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Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito
de Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Distância:
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Profa. Ma. Daniela Ferreira
Primeiramente, deixo uma frase de Só-
Correa
crates para reflexão: “a vida sem desafios PRODUÇÃO DE
não vale a pena ser vivida.” MATERIAIS
Cada um de nós tem uma grande res- Designer Educacional:
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, Clovis Ribeiro do
e essas nos guiarão por toda a vida Nascimento Junior
acadêmica e profissional, refletindo
diretamente em nossa vida pessoal e em
Diagramador:
nossas relações com a socie- dade. Hoje em Alan Michel Bariani
dia, essa sociedade é exigente e busca por Revisão Textual:
tecnologia, informação e conheci- mento
advindos de profissionais que possuam novas
Letícia Toniete Izeppe
habilidades para liderança e sobrevivên- cia no Bisconcim / Mariana Tait
mercado de trabalho. Romancini
Revisão dos Domingos
Produção:
Produção
ProcessosAudiovisual:
de
De fato, a tecnologia e a comunicação
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, Rodrigo
Eudes Wilter Pittade/ Heber
Ferreira
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e Souza
Acuña Berger
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Fotos:
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
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dade, capaz de formar cidadãos integrantes de
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes
atuantes.
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ENSINO A DISTÂNCIA
01
UNIDADE
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................4
HISTÓRIA DA BELEZA.......................................................................................................................................5
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E A RE-
GULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO....................................................................................................................14
O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E O MERCADO DE TRABALHO......................................................................16
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais antigos as mulheres e homens desenvolveram diversos artifícios
para melhorar a aparência, esses foram evoluindo no decorrer dos anos, transformaram-se de
produtos de beleza feitos em casa em cosméticos com alta tecnologia produzidos por grandes
indústrias.
Assim, também surgiu e se aprimorou a profissão de esteticista, anteriormente formado
apenas por conhecimentos empíricos, depois cursos livres e técnicos, hoje os profissionais de
es- tética possuem uma formação ampla em curso superior de tecnologia ou bacharelado,
podendo aprimorar seus conhecimentos em cursos de pós-graduação. Fatores estes que
contribuíram, e continuam a contribuir com o avanço nos tratamentos estéticos e nos
cosméticos disponíveis à população.
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HISTÓRIA DA BELEZA
No decorrer da história da humanidade se observa constantemente a busca por atingir o
padrão de beleza vigente, vivemos sob a ditadura de um corpo perfeito e, constantemente
surgem inovações em cosméticos, equipamentos e procedimentos estéticos visando atender
essa deman- da, segundo Menezes (2006). Muitos filósofos se preocuparam em explicar o
conceito de beleza, entre eles Platão, e segundo ele, o belo está identificado como o que é bom,
verdadeiro e perfeito, conforme Silva, Santos e Oliveira (2014).
Porém, o padrão de beleza foi mudando ao longo do tempo, seguindo os valores mais
proeminentes de cada época, e no século XX, de acordo com Martins (2010), essa preocupação
com o corpo tomou uma dimensão maior, cada indivíduo é responsável por sua beleza, juven-
tude e saúde, assim, o corpo também se tornou capital, que recebe grande investimento visando
sua melhoria estética. Considerando a influência e atuação direta dos Tecnólogos em Estética e
Cosmética na promoção da beleza, saúde e bem-estar, veremos um breve panorama do padrão
de beleza ao longo dos anos, e os cuidados e recursos estéticos utilizados para atingi-lo, estes
padrões estão representados em obras de arte ou imagens de cada respectivo período histórico.
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Na Grécia antiga, a maquiagem foi proibida por algum tempo, ficou restrita às cortesãs,
e o ideal helênico é de que a harmonia era alcançada por meio de cuidados de higiene interna e
externa. Nesta época, os conselhos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, salientavam
a importância dos cuidados com o corpo que estão diretamente ligados à higiene, ele indicava
re- alizar jejum regularmente, praticar exercícios físicos, tomar banhos frequentes, escovar os
dentes e lavar os cabelos. A maquiagem ficou ausente até o século III, o que era salientado no
período eram as sobrancelhas, que para serem consideradas belas deviam se unir formando um
arco úni- co, mas com o tempo a maquiagem foi levada do Egito e da Ásia menor para a
Grécia. Em Roma, a dedicação das mulheres à beleza era ainda maior, elas realizavam banhos
demorados, esfolia- ção, depilação total, mastigavam ervas para combater o mal hábito e se
maquiavam, corrobora Faux (2000).
Figura 2 - Vênus de Arles mostrando o ideal grego de beleza. Fonte: Fernández (2016).
Com o Renascimento ocorre uma mudança total nesta visão, a mulher tem que ser bela
e atraente, e tem lugar a imagem de Vênus. Segundo o padrão de beleza a mulher bela é alta,
tem ombros largos, cintura fina, quadris amplos e redondos, pernas roliças, pés pequenos, os
seios têm formato de pêra invertida e no peito não devem aparecer ossos salientes. Tem
pescoço longo, testa alta, nariz reto e delicado, boca pequena, olhos escuros, sobrancelhas e
cílios escuros, lábios, face e unhas vermelhos, a pele deve ser tão branca a ponto de se poder
ver o vinho correr pela garganta, e os cabelos loiros e soltos (FAUX, 2000).
Figura 3 - Virgem com o menino, simbolizando o padrão de beleza da Idade Média. Fonte: Mottaz (2015).
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No século XVI a ênfase recaía sobre a parte de cima do corpo (a delicadeza da pele, a
intensidade dos olhos, a regularidade dos traços), surgiram então o empoamento do rosto, os
espartilhos e os regimes episódicos contra a obesidade, salientando sempre o rosto, os ombros,
o busto, para os quais a parte inferior do corpo serve de pedestal (MORENO, 2008).
Pois, segundo Faux (2000), a Reforma e a Contra-Reforma combatem a exuberância do
Renascimento, novamente a vaidade foi condenada. Os cabelos em geral eram presos em um
coque baixo, as roupas bem fechadas, a beleza devia ser majestosa, digna e solene.
Figura 5 - A infanta Maria Teresa mostrando toda a solenidade e poder do século XVII. Fonte: Velázquez
(1693).
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Figura 6 - Madame de Pompadour representando a elegância do século XVIII. Fonte: Boucher (1759).
Figura 7 - Elizabete da Áustria, símbolo da beleza romântica. Fonte: Happy Family (2015).
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O quadro abaixo apresenta as principais características das décadas de 1900 até os dias
de hoje, revela Faux (2000), estes podem ser melhor entendidos pelas imagens de cada uma
das décadas.
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Figura 10 - Louise Brooks, na década de 1920. Figura 11 - Greta Garbo, década de 1930.
Fonte: Fashion Gone Rogue (2017). Fonte: Birmingham (2017).
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Atualmente, o padrão de beleza é bastante variável, e vai desde corpos bastante magros,
aos muito malhados e definidos, porém a beleza está muito ligada à saúde. A magreza continua
na moda, mas também há o seguimento de moda para as mulheres acima do peso, e o apelo
publicitário de que a moda é ser saudável não importa o tamanho de seu manequim, destaca
Moreno (2008).
Para Biase, Nunes e Alma (2013), sempre houve um padrão de beleza que estava sendo
seguindo, mas esse é bastante mutável. Atualmente vivemos numa cultura fitness, e a velhice,
obesidade e feiura devem ser atenuadas enquanto a beleza é uma exigência. Apesar disto,
devido a essa grande preocupação com o padrão de beleza, surgiram algumas doenças
relacionadas a obsessão em seguir esse padrão, são exemplos a anorexia, bulimia, entre outros,
e muitas pessoas buscam a resolução de suas disfunções estéticas em tratamentos “milagrosos”
que possam resol- ver a questão do dia para a noite, esquecendo-se das consequências que isso
pode trazer à sua própria saúdem, conforme Martins (2010).
Segundo Moreno (2008), para ser bela há de sofrer, esse ideal de beleza cria a busca
pela perfeição que culmina em ansiedade, inadequação e baixa autoestima, chegando a levar a
distúrbios como anorexia e bulimia, além de fazer com que grande parte do orçamento familiar
seja gasto em produtos e serviços ligados à estética. O Tecnólogo em Estética e Cosmética
como possui formação ampla em relação aos conhecimentos da área da saúde, aos distúrbios
Helena Rubinstein criou a beleza científica, valorizando a hidratação da pele, a proteção contra a
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língua portuguesa.
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E no ano de 2012 foi sancionada pela presidência da república a lei nº 12.592 que reco-
nhece a profissão do esteticista em todo território nacional (BRASIL, 2012), porém esta,
também, abrange os profissionais cabeleireiros, manicuros, pedicuros, depiladores,
maquiadores e este- ticistas, que atuam na área de higiene e embelezamento. Sendo assim,
ainda se faz necessário o reconhecimento dos tecnólogos e bacharéis em estética, que são
profissionais com nível superior de ensino. Este reconhecimento está em andamento, mais
recentemente, no dia 06 de dezembro de 2017, a Comissão de Assuntos Especiais aprovou o
Projeto de Lei da Câmara nº 77, de 2016, que regulamenta a profissão de esteticista, dividindo
a mesma em estetacosmetólogo, com nível superior, e o técnico em estética, com nível médio
(VIEIRA, 2017). O mesmo seguiu para a vota- ção no Plenário do Senado e foi aprovado no
dia 13 de dezembro de 2017. Para entrar em vigor, agora o projeto precisa da aprovação do
Presidente da República (SENADO, 2017).
No Paraná, a Lei 264/2016, reconhece o Tecnólogo em Estética e Cosmética como um
profissional habilitado para responder tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética,
sendo assim, em estabelecimentos onde não são realizadas atividades privativas à profissão de
médico, não haverá necessidade de permanência do médico responsável no local. E também re-
conhece os técnicos em estética como legalmente habilitados para responder tecnicamente
pelos trabalhos por eles realizados (PARANÁ, 2016).
Salienta-se a importância de o Tecnólogo em Estética e Cosmética ter a habilidade de
trabalhar com uma equipe multidisciplinar, ou seja, trabalhar com uma equipe formada por
pro- fissionais de diferentes áreas de atuação trabalhando por um mesmo objetivo, conforme
Silva, Santos e Oliveira (2014). Atuando desta forma os tratamentos de seus pacientes serão
mais com- pletos, pois atuarão nas diferentes causas do distúrbio, e assim serão mais eficientes.
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A Esteticista Rosaline Kelly Gomes é uma das idealizadoras do Mutirão de re- gulamentação
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NETO, Paulo Poli; CAPONI, Sandra NC. A medicalização da beleza. Interface-Co- municação
FITOUSSI, Michèle. A mulher que inventou a beleza. São Paulo: Editora Objetiva, 2013.
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0
UNIDADE
2
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO EM
ESTÉTICA E COSMÉTICA E A PELE HUMANA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................19
EMBELEZAMENTO PESSOAL...............................................................................................20
TERAPIAS COMPLEMENTARES..........................................................................................20
ESTÉTICA FACIAL........................................................................................................................21
ESTÉTICA CORPORAL.................................................................................................................23
ESTÉTICA CAPILAR.....................................................................................................................24
CONDUTA PROFISSIONAL E AMBIENTE DE ATENDIMENTO............................................................................25
PELE HUMANA...................................................................................................................27
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INTRODUÇÃO
As cinco grandes áreas de atuação do Tecnólogo em Estética e Cosmética são a estética
corporal, estética facial, terapia capilar, embelezamento pessoal e terapias complementares, se-
gundo Krupek (2012). Conforme mostra a figura:
De acordo com Alma e Costa (2011), o profissional de estética não atua apenas no
embe- lezamento, mas também proporciona o bem-estar e qualidade de vida aos pacientes,
atuando na reestruturação da imagem e melhora da autoestima, o que vai de encontro com
definição ampla- mente difundida da Organização Mundial de Saúde, que diz que saúde é um
estado de completo bem estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doença ou de
enfermidade, evidencia OMS (2018). Sendo assim, veremos uma breve explicação do que
compreende cada uma destas áreas, os principais distúrbios estéticos avaliados em cada uma e
os respectivos tratamentos ou procedimentos realizados.
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EMBELEZAMENTO PESSOAL
Compreende as técnicas utilizadas para promover o embelezamento propriamente dito,
não envolve um tratamento e não visa tratar um distúrbio específico, são os procedimentos de
maquiagem, design de sobrancelhas, depilação, permanente de cílios, entre outros. Sendo
assim, para a realização dos procedimentos de embelezamento, sobretudo os faciais, é
importante o conhecimento de visagismo. De acordo com Hallawell (2008), o termo visagismo
vem do francês visage, que significa rosto, neste busca-se o equilíbrio entre os elementos para
criar uma imagem, para proporcionar a harmonia estética. Para analisar e aplicar o visagismo
nos pacientes, além do formato de rosto, para o embelezamento facial e, sobretudo, na
maquiagem é preciso conhecer os formatos dos olhos, nariz, queixo, boca e sobrancelhas.
Segundo Lacrimanti (2008), a maquiagem além de promover o embelezamento é uma
ferramenta para consolidar o estilo pessoal de cada um e para enfatizar o que a pessoa mais
gosta e disfarçar o que lhe incomoda. Molinos (2000) concorda que a maquiagem não serve
apenas para embelezar, ela também para reforçar o estilo, personalidade e atitude que se deseja
aparentar, sendo assim é importante conhecer mais sobre si, seu tipo de rosto e possibilidades.
TERAPIAS COMPLEMENTARES
Compreende os tratamentos e procedimentos que visam proporcionar o bem estar dos
pacientes. Estes tratamentos incluem banhos terapêuticos, argiloterapia, aromaterapia, cromo-
terapia, massagem ayurveda, shiatsu, reflexologia, entre outros. A Argiloterapia, ou seja, os
tra- tamentos com argila são utilizados desde as épocas mais antigas pelos egípcios, gregos e
árabes. Atualmente é usada tanto na forma de cataplasmas, ou seja, como máscaras, no rosto,
corpo e couro cabeludo, como de compressas. Ela atua como um descongestionante,
eliminando líquidos e toxinas, e ainda tem a capacidade de absorver a oleosidade, tem ação
hidratante, tensora e re- mineralizante, segundo Lacrimanti (2008).
De acordo com Balduino (2016), elas podem ser encontradas em diversos tipos de
solos e apresentam diferentes cores de acordo com os diferentes tipos de minerais que a
compõe, o que irá determinar sua ação e função. Por exemplo, a argila verde que é uma das
mais comumente uti- lizadas tem ação adstringente, secativa, bactericida e cicatrizante; a
branca atua como clareadora, cicatrizante, hidratante e remove a oleosidade da pele; a
vermelha tem ação rejuvenescedora e redutora de medidas e a preta também atua como
rejuvenescedora, clareadora e remove a oleo- sidade. A Aromaterapia é o nome que foi dado
pelo químico francês René Maurice Gattefossé ao uso de óleos essenciais para tratamento de
doenças. Os óleos essenciais são a representação mais concentrada dos compostos das plantas e
podem ser extraídos das folhas, flores, raízes, caule ou frutas, esboça Price (1999).
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Segundo Kede e Sabatovich (2010), a pele oleosa é untuosa e brilhante porque suas se-
creções sebácea e sudorípara estão aumentadas, também é mais espessa, tem os orifícios pilos-
sebáceos aumentados e tendência à formação de acne, seu pH tende ao alcalino, porém esse
tipo de pele apresenta a vantagem de envelhecer mais lentamente. A pele seca é muito fina,
tem produção sebácea insuficiente, em geral, apresenta telangectasias e tendência a rosácea,
seu con- teúdo aquoso pode estar normal ou não, o pH é mais ácido, e tem maior tendência à
formação de rugas. A pele mista é uma variação da pele oleosa, onde a zona T (testa, nariz e
queixo) é oleosa e no restante do rosto a pele é normal ou seca. Além desta classificação
básica, é preciso entender que pele também pode apresentar-se desidratada, devido ao grau de
lubrificação menor que o normal, isto pode ocorrer devido à baixa umidade do ar, vento e frio,
apesar de a epiderme ser uma barreira eficiente nestas condições ocorre maior perda de água,
pelas trocas constantes com o meio ambiente. Apresenta-se ressecada, com descamação fina,
quebradiça e opaca, ao contrário da hidratada que é lisa, viçosa e elástica. A classificação da
pele em oleosa, seca, mista e normal é considerada por alguns estudiosos como insuficiente,
devido à grande complexidade que a pele apresenta. Por isso em 2006 a dermatologista Leslie
Baumann desenvolveu uma classificação em 16 tipos de pele, são combinados quatro fatores:
grau de hidratação, sensibilidade, pigmentação e envelhecimento, e a combinação destes quatro
possibilita a classificação em 16 diferentes tipos, expõe Baumann (2007).
A partir deste conhecimento dos tipos de pele pode-se escolher os cosméticos mais
apro- priados para o uso durante o atendimento em cabine, e para recomendar ao paciente que
ele utilize (home care).
Veremos agora alguns dos principais tratamentos realizados na estética facial. O
procedi- mento de limpeza de pele é um dos mais realizados nesta área, pois é considerado
precursor de qualquer tratamento, tendo por objetivo remover a oleosidade e sujidades
superficiais e profun- das, além de retirar de conteúdos cutâneos que obstruem os poros e
levam a formação de acne, destaca Borges e Scorza (2016).
Ela consiste na extração de comedões, pústulas e miliuns, que surgem devido à
secreção anormal de sebo na pele juntamente com impurezas do ambiente, afirma Silva, Santos
e Oliveira (2015). Sendo assim, sua realização mantém a pele limpa e íntegra facilitando a
permeação de agentes externos aplicados sobre ela para diversos objetivos, por isso é
indispensável no preparo para os demais tratamentos faciais como os peelings e antes de
recursos eletroterapêuticos.
Segundo Gomes (2013), outro procedimento muito realizado na estética facial é o
peeling químico. Sua finalidade é melhorar a textura da pele, através da renovação celular
intensificada, reduzindo rugas superficiais, manchas, acne e melhorando a textura. O termo
peeling vem do inglês to peel que significa descascar.
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Sendo assim pode ser traduzido como a aplicação de uma substância com capacidade
de acelerar o processo de renovação celular, agindo desde a camada superficial (córnea), até a
camada mais profunda da derme (reticular), com posterior reepitelização. Eles são
classificados de acordo com a profundidade que atingem (PIMENTEL, 2012; SMALL, 2014):
O que é pH?
O pH ou potencial hidrogeniônico é a medida do grau de acidez ou alcalinidade de uma substânc
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O termo celulite foi descrito pela primeira vez no ano de 1922 pelos médicos franceses Alquier e P
ESTÉTICA CAPILAR
A estética capilar compreende os tratamentos realizados nos cabelos e no couro cabelu-
do, para isto são utilizados cosméticos e equipamentos específicos. Entre os principais
distúrbios tratados estão: seborréia, caspa, queda excessiva e problemas na estrutura dos fios,
conforme Lacrimanti (2008).
Observa-se deterioração dos fios quando estes apresentam alterações na coloração e
res- secamento, o cabelo danificado fica mais poroso, opaco e perde a elasticidade. Estes danos
são causados pela radiação solar, uso de secador muito quente, vento, falta de umidade no ar
(ar con- dicionado), xampu com grande concentração de detergente, descoloração, alisamento,
tinturas, cloro da piscina, entre outros, destaca Wichrowski (2007).
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A principal queixa nesta área é a queda excessiva, chamada de alopecia, ela ocorre por
diversos fatores, por isso há diferentes tipos de alopecia. Porém uma das principais causas é o
hiperandrogenismo, ou seja, o excesso de hormônios masculinos, por isso a alopecia afeta mui-
tos homens, explica Harris (2009). Os tratamentos realizados para as alterações nos cabelos e
no couro cabeludo também incluem cosméticos, massagem e equipamentos, que estudaremos
mais detalhadamente na Unidade 3.
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Figura 21 - Procedimento de lavagem das mãos de acordo com o Ministério da Saúde. Fonte: Improta
(2016).
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Ter uma conduta ética na estética compreende manter o sigilo de todas as informações
do paciente, pois a ficha de avaliação fornecerá muitas informações sobre o mesmo, bem como
em relação à fatos pessoais que o paciente relatar. Em relação ao tratamento, deixar claro quais
resul- tados poderão ser alcançados, sem enganar o paciente, bem como na divulgação de seu
trabalho não prometendo resultados impossíveis cientificamente, segundo Silva, Santos e
Oliveira (2014). Também é comum na estética fazer o registro fotográfico dos pacientes para
que os mes-
mos possam acompanhar os resultados do tratamento de forma mais visível, bem como a divul-
gação desses resultados para a propaganda do serviço, para isso o profissional de estética
precisa ter autorização por escrito de seu paciente cedendo o uso de suas imagens e realizá-la
de forma a não expor o nome do mesmo, expõe Borges (2010).
PELE HUMANA
Pode-se afirmar que o Tecnólogo em Estética e Cosmética é o profissional que cuida
do maior órgão de nosso corpo, ou seja, da pele, sendo assim veremos uma breve explanação
deste sistema para a melhor compreensão de como ocorrem as disfunções estéticas já citadas,
Figura 22 - Pele humana, imagem em microscopia eletrônica. Fonte: Atlas Virtual de Histologia e
Patolo- gia (2017).
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• Camada espinhosa: é assim chamada porque as células desta camada têm a aparência
de células com espinhos na sua superfície. As células espinhosas ou estrato de Malpighi
representam a camada mais espessa da epiderme, são células poliédricas (muitas faces planas) e
pavimentosas.
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• Camada córnea: é a camada mais superficial, as células não têm núcleo e são achatadas,
elas já completaram o processo de queratinização. A espessura dessa camada varia de acordo
com a região anatômica, sendo mais espessa em áreas de atrito (até 15 mm). A capa córnea
superficial desidrata, descama e tem função de barreira protetora mecânica, prevenindo a
passagem de água e substâncias solúveis do meio ambiente para o interior do corpo.
Unindo as duas camadas temos a junção dermoepidérmica, esta junção assegura a ade-
rência entre derme e epiderme, e, como a epiderme não tem vasos sanguíneos ela proporciona
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(2003).
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0
UNIDADE
3
TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO
PESSOAL, TERAPIA CAPILAR E
TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................32
TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO PESSOAL........................................................................33
TERAPIA CAPILAR.......................................................................................................................39
TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA...................................................................................44
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos verificar cada tipo de técnica ligada à nossa área. Portanto, é
impor- tante lê-la com bastante atenção.
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• O rosto oval por muito tempo foi considerado o padrão de beleza para as mulheres
por ser delicado e suave, porém hoje se busca maior expressividade. Neste formato de rosto a
testa é arredondada e não muito larga, as têmporas não muito profundas e as linhas das maçãs
do rosto e do queixo suaves e levemente arredondadas.
• O rosto redondo tem poucos ângulos, a testa e o queixo são menores que os ovais, os
• Os rostos quadrado e retangular apresentam ângulos mais retos, com testa retangular,
linha do cabelo reta, as têmporas não são muito profundas e as maçãs do rosto não são muito
salientes. A diferença entre eles é que o rosto retangular é um pouco mais longo que o rosto
qua- drado.
• O rosto hexagonal com as laterais retas é semelhante ao oval, porém com ângulos
acen- tuados, a testa é em forma de trapézio, a linha do cabelo curta e reta, as maçãs do rosto
pouco pronunciadas e as têmporas mais profundas, queixo e curva da mandíbula mais
pronunciados e angulares. Por outro lado, o hexagonal com a base reta apresenta a base e a
testa reta, as maças do rosto salientes, a testa não é larga nem o queixo pontudo, e o queixo
quadrado.
• O rosto em formato de losango tem maças do rosto pronunciadas, quase nenhuma de-
finição do maxilar, queixo pequeno, e a testa forma uma ponta ou curva pronunciada.
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ENSINO A
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Com isso podemos observar a grande variedade de formatos de cada parte do rosto, o
que cria em cada pessoa uma aparência única, e apesar de o visagismo buscar essa harmonia do
rosto é importante salientar que toda a beleza deve ser valorizada, e que apesar de termos
sempre um padrão de beleza é preciso respeitar e valorizar as características de cada indivíduo.
E também, que apenas essas características, não qualificam uma pessoa como bonita ou não.
Biase, Nunes e Alma (2013) avaliaram a relação entre a percepção de beleza, a expressão facial e a
simetria facial natural, em que os participantes da pesquisa avaliaram fotos e as classificaram
como pessoas bo- nitas, ou não, e os pesquisadores verificaram a simetria dos rostos nas fotos.
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ENSINO A DISTÂNCIA
A pesquisa mostrou que as fotos mais simétricas não foram as mesmas consideradas
mais bonitas, os rostos selecionados como os mais bonitos foram as que transmitiam mais
simpatia, enquanto que as pessoas classificadas como feias foram as cujas fotos provocavam a
impressão de tristeza, mostrando que as expressões foram mais importantes que a simetria para
uma pessoa ser considerada bonita.
A maquiagem é um dos artifícios utilizados desde a antiguidade para o embelezamento
de homens e mulheres. Os principais cosméticos utilizados para maquiagem são, conforme La-
crimanti (2008):
- Corretivo: aplicado ao redor dos olhos, canto do nariz, boca e onde houver imperfei-
ções, ele tem um alto poder de cobertura e disfarça imperfeições e manchas.
- Base: é aplicada sobre toda a pele e tem por objetivo uniformizar sua cor e amenizar
imperfeições, existem diferentes formas de apresentação (líquida, stick, pó, etc.), ela deve ser
escolhida de acordo com o tipo de pele do cliente e de acordo com a necessidade de cobertura.
- Pós: dão um acabamento mais suave à pele, retirando o excesso de brilho pela
oleosida- de natural da pele e pelos outros produtos aplicados.
- Sombras: produto de diferentes cores aplicado sobre as pálpebras para dar aspecto
atra- ente aos olhos. Encontrados na forma de pó, em barra ou em creme.
- Máscara de cílios: aplicada nos cílios para acentuar sua cor natural e alongar os cílios.
- Batom: aplicado nos lábios para colori-los, encontrados na forma líquida, bastão e lápis.
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ENSINO A DISTÂNCIA
A figura abaixo mostra a forma correta de realizar a medição antes da retirada dos
pelos, uma alternativa para facilitar na retirada dos pelos que é bastante utilizada é marcar com
lápis branco ao redor das sobrancelhas, então são retirados os pelos dessa região, assim não se
corre o risco de errar o desenho das sobrancelhas.
TERAPIA CAPILAR
Consiste na técnica de avaliação das alterações do cabelo e do couro cabeludo, com o
ob- jetivo de tratar distúrbios dos mesmos, por exemplo, caspa, seborréia, alopecia (queda
excessiva), entre outros, expõe Lacrimanti (2008). Segundo Wichrowski (2007), os cabelos
sempre e em to- das as culturas, foram ornamentos pessoais, por isso problemas nos mesmos
afetam diretamente a autoestima de homens e mulheres.
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Os pelos são produzidos nos folículos pilossebáceos e tem a função de proteção contra
radiações, traumas, atritos, e variações térmicas, além de terem a função de adorno e funcionar
como moldura do rosto, mostra Lacrimanti (2008).
O folículo pilossebáceo compreende o pelo, as glândulas sebáceas e o músculo eretor
do pelo. Sendo que a haste do pelo consiste de três partes, conforme Wichrowski (2007):
- Córtex: representa a maior porção do pelo, é formada por células alongadas e querati-
nizadas, e nele se encontra a melanina que dá a coloração ao pelo.
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Os humanos têm de 100 a 150 mil fios de cabelos na cabeça, e os fios crescem de 1 a
1,2 cm/mês (WICHROWSKI, 2007). Justamente este fator, o crescimento dos fios, é um dos
mais frequentes motivos de procura para tratamentos capilares. Vamos entender melhor como
se dá o crescimento dos fios. Esse ciclo de crescimento compreende três fases: anágena,
catágena e telógena.
A fase anágena em que as células germinativas apresentam grande atividade mitótica
for- mando o novo pelo, ou seja, é a fase de crescimento ativo dos fios, e esta fase dura em
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Wichrowski (2007) afirma que o xampu foi inventado a cerca de 100 anos pelo
químico alemão Hans Schwarzkopf, e sua função é de remover a sujeira da haste do cabelo e
do couro cabeludo, podendo também ter outros princípios ativos de tratamento. Os xampus que
comu- mente usamos geralmente têm detergentes aniônicos (com cargas elétricas negativas)
que abrem as escamas da cutícula capilar e assim fazem a limpeza dos fios.
De acordo com Bolognia, Jorizzo e Schaffer (2015), os xampus removem do cabelo e
do couro cabeludo o sebo, suor, estrato córneo descamativo, produtos para modelamento e
sujeira proveniente do ambiente, entretanto se esta remoção de sebo for excessiva os cabelos
ficam sus- ceptíveis à eletricidade estática e difíceis de pentear tornando-se necessário o uso de
condiciona- dores. Os autores apresentam os diferentes tipos de xampus e sua função como
mostra o quadro abaixo.
Wolverton (2015) apresenta os xampus terapêuticos que são utilizados para eliminar a
descamação (caspa) e o prurido (coceira) do couro cabeludo através da emulsificação das se-
creções oleosas, por isso devem ser preferidos aos xampus cosméticos. Após a lavagem com o
xampu deve ser aplicado o condicionador, ele tem a função de selar as escamas das cutículas
que foram abertas pelos xampus através de suas cargas positivas, seus princípios ativos têm
peso mo- lecular pequeno que permite que eles penetrem no córtex capilar e recomponham sua
estrutura, expõe Wichrowski (2007). E de acordo com Bolognia, Jorizzo e Schaffer (2015) eles
são neces- sários pela remoção de sebo que o xampu faz, pelos danos que os permanentes,
colorações e ou- tros tratamentos químicos trazem à cutícula, e também porque eles
proporcionam a redução da eletricidade estática dos cabelos ao depositar íons positivamente
carregados na haste do cabelo, assim quando são penteados ou escovados os cabelos não irão
arrepiar. Wichrowski (2007) sa- lienta que há diferentes tipos de condicionadores, sendo eles
intensivos que são usados durante o banho durante 3 minutos, profundos que são para cabelos
ressecados, utilizados com uma fonte de calor ou não, e os leave-in ou leave-on que são os
produtos sem enxágue.
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Entre os pacientes que buscam tratamentos capilares também é muito frequente a pre-
ocupação com a queda dos fios, porém o normal é que caiam cerca de 100 fios por dia, pois ao
analisar o couro cabeludo tem-se 85% dos fios na fase anágena, 1% na fase catágena e 14% na
fase telógena. Quando esta queda ultrapassa os valores normais, tem-se um distúrbio capilar,
chamado de alopecia, que é conhecido popularmente como calvície. Há vários tipos de
alopecia relacionados diretamente às suas causas, porém a mais frequente é a alopecia
androgenética que afeta os homens e tem influência dos hormônios masculinos, como a
testosterona, destaca Wi- chrowski (2007) e Lacrimanti (2008).
Outros distúrbios do couro cabeludo é a ptiríase, que é uma forma de dermatite
seborréia no couro cabeludo, é chamada de caspa ou escamação do couro cabeludo, e se não
for tratada pode evoluir. E, também, a seborreia, em que há um aumento da secreção e da
quantidade das glândulas sebáceas, também causa descamação e pode ocorrer queda de cabelo
(LACRIMANTI, 2008).
Entre os tratamentos capilares, além dos cosméticos, podemos citar a massagem com
movimentos de deslizamento, fricção e amassamento em todo o couro cabeludo, nuca e
trapézio, a massagem promove melhora da circulação sanguínea, da nutrição e ativa o
metabolismo ce- lular, com isso também melhora a absorção de princípios ativos, por isso
podem ser utilizados óleos essenciais, como os de alecrim e sálvia que atuam estimulando o
Os cabelos têm capacidade higroscópica, ou seja, tem a capacidade de reter umidade, por isso em
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O professor Rafael Ferreira nos apresenta como podemos eliminar a gordura de nosso corpo:
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BRAUN, Mary Beth; SIMONSON, S. J. Massoterapia. São Paulo: Manole, 2007. LEDUC, Albert; LE
TACANI, Pascale Mutti et al. Efeito da massagem clássica estética em adiposida- des localizadas:
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UNIDADE
A IMPORTÂNCIA DA COSMÉTICA E
DA ELETROTERAPIA NA ESTÉTICA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................47
A IMPORTÂNCIA DA COSMÉTICA...............................................................................................48
ELETROTERAPIA.........................................................................................................................53
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INTRODUÇÃO
Conforme estudamos na Unidade I, a beleza tem uma história muito rica, desde a anti-
guidade, diversos cosméticos foram desenvolvidos em busca da melhora da aparência e da
auto- estima. De acordo com Gomes (2005), cosmético era originalmente o nome dado às
substâncias naturais usadas para suavizar o cabelo e dar-lhe brilho. Após a Primeira Guerra, o
domínio dos produtos de beleza aumentou e o nome cosmético tomou sentido mais amplo,
designando toda a substância de origem animal, vegetal e mineral utilizada para embelezar a
pele e seus anexos.
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A IMPORTÂNCIA DA COSMÉTICA
A indústria cosmética surgiu a partir dessa grande demanda, sendo que o primeiro cre-
me condicionado industrialmente foi fabricado por ingleses em 1860, e chamava-se Simon. No
mesmo ano, Eugene Rimmel lançou a máscara de cílios, hoje conhecida como rímel, na década
seguinte os ingleses inventaram o xampu, segundo Sant’Anna (2014).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os cosméticos são
pre- parações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas
partes do corpo humano, como a pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos,
dentes e membranas de mucosas da cavidade oral, tendo como objetivo exclusivo ou principal
de lim- peza, alterando sua aparência e/ou corrigindo odores corporais e/ou protegendo ou
mantendo em bom estado. Já o Food and Drug Administration (FDA) enfatiza que todo esse
processo pode ser realizado pelos cosméticos, desde que eles não afetem a estrutura ou função
destas partes do corpo, declara Ribeiro (2006). A ciência que estuda os cosméticos é a
Cosmetologia, ela abrange desde as matérias-primas utilizadas, até a venda e a aplicação destes
produtos. Os cosméticos não possuem ação medicamentosa, estão unicamente relacionados a
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• Gel: é uma solução viscosa e espessa, com partículas dispersas no solvente. É uma
sus- pensão de substâncias insolúveis em água, sendo que uma fase é líquida (água, álcool ou
acetona) e a outra é sólida (agente gelificante). O veículo em gel não apresenta boa
permeabilidade na pele, após a evaporação da parte líquida, ele forma uma película que
mantém o princípio ativo na pele, a penetração depende das características do ativo. Já o gel
creme não é um gel verdadeiro, pois tem uma fase oleosa emulsionada na fase aquosa
espessada, é chamada de gel para melhorar o apelo do consumidor que aceita melhor esse tipo
de veículo, é um tipo de emulsão composta por maior parte de água e pouco óleo. E o sérum ou
fluido é um tipo de gel, ele mantém o aspecto mais fluido e apresenta maior velocidade de
espalhamento, sua função dependerá do ativo de sua fórmula.
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Para que o princípio ativo exerça sua ação ele precisa penetrar na pele, sendo assim
pes- quisadores desenvolveram carreadores ou veículos específicos para levar as substâncias
até sua camada de atuação, eles são chamados de veículos vetoriais, alguns exemplos são,
conforme Ma- tos (2014):
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A hidratação da pele está relacionada com a capacidade de melhorar seu teor hídrico,
porém há três diferentes formas de promover a hidratação: emoliência, umectação e oclusão.
Ela deve ser feita em todos os tipos de pele, devendo ser escolhido o hidratante apropriado ao
tipo de pele para que ela não fique oleosa. Os agentes oclusivos formam filme hidrofóbico na
superfície da pele e entre os queratinócitos superficiais. Os emolientes preenchem as fendas
intercorneo- cíticas, retendo água nessa camada, ou seja, aumenta a capacidade oclusiva
natural da pele. E os umectantes retêm água na camada córnea por atraí-la da derme ou do
ambiente, expõem Costa (2000); Lyon e Silva (2015).
A fotoproteção é alcançada pelo uso de cosméticos fotoprotetores, também chamados
de protetores solares ou filtros solares, que tem a função de minimizar os efeitos da radiação
ul- travioleta do sol, pondera Matos (2014). As radiações ultravioleta A e B (UVA e UVB),
emitidas pelo sol, são responsáveis por aproximadamente 85% das rugas e 90% dos aspectos
da pele enve- lhecida (MONTAGNER, 2009). Além de protegerem contra o câncer de pele. Os
fotoprotetores possuem filtros solares, agentes que absorvem, refletem ou dispersam a
radiação ultravioleta e a luz visível e podem ser divididos em físicos e químicos (HABIF,
2005). Grande parte dos fo- toprotetores combinam a ação dos protetores físicos e químicos,
assim se obtém uma proteção mais efetiva, explicam Kede e Sabatovich (2004); Habif (2005).
Estes podem ser apresentados em diversas formulações como pomadas, cremes, géis, e loções, e
Quadro 6 - Cosméticos para cuidados básicos com a pele indicados para cada tipo de pele.
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ELETROTERAPIA
Diversos são os equipamentos utilizados em tratamentos estéticos faciais, corporais e
capilares, a seguir veremos alguns dos equipamentos mais utilizados atualmente.
ALTA FREQUÊNCIA
É técnica que utiliza correntes alternadas de alta frequência com gazes árgon, chenon
ou neon, que em contato com o oxigênio do ar se transformam em ozônio (O3), assevera Lacri-
manti (2008). O ozônio produzido tem ação bactericida, bacteriostática, fungicida, oxigenante,
e vasodilatadora, explica Wichrowski (2007). Segundo Borges e Scorza (2016) O aparelho de
alta frequência na superfície da pele provoca a formação de ozônio (O3), este por ser uma
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A aplicação pode ser feita de forma direta ou por efluviação, onde o eletrodo é
deslizado de forma suave e diretamente sobre a pele. Aplicação à distância ou por faiscamento
em que ele é aplicado a uma curta distância, sem ser encostado na pele. Ou ainda, aplicação
indireta que é feita exclusivamente com o eletrodo saturador, nesta técnica o paciente segura o
eletrodo de vi- dro e o terapeuta realiza movimentos de massagem ou tamborilhamento na face
do paciente, e a corrente será transmitida pelas mãos do terapeuta para o paciente, esta forma
de aplicação pode ser associada à máscaras cosméticas para promover sua melhor absorção e
ação, desde que não tenham componentes inflamáveis, expõe Borges (2010).
VAPOR DE OZÔNIO
O vapor de ozônio é um aparelho em que se coloca água em seu recipiente interno e ao
aquecê-la ele emite vapor, e quando se aciona sua função ozônio também é acionada uma cor-
rente de alta frequência que entra em contato com a água e irá liberar vapor com ozônio,
explica Borges e Scorza (2016). O vapor de ozônio tem ação bactericida e antisséptica,
também promove hidratação e emoliência, e deve ser aplicado a 30 cm do paciente durante 10
minutos, esclarece Wichrowsli (2007). Por atuar como emoliente promovendo a dilatação dos
poros o vapor de ozô- nio é utilizado no procedimento de limpeza de pele para facilitar a
extração da acne. Também é comum sua utilização para aumentar a permeação de máscaras
CORRENTE GALVÂNICA
A corrente galvânica é utilizada na estética em diversas formas de aplicação e para
varia- dos tratamentos. Esta corrente promove vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos),
aumen- to da ação de defesa do organismo e analgesia (alívio da dor), é utilizada para
ionização de ativos, desincruste e eletrolifting, informa Lacrimanti (2008). A ionização
utilizando a corrente galvânica se baseia no princípio de física que os polos de cargas iguais se
repelem e de cargas diferentes se atraem, sendo assim o cosmético ionizável é aplicado com
auxílio de eletrodo rolinho com a mesma polaridade que a sua, assim a corrente irá repelir os
íons do cosmético que irão penetrar na pele (BORGES E SCORZA, 2016). A técnica de aplicação
pode ser observada na figura abaixo, com a terapeuta deslizando o rolinho no rosto da paciente.
Figura 34 - Técnica de ionização de ativos utilizando corrente galvânica. Fonte: IBRAMED (2015).
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CRIOLIPÓLISE
A criolipólise está sendo muito utilizada atualmente para o tratamento de gordura loca-
lizada, ela consiste de um tratamento não invasivo que causa o resfriamento da gordura
subcutâ- nea à temperatura de -5ºC a -15ºC, expõem Borges e Scorza (2016). Seu mecanismo
de ação é baseado na maior susceptibilidade dos adipócitos ao congelamento do que as células
dos demais tecidos, com o congelamento ocorre a morte dos adipócitos desencadeando um
processo infla- matório com migração de células de defesa para o local, e após 14 a 30 dias os
adipócitos são fagocitados (degradados por células fagocitárias) em resposta a dano que foi
provocado, segundo Krueger (2014).
De acordo com Avram e Harry (2009), a inflamação do tecido adiposo induzida pelas
baixas temperaturas já foi bem documentada, logo após a aplicação da criolipólise não se
obser- vam mudanças no tecido adiposo, mas em torno de três dias após a aplicação tem-se a
apoptose (morte celular) dos adipócitos que leva ao desenvolvimento de um processo
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RADIOFREQUÊNCIA
A radiofrequência utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor
na pele e abaixo dela. Seu mecanismo de ação acontece pela vibração das moléculas de água, com
isso produz calor, indica Borges e Scorza (2016). É indicada principalmente para flacidez
cutânea leve a moderada, e contraindicada em portadores de marcapasso e desfibriladores,
sugerindo-se que seja evitado seu uso sobre implantes metálicos, segundo Osório (2009).
A terapia por radiofrequência é um tratamento não invasivo, no qual os benefícios são
diversos. Ao passar pelos tecidos e elevar a temperatura tissular, ela promove aumento do flu-
xo sanguíneo, a reabsorção de líquidos, melhor oxigenação local e a um aumento da drenagem
venosa. A temperatura elevada promove a remodelação das fibras de colágeno e um depósito
de novas fibras, e consequentemente, aumento da espessura e da densidade do tecido epitelial,
minimizando a flacidez e deformidades na pele, explica Borges e Scorza (2016). Sendo assim,
é utilizada principalmente no tratamento de flacidez facial e corporal, mas também para tratar
fibro edema gelóide e gordura localizada.
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