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(savopezjuebig) purIOH opewns ouepY SUNJE OP3I01 9p Saniy BNEW SeADadSJaq 8 SaQXayoy eiBojouawous, 3 eiBojooisg 1S OCOOOCCO8OOOOHOEEHOOOOHOHEOEOE \eeee COSCOHOOHOOHOSCOEHSHOHSCHHCCOOOSHOROCEEOOOOOE DIRETOR GERAL lon Masala (COORDENACAO EDITORIAL Ari Willian F. Mighton Sumario COORDENACAO DE REVISAO Ena She REVISAO DE TEXTOS ‘Sérgio Lut Cpa EDITORACAO ELETRONICA ‘Sofia Cavatcanie REVISKO DE FILMES Preféc.. Antoni. Pere CAPA, rt Fabio Cyrino Mortri Introdugio Dados tnternaconas de Canlogacio na Publicasta (CUP) Pesquisa Fenomenolégica em Psicologia. (Camara Brescia do Livre SP, Bri) Mauro Martins Amatuzzi Psiccloginefnomencaga refed peepee! Maria Alves de Toledo Brant, aan Furtado lens ergaizadores | FranzClemens Brentano ea Psicologia... on Josemar de Campos Maciel jah Brentano (1838 - 1917) eseutempo 1 Fenomeologia 2, Ptologia enomenologia Brentano eométodo da Psicologia 1 Bruns Alves de Toledo, Holanda, Adina Fado. os.4nas ‘cD0-180.192 Audices para Catdloge Slstemitico ‘APsicologia de um ponto de vista empiHco ou... |. Prcoogia fenomenologia 150.192 ‘APsicologia descitva (pstuMa) snr siclogi e fenomenologia. 150.192 Referéncias.~. ISBN 85-7516-061-3 os dros rexenador tele in Ais ‘Adriano Holanda Gal ftste 4s fate edéticoe oempiicona pesquisa qualitativa (CEP 3023-191 PABX: (19) 323829340 ¢ 52522319 Modelos de pesquisa fenomenolégia.. Sroonatemoesinencom bt Raddoptafia metodol6gicn de uma pesquisa fenomenolégica. Impressono Brasil Radiografiafenomenolégica da pesquisa Referéncias. daqueles; investigagao de raizes histéricas para entender a génese de questées atuais; respeito profundo pelo que se vé, escuta e tenta descrever; cuidado quase melindroso, para nao generalizar; uma tentativa sempre reafimmada ¢ retomada de aprender com 0 objeto de pesquisa a “ver"-esse mesmo objeto — dado que este é também ‘um sujeito, falando em canipo psicolégico; um espirito curioso que quer ver a “esséncia” do que aparece, enquanto se manifesta, ‘Tudo isto pode exemplificar, para quem quiser aprender com a escola da fenomenologia, alguns pontos do enorme arsenal de temas tedricos levantados por pessoas como Brentano e, sucessivamente, elaborados e deixados de heranga por nomes como Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty. E, mesmo para o leitor que se decida por outras abordagens, pode ficar pelo menos um outro ponto, perseguido ao fio de toda a hist6ria do movimento fenomenolégico, que poderiamos Investigando qual o méodo mais adequa ddo para desenvolver as ciéncias do homer, cle recomou.a ciado ence as céncias narurais 2 que, no seria possvelreduzir wind capetiéncia 3 ouers. E& com até neesapro- posiso que afrmou sr-neessisio partir do, _boege.da experéncia diet, do préprio Ene par Hidiers alo € mera como uma coisa duyidoss ou algo sal algo que seoferece 20 olharinte- lecrual. a observagéo pura. Enretant, Husted idensicou, em sua poe, uma crise da cultura das céncia © do ‘onhecimentoe ericou fortmente 0 que era sntio dencminad prcslogismo, a0 qual cle mesmo também aderra autora Para ee eae tarate de uma dorrina flosfca segundo a ‘gal tanto a gia como a teoria do conhec- mento deveriam ser consideradas discplinas subordinadas,ou mesmo simples ramos secun- ‘lcios da nascence psicologa experimental. Procurava eneio diferencias « picologia como ciéncia empiric (que earuda dados, fr {0s aontecimentos reais, eais como o¢ com poramentos humanos no mundo empirico € 08 procesor ments) da feomenologia Taio) Com ee dining conta sn as cendéncias do mundo intelectual de seu ‘tempo, Hussedl buscava a bases condigbes do pensamento, indagando-se sobre como dar rigor a raiocnioflasdico er relago& coisas So vardveis como a do mundo rea. Bascava assim enfentar 2 questio funds- mental de "como sed o conhecimenta; que também tinha sido a de Descares (1596- 1650) e Kant (1724-1804); na verdade, de quase toda oso. (© método centlico nfo s moseava addequado 4s investigagbes fnomenoligics propostas por Huss. dado que exabelece *verdades prvisria que terdo tis ¢ pe- smanecerto verdadeiras att que um faro novo vena a mostrar outa realidade Eee queria cvitar que a verdad floesfics tambo foe provisérla. Para isso, entendia que eta deve- fa reer soe objeros no modo como eles _sexpresentam na experiénciada consciéndiae assim fossem eseudados:nasuaesstnciaenot seus verdaderossignfcados. Qu sejaces te slam dese analiados de um modo lives sera ‘coras¢ pressuposizées, e despidos dos aci ddenees proprio do mando eal ou emplcco. Desa forma, buscando alcanear a esséncia clas vivtncas,afenomenclogia &uma expécie dde cidncis priori e universal que lida com cbjenos desis. Vivenca, para Hussed, sign- fica qualquer ato pelquco como imaginas, lembrar, perecber ete. ~ ¢ nio somente uma cexperitncia emocional ‘© modo pelo qual a exéncat poderiam se. conhecidas, de denominou redurto fener enolic, od edtia. Ese busca descreves, de modo preciso os fendmenos que aparece PICOTERAPUS I Fanon Daas 1 consiénca cognosctiva por intermédio da chamada cpocht, ou suspensio de todo jutzo, sma atinide contemplatira, a fim de que a ripriaestnca dagcnsas jarevelada de for- ma genina. O objexivo de Hussedl ea elimi- nar ascaracriccas reais ou emptricas (sup fla ou acidentas) dos propris fenémencs. [Na obea As investigates lige em que faz dlucidagdofenomenclégia do pensar. conhe- cer e significa e das lea que dal se originam, Huser se deutm em importance andes, ‘como as da conscitnca, da representagdo, do > seneid, dag, da silica, da prcepyto ‘edainuigio, Mas acaba por considerar de ma: earn eas sgifcatira que emnpreende reap vivéncia da ntenconalidade. ass éconsderadacatncta da consciénia, sama vex que consciénciatempre & de algun ceisg, ¢€ ela que ¢ represencada pelo signifi ‘ado ~ nome pelo qual a conscidncia se dirige 1 cada objes. Sendo incenctnal ura movie mento de transcendéncia em diregéo um ob- {eo que sedi ou se apresencaaela’em carne ¢ cut on'pescalmente: Con afirma Michael Inwood, no verbese dedicado A fenomenologia de Huser, em seu Diciondrio Heidegger:"Um objeo tencional'€ algo para o qual minha smence est iecionsd! (~) Ble nfo precisa ser eal posto sonhar com unicbmios ou com ‘Sherlode Holmes. Um objeto real em conera- pari no precisa tr ojero incencional de ninguém: pode haver coisas tobreas quai nin- _guém nunca pensou nem pensard ‘O caforgo de Huser de chegsr a fanda- ~< SOTERAPAS Fetnanlg Daan ‘mentos pela redugio cidérica ~ base da feno- menalogia~ &consilerado pot agin eta- dios como uma forma de deseo, porque lida com abjetos ideaie (¢ nio reais), com as ‘deias das coizas em sua exec, al como 0s idealistas Platio, Hegel e outros. No entanto, cate idealizmo ¢ parcialmente uperado a ¢.0 mundo objetivo entendendo imeira sempre & de algums coisa, e do ui eaal vaio, ‘Ao mesmo tempo, a fenomenclogis hus’ serlana ndo ¢ um empirieme, pois nio se cvienta pelos fos concreros externos ou ineenos, mas pela realid ‘conscidncia ¢ de sua ingencionaidade Dessa perspectia.o mundo fenomenol6gico nfo ‘em_uma sealidade fama, mas ee dirge 2 tum fendmeno relacionado 4 consciéncia 20 sentido Sendo ass, 0 mundo da experién- dda dirca de suas miiplas manifestagses ‘ambém nlo éentendido como uma entidade itolada em si mesma da relidade ou dos ob- {json o que possibile a superario da anciga ficado do existic. A partir dal, conceitos tidos como inguestiondris ue socediam:exsttcia come propriedade do eaparo humano, per ‘cep¢io, corpe fisco, corpo de homem efend- meno corpora orupario do expaso ede algo, Hberdade vazio, © que ueremos dizer com compreeatolnguagem fala e = comunice- 08 O que signif ceutalidade emotirapto? Gomo entender 0 exquecimen 2 pact da visio de ser-no-mundo? COTES | Fnsaaloys # Dessay. Heidegger constantemente demonstra seu entendimento de mérodo como"camninho para partindo da origem grega do termo: retarodes B comoYSl6sofo rigoroso que era punha sempre em questio 0 mérodo predo- sminance das cidneas fsicase naturals como acesso 20 eaistr humane. Nos semindvios ‘de Zollikon, 0 questionamento dos médicos sobre as nogées geométricas de observasio e medida do tempo ¢ expaco, bem como sobre as limixagSes decorrentes desses prinetpios, {fi decsivo. Tas indagapbes apontavam asdi- ficuldades de entendimento das experiéncias ccomuns das pessoas e do que pareci. para cle, toralmente sem. tensor a aplicagso. do Principio de causalidade para, compreender (9s acontecimentos humanos. : Heidegger quesonava também 0 princi- pio do verdadeico - como 0 absolute, geal revise ~ aleangado por meio dos cleus. EE dizia que o modo de cesso aoe fendmenos & ‘o mézodo da fenomenologia, que nio £ menos rigoroso que o das ciéneasficas ou nanurais, ‘mas mais condizence com oente que etud. Para esrudar 0 fendmeno.humano seria ‘Precio um modo de acesso compativel com ‘esstncia do homem, que £4 exsténcia. Esta ndo pode ser entendida como calculivel © _Prevsivel de antemdo, Ela ambém nio € fun- ‘damentada na Logica e no prinepio da razio, ‘embora possa ser vista como légieaeracional. Em vdrias ocasibes ele afirmou:‘A ciéncia na- ‘ural «5 pode observar o homem como algo simplesmence presente na nanureza. Surge a 1. PHCOTEAPIAS LFeemesagi«Osebuntyes SO SOOOSOSSHOSHOSSOOOHOOOESHOOSOOHOOSOOCOTOEORSESE «queso: sera posstvlatingie dessa forma 0 __ Seethomem? (1) O tema da fsica €a narureza inanimada, o cema da psiquiera da peico- terapia €0 homer. © Heidegger entio descreven as caracertsti- as findamenais da existncia como ser n0- mundo, abereura espacalidade, temporalidade, 4 setcom o outro, sfinapie,hisoricidade ¢ mor- .tlldade Esa no podem ter compreendidas ‘separadimenee pois lo equiprimordias¢ in- ‘erdependentese mosram a indisocshilidade do sera com o mundo, conforme sas préprist palavras"O serai€ sempre ser-no-zmundo,ocu- ppando-se com as coisas ¢ cuando de ours, ‘come ser-com a pessoas que vim a0 neon, sunea como um sujet isalado em si [Desse modo, a exsténcia se revela sempre luz da propria experiéncia em eonsonincia com o sentido mais Hteral posse do verbo "exists qu, de acordo com 2 sua origem (ck- x stere) indica 0 movimento de ser langado © ‘estar sempre for, junto 4s esisas do mundo. Nessa proximidade constante com 0 mundo, (0s significadossdo apreendidas com 0 que se presenta, revelando também umaafinario es- peclfica ou disposigo afetva. ‘Como ser-no-mundo, isto é exstindo sempre junto a0 que vem 20 £e4 encontro, 0 hhomem deve se visto como uma carers, um |) exparo ou tuma aberrura para 0 desvelamento laguito que surge. Esse estar-aberto do ser- a sempre se df junco a um entendimen. No dizer de Heidegger: °O homem como | estado-de-aberrura & um estar-aberto para a O pensamento fenomenolégico serviu de base para a elaboracdo de novos a e outra ‘orma de aproximacao da medicina e psicologia ‘perepeto de presnga ede algo que est pre- sente...& sempre abercura para a interpelago |x prsegs deals Ma tumble sore rua dimen fundamental da errs de timtempo quetode pode parecer eer pre. ‘Come disse Ida Elizabeth Cardinalli no IV Congresso Mundial de Psicoterapia, ‘esse tempo da dimensio fundamental humana ‘ot algo ocaronal que poe ser medido 2 suena, Sem de nko podemos flat ds exnencia do home. Poi sera ete sempre na abertura cemporal que te df ow se manifesta em erés momentos, segundo Heidegger: 0 advie (conhos, projeton, expe © 2, metas e abjetvos, futuro), © que passou (oantes,aslembrangas) eo que se apresenta_. agora (presente). Esses modos temporais, Port, néo se dio como fares ocorrdos em sucesso cronolégica, pois hi sempre uma relagio de incerdependincia¢reciprocidade ‘entre 0s tempos exiscencsis € 08 modoe do ‘cuidado do ser-no-mundo. Estes podem ser ‘estrucuralmente descricos como: ser-adian- te-de si, ser-sempre-i (ser-no-mundo) ees, far junto & (ees que vém 20 encontro no srundo). Tados elt evelam a primazia do faruro da prépria condigio de ve ase, o teja, de homem nio se encontrar encerra- ou pronto em qialquérditesio® NOVO OLHAR SOBRE A PSIQUIATRIA (© pensamencofenomenolégin de ser-no- mundo serviu de bate para a daboracio de novos caminhes outa forma de aproximagso da modicna ¢ psiogia. A Dascnsanlyse deve ser entendida como unt meio de aceteo ‘ou um método para abordagem do conjanto dos fendmenot chamudos norms ou paols- eos do exists huriano.Difrencia-ee de ou ‘was ecols porno ofrecer uns eoriapico- Agen psiquitrcaparacaplicarascondusas fhumanes. Alm dist, amb nio fornece padrées determinaéos de asasSo os ténicas consolidadas« prior que garantam 0 sucesso Ae objesivos pévios Desse modo, a sbordapem nfo rem come sefertacia 0 modelo médizo, que visa elimi- naplo de sincomas ou 0 austamento 40 pa- deo de nocmalidade 0 seu objetivo nio & 4 doenga,¢ sry o homem (paciente), na com preensio do proprio existe ou sj, da totae lidade das relagbes sgnfcaivas que consi- PICOTEEAMAS I oneal Dusomaniie ruem 0 seu mundo, Esse entendimento sedi ‘como um processo de ampliacio desi eda Prépria compreensio de si mesmo: ‘Ocaminhodafenomenologiana psiquiatia {61 seguio por imporancesinvesigadores Europ tis como: Eugene Minkowski Erwin Seeauts, VE. von Gebsattel Roland Khsn, Kal Jaspers eH. van den Berg, Mas, além dos Fandamentas fenomenolégicas ¢ exstenciis, para conhecer Daseinsanalye erapéutica & Jmpossvel dena de considera, principalmen- eyasrefrénias do piqulara sug Ludwig ato desses dois autores, € preciso resealear que iio podem ser exquecidos tanco 2 immporein- cin das descobereas‘clinicas de Freud como 0 ‘arkcerinstisfatério das conceitesreéricos da Psicandlisee das cdncias fscasenanuras para ‘entender as fendmenos hurnanos. Binswanger fei o primeiro médizo a desso- ‘rir quaneoaconcepeso heideggeriana dacssén- ‘Gado exiirera capital para psiquitriae podia trazzr um novo méiodo deinvestigacio. Apesar do grande aprego por Freud, Binswanger se _afscavaclaramence das iis apresentadas por ce em Almas lies clerentare de przandiee Euboyo de prcandise, que, pubicados em 1940, apresencam como inruico da picandlie a expli- ‘arto ¢ dassfieagso de fendmenos, como um ogo de foras na alma, como expresses de ten- ncas frais que agem em harmonia ou se anagonizam. O que Freud procursva er. uma conceptio dindmics dot fendmenospsigucos. ‘De acordo com eis idea. 0s fenmenos vistos 16 1. PRCOTERAPS [Fanon Oras 1a redidade deveriam coder a tends ape- nas hiporicamente exabdeidss Binswanger, 29 contra ulgand nto have ada a procu- rar por iis dos fendmenos, busca exlrcor, de modo cada vez mais diferencia, on sige "adore a ages que ve mesuwam media Chirsagicale (1975), Boss, em parceia com ‘Gion Condrau: (1919-2006), reconhece: “Foi necescia a force impulsto da nova visio para Binswanger poder demonstra; com mstapre- ‘sio, al que ponto peiqusmia que prevlecia cento estaa carence de bases elias. Ele a c- Ludwig | ae er foio ico a descobrir que as ideias de Heidegger poderiam rar um Novo método le investigacéo na psiquiatria mem, devida & analitica da existéncia que fez. Heidegger, se funds numa nova concepeior de que 9 homem nfo te pode compreender ” Eaednesaimeipe con descOomenny bioipia uma chicidacde ‘puramente fenomenolégica ecu tot ou de eeu tld cexisténcia como ser-no-mundo”. Biewange no sotwa nenbum coasts ren deemed deeapbes nas erasures a = thos (Estudes acerca do problema da exquizo- homem ienlmente ero, tendo © beens Ts formas da etn frre), ‘mem como tal. A nova compreensio do ho- fem que partia da descrigio psiquiderica da 3 a nogio de ser-no-mundo. Ele entendax que ‘© conceito de"amor”devera se acrescentado & ‘nog fandamenalde"cuidar” (ze), conse. radi por Heidegger a cdi do proprio Senta: Decode do oad once do erm “uae” (que nda todas as pos- eideggeriana oneal (do st) qualquer forma afeciva que se sobreponka 2 outra fe constiul rum a prior de uma ex- pevincia ruc (dos ens). Mais ware, quando reconheors o seu engano Binswanger deixou de incnar os seus estes de dascineanallics ¢ pastou a denomind-los no Sebi da"Fenome- OUTRA VISAO DA PSICOTERAPIA, ‘Além de aprofundar 2 visio da psiquia- ‘ria, Boss langou um novo olhar sobre 0 en- ‘tendimento ¢ a pritica psicoterapeuica. Sua formagio médica ¢ psiquiderica também foi Tee a pure A derripow tof PREOTEAPUS | Feronnelaia¢ Dusan em viroe de eeus ‘novas no plano teraptutico de Freud...queos ‘médicos da época ndo puderam penetra ver ‘0a aceiar, impedidos que estavam pelo crit te de abide seu que deminer Entre elas deseacava: (A) A consideragio freudiana das numero- sasegravestindromes ligsdas 208 jtzos de valores de“bem e mali "feio ‘belo inoctncia e culpa © que concordava ‘com a moral recbida ou reforgava 0 amor- réprio era facimente aceito pelo doente. ‘Ao coneritio, o que parecia inconveniente endo considerado repugnante negado. Mas essa recusa do olhar no suprimia a @) A importincia fundamental da pro- ximidade entre médico e paciente, que Freud estabelecen como um compromisso de encontros didrios, nos quais o paciente PCOTERAPS HFenatsape «Deana Para Boss, qualquer modo de sadeanth $6 pode ser compreendido a partir do ser-sadio e da constituicao fundamental do homem nao perturbado teria de exprimie tudo 0 que the viesse 20 ‘eaplio ea forma como s sents, De acor- do com Boss, era necessirio considerar, primeirsmente, « compreensio profinds de Freud ao reconhecer que 08 lagos emo- cionais entre medio e pacientes esabe- lecem desde oprimeiro conta eeveluem ‘em planos muito diversas no decorrer do sratamenco, [sso constinuria, de fro, © verdadiro agente teraplutco desde que o terapeuta dispaseste de cempo pars © pa ‘Gente, mostando-the verdadeirointeres- ‘se € sem cometer indiscrigao. Em seguida, com a regra da assocagdo livre das ideias, Boss chamara 4 acengio para a compre- cenaio de Freud's reapeizo da exsénca de linguagem, que vai alm de um meio de ‘comunicagio convencional destinado 2 “eolocaretiquetas’ em eudo 0 que existe Pie se de um lado, ama ena ndo not fala desde o inicio, é porque ela nto existe de modo nenhum. B, de ouro lado eudo ‘aque pereebemos nos fla de imediano de sua presengae dos signiicados qu cons ser asa esséndia (3) A tevcera“procza nas préprias pa: lavras de Freud, foi"s audicia de admitir que 08 sonhes eram, de fro todos ~ sem ‘excepto fendmenos extremamente #ig- rifeativos eujo conteido sinha sempre tuma relagio compreensivel com a vida in- tei da pessoa em estado de vita’ Encretnto crn suns considerabes sobre pricandliseea psiquitrz, Bos aponroutam- bbém os limites dos concizos mecspsicelég- cos de conversioeransferénia,cedarecendo 4 imporcincia dos Fundamentos exstenciis de ser no-rmundo, como manures real da e- lacio terapéutica com 0 pacente. Asse, en- ‘quanto a8 descobertas de Freud no Ambo da

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