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|, tipo textual 24 Nosao de género textua' lominio discursivo ndida ¢ adotada aqui € a de que é impos. sivel no se comunicar verbalmente pot algum género, assim ne € impossi- vel nao se comunicar verbalmente por algum texto. Isso Pans toaaa ek tacdo verbal se dé sempre pot meio de textos realizados em soa vs * In outros termos, a comunicagdo verbal s6 € possivel por gle eee oe Dat a centralidade da nogao de género textual* no trato ceO produgio linguistica. Em consequéncia, estamos submetidos a tal caus a a géneros textuais, a ponto de sua identificacao parecer difusa e aberta, sendo eles intime- tos, tal como lembra muito bem Bakhtin (1979), mas na0 infinitos, Uma das teses centrais a ser defe Quando dominamos um género textual, ndo dominamos uma forma lingufstica e sim uma forma de realizar linguisticamente objetivos especificos em situagdes sociais particulares. Esta ideia foi defendida de maneira similar também por Carolyn Miller (1984). Como afirmou Bronckart (1999: 103), “a apropriacao dos géneros € um mecanismo fundamental de socializacao, de insergao pratica nas atividades comunicativas humanas”, 0 que permite dizer que os géneros textuais operam, em certos contextos, como formas de legitimagdo discursiva, j4 que se situam numa relagao s6cio-historica com fon- tes de produgao que lhes dao sustentagao além da justificativa individual. Para deixar alguns conceitos claros nesta exposicao, trazemos umas pou- cas definigdes com as quais depois vamos trabalhar para observar a possibil- dade de traduzir isso para 0 ensino. Vejamos de maneira mais sistematica como devemos entender os termos que estamos usando, j4 que eles raramente so definidos de modo explicito. a. Tipo textual designa uma espécie de construgo teérica {em geral uma sequéncia subjacente aos textos} definida pela natureza lingufstica de sua composigao {aspectos lexicais, sintaticos, tempos verbais, relagdes logicas, estilo}. O tipo caracteriza-se muito mais como sequéncias lingufsticas (sequéncias retéricas) do que como textos materializados; a rigor, séo modos textuais. Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia diizia de categorias conhecidas como: narragdo, argumentagao, 4. Nao vamos discutir aqui se é mais pertinente a “ Mi sdhsarp ost aaa expresso “genero textual” ou a expresso “géner0 discursivo” ou “género do discurso”. Vamos adotar a posigao de que todas essas eels fan set usadas intercambiavelmente, salvo naquel: identifica algum fenémmenn espeetn taaucles momentos em que se pretende, de modo explicitoeclar exposi¢do, descrigdo, injuneao. O conjunto de ; categorias para designar tipos textuais é limitado e sem tendéncia a aumentar. Quando predomi: to, dizemos que esse é um texto argumentativo ou narrativo ou expositivo ou descritivo ou injuntivo Género textual refere os textos materializ; na um modo num dado texto concre ados em situagdes comunicati vas recorrentes. Os géneros textuais so os textos que encontramos em nossa vida didria e que apresentam padrdes sociocomunicativos caract risticos definidos por composi¢des funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integragao de forgas hist6ricas, so- ciais, institucionais € técnicas. Em contraposicao aos tipos, os géneros sao entidades empiricas em situagdes comunicativas e se expressam em designagées diversas, constituindo em principio listagens abertas. Alguns exemplos de géneros textuais seriam: telefonema, sermdo, carta comer- cial, carta pessoal, romance, bilhete, reportage, aula expositiva, reunido de condominio, noticia jornalistica, hordscopo, receita culindria, bula de remédio, lista de compras, carddpio de restaurante, instrugdes de uso, in- quérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversagdo esponta- nea, conferéncia, carta eletrénica, bate-papo por computador, aulas vir- tuais e assim por diante. Como tal, os géneros sao formas textuais escri- tas ou orais bastante estaveis, hist6rica e socialmente situadas. Dominio discursivo constitui muito mais uma “esfera da atividade hu- mana” no sentido bakhtiniano do termo do que um principio de clas- sificagao de textos e indica insténcias discursivas (por exemplo: discur- so juridico, discurso jornalistico, discurso religioso etc.). Nao abrange um género em particular, mas dé origem a virios deles, j4 que os géne- 10s sdo institucionalmente marcados. Constituem praticas discursivas nas quais podemos identificar um conjunto de géneros textuais que as vezes Ihe so proprios ou especfficos como rotinas comunicativas institucionalizadas ¢ instauradoras de relages de poder. Para defender essas posigdes, admitimos, com Bakhtin, que todas as ativi- dades humanas estio relacionadas ao uso da lingua, que se efetiva através de ‘enunciados (orais e escritos) “concretos € tinicos, que emanam dos integrantes de uma ou de outra esfera da atividade humana” (1979: 279). E com essa sigdo tedrica chegamos a unido do género ao seu envolvimento social. Nao pode tratar o género de discurso independentemente de sua realidade so- e de sua relagdo com as atividades humanas. r Na realidade, o estudo dos géneros textuais € uma fértil drea interdisci linar, atengao especial para o funcionamento da lingua e para as atividades ae aneros como modelos estanques as culturais € cognitivas de agag ¢ sociais, Desde que nao concebamos os 8 las, mas como form: 9 + na linguagem, temos de ver os géneros como entidades dindmicas. Mas é claro que 0s géneros tém uma identidade ¢ eles sio entidades poderosas que, na produgao textual, nos condicionam a esco- Thas que nao podem ser totalmente livres nem aleatérias, seja sob 0 ponto de vista do léxico, grau de formalidade ou natureza dos temas, como bem lembra Bronckart (2001). Os géneros limitam nossa agdo na escrita, Isto faz com que Amy J. Devitt (1997) identifique 0 género como nossa “linguagem estandar”, 9 que por um lado impée restrigdes € padronizagdes, mas por outro lado é um convite a escolhas, estilos, criatividade ¢ variag: nem como estruturas rigid social corporificadas de modo particula Vejamos agora um simples exemplo para ter clara a questo relativa a insergao de sequéncias tipolégicas (0s modos textuais) subjacentes a organiza- cdo interna do género. Isto serve para comprovar que 0s géneros ndo so opos- tos a tipos e que ambos no formam uma dicotomia ¢ sim sao complementa- res ¢ integrados. Nao subsistem isolados nem alheios um ao outro, sao formas constitutivas do texto em funcionamento. Gostaria de frisar um pouco mais esse aspecto pela sua importancia: nao devemos imaginar que a distingao entre género e tipo textual forme uma visto dicotémica, pois eles sao dois aspectos constitutivos do funcionamento da Iin- gua em situagdes comunicativas da vida didria, Como ainda veremos, toda vez que desejamos produzir alguma ago lingufstica em situagao real, recorremos a algum género textual. Eles sao parte integrante da sociedade e nao apenas elementos que se sobrepdem a ela. Vejamos agora uma carta pessoal, observando-lhe as sequéncias tipol6gicas subjacentes. Seria muito interessante realizar estudos variados de géneros para identificar quais so as sequéncias mais comuns em cada um deles, Isso permi- tiria observar nao apenas as estruturas textuais, mas sobretudo os atos ret6ricos praticados nos géneros. Exemplo (2): NELFE-003 - Carta pessoal Sequéncias | Genero textual: carta pessoal tipoldgicas Descritiva Amiga AP. Inuntiva e Para ser mais preciso estou no meu quarto, escrevendo a estan cro Deseritiva system igado na minha frente (bem so, po sina), pov fxpositva Narrativa Expositiva Narrativa Injuntiva Expositiva Injuntiva Bepositiva Narrativa Esté ligado na Manchete Fy Com passos marcados, Aqui no Rio 6 © ritmo don (eyiee Re 6 Ft do momenta. ac sic, Sou fascinado id nee dance mu scinado por dscaterst ei Gosto também de house ¢ x Sompre vou & Ki ontem mesmo (sexta oir u rélo dos funk: "ks ~ eu adoro funk, principal incipalmente 8) eu fui & che wras da madruga I € cheguel quase quatro horas ¢ te Dancar € muito bom, princpalmente em um a leg a iaais rincipalment m uma dlscoteca legal Aqui no condominio Imigos sempre vamos todos onde moro tém m onde me tos joven juntos E muito mangle todos mato a Esta tocando agora o “Weld da Mina Sensual’, super demais! Aqui ouco também a Transamética © RPC Fu E voc, quais ratios cute? Demorei um tempao pra re: 7 cata cog Ee anon donee ee sola tea glad Yok so mut anes! Me msc suo 6a on tempo por ai conhecer lg vorés todos, Samos juts. 56 que no sla certo se vou realmente no inicio de 1992. Mas pode ser que dé, quem sabe! /../ Nao sei ao certo se vou ou nao, mas fique ceta que fare de tudo para conhecer vocés 0 mais rapido possivel. Posso te dizer uma coisa? Adoro muito vocés! ‘Agora, a minha rotina: as segundas, quartas e sextas‘eiras trabalho de 8:00 as 17-00h, em Botafogo. De 14 vou para o T,, minha aula vai de 18:30 as 10:40h. Chego aqui em casa. quinze para meianoie. Eas ters e quntas fico 050 em F. so de 8:00 as 12:30h. Vou para o T; as 13:30 comeca 0 meu curso de Francés (vou me formar ano que vem) e vai até 15:30h, 16:00h vou dar aula e fico até 17:30h. 17:40h s 1830h faco natacdo (no T. também) e até 20h tenho aa /...-/ Ontem eu e Simone fizemas trés meses de namoro; vocé sabia que eu estava namorando? Fla mora aqui mesmo no ((legjvel) (nome do condomini) A gente se gosta Tmt, as vees eu acho que nunca vamos termina, depos eu acho quo ranaro ‘do vai durar muito, entende? om ‘ciumenta, princpelmente porque eu fu fim da B 0 problema é que ela € muito ciument, prince : ni que mora aqui também. Nem posso far com 2 eta eS fica com £ acho que vou terminando rem, nfo demoro a escrever 1 Farum fvo? Dg ra M.A Pee doo voc! Une E notavel a variedade de sequéncias tipoldgicas nessa carta pessoal, em aad predominam descrigdes ¢ exposigdes, 0 que € muito comum para o género, fis, envolvido com todos os genetos ¢, de maneita gent le heterogeneidade tipolégica nos géneros textuais, tipo de anilise pode ser de: vai-se notar que hé uma gi As definigdes aqui trazidas de género, tipo, dominio discursive so muitg mais do que formais ¢ seguem de perto a posigao bakhtiniang mais operac Assim, para a nog > de tipo textual, predomina a identificacao de sequéncig, linguisticas como norteadora; ¢ para a nogao de género textual, predominam os critérios de padrées comunicativos, agées, propésitos € insercao sécio-his torica. No caso dos dominios discursivos, nao lidamos propriamente com tey. tos e sim com formagées histéricas e sociais que originam os discursos. Eles ainda nao se acham bem definidos e oferecem alguma resisténcia, mas segura. mente, sua definicao deveria ser na base de critérios etnograficos, antropols. gicos e sociolégicos e histéricos. Em trabalho sobre o dominio pedagégico, Kazue Saito Monteiro de Bar. ros (2004)° sugere varios critérios para o tratamento dos dominios e conclii afirmando que: © A busca de definico do dominio pedagégico (ou qualquer dominio) deve partir de diferen- tes perspectivas de observacdo, considerando aspectos formais, funcionais e contextos de circulagao. Vistos isoladamente, nenhum dos critérios parece ser suficiente para defini¢ao. £ urgente (re)pensar o conceito de dominio em bases menos intuitivas, através da andlise detalhada de géneros que parecem compartilhar caracteristicas (nao s6 formais) comuns. ¢ A anélise deve priorizar o ponto de vista dos interactantes, observando as marcas que deixam no discurso. © No dominio pedagégico, o aspecto formal mais observado em estudos anteriores (géneros da oralidade) — a organizagao dos turnos — nao é (obviamente) definitive, mas pode apresentar especificidades. © No dominio pedagégico, os papéis sociais sao bem marcados e podem ser evocados em situagdes de conflito, deixando marcas formais no texto. © No dominio pedagégico, a interagéo envolve regras especiais e particulares que os partic pantes consideram no julgamento do que sao contribuigdes permitidas na atividade, © No dominio: pedagégico, a interacdo incorpora regras “técnicas” espectficas que se conoreti- zam em marcas formais nos textos, por exemplo, o emprego de termos técnicos e cientficos. © interessante nao é descobrir que estruturas so tipicas ou exclusivas do discurso peda g6gico, mas identificar porque elas sao recorrentes, 5. Kazue Saito Monteiro de Barros (2004). Géneros textuais do dominio pedagdgico: aproximagoes ¢ divergéncias. Apresentado na XX Jomada Nacional de Estudos Lingufsticos do GELNE. Joao Pessoa: Universidade Federal da Paratba, 7 a 10 de setembro de 2004. n estas observacd cl Ja com estas observacdes podemos notar que nao € facil det a fio € facil determinar para dominio discursivo suas coordenadas, tendo em vista 0 ¢ | : ‘a0 conjunto de vz observadas. Mas seria relevante ¢ de err cada fem, vyeis a seren r ; eresse tratar a questao de ‘odo mais sistematico ¢ menos intuitivo. Esse ¢ um campo abertc it t me a aberto ao debate ea investigagao. Por todas essas observagées, j4 podemos afirmar que os géneros nao sa Bate fori, iss sim entiadescomunicatias em que predominsr o aspectos relativos a fungées, propdsitos, agdes e contetidos. NBs Ride, po 5 se dizet que a tipicidade de um género vem de suas eMelcttrai i rie ¢ organizagao retorica. Segundo sugestio de Carolyn Miller (1984), os ee soc ato formas verbais de ado social estabilizadas © POPPE Lan texts situados em comunidades de praticas em dominios discursivos especfficos. Assim e tornam propriedades inaliendveis dos textos empiricos € server terlocutores, dando inteligibilidade as agées retéricas. Resu- os generos s de guia para os in midamente, poderia dizer que os géneros sao entidades: 2) dinaicas 4) orientadas para fins especticos 1) istéricas £) ligadas a determinadas comunidades discursivas ) sociais hh) ligadas a dominios discursivos @) stuadas i) recorrentes 1) estabiizadas em formatos mais ou menos clos. ‘As distingdes entre um género ¢ outro ndo sao predominantemente {eticas e sim funcionais. J4 os critérios para distinguir os tipos textuais m linguisticos e estruturais, de modo que os géneros so designagoes sclorretérieas e os tipos so designagdes teéricas, Temos muito mais designa- es para géneros como manifestagdes empiricas do que para tipos. Os géneros textuais so dindmicos, de complexidade varidvel e nao sabe- certo se € possivel conté-los todos, pois como so sécio-historicos ¢ nao h4 como fazer uma lista fechada, o que dificulta ainda mais sua cdo. Por isso é muito dificil fazer uma classificacao de géneros. Alids, iss0, hoje nao € mais uma preocupacio dos estudiosos fazer tipologias. hoje € explicar como cles se constituem e circulam socialmente. do a0 trabalho de Maingueneau (2004), i citado aqui, lembro que foi cético quanto a classificagao dos géneros. Em artigo de 1999, divisdo dos géneros em trés grandes conjuntos de acordo com fe genericidade”, do seguinte modo: -neau (1999). Analysing SelFCo iscourses. Discourse Studies, nstituting (a) Géneros autorais: sio os textos que mantém um cariter de autoria pelos tracos de estilo, carater pessoal e se situam em especial 1, literatura, jornalismo, politica, religiao, filosofia etc (b) Géneros rotineiros: so 0s comuns de nosso dia a dia, tal como aque. les que se realize 1 em entrevistas radiofOnicas, televisivas, jornalisticas consultas, médicas, debates ete. Seus papéis sao fixados a priori. nao mudam muito de situagao para situagao e neles as marcas auto. rais se manifestam menos. Tém uma estabilidade institucional bas. tante definida (c) Géneros conversacionais: sdo os géneros de menor estabilidade ¢ sem uma organizagao tematica previsivel como as conversagées. Em sey conjunto, sao de dificil dis rias bem definidas. ingao e divisio como géneros em catego. Esta classificagao foi modificada pelo autor, pois, segundo ele, a triparticao aqui postulada nao era pertinente (Maingueneau, 2004: 110). O préprio ter. mo “rotineiro” nao parece adequado, j4 que daria a impressdo de que as conver. sages ndo seriam rotineiras quando elas sao rotinas muito comuns. Mas o mais complicado era distinguir de maneira tio rigorosa entre os géneros autorais € os géneros rotineiros, pois uma crénica jornalistica tem sem duivida marcas autorais € nao poderia ser inclufda no primeiro conjunto. Assim, Maingueneau sugere que se parta para um “regime de genericidade” em duas categorias nao mais em trés. Com isso, ele defende que se distinga entre: (a) regime de géneros conversacionais € (b) regime de géneros instituidos. O segundo grupo conteria agora os géneros autorais e os rotineiros. A analise desenvolvida pelo autor é minuciosa e complexa e apresenta uma série de critérios Para acomodar os géneros nessa classificagdo. Nao nos interessam os detalhes dessa teoria, mas interessam sim os prop6sitos da mesma, ou seja, a ideia de que é pasivel distinguir regimes de produgio textual no contexto da interdiscursividade. E com isso sabemos que a escolha de um ou outro género em nossa atividade discursiva nao € uma escolha aleatéria e sim comandada por interesses especificos. " ‘ie Deve aqui ficar claro, tal como visto acima, que nao hé uma dicotomia entre género e tipo. Trata-se duma relagao de complementaridade. Ambos ¢O- ‘existem e ndo sao dicot6micos. Todos os textos realizam um género € todos os realizam sequéncias tipol6gicas diversificadas. Por isso mesmo, os gene ‘sao em geral tipologicamente heterogéneos. Vejamos isto num exemplo: Tome-se 0 caso do telefonema. Como género textual, trata-se de um even- to falado muito claro e definido em suas rotinas, identificsvel pela imolosia dos individuos que vivem em culturas em que telefonar é uma pratica usual. Ca- racteriza-se como um didlogo mediado pelo telefone, sem a presenga fsiea dos falantes. Contudo, do ponto de vista de tipo textual, um telefonenta pode envolver argumentagées, narrativas e descriges, ou seja, ele € heterogeneo Podemos, pois, indagar se a nogao de telefonema é clara hoje em dia. Obser- yem-se algumas das diversas maneiras de usar 0 telefone: @ hdaconversa telef6nica (por telefone celular ou fixo) que mantemos todos os dias com nossa mie, filhos, amigos, colegas de trabalho ao qual chamamos de telefonema; hd o telefonema que mandamos a companhia telefonica dar por nds e se chama de telegrama fonado, hd 0 telefonema na forma de um recado gravado ou recado em secre- tdria eletrénica; hé os telefonemas de aniversdrio, casamento etc., através de agéncias e que chamamos comumente de telemensagens. Com efeito, h4 muito mais formas de usar 0 telefone do que o simples efonema. O que é entéo um telefonema (enquanto género) diante de tanta Jo na forma e nos recursos utilizados? Essa situagao vai repetir-se com a 0 formulério, o resume, a lista e assim por diante, de modo que a ques- e dar nome aos géneros € algo de enorme complexidade. ra a conhecida nogao de constelago textual - Poderfamos apelar aqui pa cold ‘a de sistema de géneros, tal como o faz ia de textos ou entao a idei Bazerman (2005), como ainda veremos mais adiante.

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