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Topografia 2021 Tema 2
Topografia 2021 Tema 2
Por fim, o engenheiro deve passar de elipsóide ao plano. A projecção de toda ou uma parte de
elipsóide no plano é impossível sem que haja uma alteração.
Numa projecção
cônica, a folha de
papel imaginaria
forma um cone,
Cônico tocando a Terra ao
longo de um
determinado circulo
de latitude. Uma carta
desenhada apresenta
uma distorção mínima
das áreas.
Na projecção
azimutal, a folha toca
o globo num só ponto.
Se este ponto for um
dos pólos as linhas de
Azimutal longitude apresentam
os seus ângulos
verdadeiros.
A1 = A2
Conserva: ângulos distâncias Áreas
No caso de representação equivalente, que conserva as áreas serve para preparar as cartas de
pequenas escalas, como é o caso de Atlas; representação das estatísticas econômicas e
demográficas.
Nas zonas de calotes polares (ver capítulo 3) entre 84º e 80º Norte e Sul respectivamente até aos
pólos, estas zonas são representadas cartográficamente numa projecção azimutal estereográfica
polar.
Vamos tentar analisar a fig. 2.2 que segue a fim de melhor entender a definição:
A latitude( - fi) de um ponto é o ângulo que a vertical (normal) deste ponto faz com o plano
do equador. As latitudes são contadas (medidas) em graus, nos dois sentidos, de 0º a 90º, Norte
ou Sul (ver a figura 2-3a). Todos os pontos com a mesma latitude formam um círculo paralelo a
equador: um paralelo.
Em Moçambique, em relação ao equador está compreendida entre 10 30 e 26 45 Sul ambas
negativas.
A longitude( - lambda) de um ponto é o ângulo que a vertical (normal) deste ponto faz com o
plano do meridiano de origem, e o“Greenwich” forma um semicírculo ligando os dois pólos.
As longitudes são contadas em graus, nos dois sentidos do meridiano de origem, variando por
conseguinte de 0º a 180º e considerando-se positivas para Este e negativas para Oeste (ver a fig.
2-3b).
Este valor define claramente a posição do ponto Pi. A linha OX é chamada o eixo X e a linha
OY é chamada eixo Y.
Para fins de cálculos, outros sistemas arbitrários podem ser usados, simplesmente, tem que ser
tomado em consideração a origem um número grande, para evitar valores negativos depois dos
cálculos.
Dadas as coordenadas X e Y dum ponto qualquer de partida P1, por exemplo, as coordenadas do
ponto a seguir (P2) são obtidas somando as diferenciais P1 P2 (no sentido norte-sul) no eixo Y e
AB (no sentido este-oeste) no eixo X.
Segundo a figura podemos observar que; o par de eixos perpendicular de referência forma com
a direção do extremo P1- P2 um ângulo 1,2 que chamamos de azimute cartográfico (medido no
sentido +Y para +X) da seguinte maneira:
X 2 X1 X 1, 2
tg 12 = Y 2 Y1
Y1, 2
X2 - X1 = X12
Y2 - Y1 = Y12
X 2 X1 X 1, 2
e 12 = arctg Y 2 Y1
Y1, 2
Para este sistema de coordenadas obteremos as diferenças das coordenadas dos pontos 1 e 2 da
seguinte maneira:
X 1, 2 Y1, 2 2
S12 = seno 1 , 2
cos eno 1 , 2 = x 1, 2 2 y 1, 2
Então;
Quadrante Sen/X i, i+1 Cós/Y i, i+1 tg i, i+1 i, i+1 em graus
I + + + i, i+11 = i
II + - - 180 - i
III - - + i + 180
IV - + - 360 - i
I
IV
quadrantes
II
III
Neste sistema entre as latitudes de 84 Norte e 80 Sul, a terra é dividida em 60 fusos de largura
genérica de 6 e 120 fusos de largura de 3, no sentido leste (longitude). O fuso Nº 31 tem a sua
central isométrica a 3 Este de Greenwich (ver a figura 2.6). No caso de Moçambique, ela se
encontra entre os fusos 36 e 37 com as centrais isométricas-meridiano centrais à 33 e 39.
A origem das coordenadas UTM se encontra no meridiano central de cada fuso e na intersecção
do meridiano de origem e o equador. Neste processo das coordenadas origina da seguinte
maneira:
Este arranjo faz com que num fuso todas as coordenadas dos pontos, mesmo aqueles que
estejam no oeste do meridiano central e no hemisfério Sul ou Norte tenham neste sistema
valores positivos.
Por esta razão todos os pontos situados no leste do meridiano central do fuso terão coordenadas
superior a 500 000 metros. Ao mesmo tempo todos os pontos que estejam no hemisfério norte
têm coordenadas superior a 0m, e para hemisfério sul inferior a 10 000 000 metros.
A representação UTM é a mais usada no mundo para cálculo dos trabalhos de triangulação e
estabelecimento de cartas topográficas.
Como é sabido, as actividades mineiras e outras, muitas das vezes decorrem nas áreas remotas e
de difícil acesso. Nessas zonas encontramos por vezes pontos de referências pouco credíveis em
relação aos sistemas convencionais e até às vezes sem a existência dos mesmos.
Para levar a cabo trabalhos topográficos nessas condições, o topógrafo pode considerar a
possibilidade de “amarrar” o seu trabalho nos pontos de sistemas diferentes de representação
convencional no qual deseja obter o seu resultado (por exemplo, um sistema nacional);
entretanto, as coordenadas obtidas deverão sofrer transformações necessárias a fim de responder
o novo sistema de representação.
A transformação das coordenadas pode ser feita no sentido inverso, isto é, de antigo sistema
para novo ou vice-versa, por exemplo, de coordenadas UTM para geográficas ou geográficas
para UTM.