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-_ Coun - Me eee — T arga-feira, 3 de Margo de 1998 yle Kk Suge wnbss SERIE Numero 8 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE 2. SUPLEMENTO VA ZNSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AVISO A matéria a publicar no «Boletim de Repibl'cen deve ‘st remetida em copia devidamente autenticada, uma or cada assunto, donde conste, além des indicagées ecessérias para esse efeito, o averbamento seguinte, ssinado @ autenticado: Para publicagéo no «Bolotim Boletim da Republica». SUMARIO Conselho de inige: > voorate 6/98: Bese iclenamento do Cofre ées Tribunais. Mvea daar gt bia, & Bone 5/984 Avrova } COHSELHO DE MINISTROS Decroto ne 6/98 0 3 de Marzo Com a adopago da actual Constituigio da Repdblica ¢ a ubsequente aprovasio das Leis n.** 10/91, de 30 de Julho, 10/92, de 6 de Maio— Estatuto dos Magistrados Ju- iiciais e Lei Organica dos Tribunals Judciais, respecti famente, estabeleceu-se um novo quadro legal _atinente ‘afirmagio da independéncia dos érgios judiciais. Tomandose necessério adequar a organizagio ¢ fun ionamento do cofre privativo dos tribunais aos prinefpios sreconizados nos diplomas legais citados, 9 Conselho de Ainistros, no uso das competéncias que Ihe sao conferidas rela alinea e) do artigo 153 da Constituigdo da Reptblica, lecreta: Art'go 1. © Cofre dos Tribunais, ctiado pelo Deereto 19 22/89, de 5 de Agosto, passa a scr regido pelo regula: nento anexe ¢ que {az parte integrante do present feereto. Art. 2. © Cofre dos Tribunais e as suas delega;des gozam de isencio de selo e de quaisquer outros impostos. ‘Art. 3, E revogada toda a legislacgo contréria ao pre- sente decreto, Aprovado pelo. Censctho de Ministros, Publique-se. © Primeiro-Ministro, Pascoal Marucl Mocurnbi. Regulamento do Cofre dos Tribuncis CAPITULO 1 Disposigdes gerais Awnico 1 © Cofre dos Tribu tem a sua sede em diciais e de distrito, adiante designado por «Cofre», laputo € delegagdes nos tribunais ju- Aatico 2 Compete a0 Cefre assegurar o aumento da eficine'a © qualidade dos. se bem como coniribuir para a melhoria das condigdes sociais e de trabalho dos ma gistradcs ¢ dos oficiais de justiga CAPITULO IT Estrutura © modo de furcionamen‘o Agrico 3 1. A gestio do Cofre cabe a um Consctho Administra {vo composto por: a) um Juiz Conselheiro, que pre 5) um Juiz de Direito, como primeiro vegal; ¢) um Magistrado do Minis:ério Publico, como se gundo vogal a) um Funciondrio Judicial sem dircito a voto, indo de secretirio, 2. Os membros referidcs nas alineas c), b) e d) do ni- mero anterior serio nomeados pelo Presidente do Conselho Superior da Mog'stratura Judicial 3 ido do Ministério Pablico sera designady pelo Procutador-Geral_ da Repdblica, 3. DE'MARGO DE 1998 Agrico 17 1, As delegagées enviardo trimestralmente a9 Conselho Administrative um balancete da roceita e da despesa, monstrando 0 saldo que se verificar no fim do respectivo trimestre. 2. Com a balancete serdo também enviados os dupti- cados dos documentos de despesa, ficendo os originais arquivados nas delegagées. 3. © Conselho Admin‘strativo apreciaré aqueles do- cumentos ¢ verificaré se nas despesas ofectuadas foram observadas, e um modo geral, as diversas rubricas das Previsdes anuais. Antico 18 As contas gerais pertinentes a cada exercicio serdo julgadas pelo Tribunal Administrativo, devendo 0 Con- selho Administrative submetélas & apreciagio daquele Srgao jurisdicional, até ao fim do ano seguinte 20 do exer- cicio a que respeitarem, CAPITULO IV Inspecgio @ auditoria interna Antico 19 Sob a superintendéncia do Presidente do Conselho Administrativo, funcionaré um corpo de inspecgao interna. 2. O corpo de inspecgio € composto por inspectores-au- ditores designados pelo Presidente do Tribunal Supremo, sob proposta do Presidente do Conselho Administrativo d3 Cofte, de entte secretérios judicieis ou escrivies de direito provinciais com mais de 10 anos de exercicio no cargo. Axrico 20 Compete ao corpo de inspecglo: a) apreciar os livros das delegagdes do Cofre © os respectivos balancetes. 4) verificar as contas ¢ liquidagées elaboradas em rocessoss ©) aralisar 05 Iivros de mesena; 4) colher infermagées sobre os servicos do contabili dade e tesouraria dos cart6rios judiciais, sem Prejufzo do que se achar estabelecido quanto a0 servigo de Inspecgdo Judicial; ©) efectuar quaisquer outros servigos que lhe forem especialmente indicados. Arrigo 21 As inspecsdes serdo ordenadas pelo Presidente do Con- selho Administrativo ¢ obedeceréo a um plano previa- mente aprovado. Axrioo 22 As inspcegdes deverdo ser efectuadas no prazo de vinte dias prorrogdveis pot mais dez quando circunstincias anormais o justifiquem. ‘Anrigo 23 Se no decurso da inspeceao forem notadas faltas graves, © inspector-auditor deveré comunicar o facto ao Presi- dente do Conselho Administrativo, a fim de se propor a adopso das medidas julgadas pertinentes, Anrico 24 No decurso da inspecso, nenhuma interferéncia poders ser feita sobro o inspectorauditor, 28-(5) Agrico 25 1. Terminada a inspecgdo seré elabcrado o respectivo relatério, no prazo de quinze dias, dando conta do estado dos servigus do Cefro e da situagdo das contas, e neles se deverdo apresentar as propostas consideradas como neces. sérias. 2. Apreciado o relatério de inspecgtio pelo Conselho Administrativo, deverd remeter-se o6pia com as respectivas conclusdes ao Conselho Superior da Magistratura Judicial. Resolugio n° 5/98 0.3 de Marzo Tornando-se necessério aprévar as politicas sectoriais, com vista & maierializaygo do Programa Quinquenal do Geverno: ‘Ao abtigo da alinea e) do n° 1 do artigo 155 da Cons. tituigéo da Repdblica, o Consclho de Ministres determ‘na: Unico. B aprovada a Politica Energética, em anexo, que constitui parte integrante da presente Resclugai Aprovada pelo Consetho de Ministros. Publique-se. © Primeirc-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. Poltica Energética 1. Introdugao O aproveitamento dos recursos energétices caracterizou sempre, ao longo da Histéria, as etapas mais decisivas do desenvolvimento humano, constituindo 0 consumo. per capita de produtos equivalentes de pettéleo indicadores importantes do grau de desenvclvimento de um pais. Cabe ao Estado promover ¢ dirigir tal desenvolvimento, definindo, para cada momento, cs grandes cbjectivos ¢ etapas do desenvolvimento e aproveitamento dos recursos energétices e, ccnsequentement, as politicas dat decorren- tes, © Governo estabeleceu, como objectivo para o corrente quinquénio, a expansio do acesso da populagio as fontes energéticas, em boas condicdes de utilizagio ‘das mesmas, nas melhores condi¢Ses econémicas possiveis e preservando © meio ambiente, A reabilitacio de infra-estruturas e construgio de novas com vista ao aumento das exportagées de produtes energ: ticos ¢ de electricidade bem como o aumento da sua di ponsibilidade para 0 suporte das acces de desenvolvimento eccnémico, sccial e cultural, constituem igualmente objec- tivns do Geverno. (© desenvoly'mento institucional, bem como a elabora- 40 e rovisio de Tegislacio no Ambito da energia, de cles. tricidade e dos petréleos sio cutras prioridades do Governo. 2, Objectives A politica encrgé:ica visa essencialmente os seguintes objectives: i) assegurar 0 ornecimenio fiavel de energia, 20 mais baixo cusio possivel, por forma a satis. fazer 05 niveis actuais de consumo e as neces. sidades do desenvolvimento econémice; 28-46) it) aumentar a disponibi‘idade de energia para © scoter deméstico, em parricular carvao mi- neral, peinsleo de iluminagio, gis e electric cade; iii) promover 0 reflorestamento do pais com vista fa aumentar a disponibilidade de lenha e carvéo vegetal; iv) reforgar a carucidade institucional das princi- pais agéncias fornccedoras de encrgia, pare melhorar 0 seu desempenho: comocio ce programas de investiments econo: ‘micamente viéveis, com vista 20 desenvolvi- mento des recurscs energéticos (hidroclect cidade, florestas, carvio e gas nat vi) aumentar 2s exportagSes dos prod icos; vii) me‘horia da eficiéacia na utilizagdo da energia; viii) promover o desenvolvimento das teonclogias de cconversio e apreveitimentos energéticos ambieritelmente benéficas (energia solar, edli- ca e biomassa); ix) promogio dum sector empresarial mais eficiente, dindmico e competitivo, yp No desenvelvimento d> potoacial energético de Mosam- jque, 0 Geverno prossegue uma politica de aber.ura 20 investimento privado. Neste sentido, promove o inves:- men’o privads com vista ao dezenvolvimento da exploragao de carvio, a0 inicio do desenvolvimento des depésitos ¢ posterior exportazio de gés natural para cs mereados da egido e ao descnvolvimento dos recursos hidrcenergétices, cm particular no vale do tio Zambe: 3. Poli 3. 1, Electrici¢ada ‘A politica do Governo esti or‘entada para a extensio da rede elécitica nacicnal, com vista A promogdo da me- Tioria das condisdes de vida da popula;ie morambicana, a prestasdo de uum scrvigo teenicamente fidvel e a cusios Compativeis com as necessidades econémicas e para 0 ineremento das exportagdcs, através de: — reforso ¢ ampliacdo das redes de distribuistio do energia eléctrica 20 nivel nacional; — construgio de linhas de transporte de energia ‘e'ceiriea pata as capita’s provinciais de Inkembs~ ine Cabo Delgado e Niassa, bem como numa prime:ca fase, para as sedes distritais Inharri- me, Gurué, Nametil, Angochs, Ancuabe, Monte paez e Unenges — continua7ia da electrificecdo urbana, visando ligar ‘a rede dz d'stribuicao de energia eléctrica um reimero cada vez maior de novas casas. Pars o eleitc, setdo analisadas formas de financiamen- to nos consumidores, em regime concessional; — viabilizagio de novos sistemas de elec:tificagio rural através de sua czmbinacdo com projec:cs ide desenvolvimento local e diversificasao encr- gé.ica; — realizagéo de estudos a nivel das sedes distr‘tais, ‘com vista & reabi itagéo ou constru;do de redes de distribuisSo de energia eléctrica, bem como iva organizagi2 institucional, per forma fa garan.ir a sustentabilidade do fornecimento de energia cléctric I SERIE—NOMERO 8 — incentive ¢ promosfo da consirugio de pequenas centrais hidroeléctrices, onde se mostte apro- priado, bem como a reabili:agdo das outrora cexistentos; — reabilitacio das linhes de transporte de energia eléctrica bem: como a construjdo do novas linhas para os paises vizinhos, no Ambito das exportagdes, no quadro da SADC; — promogao da construczo de novos empteendimen- ics hidroeléctricos, dando prioridade ao vale do rio Zambeze. 3. 2. Ca'véo mineral A politica do Governo visa fundamente!mente promo- ver a produgio de carvao através de: — promogdo do descavolvimento da industria de car- vio, particularmente a produgdo e do escoa- mento do carvio do Mca‘ize; — reabilitagdo das minas existentes, © Governo promove ainda a adop;o de novas teeno- logias ambientalmente benéfices © de baixo custo para a extracgio, processamento, transporie ¢ conservagio de carvio. Nas regides proximas ov citcunvizinhas dos principais centros de cxploragio de carvo sero promovidas tecnolo- gis adequadas para a produgio de brique:es para utili zacio deméstica. 3. 3, Hidrecarborotos © Govemo atribui importincia particular & pesquisa exploracdo de petréleo ¢ gas natural ao longo de todo 0 pais e, para o efeito, iré contiunar a mobilizar os meios necessérios, Neste sentido, procederé & revisio da base legal e fiscal ‘com a fina'idade de enccrajer as companhias internacionais de pottéleo a panicipar na pesquisa destes recursos. © Governo promoveré igualmente a utilizagio do gés no pais, para uso domés.ico, nas indiistrias quimica, meta- irgica '¢ mineita, na produgio de energia eléctrica ou como forma final de energia. Relativamente a0 mercado interno, censtituem ainda ac;bes priotitér — autilizagdo do gés de Biizi como ecmbustivel para uso doméstico ¢ industrial; — o aproveitamento em Maputo, do gés natural pare combustivel direc:0, quer para fins domésticcs quer industri 3. 4, Petréleo © derivados © Governo promove o desenvolvimento da indistria de refinagao de petrSleos onde os estudos pertinentes demons: trarem ser a. localizagio mais vantajosa, Neste process mereceré tratamento preferencial uma solu;do que valoriz: ‘© patriménio da antiga refinaria da Matcla, incluindo pel: via da sua alionagio. Relativamente s0s produics derivades de petrdleo + politica do Governo visa melhorat a eficiéneia na impor facto, armazenagem ¢ ccasumo, bem como promover alter natives internas através de: — ManutengZo do sistema un'ficado de importagée ‘do: produtos derivados de petréleo; — premover maior competitividade entre as emprese envolvidas na distribuisio; “3 DE MARCO DE 1998 — promover © apoiar a reexportago dos produtes petroliferos para a regiio Considerando ainda que, relativamente aos derivados do petréleo, as principais fontes geradoras de moeda exier- na so os bunkers internacionais e 0 transito de produtos para os paises vizinhos, serdo acelerados os trabalhcs de Teabilitacdo de infra-estruturas o reforgada a eficigncia e competitividade na prestagdo de servigos nas instalagoes Portudrias, de armazenagem € de transporte de produtos Fetroliferos em Maputo, Beira ¢ Nacala. O Gcverno incentivard ainda a pritica da actividade do distribuigao de produtos petroliferos em Mogembique por companhias de petréleo quo garantam a manutengao de elevadcs padres de qualidade, das mormas técnicas, de seguranca € metrologia especificas da indistria do petré- leo, envolvendo de preferéncia agentes nacionais e asso. gurando uma boa cobertura gecgréfica do pais 0 Governo estimuls, em particular, a distribuigéo de petréleo de iluminaco nas zonas rurais, 3. 5. Energias novas ¢ renovaveis v Govern promeve a utilizagio de energies novas ¢ rer wéveis, nomeadamente a energia solar por incidéncia di, a, a foto-voltaica e a edlica uma vez que, em geral, estas representam a solugdo economicamente mais vidvel no meio rural e em zonas remotas, adequandose perfeita- mento 20 contexto disperso em que as poptulagées viver. Por outro lado, tém um impacto ptsitive sobre o ambiente e contribuem para a reducdo da dependéncia em relaséo a produtos energéticos importados. Assim, como 0 cbjectivo de dar celeridade ao programa de expansio das tecnologias quo fezem uso destas formas de energia a politica do Governo, consiste e — reforgar a capacidade técnica das instituigdes en- volvidas na pesquisa destas tecnologias: — apoiar a tealizacio de estudos de avaliagio e adcquagio destas tecnclogias para as condigses do pais; — promover experigncias piloto de divulgacio destas tecnologias, que sirvam de centres de demons- tragio ¢ treino; — Promover programas de crédito rural direeciona- ' dos & expansio de tecnologias de energia reno- véveis, nomeadamente, «fundos rotatives» coo- perativas e fundos de fomento; — introduzir incentivos fiscais para utilizagdo de energias alternativas renovaveis, quando apli- cadas para fins de satisfasio das necessidades bisicas das populagées rura © Governo encoraja o secter privado e a sociedade civil em geral, a envolver-se na disseminagio dos sistemas de aquceimento por energia solar, dos foto-voltaicos ¢ eélicos © Governo cstimula em particular a eriagao de empresas Du assoc‘agSes de Ambito local vecacionadas a producao, Zomercializagio, montagem e manutengao de sistemas de snergia solar e eélicos, segundo modalidades susten:éveis bara o meio rural. 3. 6. Biomassa A Ienha e o carvdo vegetal constituem a principal fonte le energia para a maior'a da populago mocembicana, cupando por isso um lugar do destaque na politica ener. tic 28-(7) No Ambito da formulacdo e consolidagao da politica de biomassa, 0 Governo continuard a desenvolver inie‘ativas para melhorar a informagio de base nas seguintes areas: 1) recursos de biomassa; ii) niveis de consumo de biomassa ¢ tendéncia do sector doméstico; iii) mercados de lonha ¢ carvio vegetal; iv) sistemas de gestio de florestas e terra, no con- texto do sector familiar agrério, Neste sentido, a politica nacional de biomassa com: preende as seguintes componentes — A redugéo gradual do consumo de combusti- veis lenhosos, fomentando a utilizacao do gés € do carvéo mineral; — gestéo sustentével dos recursos Ienhosos, através da cooperagao dos servisos competentes com as comunidades rurais, nas dreas de fornecimen- to de lenha aos centres urbanos, bem como com o sector da indiisiria utilizedcra destes re- cursos ¢ a sociedade civil em geral; — encorajamento dos agricultores empresérios ¢ a sociedade civil em geral a plantar Srvores, atra- vés de actividade de extensio: — introdugdo de medidas de conservagio do consu- ‘mo de ccmbustiveis lenhosos, através da melho- Ha de técnicas de carbonizagio e combustéo; — promover treinamento e d'sseminago de informa- do relativamente a novos fog6es que tenham provado ser eficientes ¢ de baixo custo; — Pesquisa 0 promogio de tecnologias que assegu- rem a mais eficiente utilizasao de recurses de biomassa, 3. 7, Eficiéncia e conservagio de energia A eficiéncia e conservagio energéticas contribuém subs- tancialmente para o incremento do Produto Intemo Bruto e reducao de custos, pois para o mesmo nivel de con- sumos proporcionam mais energia, Equipamentos, instrumentos e aparelhos inadequados em muizas indiistrias, assim como em edificics, piblicos para uma ineficiente ccnservasao de energia. Assim a politica do Governo procura melhorar a utili- zagdo eficiente € conservagao da energia ¢ sbstituir, quan. doe onde possivel produtos importados pelos nacionais, por meio de: — promogio de uso de gés natural, energia hidrica de pequenas centrais, carvio mineral e energias novas ¢ ronovaveis em vez dos produtes petroli- feros; — realizago de cursos de capacitagio e seminérios sobre a cficigncia ¢ conservacio energéticas; — condugio de auditorias energéticas nas unidades industrias ¢ cdificios publicos; — promosio da educagao a partir das escoles sobre a importincia da eficiéncia e da conservagio no uso da energia, 3. 8. Pregos e tarifas 4@) Produtos petroliferos A politica de preges dos produtos retroliferds visa a cobertura dos custos reais da colocagao do produto num determinado local, a premocdo da ef'ciéncia na sua uti- Tizagéo ¢ 0 desenvolvimento de fontes alternativas e/cu ronovaveis. 28-(8) ‘A formagio dos pregos seré estabelecida tendo como base 0 presos correntes do mercado internacional. Os ajustamentos de pregos serdo feitos de modo a re- sultar em aumentos que no produzam impactos econd- micos negativos. © Governo continuard a fixar administrativamente as margens de comercializagio para os produtos petroliferos, por forma a proteger os ecnsumidores, sem prejuizo da viabilidade financeira das empresas. © ciloulo dos presos de venda a0 pblico deverd ga- rantir: 1} cobertuta dos encargos alfandegérics, portudrios, derrames nas transferéncias e armazenagem comercial; ii) cobertura das despesas dos operadores com as actividades de importagio, comercializagio, transporte e retalho; e iii) remuneragdo adequada do capital das empresas distribuidoras, afectas as actividades de comer- cializagio e colecagio. Em relagfo a0 petréleo de iluminaso sero mantidos 's subsidios eas isengGes fiscais para torné-lo mais acessi- vel & populagdo ¢ encorajar 0 seu uso no lugar doutras formas de energia mais caras e ambientalmente nocivas. b) Electricidade A politica tarifaria do Governo assenta na gestio comer- cial dos sistemas de fornecimento de energia eléctrica € visa a cobertura dos respectivos custos de operacik desenvolvimento das infra-estruturas do sector, 0 fomento da actividade produtiva e a promosio da eficigncia na utilizagio da energia eléctrica, No caso do consumo doméstico, a politica tariféria contempla critérios sustentéve's de natureza social, ponde- rados segundo niveis de consumo. aan "Assim a fermulagio das tarifas terd em consideracio os custos efectivos da energia, os custos de reposicao © Operagio € ainda assegurar a0 fornecedor de energia eléc- fica um retorno justo e raz6avel sobre o seu investimento. 3, 9, Reestruturagéo do sector de electricidade e de petréleos a) Electricidade © Governo vai prosseguir a sua politica de descentrali- zag ¢ eliminagao de monopélios no dominio da produgéo te distr'buigo de energia cléctrica, através do envolvimento Ga iniciativa privada ¢ das autcridades locats, por forma 2 garantir maior eficiéncia, prestagio de servigo piblico de molhor qualidade © competitividade. Para garantir a igualidade de dire‘to de acesso aos sis- temas dé transmissio de energia cléctrica, bem como a ges- to capaz, integrada e a padronizagio destes s'stemas de transmissio, distribuigdo correcta ¢ eficiente de cargas, 0 Estado, va! manter o moncpélio da gestio da Rede Nacional de Transmissao de Energia Eléctrica (RNT) e do respectivo Centro Nacional de Despacho. Cabe & Electricidade de Mocambique - EDM, E.P.. 0 papel de gestcr da RNT © do respectivo Centro Nacional de Despacho. 4) Petrdteos © Governo prosseguiré as acces de reestruturagio das ‘empresas do Estado ou participados pelo Estado no sector. I SERIE —NOMERO 8 A polftica do Goveino realizar-se-& através da seperagio das fungées de importago das de distribuigdo de produtos petroliferos e visa: 1) fomentar a eficiéncia na distribuigio © venda eo plbico de produtos petroliferos; ii) estabilizar os pregcs pela via das leis do mercado, ‘Assim, enquanto nfo estiverem criadas as condisSes, para liberalizagio das impcrtacSes dos principais produtos petroliferos (LPG, gasolinas, gaséleo, jot/Kerosene e fuel) seré constituida uma entidade au:Gnoma de importagdes sob a supervisio de uma Comissio de Aquisigao do Com- bustivies. 8. 10, Legislagao sectorial © Governo procederé & adequagio da legislazlo do sector de energia e & criagdo de um clima mais atraente para o investimento privado. ‘Assim, serdo realizadas as seguintes acgdes: — proposta de Lei de Electricidade, de Lei de Ener- gia e de revisio da Lei dos Petréleos; — actualizagdo da legislagdo referente as instalagoes © equipamentos eléctrices; — claboragio de contratos medelos, relativos & pro- dusfo, transporte e distribuicao de energia eléctrica e gis natural; — compilagio e sistematizacio coerente das diversas disposicées legais e regulamentares que ao longo dos anos foram sendo adoptadas sobre o sector de importagio ¢ comercializagao de derivados do petrdleo; — celebragdo ow .actualizago dos acordos de coo peragao inter-fronteiras, para maxinizar cs bene- jcios mituos decorrentes da importaglo ¢ ex- portacao des produtos energétices e standardi- zagao dos respectivos sisiemas de transporte € distribuigao. 3. 11, Reforgo institucional © Governo vai prosseguir as acgées iniciadas para 0 refcrgo do papel do Estado na Direcgao do sector © ele- vacio do nivel e formas de participacéo da sociedade em geral, através da criagio do Conselho Nacional de Electri- cidade e do Fundo de Energia (FUNAE). Este congregaré € alocard os fundos necessérios para a promogdo do dese volvimento € apreveitamento das energias novas e reno- vaveis. Para o efeito, 0 Governo promoveré a formagdo de quadros capazes de levar a cabo a politica do Gover- no nesta rea Serd encorajada ¢ apoiada a criacdo de centros de pes- quisa e disseminagdo de teznologias empregando energies novas € rencvaveis, bem como @ participacao dos agentes, econémices privados na sua comercializagio, 3. 12. A nivel da cooperagéo regional ‘Ao nivel da cooperagio regional, seré dada prioridade & centinuagio das consultas sobre assuntos energéticos de comum interesse com os paises da Africa Austral (SADC), com vista a promover 0 desenvolvimento coordenado © cptimizada dos recursos energéticos, para beneficio da ‘3 DE MARCO DE 1998 28-(9) regido, enn bases mutuamente vantajosas. Em particular, — racionalizagio e coordenagdo das aquisigbes ¢ dis- serio prosseguidas acges com vista a aumentar a efi- tribuigéo dos produtes petroliferos; ciéncia, disponibilidade e fiabilidade dos sistemas de for- — harmonizagao das politicas e regimes legais ¢ fiscais necimento de produtos energéticos através de: sobre a produgdo, transporte © distribuigio de . 4 produtos energéticos; — interligago regional das redes de transporte do — desenvolvimento de novos projectos de fornect- cenergia cléctrica ¢ parcipagao activa na Sou- mento de energia para a satisiagao das necessi- then Africa Power Pool (SAPP); dades da regio.

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