMAS DA LOGÍSTICA REVERSA E SUAS CAUSAS......................................................................32
4.3.4. O CUSTO DA DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS....................................................................................................32
4.3.5. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A LOGÍSTICA REVERSA .......................................................32
4.3.6. E-COMMERCE DE MÓVEIS E A ENTREGA DE PRODUTOS DESMONTADOS............................................32
4.4 COMO É VISTO NO BRASIL?...............................................................................................................................32
4.5 SEGURANÇA E PAGAMENTO..............................................................................................................................33
4.6 SERVIÇOS ONLINE..............................................................................................................................................33
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................................................37

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INTRODUÇÃO
De acordo com Aurélio (2018, s.p.), o empreendedorismo é: “a capacidade do indivíduo
de idealizar, coordenar e realizar ideias com a iniciativa de implementar novos negócios ou
mudanças em empresas já existente”. O termo “empreendedorismo” na língua francesa e se trata
de “o espirito daquele que é capaz de assumir riscos e inovar”.
Para ser um empreendedor de sucesso, é indispensável uma série de atitudes que requerem
coragem, já que uma vez inserido no mercado, os resultados podem variar muito. Na hora de
transformar um produto e/ou serviço em um empreendimento digital, é essencial seguir à risca
o plano de negócio estabelecido.
Atualmente, as oportunidades para o empreendedorismo digital vêm tendo grandes
proporções, causando uma maior movimentação no comércio eletrônico denominado de
e-commerce. Esse aumento também se estende para os investidores, que buscam cada vez mais
por esse mercado. Por fim, um empreendedor precisa se dispor ao meio e cultura que quer seguir
no seu negócio, para que dessa forma consiga garantir o seu público.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


Com o e-commerce, foi abordado diferentes modelos de transações que variam entre
pessoas físicas e jurídicas. Esses modelos são reconhecidos através de siglas: B2B, B2C, C2C e
B2G. Outro modelo que entrou no mercado nos últimos anos foi o Marketplace e, com isso, as
vendas onlines aumentaram absurdamente.
No Brasil, nos últimos dois anos, o e-commerce cresceu faturando, em média, mais de
R$60 bilhões por ano. Esse aumento ocorreu devido a confiança que cada consumidor depositou
nas lojas virtuais, colaborando para o que é chamado de empreendedorismo digital.

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1 - NEGÓCIOS DIGITAIS E OPORTUNIDADES


1.1 Iniciando um negócio digital
De acordo com Soriano e Huarng apud Marcelo Okano; Marcelo Fernandes, 2017 p.
127), o empreendedorismo digital revolucionou as ações de mercado tornando-se responsável
pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento social por meio da inovação, ao iniciar um
negócio digital, é preciso saber que nem sempre a ideia de negócio será uma oportunidade no
mercado digital (SEBRAE-SP, 2018). Antes de colocá-la em prática, é de extrema importância
fazer um levantamento de dados necessários para depois introduzir a ideia no mercado.

1.1.1 Levantamento de dados


Quando estabelecida, a ideia para se tornar uma oportunidade, é fundamental que atinja
um público-alvo, ou seja, um público disposto a interagir com o serviço e/ou produto oferecido
(SEBRAE-SP, 2018). Esse público interessado é denominado de Stakeholders.
Após esse primeiro contato com o mundo digital, é hora de analisar os lucros. Ao vender

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


o serviço e/ou produto, o lucro irá compensar todo o trabalho realizado com o empreendimento?
Se a resposta for sim, a ideia inicial se transforma em uma oportunidade digital (SEBRAE-SP,
2018).
Segundo Dolabela (2008), antes de colocar a ideia em prática, é preciso enxergar que
oportunidade vai além da geração de novas ideias. É necessário a utilização de ferramentas
como o brainstorming (método para criação de novas ideias) seguido da análise de mercado e
dos concorrentes e da realização de um desenvolvimento perspectivo e proativo da empresa. O
importante para atrair uma boa oportunidade é a inovação com base nas pesquisar de mercado
digital (REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS, 2018, p. 71).

1.1.2 Colocando a ideia em prática


Depois de, finalmente, encontrar a oportunidade é importante saber por onde começar.
É o momento de definir a estratégia e o plano de ação a ser seguido (SEBRAE-SP, 2018). Essa
definição é feita com base nas etapas:

• O que fazer?

• Como?

• Quando?

• Com quem?

• Qual o investimento e de quem?

• Quando o lucro virá?

• Quem são os concorrentes?

Quando analisadas, cada uma dessas etapas irá definir o próximo passo.

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1.2 Os stakeholders
Abrangendo o conceito que stakeholders são todos os públicos com quem a empresa ou
organização se relaciona, há Costa (2005) estabelece que pode ser qualquer parte interessada que
pode influenciar, ou ser influenciado, nos demais aspectos pela empresa.
Um único stakeholder pode afetar uma organização de diversas formas, sendo formal
ou informal. Assim, é possível afetar o funcionamento, a comercialização, o desempenho, os
resultados presentes e futuros da instituição (COSTA, 2005).
São descritos como stakeholders:

Mídia/Imprensa
Clientes
Comunidades em geral
Funcionários
Sindicatos
Organizações não-governamentais (ONG’s)
Parceiros
Investidores

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


Classes sociais
Fornecedores
Poderes públicos

No empreendedorismo, os stakeholders são considerados os principais contribuintes para


o desenvolvimento da cultura da organização devido as suas ações (DORION, 2002).

1.3 As oportunidades
Segundo a UOL (2018), atualmente, no Brasil são mais de 120 milhões de usuários que
tem acesso à internet, se tornando um dos maiores mercados digitais do mundo.
Em 2018, a Revista Abril constatou que as oportunidades no meio digital estão mais
amplas, uma vez que o mercado tradicional passou a inserir em suas ações o e-commerce,
facilitando para os empreendedores e os consumidores. A crise registrada no Brasil nos últimos
anos aumentou o número de empreendedores, uma vez que viram maiores oportunidades de
investimento nesse período.
O uso da internet e suas tecnologias é visto como algo mais produtivo e positivo,
melhorando a eficácia da empresa, aumentando a vantagem competitiva na hora dos negócios,
atraindo, assim, mais parcerias por possuir uma ação mais econômica e sustentável.

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1.4 Plano de Negócios Digitais


Para Melo (2013), um plano de negócio é utilizado principalmente para criar uma estrutura
com as principais ideias do empreendedor. Por fim, ele é moldado conforme o andamento do
negócio, transmitindo viabilidade dentro do mercado. Ao criar um plano de negócio, é preciso
saber quem serão os stakeholders, dessa forma irá permitir conhecer as oportunidades e aproveitá-
las, definir o consumidor alvo do serviço e/ou produto. Permite também prever possíveis
problemas e criar soluções futuras para eles. Ao fazer um plano de negócio, é possível, também,
estimar lucros presentes e futuros
Uma organização com um plano de negócio estabelecido mantém o foco de suas ações
e passa a ser reconhecida, por isso é sempre essencial atualizar o plano de negócio da empresa,
acredita Melo (2013).

1.4.1 Fases do Plano de Negócio


Melo (2013) dividiu o plano de negócio em sete fases:
I. Sumário Executivo: Destaca as características indispensáveis, dando ao empreendedor

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


uma visão geral.

II. Análise de mercado: Se trata da identificação dos consumidores, concorrentes e


fornecedores.

III. Plano de Marketing: Essa etapa é responsável por definir os diferenciais do serviço
e/ou produto, o preço no qual será vendido e estratégias promocionais.

IV. Plano Operacional: Trata-se da organização e cultura da empresa, a produção, venda,


infraestrutura, layout e os recursos humanos.

V. Plano Financeiro: Responsável por calcular o capital de investimento, as estimativas


de vendas, gatos, lucros e prejuízo.

VI. Análise de Cenários: Responsável por analisar cenários futuros do mercado e fatores
críticos, tais como preços variados, vendas e custos.

VII. Análise Estratégica: Indica as forças e fraquezas do negócio, avaliando no mercado


as oportunidades e ameaças.

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2 - DESAFIOS E VANTAGENS DO EMPREENDEDORISMO


DIGITAL

2.1. De olho nas vantagens


Segundo Dolabela (2008), no futuro haverá a era do empreendedorismo, já que teremos
cada vez mais empresas autônomas de pequeno porte e sem vínculo algum entre funcionários e
patrão.
Diante de inúmeros motivos para os indivíduos largarem seus respectivos empregos,
Rodrigues e Silva (2015, p. 9) acentuam que a busca pela liberdade profissional e os lucros são os
principais deles.
Já Longenecker (2011, p. 8 apud RODRIGUÊS, GILBERTO, SILVA, DAVI, 2015, p. 9)
afirma que o objetivo de cada indivíduo deve ser enriquecer progressivamente, ou seja, é preciso
que o empreendedor tenha determinação e paciência. Para Dolabela (2008), a autorrealização,
flexibilidade de horários, gerenciar a empresa conforme os próprios princípios são as principais

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


vantagens do empreendedorismo digital.
Em 2018, o SEBRAE-SP realizou uma pesquisa de dados, com as principais vantagens do
empreendedorismo digital no Brasil:

• Familiaridade com o meio virtual 67,5%

• Custos reduzidos 47,9%

• Infraestrutura menor 41,6%

• Facilidade com o meio virtual 27,6%

• Facilidade ao se inserir em novos mercados 26,2%

• Dinamismo virtual 24,8%

• Grande velocidade nos negócios 21,9%

• Flexibilidade nos horários 13,7%

• Menor custo de operação 11,2%

• Otimização de tempo 10,1%

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2.2. Os desafios estabelecidos


Atualmente, o maior desafio de um empreendedor digital é conhecer o seu público, além
da burocracia, taxas excessivas, etc.
“No que se refere a abrir um negócio, o Brasil tem o sexto pior desempenho.”
(MIRSHAWKA, 2004, p. 198)
Para Gilberto Rodrigues e Davi Silva (2015), a burocracia é tanta que acaba se tornando
uma grande burocracia para o empreendedorismo digital.
De acordo com Tachizawa (2017), a falta de capital dentro da empresa é apontada
como uma das principais causas do fracasso do empreendedor. Isso ocorre devido ao pouco
conhecimento do indivíduo na ora de administrar a empresa, com isso virão os empréstimos e
dividas causando a falência do empreendimento.
Gilberto Rodrigues e Davi Silva (2015) citam outros fatores desvantajosos para o
empreendedorismo, sendo eles a concorrência, uma vez que dependendo do mercado dificulta
a entrada da empresa no meio. A falta de funcionários também é vista como um ponto negativo
para os autores.
“Um empreendimento pode fracassar se seus fundadores não contratarem as melhores
pessoas, atraírem o capital e investirem na infraestrutura organizacional” (FERNANDES, 2002,

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p. 10).

2.3. O que não fazer na hora de empreender


De acordo com a Revista Exame (2019), em 2018, algumas Startups, que tinham tudo
para conquistar o mercado, fecharam as portas. Os motivos variam entre a falta de financiamento
até discussões entre sócios. As cincos Startups mais revolucionárias de 2018 que acabaram indo à
falência foram: Theranos, Airware, Blippar, Bluesmart e Rethink Robotics.
A Theranos, responsável por revolucionar as práticas de exames sanguíneos, fechou
as portas em setembro de 2018, acusada de fraude e por omitir detalhes sobre a tecnologia
apresentada. Possuindo o Google como um dos seus maiores investidores, a Airware teria tudo
para dar certo dentro do mercado, mas por um erro no seu plano de negócio acabou encerrando
suas atividades também em setembro de 2018. Com uma lenta aceitação no mercado, a Blippar
declarou falência em dezembro. O motivo principal foi gastar um capital maior do que a empresa
possuía, causando conflitos internos entre os acionistas.
Inicialmente, a Bluesmart foi um sucesso, mas, conforme sofisticou seus produtos,
as vendas caíram, uma vez que não computaram os riscos que os novos produtos trariam aos
consumidores. Responsável por criar os robôs Baxter e Sawyer, a Rethink Robotics, não obteve o
número de vendas esperadas, já que a concorrência era grande e o mercado pouco desenvolvido
para tamanha tecnologia, causando a falência da empresa.

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3 - O EMPREENDEDOR

3.1 Perfil e comportamento


Com base nos dados do SEBRAE-SP (2018), 67% dos empreendedores digitais brasileiros
são homens com uma idade média de 26 anos. “O empreendedor é aquele que tem a capacidade
de ver o que está lá, de ver o que deveria estar lá, de segurar está visão e realizar mudanças
necessárias” (BABSON COLLEGE, A).
Segundo Gerber (2011), o indivíduo para se tornar um bom empreendedor deve possuir
características como criatividade e facilidade em lidar com o desconhecido, imaginando,
desenvolvendo e realizando novas ideias.
“O exame acadêmico de como, por quem e com que efeito as oportunidades de criar
bens e serviços futuros são descobertas, avaliadas e exploradas” (SHANE E VENKATARAMAN,
2000).
De acordo com o SEBRAE-SP (2018), o comportamento do empreendedor é avaliado
conforme seus pontos fracos e fortes diante de um negócio. Como irá lidar diretamente com

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um capital gerado pela empresa, o indivíduo empreendedor deve ser responsável, atento e sábio
na hora de realizar seus afazeres e na tomada de decisões. Deve ser também bastante flexível e
paciente, uma vez que terá contato com diferentes públicos.
Para Dolabela (2008), o que diferencia um empreendedor dos demais é a capacidade de
enxergar as oportunidades e concretizar ideias inovadoras. O SEBRAE-SP (2018) definiu que as
principais características de um empreendedor como: inciativa, autoconfiança, independência,
cidadania, ética, coragem, comprometimento, paixão pelo que faz, criatividade, qualidade,
eficiência, eficácia, persistência, inovação, liderança, otimismo, paciência e talento.

3.2 Tipos de empreendedor


Minello e Scherer (2012) acreditam que existam mudanças de comportamento entre um
empreendedor e outro.
Vésper (1980), Miner (1996) e Filion (1999) analisaram as diferentes tipologias de
empreendedores. Para Vésper (1980):

• Autônomo: Baseia seu método de trabalho na própria habilidade técnica.

• Formador de equipes: Possui uma visão mais ampla do negócio, contratando pessoas
para a realização das atividades.

• Inovador Independente: Criam novos produtos e uma empresa afim de produzi-los.

• Multiplicador Padrão: Visa obter lucros reconhecendo um negócio capaz de ser


expandido.

• Explorador de Economia de Escala: Baseiam-se na economia de escala, ou seja,


desenvolve seus negócios em menores preços e fixam uma infraestrutura em lugar de baixos
custos.

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• Agregador de Capital:| Conquistam diferentes recursos de formas e fontes variadas


para bancar operações bancárias e de seguradoras.

• Aquisidor: Escolhem adquirir negócios que já estão em andamento.

• Especialista de Compra e Venda: Compram empresas à beira da falência, às recuperam


e depois a vende por um preço maior.

• Formador de Conglomerados: Tem propósito de conseguir o controle acionário de


uma empresa, afim de conquistar o controle de outras empresas.

• Especulador: Optam pela compra e venda de commodities.

• Manipulador de Valor Aparente: Adquirem bens ou pequenas empresas, melhorando-


as financeiramente e a visão do mercado sobre a mesma para depois revendê-las.

Para Miner (1996):


• Empreendedor Pessoal: Possui inciativa e comprometimento com a empresa
procurando ser bom em tudo que faz.

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• Especialista gerador de ideias: Procura sempre pelo novo. Busca atingir as expectativas
da empresa por meio de novos produtos, novos públicos e novas estratégias, de forma que não
corra riscos.

• Empático Supervendedor: Focado nas vendas, pois acredita que dessa forma conquistará
sucesso empresarial.

• Verdadeiro Gestor: Adapta-se para chegar no sucesso, tem o desejo de poder. Procura
pela competição empresarial, afim de satisfazer as autoridades da empresa.

Para Fillion (1999):


• Convertido: Procura realização pessoal.

• Hobbysta: Dedica todo o tempo livre e energia para tomar conta dos negócios
empresarias.

• Jogador: Considera a empresa apenas um suporte financeiro, dedicando-se ao esporte


e lazer.

• Lenhador: Gosta de realizar suas funções, mas sente-se perdendo tempo quando tem
que explica-las.

• Missionário: Conhece de forma surpreendente o produto e o mercado.

• Sedutor: Trata-se de seus negócios emocionalmente, procurando obter lucros


significativos com pouco esforços.

Segundo Zuini (2014, s.p.), há 9 tipos de empreendedores no Brasil:

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3.2.1. O informal
Este tipo ganha dinheiro porque precisa sobreviver. “O informal está muito ligado a
necessidades. A pessoa não tem visão de longo prazo, quer atender necessidade de agora”. O
empreendedor deste perfil trabalha para garantir o suficiente para viver, tem um risco relativamente
baixo e não tem muitos planos para o futuro. “Esse tipo tem diminuído bastante com iniciativas
como o Microeemprendedor Individual (MEI)”, opina.

3.2.2. O cooperado
Este tipo costuma empreender ligado a cooperativas, como artesãos. Por isso, trabalho
em equipe é primordial. Sua meta é crescer até poder ser independente. “Empreende de maneira
muito intuitiva”. Geralmente, estes empreendedores dispõem de poucos recursos e tem um baixo
risco.

3.2.3. O individual

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Este é o empreendedor informal que se formalizou através do MEI e começa a estruturar
de fato uma empresa. “Por mais que esteja formalizado, ele não está pensando em crescer muito”.
Este perfil ainda está muito ligado à necessidade de sobrevivência e geralmente trabalha sozinho
ou com mais um funcionário apenas.

3.2.4. O franqueado e o franqueador


Muitos desconsideram o franqueado como empreendedor, mas a iniciativa de comandar
o negócio, mesmo que uma franquia, deve ser levada em conta. Geralmente, procuram uma
renda mensal média e o retorno do investimento. Do outro lado, está o franqueador, responsável
por construir uma rede através de sua marca. “Costumam ser exemplos de empreendedorismo”.

3.2.5. O social
A vontade de fazer algo bom pelo mundo, aliada a ganhar dinheiro, move este
empreendedor. “Este tipo tem crescido muito, principalmente entre os jovens que, ainda na
faculdade, têm aberto o próprio negócio para resolver problemas que a área pública não consegue”.
Nesta categoria, trabalho em equipe é primordial e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras
pessoas a fazerem o mesmo.

3.2.6. O corporativo
É o intraempreendedor, ou seja, o funcionário que empreende novos projetos na empresa
que trabalha. “O dilema das empresas hoje é aumentar a quantidade de pessoas com esse perfil”,
explica. Seu principal objetivo é crescer na carreira, com promoções e bônus.

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3.2.7. O público
O empreendedor público é uma variação do corporativo para o setor governamental.
Ainda existem muitos funcionários públicos preocupados em utilizar melhor recursos e inovar
nos serviços básicos. Sua motivação está ligada ao fato de conseguir provar que seu trabalho é
nobre e tem valor para a sociedade.

3.2.8. O do conhecimento
Este empreendedor usa um profundo conhecimento em determinada área para conseguir
faturar. É como um atleta que se prepara e ganha medalhas importantes. “Eles sabem capitalizar
para empreender e fazer acontecer, como escritores e artistas”. Eles buscam realização profissional
e reconhecimento com isso.

3.2.9. O do negócio próprio


Este é o mais comum e costuma abrir um negócio próprio por estilo de vida ou porque

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pensa grande. “Este é o mais se aproxima do visionário”, define Dornelas. Dentro deste perfil,
encontramos subtipos: o empreendedor nato, o serial e o “normal”.
O empreendedor nato costuma ser tido como genial, com trajetória de negócio exemplar,
como Bill Gates. Já o serial é aquele que cria negócios em sequência. Ele não se apaixona pela
empresa em si, mas pelo ato de empreender. Por fim, o “normal” é o empreendedor que planeja
para minimizar os riscos e segue o plano estabelecido. No fundo, todos procuram satisfação
pessoal, autonomia financeira e querem deixar um legado.

3.3. Startups
O termo startup, segundo SEBRAE (2017), é um grupo de pessoas na qual começa um
empreendimento com uma ideia inovadora. Pode ser considerado um sinônimo de por uma
empresa em funcionamento, inseri-la no mercado.
Ao montar uma startup, o empreendedor irá encontrar um cenário cheio de incertezas,
uma vez que não existe formas de provar que a ideia irá se concretizar e dar certo no mercado,
exceto se provar serem sustentáveis (SEBRAE, 2017).
“As empresas na atualidade não estão habituadas a abordar novas ideias, pois acabam
restringindo-as aos modelos de negócios já existente pelo fato de que os modelos tradicionais
são incrementais, previsíveis e fáceis de serem copiados, ao contrário de novas ideias que geram
incertezas” (BROWN, 2010, s.p.).
Segundo Torres (2012), startup é uma organização focada no produto e/ou serviço
oferecido, afim de criar uma solução para o problema decorrente de um grupo de pessoas.
De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em 2018, o número de
startups registradas dobrou, se comparado com 2012. Atualmente no Brasil, são em média 6 mil
startups e estima-se que esse número cresça entre 10 a 15 mil startups nos próximos anos.
No segundo semestre de 2018, a Revista Exame fez um levantamento onde acredita-se que
as principais startups brasileiras são: Nubank, Creditas, Guia Bolso, Docket, Stone Pagamentos,
Quinto Anadar, Carga X, Loggi, Sky.One Cloud Solutions e Hotmart.

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Segundo o Sebrae Nacional (2016), o Co-working é uma excelente opção para quem
está iniciando seus negócios e poderá se beneficiar do networking oferecido nessas formas
organizações onde várias empresas “habitam” o mesmo espaço físico. Os espaços de tentam
atender justamente a essa demanda: empreendedores e profissionais autônomos iniciando suas
empresas, sem muita previsão de quantas pessoas ou qual espaço precisarão nos primeiros meses
ou anos. Todos trabalham em uma mesma área – ou várias áreas conjugadas – dividindo custos
de um local que traz não só facilidades e serviços, mas também a chance de conhecer pessoas
similares e fazer negócios internamente.
Conforme o SEBRAE Nacional (2016), o Meetup, encontro informal que as pessoas
conversam em pé facilitando a circulação e o networking. A ideia vem do Vale do Silício, em que
eventos como esse são tão comuns quanto um happy hour. É comum um ver workshops realizados
em casas noturnas, quando acabam as palestras como o happy hour e um clima mais descontraído
abre possibilidades de interações menos formalizadas entre os participantes.

4 - E-COMMERCE E SEUS BENEFÍCIOS PARA O MUNDO

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


DIGITAL

4.1 O que é e-commerce?


O comércio eletrônico através da internet é o ramo de atividade econômica que
mais cresce no mundo. As jovens empresas que ingressam no comércio on-line
têm atraído o maior número de investidores do mercado de ação, aumentando o
valor de mercado de forma alucinante (FAGUNDES, 2009, s.p.)

Para Fagundes (2009), é no comércio eletrônico, denominado de e-commerce, que


ocorrem as negociações pela internet e também acaba ajudando empresas a melhorar seus
negócios. Por ser rápido e de fácil acesso, é vista como algo positivo para o mundo digital.

4.2 Tipos de E-commerce


As transações realizadas no comércio on-line são divididas em quatro tipos, sendo: B2B,
B2C, C2C, B2G; onde:

4.2.1. B2B
Denominado de Business-to-Business, são transações feitas de uma empresa para outra,
com o propósito de manter relações com fornecedores, trocar dados, investir em novos parceiros,
etc.
De acordo com a Revista online Administradores, as transações realizadas no B2B são:
• Transformação: Indústria compra produtos de outras indústrias para auxiliar nos
processos de produção.

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• Revenda: Indústria vende para um distribuidor, distribuidor vende para lojas.

• Consumo: Empresas comprando produtos de consumo de outras empresas, tais como


sulfite, canetas, etc.

Nas transações do tipo B2B, o pagamento é feito por boleto faturado na maioria dos
casos, ou quando em menor volume de mercadoria é permitido realizar o pagamento por boleto
à vista ou cartão de crédito.
Um ótimo exemplo seria o mercado informático, em que além de vender peças e aparelhos
para o cliente final, vende também para empresas e afins. Uma empresa conhecida por utilizar
esses meios é a Dell.

4.2.2. B2C
São transações decorrentes de uma empresa para o consumidor, por isso, o nome,
Bussiness-to-Consumer. Nessas transações, o pagamento geralmente é feito com cartões de crédito
ou débito, boleto bancário, PayPal, PagSeguro, Mercado Pago e Bcash.
A Revista online Adminstradores constatou que as principais atividades feita pelo B2C

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


são: determinada loja vendendo produtos eletrodomésticos, vestuário, passagens aéreas, viagens,
etc., para o consumidor final. Indústria vende para um profissional liberal ou direto para o cliente
final.
Submarino, Americanas, Amazon são alguns exemplos de sites que utilizam do B2C.
Além das lojas fisícas como por exemplo, o Ponto Frio, Casas Bahia etc.

4.2.3. C2C
Conhecido também como Consumer-to-Consumer, esse modelo de transação ocorre
entre pessoas físicas, não envolvendo uma empresa. Esse tipo de transação vem tomando grandes
proporções, segundo o site E-commerce News, o líder de vendas de C2C é o Mercado Livre.
É feito por meio de uma plataforma eletrônica na internet, onde tanto o comprador como o
vendedor são cadastrados em um sistema. O pagamento pode ser feito através de um sistema
denominado de “mercado pago”, onde o comprador deposita o dinheiro e o vendedor só recebe
depois do recebimento do produto. Além do Mercado Livre, outro exemplo que se assemelha é o
Enjoei e o Ebay.

4.2.4. B2G
Remete a uma transação on-line feita entre uma determinada empresa o governo, por
esse motivo denomina-se de Bussiness-to-Governamet. Nessa classificação, o governo utiliza-se
de notas fiscais eletrônicas.
O B2G contribuiu para facilitar processos que antes eram demorados e mostrá-los com
transparência. Logo depois, surgiu a melhora na eficácia dos setores públicos e a padronização de
contratos, documentos e produtos.
Segundo Revista online BrazilLAB, a Nova Zelândia e o estado do Colorad (EUA) são
excelentes exemplos onde transações de B2G deram certo.

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• Marketplace: De acordo com a Revista online E-commerce Brasil, o marketplace chegou


no Brasil, em 2012, sendo considerado um shopping center virtual e mais vantajoso para o cliente,
uma vez que agloba diferentes marcas em um único lugar. Um bom exemplo de Marketplaces são:
Americanas, Walmart, Mercado Livre, OLX, etc.
Entre as vantagens do Marketplace está uma maior visibilidade dos produtos, o que
contribui para clientes mais fiéis. Outra vantagem é a questão de custos e retornos, ou seja,
quando investido no marketing, tecnologias e mídias, o retorno de lucros é ainda maior. O
marketplace contribui para o aumento das vendas, sendo uma excelente oportunidade para as
lojas exporem seus produtos. Uma vantagem essencial é o SEO (Search Engine Optimization)
que dará uma referência a sua loja, aumentará os acessos e as vendas diretas. Além de atingir
diferentes públicos, o marketplace possibilitará um aumento do negócio, tendo novas metas
para serem atingidas.
A principal desvantagem, nesse tipo de negócio, é que uma vez encerrado, marcas e lojas
perdem seu lugar de venda, além de afetar diretamente a imagem das mesmas.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


Podemos considerar um outro tipo de E-commerce, que é pouco mencionado pela
literatura, mas que vem aumentando o número de usuários. Trata-se da relação
entre contribuintes/cidadãos e governo, abreviada com G2C. São fornecimentos
de guias, impostos, taxas, licitações, pregões, etc.

4.3. Vantagens
Segundo a Revista On-line B2W Services, o e-commerce vem se expandindo e atraindo
cada vez mais os diferentes públicos. Além de ser um meio rápido e de fácil acesso, traz inúmeras
vantagens para o consumidor e até o próprio empreendedor, como: baixo custo, comércios 24
horas, alcance de maior cliente, divulgação – em que:

• Baixo Custos: Entre uma loja física e uma virtual existe uma diferença de preço bastante
significativa. Essa distinção ocorre devido a taxas que uma loja física tem de arcar, diferentemente
da loja virtual, uma vez que o custo de manutenção mensal ou anual do site é baixíssimo.

• Comércio 24 horas: Sendo essa a principal vantagem para o consumidor e para os


registrados a qualquer hora e a qualquer dia.

• Alcance maior de clientes: Por ser on-line, alcance de consumidores é maior, uma vez
que é possível atingir cidades, estados e até mesmo países diferentes.

• Divulgação: Com o Facebook, Twitter, Instagram e seus inúmeros usuários, é possível


fazer uma divulgação de qualidade, rápida e fácil, atingindo os mais diferentes públicos.

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A logística em negócios digitais é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento.


Dimensionar corretamente os investimentos para a logística pode ser a diferença entre uma
campanha de marketing bem-sucedida ou fracasso. No começo dos anos 2000, uma grande
empresa do setor de e-commerce, a B2W super, dimensionou suas vendas e teve muitos problemas
na entrega,

Segundo o Sebrae Nacional (2017), as etapas do processo logístico são:

1 - Preparação do pedido
O comprador precisa localizar e identificar a mercadoria, obter as informações
necessárias para tomar a decisão de compra, autorizar a transação financeira e
transmitir o seu pedido para o site.
2 - Processamento do pedido
A partir do pedido efetuado pelo cliente, cabe ao site e às entidades envolvidas no
processo, como as administradoras de cartão de crédito e empresas antifraude, analisar
os dados, processar e validar o pedido. O pedido válido e sem risco de fraude segue para
o financeiro.
3 – Confirmação do pedido

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


Implica na confirmação da transação financeira, separação da mercadoria – ou sua
encomenda junto ao fornecedor – embalagem, emissão da documentação fiscal e
entrega ao transportador. O tempo de entrega é contado a partir desse momento.
4 – Entrega
Corresponde ao envio da mercadoria ao destinatário. Pode ser oferecida ao comprador
a possibilidade de rastreamento das mercadorias após a entrega delas ao transportador.
Tabela 1 – Processo logístico. Fonte: SEBRAE Nacional (2017).

O Sebrae Nacional (2017) também levanta uma série de questões que precisam ser
administradas:

4.3.1. Questões de logística - o sucesso de uma loja virtual depende


de uma excelente logística
• O e-commerce exige cuidados específicos em relação às entregas, aos prazos e ao
relacionamento com o cliente. Conheça as quatro etapas principais de uma venda.

• A logística é um ponto-chave para o sucesso do seu comércio eletrônico. Conheça


cuidados específicos em relação às entregas e ao relacionamento com o cliente, antes, durante e
no pós-venda.

• Veja dicas para o sucesso das entregas no e-commerce.

• De modo criativo, você pode estreitar os laços com o cliente de sua loja virtual. Detalhes
e cuidados com a podem contribuir para a fidelização.

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4.3.2. Depois da compra


Entenda o que é a gestão de retaguarda (backoffice) e saiba como administrar os processos
depois que a compra é feita pelo cliente.
Conheça formas de rastrear os produtos do momento em que são selecionados até a
entrega ao destinatário.

4.3.3. Os problemas da logística reversa e suas causas


É importante saber diagnosticar o motivo da devolução de produtos para tratar o assunto
no detalhe. Uma estrutura eficiente de serviço de atendimento é necessária para rapidamente
conduzir essas ocorrências.

4.3.4. O custo da devolução de produtos


Os gastos com retorno de produtos chegam a 5% do faturamento da empresa. Estar
atento à logística reversa é fundamental para reverter esse quadro.

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4.3.5. O Código de Defesa do Consumidor e a logística reversa
Em caso de desistência ou troca por defeito do produto a loja virtual deverá arcar com
todos os custos de envio.

4.3.6. E-commerce de móveis e a entrega de produtos desmontados


Com medidas simples e muita informação é possível superar a insegurança de
consumidores interessados em comprar móveis em lojas virtuais.

4.4 Como é visto no Brasil?


De acordo com Dailton Felipini (2012), o e-commerce no Brasil tem tomado uma grande
proporção e com resultados positivos. Existem registrados hoje mais de trinta milhões de usuários
clientes do comércio eletrônico.
A Revista On-line Projetual registrou que em 2017, o e-commerce brasileiro faturou cerca
de R$60 bilhões de reais e estima-se que até o fim de 2018 será registrado mais de R$69 bilhões
de reais. Um dos principais motivos para esse aumento, são os smartphones, uma vez que acaba
se tornando possível fazer compras e pagá-las sem sair de casa.
A PayPal/lpsos concluiu que em 2019 o aumento deve ser entorno de 35% nas vendas on-
line, registrando um faturamento de R$103 bilhões entre 2019 e 2020.

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4.5 Segurança e pagamento


Na expectativa de facilitar e manter a segurança nas transações on-line, foram desenvolvidos
certos serviços, como E-NF (Nota Fiscal Eletrônica) e E-Boleto (Boleto Eletrônico):

• E-NF: É um sistema obrigatório para as empresas que optam pelo e-commerce. Dessa
forma, esse sistema de nota fiscal contribui na hora de fiscalizar a empresa e evitar sonegação de
impostos.
• E-Boleto: Esse meio foi desenvolvido para substituir os boletos em papéis. Em 2009,
passaram a serem pagos e consultados pela internet. O principal objetivo de inserir esse sistema
no meio digital é evitar fraudes e diminuir os gatos com papéis.

Dentre as principais formas de pagamento, o empreendedor pode escolher por uma forma
própria, que implica na contratação de serviços, como: transação financeira (boletos bancários
e cartões de crédito e/ou débito), gestão de riscos (responsável por avaliar a autenticidade da
compra) e a garantia da segurança (certificados e selos de segurança). É um modelo mais barato.
Na opção contratada, o empreendedor acaba se envolvendo mais com o produto e a
logística. Existe dois modelos:

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• Intermediadores: Contrata-se uma empresa para realizar todo o processo das transações,
mas em outro site. É terceirizada.

• Transparente ou White Label: a transação ocorre dentro do próprio site, sem deixar
explícito para o consumidor a intervenção de outra empresa na hora da transação.

Para atrair um cliente, é preciso passar segurança, já que alguns anos atrás a preferência
era por lojas físicas. “A venda pessoal é a apresentação feita pela força de vendas da empresa
com o propósito de efetuar vendas e desenvolver relacionamentos com os clientes” (KOTLER E
ARMSTRONG, 2003, p. 363).
Devido a um receio do novo, as compras não tinham uma grande proporção, uma vez
que os consumidores preferiam um atendimento que passasse segurança ao adquirir o produto.
Assim foram implantados meios de segurança que permitisse o e-commerce a crescer. Dos
meios implantados foram: boa opção de pagamento, selos de segurança dados por empresas
especializadas na área, certificado de segurança como SSL (Secure Sockets Layer), scanner de
vulnerabilidade e manter os dados na Nuvem.
Além desses meios, a empresa deve ser responsável por transmitir confidencialidade,
integridade e disponibilidade para o seu público. Existem ambientes como a maior Comunidade
de compra e venda (marketplace) online da América Latina, o Mercado Livre, que oferece uma
série de garantias financeiras pra compradores e vendedores grandes e individuais.

4.6 Serviços Online


De acordo com o site Contabilizei (2018), os serviços online podem facilitar as finanças
de uma empresa, mas nem sempre são confiáveis por compartilhar dados pessoais e internos.
Passados 20 anos, hoje é possível ver serviços cem por cento online e é considerado um caminho
sem volta para muitas empresas.

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Para Rodrigo Quinalha, especalista em negócios e tecnologia da informação, é mais


seguro compartilhar dados com serviços online, uma vez que são criptografados pela Nuvem
do que guardá-los de forma escrita e em lugares que podem vir a ser acessíveis. Ao aderir esses
serviços, os custos podem ser reduzidos, além de ser um meio mais seguro.
O Simplic (Serviço de Correspondência Bancário LTDA) levantou, em 2016, que os
serviços online oferecem diversas vantagens ao consumidor, sendo elas adquirir produtos sem sai
de casa e enfrentar filas, menos burocracia, tempo para comparar preços e produtos em diferentes
sites e mais segurança. Atualmente, o Whatsapp, a Uber e a Netflix são os três serviços mais
utilizados pelos consumidores.

Segundo estatísticas do Google (https://trends.google.com.br/trends/yis/2018/


BR/) os tópicos nas buscas que estiveram mais em alta no ano de 2018 foram:

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Buscas

• Copa do Mundo
•Big Brother Brasil
• Eleições 2018
• Jair Bolsonaro
• Horário de Brasília

Por quê?

• Por que a guerra na Síria?


• Por que votar no Bolsonaro?
• Por que ou porque?
• Por que não pode comer carne na Sexta-feira Santa?
• Por que Ibrahimovic não foi convocado?

Séries

• La Casa de Papel
• Elite
• Riverdale
• Lucifer
• The 100

Esportistas

• Kylian Mbappé
• Philippe Coutinho
• Henrique Dourado
• Mohamed Salah
• João Miranda

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Virou meme

• Que Tiro Foi Esse


• Fábio Assunção
• É verdade esse bilhete
• Jair Bolsonaro
• Neymar Jr.

Como fazer?

• Como fazer slime?


• Como fazer figurinhas no WhatsApp?
• Como fazer gasolina?
• Como fazer crepioca?
• Como fazer perguntas no Instagram?

Acontecimentos

• Copa do Mundo

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• Eleições 2018
• Greve dos caminhoneiros
• Copa São Paulo de Futebol Júnior 2018
• Campeonato Brasileiro

Programas de TV e novelas

• Big Brother Brasil


• Segundo Sol
• O Outro Lado do Paraíso
• Deus Salve o Rei
• A Fazenda

Times da série A

• Flamengo
• Palmeiras
•Corinthians
• São Paulo
• Grêmio

Filmes

• A Freira
• Deadpool 2
• Pantera Negra
• Vingadores: Guerra Infinita
• Venom

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O que é?

• O que é fascismo?
• O que é intervenção militar?
• O que é lúpulo?
• O que é Ursal?
• O que é Corpus Christi?

Celebridades

• Sylvester Stallone
• Pabllo Vittar
• MC Loma
• Meghan Markle
• Roger Waters

Tecnologia

• Motorola One

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• iPhone X
• Zenfone 5
• Moto G6
• Moto G5

Mortes

• Stan Lee
• Avicii
• Mr. Catra
• XXXTentacion
• Marielle Franco

Músicas (Letras)

• Era uma Vez


• Que Tiro Foi Esse
• Dona Maria
• Vai Malandra
• O Sol

Observando as estatísticas de buscas da população será que a gente consegue compor


um perfil do brasileiro típico?

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que por ser baseada na inovação de ideias, para adentrar ao mercado digital, o
empreendedorismo precisa de elementos fundamentais para que obtenha uma melhor aceitação.
Ao ter a visão de uma oportunidade, é necessário o auxílio de um plano de ação estratégico
para colocar a ideia serviço e/ou produto oferecido em prática. Antes de inseri-la totalmente
no mercado, é utilizado ferramentas como o brainstorming para analisar o desenvolvimento e a
concorrência da empresa.
Definido como “público de interesse”, os stakeholders ajudam no desenvolvimento
empresarial da organização, aumentando a visibilidade e atraindo novos públicos interessados. A
cultura, no meio do empreendedorismo digital, é formada com a união dos stakeholders, que com
suas tradições e crenças diferentes atribui a organização um valor que influencia a credibilidade
do serviço e/ou produto oferecido.
Devido ao aumento de oportunidades dentro da internet, o empreendedorismo digital
toma força, uma vez que as vantagens no meio virtual são maiores, visto como algo positivo para
o empreendedor. Atualmente, existe inúmeros modelos de empreender, mas sendo os principais
as startups e o e-commerce.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 2


O desenvolvimento do negócio depende da criação de um plano de negócio digital para
que possa prevenir possíveis problemas e já formar uma solução adequada e eficaz para cada tipo
no futuro. Essas ações são realizadas conforme o modelo de plano de negócio de Melo (2013).
Por fim, por ser um projeto que possui inúmeras vantagens, contribui para o trabalho
autônomo e a diminuição de pessoas desempregadas, podendo render lucros significativos,
se bem administrados. Também vantajoso para o consumidor, que pode aderir produtos e/ou
serviços sem sair do conforto de sua casa, a qualquer hora e sem enfrentar enormes filas.

SEBRAE-SP. Empreendedorismo digital. s/d. Disponível em: http://www.


b l i b i o t e c a . s e b ra e . c o m . b r / c h ro n u s / A R Q U I V O S _ C H R O N U S / b d s / b d s .
nsf/47D4BCB49B5EE0CB8325768F006C7FE0/%24File/NT00042F1A.pdf
Acesso em: 5. Jan. 2019
Este ebook traz um conteúdo importante para quem quer fazer negócios online.
28 páginas com linguagem clara. O Sebrae é especialista em micro e pequenas
empresas e produz materiais e atividades de qualidade para seu público-alvo.

Série - 10 dicas para e-commerce. Pode ser assistido em : http://www.sebrae.com.


br/sites/PortalSebrae/Busca?q=10%20dicas%20para%20e-commerce.
Este traz dicas importantes para quem quer fazer negócios utilizando a internet.
Vale assistir a série inteira.

WWW.UNINGA.BR 37
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

03
DISCIPLINA:
GESTÃO DE NEGÓCIOS
DIGITAIS

COMUNICAÇÃO DIGITAL

PROF. ME. PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................40
1 - PROCESSO DE COMUNICAÇÃO.......................................................................................................................... 41
2 - GESTÃO DA COMUNICAÇÃO DE MARKETING.................................................................................................. 42
2.1. IDENTIFICAÇÃO DO PÚBLICO-ALVO................................................................................................................. 42
2.2. DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOS...................................................................................................................... 45
2.2. DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOS...................................................................................................................... 45
2.3. ESTABELECENDO O ORÇAMENTO................................................................................................................... 46
2.4. ELABORAÇÃO DA MENSAGEM......................................................................................................................... 47
2.5. MÍDIAS E TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO – COMPOSTO DE COMUNICAÇÃO............................................. 47
3 - INVESTIMENTOS EM MÍDIA VIA AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE POR MEIO (JAN-DEZ/2017) NACIONAL 50

WWW.UNINGA.BR 38
3.1. PUBLICADO EM AGOSTO/2018.........................................................................................................................50
4 - TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO...........................................................................................................................50
5 - IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO ...................................................................................................................... 57
6 - QUESTÕES LEGAIS E ÉTICAS NA COMUNICAÇÃO DE MARKETING DIGITAL............................................... 58
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................................... 59

WWW.UNINGA.BR 39
ENSINO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO
A comunicação evoluiu junto com os seres humanos, desde os primeiros grunhidos até o
uso do aplicativo Whatsapp, nossa espécie promove inovações tecnológicas. Há milhares de anos,
essa capacidade de transformação e adaptação no planeta Terra nos eleva à espécie animal mais
competitiva entre todas outras.
A convivência em grupos e linguagem falada e escrita foram grandes propulsores da
evolução comunicacional. À medida que a civilização progredia, a comunicação evoluía,
causando muitas transformações ao longo da história humana. Poder codificar e registrar dados
e informações ampliaram nossas capacidades cognitiva e criativa. Cultura e conhecimentos
começaram a progredir geometricamente de uma geração para outra. Foram grandes saltos
quantitativos e qualitativos na comunicação, provocando revoluções em determinados períodos
da história da humanidade, como na invenção da prensa de Gutenberg D’Ávila, que multiplicou
o acesso a informações que ficavam retidas em um ou dois exemplares de livros e pouquíssimos
leitores.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 3


O processo de digitalização do ser humano, provavelmente, teve início com a fabricação
de utensílios, ferramentas e armas. As artes rupestres, há mais de 50 mil anos, registram pinturas
e desenhos de coisas e pessoas daquele cotidiano. Os primeiros registros revelaram caçadas,
animais, pessoas, partos, guerras enfim coisas reais. Nos últimos 40 mil anos, surgiram registros
de símbolos surreais, como estátuas de entidades com corpo de humano e cabeça de felino ou
outros animais. Nesse período, arte, religião, ciências começam aflorar nas sociedades tribais,
gerando maior capacidade de raciocínio abstrato e linguagem com registros físicos em paredes
de cavernas, pedras e madeira.
O significado da palavra digital a princípio remete aos dedos, portanto digitalizar pode
ser entendido como a capacidade de utilizar os dedos para transformar a ideia/ visão de coisas,
animais, pessoas ou situações em símbolos registrados através de pinturas, gravuras, esculturas
e entalhes. Por exemplo, os primeiros registros de escrita vieram de pastores que contavam seu
gado para fins de subsistência e comércio. Líderes políticos e religiosos também foram pioneiros
nesses registros. A escrita foi a base de todas civilizações, os registros começaram físicos com
utilização de facas ou objetos pontiagudos sobre superfícies de madeira ou pedra. Da madeira e
outros vegetais surgiu o papel, que até hoje é consumido em escala global para comunicar dados
e informações, porém, sua curva de utilização está descendente há algumas décadas, desde a
revolução eletrônica. Isso não quer dizer que tal material será plenamente substituído por meios
eletrônicos, mas sofrerá adaptações sob essa nova situação tecnológica.
As inovações eletrônicas surgidas no século XX provocaram mais uma revolução na
comunicação. Ao longo do século passado, as pessoas conheceram e tiveram acesso a informações
através da comunicação de massa, via imprensa, telégrafo, fotografia, cinema, rádio e televisão,
contudo de uma maneira muito unilateral, sem interatividade naqueles canais de comunicação.
No final da segunda metade do século XX, a comunicação de massa tornou-se mais democrática
com a internet, pois pessoas comuns com aparelhos eletrônicos pessoais se tornaram capazes de
produzir e transmitir conteúdo digital na WEB e não apenas assistir ou ouvir, como acontecia
com a maior parte dos meios de comunicação anteriores. Para muitos especialistas e teóricos,
revoluções, nos campos da informação e da comunicação, continuarão a acontecer durante do
século XXI.

WWW.UNINGA.BR 40
ENSINO A DISTÂNCIA

Figura 1 - Insetos utilizam o mesmo protocolo de transmissão de dados usado pelas redes de computadores. Fon-
te: Caimi (2014).

1 - PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Comunicação vem do latim communis, que remete a comum, comunhão, comunidade.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 3


O processo de comunicação consiste na propagação de uma mensagem através de um meio,
gerada e codificada por um emissor e recebida e decodificada por um receptor. De acordo com
Bordenave (2017), o ser humano constrói a si mesmo através das comunicações que estabelece
em seu meio-ambiente, portanto não existe sociedade sem comunicação e vice-versa.
Bordenave (2017) afirma que as linguagens utilizadas pelos seres humanos são: (i) oral;
(ii) gestual; (iii) pictograma; (iv) ideograma; e (v) letras. Segundo o autor, os meios, também
denominados mídias, utilizados para propagar informações, além do próprio corpo humano,
são: (i) impressos, (ii) elétricos e (iii) eletrônicos.
De acordo com Jakobson (1970) e Chruchill (2013), o ato de comunicação é composto
por seis elementos: (i) emissor (ou remetente); (ii) receptor (ou destinatário); (iii) mensagem; (iv)
contexto (ou referente); (v) código e (vi) canal.
Essa comunicação envolve um processo longo e detalhado. O primeiro passo começa
com a fonte, que é quem irá transmitir a mensagem. Essa fonte define a mensagem que será
transmitida e a codifica em símbolos. Esses símbolos podem ser imagens ou palavras.
Essa mensagem já codificada é transmitida através de um ou mais meios de comunicação.
A mensagem é destinada ao receptor, que pode se uma pessoa ou um grupo. Em seguida, o
receptor decodifica a mensagem, que é um processo de conversão dos símbolos da mensagem em
imagens ou palavras, necessários para sua compreensão, e interpreta o significado.
Se a mensagem não consegue ser traduzida pelo receptor, para que este compreenda seu
significado, então houve um ruído na mensagem. Um ruído pode ser um som físico na mensagem,
um erro de impressão ou pronuncia, etc. Esses ruídos atrapalham a compreensão da mensagem,
comprometendo a qualidade da comunicação.
Após a compreensão, o receptor responde à mensagem. Essa resposta é chamada
de feedback, que reinicia o processo de comunicação, onde o emissor se torna o receptor, e o
receptor se torna o emissor. Essa resposta pode ocorrer quando num processo de compra, onde
o consumidor pode solicitar mais informações a respeito do produto para o vendedor, ou se
satisfazer com a imagem e solução transmitida pela empresa.
Uma falha no processo de comunicação pode causar conflito entre a organização e
seus públicos. Eles codificam a mensagem esperando que seus públicos consigam decodificar
corretamente, e ainda devolver um feedback positivo.

WWW.UNINGA.BR 41
ENSINO A DISTÂNCIA

Kotler (2018) adaptou os seis elementos propostos por Jakobson (1970), conforme
mostra a figura 1. Para Kotler (2018), a comunicação eficaz acontece quando todos os elementos
do processo são adequados ao emissor e receptor. Dessa forma, qualquer comunicação deve
transmitir claramente o significado pretendido e permitir que o processo seja contínuo.

Figura 2 – O processo de comunicação. Fonte: Kotler (2018).

2 - GESTÃO DA COMUNICAÇÃO DE MARKETING

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 3


Ao longo dos seus mais de 100 anos de existência, a Administração moderna de organizações
empresariais e governamentais pesquisou, planejou, executou e avaliou as revoluções tecnológicas
nesse período, inclusive de comunicação social. Administrar os recursos comunicacionais é
essencial e estratégico para organizações de todos os tipos, pois não há empresas sem clientes,
governo sem contribuintes ou Ongs sem público-alvo. Saber comunicar-se no mercado não é um
diferencial, mas uma necessidade básica de qualquer pessoa jurídica.
A importância da comunicação de marketing se revela sob vários aspectos. Do ponto
de vista das organizações, a comunicação é necessária para fazer conhecer seus produtos e/
ou serviços, criar um clima de simpatia e cordialidade, oferecer novas alternativas, persuadir,
comercializar produtos e/ou serviços e construir um relacionamento de longo prazo com seus
consumidores. Do ponto de vista dos consumidores, a comunicação fornece informações para a
tomada de decisão de compra de produtos e/ou serviços que satisfarão suas necessidades. Através
da comunicação, o consumidor pode comparar várias alternativas.
Existe um modelo com seis etapas para se desenvolver a comunicação de marketing
digital, baseado em Shimp (2002), Churchill (2013), Kotler (2018):

2.1. Identificação do público-alvo


Segundo Churchill (2013), Shimp (2002) e Kotler (2018), a primeira etapa ao se planejar
uma comunicação eficaz é determinar a quem se pretende comunicar. Kotler (2018) enfatiza que
durante a identificação dos consumidores é necessário medir suas percepções sobre aquilo que se
deseja comunicar e mercadizar. Para se identificar o público-alvo, os autores apontam técnicas de
segmentação por faixa etária, grau de escolaridade, endereço, estilo de vida, etc. Amaral (2008)
revela que a Netnografia, pesquisas sobre características individuais e de grupos de pessoas na
internet, é uma importante ferramenta no estudo de públicos-alvo na WEB, contudo pontua
que se trata de uma parte das características de uma pessoa ou um público, pois há a outra parte
offline que também precisa ser estudada.

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Para as empresas, as características que mais interessam são relativas ao comportamento


de compra das pessoas ou públicos. Engel (2005) afirma que a importância da comunicação de
marketing é significativa na influência das atitudes e do comportamento dos consumidores.
Segundo os autores, as reações dos consumidores dependem da maneira como as informações
contidas na comunicação de marketing são processadas.
Kotler (2018) afirma que há três estágios de resposta dos consumidores à comunicação
de marketing: (i) cognitivo, (ii) afetivo e (iii) comportamental. O autor explica que o primeiro se
refere ao momento em que o consumidor passa a conhecer aquilo (produto, serviço, marca, etc.)
que se comunica. O segundo, ainda conforme o autor, é relacionado ao afeto que o consumidor
passa a sentir pelo que se comunica. E o terceiro o consumidor, já ciente e afeto ao que se comunica,
realiza a compra.
A resposta cognitiva é o conjunto de informações e de conhecimentos que o consumidor
adquiri e que influenciam a interpretação e a resposta deles referente a mensagem. O resultado
das informações adquiridas é chamado de percepção, que é um processo de interpretação das
informações individualmente. O objetivo principal da comunicação de marketing e ultrapassar
a barreira que pode existir no consumidor, decorrente pela falta de interesse ou saturação do
mercado.
Um tipo de resposta cognitiva é a lembrança da marca. Ela é a consciência que o
consumidor tem de que existe um produto ou marca, e o que ajuda ele a decidir ou não sobre

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seu consumo. A lembrança da marca pode ser realizada através de duas medidas. Uma é a share
of mind, ou quanto cada consumidor lembra da marca. A outra é o top of mind, que é a primeira
marca que o consumidor lembra ao ser questionado quanto a um produto.
Um outro tipo de resposta cognitiva é a recordação da propaganda, que ocorre quando
é lembrada a mensagem de comunicação do produto, assim como seus benefícios. Um modo de
medir o posicionamento da marca na mente do consumidor é através do mapa perceptivo, que é
a distinção ocorrida entre as marcas de acordo com seus benefícios
Para Kotler (2018), a resposta afetiva está diretamente relacionada com a atitude e
os sentimentos dos consumidores. Atitude é o processo mental que uma pessoa usa para seu
comportamento futuro de acordo com os sentimentos e percepções
A resposta comportamental é a união de comportamento e ações de consumidores
decorrentes dos estímulos de marketing. Um método simples de medir a resposta comportamental
e através da quantidade de vendas e a participação de mercado obtida pelo produto, e a mais
importante a fidelidade a marca.
Os estímulos produzidos pela comunicação de marketing não são os únicos a influenciar
o comportamento dos consumidores. Há uma série de outros estímulos, como étnicos, culturais
e sociais. Portanto, Engel (2005) afirma que após o processamento dos estímulos gerados a partir
da comunicação de marketing, ou de outros que possam influenciar os consumidores, se inicia o
processo decisório de compra.

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De acordo com Engel (2005), o processo decisório de compra é composto por seis etapas:
reconhecimento de necessidade; busca; avaliação de alternativa e pré-compra; compra; consumo;
e avaliação pós-consumo. A seguir, definições de cada uma das etapas de Engel (2005):

• Reconhecimento da necessidade:
“[...] a percepção de uma diferença entre o estado desejado de coisas e a situação real
que seja suficiente para despertar e ativar o processo decisório” (p. 115). O reconhecimento
de necessidade nem sempre é ativado. É necessário que seja importante e que esteja dentro da
realidade do poder aquisitivo.
Antes de reconhecer uma necessidade, ela precisa ser ativada e, para tanto, vários fatores
podem influenciar, como o tempo, a mudança de circunstâncias, aquisição de um novo produto,
consumo de produto, diferenças individuais e influências de marketing. O reconhecimento de
uma necessidade pode ter caráter genérico ou seletivo. Para genérico pode-se pensar em calçados
e para seletivo a marca Samello, por exemplo.

• Busca:
“[...] a ativação motivada de conhecimento armazenado na memória ou aquisição de
informação do ambiente” (p. 115) Essa etapa pode ser de natureza interna ou externa. A busca
interna consiste nas lembranças armazenadas na memória do consumidor. Experiências passadas

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com o produto ou serviço, comunicação de marketing, conversas com amigos, etc, compõem o
quadro de informações que a memória do consumidor pode armazenar. Se o consumidor possuir
um nível elevado de informações não será necessária a busca externa. Caso o consumidor não se
julgue informado o suficiente para continuar o processo decisório, ele sempre pode apelar para
novas fontes de informações.

• Avaliação de alternativa pré-compra


“[...] o processo pelo qual uma alternativa de escolha é avaliada e selecionada pra atender as
necessidades do consumidor” (p. 135). Esta etapa e a anterior estão bastante interligadas durante
a tomada de decisão. Da mesma maneira que a busca, esta etapa varia conforme a complexidade,
ou seja, se os consumidores estão diante de uma compra habitual ou ampliada.
Esta etapa possui vários componentes, como os critérios de avaliação que compreende
o preço, a marca, país de origem, etc., e cada um desses critérios possui uma saliência própria,
isto é, importância relativa. Dentre as várias alternativas, o consumidor deve determinar quais
as mais relevantes para a satisfazer sua necessidade. O resultado dessa escolha é chamado de
conjunto de considerações. Em seguida o consumidor deve avaliar as opções de seu conjunto de
considerações. Para isso ele pode fazer o uso de cortes ou de sinais.

• Compra
Esta etapa compreende cinco principais decisões: comprar ou não; quando comprar; o
que comprar; onde comprar; e como pagar. Frequentemente, as compras são planejadas. Contudo,
existe as compras não-planejadas ou por impulso.
As compras podem ser feitas no ponto de venda ou em casa. Existe uma grande gama
de formas de distribuição de bens e serviços, cada qual com suas características, vantagens e
desvantagens.

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• Consumo
Entre as mais recentes etapas incorporadas ao processo decisório, o consumo é recorrente
do marketing individualizado. A necessidade de se reter os consumidores exige o conhecimento
íntimo de como eles utilizam e avaliam os produtos e serviços escolhidos. Ao se aprofundar nesta
etapa, se investiga os significados diretos e indiretos que os produtos e serviços desenvolvem na
vida do consumidor.

• Avaliação pós-consumo
A avaliação iniciada na terceira etapa é continuada aqui, principalmente se o valor
envolvido for alto. Existem duas formas de resultado dessa avaliação: (i) satisfação; ou insatisfação.
Com a primeira forma, a tendência é de se fidelizar o consumidor. Já a segunda forma, ou
insatisfação, apresenta respostas verbais, particulares e de terceiros. Para minimizar as respostas
de insatisfação existe uma série de atributos e procedimentos que se devem desenvolver.

2.2. Determinação de objetivos


Segundo Shimp (2002), para se avaliar se os objetivos da comunicação estão adequados,

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eles devem incluir informações precisas sobre quem, o que e quando. Além dessas informações,
o autor afirma que os objetivos devem ser claros e mensuráveis. Kotler (2018) lembra que para
estabelecer os objetivos, os gestores devem estar atentos ao ambiente mercadológico e à etapa do
ciclo de vida que o produto, serviço, ideia, etc., se encontra.
Conforme afirma Churchill (2013), os profissionais de marketing utilizam, em geral, a
comunicação para tentar aumentar vendas e lucros ou alcançar outras metas (Quadro 1). Segundo
o autor, ao fazer isso eles informam, persuadem e lembram os consumidores para que comprem
seus produtos e serviços. Churchill (2003); Cobra (2003); Ikeda e Crescitelli (2002); Kotler (2000)
e Grönroos (1993) abordam a comunicação de marketing sob o conceito de integração das ações
de propaganda, venda pessoal, promoção de vendas e publicidade com o objetivo de provocar
maior impacto no processo de comunicação de marketing direcionado aos clientes
Um paradigma importante na gestão das técnicas de produção, edição e divulgação é que
todos os envolvidos com as atividades e negócios das organizações são veiculadores/receptores de
informações, ou seja, todos e tudo que circula informações ou dados tornam-se mídias. Portanto,
é fundamental gerenciar e acompanhar toda e qualquer forma que as informações e dados
circulam. Seja a propaganda na televisão, o atendimento no ponto de venda, os diálogos com os
diversos públicos envolvidos, etc.
Outro paradigma é a relação custo/benefício, ou seja, a eficácia que o composto
comunicacional oferece. Conhecer cada uma das mídias e técnicas da comunicação é fundamental
para obter o máximo de cada uma delas, inclusive as diferentes combinações, entre elas.

2.2. Determinação de objetivos


Segundo Shimp (2002), para se avaliar se os objetivos da comunicação estão adequados,
eles devem incluir informações precisas sobre quem, o que e quando. Além dessas informações,
o autor afirma que os objetivos devem ser claros e mensuráveis. Kotler (2018) lembra que para
estabelecer os objetivos, os gestores devem estar atentos ao ambiente mercadológico e à etapa do
ciclo de vida que o produto, serviço, ideia, etc., se encontra.

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Conforme afirma Churchill (2013), os profissionais de marketing utilizam, em geral, a


comunicação para tentar aumentar vendas e lucros ou alcançar outras metas (Quadro 1). Segundo
o autor, ao fazer isso eles informam, persuadem e lembram os consumidores para que comprem
seus produtos e serviços. Churchill (2003); Cobra (2003); Ikeda e Crescitelli (2002); Kotler (2000)
e Grönroos (1993) abordam a comunicação de marketing sob o conceito de integração das ações
de propaganda, venda pessoal, promoção de vendas e publicidade com o objetivo de provocar
maior impacto no processo de comunicação de marketing direcionado aos clientes
Um paradigma importante na gestão das técnicas de produção, edição e divulgação é que
todos os envolvidos com as atividades e negócios das organizações são veiculadores/receptores de
informações, ou seja, todos e tudo que circula informações ou dados tornam-se mídias. Portanto,
é fundamental gerenciar e acompanhar toda e qualquer forma que as informações e dados
circulam. Seja a propaganda na televisão, o atendimento no ponto de venda, os diálogos com os
diversos públicos envolvidos, etc.
Outro paradigma é a relação custo/benefício, ou seja, a eficácia que o composto
comunicacional oferece. Conhecer cada uma das mídias e técnicas da comunicação é fundamental
para obter o máximo de cada uma delas, inclusive as diferentes combinações, entre elas.

Objetivo estratégica Descrição

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Informar o público sobre produtos, marcas, lojas ou
Criar consciência
organizações.
Formar imagens Criar na mente das pessoas avaliações positivas sobre
positivas produtos, marcas, lojas e organizações.
Identificar possíveis Descobrir nomes, endereços e possíveis necessidades de
clientes compradores potenciais.
Formar
relacionamentos no Aumentar a cooperação entre membros do canal.
canal
Vender Atender e concretizar a venda.
Criar valor para os clientes, satisfazer seus desejos e
Reter clientes
necessidades e conquistar a sua lealdade.
Quadro 1 – Objetivos estratégicos da comunicação de marketing. Fonte: adaptado de Churchill (2013, p. 447).

Basicamente, podemos definir três tipos de objetivos, conforme proposições de Kotler


(2018). Como a resposta a qualquer comunicação passa por três estágios, cognitivo, afetivo e
comportamental, os resultados da comunicação deverão, portanto, ser avaliados sob a perspectiva
de um ou mais estágios.

2.3. Estabelecendo o orçamento


De acordo com Kotler (2018), é um erro considerar a comunicação como um gasto.
Segundo o autor, os resultados da propaganda e outros elementos do composto da comunicação
se perpetuam por tempo indefinido, e considerá-la um investimento é mais adequado. Shimp
(2002) e Kotler (2018) apontam quatro métodos para estabelecer o orçamento. O primeiro é
baseado no percentual de vendas, ou seja, verifica-se o total de vendas passadas ou a previsão de
vendas futuras e determina-se um percentual sobre o valor escolhido. O segundo, por objetivos e
tarefas, é o mais sensível e centrado nos objetivos da propaganda.

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O terceiro, por paridade competitiva, é estabelecido de acordo com os investimentos da


concorrência, a fim de se igualar a ela. Por último, o método de disponibilidade é menos focado
nos objetivos da propaganda, e se estabelece o quanto investir através das sobras de caixa.

2.4. Elaboração da mensagem


Para se elaborar a mensagem, Shimp (2002) aponta uma série de recursos criativos para
sua composição. Esses recursos, também chamados de apelos podem ser classificados, segundo
o autor, da seguinte maneira:

a) Uso de endossantes – ou através do testemunho de celebridades e/ou pessoas comuns


que utilizam o produto, serviço, etc., que esteja sendo anunciado; A internet e comunicação mais
interativa causou um fenômeno mundial onde muitas pessoas comuns se transformaram em
grandes influenciadores digitais através de suas redes sociais eletrônicas. Houve um aumento
expressivo de celebridades instantâneas, porém a maioria com audiência efêmera. Alguns poucos
casos de celebridades que se perpetuam nas redes sociais como a modelo Paris Hilton tem uma
rede digital avaliada em mais de 300 milhões de dólares com seus mais de 10 milhões de seguidores
no Instagram (https://www.instagram.com/parishilton), 17 milhões no Twitter (https://twitter.

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com/parishilton) e 7 milhões no Facebook (https://www.facebook.com/ParisHilton/).

b) Apelo para o medo – explora-se os malefícios de não se adotar o produto, serviço, etc.;

c) Apelo para a culpa – o uso do produto, serviço, etc., anunciado alivia qualquer
sentimento de culpa que possa envolver o consumidor numa situação de risco;

d) Apelo ao sexo – muito utilizado por publicitários, o apelo ao sexo pode ser um chamariz
inicial a propaganda, um reforçador de memorização e um evocador do emocional;

e) Mensagens subliminares – sem valor científico comprovado, essa técnica consiste


em utilizar conteúdo simbólico na elaboração da mensagem, de forma que o inconsciente dos
consumidores processe esses dados mais periféricos da mensagem e reforcem o apelo central.

Não importa o recurso discursivo/argumentativo, a mensagem precisa ser codificada


numa linguagem que o público endereçado entenda com clareza.

2.5. Mídias e técnicas de comunicação – Composto de


Comunicação
Churchill (2013), Shimp (2002) e Kotler (2018) escrevem que esta etapa consiste em
selecionar os meios e veículos de comunicação e as técnicas (propaganda, promoção de vendas,
relações públicas, publicidade, etc.) mais apropriados aos objetivos e ao orçamento.
Segundo Kotler (2018), a análise para a escolha de mídia deve contemplar uma série de
variáveis. O autor determina que a escolha apropriada da mídia deve se observar qual a cobertura
desejada, ou seja, o número total de pessoas atingidas. Além da cobertura, o autor afirma que a
frequência, ou número de vezes de veiculação, também deve estar de acordo com os objetivos
pretendidos.

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Para avaliar as diferentes opções de mídias existe uma série de medidas. Entre as mais utilizadas, o
Gross Rating Point – GRP (soma dos receptores – audiência – atingidos pela comunicação) e Custo
Por Mil – CPM (valor gasto a cada mil receptores). Basicamente elas servem para quantificar os
resultados que a propaganda irá obter atingir através das escolhas de mídias, veículos e programas
em específico. Existe também a segmentação por faixa etária, classe econômica, gênero, local de
residência entre outras bases.
Mídia representa qualquer espaço, físico ou virtual, onde se veiculam mensagens
comerciais e não comerciais. Esses meios podem se estruturar desde dois indivíduos até dois
bilhões. Exemplos: um vendedor atendendo um consumidor e a transmissão por televisão do
casamento real britânico do príncipe William e Kate Middleton para 2 bilhões de pessoas em
2011.
Cada mídia apresenta uma eficácia particular. As combinações possíveis entre técnicas
(propaganda, publicidade, promoção de vendas, vendas pessoais, etc.) e mídias são muitas. Na
hora de compor as estratégias comunicacionais de uma organização é importante conhecer muito
bem os ambientes interno e externo, físico e virtual.
As mídias apresentam características próprias e devem ser combinadas conforme os
objetivos da organização. Cada elemento e mídia tem eficácia específica, apresentando diferentes
relações de custo/benefício.
Os avanços tecnológicos modificam o cenário no mercado e moldam o comportamento de

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consumidores e organizações. A maneira como esses agentes se comunicam no mercado interfere
diretamente nos negócios e atividades ao redor do mundo. Não basta conhecer e operar os
elementos e ferramentas de comunicação. Num ciclo de mudanças tão acelerado que se encontra
a sociedade pós-industrial, para gerir a comunicação mercadológica eficientemente torna-se
imprescindível refletir sobre o papel de cada um deles na complexa rede de relacionamentos
pessoais e organizacionais Online e Offline.
A curva de adoção de mídias eletrônicas vem crescendo desde meados do século XX. Foi
no final do século passado, meados da década de 1990 que a internet chegou ao Brasil, com poucos
usuários e empresas, manutenção e equipamentos caros para a grande maioria da população no
país. Com o barateamento dos serviços e aparelhos, neste começo do século XXI a internet já
atingiu mais 80% dos lares da nossa nação, conforme pesquisa do Ibge (2018)

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Figura 3 – Dados. Fonte: IBGE (2017).

De acordo com o Cenp a mídia televisiva aberta ainda é a que mais fatura com publicidade,
contudo a internet é a mídia que mais cresce e praticamente tem todas outras mídias eletrônicas
navegando/convergindo na WEB, oferecendo conteúdo veiculado nas rádios e televisões abertas
sob demanda na Internet em seus sites, blogs, redes sociais. Essa convergência de mídias e consumo
de conteúdo sob demanda reconfiguraram o cenário global de comunicação e está provocando
uma série de revoluções em várias áreas do conhecimento e comportamento humano.

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3 - INVESTIMENTOS EM MÍDIA VIA AGÊNCIAS DE


PUBLICIDADE POR MEIO (JAN-DEZ/2017) NACIONAL

3.1. PUBLICADO EM AGOSTO/2018

ANO 2017
Valor Faturado **
MEIO Share (%)
(000)
CINEMA R$ 43.916 0.3%
INTERNET R$ 2.423.045 14.6%
JORNAL R$ 522.185 3.1%
OOH/MÍDIA EXTERIOR R$ 1.424.611 8.6%
RÁDIO R$ 854.056 5.1%

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REVISTA R$ 347.663 2.1%
TELEVISÃO ABERTA R$ 9.695.650 58.3%
TELEVISÃO POR
R$ 1.315.632 7.9%
ASSINATURA
Total R$ 16.626.758

4 - TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO
Qualquer atividade profissional conta com um conjunto de técnicas e ferramentas. Na
gestão da comunicação de marketing as mídias são as ferramentas e as técnicas são:

• Propaganda
A propaganda é qualquer anúncio ou comunicação veiculada durante um determinado
período e espaço pago ou doado por indivíduos ou organizações empresariais, governamentais
ou não-governamentais. Após decidir como ela se encaixa no composto de comunicação, os
profissionais de marketing definem quais tipos de mídia usar. O próximo passo é escolher quais
mensagens serão enviadas.
Para Kotler (2018), existem diversos tipos de propaganda. Ele cita algumas qualidades
como a apresentação pública, que explica a legitimidade da propaganda com o produto.
Como muitas recebem a mesma mensagem os motivos para a compra serão compreendidos
publicamente, o que depende de cada pessoa.
A penetração da propaganda tem relação depende de quanto a mensagem é repetida.
Com essas repetições os consumidores podem comparar a mensagem recebida com a dos seus
clientes. Propagandas repetidas tem maior possibilidade de demonstrar o poder e o sucesso do
fornecedor.

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Outra qualidade é o aumento da expressividade. A propaganda consegue demonstrar


durante as cenas, imagens da empresa através do som ou da cor. E por último a impessoalidade
da propaganda. Ela é um monólogo, e por isso o público não se sente obrigado a prestar atenção
nem a respondê-la. Esta característica normalmente é vista como uma deficiência dessa forma de
comunicação.
Em geral, a propaganda pode ser utilizada para demonstrar uma imagem duradoura de um
produto, ou então estimular as vendas rápidas. Ela tem o poder de alcançar todos os compradores,
mesmo os dispersos geograficamente. Algumas propagandas, para serem anunciadas, exigem um
orçamento maior do que as demais. Algumas conseguem afetar as vendas simplesmente pela
repetição. Essas podem fazer com que os consumidores acreditem que oferece um preço melhor
do que os demais.
Kotler (2000) ainda cita três meios de propagandas que podem ser considerados novos.
Os informes publicitários, que são anúncios impressos com conteúdos editoriais parecidos com
os jornais. Os infomerciais, são comerciais de trinta minutos que parecem programas. Eles são
feitos para demonstrar ou discutir o produto. Nele os telespectadores telefonam e encomendam
o produto. E os banners que são pequenos anúncios em páginas da internet, que anunciam
produtos. Esses podem ser comprados apenas clicando no banner.
Para Urdan (2013), a propaganda é um meio de comunicação pago que pode ser transmitido
por mídia interativa de massa ou interativa eletrônica. A empresa que emite a propaganda paga

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pelo uso do canal de distribuição e costuma contratar terceiros como canais.
De acordo com Limeira (2006), a propaganda é uma comunicação impessoal, paga por
um patrocinador, que transmite uma mensagem ao público alvo. Ela visa criar uma imagem e
estimular a compra do produto. Integra o composto de comunicação de marketing e busca criar
para o público a imagem da marca. O plano de propaganda é responsabilidade do gerente de
marketing e faz parte do plano de comunicação. Ele é composto pela situação em que se encontra
o mercado da marca, os objetivos da propaganda, o público-alvo, a estratégia de conteúdo e de
mídia, o orçamento e o meio de avaliação dos resultados.
A propaganda comparativa ocorre quando os fabricantes e as redes de lojas varejista,
juntas patrocinam a propaganda de produtos, visando aumentar o fluxo de pessoas e as vendas.
Pode ocorrer também propaganda cooperada entre dois fabricantes. A propaganda promocional
difunde a promoção de venda de um produto.
A propaganda de categoria é realizada por uma associação de fabricantes, que busca
estimular a demanda de um produto. Esse tipo de propaganda é assinado pela associação e não
por um só fabricante. A propaganda de proteção ou defesa é realizada por empresas e outras
organizações, que buscam um ponto de vista sobre um assunto social, político ou econômico
A propaganda eficaz deve diferenciar o produto em relação aos seus concorrentes, criar
uma personalidade diferenciada para a marca, e demonstrar que os benefícios são realmente
alcançados. A estratégia do conteúdo dessas propagandas é criada pelos profissionais de marketing
que buscam oferecer uma propaganda capaz de gerar atenção, interesse, desejo, e ação do público
(modelo AIDA).
O conteúdo da propaganda deve conter o valor definido para o público, os benefícios
oferecidos pelo produto, o tom da mensagem é a justificativa desses benefícios Depois da definição
do conteúdo da propaganda, a agencia de propaganda, contratada elabora as mensagens a serem
comunicadas e os anúncios. Esses passos são chamados de conceito criativo e execução criativa.
O merchandising é outro tipo de propaganda, que assume no Brasil duas formas. A
primeira é a propaganda no ponto de venda físico ou virtual (PDV). Qualquer forma de destacar
um produto, serviço ou marca nos PDVs pode ser considerado um merchandising. No caso dos
PDVs digitais encontramos sites, banners, links, pop ups, conteúdo institucional, vídeos, blogs,
vlogs, redes sociais, etc.

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A segunda forma deste elemento é a divulgação de um produto, serviço ou marca durante


um programa de televisão, rádio, teatro ou internet. A principal característica é que o anúncio
ou propaganda não é feita nos espaços ou intervalos comerciais, o que aumenta as chances de
impacto.
Marketing direto, a última forma de propaganda desta apostila, é utilizado quando se
objetiva uma resposta imediata ou direta de indivíduos ou organizações. São utilizados um ou
mais meios de comunicação para atingir o receptor onde ele estiver. Essa técnica apela para que
o cliente solicite informações ou peça o produto. Ele faz uso de banco de dados onde armazena
informações sobre clientes potenciais e atuais, onde escolhem os melhores nomes para realizar
campanhas. Também armazena resultados de campanhas realizadas. As compras realizadas através
do marketing direto são mais imediatas e é mais fácil descobrir o que motivou o comprador.
Kotler (2008) explica que o marketing direto possui características únicas. A mensagem
em geral é destinada a uma única pessoa e a mensagem é especialmente para esta pessoa. As
mensagens podem ser alteradas conforme a necessidade, pois o marketing direto é interativo.
E por último ele é sempre atualizado e as mensagens podem ser compostas rapidamente. Hoje
a principal mídia utilizada no Marketing Direto é a internet, motivado por sua interatividade
(resposta direta).

• Promoção de vendas

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Para Shimp (2002), Costa (2003), Churchill (2013) e Kotler (2018), promoção de vendas
é o conjunto de ferramentas e incentivos que criam e estimulam o aumento da demanda no curto
prazo. Segundo os autores, a promoção de vendas pode ser realizada entre as empresas, dentro
das empresas e para os consumidores finais. Entre as ferramentas mais utilizadas, os autores citam
concursos, brindes, clubes de consumo, premiações, sorteios, cupons, eventos, amostras grátis,
exposições, descontos e liquidações.
De acordo com Costa (2003), promoção de vendas age em dois campos na comunicação
de marketing: (i) estimulando diretamente a compra do produto ou contratação do serviço; e
(ii) auxiliando na divulgação e na formação ou sustentação da imagem da empresa, produto ou
serviço. Os autores afirmam que, da mesma forma que a propaganda, ao se planejar e desenvolver
a promoção de vendas se deve estabelecer objetivos claros e factíveis, definir o público-alvo,
definir o orçamento, escolher as ferramentas mais adequadas, executar, avaliar e implementar.
De acordo com Kotler (2018) a promoção de venda oferece basicamente três benefícios.
O primeiro é que chama a atenção dos consumidores, o que favorece as vendas. O segundo é o
que fornece um estimulo a compra, oferecendo descontos ou brindes, e por último são como
convites especiais para a aquisição imediata. As empresas utilizam essas promoções como forma
de atrair rapidamente o comprador, ou para obter efeito de prazo curto, como para lançar um
produto.
Para Urdan (2013), a promoção de vendas são atividades que acrescentam valor
e incentivam a compra. Na promoção a empresa oferece um motivo adicional para o cliente
comprar o produto. Elas são direcionadas ao consumidor final e aos intermediários. Utilizada
durante períodos limitados, pois seu uso continuo traz risco ao produto podendo afastar os
consumidores que estariam dispostos a pagar o preço normal.
Limeira (2006) cita a promoção de vendas como oferta de incentivo imediato. Essas
ofertas possuem um patrocinador identificado, que busca estimular a experimentação e a compra
do produto. Esses estímulos podem ocorrer com ou sem o apoio de propagandas.
A promoção é em geral utilizada como complemento de outros elementos. É especialmente
usada quando um produto se encontra na maturidade durante o seu ciclo de vida. Isso porque
serve como estimulo adicional a compra desse produto, e para bloquear a entrada de concorrentes
no ramo.

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Quando as promoções são direcionadas ao consumidor, elas buscam atingir sua decisão
de compra imediatamente. Pode ser descrito como promoção de venda o uso de amostra
grátis, que são pequenas amostras dos produtos oferecidas aos consumidores para que possam
experimentar o produto e firmar suas opiniões. Os cupons de desconto são os mais utilizados no
campo da promoção e oferecem redução no preço, o que é eficaz para clientes sensíveis a preço.
As ofertas especiais são incentivos para que os consumidores comprem determinados
produtos. Em geral visam aumentar as vendas realizadas por impulso ou aumentar a quantidade
de pessoas na loja. Essas ofertas chamam a atenção por oferecer uma maior quantidade de
produtos pelo mesmo preço.
Os chamados brindes são produtos grátis ou de preço baixo. Devem ser atraentes e custar
menos do que a unidade do produto. Os concursos também são promoções muito utilizadas
para estimular a concorrencial entre os participantes, e é uma promoção regulada por legislação
especifica.
E por último, o sorteio, que também é regulada por legislação especifica. Ocorre
quando o consumidor envia por exemplo, o comprovante de compra, e participa de um sorteio,
concorrendo a um prêmio.
Limeira (2006) acrescenta que o canal de venda também realiza promoções. Elas são
dirigidas aos intermediários com o objetivo de aumentar a demanda do canal e reforçar a imagem
dos produtos ou mesmo dos fabricantes. A bonificação em produtos oferece produtos grátis em

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troca de metas atingidas.
Pode também reduzir o preço de venda do produto ao canal, com objetivo de aumentar
as vendas, o que é chamado de desconto no preço de venda. Já o desconto no preço de venda ao
consumidor é quando o preço final cai para os consumidores. O objetivo nesse é aumentar o giro
de vendas.
Já os prêmios podem ser oferecidos em produtos ou em valor monetário para aqueles
vendedores que atingirem suas metas de vendas. Os serviços adicionais são aqueles acrescentados
sem custo ao canal de venda. Buscam valorizar o produto no local de distribuição para que suas
vendas aumentem.
Além dos intermediários e consumidores, as promoções de vendas podem ser utilizadas
internamente, com os funcionários. Um exemplo são premiações para os vendedores que mais
se destacarem em vendas, margem de lucros, clientes abertos, etc. Não só os vendedores podem
participar de promoções internas. Entregadores, promotoras e demais funcionários podem ser
estimulados para atingir melhores resultados em suas atribuições com prêmios em dinheiro,
viagens, produtos, etc.
Outras ferramentas podem ser caracterizadas como promoção de vendas. Na verdade,
qualquer estímulo que gere demanda pode ser enquadra como promoção. Ferracciu (2002)
apresenta mais de cinquenta tipos de promoção de vendas voltados para funcionários,
intermediários e consumidores.
Provavelmente a mais famosa promoção realizada na internet seja a Black Friday. Trata-
se de um evento mundial que participam empresas varejistas. A partir da escolha de uma sexta-
feira, aproximadamente um mês antes do Natal.

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• Pesquisa Mensal de Comércio

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Figura 4 – “Black Friday” impulsiona vendas e comércio tem 2ª maior alta desde 2018. Fonte: IBGE (2000).Venda
Pessoal
• Venda Pessoal
Venda pessoal, segundo Shimp (2003), Churchill (2013) e Kotler (2018), é uma comunicação
de caráter pessoal que permite uma forte interação direta entre consumidor e a organização. Para
os autores, esse tipo de comunicação exige altos investimentos e tem maior retorno à medida
que os produtos e os serviços se tornem mais complexos e de preços mais elevados. Para Cobra
(2003), cada tipo de negócio exige conceber e desenvolver uma administração de venda pessoal
adequada.
Os departamentos comerciais das empresas são os principais agentes na captação de
recursos. Não há empresa sem atividade de vendas. Outras organizações governamentais e não-
governamentais podem não apresentar atividade em vendas, contudo, sempre estabelecendo
trocas e organizando relacionamentos com os vários públicos com quem interage.
As principais características estudadas nas atividades de vendas são perfil psicológico,
planejamento, negociação e pesquisa. O estudo do perfil levanta questões sobre introversão e
extroversão, liderança e analise entre outras. As referências que mais tem publicações sobre
gestão de empresas são planejamento. Pesquisa também apresenta uma grande gama de autores
de livros.
Os esforços e estratégias de vendas são mensuráveis com boa precisão. É preciso criar e
manter registros das ações e ideias desenvolvidas na organização. Relatório de vendas, visitas,
novos clientes, opinião dos clientes e outros mais formam a gama de indicadores fundamentais
para a gestão de vendas.
Referente a um outro elemento do composto de marketing citado por Churchill (2013) a
venda pessoal e a venda com interação pessoal com o cliente. Pode ser face a face, por telefone, ou
computador. Quando é realizado por interação direta ou pessoal, a venda permite que o vendedor
receba um feedback do consumidor imediatamente, podendo este modificar a comunicação para
que seja satisfeita a necessidade do cliente.

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Para Urdan (2013), a venda pessoal é quando o vendedor remunerado pela empresa,
forneceu informações do produto e intervém na decisão de compra. Ele cita que a venda pessoal
é importante no marketing. E ainda que as empresas precisem do trabalho do pessoal de vendas,
estes devem ser bem treinados e bem informados.
Para Kotler (2018), é especialmente utilizada para aumentar a preferência e levar o
consumidor a compra. Possui três características distintas, a primeira é a interação pessoal,
onde as vendas ocorrem num relacionamento imediato e interativo e as pessoas podem ver as
reações umas das outras. O aprofundamento, quando as vendas pessoais permitem que surja uma
amizade entre o vendedor e o comprador.
Nesses casos, os vendedores acabam conhecendo todos os gostos dos clientes. E a
resposta, onde o consumidor se sente obrigado a comprar o produto após ouvir as informações
e argumentações do vendedor.

• Relações Públicas e Publicidade

Conforme afirmam Shimp (2003), Churchill (2013) e Kotler (2018), esses elementos têm
um aspecto menos comercial entre todos os outros. Relações públicas e publicidade, segundo
os autores, buscam estabelecer uma imagem positiva para os públicos que interagem ou estão
envolvidos com a organização e seus processos.

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Basicamente, os autores apontam dois tipos de públicos, o interno e o externo. Compondo
o público interno, eles consideram os funcionários, proprietários ou acionistas da organização.
O público externo é mais abrangente, sendo composto por consumidores diretos e demais
integrantes da sociedade. Tanto no caso do público interno como externo, é comum a utilização de
segmentações, conforme a relevância que cada grupo representa para os negócios da organização.
Os autores apontam os seminários, os patrocínios, a assessoria de imprensa, doações, lobbies e
relações com a comunidade como suas principais ferramentas. Pelo caráter menos comercial, os
autores também apontam esse elemento como o que gera mais confiabilidade nas informações
divulgadas aos consumidores.
Os profissionais de marketing não possuem total controle sobre o que é apresentado
nos noticiários e demais veículos de comunicação. A mídia pode modificar algum contexto das
entrevistas e publicá-las. Isso pode gerar confusão sobre a empresa e seus produtos em relação
aos clientes, que ficam propensos a crer que as informações são verdadeiras.
Para Limeira (2006) a publicidade é a forma que a empresa utiliza para divulgar seus
produtos, através da mídia. A assessoria de comunicação busca manter um relacionamento
positivo com os representantes dos meios de comunicação. Isso promove uma visão favorável a
marca e ao produto.
Esses assessores criam textos informativos que são encaminhados para a mídia com o
objetivo de divulgação para o público O papel da assessoria é importante pois o público exige
cada vez mais transparência das empresas. Ela consegue influenciar a decisão dos consumidores
no momento da compra.
O autor ainda cita as relações públicas, que é um conjunto de informações que a empresa
utiliza para se comunicar com outros públicos Estes podem estar ligados a empresa direta ou
indiretamente. O objetivo é criar uma imagem positiva da empresa frente aos consumidores. A
distribuição de informações através das relações públicas de uma empresa ocorre para informar
as iniciativas da empresa, as atividades culturais, sociais e esportivas e a participação de eventos
realizados pelo governo ou órgãos sociais.

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Elemento Vantagens Desvantagens


• Alcançar muitos clientes • Alcança muitas
potenciais; pessoas que não são
compradores potenciais;
• Maneira eficaz de criar
Propaganda imagens; • Os anúncios estão
sujeitos a muitas críticas;
• É flexível em termos de
tempo e mercados. • O custo por contato é
alto.
• Os vendedores podem ser • Pode ser difícil
persuasivos e influentes; recrutar e motivar os
vendedores;
• A mensagem pode ser
direcionada a indivíduos • As habilidades de
Venda Pessoal específicos; apresentação variam entre os
vendedores;
• Comunicação de mão
dupla permite perguntas e • Apresentações pobres
feedback da outra pessoa. ou malfeitas podem prejudicar

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a imagem e também as vendas.
• Favorece redução de preço • Corre-se o risco de
de curto prazo projetada induzir clientes leais a estocar
para estimular a demanda; o produto, sem que se consiga
influenciar outros clientes
• Oferece multiplicidade de
Promoção de potenciais;
instrumentos disponíveis
Vendas
para promoção de vendas; • O impacto pode-se
limitar ao curto prazo;
• É eficaz na mudança de
comportamento. • É fácil de ser copiada
pelos concorrentes.
• Custo total pode ser muito • A mídia pode não
baixo; cooperar;
• As mensagens geradas • A competição pela
pela mídia recebem mais atenção da mídia é pesada;
Publicidade credibilidade do que
• Pouco controle sobre a
as patrocinadas pelos
mensagem;
profissionais de marketing.
• As mensagens tendem
a não se repetir.
Quadro 02 – Vantagens e desvantagens dos elementos do composto de comunicação. Fonte: adaptado de Churchill
(2013).

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5 - IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
Implementar as estratégias escolhidas gerenciando o impacto em cada stakeholder é
fundamental. Um bom planejamento será a garantia de metade do serviço, concentrando-se a
outra metade na execução e avaliação. Deve-se estabelecer critérios de valores para público que
a organização se relaciona. Assim, a gestão da comunicação está em sintoniza seus objetivos ao
ambiente interno e externo da organização.
Os resultados da propaganda são mensuráveis em termos de: consciência da marca,
lembrança da propaganda, imagem da marca, atitudes em relação ao produto, intenção de
compra, comportamento de compra, local, forma de pagamento, compartilhamento em redes
sociais. Segundo Low e Mohr (2001), apesar de grande gama de medidas a se avaliar, existem dois
grupos como fonte de dados: interno e externo. Entre as fontes internas as vendas mensais e lucros
são mais comuns. Para as fontes externas o autor aponta a fatia de mercado conquistada. Diante
das técnicas e propostas acima, se pode afirmar que a avaliação e implementação da comunicação
de marketing são complexas. Com certeza, quanto mais dados e informações se obtiverem e se
processarem, mais apurada será a avaliação. Provavelmente, na maioria dos casos os recursos são
escassos, limitando o número de técnicas a se aplicar.

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Profissionais de marketing, diante da necessidade de executar essas atividades precisam
de vários instrumentos para monitorar as estratégias de comunicação. Eles acompanham as
vendas em busca de mudanças para melhorar, e observam sempre os concorrentes, para verificar
suas reações quanto as atividades de comunicação. Também realizam pesquisas para descobrir
se os consumidores estão recebendo a comunicação, como estão recebendo e quais suas reações
E verificam o quanto dessas comunicações eles se lembram e quais afetaram seus objetivos de
compra.
Um indicador muito utilizado pelo profissional de marketing para saber se a comunicação
está funcionando conforme o esperado, são as mudanças nas vendas. Vendas abaixo do esperado
indicam problemas, e vendas acima do esperado, mesmo que incrivelmente, também pode
significar problemas. Isso ocorre porque a demanda acima da esperada afeta diretamente nos
meios de produção de produtos, o que significa custos de produção mais alto do que o previsto.
O custo da comunicação também pode ser comparado com os resultados das vendas.
Assim como os dados de vendas podem ser produzidos através de leitoras de código de barras,
que revela as relações entre o público consumidor, propaganda e promoções de vendas em
estoque. Com a posse desses dados, a empresa e os profissionais de marketing medem o sucesso
das suas estratégias de comunicação, medindo a quantificação da resposta dos clientes a anúncios
e a promoções de vendas. Pode também avaliar o quanto rendeu uma campanha de venda de um
determinado produto.
Churchill (2013) também cita que pode ser feita uma pesquisa simples para avaliar o
efeito da comunicação no mercado. Basta questionar os clientes e saber qual o modo que ficaram
sabendo da empresa e de seus produtos. Essas pesquisas podem ainda ser feitas através de
formulários de pesquisa com os stakeholders mais envolvidos.
Pode-se também ser realizado mesas de discussão com consumidores, varejistas e
atacadistas, com o objetivo de perguntar aos clientes como eles veem o produto de forma geral, os
concorrentes e algumas características do produto, como embalagem e preço. Pode-se verificar se
a comunicação utilizada está surgindo o resultado esperado, questionando como os consultados
pensam a respeito do produto, e o que suas memorias lembram da comunicação de marketing
da empresa.

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Alguns tipos de pesquisa de marketing se concentram nas intenções de compra dos clientes
e no comportamento de compra baseado na comunicação de marketing. Como por exemplo
as empresas podem medir as vendas levando em consideração quantos clientes receberam
a comunicação de um determinado produto, para verificar se o efeito surgido tem realmente
ligação com a propagando do produto.
Segundo Kotler (2018), há três tipos/estágios básicos de reposta do consumidor a
comunicação realizada por uma empresa: (i) cognitivo, (ii) afetivo e (iii) comportamental. O
primeiro se refere ao momento em que o consumidor passa a conhecer aquilo (produto, serviço,
marca, etc.) que se comunica. O segundo, ainda conforme o autor é relacionado ao afeto que o
consumidor passa a sentir pelo que se comunica. E o terceiro, o consumidor já ciente e afeto ao
que se comunica, realiza a compra.

6 - QUESTÕES LEGAIS E ÉTICAS NA COMUNICAÇÃO DE


MARKETING DIGITAL

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Churchill (2013) informa que a comunicação de marketing vem sendo criticada pois as
vezes abusam do poder. Ela envolve muitas questões legais e éticas que devem ser analisadas
cuidadosamente antes de ser posta em prática. Muitas pessoas estão se esquivando das
comunicações de marketing, pois muitas empresas fizeram anúncios enganosos, concursos que
não distribuirão o prêmio prometido e vendedores com pouca ou nenhuma ética nos negócios.
Entretanto, a maior parte das propagandas são verdadeiras, e muitos vendedores são éticos
em seus papeis na sociedade. Por isso, muitos profissionais, quando questionados, conseguem
defender as suas afirmações
A regulamentação das comunicações possui vários códigos de defesa do consumidor
que acaba limitando a comunicação. A comunicação deve ser clara sobre as condições de uma
promoção. As regulamentações para a comunicação de marketing variam de pais para pais. No
Brasil, por exemplo, a propaganda de cigarros está proibida nos veículos de comunicação de
massa.
A comunicação direcionada as crianças possuem problemas especiais, pois elas ainda não
têm a capacidade cognitiva para avaliar as mensagens dos profissionais de marketing. As crianças
mais novas não conseguem entender que a propaganda, por exemplo, utilizou de metáforas para
conseguir transmitir a mensagem pretendida. Também não compreendem os custos utilizados
nessas transações comerciais.
Muitas pessoas podem ainda não ter a habilidade necessária para decidir como uma
mensagem é preconceituosa. Podem não ter a capacidade de distinguir a comunicação realizada
por um anunciante, por uma revista ou até mesmo pode um país. Por causa disso, o padrão ético
mínimo para a comunicação direcionada as crianças, é que sejam diretas, honestas e liberais.
As crianças estão conectadas por muitas horas na internet ou televisão, e por isso veem
muitas propagandas, e dessa forma estão atentas a muitos produtos, e acabam por desejar todos
eles. Alguns grupos de diretos das crianças acabaram proibindo certas propagandas que utilizavam
programas infantis para promover produtos ou brinquedos. Certas propagandas assistidas pelas
crianças preocuparam a saúde e a segurança. Como as propagandas de alimentos pouco saudáveis
de restaurantes fastfood.

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Churchill (2013) informa que a comunicação de marketing pode ser socialmente


responsável na medida em que transmite informações sobre como as empresas podem empregar
valores através de bens e serviços que satisfaçam uma necessidade. Algumas comunicações de
marketing são utilizadas por pessoas para defender causas dignas. Elas utilizam as promoções de
vendas para patrocinar eventos ou passeatas, com o objetivo de angariar fundos para instituições
de caridade.
Algumas companhias também se dedicam a propaganda socialmente responsável para
produtos que oferecem risco relativo. Algumas companhias também combinam promoção com
atividades socialmente responsáveis. Eles podem estimular seus funcionários a participar de
campanhas patrocinadas pelas empresas, com o objetivo de demonstrar o quanto a empresa está
ligada com atividades socialmente responsáveis.

7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de comunicação é universal. Quando duas formigas tocam suas antenas estão
se comunicando num processo idêntico a duas pessoas trocando mensagens pelo smartphone. Há

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um emissor que codifica uma mensagem através de um meio/mídia a um receptor que decodifica
as informações e fornece um feedback. Para organizações empresariais, não é diferente, pois elas
serão emissoras e receptores de dados e informações com todos seus stakeholders. Cabe à empresa
gerenciar da melhor forma possível seus recursos comunicacionais. A comunicação digital é uma
evolução da nossa sociedade humana. Essa evolução está provocando diversas transformações
em nossa sociedade, inclusive na forma de fazer negócios.
O maior diferencial da comunicação digital na internet está na interativa que promove.
Respostas imediatas e com métricas bastante precisas oferecem mais gerenciabilidade que as
demais mídias. Além disso, há uma melhor relação custo/benefício no caso da internet, pois não
ter ponto físico e operar número de funcionários reduzido possibilita preços de produtos mais
competitivos que numa loja de rua ou de shopping.
Para gerenciar a comunicação digital, é importante identificar seu público-alvo. Quanto
mais informada sobre seu público-alvo uma empresa estiver, melhor preparada pra atender as
necessidades desses consumidores. A internet é a mídia que mais cresce em audiência, porém
pulverizada em portais, sites, lojas virtuais, blogs e redes sociais.
É importante determinar objetivos claros e factíveis. Como o comportamento dos
consumidores na internet é basicamente uma extensão de seus comportamentos fora da rede,
podemos afirmar que há três tipos/estágios de objetivos na comunicação de marketing digital:
cognitivo, afetivo e comportamental. As informações veiculadas em portais, sites, lojas virtuais
podem motivar consumidores a conhecer, gostar e/ou comprar produtos e contratar serviços.
Como a comunicação também é um recurso finito, precisamos estabelecer um orçamento
que seja adequado ao cenário mercadológico e as condições gerais da empresa. Existem várias
formas de orçar a comunicação. O importante é encontrar soluções comunicacionais que atendam
não somente no curto prazo, mas no médio e no longo também. Precisamos manter em mente
que na internet a comunicação predominante é interativa, portanto necessitamos de ações em
todos os prazos.

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Definir a mensagem que será veiculada requer escolher dados e informações que
motivarão as respostas dos internautas desejadas pela empresa. Existem diversas técnicas na
forma de divulgar e atrair a atenção dos consumidores. Apelos para o medo, sexo, influenciadores/
endossantes, etc. No meio digital o uso de influenciadores ganhou destaque nas estratégias de
empresas que mantém negócios digitais. Esse universo é comporto por profissionais que possuem
um grande número de seguidores em suas redes sociais e utilizam seu prestígio para vender
produtos e serviços na internet.
Sabendo com que se comunicar, o que informar e quanto investir pra isso é necessário
especificar como e onde se comunicar. Devemos considerar as diferentes formas de comunicar
como complementares e não excludentes. As comunicações Online ou Offline não são antagônicas,
mas complementares. É comum haver sinergia entre essas duas formas. Por exemplo, é comum
ver produtos e lojas virtuais serem promovidos em outros meios de comunicação físicos, como
revistas, jornais, vendedores, promotores, outdoors, eventos, etc. Assim como o contrário
também, quando eventos, revistas e outros meios Offline são promovidos e comercializados na
internet.
Além das escolhas das mídias e respectivas especificidades é necessário eleger quais
técnicas serão utilizadas. As mais comuns são a Propaganda, Promoção de Vendas, Venda
Pessoal e Publicidade. Eles diferem em como as informações e dados são formatos na mensagem.

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Persuasão, entretenimento, argumentação, descontos, dicas, promoções, utilidade pública entre
muitas outras formas de codificar as mensagens e provocar as respostas positivas do público-alvo.
Planejamento pronto é hora entrar em ação. Executar as tarefas e logo avaliar seus
resultados. Em se tratando de mídia digital as repostas são rápidas e devem ser monitoras
sempre. O dinamismo da internet oferece desafios, contudo é facilitado pela simplicidade, baixo
custo e precisão em gerenciar emissão e recepção de mensagens. O diálogo entre empresas e
consumidores nunca foi tão dinâmico quanto nessa era digital.

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária instituiu o Código


Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Nele encontramos o Anexo V
que: “visa estabelecer regras para os anúncios de serviços de telecomunicações,
a disciplinar inicialmente e de forma específica a comunicação dos serviços de
internet móvel, em complemento às normas gerais deste código, e sem prejuízo
do cumprimento das leis e regulamentos setoriais.”

I. Da Comunicação de Internet Móvel:


1. Nos anúncios de serviço de Internet Móvel, o anunciante utilizará linguagem
clara e acessível para o consumidor e disponibilizará as seguintes informações
essenciais a respeito do serviço, e ainda:
a.Ao mencionar o preço, delimitará o serviço abrangido, informará quais as suas
regras, suas restrições e formas de cobrança;
b.Ao mencionar o objeto da oferta/promoção do serviço, informará os limites de
uso da franquia do serviço de que trata este Anexo;
c.Ao mencionar eventuais aplicativos que utilizem Internet Móvel, disponibilizará
esclarecimentos gerais sobre o funcionamento de tais aplicativos,
especificamente no que se refere à forma de consumo de dados e o volume de
dados consumidos em média, por tipo de acesso; e

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d.Prestará informações claras e precisas, evitando a confusão entre produtos e


prestadoras.
2. Deve ficar explícito na comunicação:
a.As informações essenciais, dispostas no item 1 acima, e outras específicas da
oferta/promoção e seus benefícios;
b.O prazo de vigência da oferta/promoção;
c.Critérios e prazo de elegibilidade à oferta/promoção;
d.Preços aplicáveis e regras de reajuste da oferta/promoção dos serviços para
aparelho celular.
3. Na comunicação da oferta de Internet Móvel, devem ainda ser disponibilizadas
informações sobre:
a.Abrangência da oferta do serviço de que trata este Anexo, bem como a indicação
do endereço onde encontrar o mapa de cobertura da prestadora de serviço de
telecomunicações;
b.Restrições à utilização do serviço;
c.Limites de franquia e condições aplicáveis após consumida a franquia do serviço
de que trata este Anexo;
d.Taxas de velocidade de transmissão nas conexões de dados, nos termos da
regulamentação vigente, incluindo, sem a tanto se limitar, as velocidades de referência

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para baixar arquivos (download) e para enviar arquivos (upload), de acordo com a
tecnologia utilizada;
e.Volume médio do consumo de dados em mídias sociais, provedores de vídeo e/
ou e-mails;
f.Possibilidade de a prestadora alterar sua grade de produtos e substituir o pacote
contratado por outro equivalente, cumpridas as normas aplicáveis.
4. Os anúncios deverão ser equilibrados. Assim, ao enfatizar benefício, havendo
condição ou restrição relevante (aplicável em grande parte das situações e/ou que
afetem consideravelmente a prestação do serviço), elas devem ser também esclarecidas
ao consumidor na mesma peça. O detalhamento completo da prestação do serviço
poderá ser disponibilizado por meio de outros canais de comunicação do Anunciante.
a.Para cumprimento do disposto neste Anexo, serão observadas as particularidades
e limitações de cada meio de comunicação em que serão veiculados os anúncios
das ofertas/promoções dos serviços de que trata este Anexo (rádio, TV, web, lojas e
locais de atendimento de agentes autorizados, ou impressos, contact centers, SMS,
entre outros). Recomenda-se, assim, a indicação no texto do anúncio de qualquer
outra forma de comunicação onde o consumidor poderá acessar as informações
completas da oferta/promoção, como o exemplo: “consulte regulamento e mais
informações dessa oferta/promoção no endereço indicado”.

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Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram


que formigas transmitem informações com protocolos semelhantes à internet.
Segundo as pesquisas as comunidades de formigas pareciam demonstrar um
determinado padrão na hora de enviar mais insetos a uma fonte específica de
comida. Pesquisadores dessa Stanford descobriram que as formigas não só
seguiam um padrão específico, mas que, essencialmente, se tratava do mesmo
algoritmo presente no protocolo TCP (Transmission Control Protocol), que controla
a transferência de dados através da internet. De acordo com os cientistas, na
internet os dados são transmitidos através de pacotes, com um receptor enviando
um sinal cada vez que as informações são recebidas corretamente.
O que mais as formigas podem nos ensinar? Será que técnicas de administração,
organização, comunicação, transporte, ou até mesmo, civilização?

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Código de defesa do Consumidor
Artigo 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm
Destacamos este artigo do código pois afeta diretamente a comunicação
empresarial na internet.

Império de Memes
As estrelas das redes sociais Paris Hilton, Josh Ostrovsky, Brittany Furlan e Kirill
Bichutsky lutam para construir impérios online -- e enfrentar as armadilhas da
fama.
Estrelando: Paris Hilton, Josh Ostrovsky, Brittany Furlan
Gêneros: Documentários, Documentários socioculturais
Direção: Bert Marcus

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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA

04
DISCIPLINA:
GESTÃO DE NEGÓCIOS
DIGITAIS

SEGURANÇA, ÉTICA E POLÍTICA DIGITAIS


PROF. ME. PAULO ALEXANDRE DE OLIVEIRA

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 65
1 - SEGURANÇA DIGITAL.......................................................................................................................................... 66
1.1. SEGURANÇA DIGITAL ......................................................................................................................................... 66
1.2. SEGURANÇA NAS REDES SOCIAIS .................................................................................................................. 66
1.3. BOATOS / FAKE NEWS...................................................................................................................................... 66
1.4. SENHAS............................................................................................................................................................... 67
1.5. MALWARE: CÓDIGOS DIGITAIS ........................................................................................................................ 67
1.6. BACKUP............................................................................................................................................................... 68
1.7 SEGURANÇA DO DISPOSITIVO .......................................................................................................................... 68
1.8 CUIDADO COM OS E-COMMERCES ................................................................................................................. 68

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1.9 ACESSIBILIDADE DIGITAL ................................................................................................................................. 69
2 - ÉTICA DIGITAL......................................................................................................................................................71
2.1 O QUE É ÉTICA?.....................................................................................................................................................71
2.2 ÉTICA NAS REDES SOCIAIS ...............................................................................................................................71
2.3 ÉTICA NAS EMPRESAS DIGITAIS...................................................................................................................... 72
2.4 CYBERBULLYING ................................................................................................................................................ 73
3 - POLÍTICA DIGITAL .............................................................................................................................................. 74
3.1 INTRODUÇÃO À POLÍTICA DIGITAL.................................................................................................................... 74
3.2 MARCO CIVIL...................................................................................................................................................... 75
3.3 ATIVISMO DIGITAL ............................................................................................................................................. 76
3.4 TERRORISMO DIGITAL ...................................................................................................................................... 77
3.5 CRIME DIGITAL .................................................................................................................................................. 77
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................................... 78

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ENSINO A DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO
Atualmente, é essencial para todos que se sintam seguros. Na internet, não é diferente.
A segurança digital tem sido abalada, uma vez que se encontra os mais variados riscos em uma
única navegação. Nas redes sociais, os riscos são os mesmos, já que a internet tem sido parte do
cotidiano de cada indivíduo. Para uma navegação segura, utiliza-se HTTPS, dessa forma, evita-se
riscos como boatos, fraudes, golpes, invasões de dados pessoais e financeiros, códigos maliciosos
denominados de malwares, etc.
Os códigos digitais representam um dos maiores riscos na internet, uma vez que podem
atingir um dispositivo de formas distintas. Quando prejudicado por um malware, um dispositivo
pode vazar informações, realizar um furto de identidade e privacidade, etc., ocasionando na falta
de segurança do usuário.
Por ser muito ampla, a internet possui uma grande acessibilidade, fornecendo
acesso digital a qualquer indivíduo, independente da sua condição física ou sensorial. Foram
desenvolvidos propósitos que contribui para a acessibilidade digital.
De acordo com os princípios de Platão e Aristóteles, ética se baseia na pratica com relação

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 4


aos direitos humanos e religiosos. No mundo digital, ética se defini através dos laços estabelecidos
entre comunidades virtuais. Em uma empresa, o conceito ético abrange condutas que buscam
por uma melhoria empresarial.
Na internet, também ocorre ações criminosas e muitas vezes prejudiciais ao indivíduo,
como o cyberbullying, terrorismo digital, censura da liberdade de expressão, etc., essas ações
são vistas como crimes digitais e seus agressores são julgados diante a criação do marco civil, da
política digital e leis que protegem os direitos humanos.

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ENSINO A DISTÂNCIA

1 - SEGURANÇA DIGITAL

1.1. Segurança digital


De acordo com o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI/BR, 2012) e o Centro de
Estudo, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, ao fazer o uso da internet,
é preciso que tenha alguns cuidados necessários para garantir a segurança do usuário. Mesmo
quando usada para o entretenimento, pesquisas e até para o trabalho, a internet proporciona
diversos riscos como:

• Encontrar conteúdos inapropriados ou ofensivos (pornografia, discriminação de ódio,


racismo, etc.)

• “Fakes”: pessoas com intenções duvidosas, afim de cometer crimes como sequestros,
estelionato, etc. ou então aproveitam da própria identidade do usuário, prejudicando a imagem
do mesmo.

GESTÃO DE NEGÓCIOS DIGITAIS | UNIDADE 4


• Invasão de privacidade: ao entrar em um determinado site e passar informações pessoais
como dados de cartão, conta bancária e senhas pode ocorrer que esses dados sejam furtados ou
até mesmo clonados por pessoas mal-intencionadas.

• Violação de direitos autorais e plágios: a internet possui uma ampla variedade de


conteúdos e ao copiá-los ou usá-los de forma incorreta pode causar problemas jurídicos e
financeiros ao indivíduo.

1.2. Segurança nas redes sociais

“O acesso às redes sociais já está incorporado ao cotidiano de grande parte dos usuários
da internet, e muito provavelmente, do seu” (CGI/BR; CERT/BR, 2012). O uso da internet,
segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (2012), faz parte cada vez mais do cotidiano de
cada indivíduo, uma vez que possuí fácil acesso, excesso de informações, diferentes públicos com
faixas etárias variadas e novas oportunidades de negócios.
Para proteger seus dados em uma rede social é necessário usar sempre uma conexão
segura, denominada de HTTPS; colocar senhas bem elaboradas; habilitar a verificação em duas
etapas e cadastrar um e-mail acessível. Uma rede social empresarial, para o CGI/BR (2017)
precisa da criação de um código de conduta e ética, visando um bom relacionamento com seus
clientes e passar uma imagem adequada para o seu público.

1.3. Boatos / Fake news


De acordo com o Dicionário Aurélio (2019), boato significa “notícia (ainda não
confirmada) que é do domínio público”. Circulados em redes sociais, grupos de mensagens e
e-mails, os boatos antigamente denominados de “hoaxes” são chamados hoje de “fake news” que
circulam, principalmente, através de matérias jornalísticas. (CGI/BR;CERT/BR, 2018)

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Ao repassar um boato, o indivíduo deve se responsabilizar pelos danos causados, uma vez
que gerou uma rede de desinformação entre os públicos. Quando transmitidos, os boatos acabam
sujando a imagem do indivíduo e/ou empresa citada. Boatos repassados inadequadamente podem
causar caos, pânico e medo. (CGI/BR;CERT/BR, 2018)
Períodos eleitorais apresentam grande incidência de notícias falsas desde muito tempo, e
com a internet tomou proporções ainda maiores. O uso de fake news pode definir resultados das
urnas, como reportado algumas vezes pela imprensa nacional e internacional.

1.4. Senhas
“Contas e senhas são mecanismos de autenticação mais utilizados na internet atualmente”
(CGI/BR;CERT/BR, 2017). Para o CERT/BR (2017), garantir o sigilo da sua senha é fundamental
para proteger sua identidade. Criar senhas bem elaboradas dificulta a sua descoberta, permitindo
que suas informações pessoais fiquem seguras.

1.5. Malware: códigos digitais

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O Comitê Gestor da Internet no Brasil (2017) informou que “códigos maliciosos são
usados como intermediários e possibilitam a prática de golpes, a realização de ataques e envio de
spam.” Esses códigos são denominados de malware, por serem programas desenvolvidos com o
propósito de causar danos em sistemas e aparelhos como computadores, modems, roteadores e
dispositivos móveis.
Quando um aparelho entra em contato com acessórios removíveis (pen drive) ou
com arquivos e anexos infectados pelo malware, é possível que ele se passe pelo usuário em
determinadas situações. Os códigos maliciosos mais conhecidos são:
• Vírus
• Cavalo de Tróia (trojan)
• Ransomware
• Backdoor
• Worm
• Bot
• Spyware
• Rootkit

Para a prevenção desses códigos, é importante instalar em seu aparelho e/ou dispositivos
ferramentas denominadas de antivírus ou antimalware, que além de prevenir, também avisa
quando algo é detectado.

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1.6. Backup
De acordo com o Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança
no Brasil (2017), backup é uma ferramenta criada com o propósito de manter os dados dos
usuários seguros. Um backup permite que o indivíduo recupere dados e arquivos com segurança
e guarda informações que podem ser usadas no futuro. É importante que o usuário configure o
dispositivo para backups automáticos, assim todos os dados ficaram guardados na ferramenta e
acessíveis para recuperação, caso necessários.

1.7 Segurança do dispositivo


De acordo com o CERT/BR (2017), ao utilizar a internet é essencial manter a segurança
do dispositivo, sendo ele um dispositivo móvel ou um computador. Prejudicando os usuários de
diferentes formas, os danos podem ser atribuídos a uma “falsa ilusão de segurança”.
Quando invadido, um dispositivo e seu usuário podem sofrer:
• Invasão de privacidade
• Furto de identidade

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• Vazamento de informações
• Perda de dados
• Perdas financeiras
• Perda de acesso ao dispositivo
• Instalação de aplicativos e códigos maliciosos
• Aplicar golpes em outros dispositivos e usuários
• Prejudicar outros dispositivos
• Espalhar SPAM

1.8 Cuidado com os E-Commerces


“Atualmidado com os E-Commercesusus podem ser atribuidos ente, graças à internet, é
possível comprar produtos sem sair de casa ou do trabalho, sem se preocupar com horários e sem
enfrentar filas” (CGI/BR;CERT/BR, 2017). É muito comum realizar compras de serviços e/ou produtos pela
internet, estando sujeito a golpes eletrônicos. Esses golpes variam e segundo o CGI/BR (2017) são cerca de três tipos:

I. Phishing: também conhecido como um site falso ou semelhante ao site original, atraindo
os usuários a passar seus dados pessoais e financeiros.
II. Comércio eletrônico fraudulento: sites onde após receberem o pagamento não
entregam mercadoria para o cliente.
III. Sites de leilão e venda de produtos: sites desse tipo são utilizados com o propósito de
ganhar dinheiro com a venda desses produtos, usando dados financeiros dos envolvidos e não
realizar a entrega do produto.

Além dos golpes, outros riscos são enfrentados, como receber o produto danificado;
dificuldade para entrar em contato com a empresa; insatisfação com a compra, etc.

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1.9 Acessibilidade digital


Segundo a W3C Brasil (2013), o Decreto Federal n° 5.296/2004, artigo 8°, I, estabeleceu
que “acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos
espaços mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos
dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoas portadora de deficiência
ou com mobilidade reduzida.”
Na web, acessibilidade significa um espaço específico que permite que pessoas portadoras
de alguma deficiência tenham acesso à internet. Os princípios da acessibilidade são:
I. Equipação nas possibilidades de uso, ou seja, permite que qualquer usuário tenha
acesso a internet.

II. Flexibilidade de uso possibilita que os indivíduos que tenha habilidades e


preferências individuais façam uso do meio digital.

III. Uso simples e intuitivo representa um conteúdo de fácil entendimento com uma
linguagem simples.

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IV. Informação perceptível fornece para o usuário um meio de obter as informações
necessárias de acordo com a sua condição física e sensorial.

V. Tolerância a erros diminui riscos devido a ações realizadas involuntariamente.

VI. Mínimo de esforço físico é a utilização do mundo digital de forma eficaz e


confortável

VII. Dimensão e espaço para uso e interação facilita o manuseio, a utilização e a


interação entre o indivíduo e o meio virtual.
Esses princípios foram desenvolvidos pela Desenho Universal com o propósito que todos
tenham acesso à internet, independentemente de sua condição.

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Códigos Maliciosos

Backdoor
Spyware

Rootkit
Trojan
Worm
Vírus

Bot
Como é obtido:
Recebido automaticamente pela rede
Recebido por e-mail
Baixado de sites na Internet
Compartilhamento de arquivos
Uso de mídias removíveis infectadas
Redes sociais
Mensagens instantâ neas
Inserido por um invasor
Aç ã o de outro có digo malicioso
Como ocorre a instalaç ã o:

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Execuç ã o de um arquivo infectado
Execuç ã o explı́cita do có digo malicioso
Via execuç ã o de outro có digo malicioso
Exploraç ã o de vulnerabilidades
Como se propaga:
Insere có pia de si pró prio em arquivos
Envia có pia de si pró prio automaticamente pela
rede
Envia có pia de si pró prio automaticamente por
e-mail
Nã o se propaga
Aç õ es maliciosas mais comuns:
Altera e/ou remove arquivos
Consome grande quantidade de recursos
Furta informaç õ es sensı́veis
Instala outros có digos maliciosos
Possibilita o retorno do invasor
Envia spam e phishing
Desfere ataques na Internet
Procura se manter escondido
Tabela 1 - Resumo comparativo entre os códigos maliciosos. Fonte: Cartilha de Segurança para Internet (2012).

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2 - ÉTICA DIGITAL
2.1 O que é ética?
De acordo com Platão (427 – 347 a.C.), ética se resume na busca pelos princípios de
conduta. Mais tarde, Aristóteles (284 – 322 a.C.) reafirma as ideias de Platão, concluindo que
ética não existe sem a prática, uma vez que acaba sendo finalista.

A ética como lógica e a metafísica é um ramo da filosofia intimamente ligada


a religião e ao direito, ela ocupa-se das normas que regem ou devem reger as
relações de cada indivíduo com os outros e dos valores que cada indivíduo deve
realizar no seu comportamento. Ao contrário das normas legais, as da ética
não são, no entanto impostas por uma repressão manifesta ou oculta, não são
sustentadas por um poder, mas quando muito por uma autoridade, que não
pode deixar de fazer apelo para um sentimento de responsabilidade em face de
algo que está para além do individual: um deus, a sociedade ou a humanidade
considerada como um todo (LESZEK KOLAKOWSKI, 1996, p. 339).

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Para Seronni (2003), ética estuda o comportamento dos homens, uma vez que julga
os conceitos de bem e mal, de forma não obrigatória e relacionada com as vontades de cada
indivíduo.

A definição da palavra ética no dicionário Aurélio, diz o seguinte: Estudo dos


juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação
do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade,
seja do modo absoluto. Procuramos defini-la como uma aglutinação de
normas de boa conduta, regidas pela própria comunidade, direcionada para o
relacionamento entre as pessoas nos diversos níveis, quer seja, profissional ou
não, procurando definir o que é certo e honesto (SERONNI, 2003, p. 1).

A definição de ética, então, se trata de um tipo de julgamento diferenciado comportamentos


morais e cotidianos, afim de explicar, esclarecer e investigar uma determinada situação.

2.2 Ética nas redes sociais


Garton Haythornthwaite e Wellman (1997) definiram que as redes sociais laços entre
computadores conectados a um aglomerado de pessoas e organizações.
Atualmente, são mais de 120 milhões de usuários no Brasil (UOL, 2018) conectados à
internet. Boa parte desse número acredita que as redes sociais permitem-nos dizer tudo, mas
estudos feitos pelo Coren (2014) comprovam que na hora de utilizar-se de uma rede social, é
preciso ter responsabilidades, uma vez que cada usuário é sujeito a penalidades justificadas por
lei e ainda as publicações podem ser atribuídas como provas de crimes virtuais.
O básico dentro de uma rede social, segundo Coren (2014) são: respeito, moralidade
e cortesia. Cabe, dentro da ética digital, respeitar informações sigilosas, uma vez publicadas o
indivíduo pode responder por ordens judiciais; respeitar o próximo também é essencial, já que
o contrário disso pode denominar crimes como ódio racial, xenofobia ou qualquer outro crime
por discriminação.

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Para Medeiros (2015), “palavras são apenas resumos de nossos sentimentos profundos,
sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um
predicado”. Muitos desses sentimentos, na opinião da autora, são críticas nem um pouco
construtivas. A internet, hoje em dia, acaba se tornando um meio de grande risco para os
indivíduos, já que muitos à utilizam inadequadamente e ultrapassam os limites éticos.
A Constituição Federal Brasileira determinou, em 1998, no código 3 inciso IV que:
“promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras
formas de discriminação.” Ao fazer um discurso de ódio na internet, o indivíduo responderá por
crime federal perante a lei da constituição.

2.3 Ética nas empresas digitais


De acordo com Laudon & Laudon (2017), dentro de uma empresa digital é necessária
uma postura ética, como:
• Direitos e deveres sobre a informação
• Direitos e deveres sobre a propriedade

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• Prestação de conta e controle
• Qualidade do sistema
• Qualidade de vida

Direitos e deveres sobre a informação e propriedade se encaixam dentro das


responsabilidades do indivíduo, aceitando os custos, deveres e obrigações impostas. Os direitos
sobre a informação se tratam de privacidade e liberdade, proporcionando aos indivíduos
mecanismos como:
• Gerenciamento de cookies: bloqueia ou limita outros cookies no computador do
usuário
• Bloqueio de anúncios: responsável por controlar os anúncios que surgem com base no
perfil dos usuários, evitando de coletar informações.
• Criptografia de e-mail ou dados: permite que e-mails e dados do usuário não possam
ser lidos.
• Garantidores de anonimato: responsável pela “aba anônima”, ou seja, os usuários não
podem ser identificados e nem enviar e-mail ou dados em anônimo.

Os direitos de propriedade se resumem em quatro classificações:


• Propriedade intelectual: criações voláteis e protegidas por lei
• Segredos comerciais: informações pertencentes à organização longe do alcance público
• Direito autoral: lei que determina e protege uma propriedade intelectual de ser copiada.
• Patentes: garantia legal do proprietário de vender a ideia, decorrente de outra ideia
inovadora.

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As prestações de conta e controle da organização permite determinar de quem será


a responsabilidade ética de realizar indenizações, pagamentos de gastos e corte dos mesmos.
Qualidade do sistema remete a qualidade de dados e erros do sistema, uma vez que implicaria
em maiores custos, porém aumentaria a segurança dos dados dos usuários. Já a qualidade de
vida é o mesmo que igualdade e acesso sem fronteiras a todos; manter o equilíbrio de poder;
velocidade da mudança, ou seja, diminuição do tempo em relação a concorrência; redução da
perca de trabalho por não possuir conhecimento tecnológico e virtual e maior atenção aos crimes
e abusos digitais.

2.4 Cyberbullying
A Revista Interações (2009) citou que

o cyberbullying constitui uma nova expressão do bullying, enquanto agressões,


ameaça e provocação de desconforto, premeditadas e repetidas, realizadas com
recursos tecnológicos de comunicação, tais como o e-mail, o chat, o blogue,
o telemóvel, etc., contra uma vítima de estatuto semelhante, mas que tem
dificuldade em defender-se.

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Para Beran & Li (2007), o cyberbullying ultrapassa fronteiras, uma vez que é apoiado por
diversas tecnologias. Essas ofensas também atingem o meio físico e pessoal.

As suas consequências são também amplificadas, uma vez que as agressões


podem difundir-se facilmente e com enorme rapidez, e manter-se, como já
dissemos, infinitamente presentes no espaço virtual.

De fato, um e-mail pode ser sucessivamente encaminhado para milhares de


internautas, e uma imagem, uma vez colocada, por exemplo no YouTube, além de
copiada e multiplicada, pode aí permanecer indefinidamente, dando assim lugar
a consequências repetidas e de longo termo. O anonimato possível e facilitado
nas comunicações e interações através da Internet acarreta novos aspectos e
novos problemas (WILLARD, 2005).

Beran & Li (2005) afirmam que crianças e adolescentes são muitas vezes ofendidos no
meio digital, sem reconhecimento de um responsável ou quando reconhecidos são tratados como
algo sem muito valor.

Com o cyberbullying não é diferente. Ademais, levando-se em conta que práticas


dessa natureza geralmente ocorrem fora do alcance da supervisão dos adultos,
bem como que grande parte das vítimas não reage nem comenta a agressão
sofrida (Fekkes, Pijpers, & VerlooveVanhorick, 2005), pode-se entender por que
professores e pais ainda subestimam a ocorrência do (cyber)bullying e ainda
atuam de forma insuficiente para a redução e interrupção dessas situações
(BAUER et al., 2006; PINGOELLO, 2009).

De acordo com YBarra & Mitchell (2004), não é necessário que a vítima de cyberbulliyng
tenha uma diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional do agressor.

Nesse sentido, ressalta-se que apesar de serem praticados através de meios


virtuais, as consequências e impactos do cyberbullying sobre a vida de crianças
e adolescentes são tão reais e devastadoras quanto as do bullying, inclusive
acarretando riscos de suicídio e automutilação por parte de vítimas mais
vulneráveis (TOTURA, 2009).

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O Cyberbullying pode ser combatido através de debates promovidos em ambiente


escolar políticas institucionais de prevenção, diálogos entre pais e filhos,
envolvimento da comunidade na prevenção e conscientização de seus moradores.

3 - POLÍTICA DIGITAL

3.1 Introdução à política digital

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Segundo a Revista O&S/UFBA (2015), a Câmara de Deputados do Congresso Nacional
Brasileiro desenvolveu um projeto denominado de E-Democracia, cujo se trata de um mecanismo
eletrônico cm o intuito de incentivar a participação da população. Esse projeto foi implantado no
Brasil em 2000. No mesmo ano, foi criado o Comitê Executivo do Governo Eletrônico, que traçou
os principais objetivos estratégicos, sendo:

• Disponibilização de todas as informações e serviços governamentais na Internet.


• Garantia de acesso a internet a toda a população brasileira
• Inclusão digital e social

Esse contexto virtual eletrônico da internet possibilitou uma nova democracia com
mecanismos que ampliaram a participação para a maioria dos cidadãos (CEPIK; CANABARRO,
2010). O propósito inicial da E-Democracia é que cada indivíduo tenha percepções necessárias
diante do controle social, através de ferramentas criadas para esse fim.

A iniciativa do e-Democracia é compreendida, portanto, como parte de um


conjunto de ferramentas eletrônicas do governo brasileiro voltadas à expansão
e ao fortalecimento da democracia digital no Brasil. A democracia digital é o
resultado de práticas democráticas que entrelaçam características de uma
participação direta da população – afinadas com os princípios da democracia
participativa – e aquelas que constituem e modelam as práticas associadas aos
cânones da democracia deliberativa (REVISTA O&S/UFBA, 2015).

Chadwick (2009) afirma que: “o sucesso de programas de democracia digital depende de


uma pluridade de valores e mecanismos sociotécnicos”.

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Oficialmente são três poderes que regem o Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Contudo sabemos que a Imprensa se tornara o Quarto poder ao longo do século
XX. Neste início de século XXI, com o advento da internet e dos dispositivos móveis
como os smartphones capazes de gravar, editar e transmitir mensagens em textos,
ilustrações, fotos e vídeos, pessoas comuns juntas em redes sociais podem se
tornar, o que muitos cientistas e pesquisadores estão chamando de 5° Poder. A
população fazendo seu próprio broadcasting e promovendo mudanças políticas,
econômicas, sociais, etc. Será que existem outros poderes ainda não revelados,
como o poder econômico que muitas vezes sobrepuja os outros poderes, seria
este o Sexto Poder?

3.2 Marco Civil

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Em 23 de abril de 2014, o Governo Brasileiro decretou princípios, garantias, direitos e
deveres para o uso adequado da internet. Esse decreto foi denominado de Marco Civil da internet,
portando a lei n° 12.965. Seu principal objetivo é regular direitos e deveres de internautas.
Promove a proteção de dados pessoais e privacidade dos usuários. Assim sendo apenas mediante
ordem judicial poderá haver quebra de dados e informações particulares existentes em sites ou
redes sociais. Outra inovação é a retirada de conteúdo do ar. Antes não havia uma regra clara
sobre este procedimento. Com o Marco Civil a retirada de conteúdo do ar só será feita mediante
ordem judicial, com exceção dos casos de “pornografia de vingança”.
Pessoas que sofreram violações da intimidade podem solicitar a retirada de conteúdo, de forma
direta, aos sites ou serviços que hospedem este conteúdo.

MORAES, J. A. O Paradigma da Complexidade e a Ética Informacional. Tese de


Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências
Humanas. Campinas, SP: 2018

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3.3 Ativismo Digital


Segundo dicionário do Google, ativismo é:

qualquer doutrina ou argumentação que privilegie a prática efetiva de


transformação da realidade em detrimento da atividade exclusivamente
especulativa, freq. subordinando sua concepção de verdade e de valor ao sucesso
ou pelo menos à possibilidade de êxito na ação.”

No contexto virtual, o ativismo é digital e conforme matéria publicada no jornal El País


(2017): “ativismo digital é uma forma poderosa de expressão e de ação social”. Para Howell-
Fernández (2017), são atividades sociais que desempenhamos online com pessoas jurídicas ou
físicas.
De acordo com Desacato (2016), ao expressar uma opinião defendendo algo através da
internet trata-se de um ativismo digital, uma vez que o indivíduo está sendo livre para manifestar-
se. Ativismo digital torna-se, portanto, uma imposição diante de um fato midiático.
Visto como forma de militância, o ativismo exerce a função de mudar a realidade social
e política com propósitos pacíficos ou violentos. No ativismo digital ou ciberativismo, é utilizado
do mesmo conceito, diferenciando apenas que tudo é feito pela internet, grupos são formados e

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discussões são realizadas sobre os mesmos interesses sociais e políticos (E-Gov, 2017).
Ferreira (2018) acredita que por ser organizado e praticado em redes sociais, o ativismo
digital possui ligações com a sociabilidade e cultura digital. Com essas relações iniciam-se novos
debates que permitem uma visão mais ampla das informações transmitidas. Diante disso, as
possibilidades para a realização de campanhas, petições, manifestações para aprovação ou rejeição
de leis, criação de comunidades politicas varias, etc., são maiores afirma a autora. Abrangendo o
senso comum, o ativismo digital é usado para promover ações de bem com cunho social, político
e cultural. Ferreira (2018) expõe:

O ativismo digital para alguns estudiosos é considerado algo distinto do


hackerativismo, uma vez que a perspectiva central da ação hacker não seria a de
influenciar de forma coletiva na con¬formação de agenda pública, todavia, para
outros autores, esta constitui a estratégia mais radical e mesmo eficaz para abalar
regimes políticos e econômicos estabelecidos.

Figura 1 - Quinto Poder. Fonte: Moares (2018).

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3.4 Terrorismo digital


Com o avanço tecnológico, a internet não trouxe a população só seus benefícios, mas
também malefícios. Com isso, terroristas principalmente do Estado Islâmico passaram a usufruir
da mesma com o objetivo de planejar estratégias para seus ataques, espalhar propagandas de
assuntos terroristas, atrair indivíduos com interesses nos seus propósitos, etc., Sette Câmara,
T (2016) afirma que o papel da comunicação utilizando ferramentas como a internet tem sido
muito comum.
“A UNODC (2012) reconhece que ao mesmo tempo em que a tecnologia facilita a
comunicação, ela também pode ser explorada para fins de terrorismo, o que representa grandes
desafios na luta antiterrorista.”
Para UNODC (2012, s.p.), o recrutamento, a propaganda e o financiamento são as
principais etapas do terrorismo vinculado com a internet. Na propaganda, o autor destaca que

a propaganda terrorista se constitui como uma comunicação multimídia que


oferece mensagens ideológicas, instruções práticas, explicações, justificativas ou
outros meios de promoção de atividades terroristas. Essa propaganda pode ter
diferentes formatos e pode também ser utilizada a partir de distintas ferramentas.

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Dessa forma, o tema terrorista é difundido, adaptado e selecionado para ser enviado
a públicos distintos. Pode utilizar-se de ferramentas como manipulação psicológica e atingir
tanto público com interesses terroristas ou adversários. O recrutamento é realizado a partir das
expansões das propagandas terroristas, uma vez que maior sua visibilidade, mais recrutas são
atingidos.
3.5. relacionado à forma na qual a propaganda é disseminada. Nesse sentido, a
propaganda terrorista muitas vezes é adaptada em função de fatores demográficos,
idade, sexo, bem como diferentes circunstâncias sociais e econômicas. Os alvos
mais frequentes dos recrutadores terroristas são indivíduos que pertencem
aos grupos mais vulneráveis e marginalizados da sociedade. Desta forma o
processo de recrutamento geralmente procura explorar diferentes sentimentos
individuais, principalmente os relacionados à injustiça, humilhação ou exclusão
(UNODC, 2012).

O financiamento de ações terroristas, de acordo a UNODC (2012), por meio da internet


é feito em quatro etapas:
I. Captação de recursos por solicitação direta
II. Comercio virtual e utilização de E-Commerce
III. Exploração de pagamentos on-line
IV. Captação de recurso vinculada com instituições de caridade

3.5 Crime digital


Segundo Ferraz (2018, s.p.): “O Tribunal da Inquisição foi um mecanismo poderoso
utilizado como ferramenta de perseguição e intolerância por diversas categorias da Europa
ocidental.” Atualmente, não se encontra mais tribunais de inquisição, mas existem práticas
semelhantes em sistemas distintos.
A internet acaba sendo uma ferramenta que é possível distinguir, denunciar e até mesmo
praticar ações com cunho criminoso.

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Denomina-se crime informático “toda conduta, definida em lei como crime, em que
o computador tiver sido utilizado como instrumento de sua perpetração ou consistir em seu
objeto material” (ROQUE, 2007, p. 25). Os crimes digitais, também denominados de crimes
de computação, crimes cibernéticos ou crimes de alta tecnologia, podem ser definidos como
“a conduta típica e ilícita, constitutiva de crime ou contravenção, dolosa ou culposa, comissiva
ou omissiva, praticada por pessoa física ou jurídica, com o uso da informática, em ambiente de
rede ou fora dele, e que ofenda, direta ou indiretamente, a segurança informática, que tem por
elementos a integridade, a disponibilidade a confidencialidade (ROSSINI, 2004, p. 110).
De acordo com a lei n° 12.737/12, quando um crime é praticado com cunho cibernético, é
julgado como crime contra a liberdade e intimidade do indivíduo perante o artigo 154-A e 154-B,
Capítulo IV, do Código Penal.
Segundo o artigo 154-A, é crime quando:

Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores,


mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter,
adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita
do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.

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Figura 2 - Tipos de crimes. Fonte: CNJ (2018).

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que para utilizar a internet, é preciso não só segurança, mas também de ética.
É essencial que a união dos dois resulte em uma boa convivência entre os usuários. Por outro
lado, é imprescindível a quantidade de riscos oferecidos durando o seu uso. Garante-se segurança
digital por meio de backups e senhas bem elaboradas, protegendo assim, os principais dados do
usuário.
Durante o uso, um usuário pode identificar riscos e cancelar a operação que estava sendo
realizada, sendo ela um entretenimento ou trabalho. Esses riscos são identificados por meio de
um sistema denominado de antivírus. Dentro dele pode ser detectado códigos maliciosos como:
vírus, cavalo de troia, ransomware, backdoor, worm, bot, spyware e rootkit.

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A acessibilidade digital aumentou nos últimos anos e tornou-se uma realidade para
indivíduos com necessidades especiais. Em 2004, foi estabelecido um Decreto Federal cujo
defende, protege e incentiva o uso da internet para todos.
A principal conduta da ética digital se assemelha nos princípios éticos básicos estudados
por Platão e Aristóteles, que é definida como “estudo dos juízos humanos”. Esses princípios são
utilizados como base na hora de resolver situações desafiadoras na qual denigre a imagem do
usuário.
Na política digital, qualquer ação com cunho ofensivo ou roubos, é vista como crime
cibernético, de acordo com leis estabelecidas pela Constituição Federal Brasileira, em 2014,
descrita como Marco Civil.

Basta de cidadania obscena | Mario Sergio Cortella e Marcelo Tas


Canal Café Filosófico CPFL
https://www.youtube.com/watch?v=EmkW7FiR26U.

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Sinopse:
Se o contemporâneo valoriza a individualidade, por outro lado, amplia as
possibilidades de mundos compartilhados. A internet ajuda a agregar
conhecimento, aproximar pessoas e a disseminar valores, mas ela também pode
favorecer a difusão de ideias perigosas, que separam e segregam pessoas. Qual
o potencial do mundo conectado, suas vantagens, seus perigos? Neste Café
Filosófico Especial traz o encontro entre o filósofo Mario Sergio Cortella e o
jornalista Marcelo Tas para uma conversa reflexiva, e ao mesmo tempo divertida,
sobre diversos temas que envolvem nossa relação com a política, com o outro e o
exercício da cidadania na era digital.

WWW.UNINGA.BR 79
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REFERÊNCIAS
AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS. Crimes digitais: o que são, como denunciar e quais leis tipificam
como crime?. 2018. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/87058-crimes-digitais-
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ALVES. G. F. ÉTICA NAS REDES SOCIAIS. 2015. Disponível em: <https://cepein.femanet.com.


br/BDigital/arqTccs/1211390813.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2019.

AMADIGI. F. Ética nas redes sociais. 2015. Disponível em: <http://www.corensc.gov.br/wp-


content/uploads/2015/03/%C3%89tica-nas-redes-sociais.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2019.

ASSIS. R. B. “Ativismo digital é uma expressão da liberdade de manifestação”. 2016. Disponível


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em: <http://www.b2wservices.com.br/blog/e-commerce-vantagens-de-investir-em-uma-loja-
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BANDNELLI. L. P.; NEUTZLING. J. S.; GUARESCHI. P. A. Adicção Midiática – Compulsão à


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BARBOSA. A. F. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação


nas empresas brasileiras: TIC empresas 2017 = Survey on the use of information and
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BASTOS. E. M.; OSPINA. J. A. V.; OLIVEIRA. L. S. A RELAÇÃO ENTRE O USO EXCESSIVO


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