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Prof. Me.

Ricardo Benedito de Oliveira


REITOR

Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito
de Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Distância:
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Profa. Ma. Daniela Ferreira
Primeiramente, deixo uma frase de Só-
Correa
crates para reflexão: “a vida sem desafios PRODUÇÃO DE
não vale a pena ser vivida.” MATERIAIS
Cada um de nós tem uma grande res- Designer Educacional:
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, Clovis Ribeiro do
e essas nos guiarão por toda a vida Nascimento Junior
acadêmica e profissional, refletindo
diretamente em nossa vida pessoal e em
Diagramador:
nossas relações com a socie- dade. Hoje em Alan Michel Bariani
dia, essa sociedade é exigente e busca por Revisão Textual:
tecnologia, informação e conheci- mento
advindos de profissionais que possuam novas
Letícia Toniete Izeppe
habilidades para liderança e sobrevivên- cia no Bisconcim / Mariana Tait
mercado de trabalho. Romancini
Revisão dos Domingos
Produção:
Produção
ProcessosAudiovisual:
de
De fato, a tecnologia e a comunicação
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, Rodrigo
Eudes Wilter Pittade/ Heber
Ferreira
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e Souza
Acuña Berger
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Fotos:
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
Shutterstock
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes
atuantes.

Que esta nova caminhada lhes traga


muita experiência, conhecimento e sucesso.

© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
ENSINO A DISTÂNCIA

01
UNIDADE

HISTÓRIA DA BELEZA E A ATUAÇÃO DO


TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................4
HISTÓRIA DA BELEZA.......................................................................................................................................5
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E A RE-
GULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO....................................................................................................................14
O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E O MERCADO DE TRABALHO......................................................................16

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INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais antigos as mulheres e homens desenvolveram diversos artifícios
para melhorar a aparência, esses foram evoluindo no decorrer dos anos, transformaram-se de
produtos de beleza feitos em casa em cosméticos com alta tecnologia produzidos por grandes
indústrias.
Assim, também surgiu e se aprimorou a profissão de esteticista, anteriormente formado
apenas por conhecimentos empíricos, depois cursos livres e técnicos, hoje os profissionais de
es- tética possuem uma formação ampla em curso superior de tecnologia ou bacharelado,
podendo aprimorar seus conhecimentos em cursos de pós-graduação. Fatores estes que
contribuíram, e continuam a contribuir com o avanço nos tratamentos estéticos e nos
cosméticos disponíveis à população.

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HISTÓRIA DA BELEZA
No decorrer da história da humanidade se observa constantemente a busca por atingir o
padrão de beleza vigente, vivemos sob a ditadura de um corpo perfeito e, constantemente
surgem inovações em cosméticos, equipamentos e procedimentos estéticos visando atender
essa deman- da, segundo Menezes (2006). Muitos filósofos se preocuparam em explicar o
conceito de beleza, entre eles Platão, e segundo ele, o belo está identificado como o que é bom,
verdadeiro e perfeito, conforme Silva, Santos e Oliveira (2014).
Porém, o padrão de beleza foi mudando ao longo do tempo, seguindo os valores mais
proeminentes de cada época, e no século XX, de acordo com Martins (2010), essa preocupação
com o corpo tomou uma dimensão maior, cada indivíduo é responsável por sua beleza, juven-
tude e saúde, assim, o corpo também se tornou capital, que recebe grande investimento visando
sua melhoria estética. Considerando a influência e atuação direta dos Tecnólogos em Estética e
Cosmética na promoção da beleza, saúde e bem-estar, veremos um breve panorama do padrão
de beleza ao longo dos anos, e os cuidados e recursos estéticos utilizados para atingi-lo, estes
padrões estão representados em obras de arte ou imagens de cada respectivo período histórico.

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Na antiguidade, em torno de 10 mil anos atrás, a maquiagem era realizada com pós co-
loridos, conforme é relatado na bíblia. A classe nobre das mulheres egípcias (1372 a.C.)
realizava rituais de beleza todas as manhãs, que consistiam de banhos, uso de pasta de argila,
esfoliação de pés, mãos e corpo com pedra pomes, massagem com óleo vegetal para hidratar,
proteger do sol e afastar os mosquitos, e maquiavam todo o corpo. Neste período, é muito
marcante a maquia- gem nos olhos, como pode ser visto em diversas representações artísticas,
e assim observamos na imagem do Sarcófago de Tutankamon, e a maquiagem não era restrita à
classe nobre, mas era realizada até pelos escravos, assevera Faux (2000).

Figura 1 - Sarcófago de Tutankamon. Fonte: Só história (2017).

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Na Grécia antiga, a maquiagem foi proibida por algum tempo, ficou restrita às cortesãs,
e o ideal helênico é de que a harmonia era alcançada por meio de cuidados de higiene interna e
externa. Nesta época, os conselhos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, salientavam
a importância dos cuidados com o corpo que estão diretamente ligados à higiene, ele indicava
re- alizar jejum regularmente, praticar exercícios físicos, tomar banhos frequentes, escovar os
dentes e lavar os cabelos. A maquiagem ficou ausente até o século III, o que era salientado no
período eram as sobrancelhas, que para serem consideradas belas deviam se unir formando um
arco úni- co, mas com o tempo a maquiagem foi levada do Egito e da Ásia menor para a
Grécia. Em Roma, a dedicação das mulheres à beleza era ainda maior, elas realizavam banhos
demorados, esfolia- ção, depilação total, mastigavam ervas para combater o mal hábito e se
maquiavam, corrobora Faux (2000).

Porém, isto muda durante a Idade Média


quan- do tem-se o dualismo de Eva e Maria, tendo
Eva a bele- za corruptora que levou o homem ao
pecado original, e Maria a mãe e pura. O espelho é
chamado de “porta do inferno” e a maquiagem é
amaldiçoada e considerada diabólica. O padrão de

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beleza é a mulher de pele bran- ca, corpo virginal,
esguio e gracioso, membros longos, quadris
arrebitados, ventre arredondado e cintura fina, os
cabelos loiros, o rosto com testa grande e arredon-
dada, sobrancelhas separadas e delicadas, boca
peque- na e olhos claros, conforme Faux (2000).

Figura 2 - Vênus de Arles mostrando o ideal grego de beleza. Fonte: Fernández (2016).

Com o Renascimento ocorre uma mudança total nesta visão, a mulher tem que ser bela
e atraente, e tem lugar a imagem de Vênus. Segundo o padrão de beleza a mulher bela é alta,
tem ombros largos, cintura fina, quadris amplos e redondos, pernas roliças, pés pequenos, os
seios têm formato de pêra invertida e no peito não devem aparecer ossos salientes. Tem
pescoço longo, testa alta, nariz reto e delicado, boca pequena, olhos escuros, sobrancelhas e
cílios escuros, lábios, face e unhas vermelhos, a pele deve ser tão branca a ponto de se poder
ver o vinho correr pela garganta, e os cabelos loiros e soltos (FAUX, 2000).

No século XVI a ênfase recaía sobre a parte


de cima do corpo (a delicadeza da pele, a intensidade
dos olhos, a regularidade dos traços), surgiram então
o em- poamento do rosto, os espartilhos e os regimes
episó- dicos contra a obesidade, salientando sempre o
rosto, os ombros, o busto, para os quais a parte
inferior do corpo serve de pedestal (MORENO,
2008).

Figura 3 - Virgem com o menino, simbolizando o padrão de beleza da Idade Média. Fonte: Mottaz (2015).

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Figura 4 - O nascimento de Vênus, um grande símbolo do Renascimento. Fonte: Botticelli
(1485).

No século XVI a ênfase recaía sobre a parte de cima do corpo (a delicadeza da pele, a
intensidade dos olhos, a regularidade dos traços), surgiram então o empoamento do rosto, os
espartilhos e os regimes episódicos contra a obesidade, salientando sempre o rosto, os ombros,
o busto, para os quais a parte inferior do corpo serve de pedestal (MORENO, 2008).
Pois, segundo Faux (2000), a Reforma e a Contra-Reforma combatem a exuberância do
Renascimento, novamente a vaidade foi condenada. Os cabelos em geral eram presos em um
coque baixo, as roupas bem fechadas, a beleza devia ser majestosa, digna e solene.

Nos séculos seguintes, começa a valori-


zação das partes baixas, a linha dos flancos, as
pernas, quadris e cintura. O penteado também
evolui, acompanhando e compondo a cabeça. O
retrocesso das perucas, no fim do século XVIII,
e a busca da personalização dos penteados
favore- ceram o aprimoramento deles. Os
cosméticos se- guem a mesma necessidade de
se adaptar a cada pessoa, variando em tons e
misturas ou, ainda, em sua origem, atestando os
primórdios da indi- vidualização, expõe
Moreno (2008).

Figura 5 - A infanta Maria Teresa mostrando toda a solenidade e poder do século XVII. Fonte: Velázquez
(1693).

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Figura 6 - Madame de Pompadour representando a elegância do século XVIII. Fonte: Boucher (1759).

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No século XVIII, fazia-se maquiagem até para dormir (FAUX, 2000). A beleza é
indivi- dual e a singularidade realçada e encorajada, é a expansão do indivíduo, da identidade.
As mu- danças da cultura se fizeram acompanhar das diferenças na postura, as silhuetas
aristocráticas (ombros para trás, barriga saliente, cabeça recuada, honra e arqueadura do
cortesão clássico) passaram às silhuetas pós-revolucionárias (ombros e cabeça avançados,
cintura apertada, segu- rança, vontade de fazer, contorno do corpo humano firmemente
delineado), conforme Moreno (2008). Posteriormente, no Romantismo do século XIX, a pele
devia ser branca e pálida, olhar melancólico, cabelos ondulados, frisados e despenteados,
presos em coques altos com cachos soltos enquadrando o rosto, e as sobrancelhas bem
desenhadas, mostra Faux (2000).

Figura 7 - Elizabete da Áustria, símbolo da beleza romântica. Fonte: Happy Family (2015).

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O quadro abaixo apresenta as principais características das décadas de 1900 até os dias
de hoje, revela Faux (2000), estes podem ser melhor entendidos pelas imagens de cada uma
das décadas.

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Quadro 1 - A beleza nas décadas do século XX.

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Figura 8 - Liane de Pougy, retratando a Figura 9 - Mary Pickford, na década de 1910.
beleza de 1900.Fonte: Asaro (2017). Fonte: Library and Archives Canada (2017).

Figura 10 - Louise Brooks, na década de 1920. Figura 11 - Greta Garbo, década de 1930.
Fonte: Fashion Gone Rogue (2017). Fonte: Birmingham (2017).

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Figura 12 - Veronika Lake, década de 1940. Figura 13 - Marilyn Monroe, década de 1950.
Fonte: Rogers (2015). Fonte: Blume (2017).

Figura 14 - Twiggy, década de 1960. Figura 15 - Farah Fawcett, década de 1970.


Fonte: Daily Mail (2015). Fonte: Blume (2014).

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Figura 16 - Madonna, década de 1980. Figura 17 - Kate Moss, década de 1990.
Fonte: Beautilish (2014). Fonte: Klein (1993).

As mudanças do relacionamento entre homens e mulheres, transformando as relações


de dependência e a divisão de papéis sexuais, levaram à transformação do modelo de mulher.
Esta, que até anteriormente era sinônimo de acolhimento ou inatividade, evoluiu até incorporar
o modelo de mulher ativa, com iniciativa e trabalho, e com isso precisando cada vez mais de
pro- cedimentos de beleza rápidos e práticos, conforme Moreno (2008).
De acordo com Eco (2004), a beleza passou a ser determinada pelo interesse
econômico da sociedade, sendo denominada por ele de Beleza do Consumo. A difusão da
fotografia também contribuiu para que a importância da aparência física se acentuasse, a
contemplação de si mesmo no espelho se tornou uma necessidade diária, expõe Sant’Anna
(2014). A cirurgia plástica esté- tica contribuiu para isso, porém até a década de 1950, era
considerada pelos próprios cirurgiões plásticos como imoral, até então ela era voltada apenas
para a cirurgia plástica reconstrutiva, ou seja, apenas para reparar ou reconstruir algum tecido
ou área danificada, e não para melhorar estruturas normais, para adequá-las aos padrões de
beleza (Neto e Caponi, 2007).
Assim, ao mesmo tempo em que traduz a leveza, a mobilidade e o “estar bem consigo
mesma”, a beleza se “democratiza” e parece estar “ao alcance de todas”. Além da cirurgia plástica,
centenas de instrumentos, produtos e procedimentos hoje à venda “garantem”, com preços e
con- dições de pagamento, que a beleza seja alcançada por quase todas, o que faz com que
atualmente só não seja bela quem não quer ou não tiver um mínimo de vaidade, expõe Moreno
(2008).
Segundo Silva, Santos e Oliveira (2014), no século XX houve um grande avanço na
área da química que aliada à preocupação crescente com os cuidados com o corpo, rosto e
cabelos proporcionou grande avanço na estética e na cosmética. Neste cenário surgiram os
grandes no- mes que são referência na cosmética até hoje: Helena Rubinstein, Harriet Ayer e
Elizabeth Arden, elas abriram seus salões onde realizavam os tratamentos estéticos, estes
foram se desenvolvendo e a com isso aumentando necessidade de um profissional cada vez
mais capacitado para o aten- dimento, surgindo a profissão de esteticista.

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Atualmente, o padrão de beleza é bastante variável, e vai desde corpos bastante magros,
aos muito malhados e definidos, porém a beleza está muito ligada à saúde. A magreza continua
na moda, mas também há o seguimento de moda para as mulheres acima do peso, e o apelo
publicitário de que a moda é ser saudável não importa o tamanho de seu manequim, destaca
Moreno (2008).
Para Biase, Nunes e Alma (2013), sempre houve um padrão de beleza que estava sendo
seguindo, mas esse é bastante mutável. Atualmente vivemos numa cultura fitness, e a velhice,
obesidade e feiura devem ser atenuadas enquanto a beleza é uma exigência. Apesar disto,
devido a essa grande preocupação com o padrão de beleza, surgiram algumas doenças
relacionadas a obsessão em seguir esse padrão, são exemplos a anorexia, bulimia, entre outros,
e muitas pessoas buscam a resolução de suas disfunções estéticas em tratamentos “milagrosos”
que possam resol- ver a questão do dia para a noite, esquecendo-se das consequências que isso
pode trazer à sua própria saúdem, conforme Martins (2010).
Segundo Moreno (2008), para ser bela há de sofrer, esse ideal de beleza cria a busca
pela perfeição que culmina em ansiedade, inadequação e baixa autoestima, chegando a levar a
distúrbios como anorexia e bulimia, além de fazer com que grande parte do orçamento familiar
seja gasto em produtos e serviços ligados à estética. O Tecnólogo em Estética e Cosmética
como possui formação ampla em relação aos conhecimentos da área da saúde, aos distúrbios

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estéticos e aos tratamentos recomendados, pode a partir deste conhecimento direcionar os
pacientes ao tra- tamento mais indicado e fazer todas as recomendações de forma a não causar
danos à sua saúde, bem como de identificar outros distúrbios na saúde dos indivíduos que o
procuram e instruí-los a procurar o profissional da saúde que possam tratá-los. E ainda, é
preciso conscientizar os pa- cientes de que alguns padrões não podem ser atingidos já que cada
indivíduo tem características próprias que precisam ser respeitadas. Ou seja, o importante é
buscar tratamentos que realcem a beleza de cada um, e acima de tudo a saúde do corpo como
um todo.

Helena Rubinstein criou a beleza científica, valorizando a hidratação da pele, a proteção contra a

Figura 18 - Helena Rubinstein. Fonte: Fitoussi (2013).

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM


DESENVOLVIDAS PELO PROFISSIONAL DE
ESTÉTICA E A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
O curso superior de Tecnologia em Estética e Cosmética surgiu para atender a demanda
de um profissional qualificado e especializado para o mercado de trabalho, e que possa
contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico na estética e na cosmética. Este
curso se enqua- dra na subárea da saúde e os profissionais formados atuam na saúde
preventiva, para tanto, a for- mação deve ser ampla, de forma que possa unir conhecimentos
técnicos e científicos na prática clínica, expõe Carvalho (2006). De acordo com o Catálogo
Nacional de Cursos de Tecnologia (BRASIL, 2016, p.10), sobre as atuações do Tecnólogo em
Estética e Cosmética:

Identifica, seleciona e executa procedimentos estéticos faciais, corporais e


capi- lares, utilizando produtos cosméticos, técnicas e equipamentos

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específicos. Apli- ca técnicas de visagismo e maquiagem. Utiliza
equipamentos específicos para cada procedimento estético. Elabora e aplica
programa de avaliação do cliente submetido a procedimentos estéticos. Propõe
e participa de estudos científicos para o desenvolvimento de novas tecnologias
na área de tratamentos estéticos inovadores, bem como para a avaliação de
novos produtos, procedimentos, pro- tocolos e sua aplicabilidade. Planeja,
organiza e gerencia empresas da área de estética e cosmética. Avalia e elabora
parecer técnico em sua área de formação.

No Brasil, de acordo com o Sindicato de Empregadores e Profissionais Liberais em


Esté- tica e Cosmetologia do Estado do Rio de Janeiro (SINDESTETIC-RJ, 2014), a profissão
de este- ticista teve início na década de 1950 por meio de Anne Marie Klotz. Ela era filha de
franceses, e quando veio para nosso país trouxe diversas técnicas de estética aprendidas na
França, seu país de origem, começou trabalhando em sua própria casa, e assim a profissão foi
se difundindo.
A Classificação Brasileira de Ocupações tem como objetivo identificar as ocupações no
mercado de trabalho brasileiro, ela descreve os profissionais da área de estética como profis-
sionais da área da saúde que devem ter formação técnica (nível médio) ou de tecnologia (nível
superior), e denomina ambos de esteticistas, destaca CBO (2017).
Silva, Santos e Oliveira (2014) pontuam as competências e habilidades do profissional
de estética, as principais são:
- Competências: conhecer o código de ética da profissão, dominar técnicas e manuseio
de aparelhos estéticos, dar assistência na realização de cuidados preventivos e personalizados,
aplicar técnicas de tratamentos faciais e corporais, tratamentos para terceira idade, gestantes e
homens utilizando materiais e equipamentos adequados, atuar no limite de suas competências
encaminhando os pacientes para outros profissionais quando necessário, realizar trabalho em
equipe multidisciplinar, aplicar normas de exercício profissional e princípios éticos, aplicar
prin- cípios e normas de higiene e saúde pessoal e ambiental, entre outras.

- Habilidades: a habilidade é uma aptidão desenvolvida ou aperfeiçoada que


proporciona facilidade na realização de determinadas atividades. Na estética elas
compreendem conhecer e aplicar os conhecimentos de anatomia e fisiologia humana,
patologia, microbiologia e imuno- logia, cosmetologia, equipamentos estéticos, saúde coletiva,
terapias complementares, estética facial, estética corporal, nutrição estética, psicologia, ética e

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língua portuguesa.

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Apesar de o profissional da estética atuar no mercado desde a década de 1950, e de


diver- sos projetos de lei terem sido apresentados, a regulamentação da profissão se iniciou no
Brasil apenas no ano de 2011, segundo e Silva, Santos e Oliveira (2014).
O projeto de lei nº 959 de 2003 (BRASIL, 2003), define de forma bastante simplista as
competências e habilidades atribuídas ao técnico e ao tecnólogo em estética, sendo que ao
tecnó- logo em estética ou terapeuta esteticista são atribuídas as seguintes competências:

- Direção, coordenação, supervisão e ensino de disciplinas relativas à estética facial e


corporal;

- Treinamento institucional nas atividades de ensino e de pesquisa na área de estética


facial e corporal;

- Auditoria, consultoria e assessoria sobre cosméticos e equipamentos específicos de es-


tética;

- Gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produtos cosméticos e serviços cor-


relacionados à Estética;

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- Elaboração de informes, de pareceres técnicos científicos, de estudos, de trabalhos e
de pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia;

- Atuação em equipes multidisciplinares dos estabelecimentos de saúde quanto aos pro-


cedimentos de dermatologia e de cirurgia plástica.

E no ano de 2012 foi sancionada pela presidência da república a lei nº 12.592 que reco-
nhece a profissão do esteticista em todo território nacional (BRASIL, 2012), porém esta,
também, abrange os profissionais cabeleireiros, manicuros, pedicuros, depiladores,
maquiadores e este- ticistas, que atuam na área de higiene e embelezamento. Sendo assim,
ainda se faz necessário o reconhecimento dos tecnólogos e bacharéis em estética, que são
profissionais com nível superior de ensino. Este reconhecimento está em andamento, mais
recentemente, no dia 06 de dezembro de 2017, a Comissão de Assuntos Especiais aprovou o
Projeto de Lei da Câmara nº 77, de 2016, que regulamenta a profissão de esteticista, dividindo
a mesma em estetacosmetólogo, com nível superior, e o técnico em estética, com nível médio
(VIEIRA, 2017). O mesmo seguiu para a vota- ção no Plenário do Senado e foi aprovado no
dia 13 de dezembro de 2017. Para entrar em vigor, agora o projeto precisa da aprovação do
Presidente da República (SENADO, 2017).
No Paraná, a Lei 264/2016, reconhece o Tecnólogo em Estética e Cosmética como um
profissional habilitado para responder tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética,
sendo assim, em estabelecimentos onde não são realizadas atividades privativas à profissão de
médico, não haverá necessidade de permanência do médico responsável no local. E também re-
conhece os técnicos em estética como legalmente habilitados para responder tecnicamente
pelos trabalhos por eles realizados (PARANÁ, 2016).
Salienta-se a importância de o Tecnólogo em Estética e Cosmética ter a habilidade de
trabalhar com uma equipe multidisciplinar, ou seja, trabalhar com uma equipe formada por
pro- fissionais de diferentes áreas de atuação trabalhando por um mesmo objetivo, conforme
Silva, Santos e Oliveira (2014). Atuando desta forma os tratamentos de seus pacientes serão
mais com- pletos, pois atuarão nas diferentes causas do distúrbio, e assim serão mais eficientes.

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A Esteticista Rosaline Kelly Gomes é uma das idealizadoras do Mutirão de re- gulamentação

Continuam sendo coletadas assinaturas para o abaixo assinado requerendo a regulamentação da p


https://goo.gl/zb2abn.

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O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E O MERCADO
DE TRABALHO

A estética é considerada a ciência da modernidade, e o campo de atuação do


profissional com graduação de nível superior são clínicas de estética, clínicas de cirurgia
plástica, clínicas de dermatologia, consultoria em indústrias de cosméticos, SPAs, hotéis
fazenda, eventos, entre outros, segundo Almeida (2012). E ainda, pode atuar na docência,
pesquisa, em tratamentos es- téticos faciais, corporais, capilares e de embelezamento, na
orientação aos pacientes em relação aos cuidados com a saúde, no pré e pós-operatório de
cirurgias estéticas, atuar com equipe mul- tiprofissional e reconhecer quando deve direcionar o
paciente aos cuidados de outro profissional, na avaliação, pesquisa e desenvolvimentos de
novas técnicas e tratamentos estéticos, orientação dos pacientes sobre a correta utilização de
produtos cosméticos, administração e gestão de esta- belecimentos estéticos, avaliação de
equipamentos estéticos e produtos cosméticos por meio de pareceres técnicos, entre outros
(BRASIL, 2016).
De acordo com Silva, Santos e Oliveira (2014) as profissões deste setor são destaque
no Brasil, justamente por esta expansão das indústrias cosméticas e de equipamentos estéticos,
bem como de instituições de ensino que precisam de docentes capacitados na área, pois estas
encon- tram dificuldade para encontrar estes profissionais, visto isso, a carreira se mostra
promissora e rentável.
Hoje, o mercado da estética está em franco crescimento e é muito rentável, sendo
voltado não somente para a beleza, mas para o bem-estar e saúde dos indivíduos, conforme
Almeida (2012). A estética e a cosmética ainda têm como característica não se restringirem a
determina- das classes sociais, pois há tratamentos e cosméticos de diversos preços e finalidades,
salientado a importância de profissionais qualificados, que conheçam as técnicas e fundamentos
teóricos para desempenhar tratamento de qualidade à população, pondera Alma e Costa (2011).

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NETO, Paulo Poli; CAPONI, Sandra NC. A medicalização da beleza. Interface-Co- municação

FITOUSSI, Michèle. A mulher que inventou a beleza. São Paulo: Editora Objetiva, 2013.

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UNIDADE

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ÁREAS DE ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO EM
ESTÉTICA E COSMÉTICA E A PELE HUMANA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO..............................................................................................................................19
EMBELEZAMENTO PESSOAL...............................................................................................20
TERAPIAS COMPLEMENTARES..........................................................................................20
ESTÉTICA FACIAL........................................................................................................................21
ESTÉTICA CORPORAL.................................................................................................................23
ESTÉTICA CAPILAR.....................................................................................................................24
CONDUTA PROFISSIONAL E AMBIENTE DE ATENDIMENTO............................................................................25
PELE HUMANA...................................................................................................................27

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INTRODUÇÃO
As cinco grandes áreas de atuação do Tecnólogo em Estética e Cosmética são a estética
corporal, estética facial, terapia capilar, embelezamento pessoal e terapias complementares, se-
gundo Krupek (2012). Conforme mostra a figura:
De acordo com Alma e Costa (2011), o profissional de estética não atua apenas no
embe- lezamento, mas também proporciona o bem-estar e qualidade de vida aos pacientes,
atuando na reestruturação da imagem e melhora da autoestima, o que vai de encontro com
definição ampla- mente difundida da Organização Mundial de Saúde, que diz que saúde é um
estado de completo bem estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doença ou de
enfermidade, evidencia OMS (2018). Sendo assim, veremos uma breve explicação do que
compreende cada uma destas áreas, os principais distúrbios estéticos avaliados em cada uma e
os respectivos tratamentos ou procedimentos realizados.

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Figura 19 - Áreas de atuação do tecnólogo em estética e cosmética. Fonte: a autora.

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EMBELEZAMENTO PESSOAL
Compreende as técnicas utilizadas para promover o embelezamento propriamente dito,
não envolve um tratamento e não visa tratar um distúrbio específico, são os procedimentos de
maquiagem, design de sobrancelhas, depilação, permanente de cílios, entre outros. Sendo
assim, para a realização dos procedimentos de embelezamento, sobretudo os faciais, é
importante o conhecimento de visagismo. De acordo com Hallawell (2008), o termo visagismo
vem do francês visage, que significa rosto, neste busca-se o equilíbrio entre os elementos para
criar uma imagem, para proporcionar a harmonia estética. Para analisar e aplicar o visagismo
nos pacientes, além do formato de rosto, para o embelezamento facial e, sobretudo, na
maquiagem é preciso conhecer os formatos dos olhos, nariz, queixo, boca e sobrancelhas.
Segundo Lacrimanti (2008), a maquiagem além de promover o embelezamento é uma
ferramenta para consolidar o estilo pessoal de cada um e para enfatizar o que a pessoa mais
gosta e disfarçar o que lhe incomoda. Molinos (2000) concorda que a maquiagem não serve
apenas para embelezar, ela também para reforçar o estilo, personalidade e atitude que se deseja
aparentar, sendo assim é importante conhecer mais sobre si, seu tipo de rosto e possibilidades.

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Além destes métodos de embelezamento outros muito frequentemente realizados são o design
de sobrancelhas, aplicação de henna, permanente e alongamento de cílios, veremos mais sobre
o embelezamento ainda nesta Unidade.

TERAPIAS COMPLEMENTARES
Compreende os tratamentos e procedimentos que visam proporcionar o bem estar dos
pacientes. Estes tratamentos incluem banhos terapêuticos, argiloterapia, aromaterapia, cromo-
terapia, massagem ayurveda, shiatsu, reflexologia, entre outros. A Argiloterapia, ou seja, os
tra- tamentos com argila são utilizados desde as épocas mais antigas pelos egípcios, gregos e
árabes. Atualmente é usada tanto na forma de cataplasmas, ou seja, como máscaras, no rosto,
corpo e couro cabeludo, como de compressas. Ela atua como um descongestionante,
eliminando líquidos e toxinas, e ainda tem a capacidade de absorver a oleosidade, tem ação
hidratante, tensora e re- mineralizante, segundo Lacrimanti (2008).
De acordo com Balduino (2016), elas podem ser encontradas em diversos tipos de
solos e apresentam diferentes cores de acordo com os diferentes tipos de minerais que a
compõe, o que irá determinar sua ação e função. Por exemplo, a argila verde que é uma das
mais comumente uti- lizadas tem ação adstringente, secativa, bactericida e cicatrizante; a
branca atua como clareadora, cicatrizante, hidratante e remove a oleosidade da pele; a
vermelha tem ação rejuvenescedora e redutora de medidas e a preta também atua como
rejuvenescedora, clareadora e remove a oleo- sidade. A Aromaterapia é o nome que foi dado
pelo químico francês René Maurice Gattefossé ao uso de óleos essenciais para tratamento de
doenças. Os óleos essenciais são a representação mais concentrada dos compostos das plantas e
podem ser extraídos das folhas, flores, raízes, caule ou frutas, esboça Price (1999).

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Na estética os óleos essenciais são utilizados em escalda-pés, ofurô, massagens


terapêuti- cas, máscaras, entre outros. Em procedimentos corporais são muito utilizados os
óleos essenciais de limão, gengibre, laranja e erva doce para melhoria da circulação sanguínea
e metabolismo celular, e nos faciais principalmente os de lavanda e tea tree para os quadros de
acne, segundo Lacrimanti (2008). Outro tratamento considerando complementar é a
Cromoterapia, ela utiliza as cores para restaurar e criar condições de recuperação das células
debilitadas, para a escolha da cor deve-se considerar o que o paciente está buscando e
precisando. Na estética é utilizada na iluminação, cosméticos, pedras, sachês, etc, informa
Lacrimanti (2008). Segundo Wills (2017), a cromoterapia é o tratamento utilizando cores que
visa alcançar todos os níveis do ser humano: físico, energético, emocional mental e espiritual.
E lembra que as cores têm diferentes compri- mentos de onda que nos atingem, sendo assim
podem atuar sobre nosso organismo de diferentes formas. Lacrimanti (2008) apresenta as
propriedades de cada uma das cores conforme mostra a tabela abaixo:

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ESTÉTICA FACIAL
A estética facial consiste de tratamentos realizados na face tanto preventivos quanto de
tratamento, entre os principais distúrbios estéticos faciais tratados estão acne, rugas, flacidez,
discromias (manchas), e olheiras. Para tratá-los se utilizam cosméticos, equipamentos e proce-
dimentos como peelings, massagem, entre outros. O procedimento de três etapas de cuidados
básicos com o rosto que conhecemos hoje, de limpeza, tonificação e hidratação da pele, surgiu
na década de 1950, conforme Silva, Santos e Oliveira (2015). Ele é realizado em praticamente
todos os atendimentos faciais, e precisa ser dominado pelo profissional de estética para
explicar a seu paciente a importância de realizar o mesmo diariamente em seu domicílio.
Para a realização destes cuidados básicos e também para os demais tratamentos na área
de estética facial é de suma importância conhecer os diferentes tipos de pele, a classificação em
pele normal, oleosa, seca e mista foi desenvolvida por Helena Rubistein no início do século
XX, e ainda hoje é utilizada, expõe Fitoussi (2013). A pele normal ou eudérmica apresenta
textura lisa, suave e flexível, orifícios pilossebáceos pouco visíveis, secreções sebáceas e
sudoríparas em equilíbrio e pH tendendo à neutralidade, como a pele de crianças, consolida
Kede e Sabatovich (2009); Dal Gobbo (2010).

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Segundo Kede e Sabatovich (2010), a pele oleosa é untuosa e brilhante porque suas se-
creções sebácea e sudorípara estão aumentadas, também é mais espessa, tem os orifícios pilos-
sebáceos aumentados e tendência à formação de acne, seu pH tende ao alcalino, porém esse
tipo de pele apresenta a vantagem de envelhecer mais lentamente. A pele seca é muito fina,
tem produção sebácea insuficiente, em geral, apresenta telangectasias e tendência a rosácea,
seu con- teúdo aquoso pode estar normal ou não, o pH é mais ácido, e tem maior tendência à
formação de rugas. A pele mista é uma variação da pele oleosa, onde a zona T (testa, nariz e
queixo) é oleosa e no restante do rosto a pele é normal ou seca. Além desta classificação
básica, é preciso entender que pele também pode apresentar-se desidratada, devido ao grau de
lubrificação menor que o normal, isto pode ocorrer devido à baixa umidade do ar, vento e frio,
apesar de a epiderme ser uma barreira eficiente nestas condições ocorre maior perda de água,
pelas trocas constantes com o meio ambiente. Apresenta-se ressecada, com descamação fina,
quebradiça e opaca, ao contrário da hidratada que é lisa, viçosa e elástica. A classificação da
pele em oleosa, seca, mista e normal é considerada por alguns estudiosos como insuficiente,
devido à grande complexidade que a pele apresenta. Por isso em 2006 a dermatologista Leslie
Baumann desenvolveu uma classificação em 16 tipos de pele, são combinados quatro fatores:
grau de hidratação, sensibilidade, pigmentação e envelhecimento, e a combinação destes quatro
possibilita a classificação em 16 diferentes tipos, expõe Baumann (2007).

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Quadro 3 - Fatores avaliados para definição dos tipos de pele segundo Leslie Baumann.

A partir deste conhecimento dos tipos de pele pode-se escolher os cosméticos mais
apro- priados para o uso durante o atendimento em cabine, e para recomendar ao paciente que
ele utilize (home care).
Veremos agora alguns dos principais tratamentos realizados na estética facial. O
procedi- mento de limpeza de pele é um dos mais realizados nesta área, pois é considerado
precursor de qualquer tratamento, tendo por objetivo remover a oleosidade e sujidades
superficiais e profun- das, além de retirar de conteúdos cutâneos que obstruem os poros e
levam a formação de acne, destaca Borges e Scorza (2016).
Ela consiste na extração de comedões, pústulas e miliuns, que surgem devido à
secreção anormal de sebo na pele juntamente com impurezas do ambiente, afirma Silva, Santos
e Oliveira (2015). Sendo assim, sua realização mantém a pele limpa e íntegra facilitando a
permeação de agentes externos aplicados sobre ela para diversos objetivos, por isso é
indispensável no preparo para os demais tratamentos faciais como os peelings e antes de
recursos eletroterapêuticos.
Segundo Gomes (2013), outro procedimento muito realizado na estética facial é o
peeling químico. Sua finalidade é melhorar a textura da pele, através da renovação celular
intensificada, reduzindo rugas superficiais, manchas, acne e melhorando a textura. O termo
peeling vem do inglês to peel que significa descascar.

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Sendo assim pode ser traduzido como a aplicação de uma substância com capacidade
de acelerar o processo de renovação celular, agindo desde a camada superficial (córnea), até a
camada mais profunda da derme (reticular), com posterior reepitelização. Eles são
classificados de acordo com a profundidade que atingem (PIMENTEL, 2012; SMALL, 2014):

- Muito superficial: age apenas no estrato córneo;


- Superficial: age na epiderme até a camada granulosa ou basal;
- Médio: age na derme papilar e só deve ser realizado por médico;
- Profundo: também age na derme reticular e só deve ser realizado por médico.

Os Tecnólogos em Estética e Cosmética podem utilizar peelings que sejam no máximo


superficiais, ou seja, que atinjam apenas a epiderme, e com pH 3,5, pois em um pH menor que
este o peeling é muito abrasivo.

O que é pH?
O pH ou potencial hidrogeniônico é a medida do grau de acidez ou alcalinidade de uma substânc

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ESTÉTICA CORPORAL
Na estética corporal as principais queixas de insatisfação corporal tratadas são as
estrias, o fibro edema gelóide, a celulite e a flacidez. E esta área segue tendências da moda e da
época, antigamente o padrão de beleza corporal era ter um corpo bem torneado, com formas
bem arre- dondadas, atualmente o padrão é o corpo magro, afirma Lacrimanti (2008),
conforme vimos na Unidade I.
As duas principais queixas dos pacientes que buscam tratamentos corporais são a lipo-
distrofia localizada e o fibro edema gelóide. Elas são popularmente conhecidas
respectivamente como gordura localizada e celulite, e ambas estão relacionadas a alterações na
distribuição do tecido adiposo, segundo Krupek e Mareze da Costa (2012).
A lipodistrofia localizada consiste de um aumento anormal de gordura na hipoderme,
que acomete regiões específicas como quadris, oblíquo, abdome e coxas, expõe Gomes e
Dama- zio (2009). No fibro edema geloide, que é popularmente chamado de celulite, ocorre
uma altera- ção na superfície da pele, ela se torna irregular, com um aspecto semelhante à
“casca de laranja”, ou seja, com pontos de depressão, segundo Borges (2010). Ele ocorre por
múltiplos fatores, entre eles estão o gênero, pois é mais comum em mulheres do que em
homens devido à diferenças na estrutura do tecido adiposo; a etnia, sendo bem mais comum em
mulheres brancas do que em asiáticas e negras; o estilo de vida, com o consumo excessivo de
carboidratos e com isso maior deposição de gordura no tecido adiposo; o sedentarismo, hábitos
como passar muito tempo sen- tado impende o fluxo sanguíneo normal; e gravidez, pois
ocorrem diversas alterações hormonais que promovem o acúmulo de gordura e retenção de
líquidos, segundo Khan (2010).

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Figura 20 - Diferença estrutural no tecido adiposo masculino e feminino, as fibras perpendiculares da


mulher favorecem a celulite. Fonte: Drapalski (2016).

Para o tratamento do fibro edema gelóide e da lipodistrofia localizada existe no


mercado diversos cosméticos com princípios ativos lipolíticos, ou seja, que promovem a
lipólise, que é o processo bioquímico de degradação dos triglicérides (gordura armazenada
presente em nosso organismo) em ácidos graxos e glicerol, que poderão ser metabolizados e
consumidos pelo orga- nismo ou serão armazenados novamente (KRUPEK e MAREZE DA
COSTA, 2012). Bem como cosméticos com princípios ativos que melhoram a circulação
sanguínea e linfática. Aos cosmé- ticos são associados procedimentos manuais como a
massagem modeladora, drenagem linfática manual, equipamentos como ultrassom,

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radiofreqüência, endermologia, criolipólise entre ou- tros, cujas ações serão abordadas mais
detalhadamente na Unidade 4.

O termo celulite foi descrito pela primeira vez no ano de 1922 pelos médicos franceses Alquier e P

ESTÉTICA CAPILAR
A estética capilar compreende os tratamentos realizados nos cabelos e no couro cabelu-
do, para isto são utilizados cosméticos e equipamentos específicos. Entre os principais
distúrbios tratados estão: seborréia, caspa, queda excessiva e problemas na estrutura dos fios,
conforme Lacrimanti (2008).
Observa-se deterioração dos fios quando estes apresentam alterações na coloração e
res- secamento, o cabelo danificado fica mais poroso, opaco e perde a elasticidade. Estes danos
são causados pela radiação solar, uso de secador muito quente, vento, falta de umidade no ar
(ar con- dicionado), xampu com grande concentração de detergente, descoloração, alisamento,
tinturas, cloro da piscina, entre outros, destaca Wichrowski (2007).

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A principal queixa nesta área é a queda excessiva, chamada de alopecia, ela ocorre por
diversos fatores, por isso há diferentes tipos de alopecia. Porém uma das principais causas é o
hiperandrogenismo, ou seja, o excesso de hormônios masculinos, por isso a alopecia afeta mui-
tos homens, explica Harris (2009). Os tratamentos realizados para as alterações nos cabelos e
no couro cabeludo também incluem cosméticos, massagem e equipamentos, que estudaremos
mais detalhadamente na Unidade 3.

CONDUTA PROFISSIONAL E AMBIENTE DE


ATENDIMENTO
Segundo Lacrimanti (2008), o ambiente de trabalho do profissional de estética pode ser
dividido em macroambiente (a clínica, o salão, o consultório) e microambiente (a cabine de
pro- cedimentos), e estes ambientes devem estar de acordo com as normas da área da saúde,
orga- nizados e funcionalmente adequados para o trabalho. Além disto, ambos os ambientes
devem estar sempre limpos, não só o espaço físico, mas também equipamentos e acessórios

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(eletrodos, cubetas, espátulas e outros), tanto entre os procedimentos, quanto com cronograma
de limpeza semanal, explica, também, Borges (2010). Se esta limpeza não é feita corretamente
tem-se um grande risco de contaminação microbiológica do paciente/cliente e do terapeuta.
Este alto risco de transmissão de doenças é devido ao contato direto com vários clientes, e
esta pode ocorrer de pessoa para pessoa ou de pessoa por um objeto inanimado contaminado, o
que se denomina contaminação cruzada, expõe Nogaroto e Penna (2006).
Dentre os métodos de desinfecção ou métodos químicos de controle microbiano, Spicer
(2002) inclui a lavagem que remove alguns micróbios de superfície e se torna mais efetiva com
o uso de sabões, e o uso de substâncias químicas como os álcoois, compostos liberadores de
cloro ativo, ácido peracético e glutaraldeído. Já, entre os agentes físicos temos o calor, este
pode ser úmido (autoclave) ou seco (estufa), ele em geral mata por desnaturação das proteínas,
danos a membrana e hidrólise enzimática do DNA dos microorganismos, declara Levinson
(2005).
Um dos métodos químicos mais utilizados é o álcool etílico, que tem ação contra
bactérias na forma vegetativa, vírus não-envelopados, micobactérias e fungos, e não tem ação
sobre espo- ros e vírus não-envelopados, por isso é caracterizado como desinfetante e
antisséptico, sem ação esterilizante, pois não mata todos os tipos de microorganismos. Ainda,
de acordo com Santos et al. (2002) e Levinson (2005), o álcool etílico atua causando
desorganização na estrutura lipídica das membranas e desnaturação de proteínas, por isso causa
a morte de microrganismos. Enfim, o profissional da saúde deve adquirir uma postura que
promova o máximo de segurança, não só a ele mesmo, mas também ao paciente, assim,
utilizando equipamentos de proteção individual, realizando lavagem das mãos e procedendo a
desinfecção/esterilização de artigos e superfícies com o método mais adequado e sua correta
maneira de realização, conforme Mastroeni (2006).
Lacrimanti (2008) salienta que o Tecnólogo em Estética e Cosmética, quando da
realiza- ção dos procedimentos, deve estar com os cabelos presos, unhas curtas, sem adornos e
utilizando os equipamentos de proteção individuais (EPIs): jaleco, touca, luva, máscara, óculos
de proteção. Em geral, os profissionais da estética, enquanto profissionais da saúde, utilizam
roupas brancas, é importante manter o asseio das roupas, unhas sempre curtas e cabelos
arrumados, segundo Silva, Santos e Oliveira (2014). E um dos fatores primordiais e básicos
para a segurança dos pacientes e do esteticista é a correta lavagem das mãos com água e sabão,
com objetivo de remover micror- ganismos transitórios e da microbiota da pele, sujidades,
suor, oleosidade e células descamativas.

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Este procedimento previne a infecção cruzada, ou seja, a transmissão de


microrganismos entre o profissional e os pacientes, ou de paciente para paciente, evidencia
Borges (2010).
O procedimento correto de lavagem das mãos, conforme preconizado pelo Ministério
da Saúde (BRASIL, 2009) encontra-se ilustrado abaixo, e deve ser realizado antes e após cada
atendi- mento, e sempre que necessário. Além dos cuidados com a biossegurança outro fator
importante na conduta profissional é a ética. A palavra ética é uma de origem grega (ethos),
que significa modo de ser, conduta ou caráter da pessoa e deve diz respeito à toda e qualquer
atitude. Ou seja, a ética diz como devemos nos comportar e proceder diante das pessoas,
pondera Silva, Santos e Oliveira (2014).

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Figura 21 - Procedimento de lavagem das mãos de acordo com o Ministério da Saúde. Fonte: Improta
(2016).

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Ter uma conduta ética na estética compreende manter o sigilo de todas as informações
do paciente, pois a ficha de avaliação fornecerá muitas informações sobre o mesmo, bem como
em relação à fatos pessoais que o paciente relatar. Em relação ao tratamento, deixar claro quais
resul- tados poderão ser alcançados, sem enganar o paciente, bem como na divulgação de seu
trabalho não prometendo resultados impossíveis cientificamente, segundo Silva, Santos e
Oliveira (2014). Também é comum na estética fazer o registro fotográfico dos pacientes para
que os mes-
mos possam acompanhar os resultados do tratamento de forma mais visível, bem como a divul-
gação desses resultados para a propaganda do serviço, para isso o profissional de estética
precisa ter autorização por escrito de seu paciente cedendo o uso de suas imagens e realizá-la
de forma a não expor o nome do mesmo, expõe Borges (2010).

PELE HUMANA
Pode-se afirmar que o Tecnólogo em Estética e Cosmética é o profissional que cuida
do maior órgão de nosso corpo, ou seja, da pele, sendo assim veremos uma breve explanação
deste sistema para a melhor compreensão de como ocorrem as disfunções estéticas já citadas,

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do que determina o tipo de pele, e de como os tratamentos estéticos atuam. O sistema
tegumentar é composto pela pele, hipoderme, glândulas sudoríparas e sebáceas, pelos e unhas.
A pele é o maior órgão do corpo humano, composta por duas camadas, a epiderme e a derme,
declara Lacrimanti (2008). E alguns autores citam a hipoderme ou tecido adiposo com uma
terceira camada da pele, porém consideraremos a mesma como tecido subcutâneo, o tecido que
se encontra abaixo da pele, que também tem alterações que causam disfunções estéticas. As
funções da pele são reves- timento e proteção formando uma barreira contra agentes externos,
regulação da temperatura, sensibilidade (apresenta receptores de frio, calor, tato, pressão e
dor), absorção e secreção de líquidos e metabolismo da vitamina D, conforme Lacrimanti
(2008) e Harris (2009).

Figura 22 - Pele humana, imagem em microscopia eletrônica. Fonte: Atlas Virtual de Histologia e
Patolo- gia (2017).

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Acima podemos observar a imagem de microscopia eletrônica da pele humana, para


me- lhor ilustrar, o desenho abaixo mostra cada uma das estruturas da epiderme e da derme.

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Figura 23 - Ilustração da pele humana. Fonte: Xavier (2017).

Segundo Borges e Scorza (2016), a epiderme é formada por tecido epitelial


estratificado pavimentoso queratinizado, ser estratificado significa que ela possui mais de uma
camada, pa- vimentoso porque as células ficam lado a lado como se fosse um ladrilho e
queratinizado por- que sua camada mais superior contém a queratina para impermeabilizá-la.
Ela é uma camada contínua que recobre todo o corpo e tem espessura de 0,07 mm até 1,6 mm.
E como não possui vascularização, depende do suprimento sanguíneo da derme. A epiderme
possui cinco camadas distintas, bem como diferentes tipos de células, os queratinócitos ou
corneócitos constituem 80% da população de células da epiderme. Outros constituintes são as
células de Langerhans (2 a 8%) que pertencem ao sistema imunológico, as células de Merkel
(3%) que são receptores táteis, e os melanócitos (5 a 10%) que produzem a melanina, que é o
pigmento que dá a coloração à nossa pele.
Abaixo temos as principais características de cada uma das camadas da epiderme,
segun- do Kede e Sabatovich (2009), Gomes (2013), e Borges e Scorza (2016):
• Camada basal: é a parte mais profunda da epiderme, localizada em contato com a
derme. Esta camada é uma fileira de queratinócitos com formato cúbico ou cilíndrico dispostos
lado a lado e com capacidade de multiplicação celular (mitose). Ou seja, a principal função
desta camada é a de produzir novas células que vão se deslocando para a superfície, este
processo é chamado de renovação celular, e demora em torno de 28 dias. Conforme as células
vão se afas- tando da camada basal que as nutre, elas passam a sofrer queratinização (a
queratina endurece e impermeabiliza parcialmente a epiderme).

• Camada espinhosa: é assim chamada porque as células desta camada têm a aparência
de células com espinhos na sua superfície. As células espinhosas ou estrato de Malpighi
representam a camada mais espessa da epiderme, são células poliédricas (muitas faces planas) e
pavimentosas.

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• Camada granulosa: fileiras de células achatadas, nucleadas e com citoplasma repleto


de grânulos de querato-hialina. À medida que estes grânulos aumentam de tamanho, o núcleo
das células se desintegra e ocorre a morte das células mais superficiais do estrato granuloso,
elas ficam então preenchidas por queratina o que proporciona resistência a essa camada.

• Camada lúcida ou de transição: é considerada uma camada adicional entre os


estratos granuloso e córneo, que está presente nas regiões onde a pele é mais espessa, como,
por exemplo, a planta dos pés e palma das mãos. As células são anucleadas e formam uma
faixa clara e homo- gênea.

• Camada córnea: é a camada mais superficial, as células não têm núcleo e são achatadas,
elas já completaram o processo de queratinização. A espessura dessa camada varia de acordo
com a região anatômica, sendo mais espessa em áreas de atrito (até 15 mm). A capa córnea
superficial desidrata, descama e tem função de barreira protetora mecânica, prevenindo a
passagem de água e substâncias solúveis do meio ambiente para o interior do corpo.

Unindo as duas camadas temos a junção dermoepidérmica, esta junção assegura a ade-
rência entre derme e epiderme, e, como a epiderme não tem vasos sanguíneos ela proporciona

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a nutrição e oxigenação da epiderme, conforme Borges e Scorza (2016). A derme é formada
por tecido conjuntivo propriamente dito, sendo constituída por fibras de colágeno e elastina,
fibro- blastos (responsáveis pela produção de fibras de colágeno e elastina) e matriz
extracelular. Outras células que compõe a derme são macrófagos, linfócitos e mastócitos,
responsáveis pela defesa imunológica da pele. Também tem muitos vasos sanguíneos e
linfáticos, estruturas nervosas sen- soriais e musculatura lisa, explica Kede e Sabatovich
(2009).
A derme é dividida em duas camadas: camada superficial ou papilar, formada por
tecido conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo e localizada logo abaixo da epiderme; e
camada re- ticular ou profunda, composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso
não mode- lado, expõe Harris (2009). O tecido conjuntivo compreende um gel viscoso, rico
em mucopolis- sacarídeos, que participa da resistência mecânica da pele diante de compressões
e estiramentos, também tem as células chamadas de fibroblastos que são responsáveis pela
produção de colágeno e elastina, que dão a firmeza e elasticidade à pele, e também
glicoproteínas, proteoglicanas e ácido hialurônico, afirma Kede e Sabatovich (2009), Borges e
Scorza (2016). Na pele a musculatura é predominantemente lisa, ou seja, involuntária, e
compreende os músculos eretores dos pelos, este músculo se insere nas extremidades das
papilas dérmicas, e quando o músculo contrai desloca o pelo em posição perpendicular à
superfície da pele, enfatiza Borges e Scorza (2016).
Os folículos estão em praticamente toda a superfície da pele (exceto nas palmas das
mãos, plantas dos pés, lábios e região urogenital interna). O folículo é uma haste toda rodeada
de reves- timento epitelial, contínuo com a epiderme, a glândula sebácea e o músculo eretor do
pelo. E a cor do pelo é em razão da presença de melanócitos. Há dois tipos de pelos: os velos
que são cur- tos, pigmentados e muito finos presentes em toda superfície corporal, e os
terminais mais longos, grossos e pigmentados, como veremos mais detalhadamente na Unidade
3, expõe Wichrowski (2007); Borges e Scorza (2016).
A hipoderme ou tecido adiposo, não é considerada uma camada da pele por alguns au-
tores. Localiza-se abaixo da derme e acima do tecido muscular, consiste de um agrupamento de
células chamadas de adipócitos que armazenam gordura na forma de triacilglicerol e estão
sepa- radas por finos septos conjuntivos, além de atuar como reservatório de energia do
organismo, ele também sustenta e protege diversos órgãos, atua como isolante térmico e
secreta muitas citocinas e hormônios que modulam diversas funções, afirma Fonseca-Alaniz
(2006). Seu metabolismo é controlado por hormônios e pelo sistema nervoso, expõe Curi

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(2003).

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Figura 24 - Tecido adiposo em imagem de microscopia eletrônica. Fonte: Abrahamsohn (2016).

A distribuição deste tecido em homens e mulheres é regulada por hormônios


andrógenos e estrógenos. E também há diferenças na forma de disposição dos septos de tecido
conjuntivo ao redor das células de gordura. Nos homens as células se encontram justapostas e
sustentadas por fibras cruzadas como rede, o que dificulta o aumento dos adipócitos, já nas
mulheres as fibras conjuntivas são paralelas, conforme mostra a figura 20. No homem este
tecido representa cerca de 10 a 14% da massa corpórea, já na mulher é de 18 a 20%, expõe Borges
e Scorza (2016). Devido à essas diferenças, as mulheres têm maior tendência a ter fibro edema
gelóide (celulite).
A hidratação de nossa pele é conferida pelo fator natural de hidratação, que são subs-
tâncias higroscópicas, ou seja, que atraem água, e pelos lipídeos intracelulares que formam
uma barreira que impede a perda transepidérmica de água, afirma Lyon (2015). Os
componentes do fator natural de hidratação são: 40% de aminoácidos; 12% de lactatos; 12% de
sal sódico de ácido pirrolidona carboxílico (PCA-Na); 7% de uréia; lipídeos: 40 a 65% são
ceramidas e o restante ácidos graxos e colesterol. E ele se encontra entre os queratinócitos,
principalmente na camada córnea, esclarece Kede e Sabatovich (2009). Também atua na
hidratação da pele o manto hidroli- pídico que é constituído do suor produzido pelas glândulas
sudoríparas, juntamente com o sebo produzido pelas glândulas sebáceas, segundo Gomes
(2013).

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0
UNIDADE

3
TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO
PESSOAL, TERAPIA CAPILAR E
TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA

PROF.A DRA. TUANE KRUPEK

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO..............................................................................................................................32
TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO PESSOAL........................................................................33
TERAPIA CAPILAR.......................................................................................................................39
TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA...................................................................................44

31
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos verificar cada tipo de técnica ligada à nossa área. Portanto, é
impor- tante lê-la com bastante atenção.

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TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO PESSOAL


Conforme estudamos na unidade anterior, no embelezamento pessoal se realizam
proce- dimentos que visam unicamente a melhora da aparência, e não o tratamento de
disfunções esté- ticas. Para tanto, se faz importante o conhecimento do visagismo, que visa
conhecer as diferentes características de cada pessoa para que sejam realizados procedimentos
que proporcionem uma imagem pessoal mais harmônica, ou para proporcionar a imagem que
deseja transmitir. Uma das diferenciações básicas feitas através de conhecimentos de
visagismo é o dos diferentes formatos de rosto, confirme ilustra a imagem e descrição abaixo,
segundo Hallawell (2008):

• O rosto oval por muito tempo foi considerado o padrão de beleza para as mulheres
por ser delicado e suave, porém hoje se busca maior expressividade. Neste formato de rosto a
testa é arredondada e não muito larga, as têmporas não muito profundas e as linhas das maçãs
do rosto e do queixo suaves e levemente arredondadas.

• O rosto redondo tem poucos ângulos, a testa e o queixo são menores que os ovais, os

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olhos, nariz e linha do cabelo têm formato mais arredondado, este formato é muito encontrado
em pessoas de origem asiática e indígena.

• Os rostos quadrado e retangular apresentam ângulos mais retos, com testa retangular,
linha do cabelo reta, as têmporas não são muito profundas e as maçãs do rosto não são muito
salientes. A diferença entre eles é que o rosto retangular é um pouco mais longo que o rosto
qua- drado.

• O rosto em triângulo invertido se caracteriza pela testa larga e a mandíbula estreita,


o queixo pontudo e os olhos geralmente espaçados, este tipo é bastante comum em brasileiros,
especialmente os das regiões norte e nordeste do país. No rosto em triângulo ou em formato de
pêra a mandíbula é bastante evidente, larga e quadrada, e a testa pequena e estreita, as maçãs
do rosto não são pronunciadas, mas as têmporas são profundas.

• O rosto hexagonal com as laterais retas é semelhante ao oval, porém com ângulos
acen- tuados, a testa é em forma de trapézio, a linha do cabelo curta e reta, as maçãs do rosto
pouco pronunciadas e as têmporas mais profundas, queixo e curva da mandíbula mais
pronunciados e angulares. Por outro lado, o hexagonal com a base reta apresenta a base e a
testa reta, as maças do rosto salientes, a testa não é larga nem o queixo pontudo, e o queixo
quadrado.

• O rosto em formato de losango tem maças do rosto pronunciadas, quase nenhuma de-
finição do maxilar, queixo pequeno, e a testa forma uma ponta ou curva pronunciada.

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Figura 25 - Formatos de rosto. Fonte: Montes (2015).

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Considerando estes formatos, e também o formato dos olhos, nariz, boca e queixo, o
visa- gismo irá propor um formato de sobrancelhas, corte de cabelo e maquiagem que deixem o
rosto mais harmônico, ou que visem passar a impressão que a pessoa deseja através de sua
imagem. Em relação a como realizar a maquiagem para se ter um rosto mais harmônico em
cada um dos tipos de nariz, olhos e boca, seguem as recomendações de Lacrimanti (2008), e as
imagens de cada tipo de nariz, olhos e boca para facilitar a sua identificação:

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Quadro 4 - Maquiagem para os diferentes tipos de nariz, olhos e boca.

Figura 25 - Formatos de nariz. Fonte: Nunes (2016).

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Figura 26 - Diferentes formatos de olhos. 1) Olhos orientais. 2) Olhos com pálpebras caídas. 3) Olhos
pe- quenos. 4) Olhos grandes. 5) Olhos caídos. 6) Olhos fundos. 7) Olhos juntos. 8) Olhos separados. Fonte:
Carmezim (2015).

Figura 27 - Diferentes formatos de lábios. Fonte: Kruger (2014).

Com isso podemos observar a grande variedade de formatos de cada parte do rosto, o
que cria em cada pessoa uma aparência única, e apesar de o visagismo buscar essa harmonia do
rosto é importante salientar que toda a beleza deve ser valorizada, e que apesar de termos
sempre um padrão de beleza é preciso respeitar e valorizar as características de cada indivíduo.
E também, que apenas essas características, não qualificam uma pessoa como bonita ou não.
Biase, Nunes e Alma (2013) avaliaram a relação entre a percepção de beleza, a expressão facial e a
simetria facial natural, em que os participantes da pesquisa avaliaram fotos e as classificaram
como pessoas bo- nitas, ou não, e os pesquisadores verificaram a simetria dos rostos nas fotos.

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A pesquisa mostrou que as fotos mais simétricas não foram as mesmas consideradas
mais bonitas, os rostos selecionados como os mais bonitos foram as que transmitiam mais
simpatia, enquanto que as pessoas classificadas como feias foram as cujas fotos provocavam a
impressão de tristeza, mostrando que as expressões foram mais importantes que a simetria para
uma pessoa ser considerada bonita.
A maquiagem é um dos artifícios utilizados desde a antiguidade para o embelezamento
de homens e mulheres. Os principais cosméticos utilizados para maquiagem são, conforme La-
crimanti (2008):

- Corretivo: aplicado ao redor dos olhos, canto do nariz, boca e onde houver imperfei-
ções, ele tem um alto poder de cobertura e disfarça imperfeições e manchas.

- Base: é aplicada sobre toda a pele e tem por objetivo uniformizar sua cor e amenizar
imperfeições, existem diferentes formas de apresentação (líquida, stick, pó, etc.), ela deve ser
escolhida de acordo com o tipo de pele do cliente e de acordo com a necessidade de cobertura.

- Pós: dão um acabamento mais suave à pele, retirando o excesso de brilho pela
oleosida- de natural da pele e pelos outros produtos aplicados.

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- Blush: é similar ao pó, porém tem coloração avermelhada, é aplicado sobre as maçãs
do rosto para dar um aspecto saudável à pele. Ele também tem diferentes formas de
apresentação: bastão, creme, líquido e pó compacto.

- Sombras: produto de diferentes cores aplicado sobre as pálpebras para dar aspecto
atra- ente aos olhos. Encontrados na forma de pó, em barra ou em creme.

- Delineador de olhos: aplicado nas pálpebras superiores e inferiores próximo aos


cílios para deixar o olhar mais expressivo, encontrado em forma de lápis e líquido.

- Máscara de cílios: aplicada nos cílios para acentuar sua cor natural e alongar os cílios.

- Batom: aplicado nos lábios para colori-los, encontrados na forma líquida, bastão e lápis.

Para promover a harmonia ao rosto é preciso também modelar as sobrancelhas, o que


também é chamado de design de sobrancelhas, segundo Ifould (2015), o método mais utilizado
para isso é a retirada de pelos com pinças manuais, e sugere o seguinte procedimento:

- Realizar a correta medição e marcação conforme mostra figura abaixo;


- Segurar a pele esticada e remover os pelos na direção de seu crescimento;
- Escovar as sobrancelhas constantemente para verificar o desenvolvimento do formato;
- Não retirar os pelos apenas de uma, mas ir alternando para manter o equilíbrio;
- Remover apenas os pelos abaixo da linha das sobrancelhas;
- Os plos dispersos na área das têmporas e aqueles acima das sobrancelhas devem ser
removidos apenas se não fizerem parte do crescimento natural das sobrancelhas;
- Ao finalizar limpar a pele com um tônico calmante.

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A figura abaixo mostra a forma correta de realizar a medição antes da retirada dos
pelos, uma alternativa para facilitar na retirada dos pelos que é bastante utilizada é marcar com
lápis branco ao redor das sobrancelhas, então são retirados os pelos dessa região, assim não se
corre o risco de errar o desenho das sobrancelhas.

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Figura 28 - Diretrizes para medição das sobrancelhas. Fonte: Ifould (2015).

Outro procedimento de embelezamento muito popular é a depilação, ela remove pelos


indesejados de diversas áreas do corpo como pernas, virilhas, axilas, braços, buço, etc. Ela
pode ser realizada com ceras quentes, ceras frias ou com linha, segundo Moren (2009). A
depilação com linha, também chamada de depilação egípcia ou oriental, apresenta benefícios
em relação às outras técnicas de depilação por promover a retirada dos pelos de forma rápida,
sem deixar a pele irritada ou vermelha, afirma Martins (2014).
O procedimento é ideal para o rosto, mas também pode ser utilizado nas demais
regiões, possibilita a remoção de grupos de pelos em grandes áreas e cria formatos definidos
(como nas sobrancelhas), pois a linha possibilita precisão para remover pelos individualmente,
mas também é utilizado na depilação corporal, explica Ifould (2015).
As ceras quentes sólidas precisam ser aquecidas, então é aplicada uma camada grossa
sobre a pele, e após resfriamento ela é removida. As ceras frias, conhecidas como depilação
com folhas de papel ou roll on são aquecidas, aplicadas em uma camada fina sobre a pele, e
removidas com folhas de papel antes de esfriar, declara Moren (2009).

TERAPIA CAPILAR
Consiste na técnica de avaliação das alterações do cabelo e do couro cabeludo, com o
ob- jetivo de tratar distúrbios dos mesmos, por exemplo, caspa, seborréia, alopecia (queda
excessiva), entre outros, expõe Lacrimanti (2008). Segundo Wichrowski (2007), os cabelos
sempre e em to- das as culturas, foram ornamentos pessoais, por isso problemas nos mesmos
afetam diretamente a autoestima de homens e mulheres.

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Os pelos são produzidos nos folículos pilossebáceos e tem a função de proteção contra
radiações, traumas, atritos, e variações térmicas, além de terem a função de adorno e funcionar
como moldura do rosto, mostra Lacrimanti (2008).
O folículo pilossebáceo compreende o pelo, as glândulas sebáceas e o músculo eretor
do pelo. Sendo que a haste do pelo consiste de três partes, conforme Wichrowski (2007):

- Medula: é a parte mais central do pelo, formado por células fracamente


queratinizadas e mal interconectadas, ela só aparece em pelos mais grossos, sua função ainda
não é bem esclare- cida, mas acredita-se que dá a consistência ao fio.

- Córtex: representa a maior porção do pelo, é formada por células alongadas e querati-
nizadas, e nele se encontra a melanina que dá a coloração ao pelo.

- Cutícula: é a porção mais externa do pelo, constituída de células achatadas e


queratini- zadas, elas são dispostas na forma de escamas sobrepostas. Ela é responsável pelo
brilho do cabe- lo e é sua principal barreira protetora, sendo assim qualquer fator que altere a
cutícula alterará a qualidade dos fios.

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Figura 29 - Estrutura do folículo piloso e da haste capilar. Fonte: José (2014).

Os pelos são considerados anexos da pele e sua composição é de 90% proteína, 8%


água, 2% de minerais, sendo que a proteína que os compõe é a alfa-queratina. Sendo que há
três dife- rentes tipos, expõe Wichrowski (2007):

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Os humanos têm de 100 a 150 mil fios de cabelos na cabeça, e os fios crescem de 1 a
1,2 cm/mês (WICHROWSKI, 2007). Justamente este fator, o crescimento dos fios, é um dos
mais frequentes motivos de procura para tratamentos capilares. Vamos entender melhor como
se dá o crescimento dos fios. Esse ciclo de crescimento compreende três fases: anágena,
catágena e telógena.
A fase anágena em que as células germinativas apresentam grande atividade mitótica
for- mando o novo pelo, ou seja, é a fase de crescimento ativo dos fios, e esta fase dura em

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média 2 a 6 anos dependendo da região do corpo em que está o pelo. Na fase catágena as
células germinativas perdem a atividade mitótica e cessa a melanogênese, é a fase em que o
pelo entra em repouso, e ela dura cerca de 3 semanas. Por fim, a fase telógena é quando ocorre
a queda do pelo, ela dura de 3 a 4 meses, nela ocorre uma regressão do folículo e o pelo se
solta, permanecendo assim até que surja o novo pelo, afirma Peyrefitte, Martini e Chivot
(1998); Lacrimanti (2008).

Figura 30 - Fases de crescimento dos cabelos. Fonte: Santos (2016).

E entre os fatores que influenciam neste crescimento estão a genética, fatores


hormonais, ambientais, alimentares e emocionais, informa Lacrimanti (2008). Peyrefitte,
Martini e Chivot (1998) citam como fatores que interferem no ciclo pilar o local onde eles se
encontram (os cabe- los tem um ciclo mais longo do que os demais pelos do corpo), o sexo
(nas mulheres o crescimen- to é mais rápido), as estações do ano (o máximo de crescimento é
no fim da primavera e início do verão, e a queda máxima no início do outono), e os fatores que
influenciam no crescimento são os genéticos, alimentares (é necessário um aporte de
aminoácidos e vitaminas A, B5 e C) e hor- monais. Os cuidados cosméticos básicos com os
cabelos incluem xampu e condicionador, mas também podem ser utilizado outros cremes de
tratamento, cremes para pentear, entre outros.

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Wichrowski (2007) afirma que o xampu foi inventado a cerca de 100 anos pelo
químico alemão Hans Schwarzkopf, e sua função é de remover a sujeira da haste do cabelo e
do couro cabeludo, podendo também ter outros princípios ativos de tratamento. Os xampus que
comu- mente usamos geralmente têm detergentes aniônicos (com cargas elétricas negativas)
que abrem as escamas da cutícula capilar e assim fazem a limpeza dos fios.
De acordo com Bolognia, Jorizzo e Schaffer (2015), os xampus removem do cabelo e
do couro cabeludo o sebo, suor, estrato córneo descamativo, produtos para modelamento e
sujeira proveniente do ambiente, entretanto se esta remoção de sebo for excessiva os cabelos
ficam sus- ceptíveis à eletricidade estática e difíceis de pentear tornando-se necessário o uso de
condiciona- dores. Os autores apresentam os diferentes tipos de xampus e sua função como
mostra o quadro abaixo.

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Quadro 5 - Tipos de xampus e suas funções.

Wolverton (2015) apresenta os xampus terapêuticos que são utilizados para eliminar a
descamação (caspa) e o prurido (coceira) do couro cabeludo através da emulsificação das se-
creções oleosas, por isso devem ser preferidos aos xampus cosméticos. Após a lavagem com o
xampu deve ser aplicado o condicionador, ele tem a função de selar as escamas das cutículas
que foram abertas pelos xampus através de suas cargas positivas, seus princípios ativos têm
peso mo- lecular pequeno que permite que eles penetrem no córtex capilar e recomponham sua
estrutura, expõe Wichrowski (2007). E de acordo com Bolognia, Jorizzo e Schaffer (2015) eles
são neces- sários pela remoção de sebo que o xampu faz, pelos danos que os permanentes,
colorações e ou- tros tratamentos químicos trazem à cutícula, e também porque eles
proporcionam a redução da eletricidade estática dos cabelos ao depositar íons positivamente
carregados na haste do cabelo, assim quando são penteados ou escovados os cabelos não irão
arrepiar. Wichrowski (2007) sa- lienta que há diferentes tipos de condicionadores, sendo eles
intensivos que são usados durante o banho durante 3 minutos, profundos que são para cabelos
ressecados, utilizados com uma fonte de calor ou não, e os leave-in ou leave-on que são os
produtos sem enxágue.

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Entre os pacientes que buscam tratamentos capilares também é muito frequente a pre-
ocupação com a queda dos fios, porém o normal é que caiam cerca de 100 fios por dia, pois ao
analisar o couro cabeludo tem-se 85% dos fios na fase anágena, 1% na fase catágena e 14% na
fase telógena. Quando esta queda ultrapassa os valores normais, tem-se um distúrbio capilar,
chamado de alopecia, que é conhecido popularmente como calvície. Há vários tipos de
alopecia relacionados diretamente às suas causas, porém a mais frequente é a alopecia
androgenética que afeta os homens e tem influência dos hormônios masculinos, como a
testosterona, destaca Wi- chrowski (2007) e Lacrimanti (2008).
Outros distúrbios do couro cabeludo é a ptiríase, que é uma forma de dermatite
seborréia no couro cabeludo, é chamada de caspa ou escamação do couro cabeludo, e se não
for tratada pode evoluir. E, também, a seborreia, em que há um aumento da secreção e da
quantidade das glândulas sebáceas, também causa descamação e pode ocorrer queda de cabelo
(LACRIMANTI, 2008).
Entre os tratamentos capilares, além dos cosméticos, podemos citar a massagem com
movimentos de deslizamento, fricção e amassamento em todo o couro cabeludo, nuca e
trapézio, a massagem promove melhora da circulação sanguínea, da nutrição e ativa o
metabolismo ce- lular, com isso também melhora a absorção de princípios ativos, por isso
podem ser utilizados óleos essenciais, como os de alecrim e sálvia que atuam estimulando o

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couro cabeludo e o cresci- mento capilar, explica Wichrowski (2007).
Segundo Wichrowski (2007), na terapia capilar também é comum o uso da Geoterapia
ou Argiloterapia, ou seja, de argilas, elas têm ação esfoliante, redutora da oleosidade,
renovadora e fortalecedora do couro cabeludo, de acordo com cada um de seus tipos (cores),
e podem ser utilizados em compressas ou máscaras. As argilas indicadas são a argila verde
(cicatrizante, esti- mulante e adstringente), argila rosa (cicatrizante, adstringente e anti-séptica)
e a branca (sebos- tática e cicatrizante). Os óleos essências também podem ser utilizados em
conjunto com a argila. Outra forma de tratamento dos distúrbios capilares é com o vapor de
ozônio, um equipa-
mento em que se coloca água e quando aquecida libera vapor juntamente com ozônio. O
ozônio tem efeito bactericida e antisséptico, por isso é indicado em caso de seborréia, o vapor
aquecido também contribui para a hidratação e emoliência da camada córnea do couro
cabeludo, por isso facilita a permeação de cosméticos. O desincruste é um equipamento que
utiliza a corren- te galvânica para promover a limpeza dos óstios capilares através da
saponificação, ou seja, da transformação da gordura em sabão. E o aparelho de alta frequência
tem efeito bactericida, bac- teriostático, fungicida, oxigenante e vasodilatadora. Estes serão
mais detalhados na Unidade 4.

Os cabelos têm capacidade higroscópica, ou seja, tem a capacidade de reter umidade, por isso em

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TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA


O toque é um de nossos sentidos mais importantes, o primeiro a se desenvolver,
também a linguagem que usamos para demonstrar nossos sentimentos aos outros, essa
necessidade de tocar e de sermos tocados, justifica e salienta os efeitos terapêuticos da
massagem, explica Lidell e Azevedo (2002).
A massagem pode ser classificada como várias formas de toque realizado para se
atingir um objetivo específico, ou seja, é o toque terapêutico. E os benefícios deste toque
terapêutico foram descritos há muito tempo atrás, o médico Hipócrates (460-377 a.C.), os
métodos de tração e alongamento desenvolvidos por ele são utilizados ainda hoje. No século
XIX foi desenvolvida a massagem sueca, sendo um dos difusores dela Per Henrik Ling, ele
propôs tratamento de doen- ças utilizando movimentos ativos e passivos de massagem.
Atualmente os efeitos da massagem são apoiados por diversas pesquisas, sendo destacada a
importância da Dra. Tiffany Field do Ins- tituto de Pesquisa do Toque (Touch Research
Institute) da Universidade de Miami com pesquisas sobre a importância do toque que fizeram
com que a massagem se tornasse ainda mais popular, assevera Fritz (2002).

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Segundo Silva, Santos e Oliveira (2014), as técnicas manuais visam promover efeitos
fi- siológicos de relaxamento e modelagem, e as mais utilizadas na estética são a drenagem
linfática manual, a massagem relaxante e a massagem modeladora. A massagem requer
movimentos siste- máticos de passar a mão de leve, amassar e pressionar os tecidos moles do
corpo a fim de induzir um estado de relaxamento.
A drenagem linfática manual não é um tipo de massagem, apesar de ser assim
classificada erroneamente, mas é uma técnica manual. A drenagem linfática manual foi criada
por Emil Vo- dder e Estrid Vodder, entre 1932 e 1936, segundo Godoy (2005) e Godart
(1970). Seu principal objetivo de acordo com Guirro (2004) é drenar o excesso de fluido
acumulado nos espaços inters- ticiais de forma a manter o equilíbrio das pressões tissulares e
hidrostáticas, e também salienta que é importante o conhecimento da anatomia do sistema
linfático por quem a realiza para que seja eficiente.
Esta técnica visa o melhor funcionamento do sistema linfático, para auxiliá-lo na elimi-
nação de líquidos e toxinas presentes em nosso corpo, através das manobras nas vias linfáticas
e nos linfonodos, conforme Lacrimanti (2008). A drenagem linfática é usada em várias patolo-
gias, pois favorece o aumento do transporte da linfa, melhora a vascularização e melhora a
defe- sa imunitária ao organismo. Ela é baseada no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos,
com manobras feitas de modo lento, rítmico, suave, direcionando a pressão sempre em sentido
da drenagem linfática fisiológica, por isso requer o conhecimento da anatomia do sistema
linfático para ser eficaz, declara Vieira e Souza (2008). Ela só é contraindicada em casos
específicos como tumores benignos ou malignos, distúrbios circulatórios, inflamação aguda,
doenças de pele, pro- cessos infecciosos, estado febril, infarto do miocárdio e fase aguda de
artrite, enfatiza Carvalho (2009) e Natividade (2009).
Atualmente, a drenagem linfática manual está representada principalmente por duas
técnicas: a de Leduc e a de Vodder, expõe Guirro (2004). Mas independente da técnica, consi-
derando a anatomia e fisiologia do sistema linfático a aplicação deve ser em movimentos leves,
rítmicos e lentos, e em hipótese alguma esta técnica pode causar dor ou incômodo, explica La-
crimanti (2008). Outra técnica manual utilizada na estética é a massagem relaxante, ela
consiste na mobilização dos tecidos corporais através das mãos ou de objetos específicos, com
objetivo de proporcionar relaxamento muscular, físico e mental.

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Ela proporciona relaxamento, melhora do fluxo sanguíneo, estimula a eliminação de


me- tabólitos, melhora a oxigenação dos tecidos, melhora a nutrição dos tecidos e o sistema
linfático, evidencia Lacrimanti (2008). E também, outro tipo de massagem bastante difundido e
realizado na estética é a massagem modeladora, esta tem como objetivo trabalhar de forma
localizada em regiões onde se deseja a redução de medidas ou a melhora do quadro de fibro
edema gelóide. Seus movimentos são bastante parecidos com os da massagem relaxante,
porém são efetuados de forma mais rápida e com um pouco mais de pressão.
Segundo Tacani et al. (2010), se for realizada corretamente a massagem auxilia na re-
dução de medidas e de edemas, estimula a circulação sanguínea, o metabolismo e as respostas
neuromusculares, reduz ansiedade e depressão, entre outros, consequentemente contribui para
uma melhor autoestima e qualidade de vida. Geralmente se associa essa massagem com cosmé-
ticos que contenham princípios ativos lipolíticos e descongestionantes. Ela promove a
vasodila- tação, melhora da oxigenação e nutrição tecidual, melhor permeação de cosméticos
e estimula a eliminação de metabólitos, explica Lacrimanti (2008). Continua bastante
controverso o papel da massagem nas adiposidades, muitos profissionais divulgam a
massagem como uma forma de emagrecimento e “quebra de gordura”, que seria eliminada
após isso. O que se mostra contro- verso pois considerando as funções do tecido adiposo uma
delas é justamente a proteção contra impactos.

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Um estudo realizado avaliou os efeitos de massagem clássica estética aplicada três
vezes por semana durante 30 minutos nas regiões abdominal, de coxas e glúteos, totalizando 12
ses- sões. Antes do tratamento e após foi avaliada a perimetria das regiões e realizada
ultrassonografia da parede abdominal. Foi verificado redução da perimetria do quadril, porém
nas demais regiões não houve alterações no tecido adiposo, declara Tacani et al. (2010).

Em relação ao mito da massagem modeladora “quebrar gordura” ou “modelar gordura”, o professo


wwatc

O professor Rafael Ferreira nos apresenta como podemos eliminar a gordura de nosso corpo:
wwatc

BRAUN, Mary Beth; SIMONSON, S. J. Massoterapia. São Paulo: Manole, 2007. LEDUC, Albert; LE

TACANI, Pascale Mutti et al. Efeito da massagem clássica estética em adiposida- des localizadas:

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04
UNIDADE

A IMPORTÂNCIA DA COSMÉTICA E
DA ELETROTERAPIA NA ESTÉTICA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK

SUMÁRIO DA UNIDADE

INTRODUÇÃO.............................................................................................................................47
A IMPORTÂNCIA DA COSMÉTICA...............................................................................................48
ELETROTERAPIA.........................................................................................................................53

46
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INTRODUÇÃO
Conforme estudamos na Unidade I, a beleza tem uma história muito rica, desde a anti-
guidade, diversos cosméticos foram desenvolvidos em busca da melhora da aparência e da
auto- estima. De acordo com Gomes (2005), cosmético era originalmente o nome dado às
substâncias naturais usadas para suavizar o cabelo e dar-lhe brilho. Após a Primeira Guerra, o
domínio dos produtos de beleza aumentou e o nome cosmético tomou sentido mais amplo,
designando toda a substância de origem animal, vegetal e mineral utilizada para embelezar a
pele e seus anexos.

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A IMPORTÂNCIA DA COSMÉTICA
A indústria cosmética surgiu a partir dessa grande demanda, sendo que o primeiro cre-
me condicionado industrialmente foi fabricado por ingleses em 1860, e chamava-se Simon. No
mesmo ano, Eugene Rimmel lançou a máscara de cílios, hoje conhecida como rímel, na década
seguinte os ingleses inventaram o xampu, segundo Sant’Anna (2014).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os cosméticos são
pre- parações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas
partes do corpo humano, como a pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos,
dentes e membranas de mucosas da cavidade oral, tendo como objetivo exclusivo ou principal
de lim- peza, alterando sua aparência e/ou corrigindo odores corporais e/ou protegendo ou
mantendo em bom estado. Já o Food and Drug Administration (FDA) enfatiza que todo esse
processo pode ser realizado pelos cosméticos, desde que eles não afetem a estrutura ou função
destas partes do corpo, declara Ribeiro (2006). A ciência que estuda os cosméticos é a
Cosmetologia, ela abrange desde as matérias-primas utilizadas, até a venda e a aplicação destes
produtos. Os cosméticos não possuem ação medicamentosa, estão unicamente relacionados a

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fins estéticos, e são procurados para satisfazer o desejo de melhorar a aparência e assim a
autoestima (MATOS, 2014).

A Cosmetologia trabalha com beleza, correção, fantasia e sonho. Mistura o


real com o imaginário. Não tem finalidade curativa ou de tratamento, pois
não a um medicamento, mas sim de prevenção e melhora de alterações
inestética... (RIBEIRO, 2006, p.2).

Os cosmecêuticos possuem uma ação específica, não melhorando somente a aparência,


mas também proporcionando um tratamento que modifica a estrutura ou local onde está sendo
utilizado. Este termo resulta da fusão das palavras cosmético e farmacêutica, ou seja, a união
da cosmetologia com a farmácia. Cosmecêuticos são produtos resultantes da evolução da
tecnologia de fabricação de cosméticos, da pesquisa de novas matérias-primas e de um melhor
conhecimen- to da biologia celular, afirma Gomes e Gabriel (2006). Segundo Gomes (2005),
os cosmecêuticos também podem ser chamados de multifuncionais.
Dentre os cosméticos multifuncionais utilizados, o de maior destaque e importância é o
fotoprotetor solar, que auxilia na prevenção do fotoenvelhecimento e fotocarcinogênese,
segundo Kede e Sabatovich (2004). Com a diminuição da camada de ozônio aumenta a
incidência da ra- diação ultravioleta sobre a superfície da Terra, sendo necessária a proteção
contra estas radiações, os cosméticos utilizados para este fim são os fotoprotetores, disponíveis
na forma de formulações cosmecêuticas para uso tópico, mostra Souza (2005). Quanto a Matos
(2014), outro exemplo de cosmético multifuncional que também apresenta essa função e é
bastante utilizado ultimamente é o BB cream, que além de atuar como maquiagem
uniformizando o tom de pele, tem a capa- cidade de proteção solar, hidratação e reparação de
danos do envelhecimento, conforme Matos (2014).
O Tecnólogo em Estética e Cosmética deve ter conhecimentos de cosmetologia
aplicada à estética, ou seja, não necessita ter conhecimento aprofundado dos setores da
cosmetologia, porém os conceitos básicos são obrigatórios em sua rotina para atendimento
estético individuali- zado e eficiente, e para orientação quanto ao uso de cosméticos aos seus
pacientes, declara Matos (2014).

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COMPONENTES DOS COSMÉTICOS


Conforme Matos (2014), cada formulação cosmética apresenta diversos componentes,
porém eles podem ser organizados em quatro grupos: princípios ativos, aditivos, produtos de
correção e veículos ou excipientes. O princípio ativo é o responsável pela ação do cosmético na
pele, ele pode especificar a indicação do produto, porém um cosmético pode ter mais de um
princípio ativo, segundo, também, Borges e Scorza (2016), que também afirma que os aditivos
englobam corantes, fragrâncias e conservantes, sendo os corantes e fragrâncias responsáveis
pela cor e odor do produto, visam ao aspecto comercial. E os conservantes servem para
preservar o cosmético, assegurando o prazo de validade e a segurança de seu uso. Os produtos
de correção corrigem ou ajustam alguma característica da formulação cosmética para que ela
chegue ao pa- drão que se espera, são utilizados corretores de pH, emulsionantes (para misturar
componentes aquosos e oleosos), espessantes (para que a formulação fique mais viscosa), entre
outros, afirma Matos (2014).
Borges e Scorza (2016) expõem que o veículo ou excipiente é a substância que leva o
princípio ativo para a pele, constitui a maior parte da formulação e é o que determina sua forma
física (emulsão, gel, óleo, etc.). Por isso é importante conhecer as características dos produtos
cosméticos, bem como da pele dos pacientes para fazer a melhor escolha em cada caso específico.
Os diferentes veículos utilizados em cosméticos, a partir do conhecimento de seus constituintes

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é possível escolher o melhor veículo para cada tipo de pele:
• Emulsão: são preparações de características homogêneas utilizando um líquido inso-
lúvel em outro, por exemplo, água dispersa em óleo, e como eles não se misturam é utilizado
um agente chamado tensoativo ou emulsionante para estabilizar a solução, ele tem afinidade
por água e por óleo, por isso estabiliza a fórmula do cosmético. Por isso, as emulsões
apresentam duas fases: uma interna e outra externa, que não se misturam.

• Gel: é uma solução viscosa e espessa, com partículas dispersas no solvente. É uma
sus- pensão de substâncias insolúveis em água, sendo que uma fase é líquida (água, álcool ou
acetona) e a outra é sólida (agente gelificante). O veículo em gel não apresenta boa
permeabilidade na pele, após a evaporação da parte líquida, ele forma uma película que
mantém o princípio ativo na pele, a penetração depende das características do ativo. Já o gel
creme não é um gel verdadeiro, pois tem uma fase oleosa emulsionada na fase aquosa
espessada, é chamada de gel para melhorar o apelo do consumidor que aceita melhor esse tipo
de veículo, é um tipo de emulsão composta por maior parte de água e pouco óleo. E o sérum ou
fluido é um tipo de gel, ele mantém o aspecto mais fluido e apresenta maior velocidade de
espalhamento, sua função dependerá do ativo de sua fórmula.

• Líquido ou loção: mistura de água, álcool, glicerina, sorbitol e o princípio ativo. É


um veículo simples e o principal componente é a água. Ex: loção tônica.

• Aerossol: dispersão de um líquido ou um sólido em um gás, em um recipiente pressu-


rizado com uma válvula que quando pressionada descarrega o produto.

• Pó: o veículo se apresenta na forma de pequenas partículas, produtos preparados e


con- servados sem qualquer umidade.

• Óleos: mistura de óleos de origem animal, vegetal ou sintética e princípios ativos.

• Sticks: produtos constituídos de substâncias graxas e álcool etílico, solidificadas por


estearato de sódio.

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Para que o princípio ativo exerça sua ação ele precisa penetrar na pele, sendo assim
pes- quisadores desenvolveram carreadores ou veículos específicos para levar as substâncias
até sua camada de atuação, eles são chamados de veículos vetoriais, alguns exemplos são,
conforme Ma- tos (2014):

- Lipossomas: são estruturas constituídas de fosfolipídeos, sendo assim, tem afinidade


com a membrana de nossas células, ao entrarem em contato com a membrana celular, eles libe-
ram os ativos presentes em seu interior.

- Thalasphere®: são macroesferas de colágeno marinho recobertas por uma película


de glicosaminoglicanas, elas são degradadas por enzimas da pele e os princípios ativos são
liberados.

- Nanosferas®: esferas microporosas de polietileno que liberam os ativos presentes em


seu interior gradualmente.

- Ciclodextrinas: são formadas por carboidratos complexos que carregam os ativos em


seu interior.

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- Silanóis: feitos à base de silício orgânico, que tem grande afinidade pela pele e com
isso proporcionam alta capacidade de penetração e permeação cutânea.

Os cosméticos podem ser classificados de acordo com a função que desempenham,


con- forme mostra a figura abaixo elaborada a partir das definições de Borges e Scorza (2016):

Figura 31 - Tipos de cosméticos. Fonte: o autor.

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A permeabilidade cutânea é a capacidade da pele de deixar passar seletivamente


substân- cias para seu interior, a permeação de cosméticos pode ocorrer pela via transdérmica,
ou seja, pela via intracelular (pelos espaços vazios entre as células) ou pela via intracelular
(atravessa as células), ou ainda pela via trananexial, que é pelos orifícios pilosebáceos (óstios),
ou pelos canais das glândulas sudoríparas (poros), explica Ribeiro (2006) e Matos (2014).
Para escolher o cosmético a ser utilizado é de suma importância conhecer o tipo de pele
do paciente. Os Tecnólogos em Estética e Cosmética também precisam conhecer os cuidados
cosméticos básicos com a pele do rosto para que possam orientar seus pacientes, estes cuidados
são: higienização, esfoliação, tonificação, hidratação e fotoproteção, mostra Matos (2014); Borges
e Scorza (2016). A higienização é a primeira etapa de qualquer tratamento estético, visa a
remo- ção da sujidade acumulada e/ou depositada no extrato córneo, se o paciente estiver
maquiado deve-se retirar a maquiagem, e depois aplicar um higienizante. Existe uma grande
variedade de produtos higienizantes, a seleção deve ser feita de acordo com o tipo de pele do
paciente. A esfoliação tem o objetivo de remover células mortas do estrato córneo e reduzir a
espessura da epiderme, como o processo fisiológico de renovação da pele demora 28 dias,
sugere-se que seja respeitado um intervalo de 15 dias entre as esfoliações, porém dependendo
das características da pele, se ela for muito espessa, o intervalo pode ser menor. A esfoliação
pode ser feita com agentes de ação mecânica, física ou biológica. A tonificação é uma etapa

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muito importante, que tem a função de equilibrar o pH da pele e remover as sujidades que
ainda não foram removidas. Lembrando que o pH é uma escala que classifica a acidez ou
alcalinidade de uma solução aquosa, ela vai de 0 a 14, sendo que 7 é considerado pH neutro, o
que está abaixo de 7 é ácido, e acima de 7 é básico ou alcalino. E o pH de nossa pele é em
torno de 5,5, porém ele varia de acordo com a região do corpo.

Figura 32 - Escala de pH. Fonte: Portal São Franscisco.

Os tônicos têm a função principal de corrigir o pH da pele, porém seguindo a tendência


de cosméticos multifuncionais podem ter outra função associada, como a de adstringentes (re-
duz temporariamente o tamanho dos óstios), matificante (reduz o brilho da pele), antisséptico
(impede a ação de microrganismos), hidratante, calmante, e ainda pode ter ação antioxidante,
tensora ou melhorar a firmeza da pele, segundo Matos (2014).

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A hidratação da pele está relacionada com a capacidade de melhorar seu teor hídrico,
porém há três diferentes formas de promover a hidratação: emoliência, umectação e oclusão.
Ela deve ser feita em todos os tipos de pele, devendo ser escolhido o hidratante apropriado ao
tipo de pele para que ela não fique oleosa. Os agentes oclusivos formam filme hidrofóbico na
superfície da pele e entre os queratinócitos superficiais. Os emolientes preenchem as fendas
intercorneo- cíticas, retendo água nessa camada, ou seja, aumenta a capacidade oclusiva
natural da pele. E os umectantes retêm água na camada córnea por atraí-la da derme ou do
ambiente, expõem Costa (2000); Lyon e Silva (2015).
A fotoproteção é alcançada pelo uso de cosméticos fotoprotetores, também chamados
de protetores solares ou filtros solares, que tem a função de minimizar os efeitos da radiação
ul- travioleta do sol, pondera Matos (2014). As radiações ultravioleta A e B (UVA e UVB),
emitidas pelo sol, são responsáveis por aproximadamente 85% das rugas e 90% dos aspectos
da pele enve- lhecida (MONTAGNER, 2009). Além de protegerem contra o câncer de pele. Os
fotoprotetores possuem filtros solares, agentes que absorvem, refletem ou dispersam a
radiação ultravioleta e a luz visível e podem ser divididos em físicos e químicos (HABIF,
2005). Grande parte dos fo- toprotetores combinam a ação dos protetores físicos e químicos,
assim se obtém uma proteção mais efetiva, explicam Kede e Sabatovich (2004); Habif (2005).
Estes podem ser apresentados em diversas formulações como pomadas, cremes, géis, e loções, e

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devem ser escolhidos de acordo com o tipo de pele, assim como os demais cosméticos,
comenta Stainer (2007). O quadro abaixo apresenta os cosméticos indicados para cada tipo de
pele, explica Borges e Scorza (2016).

Quadro 6 - Cosméticos para cuidados básicos com a pele indicados para cada tipo de pele.

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Os cosméticos corporais incluem os produtos utilizados para higienização,


desodorantes, hidratantes, fotoprotetores, entre outros. Mais especificamente para tratamento
de distúrbios es- téticos os mais utilizados são os cosméticos com princípios ativos lipolíticos
ou estimuladores da circulação sanguínea e linfática, afirma Krupek e Mareze da Costa (2012).

ELETROTERAPIA
Diversos são os equipamentos utilizados em tratamentos estéticos faciais, corporais e
capilares, a seguir veremos alguns dos equipamentos mais utilizados atualmente.

ALTA FREQUÊNCIA
É técnica que utiliza correntes alternadas de alta frequência com gazes árgon, chenon
ou neon, que em contato com o oxigênio do ar se transformam em ozônio (O3), assevera Lacri-
manti (2008). O ozônio produzido tem ação bactericida, bacteriostática, fungicida, oxigenante,
e vasodilatadora, explica Wichrowski (2007). Segundo Borges e Scorza (2016) O aparelho de
alta frequência na superfície da pele provoca a formação de ozônio (O3), este por ser uma

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substância instável se decompõe em oxigênio molecular (O2) e oxigênio atômico (O). A ação
desinfectante do ozônio é devido à ação do oxigênio atômico que causa lise (destruição) de
membrana dos microorganismos.
A alta frequência é muito utilizada após a limpeza de pele por seus efeitos
desinfectantes, também em tratamentos de seborréia do couro cabeludo, foliculite pós-
depilação e quando se deseja promover a cicatrização mais rápida. As contraindicações são
para pacientes com marca-
-passo cardíaco, gestantes, pacientes com câncer, distúrbios de sensibilidade, próteses
metálicas epilepsia, ou associada a cosméticos inflamáveis, expõem Lacrimanti (2008) e
Borges (2010). Os eletrodos do aparelho de alta frequência são os apresentados na imagem
abaixo, são eles o pente (utilizado na terapia capilar), saturador, cauterizador, standart
(também chamado de cebolinha), standart (ou cebolão) e forquilha (muito usado para região
do pescoço e pernas).

Figura 33 - Eletrodos do aparelho de alta frequência. Fonte: Negrão (2015).

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A aplicação pode ser feita de forma direta ou por efluviação, onde o eletrodo é
deslizado de forma suave e diretamente sobre a pele. Aplicação à distância ou por faiscamento
em que ele é aplicado a uma curta distância, sem ser encostado na pele. Ou ainda, aplicação
indireta que é feita exclusivamente com o eletrodo saturador, nesta técnica o paciente segura o
eletrodo de vi- dro e o terapeuta realiza movimentos de massagem ou tamborilhamento na face
do paciente, e a corrente será transmitida pelas mãos do terapeuta para o paciente, esta forma
de aplicação pode ser associada à máscaras cosméticas para promover sua melhor absorção e
ação, desde que não tenham componentes inflamáveis, expõe Borges (2010).

VAPOR DE OZÔNIO
O vapor de ozônio é um aparelho em que se coloca água em seu recipiente interno e ao
aquecê-la ele emite vapor, e quando se aciona sua função ozônio também é acionada uma cor-
rente de alta frequência que entra em contato com a água e irá liberar vapor com ozônio,
explica Borges e Scorza (2016). O vapor de ozônio tem ação bactericida e antisséptica,
também promove hidratação e emoliência, e deve ser aplicado a 30 cm do paciente durante 10
minutos, esclarece Wichrowsli (2007). Por atuar como emoliente promovendo a dilatação dos
poros o vapor de ozô- nio é utilizado no procedimento de limpeza de pele para facilitar a
extração da acne. Também é comum sua utilização para aumentar a permeação de máscaras

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faciais ou de cosméticos capilares por promover a vasodilatação (dilatação dos vasos
sanguíneos) e com isso maior absorção dos princípios ativos.

CORRENTE GALVÂNICA
A corrente galvânica é utilizada na estética em diversas formas de aplicação e para
varia- dos tratamentos. Esta corrente promove vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos),
aumen- to da ação de defesa do organismo e analgesia (alívio da dor), é utilizada para
ionização de ativos, desincruste e eletrolifting, informa Lacrimanti (2008). A ionização
utilizando a corrente galvânica se baseia no princípio de física que os polos de cargas iguais se
repelem e de cargas diferentes se atraem, sendo assim o cosmético ionizável é aplicado com
auxílio de eletrodo rolinho com a mesma polaridade que a sua, assim a corrente irá repelir os
íons do cosmético que irão penetrar na pele (BORGES E SCORZA, 2016). A técnica de aplicação
pode ser observada na figura abaixo, com a terapeuta deslizando o rolinho no rosto da paciente.

Figura 34 - Técnica de ionização de ativos utilizando corrente galvânica. Fonte: IBRAMED (2015).

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Na imagem abaixo é representada a técnica de desincruste, esta técnica tem por


objetivo retirar o excesso de sebo das peles ou couro cabeludo exageradamente oleosos. O
eletrodo ativo deve ser envolvido com algodão embebido na solução desincrustante à base de
sódio, e então é movimentado lentamente sobre a região, com movimentos contínuos,
retilíneos e ordenados, isto irá promover a promover a saponificação do sebo (formação de
sabão) e com isso a limpeza profunda da pele, afirma Borges (2010).

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Figura 35 - Técnica de desincruste. Fonte: Mafra (2016).

No eletrolifting se faz múltiplos pontos com a agulha sobre a estria ou ruga, e na


mesma é transmitida a corrente galvânica (Figura 34), o objetivo é promover uma lesão
tecidual que associado aos efeitos da corrente galvânica causa um processo inflamatório que
irá promover o reparo de rugas e estrias, esclarece Borges (2010).

Figura 36 - Eletrolifting em estrias. Fonte: Tavares (2017).

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A corrente galvânica é indicada para promover hidratação, nutrição e revitalização,


tratar edema, rugas e estrias. E contraindicada para pacientes com neoplasias, lesões cutâneas
no local de aplicação, diabetes descompensado, alterações de sensibilidade, portadores de
marcapasso cardíaco, gestantes e pacientes com epilepsia, segundo Lacrimanti (2008).

CRIOLIPÓLISE
A criolipólise está sendo muito utilizada atualmente para o tratamento de gordura loca-
lizada, ela consiste de um tratamento não invasivo que causa o resfriamento da gordura
subcutâ- nea à temperatura de -5ºC a -15ºC, expõem Borges e Scorza (2016). Seu mecanismo
de ação é baseado na maior susceptibilidade dos adipócitos ao congelamento do que as células
dos demais tecidos, com o congelamento ocorre a morte dos adipócitos desencadeando um
processo infla- matório com migração de células de defesa para o local, e após 14 a 30 dias os
adipócitos são fagocitados (degradados por células fagocitárias) em resposta a dano que foi
provocado, segundo Krueger (2014).
De acordo com Avram e Harry (2009), a inflamação do tecido adiposo induzida pelas
baixas temperaturas já foi bem documentada, logo após a aplicação da criolipólise não se
obser- vam mudanças no tecido adiposo, mas em torno de três dias após a aplicação tem-se a
apoptose (morte celular) dos adipócitos que leva ao desenvolvimento de um processo

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inflamatório que tem o pico em torno de 14 dias, e após cerca de 30 dias ocorre a fagocitose
dos adipócitos, sendo observada a redução no volume do tecido adiposo, a regressão do
processo inflamatório ocorre em torno de 90 dias após o tratamento. Os autores salientam que
o processo de morte celular e fagocitose destas células ainda não é totalmente esclarecido.
De acordo com Krueger et al. (2014) o processo inflamatório gerado pela técnica
começa a diminuir quatro semanas após o tratamento e ainda persiste após três a quatro meses,
quando se observa a redução do volume do tecido adiposo no local tratado. Em relação a
efeitos adver- sos, não se tem relatos na literatura, e são necessários estudos randomizados,
duplo-cegos e com número significativo de pacientes para se avaliar os reais efeitos da técnica.
Avram e Harry (2009) afirmam que alguns estudos clínicos confirmam que ocorre a in-
dução da inflamação pelo frio, levando à redução da camada adiposa sem causar alterações nos
níveis de lipídeos ou alterações hepáticas (no fígado). Krueger et al. (2014) citam que a
criolipó- lise é indicada para pacientes que estejam dentro do peso normal, que pratiquem
atividade física e que tenham uma alimentação saudável. A técnica de aplicação pode ser
observada na figura 35, é utilizada uma manta protetora sobre a pele, a manopla do aparelho
promove uma sucção da pele, e dentro do aplicador há duas placas que promovem o
resfriamento, essa intensa redução da temperatura irá promover a morte celular dos adipócitos,
explica Borges e Scorza (2016).

Figura 37 - Técnica de aplicação da criolipólise. Fonte: Schmitz (2016).

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RADIOFREQUÊNCIA
A radiofrequência utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor
na pele e abaixo dela. Seu mecanismo de ação acontece pela vibração das moléculas de água, com
isso produz calor, indica Borges e Scorza (2016). É indicada principalmente para flacidez
cutânea leve a moderada, e contraindicada em portadores de marcapasso e desfibriladores,
sugerindo-se que seja evitado seu uso sobre implantes metálicos, segundo Osório (2009).
A terapia por radiofrequência é um tratamento não invasivo, no qual os benefícios são
diversos. Ao passar pelos tecidos e elevar a temperatura tissular, ela promove aumento do flu-
xo sanguíneo, a reabsorção de líquidos, melhor oxigenação local e a um aumento da drenagem
venosa. A temperatura elevada promove a remodelação das fibras de colágeno e um depósito
de novas fibras, e consequentemente, aumento da espessura e da densidade do tecido epitelial,
minimizando a flacidez e deformidades na pele, explica Borges e Scorza (2016). Sendo assim,
é utilizada principalmente no tratamento de flacidez facial e corporal, mas também para tratar
fibro edema gelóide e gordura localizada.

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Figura 38. Técnica de aplicação da radiofrequência. Fonte: São Paulo (2014).

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