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Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Primeiramente, deixo uma frase de
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios Diagramação:
não vale a pena ser vivida.” Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Cada um de nós tem uma grande
responsabilidade sobre as escolhas que Revisão Textual:
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida Gabriela de Castro Pereira
acadêmica e profissional, refletindo diretamente Letícia Toniete Izeppe Bisconcim
em nossa vida pessoal e em nossas relações Mariana Tait Romancini
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade
é exigente e busca por tecnologia, informação Produção Audiovisual:
e conhecimento advindos de profissionais que Heber Acuña Berger
possuam novas habilidades para liderança e Leonardo Mateus Gusmão Lopes
sobrevivência no mercado de trabalho. Márcio Alexandre Júnior Lara
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
01
DISCIPLINA:
GESTÃO DE PROJETOS
INTRODUÇÃO À GESTÃO
DE PROJETOS
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - CONHECENDO OS CONCEITOS DE PROJETOS .................................................................................................. 6
2 - AS DIMENSÕES, FASES E A ELABORAÇÃO DE PROJETOS ............................................................................ 10
3- JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS DE UM PROJETO ............................................... 15
3.1. INTEGRAÇÃO ...................................................................................................................................................... 16
3.2. ESCOPO .............................................................................................................................................................. 17
3.3. TEMPO ............................................................................................................................................................... 17
3.4. CUSTO ................................................................................................................................................................. 17
3.5. QUALIDADE ....................................................................................................................................................... 18
3.6. RECURSOS HUMANOS .................................................................................................................................... 18
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3.7. COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................................. 18
3.8. RISCOS .............................................................................................................................................................. 19
3.9. FORNECIMENTO ............................................................................................................................................... 19
4 - APROFUNDANDO ................................................................................................................................................ 21
5 - RESUMO ............................................................................................................................................................. 23
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Percebe-se um grande crescimento nas organizações baseadas em projetos,
independentemente do tipo de organização – pública ou privada – existe uma mudança na forma
de gerir pessoas e organizações, principalmente em uma sociedade voltada à aprendizagem e ao
conhecimento.
Os projetos precisam ser vistos como uma forma essencial para o crescimento empresarial,
sem esse recurso, as organizações passam a se estagnar e parar de crescer podendo até mesmo
fechar suas portas.
A gestão de projetos é uma matéria de caráter multidisciplinar, cuja importância se
revela a cada dia. Sua relevância é percebida desde as ideias que surgem no chão de fábrica
das empresas, passando pelas inovações tecnológicas, até o desdobramento do planejamento
estratégico de qualquer organização, afinal, todas essas fontes precisam da visão de projetos
para se transformarem em resultados, pois com a utilização de uma metodologia para gestão
de projetos pode-se trabalhar de maneira uniforme e gerar indicadores de gestão para facilitar a
tomada de decisão.
Aproveite este estudo para compreender esses aspectos sobre projetos, buscando se inserir
nessa dinâmica que objetiva levar as organizações a se tornarem empresas que desenvolvem
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ENSINO A DISTÂNCIA
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ENSINO A DISTÂNCIA
Ao buscar a origem da palavra “projeto”, temos uma visão do termo em diversos contextos,
segundo o Dicionário Aurélio (s.p.):
Projeto é uma sequência de tarefas com um início e um fim que são limitadas
pelo tempo, pelos recursos e resultados desejados. Um projeto possui um
resultado desejável específico; um prazo para execução; e um orçamento que
limita a quantidade de pessoas, insumos e dinheiro que podem ser usados para
completar o projeto. (BAKER & BAKER, 1998, p. 5)
Já Weiss e Wysoki (1992) afirmam que um projeto deve ser visto como um empreendimento
complexo, que tem fim, com recursos limitados e deve haver envolvimento entre os setores e
funções da organização com foco em atingir objetivos que solucionem os problemas encontrados
ou criem inovação na organização. Estes conceitos devem ser vistos dentro da organização, com
foco na educação corporativa, gerando aprendizagem, desenvolvimento interno, inovação e
competitividade, por melhor aproveitar as potencialidades dos colaboradores. Neste sentido,
podemos encarar o projeto como algo voltado à pedagogia do projeto, visto como um projeto de
trabalho com foco em desenvolver conhecimento e melhora as habilidades individuais.
Podemos, então, definir o Projeto Educacional como um empreendimento que tem
um fim definido, e objetivos claros e bem definidos, que visam solucionar problemas, gerar
oportunidades, sanar necessidades dentro de um sistema organizacional que visa a geração de
educação e conhecimento, para a melhoria e formação das habilidades e potencialidades humanas
nos mais diferentes níveis de aprendizado.
Com isso, entendemos que os projetos educacionais não focam apenas em instituições de
ensino, pois podem ser aplicados em empresas, sendo elas públicas ou privadas, além de serem
benéficos para toda a sociedade, afinal, quando uma empresa consegue gerar conhecimento, pode
agregar valor em todo o entorno onde está inserida. Entenda, todo projeto com fins educacionais,
sendo ou não dentro de uma escola ou universidade, pode ser considerado um projeto de ensino
e aprendizagem.
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É fato que também existem projetos que ajudam a organização no contexto ambiental,
quanto ao melhor consumo de energia, além de questões sociais, como cidadania, sociedade e
desenvolvimento sustentável, e projetos que são voltados para a formação e o desenvolvimento
social e humano.
Veja que, na atualidade, várias mudanças vêm ocorrendo nas organizações e resultando
em melhorias da gestão de pessoas, gerando capital intelectual. As organizações têm buscado
cada vez mais Treinamento e Desenvolvimento para geração de conhecimento e aprendizagem
constantes.
A Educação Corporativa deve ser um projeto constante e bem aplicado dentro das
organizações que querem continuar competitivas e que consigam se desenvolver constantemente
para gerar inovação.
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http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/capital-
intelectual-e-sua-importancia-para-as-organizacoes/27681/
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A implementação deve ser gerida de forma contínua e eficiente, visando levar o projeto
ao seu objetivo previsto no planejamento.
Por definição, a gestão de um projeto é vista como a ação e técnica de gerenciamento
que controla e conduz o projeto até o seu objetivo. É fato que dentro desse conceito, a gestão não
é apenas executar algo que está planejado, mas deve ser encarada como algo que pode modificar
e adaptar situações para o melhor rendimento do processo. Essa gestão é necessária para que
exista uma estrutura de controle, e processos com a finalidade de atingir resultados traçados
anteriormente no planejamento.
Esta preocupação com a gestão pode levar a organização a resultados excepcionais, que
agregam valor e geram conhecimento constante.
Dentro do enfoque de nosso estudo, o projeto tem por objetivo criar um resultado único
e diferenciado, proporcionando agregação de valor, conhecimento e aprendizado contínuo na
organização. Um projeto não é feito só de boa vontade, e sim, por meio de dedicação constante,
planejamento, gestão e foco em resultados. Para tanto, vamos conhecer quais são as fases de um
projeto e sua importância no contexto do planejamento e gestão do projeto.
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Existem algumas variações nos nomes destas fases de projetos, porém não alteram sua
compreensão ou definição. Estudos indicam que os projetos podem apresentar 5 fases, que
demonstram como um projeto é executado e precisa de planejamento e cuidados em cada uma
dessas fases.
Essas fases, conforme a figura anterior, são as seguintes, na visão de Dinsmore (1992, p.
Essa sequência também leva o nome de Ciclo de Vida de Projetos, pois demonstra como
acontece o projeto do começo ao fim. Lembrando que um projeto pode ser aplicado novamente,
desde que ao final se busque informações para avaliar se o projeto foi um sucesso completo ou
precisa de alguma mudança para ocorrer novamente.
Precisamos, é claro, tomar cuidado, pois essas fases acabam demonstrando que um
projeto só funciona de forma linear e não tem flexibilidade para pular, ou até mesmo, alterar fases,
quando necessário. Podemos perceber que o planejamento não é interrompido em nenhuma das
fases, pois se faz necessária a implementação constante do projeto para que ele atinja os objetivos.
As interações em cada fase servem para corrigir ou adaptar o que for preciso dentro do contexto
do projeto, lembre-se, o foco sempre é atingir os melhores resultados possíveis. O mercado, as
pessoas e a organização são flexíveis e mudam constantemente, logo, os projetos não podem ficar
de fora desse contexto.
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Para cada fase, podemos identificar algumas atividades essenciais para seu bom
andamento:
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É preciso tomar muito cuidado com o controle em todos os processos do projeto, para
que o que foi planejado não se perca no caminho ou nem seja executado. Os projetos passarão
por diversas variáveis e por isso esse controle é essencial, nos mínimos detalhes, pois sem controle
isso pode impactar na má execução do projeto ou na sua inviabilidade.
Um projeto só atinge seu objetivo quando consegue cumprir prazos e orçamentos,
ter qualidade e satisfazer as expectativas os envolvidos com o projeto. Um bom controle e
planejamento leva a organização ao sucesso e à maximização de seus resultados em um mercado
altamente competitivo.
Podemos entender que em um projeto existem fatores que levam ao sucesso, ou também,
podemos chamar de Fatores Críticos de Sucesso (FCS). Esses fatores podem variar de organização
para organização, porém, são fatores que precisam ser cuidados e avaliados constantemente.
• Administrar conflitos;
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• Novos produtos: às vezes, se faz necessário desenvolver novos produtos para atingir os
objetivos do mercado exigente.
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3.1. Integração
• Tabela Geral do Projeto (esquema genérico);
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3.2. Escopo
• Estabelecer fronteiras entre determinadas tarefas, atividades, contratos, atribuições,
responsabilidades e missões (término e início de um trabalho);
• Deve ser gerenciado por planejamento, interface e documentação dos itens que passam
de uma área para outra;
• A gerência do escopo do projeto ajuda a definir exatamente o que precisa ser feito por
parte de cada elemento que atua no projeto.
3.3. Tempo
• A corrida contra as datas estabelece o ritmo de trabalho em projetos;
3.4. Custo
• Pode-se expressar um projeto, em números, somando-se os custos em equipamentos,
materiais, mão de obra, assistência técnica, bens imóveis e financiamentos;
• Até o tempo pode ser ali representado e, por conseguinte, ser agregado;
• A gerência de projetos é responsável pelo controle dos custos globais para mantê-los
dentro dos limites orçamentários;
• É o dinheiro que faz com que o projeto progrida e é a razão da sua existência (gerar mais
dinheiro ou benefícios para o proprietário ou organização patrocinadora).
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3.5. Qualidade
• Uma das metas principais: qualidade (veja o posicionamento no mercado);
• Nos projetos industriais, os padrões são ditados por especificações, que são utilizadas
no monitoramento do desempenho do projeto;
• Onde não existem especificações tão detalhadas para se estabelecer padrões de qualidade,
espera-se um mínimo de qualidade funcional;
• Se não for apresentado um mínimo de qualidade funcional, não somente o projeto, mas,
também, produto e/ou serviço estarão fora do mercado;
3.7. Comunicação
• São de extrema importância para um bom entendimento e desenrolar das atividades do
projeto;
• Comunicações com a Comunidade fazem parte das relações públicas e visam não só
quebrar resistências, mas também influenciar o público.
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3.8. Riscos
Em um ambiente estável, as decisões podem ser baseadas em experiências, em dados
históricos e conhecimentos práticos;
Regras simples: Se acontecer “A” faça “X”, se acontecer “B” faça “Y”, isto significa uma
atenção e preparo constantes de todos os envolvidos;
Decisões tomadas em condições de risco ou incerteza não são programáveis, portanto, a
equipe deverá se adaptar à nova situação;
3.9. Fornecimento
No gerenciamento de projetos, é necessário tratar com terceiros que fornecem serviços,
materiais e equipamentos;
O destino do projeto depende da capacidade de bem escolher os fornecedores e os
prestadores de serviços, com termos contratuais adequados;
A coordenação das atividades de terceiros, seu acompanhamento e avaliação de
desempenho são de suma importância.
Perceba que a busca para atuar nessas áreas do conhecimento gera uma “justificativa”
para elaborar um projeto, podendo levar a empresa, e todos os envolvidos, a desenvolver
aprendizagem e conhecimento, por meio de novas experiências que serão criadas a partir do
projeto. Fato que gera a necessidade de compreender o que é essa justificativa de um projeto.
Principalmente, porque um projeto só deve acontecer se sua justificativa for clara e bem definida.
Diante disso, podemos afirmar que a justificativa é um elemento essencial na negociação e
aprovação de um projeto junto aos envolvidos com a sua realização, visto que tem o foco de criar
fundamento e aprofundamento do contexto do projeto, e ajuda na compreensão do motivo da
existência do projeto. A justificativa irá apresentar mais dados sobre o projeto: material teórico,
dados estatísticos, dados que apresentam a situação antes do projeto. Com isso, será possível
avaliar os resultados que serão alcançados após a execução do projeto.
Após entender a importância da justificativa do projeto, precisamos compreender quais
são os objetivos do projeto elaborado, e isso deve ser visto como de extrema importância dentro
do planejamento do projeto.
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ENSINO A DISTÂNCIA
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Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, ter objetivos claros e projetos
voltados para a educação corporativa é essencial para o crescimento das pessoas envolvidas
e da maximização dos resultados dentro da organização. Todo projeto precisa ser visto como
ferramenta que pode causar diferenciação e vantagem competitiva, além de enxergar as pessoas
como diferencial estratégico e não apenas como um recurso limitado.
4 - APROFUNDANDO
Buscar uma educação corporativa é criar uma mudança comportamental nas pessoas,
para que possam pensar de forma crítica, tendo a capacidade de desenvolver o autogerem
ciamento e o aprimoramento da inteligência emocional (capacidade de lidar com as emoções de
forma estratégica), buscando a cada dia melhorias nos processos. Isso passa por avaliar valores
próprios, princípios éticos e seu relacionamento com os colegas de trabalho e a comunidade onde
a empresa está inserida.
• Ensino à Distância;
• Educação Profissional;
As organizações que têm obtido sucesso nesse mercado altamente competitivo são aquelas
que direcionam suas ações em desenvolver as habilidades e potencialidades de seus colaboradores
por meio de treinamentos e ensino personalizado e específico. As instituições de ensino buscam
atender todas essas demandas trabalhando todos os aspectos organizacionais como: finanças,
tecnologia, marketing, recursos humanos, contabilidade, logística, entre outros.
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EDUCAÇÃO CORPORATIVA
Videoaula sobre Educação Corporativa e sua importância dentro do contexto
5 - RESUMO
O grande crescimento das atividades, com base em projetos educacionais corporativos,
surge devido a diversos motivos, sendo um deles visto como um caminho seguro para que a
organização consiga implantar mudanças e inovações em seu contexto. Isso faz com que as
pessoas deixem de ser meras cumpridoras de funções para serem geradoras de ideias e conceitos
diferenciados, melhorando a competitividade, que é essencial no mercado atual.
Na visão de Maximiano (1997), Projeto é visto como um empreendimento que tem fim,
e possui objetivos bem claros e definidos para solução de um problema, visando aproveitar uma
oportunidade ou para sanar os interesses de umas pessoas ou organização. Podemos, então,
definir o Projeto Educacional como um empreendimento que tem um fim definido, assim
como objetivos claros e bem definidos, que visam solucionar problemas, gerar oportunidades,
sanar necessidades dentro de um sistema organizacional, que visa a geração de educação e
conhecimento, para a melhoria e formação das habilidades e potencialidades humanas nos mais
diferentes níveis de aprendizado.
A Educação Corporativa deve ser um projeto constante e bem aplicado dentro das
organizações que querem continuar competitivas e que consigam se desenvolver constantemente
para gerar inovação.
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
02
DISCIPLINA:
GESTÃO DE PROJETOS
ELABORAÇÃO E PLANEJAMENTO
DE PROJETOS
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 26
1 - ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ........................................................................................................................ 27
2 - PLANO E PLANEJAMENTO DE UM PROJETO .................................................................................................. 35
3 - CONTROLE E GESTÃO DE PROJETOS .............................................................................................................. 39
4 - APROFUNDANDO ............................................................................................................................................... 42
4.1. NÍVEL ESTRATÉGICO DO PROJETO ................................................................................................................. 43
4.2. NÍVEL TÁTICO DO PROJETO ............................................................................................................................ 43
4.3. NÍVEL OPERACIONAL DO PROJETO ............................................................................................................... 43
5 - RESUMO ............................................................................................................................................................. 45
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INTRODUÇÃO
Um projeto bem elaborado envolve funcionários, clientes, fornecedores e comunidade em um
processo de desenvolvimento educacional contínuo, cumprindo as visões estratégicas da empresa.
Projetos são fundamentais, principalmente em uma sociedade conhecida como “do
conhecimento”, em que o grande foco é transformar uma realidade em um futuro promissor. Por
isso, ao falar de elaborar projetos, estamos falando de planejamento, controle, gestão, ensino e
mudança de mente, com foco em gerar resultados de desenvolvimento humano e organizacional.
Por isso, precisamos compreender como funciona a elaboração de um projeto, principalmente
os de educação corporativa. Além disso, é importante entendermos que todo projeto precisa de
um plano de ação, ou vários, e um bom planejamento, pois, sem isso, se torna algo sem objetivo
sem nenhum valor para gerar desenvolvimento. É fato que não existe execução de projetos sem
que haja um controle adequado do projeto, avaliando cada fase e verificando a necessidade de
mudanças ou correções para que os objetivos planejados possam ser atingidos.
Isso tudo leva a compreender o contexto de uma gestão de projetos pautada em atingir
resultados maximizados e que criem mudanças de comportamento para que a empresa ou
organização esteja preparada para a luta diária que é atender o mercado com a qualidade que é
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ENSINO A DISTÂNCIA
1 - ELABORAÇÃO DE UM PROJETO
Já vimos o que é um projeto e como ele é importante dentro de um contexto organizacional
para o desenvolvimento das potencialidades, principalmente no tocante a projetos educacionais
corporativos.
Projetos são empreendimentos que fazem parte, consciente ou inconscientemente, do
dia a dia de qualquer organização. A visão da empresa influenciará sensivelmente no sucesso dos
projetos.
Um projeto possui algumas características pertinentes ao seu métier. Na visão de Vargas
(2003, p. 15), essas características são a temporalidade (início, meio e fim), individualidade
do produto ou serviço a ser desenvolvido (garantia de inovação), complexidade (clareza dos
objetivos, condução das atividades, emprego dos recursos) e acrescente-se a mobilidade de
certos parâmetros (prazos, custos, pessoal, material e equipamento e qualidade), constantemente
revisados.
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• É único – cada projeto é inédito, diferente. Isso é facilmente observável porque tudo
muda no decorrer do tempo: as equipes mudam, os gestores mudam, assim como a tecnologia.
Enfim, todo o contexto em que os projetos estão inseridos está em constante mudança, e isso
torna a gestão de projetos ainda mais desafiadora. Utilizando o mesmo exemplo anterior: na
produção das camisetas brancas não existe nada de inédito em fabricar uma após a outra. No caso
do novo modelo de carro, essa característica de único fica muito bem representada.
• É restringido por recursos limitados – seria muito mais simples se, a cada novo
projeto, todos os recursos necessários estivessem disponíveis e dentro dos critérios desejados,
para se realizar o novo desafio. Mas isso normalmente não acontece, e exige dos gerentes de
projetos um conjunto de atividades e habilidades para buscar o sucesso do empreendimento.
Essa característica é tão marcante nas empresas atuais que muitas teorias e conceitos foram
desenvolvidos para gerir de maneira adequada os projetos. O conceito de “corrente crítica” é um
Um projeto precisa ser claro e objetivo, e de ter uma base empreendedora, isto é, um projeto
acontecerá por meio de um planejamento com foco em qualidade e avaliação de resultados. Para
a correta elaboração de um projeto, precisamos responder algumas questões importantes:
• O que se deseja? Definir o objeto almejado.
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• Quando? Determinar prazos para cada etapa de execução cuja flexibilidade viabilize sua
execução sem comprometer os resultados.
• Valeu a pena? Realizar avaliação criteriosa dos erros e acertos para se garantir resultados
profícuos e positivos.
Claro que olhando, dessa maneira, parece simples, porém, é necessário ter
responsabilidade e fazer avaliações constantes para que seja possível implementar o projeto a
cada etapa. Adaptações, correções vão ser necessárias durante o processo, sempre objetivando
gerar conhecimento e inovação na organização. Foque sempre em potencializar as habilidades e
conhecimentos das pessoas que atuam dentro do projeto e da organização. “Um projeto é uma
máquina de mudança” (KEELING, 2006, p. 25), e essa mudança é rumo à geração de organizações
inovadoras, e isso dependerá de mudanças radicais na visão e comportamento das pessoas que
fazem parte deste contexto. O momento da elaboração do projeto deve acontecer após muita
pesquisa e planejamento, para que o resultado almejado seja atingido de maneira eficiente. Isso
deixa claro que para que um projeto seja concebido, é necessário que algumas regras e padrões
sejam seguidos, acompanhados e avaliados, ou seja, é preciso que ocorra, na visão de Campos
(2012, p.21):
c) Comunicação constante e efetiva: Informativos claros que sejam feitos antes, durante
e depois das tarefas, visando esclarecer a todos, auxiliando no desempenho geral, e evitando
comentários inoportunos via “rádio peão”.
Todas essas ações buscam atingir os objetivos organizacionais, porém, Campos (2012,
p.22) afirma que é necessário utilizar metodologias que sirvam para auxiliar esse processo, como:
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Keeling (2006, p. 39) destaca que a busca por apoio ou aceitação é um dos momentos
• “Dar uma tacada direta” – não encobrir problemas – apoiar-se em fatos concretos;
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• Título do projeto;
• Equipe do projeto;
necessário;
• Orçamento previsto;
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Para facilitar sua aplicação, mostrarei um modelo de termo de abertura que pode ser
utilizado, modificado e aplicado por você:
Perceba que elaborar um projeto é algo que exigirá muita pesquisa, análise, e claro,
muito planejamento. Mas tenha convicção de que é de extrema importância que as organizações
estejam abertas para as mudanças que o mercado exige e precisam se preparar para desenvolver
conhecimento e inovação constantes.
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• De negócio;
• Funcional;
• Operacional.
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Fonte: https://www.euax.com.br/2017/06/qual-o-papel-do-planejamento-
estretegico-em-gestao-de-projetos/
Com isso, percebe-se que o plano de ação deve apresentar os procedimentos e recursos
necessários para toda a execução do projeto e, para tanto, a equipe envolvida deve estar preparada
para isso. Ou seja, podemos entender o plano de ação de um projeto como um processo, em que
alguns aspectos devem ser observados, conforme apresenta Brito (2011, p. 35):
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• Planos de Ação são de natureza dinâmica e não estáticos: isso significa que todo plano
pode (e, muitas vezes, deve) sofrer mudanças ao longo da execução do projeto. É para isso que
serve a ação gerencial de controle.
• Para ser efetivo, o Plano de Ação deve ser usado, revisado e mantido atualizado
constantemente. Isso parece óbvio, mas é raro encontrarmos equipes que se preocupam com
revisões e atualizações constantes dos projetos que desenvolvem.
• Planejar implica definir como, quando, onde e com que recursos algo pode ser feito
por meio de um projeto. Trata-se de um exercício de previsão de tempo e recursos, e requer,
muitas vezes, a elaboração de modelos de sistemas e processos, para ajudar na concepção do
caminho a ser percorrido com o desenvolvimento do projeto. Nesse contexto, torna-se útil a
comparação com projetos semelhantes e a colaboração de especialistas. Cabe acrescentar que o
planejamento não é uma ciência exata. Se duas equipes diferentes são chamadas para elaborar um
Plano de Ação para um mesmo projeto, podemos ter resultados bastante diferentes.
1. Definição do escopo: o Plano de Ação tem por base a definição do escopo do projeto,
constituído da definição do problema ou situação geradora, objetivos, justificativa, resultados
esperados e abrangência do projeto. Essa definição é importante para futuras decisões durante a
realização do projeto.
5. Estimativa de duração das atividades: previsão de quanto tempo será gasto na execução
de cada atividade do projeto, tendo como base experiências anteriores, projetos similares ou
atividades afins já executadas pelas equipes envolvidas no projeto.
6. Estimativa de custo: consiste na previsão dos recursos financeiros que serão necessários
para completar todas as atividades do projeto.
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ENSINO A DISTÂNCIA
• Escopo do projeto: refere-se ao trabalho que precisa ser realizado para entregar um
produto, serviço ou resultado com as características e funções especificadas.
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• Definir objetivos;
• Quanto tempo será necessário para a realização de cada atividade e tarefa definida?
• Em que momento cada atividade e tarefa deverá acontecer? Qual a sequência mais
adequada dessas atividades?
• Quanto tempo será necessário para a realização total de todas as atividades e suas
respectivas tarefas?
• Quem serão os responsáveis pela realização das atividades e tarefas? • Qual o total
financeiro envolvido em cada atividade e tarefa específica?
Qual o valor total necessário para a realização do projeto?
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No Controle do Projeto, as ações desta fase devem garantir proativamente para as ações
previstas acontecerem como projetado; e às imprevistas serem avaliadas e incluídas, ou não, ao
projeto permitindo correções e redefinição de rotas, segundo Menezes (2003, p. 196), por meio
de:
A. monitoramento dos processos, ou seja, acompanhamento físico de sua execução;
B. análise das distorções,
C. apresentação de soluções;
D. replanejamento do projeto, se necessário.
Aquilo que não é controlado, não é administrado. Partindo dessa premissa básica,
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Dentro do contexto de controle, temos mais duas palavras que precisamos entender:
Monitoramento e Avaliação. Com isso, vamos entender essas duas palavras:
Para melhor entendermos este contexto, principalmente, dentro dos projetos de educação
corporativa, temos as seguintes definições:
• Monitoramento: É o acompanhamento contínuo e sistemático das atividades previstas,
verificando se a execução do projeto está ocorrendo conforme o planejado; de modo que
acompanha o trabalho que está sendo realizado (entradas + processos + saídas), com foco na
eficiência do projeto. Ou seja, o monitoramento refere-se ao acompanhamento do trabalho
realizado, o que inclui os recursos necessários para este trabalho (entradas) e seus respectivos
• Avaliação: É a análise dos resultados obtidos por meio da realização das atividades do
projeto, verificando em que medida os objetivos foram alcançados; mede os resultados e impactos,
com foco na eficácia (ou efetividade) do projeto. As ações de avaliação referem-se à análise dos
resultados e impactos produzidos pelo projeto, verificando em que medida os objetivos foram
alcançados. Nesse caso, a avaliação mede a eficácia do projeto e deve responder a perguntas do
tipo: Chegamos aos resultados esperados? Chegamos onde queríamos chegar? Se não, por quê?
Observe que podemos avaliar, também, resultados intermediários ou parciais, e resultados finais
de um projeto.
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• liderança: estabelecer exemplos positivos, evidenciar energia, ser proativo, saber delegar;
Com isso, conseguimos compreender que quando bem planejados, controlados e geridos,
os projetos levam a organização a grandes resultados. Assim, vemos que o gerenciamento dos
projetos é algo extremamente detalhado e que envolve custos, por isso é necessário dar a devida
importância para essa gestão.
Dentro do contexto dos projetos, a proatividade é fundamental entre os atuantes, com
foco em conseguir que as informações circulem com maior velocidade e tornando possível
corrigir problemas de forma mais rápida e eficiente.
Na visão de Vargas (2003), o fracasso de um projeto pode acontecer quando metas e
objetivos são mal elaborados, como o uso de metas muito altas, não avaliar questões financeiras
do projeto, informações insuficientes ou inadequados, e falta de conhecimento necessário para a
execução do projeto.
Verzuh (1998, p. 107) afirma que “o maior desafio da gestão de projeto é fazer a coisa certa
no tempo certo.” Por isso, precisamos entender que planejar é essencial para termos resultados
positivos em um projeto. Com isso, entendemos que um projeto só terá qualidade quando todos
os envolvidos focarem em executar o projeto com eficiência e com foco na satisfação de todos os
envolvidos com o projeto, de fornecedores a clientes.
Após entendermos a importância da gestão do projeto, podemos discutir sobre a fase
final do projeto, ou seja, o seu encerramento. Nesta fase, observamos que em projetos simples,
seu encerramento é simples, o que é totalmente contrário em projetos grandes. Em pequenos
projetos, podemos resumir em uma reunião com os envolvidos e gerar relatórios dos resultados
alcançados com o projeto. Já em grandes projetos, ou seja, mais complexos, outras atividades
e formalidades são necessárias, como documentos formais das etapas do projeto e relatórios
detalhados de todo o projeto.
Ao encerrar um projeto, podemos ter as seguintes atividades:
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Perceba que o projeto precisa ter início, meio e fim, e que deve ser detalhado, controlado
e com geração de relatórios específicos para que possa ser avaliado e implementado, caso seja
executado o projeto novamente.
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ENSINO A DISTÂNCIA
O PMI (2004) afirma que os projetos devem produzir valor para os negócios, e isso só
é possível com planejamento adequado. Se as organizações visarem nos planejamentos, muitos
projetos seriam mudados antes do início, ou até mesmo, nem seriam iniciados, por não se
adequarem à realidade do mercado. Nesse sentido, podemos afirmar que todo projeto deve:
Perceba que não estamos falando de qualquer coisa, estamos afirmando que o projeto
deve e irá agregar valor ao negócio, porém, isso só acontecerá com planejamento, análise e
implementação das ações.
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http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/108
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ENSINO A DISTÂNCIA
5 - RESUMO
Um projeto possui algumas características pertinentes ao seu métier, na visão de Vargas
(2003, p. 15), essas características são a temporalidade (início, meio e fim), individualidade
do produto ou serviço a ser desenvolvido (garantia de inovação), complexidade (clareza dos
objetivos, condução das atividades, emprego dos recursos) e acrescente-se a mobilidade de
certos parâmetros (prazos, custos, pessoal, material e equipamento e qualidade), constantemente
revisados.
“Um projeto é uma máquina de mudança” (KEELING, 2006, p. 25), e essa mudança é
rumo a geração de organizações inovadoras, e isso dependerá de mudanças radicais na visão
e comportamento das pessoas que fazem parte deste contexto. O momento da elaboração do
projeto deve acontecer após muita pesquisa e planejamento para que seu resultado seja atingido
de maneira eficiente.
Na atualidade, existem vários modelos de planejamento para um projeto, em que o PMI
(Instituto de Gerenciamento de Projetos) é o de destaque e o mais utilizado. Porém, na visão de
Moura (2011), temos um modelo que é baseado no escopo do projeto, conhecido como Modelo
de Planejamento Orientado por Escopo (PPOE), que é estruturado com três componentes
básicos: Escopo, Plano de Ação e Plano de Controle Avaliação.
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
03
DISCIPLINA:
GESTÃO DE PROJETOS
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS
E APRENDIZAGEM
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 48
1 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ................................................................................................................... 49
1.1. EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM ......................................................................................................................... 51
1.2. EDUCAÇÃO CORPORATIVA .............................................................................................................................. 55
1.3 UM PROJETO RARAMENTE ESTÁ SOZINHO ................................................................................................... 58
1.4. DEDICAÇÃO AOS PROGRAMAS ....................................................................................................................... 59
2 - APROFUNDANDO ............................................................................................................................................... 60
3 - RESUMO ............................................................................................................................................................. 62
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
As organizações precisam desenvolver modelos pedagógicos de aprendizagem que
facilitem e levem as pessoas a buscar de gerar mudanças na realidade, maximizando os resultados
estratégicos da organização. Os programas de educação corporativa servirão para desenvolver
as competências humanas, criando uma empresa muito mais competitiva e dinâmica, capaz de
desenvolver inovação e conhecimento por meio das experiências que serão vividas.
O processo de aprendizagem acontece quando o indivíduo consegue assimilar e acumular
conhecimentos, tornando-se questionador da realidade, e começa a desejar mudanças e melhorias.
A Educação Corporativa surge em meio a essa necessidade de aprendizagem e conhecimento, com
foco em desenvolver as habilidades humanas para utilizarem dentro do contexto organizacional.
Quando isso ocorre a organização passa a ser mais competitiva e dinâmica, contribuindo em
atender as necessidades do mercado consumidor.
Todo esse modelo surge de uma necessidade que não conseguiu ser sanada pelo Estado, e
as organizações começam a buscar soluções de ensino e educação, para levar seus colaboradores
a serem o grande diferencial que eles precisam para se tornar empresas e organizações aptas a
atender o mercado competitivo.
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ENSINO A DISTÂNCIA
1 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Libâneo (2004) afirma que o PPP é um documento que apresenta os objetivos, diretrizes
e ações necessárias do processo educativo a ser desenvolvido, adaptando para um ambiente
organizacional, com políticas e regras necessárias para desenvolver a educação dentro do contexto
organizacional.
O grande foco deve ser gerar interação e coletividade, por meio de geração de conhecimento
que auxilie na construção de uma nova realidade. Isso exige o trabalho de todos os envolvidos no
processo, como equipe, liderança, gestores, professores e a sociedade como um todo.
Uma questão importante é entender que podem surgir barreiras e resistências, por parte
de alguns envolvidos, e isso precisa ser tratado e planejado para que haja a geração de percepção
nas pessoas que resistem quanto a entender que as novas práticas servirão para melhorar o dia
a dia de todos, reduzindo trabalho e agilizando nos processos. Quando isso é demonstrado com
clareza, será possível a implantação de novas práticas educativas organizacionais.
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ENSINO A DISTÂNCIA
É fato que dentro de uma educação de ensino, esse projeto pedagógico tem o foco de geração
de aprendizagem aos alunos ou acadêmicos, envolvendo a comunidade, professores e gestores
da instituição de ensino. Porém, dentro do ambiente organizacional, temos o envolvimento dos
colaboradores, que serão o foco do contexto educacional para gerar melhorias nos processos
internos da empresa ou organização.
O PPP, dentro das organizações, deve ser visto como uma ferramenta de auxílio que
envolverá conteúdo, pessoas, salários, material didático, cultura e demais detalhes que compõem
a organização. Esse projeto deve trazer melhorias na organização, modificando a coordenação
dos processos internos, criando novas relações interpessoais e institucionais.
Nesse sentido, podemos pensar em alguns participantes do PPP, tais como:
• Colaboradores e funcionários;
• Gestores e líderes de cada setor da organização;
• Consultor, professor ou outro agente que trará ensino ou aprendizagem;
• Escola, universidade ou centro de ensino que será utilizado para geração da aprendizagem
e treinamento.
Para servir de base, podemos seguir um modelo proposto por Oliveira (2005) para a
elaboração de um Projeto Político-Pedagógico na organização:
• Folha de rosto do projeto (dados que identificam a instituição).
• Sumário.
• Concepção da educação.
• Fins e objetivos.
• Estrutura administrativa.
• Currículo.
• Referências.
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ENSINO A DISTÂNCIA
PROJETO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO GERAL
DESTINO/FINALIDADE/PÚBLICO-ALVO
ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS
METODOLOGIA/PROCEDIMENTO/DESCRIÇÃO DE TAREFAS
FASES / ETAPAS
Prévia, preparatória, implementação, conclusiva
CRONOGRAMA
RECURSOS
Sempre tenha em mente que todo cuidado é pouco. Planejamento, análise, desenvolvimento,
treinamento dos envolvidos, avaliar necessidades, entre outros fatores, se fazem necessários para
que um projeto de aprendizagem possa acontecer com qualidade e eficiência, independentemente
do tipo de organização. Este é um trabalho que exige participação de todos os envolvidos, e é
preciso proatividade e motivação para atingir os objetivos propostos pelo projeto.
Fonte: https://sambatech.com/blog/insights/educacao-corporativa/
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ENSINO A DISTÂNCIA
Armstrong (2001) afirma em seu livro, Inteligências Múltiplas em Sala de Aula, que cada
pessoa aprende de forma diferente e que possuem oito inteligências, em que algumas são mais
desenvolvidas que outras. As oito inteligências, segundo Armstrong (2001, p. 45) podem ser
resumidas assim:
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ENSINO A DISTÂNCIA
Vendo essas explicações sobre as inteligências das pessoas, compreendemos que cada
pessoa pode conter combinações de inteligências diferentes, e fases de seu desenvolvimento
diferentes das outras pessoas, mesmo estando sobre os mesmos estímulos. Isso deixa claro a
premissa de que “ninguém é igual a ninguém”, isso em todos os sentidos. E é por isso que dentro de
uma equipe de trabalho – ou seja, multidisciplinar – haverá pessoas que gostam mais de trabalhos
manuais, outras de trabalhar com números e dados, outras de liderar, outras de falar, etc. Por isso,
podemos afirmar que em uma sala de aula, ou em uma sala de treinamento organizacional, é
necessário encontrar as melhores estratégias para garantir o máximo aproveitamento de todos
os envolvidos.
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ENSINO A DISTÂNCIA
Quando a turma que está sendo treinada tem a vontade pela pesquisa e aprendizagem, isso
maximiza todos os resultados, porém, se a turma é apática, é necessário buscar compreender os
reais motivos que causam essa distância, e encontrar mecanismos que gerem maior participação.
Uma estratégia muito usada, dentro deste contexto, é o ensino por meio de projetos práticos, ou
seja, levar a equipe a buscar soluções para problemas apresentados, desta forma, valorizando cada
potencial individual e como esse potencial pode ajudar no conjunto para o sucesso organizacional.
Isso deixa claro que o sucesso de um pode ser, e deve ser, o sucesso de todos.
“O projeto é capaz de fornecer uma oportunidade para os estudantes disporem de
conceitos, habilidades previamente dominadas, a serviço de uma nova meta ou empreendimento”.
(GARDNER 1994, p.189). O ensino utilizando projetos práticos necessita de atenção especial aos
alunos ou treinados, que precisam ter orientação correta para atingir o conhecimento de forma
eficaz. Tudo isso é com dedicação aos estudos, práticas constantes, tempo de reflexão, leituras e
vários outros fatores que levarão o indivíduo a desenvolver suas potencialidades.
O gestor, docente ou treinador precisa estar preparado para sanar dúvidas que possam
surgir, reexplicar informações quando necessário e instigar os participantes a buscar e pesquisar
sempre, havendo, com isso, uma interação constante entre todos os envolvidos.
Não importa o sexo, idade, raça, cor, grau educacional ou classe social, o ensino e a
utilização de projetos prático levam os participantes a criar processos sistêmicos para a geração
de conhecimento. Conquistando seus sonhos e desejos por se tornarem melhores no que fazem
como profissionais.
Isso nos leva a entender que este tipo de ensino visa desenvolver mudanças culturais, troca
de valores, trabalho com inovação, sempre com um objetivo a ser atingido. Aprender significa
compreender o conhecimento transmitido, contextualizá-lo na sua função dentro da empresa,
executá-lo na prática; criar soluções originais para os novos e constantes problemas que surgirão,
e compartilhá-lo” (CONTE, 2004. p.86).
Freire (2003) coloca que ensinar é buscar, é indagar, é pesquisar, e nesse processo, se
educar. A Educação é uma forma de intervenção no mundo, pois como um processo de formação
política, científica, tecnológica, de manifestação ética e capacitação técnica, coloca o ser humano
no centro das atenções e o influencia.
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ENSINO A DISTÂNCIA
Nas palavras do educador Paulo Freire, não existe ensino sem aprendizagem.
Para ele e vários educadores contemporâneos, educar alguém é um processo
dialógico, um intercâmbio constante. Nessa relação educador e educando trocam
de papéis o tempo inteiro: o educando aprende ao passo que ensina seu educador
e o educador ensina e aprende com seu estudante.
Ainda para Freire, no processo pedagógico, alunos e professores devem
assumir seus papéis conscientemente – não são apenas sujeitos do “ensinar”
e do “aprender”, e sim, seres humanos com histórias e trajetórias únicas. Para
o educador, no processo de ensino-aprendizagem é preciso reconhecer o Outro
(professor e aluno) em toda sua complexidade, em suas esferas biológicas, sociais,
culturais, afetivas, linguísticas entre outras. O ensino-aprendizagem promove o
diálogo entre o conteúdo curricular (formal) e os conteúdos únicos (vivências,
história, individualidade) tanto do professor quanto do estudante.
Fonte: http://educacaointegral.org.br/glossario/ensino-aprendizagem/
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Porém, segundo Eboli (2004), no Brasil, esse movimento só começou a acontecer ao final
do século XX, onde a gestão de pessoas e a gestão de conhecimentos começaram a ser integradas
aos modelos de trabalho já existentes, com isso, otimizando as ações estratégicas, levando ao
desenvolvimento educacional dos colaboradores e funcionários, integrando fornecedores e
clientes nesse contexto, com isso, ampliando o alcance das estratégias desenvolvidas pelas
organizações.
Essa educação não é um simples treinamento ou qualificação de mão de obra, ela está
voltada a uma nova forma de pensar e trabalhar, formando um contexto de aprendizagem
contínua, tendo metas e objetivos a atingir, junto à organização, com isso, desenvolvendo valor a
empresa e desenvolvendo vantagem competitiva.
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ENSINO A DISTÂNCIA
Dentro da Educação corporativa, percebemos que o espaço físico é muito mais conceitual
do que realidade, pois hoje temos várias tecnologias que facilitam todo esse processo, como
o ensino a distância, o semipresencial e a presencial. Com o apoio de ambientes virtuais, é
possível trazer flexibilidade e liberdade às pessoas que irão passar por esse processo de ensino e
aprendizagem. Isso reforça o velho ditado que diz: “se Maomé não vai a montanha, a montanha
vai até Maomé”, ou seja, o conhecimento, hoje, vai ao encontro do indivíduo, gerando maior
participação e inclusão de pessoas que não conseguiriam ter esse tipo de ensino, graças à
acessibilidade à tecnologia.
Segundo Meister (1999, p. 25), a educação corporativa é vista como um processo evolutivo
na área de Gestão de pessoas, visando a qualidade da força de trabalho, no gerenciamento
estratégico da educação e treinamento. Todo esse processo de aprendizado contínuo por
meio da educação corporativa, que leva as organizações a entenderem que será exigido maior
comprometimento das pessoas e da organização para que esse processo possa acontecer com
Eboli (2004) afirma que nos Estados Unidos alguns setores se destacam no uso e
implantação de Universidades Corporativas, sendo o automobilístico, tecnologia de ponta,
saúde, serviços financeiros, telecomunicações e varejo. Já no Brasil, isso começa a ocorrer no
início de 1990, devido à necessidade de criar um diferencial competitivo. Porém, somente em
2003 é que cerca de 100 empresas no Brasil, do setor público e privado, começam a adotar o
modelo de educação continuada, com destaque ao setor financeiro que enxergou uma grande
vantagem nesse modelo. Exemplos como, Banco do Brasil, BankBoston, Real ABN Amro, Caixa
Econômica e Visa do Brasil, já implantaram seus sistemas de Educação Corporativa. Ainda
segundo a mesma autora, essa quantidade de Universidades Corporativas, no setor financeiro,
comprova que quanto maior a concorrência no setor, maior a necessidade de se diferenciar pela
qualificação das pessoas.
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ENSINO A DISTÂNCIA
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2 - APROFUNDANDO
Perceba que a educação corporativa é vista como uma forma de gerir as pessoas, o
conhecimento e a geração de estratégias de longo prazo para a empresa ou organização. Quando
uma empresa tem total conhecimento do que tem disponível, tanto em recursos materiais, quanto
em capital humano, será capaz de maximizar as habilidades individuais com foco no resultado
coletivo.
Compreendemos que, por definição, a educação corporativa é o processo que leva as
pessoas ao autoconhecimento, que facilita planejamentos de ações futuras. Pensando em Brasil,
esse conceito é muito novo, porém, as organizações têm buscado cada vez mais atingir melhores
resultados, por meio desse formato de educação. Sendo assim, a melhor forma de desenvolver
a educação corporativa é por meio do envolvimento de todos, colaboradores, líderes e gestores,
com acompanhamentos e ações que visem a união da equipe em prol de atingir as metas
organizacionais. A educação corporativa é um agente transformador do colaborador, que começa
a conhecer melhor suas potencialidades e consegue executar suas funções com maior eficiência e
qualidade. Isso facilita os indivíduos a entrarem em um processo motivacional que maximizará
os resultados nas empresas.
Essa educação, na organização, deve ser utilizada para conquistar resultados positivos,
além de ser facilitadora do compartilhamento dos conhecimentos com os trabalhadores, que
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ENSINO A DISTÂNCIA
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3 - RESUMO
O Projeto Político-Pedagógico, também conhecido como Projeto Educativo, é visto
e entendido como o plano central da organização, de modo que se assemelha a um processo
que busca a participação das pessoas em uma visão de aprendizagem organizacional para
desenvolvimento de conhecimento e inovação.
O PPP é executado de forma metodológica, teórica e prática, visando conquistas e
mudanças na realidade atual da organização. Pode ser estratégico quando usado para gerar
mudanças comportamentais e melhorias no processo de gestão.
Podemos entender que cada pessoa aprende de forma diferente, algumas assimilam
assuntos com maior velocidade, o que pode não acontecer com outras. Isso então nos leva a
buscar formas que facilitem o aprendizado das diferentes pessoas existentes em um ambiente
de ensino e aprendizagem. Por isso, dentro de uma equipe de trabalho, ou seja, multidisciplinar,
haverá pessoas que gostam mais de trabalhos manuais, outras de trabalhar com números e dados,
outras de liderar, outras de falar, etc. Assim, podemos afirmar que em uma sala de aula, ou em
uma sala de treinamento organizacional, é necessário encontrar as melhores estratégias para
garantir o máximo aproveitamento de todos os envolvidos.
Uma estratégia muito usada dentro deste contexto é o ensino por meio de projetos
práticos, ou seja, levar a equipe a buscar soluções para problemas apresentados, valorizando,
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
04
DISCIPLINA:
GESTÃO DE PROJETOS
EDUCAÇÃO, CULTURA E
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 64
1 - UNIVERSIDADE CORPORATIVA ........................................................................................................................ 65
2 - SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E CULTURA ORGANIZACIONAL .............................................................. 72
3 - GESTÃO DE PESSOAS PARA TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO .......................................................... 75
3 - APROFUNDANDO ............................................................................................................................................... 78
4 - RESUMO ............................................................................................................................................................. 80
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Os colaboradores precisam ser vistos como foco central e diferencial competitivo, por
isso que projetos para o desenvolvimento humano são essenciais para a geração de aprendizagem
organizacional e o desenvolvimento de inovação e conhecimento pessoal e organizacional.
Vivemos em uma sociedade que tem acesso a muitas informações, isso devido aos meios
tecnológicos que propiciaram um maior contato com informações e em tempo real, por isso é
preciso aprender como lidar com essa nova dinâmica em que as pessoas são mais críticas e muito
mais exigentes, o que reflete em como o mercado exigirá das organizações.
O próprio Eboli (2004) afirma que o sucesso das organizações está na educação
corporativa, com foco em Competitividade, Perpetuidade, Conectividade, Disponibilidade,
Parceria, Cidadania, Sustentabilidade. O desenvolvimento de ações para a criação da universidade
corporativa é algo essencial e estratégico ao mesmo tempo, tornando a organização mais
preparada para as novas dinâmicas do mercado. Por isso que a gestão de pessoas é essencial para
conseguirmos esses resultados esperados.
Girardi (2008, p. 69) segue afirmando que “toda organização depende do desempenho
humano, do capital intelectual para o seu bom desempenho”. Todos precisam estar envolvidos
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ENSINO A DISTÂNCIA
1 - UNIVERSIDADE CORPORATIVA
Quando falamos em educação entendemos que é algo essencial para a sociedade, pois
por meio dela é possível a produção do conhecimento, o que por consequência desenvolve as
habilidades individuais. Eboli (2004) afirma que no ambiente corporativo não é diferente, onde as
empresas percebem a necessidade dessa educação continuada para aumentar a competitividade
no mercado.
Ao final do século XX surge o conceito de Universidade Corporativa, com um grande
crescimento no meio do ensino superior. Na visão de Meister (1999) isso ocorreu devido a cinco
forças:
• Organizações flexíveis;
• Era do conhecimento;
• Empregabilidade;
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ENSINO A DISTÂNCIA
Segundo Eboli (2004, p. 48) que a Universidade Corporativa possui como finalidade
“formar e desenvolver os talentos na gestão dos negócios, promovendo a gestão do conhecimento
organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação), por meio de um processo de
aprendizagem ativa e contínua”. O foco central da Universidade Corporativa é o desenvolvimento
de um ambiente que propicie o alcance de novas oportunidades e novos mercados, além de
melhorar relacionamentos com os clientes, que são o foco central de qualquer organização. Isso
leva-nos a pensar que a empresa ou a organização deve estar voltada a uma gestão que pensa em
um futuro novo e melhorado.
Eboli (2004) enfatiza algumas metas globais que as Universidades Corporativas buscam:
• apoio da cúpula;
• controle;
• visão/missão;
• fontes de receita;
• organização;
• partes interessadas;
• produtos/serviços;
• parceiros de aprendizagem;
• tecnologia, avaliação;
• comunicação constante.
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Para obter o sucesso nessa implantação, podemos seguir os sete princípios propostos por
Eboli (2004), conforme o quadro a seguir:
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Eboli (2004) associa, ainda, algumas práticas a cada um dos sete princípios de sucesso de
um sistema de Educação Corporativa, como mostra o quadro a seguir:
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Quadro 2 - Os sete princípios da educação corporativa e suas práticas. Fonte: Eboli (2004).
Com isso, percebemos que quando temos uma educação corporativa isso transforma
todo o ambiente organizacional, gerando pessoas diferenciadas e capazes de ser críticos sobre
toda a realidade organizacional e mercadológica.
Por isso que as Universidade Corporativas têm despertado tanto interesse nas empresas,
pois têm se mostrado como grande ferramenta de mudança e inovação organizacional, levando
os colaboradores a pensar de maneira estratégica. As organizações entendem, hoje, que esses
modelos de treinamentos e educação empresarial aumenta o envolvimento dos colaboradores
nos processos organizacionais, além de maximizar resultados de talentos humanos dentro das
empresas.
Se pensarmos historicamente o tema Universidade Corporativa remete-se ao ano de 1955,
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No Brasil, temos várias empresas pioneiras nesse segmento educacional, como: Accor
Brasil, Algar, Amil, Brahma, BankBoston, Elma Chips, Ford, McDonald’s e Motorola.
A missão de uma Universidade Corporativa visa formar talentos humanos para que
consigam gerenciar as organizações com eficiência e qualidade, gerando conhecimento e
inovação. Já seu objetivo busca o desenvolvimento profissional, técnico e gerencial com base nas
estratégias organizacionais.
Eboli (2004) afirma que para o sucesso das Universidades Corporativas em um mercado
global e competitivo, é preciso:
• Oferecer oportunidades de aprendizagem que deem sustentação às questões empresariais
mais importantes da organização;
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Na atualidade, até mesmo pelas questões tecnológicas, existe uma vasta disponibilidade
de informações circulando no mundo todo e sobre o mundo todo, a um clique de distância. Com
isso, as pessoas passam a ver muitas coisas ao mesmo tempo, isso demonstra que a informação
pertence a todos e está ao alcance de todos. Mas isso não é o suficiente para gerar conhecimento,
se faz necessário absorver as informações importantes e transformá-las em conhecimento e
inovação, segundo afirma Bresciani (1999).
Já na visão de Pagnozzi (2002), o conhecimento é algo valioso e mais poderoso do que os
recursos naturais, industriais ou dinheiro. As empresas de sucesso são aquelas que conseguem
trabalhar com as melhores informações e as utilizam de maneira estratégica e eficaz.
No novo modelo de negócios, a informação se tornou recurso econômico gerador de
receitas e benefícios, ou seja, a boa informação vale mais do que dinheiro. Isso demonstra que
as pessoas são as geradoras de diferencial competitivo para as organizações, pois são elas que
absorvem e transformam as informações e ações estratégicas e conhecimento.
Na visão de Eboli (2004), o conhecimento é fonte de vantagem competitiva para as
organizações que querem uma gestão sustentável e duradoura. A visão é que gerar e transferir
conhecimento na empresa é um processo de aprendizagem, que deve ser contínuo.
Eboli (2004, p. 56) afirma que
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O conhecimento deve ser o foco central das organizações, sem essa busca, é muito difícil
uma empresa obter sucesso em seus empreendimentos. Devemos encarar que as pessoas são as
grandes geradoras de diferencial competitivo e, por isso, precisamos investir em educação para
gerar diferenciais utilizando os potenciais profissionais que existem dentro de nossa organização.
A figura a seguir demonstra o ciclo da gestão do conhecimento, conforme Eboli (2004),
enfatizando que esse processo é contínuo e não pode parar.
Figura 3 - Ciclo de Gestão do Conhecimento. Fonte: Eboli (2004) GESTÃO DE PROJETOS | UNIDADE 4
Eboli (2004) continua explanando que este ciclo de gestão do conhecimento precisa de:
• pesquisa para gerar conhecimento;
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A gestão do conhecimento não é uma prática nova, pois, na visão de Devenport e Prusak
(1998), mesmo antes de se falar nesse tema, muitos gestores já enxergavam e valorizavam o
know-how e a experiência de seus colaboradores. Somente na década de 1990 que a gestão do
conhecimento foi vista como estratégia organizacional.
As organizações passaram a valorizar e ter essa nova postura devido a diversos fatores,
que podemos destacar:
•o aprofundamento do processo de globalização, que caracteriza-se pela internacionalização
das economias, a queda das barreiras alfandegárias e o surgimento de grandes blocos econômicos
regionais.
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ENSINO A DISTÂNCIA
Por isso, muitas empresas começam a investir em projetos para transformação da cultura
organizacional, com foco em mudar os comportamentos individuais e criar um ambiente
proativo para eficiência no atendimento às necessidades do mercado consumidor. Essa mudança
só acontece quando todos compreendem que é necessário que haja mudança, de modo que os
líderes e gestores passam a ser educadores de uma equipe que está aberta a mudanças, gerando
conhecimento e melhor assimilação das informações.
Um projeto de educação corporativa pode levar a empresa a desenvolver uma cultura
organizacional flexível e preparada para um mercado que exige mais e precisa de atendimento
diferenciado. Eboli (2004) afirma que a educação corporativa leva a um fortalecimento, integração
e disseminação de uma cultura organizacional participativa, colaborativa e proativa, em que os
valores e a ética são pautadas como diferenciais no atendimento ao consumidor que deseja um
atendimento que supra seus desejos e necessidades.
Percebemos que a educação e o conhecimento são geradores de mudanças extremamente
positivas em um ambiente organizacional, valorizando cada pessoa, mas também agregando
valores no grupo que atuará no processo organizacional. Isso só reforça que nesse modelo de
educação a empresa passa a ter comportamentos estratégicos e vantagem competitiva perante
seus concorrentes.
Com tudo que vemos sobre gestão estratégica e educação corporativa, começamos
a perceber a real necessidade da correta gestão de pessoas com foco em gerir e direcionar os
colaboradores ao objetivo e metas da empresa ou organização. Chiavenato (1999) afirma que o
foco de uma correta gestão de pessoas é alinhar todos os processos e pessoas com as estratégias
da organização.
O treinamento e desenvolvimento dos colaboradores está atrelado a um modelo de gestão
com foco na educação contínua e na valorização das pessoas, como diferencial competitivo da
organização, ou seja, isso é uma mudança completa de cultura organizacional, com foco em
inovação e conhecimento.
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ENSINO A DISTÂNCIA
Assim, o treinamento envolve a busca pela melhoria do comportamento das pessoas por
meio de processos sistemáticos, já o desenvolvimento traz técnicas e procedimentos que possam
levar as pessoas a crescerem dentro da organização, o que, por consequência, traz melhores
resultados para a empresa.
A grande competição do mercado tem exigido das organizações uma busca por gerir
seus negócios, com foco estratégico. Por isso, a gestão de pessoas é vista como a forma de
conseguir fazer com que as estratégias sejam executadas com eficiência, por meio da utilização
das potencialidades de cada pessoa dentro de um grupo de trabalho.
Segundo Girardi (2008, p. 67) “A atuação estratégica integra o contexto organizacional
atual, dinâmico e competitivo, resultando no desempenho eficaz e no desenvolvimento das
organizações”. E no caso da Estratégia Organizacional, esta “[...] está centrada nas pessoas, é
preciso valorizá-las, colocá-las diante de desafios e oportunidades reais de desenvolvimento, e
elas trarão competitividade à organização” (GIRARDI, 2008, p. 91). Ou seja, recurso humano é
fundamental para qualquer organização atingir os seus objetivos.
Eboli (2004) afirma que, cada vez mais, as pessoas são vistas como um diferencial,
isso é causado pela maior exigência e uma busca por indivíduos que tenham facilidade ao
autodesenvolvimento e a uma aprendizagem contínua. Ou seja, demonstra que, cada vez mais,
as pessoas precisam ser gestoras de seu trabalho e coordenadoras de seus próprios recursos,
informações e decisões.
Dentro deste contexto, percebe-se que um colaborador que não se prepara e busca
atualização, não consegue agregar valor à organização que faz parte, nem é um gerador de
inovação e conhecimento. O novo perfil do profissional é de ser alguém questionador, que muda
a realidade, sabendo enxergar um futuro melhor e diferenciado.
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ENSINO A DISTÂNCIA
• Instrução;
• Treinamento;
• Desenvolvimento;
• Educação.
Esse desenvolvimento humano pode acontecer por meio de diversas ferramentas que
devem ser utilizadas nessa educação contínua, como: leitura, observação, pesquisas, conversas,
viagens, salas de aula, por meios eletrônicos. Tudo sendo usado para desenvolver o aprendizado.
Isso só demonstra que as organizações precisam renovar a gestão de pessoas e o
treinamento e desenvolvimento, pois não devemos apenas treinar, mas sim levar as pessoas a
pensar e desenvolver suas competências por meio da educação corporativa.
Meister (1999) afirma que o aprendizado contínuo com a educação corporativa exige que
as pessoas e a organizações estejam comprometidos com ensino, aprendizagem e educação, com
vistas ao desenvolvimento das pessoas.
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3 - APROFUNDANDO
A gestão de pessoas e do conhecimento tem sido a grande busca das organizações
como forma estratégica para atingir melhores resultados no mercado competitivo. Por meio
da implantação de uma gestão voltada à educação corporativa, isso tem mudado radicalmente,
e várias organizações têm conseguido maximizar seus resultados e criando aprendizado e
conhecimento dentro de seus ambientes.
Por definição, a Gestão do Conhecimento é vista como um conjunto de estratégias que
levam à criação e compartilhamento de conhecimento e fluxos de informações para gerar novas
ideias e solucionar problemas, para uma melhor tomada de decisão. Ao mesmo tempo, a Gestão
de Pessoas é buscar qualidade, formação de habilidades e aumento de desempenho para geração
de uma melhor capacitação profissional.
Essas duas visões precisam trabalhar juntas para que a organização tenha uma postura
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4 - RESUMO
No final do século XX surge o conceito de Universidade Corporativa, com um grande
crescimento no meio do ensino superior. Na visão de Meister (1999), isso ocorreu devido a cinco
forças:
• Organizações flexíveis;
• Era do conhecimento;
• Empregabilidade;
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Isso leva-nos a pensar que a empresa, ou a organização, deve estar voltada a uma gestão
que pense em um futuro novo e melhorado.
No novo modelo de negócios, a informação se tornou um recurso econômico gerador de
receitas e benefícios, ou seja, a boa informação vale mais do que dinheiro. Isso demonstra que
as pessoas são as geradoras de diferencial competitivo para as organizações, pois são elas que
absorvem e transformam as informações e ações estratégicas e conhecimento.
Na visão de Eboli (2004), o conhecimento é uma fonte de vantagem competitiva para as
organizações que querem uma gestão sustentável e duradoura. A visão é que gerar e transferir
conhecimento na empresa é um processo de aprendizagem, que deve ser contínuo. A gestão do
conhecimento não é uma prática nova, pois, na visão de Devenport e Prusak (1998), mesmo antes
de se falar nesse tema, muitos gestores já enxergavam e valorizavam o know-how e a experiência
de seus colaboradores. Somente na década de 1990 que a gestão do conhecimento passou a ser
vista como estratégia organizacional.
Segundo Marras (2001, p. 145), “Treinamento é um processo de assimilação cultural a
curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou atitudes relacionadas
diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”. Robbins (2002, p. 469)
comenta que “A maioria dos treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades
técnicas dos funcionários”.
Já o desenvolvimento é conceituado por Chiavenato (2009, p. 39), como “educação que
visa ampliar, desenvolver, e aperfeiçoar a pessoa para seu crescimento profissional em determinada
carreira na organização ou para que se torne mais eficiente e produtivo em seu cargo”.
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