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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
POLÍTICAS ECONÔMICAS E FUNÇÕES DA MOEDA
Vamos começar a falar de conhecimentos bancários, mas antes, preciso te falar sobre o assunto
principal da matéria.
Achou que era o tal do sistema financeiro nacional, não foi?
Pois não é não! O assunto principal é o tal do DINHEIRO! Isso mesmo, o faz-me rir, a bufunfa!
O dinheiro não foi criado junto com Adão e Eva no paraíso, o dinheiro foi criado por uma
necessidade da humanidade de realizar comercio sem precisar trocar mercadorias, que era algo
complexo por natureza e com a evolução da humanidade e do comercio entre os povos, ia ficar mais
complexo ainda se o dinheiro não tivesse sido criado.
Antes do dinheiro (papel moeda e moeda metálica) as negociações de mercadorias eram feitas
através da simples troca de mercadorias, ou escambo.
O produtor de cadeiras queria leite, e o produtor de leite queria cadeiras; então vamos fazer a troca.
Esse exemplo é bem diferente, mas esse é o objetivo, para mostrar que o escambo tinha seus vários problemas,
uma vez que nem sempre uma pessoa tinha interesse no que o outro produzia para troca, ou seja, o fabricante
de cadeiras podia não querer tanto leite, ou pelo fato do leite se mais perecível em relação a cadeira, a
necessidade por leite seria maior do que de cadeiras. E aí? Como fica isso?
A humanidade foi buscando formas de encontrar objetos que tivessem um interesse unanime das
pessoas, ou seja, vamos tentar achar algo que tenha o mesmo valor para a pessoa A e para a pessoa B;
assim as trocas poderiam ser feitas com base nesse item valioso e não entre mercadorias.
No início foi convencionado que os metais preciosos e pedras seriam os itens de valor comum que
poderiam ser trocados por mercadorias, pois quem não iria querer uma pepita de ouro? Assim a
humanidade foi comercializando mercadorias trocando por pedras preciosas ou metais.
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A moeda metálica surgiu com a necessidade de melhorar o transporte e guarda dos metais
preciosos, pois ladrões sempre existiram, então os ourives, que manuseavam o ouro, também receberam
a função de custodiantes (guardadores) dos metais e pedras preciosas das pessoas e, ao receber os itens,
emitia um papel informando que aquela pessoa possuía aqueles valores guardados. Esse papel também
serviria como objeto de troca por mercadorias.
A cunhagem de moedas foi criada para evitar as falsificações dos metais, acredita nisso? Na
Grécia antiga já existiam os falsificadores, ou seja, aqueles que diziam que uma moeda era de prata,
mas ela não tinha tanta prata como ele dizia. Para evitar esse problema, as nações começaram a cunhar
moedas colocando seus selos nas moedas para garantir que aquela moeda de prata tinha a quantidade
correta de prata e não de outro metal inferior.
Assim a humanidade vem caminhando e utilizando cada vez mais a moeda, ou seja, o item que
serve de troca para se adquirir produtos ou serviços, pois é um item que tem valor para qualquer pessoa.
“Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transações,
isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações, ou seja, de acordo com esta definição,
qualquer coisa pode ser moeda, desde que aceita como forma de pagamento. Ela é considerada o
instrumento básico para que se possa operar no mercado. Pois a moeda atua como meio de troca. Quando
um indivíduo vende seu produto, ele receberá moeda pelo produto vendido e, por conseguinte, terá
moeda para comprar aquilo que desejar.
Além disso, a moeda desempenha a função como unidade de conta (também chamado
de denominador comum de valor), isto é, fornece um padrão para que as demais mercadorias
expressem seus valores, e forneçam um referencial para que os valores dos demais produtos sejam
cotados no mercado.
E a terceira função da moeda é a chamada reserva de valor, função que decorre do meio de
troca, onde o poder de comprar adquirido ao vender sua mercadoria mantem-se ao longo do tempo. Em
outras palavras, a moeda deve preservar o poder de compra (assim como acontece com os títulos, pois
eles têm valor de compra e rentabilidade ao longo do tempo).
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Ao longo do tempo, a moeda evoluiu, primeiramente tínhamos a moeda-mercadoria (sal, animais
etc.), passando pela moeda metálica (ouro, prata, metais preciosos) até chegarmos ao que temos hoje,
o papel-moeda ou moeda fiduciária, para o qual não existe qualquer tipo de lastro. Isto é, não existe a
garantia física sustentando o valor da moeda, e sua aceitação se deve à imposição legal do Governo.
Assim como demandamos moeda ao comprar e vender mercadorias, há também a oferta de
moeda. Em um sistema cuja moeda é lastreada, por exemplo, em ouro, a circulação de moeda depende
da quantidade de ouro em estoque no país. Já em um sistema sem lastro, tem-se a moeda fiduciária, e o
responsável pelo controle de oferta de moeda é o Banco Central.”
Fonte: https://politicamonetaria.webnode.com.br/moeda/oferta-da-moeda/
Agora que nos conhecemos as funções do dinheiro e a importância na nossa vida, vamos falar sobre
o dinheiro como mercadoria, onde, assim como todas as mercadorias, sofre com a lei da oferta e da
demanda.
Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, inevitavelmente, as políticas adotadas pelo governo
para buscar o bem-estar da população. Como agente de peso no sistema financeiro brasileiro, o Governo
tem por objetivo, estruturar políticas para alcançar a macroeconomia brasileira, ou seja, criar mecanismos
para defender os interesses dos brasileiros, economicamente.
A lei da oferta e procura declara que quando a procura é alta, os preços sobem e, quando a oferta
é alta, os preços caem. Dois exemplos demonstram isso. Se existe um teatro com 2 mil lugares (uma
oferta fixa), o preço dos espetáculos dependerá de quantas pessoas desejam ingressos. Se uma peça
muito popular está sendo encenada, e 10 mil pessoas querem assisti-la, o teatro pode subir os preços
de forma que os 2 mil mais ricos possam pagar os ingressos. Quando a procura é muito mais alta que
a oferta, os preços podem subir terrivelmente. Nosso segundo exemplo é mais elaborado. Digamos
que você viva numa ilha na qual todos amam doces. Porém, existe um suprimento limitado de doces
na ilha, assim, quando as pessoas trocam doces por outros itens, o preço é razoavelmente estável.
Com o tempo, você economiza até 25 quilos de doces, que você pode trocar por um carro novo. Um
dia um navio choca-se com algumas pedras perto da ilha e sua carga de doces é perdida na costa.
De repente, 30 toneladas de doces estão dispostas na praia, e qualquer pessoa que deseja doces
simplesmente caminha até a praia e pega alguns. Porque a oferta de doces é muito maior que a
procura, os seus 25 quilos de doces não têm valor algum.”
(Fonte: Ed Grabianowski)
Essa simples lei é um dos fatores que mais afetam a inflação pois, por definição, inflação é:
“O aumento generalizado e persistente dos preços dos produtos de uma cesta de consumo”, ou
seja, para haver inflação deve haver um aumento de preços, mas este aumento não pode ser pontual,
deve ser generalizado.
Mesmo alguns produtos não aumentando de preço, se a maioria aumentar, já é suficiente, mas este
aumento deve ser persistente, ou seja, deve ser contínuo.
Como toda pesquisa científica, deve haver um grupo de teste e um de controle, e a esses grupos
chamamos de cestas de consumo, isso porque ao avaliar a inflação, avaliamos a evolução de um grupo
de produtos ou serviços, e não cada um isoladamente.
Imagine que você vai ao supermercado e faz suas compras, você terá vários produtos em seu
carrinho como: Água, arroz, feijão, carne, milho, trigo, frutas, verduras, legumes etc. Terá na mesma cesta
produtos como: Dólar, Euro, gasolina, álcool (combustível hein), viagens, lazer, cinema, energia etc.
Quando você terminou a cesta e foi ao caixa e a conta totalizou R$ 500,00 no primeiro mês. No
segundo mês ao repetir os mesmos produtos a conta totalizou R$ 620,00; no terceiro R$ 750,00 e no
quarto R$ 800,00. Note que os preços estão subindo de forma persistente.
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Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro perde valor, uma vez que precisaremos de mais
reais para comprar o mesmo produto. Essa é a consequência mais indesejada do processo que chamamos
de INFLAÇÃO.
O processo inflacionário tem um irmão oposto que é chamado de DEFLAÇÃO. A Deflação ocorre
quando os preços dos produtos começam a cair de forma generalizada e persistente, gerando desconforto
econômico para os produtores que podem chegar a desistir de produzir algo em virtude do baixo preço
de venda.
Ambos os fenômenos têm consequências desastrosas no nosso bem-estar econômico, pois a inflação
gera desvalorização do nosso poder de compra e a deflação pode gerar desinteresse dos produtores
em fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desemprego em massa, além de tudo ambas ainda
podem culminar na temida Recessão, que nada mais é do que a estagnação completa ou quase total
da economia de um país.
Tanto a inflação como a deflação são fenômenos que podem ser calculados e quantificados, para
isso nosso governo mantém uma autarquia a postos, pronta para apurar e divulgar o valor da Inflação
Oficial chamada IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Esta autarquia chama-se IBGE – Instituto
Brasileiro de geografia e Estatística. O IPCA é a inflação calculada do dia primeiro ao doa 30 de cada
mês, considerando como cesta de serviços a de famílias com renda até 40 salários-mínimos, ou seja, quem
ganha até quarenta salários-mínimos entra no cálculo da inflação oficial.
A fim de manter nosso bem-estar econômico o Governo busca estabilizar esta inflação, uma vez que
ela, por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para padronizar os parâmetros da inflação o governo
brasileiro instituiu o regime de Metas para Inflação.
Neste regime a meta de inflação é constituída por um Centro de meta, que seria o valor ideal
entendido pelo governo como uma inflação saudável.
Este centro tem uma margem de tolerância para mais e para menos, pois como em qualquer nota
temos os famosos arredondamentos. É como no colégio quando você tirava 6,5 e o professor arredondava
para 7, lembra?! Isso ajudava muito você na hora de fechar a nota no fim do ano, e para o governo é do
mesmo jeito. É uma ajudinha para fechar a nota. Veja como foram e como estão as principais mudanças
referentes a isto no Brasil.
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ATENÇÃO!
Até 31/12/2016 a margem de tolerância, ou seja, de variação do Centro da meta era de 2% para
mais (teto) ou para menos (piso). Já a partir de 01/01/2017 até 31/12/2018 a nova margem de
tolerância passou a ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos (piso).
Para o ano de 2019, o CENTRO DA META para a inflação será de 4,25%, com intervalo de tolerância
de menos 1,50% e de mais 1,50%; para o ano de 2020, o CENTRO DA META para a inflação será
de 4,00%, com intervalo de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%, para o ano de 2021, o
centro da meta será 3,75% com a margem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos, para
2022 o centro será de 3,50%, para 2023 o centro será de 3,25% com margens de tolerância de 1,5%
para mais e para menos; para 2024 o centro será de 3%, com margens de tolerância de 1,5% para
mais e para menos e para 2025 mantem-se a mesma meta e parâmetro de 2024.
Além disso, o Decreto 9.083 de junho de 2017 alterou a periodicidade de estabelecimento da
meta de inflação para até 30 de junho de cada terceiro ano imediatamente anterior. Deu um nó não
foi?!
É simples, o centro da meta de inflação do ano de 2025 foi decidido pelo Conselho Monetário
Nacional 3 anos antes, ou seja, até 30 de junho de 2022; e assim sucessivamente, o de 2026 deverá
ser decidido até 30 de junho de 2023, sempre respeitado o limite de 3 anos de antecedência.
Todas essas medidas adotadas pelo governo buscam estabilizar nosso poder de compra e nosso
bem-estar econômico. Para utilizar estas ferramentas o governo utiliza as tão famosas políticas
econômicas, que nada mais são do que um conjunto de medidas que buscam estabilizar o poder de compra
da moeda nacional, gerando bem-estar econômico para o País. Estas políticas econômicas são
estabelecidas pelo Governo Federal, tendo como agentes de suporte o Conselho Monetário Nacional,
como normatizador, e o Banco Central, como executor destas políticas. As ações destes agentes resultam
em apenas duas situações para o cenário econômico, que são:
Políticas/Situações Restritivas ou Políticas/Situações Expansionistas
As políticas restritivas são resultado de ações que de alguma forma reduzem o volume de dinheiro
circulando na economia e, consequentemente, os gastos das pessoas gerando uma desaceleração da
economia e do crescimento. Mas porque o governo faria isso?!
A resposta mais simples: Faz isso para controlar a inflação, pois quando há muito dinheiro circulando
no mercado, o que acontece com os preços dos produtos?! Sobem!
Para conter esta subida, o governo restringe o consumo e os gastos para que a inflação diminua.
Neste caso você iria ao shopping não para comprar coisas, mas apenas para ver as coisas ou dar uma
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voltinha. Este representa nosso cenário atual desde 2014, com alguns intervalos entre 2020 e 2021 como
veremos a seguir.
As políticas expansionistas são resultado de ações do governo que estimulam os gastos e o
consumo, ou seja, em um cenário de baixo crescimento, o governo incentiva as pessoas a gastarem e as
instituições financeiras a emprestar. Esse incentivo pode partir muitas vezes do próprio governo que
aumenta seus gastos fazendo investimentos na indústria e construção civil, dando isenções tributárias ou
contratando empresas para realizar obras, por exemplo. Isso acaba por aumentar volume de recursos
disponíveis na economia, para que o mercado não entre em uma recessão (recessão é um evento
econômico que ocorre quando vários setores da economia registram queda ou estagnação no crescimento
ou quando o governo adota políticas restritivas por 2 trimestres consecutivos). Portanto, este resultado
acaba por jogar dinheiro na economia e acaba por faria você gastar mais seus próprios recursos ou se
endividar mais através de crédito; logo você não iria ao shopping só para ver as coisas, mas sim para
comprar as coisas, e comprar muito! Mas temos que ter cuidado, pois com muitos gastos também
alimentamos um crescimento acelerado da inflação além da famosa dívida pública, que trataremos mais
à frente na política fiscal, pois o governo também aumenta seus gastos para incentivar, lembra?!
Tecnicamente, no Brasil, vivemos políticas restritivas desde 2015, mas durante os anos de 2020 e
2021 o governo adotou políticas expansionistas tendo em vista conter a desaceleração brusca da
economia, devido a pandemia causada pelo Sars-Cov-2. Importante destacar que essas políticas só
puderam ser adotadas devido à algumas condições econômicas da época como: alta capacidade ociosa,
baixo índice de consumo e baixa expectativa de inflação de demanda.
Resumindo, as políticas econômicas resultam em duas posições:
➔ Expansionistas: Quando estimulam os gastos (consumo), empréstimos e endividamentos para aumentar
o volume de recursos circulando no país.
➔ Restritivas: Quando desestimulam, restringem os gastos (consumo), empréstimos e endividamentos para
reduzir o volume de recursos circulando no país.
ATENÇÃO!
Muitas pessoas se questionam do porquê o governo, quando busca estimular o consumo e aquecer a
economia, não simplesmente emite mais dinheiro e, com isso, resolve o “problema da falta de dinheiro”.
A resposta é a mais simples e, pelos conhecimentos que você adquiriu até aqui, será perfeitamente
capaz de responder. “Quanto mais dinheiro em circulação, menor seu valor, e com isso os preços irão
sempre tender a subir mais e o “problema” da falta de dinheiro continuará. Logo, emitir moeda
não é uma solução fácil de aceitar, pois ela pode acarretar sérios danos a estabilidade do poder de
compra.
Entretanto, existe uma forma NÃO convencional de emitir moeda para que possamos, eventualmente,
suprir a falta exagerada de dinheiro, mas vale lembrar que essa forma de emitir é restrita e peculiar,
pois o dinheiro será emitido APENAS de forma ESCRITURAL, ou seja, eletrônica, uma vez que o ato de
emitir papel moeda, o torna suscetível a desgastes pela inflação, uma vez que circula livremente em
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qualquer lugar do país. Esta forma de emissão de moeda chama-se FLEXIBILIZAÇÃO QUANTITATIVA
ou QUANTITATIVE EASING, ou ainda AFROUXAMENTO QUANTITATIVO.
A quantidade de moeda criada em quantitative easing é denominada valor expandido. Trata-se de
uma criação maciça de dinheiro, ou seja, de afrouxamento monetário. Os bancos centrais, normalmente,
só imprimem papel moeda de acordo com a demanda de dinheiro (não há criação espontânea de
dinheiro novo). No quantitative easing, os bancos centrais usam o dinheiro eletronicamente(escritural)
criado para comprar grandes quantidades de títulos e diversos ativos financeiros no mercado
financeiro e de capitais. Isto aparece como reservas bancárias (depósitos que os bancos têm nas contas
do Banco Central), não representando entrega de dinheiro novo (emissão de moeda nova) para os
bancos emprestarem.
POLÍTICA FISCAL
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza
despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e
a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico
sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a
distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e
serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem focar na
mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da política fiscal no bem-
estar dos cidadãos. Para tanto o Governo se utiliza de estratégias como elevar ou reduzir impostos, pois,
além de sensibilizar seus cofres públicos, buscar aumentar ou reduzir o volume de recursos no mercado
quando for necessário.
A política fiscal consiste em basicamente dois objetivos: primeiro, ser uma fonte de receitas ou de
gastos para o governo, na medida em que reduz seus impostos para estimular ou desestimular o consumo.
Segundo, quando o governo usa a emissão de títulos públicos, títulos estes emitidos pela Secretaria do
Tesouro Nacional, para comercializá-los e arrecadar dinheiro para cobrir seus gastos e cumprir suas metas
de arrecadação.
Sim, o governo tem metas de arrecadação, que muitas vezes precisam de uma forcinha através da
comercialização de títulos públicos federais no mercado financeiro. Como, segundo a constituição federal,
no artigo 164 é vedado ao Banco Central financiar o tesouro com recursos próprios, esse busca
CAPITALIZAR o governo comercializando os títulos emitidos pela Secretaria do Tesouro.
Desta forma o governo consegue não só arrecadar recursos como, também, enxugar ou irrigar o
mercado de dinheiro, pois quando o Banco Central vende títulos públicos federais retira dinheiro de
circulação, e entrega títulos aos investidores. Já quando o Banco Central compra títulos de volta, devolve
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recursos ao sistema financeiro, além de diminuir a dívida pública do governo. Mas aí você se pergunta:
Como assim?
Simples. O governo vive em uma quebra de braços constante, onde, precisa arrecadar mais do que
ganha, mas não pode deixar de gastar, pois precisa estimular a economia.
Então a saída é arrecadar impostos e quando estes não forem suficientes o governo se endivida.
Isso mesmo! Quando o governo emite títulos públicos federais ele se endivida, pois os títulos públicos são
acompanhados de uma remuneração, uma taxa de juros, que recebeu o nome do sistema que administra
e registra essas operações de compra e venda. Este sistema chama-se SELIC (Sistema Especial de
Liquidação e Custódia). Este sistema deu o nome a taxa de juros dos títulos, logo a intitulamos de taxa
SELIC.
Esta taxa de juros nada mais é do que o famoso juro da dívida pública, isso porque o governo deve
considerá-lo como despesa por endividamento. Logo, a emissão destes títulos, bem como o aumento da
taxa SELIC devem ser cautelosos para evitar excessos de endividamento, acarretando dificuldades em
fechar o caixa no fim do ano.
Este fechamento de caixa pode resultar em duas situações. Uma chamamos de superávit e a outra
chamamos de déficit.
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias
durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, ou resultado secundário, por sua vez, é o
resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém
superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; por outro lado, há déficit
quando as receitas são menores do que as despesas.
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso equilibrado
dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como percentual do PIB, de forma a
contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Mais especificamente,
a política fiscal busca a criação de empregos, o aumento dos investimentos públicos e a ampliação da
rede de seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e da desigualdade.
POLÍTICA CAMBIAL
É o conjunto de ações governamentais diretamente relacionadas ao comportamento do mercado de
câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço
de pagamentos.
A política cambial busca estabilizar a balança de pagamentos tentando manter em equilíbrio seus
componentes, que são: a conta corrente, que registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens
e serviços, bem como pagamentos de transferências; e a conta capital e financeira. Também são
componentes dessa conta os capitais compensatórios: empréstimos oferecidos pelo FMI e contas atrasadas
(débitos vencidos no exterior).
Dentro desta balança de pagamentos há uma outra balança chamada Balança Comercial, que busca
estabilizar o volume de importações e exportações dentro do Brasil. Esta política visa equilibrar o volume
de moedas estrangeiras dentro do Brasil para que seus valores não pesem tanto na apuração da inflação,
pois como vimos anteriormente, as moedas estrangeiras estão muito presentes em nosso dia a dia.
Como o governo não pode interferir no câmbio brasileiro de forma direta, uma vez que o câmbio
brasileiro é flutuante, o governo busca estimular exportações e desestimular importações quando o volume
de moeda estrangeira estiver menor dentro do brasil. Da mesma forma caso o volume de moeda
estrangeira dentro do Brasil aumente demais, causando sua desvalorização exagerada, o governo buscar
estimular importações para reestabelecer o equilíbrio.
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Mas porque o governo estimularia a valorização de uma moeda estrangeira no Brasil?
A resposta é simples, ao estimular a valorização de uma moeda estrangeira atraímos investidores,
além de tornar o cenário mais salutar para os exportadores, que são os que produzem riquezas e
empregos dentro do Brasil em maior volume. Assim, ao vermos um cenário de desvalorização do real
frente a uma moeda estrangeira, como o dólar, podemos dizer que o real se torna mais competitivo em
suas exportações, pois como nossa moeda é mais barata, podemos vender nossos produtos no exterior
mais baratos que os produzidos por muitos de nossos concorrentes lá fora, é o que ocorre por exemplo
com a China. Sua moeda é tão desvalorizada em relação a outras moedas, que seus produtos têm uma
diferença de preço muito considerável, tornando seus produtos mais atrativos, principalmente sob o ponto
de vista do preço. Já o cenário oposto também é verdadeiro, mas para os importadores brasileiros.
Calma, vou explicar!!!!
Quando o real está mais valorizado em relação a outra moeda, significa que o comprador no outro
país vai ter que gastar mais da sua moeda para comprar produtos brasileiros, isso faz com que as
exportações brasileiras fiquem menos interessantes, mas para os brasileiros que importam teremos um
cenário melhor, pois como o real está mais valorizado, ele compra mais lá fora, e assim os importadores
poderão ter mais lucro nas suas operações, uma vez que o custo da importação será menor.
Desta forma ao se utilizar da política cambial, o governo busca estabilizar a balançam de
pagamentos e estimular ou desestimular exportações e importações. Vale destacar que os exportadores
são chamados de provedores de divisas, ou seja, eles trazem moeda estrangeira para o Brasil; já os
importadores são demandantes de divisas, ou seja, pega moeda estrangeira dentro do Brasil e levam
para fora. Vamos falar mais sobre isso no capítulo de mercado de câmbio.
POLÍTICA CREDITÍCIA
É um conjunto de normas ou critérios que cada instituição financeira utiliza para financiar ou
emprestar recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do Governo, que controla os estímulos a
concessão de crédito. Cada instituição deve desenvolver uma política de crédito coordenada, para
encontrar o equilíbrio entre as necessidades de vendas e, concomitantemente, sustentar uma carteira a
receber de alta qualidade.
Esta política sofre constante influência do poder governamental, pois o governo se utiliza de sua
taxa básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as taxas de juros das instituições financeiras para
cima ou para baixo.
É simples. Se o governo eleva suas taxas de juros, é sinal de que os bancos em geral seguirão seu
raciocínio e elevarão suas taxas também, gerando uma obstrução a contratação de crédito pelos clientes
tomadores ou gastadores. Já se o governo tende a diminuir a taxa Selic, os bancos em geral tendem a
seguir esta diminuição, recebendo estímulos a contratação de crédito para os tomadores ou gastadores.
POLÍTICA DE RENDAS
A política de rendas consiste na interferência do governo nos preços e salários praticados pelo
mercado. No intuito de atender a interesses sociais, o governo tem a capacidade de interferir nas forças
do mercado e impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quando o governo realiza um tabelamento
de preços com o objetivo de controlar a inflação. Ressaltamos que, atualmente, o Governo brasileiro
interfere tabelando o valor do salário-mínimo, entretanto quanto aos preços dos diversos produtos no país
não há interferência direta do governo.
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POLÍTICA MONETÁRIA
É a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito e
das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico.
Esta é a mais importante política econômica traçada pelo governo. Nela estão contidas as manobras
que surtem efeitos mais eficazmente na economia.
A política monetária influencia diretamente a quantidade de dinheiro circulando no país e,
consequentemente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso.
Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo governo; a política
restritiva, ou contracionista, e a política expansionista.
A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda, reduzindo assim a taxa de
juros básica e estimulando investimentos. Essa política é adotada em épocas de recessão, ou seja, épocas
em que a economia está parada e ninguém consome, produzindo uma estagnação completa do setor
produtivo. Com esta medida o governo espera estimular o consumo e gerar mais empregos.
Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta de moeda,
aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos. Essa modalidade da política
monetária é aplicada quando a economia está a sofrer alta inflação, visando reduzir a procura por
dinheiro e o consumo causando, consequentemente, uma diminuição no nível de preços dos produtos.
Esta política monetária é rigorosamente elaborada pelas autoridades monetárias brasileiras, se
utilizando dos seguintes instrumentos, TODOS REGULAMENTADOS E EXECUTADOS PELO BANCO
CENTRAL DO BRASIL.
Mercado Aberto
Também conhecido como Open Market (Mercado Aberto), as operações com títulos públicos é mais
um dos instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este instrumento, considerado um dos mais eficazes,
consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em curto prazo.
A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, se dá pelo
Banco Central através de Leilões Formais e Informais. De acordo com a necessidade de expandir ou
reter a circulação de moedas do mercado, as autoridades monetárias competentes resgatam ou vendem
esses títulos.
Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas, o Banco
Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação.
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas,
o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.
Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando-se uma boa opção de
investimento para a sociedade.
Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento da dívida pública,
bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educação, Saúde e Infraestrutura.
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ATENÇÃO!
Os leilões dos títulos públicos são de responsabilidade do BACEN que credencia Instituições Financeiras
chamadas de Dealers ou líderes de mercado, para que façam efetivamente o leilão dos títulos. Nesse
caso temos leilão Informal ou Go Around, pois nem todas as instituições são classificadas como Dealers.
Os leilões Formais são aqueles em que TODAS as instituições financeiras, credenciadas pelo BACEN,
podem participar do leilão dos títulos, mas sempre sob o comando do deste.
Além destas formas de o Governo participar do mercado de capitais, existe o Tesouro Direto, que é
uma forma que o Governo encontrou que aproxima as pessoas físicas e jurídicas em geral, ou não
financeiras, da compra de títulos públicos. O tesouro direto é um sistema controlado pelo BACEN para
que a pessoa física ou jurídica comum possa comprar títulos do Governo, dentro de sua própria casa
ou escritório.
Os títulos públicos possuem, hoje, 5 tipos diferentes com características que lhe concedem rentabilidades
distintas. Vamos conhecer quais são os títulos abaixo:
Os juros semestrais, significam que a cada semestre o governo paga a você os juros devidos, mas apenas
os juros, o principal, que é o valor que você investiu, ele só devolve no final do prazo, belezinha?! Esse
pagamento de juros semestrais, nós chamamos de CUPOM.
O Tesouro RendA+ (NTN-B1) é o novo título público federal criado pelo Tesouro Nacional a fim de
complementar a aposentadoria dos brasileiros. Ele tem rendimento acima da inflação (por isso o + no
nome) e, na data de vencimento, o investidor recebe o valor acumulado em parcelas mensais com
correção monetária pelo prazo de 20 anos. Com isso o Governo trouxe para os títulos públicos o
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conceito de previdência complementar provada para os investidores, e uma forma de manter sempre
investidor atrelado ao título, reduzindo a possibilidade de amortizações de dívida.
ATENÇÃO!
Entende-se por operação intradia, para efeito do disposto neste regulamento, a compra com
compromisso de revenda, em que a compra e a correspondente revenda ocorrem no próprio dia entre
a instituição financeira tomadora e o Banco Central.
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Todas as operações feitas elo BACEN são compromissadas, ou seja, a outra parte que contrata com o
BACEN assume compromissos com ele para desfazer a operação assim que o BACEN solicitar. Sobre a
Compra com Compromisso de Revenda temos algumas observações que despencam nas provas.
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com compromisso de
revenda, os seguintes ativos de titularidade de instituição financeira, desde que não haja restrições a sua
negociação:
I - Títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -Selic, que
integrem a posição de custódia própria da instituição financeira, e
II - Outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios, preferencialmente com garantia
real, e outros ativos.
Informação de ouro!
As operações intradia e de um dia útil aceitam como garantia exclusivamente os títulos públicos
federais, as demais podem ter como garantia qualquer título aceito como garantia pelo BACEN.
Recolhimento Compulsório
Recolhimento compulsório é um dos instrumentos de Política Monetária utilizado pelo Governo para
aquecer ou esfriar a economia. É um depósito obrigatório feito pelos bancos junto ao Banco Central.
Parte de todos os depósitos que são efetuados à vista, ou seja, os depósitos das contas correntes,
tanto de livre movimentação como de não livre movimentação pelo cliente, depósitos a prazo e demais
depósitos feitos pela população, junto aos bancos, vão para o Banco Central. O Banco Central fixa esta
taxa de recolhimento. Essa taxa é variável, de acordo com os interesses do Governo em acelerar ou não
a economia.
Isso porque ao reduzir o nível do recolhimento, sobram mais recursos nas mãos dos bancos para
serem emprestados aos clientes, e, com isso, gerando maior volume de recursos no mercado. Já quando
os níveis do recolhimento aumentam, as instituições financeiras reduzem seu volume de recursos, liberando
menos crédito e, consequentemente, reduzindo o volume de recursos no mercado.
O recolhimento compulsório tem por finalidade aumentar ou diminuir a circulação de moeda no País.
Quando o Governo precisa diminuir a circulação de moedas no país, o Banco Central aumenta a taxa do
compulsório, pois desta forma as instituições financeiras terão menos crédito disponível para população,
portanto, a economia acaba encolhendo.
Ocorre o inverso quando o Governo precisa aumentar a circulação de moedas no país. A taxa do
compulsório diminui e com isso as instituições financeiras fazem um depósito menor junto ao Banco Central.
Desta maneira, os bancos comerciais ficam com mais moeda disponível, consequentemente aumentam suas
linhas de crédito. Com mais dinheiro em circulação, há o aumento de consumo e a economia tende a
crescer.
16
As instituições financeiras podem fazer transferências voluntárias, de posições positivas na captação,
ou seja, quando captam mais do que emprestam, porém, o depósito compulsório é obrigatório. Os valores
que são recolhidos ao Banco Central são remunerados por ele para que a instituição financeira não tenha
prejuízos com os recursos parados devido ao compulsório.
É importante destacar que, devido a Lei 14.185/21, o BACEN também está autorizado a captar
recursos de forma voluntária das instituições financeiras, os depósitos voluntários, e remunerá-las por isso.
O recolhimento pode ser feito em espécie (papel moeda), através de transferências eletrônicas para
contas mantidas pelas instituições financeiras junto ao BACEN ou até mesmo através de compra e venda
de títulos públicos federais.
Além disso o Recolhimento Compulsório pode variar em função das seguintes situações:
Os valores dos Recolhimentos Compulsórios são estabelecidos pelo BACEN da seguinte forma:
Até
Determinar compulsório sobre Depósito à vista
100%
Até
Determinar compulsório sobre demais Títulos Contábeis e Financeiros
60%
ATENÇÃO
Os instrumentos de política monetária citados acima são importantes armas para execução do
QUANTITATIVE EASING ou FLEXIBILIDADE QUANTITATIVA que já comentamos anteriormente.
Quando uma pessoa pretende adquirir um bem, não basta ter renda e patrimônio compatíveis com essa
aquisição, é necessário que ela possua recursos disponíveis para efetivar a compra nas condições
acertadas. Assim também ocorre com as empresas ou instituições financeiras quando vão quitar alguma
obrigação com um terceiro: é necessário possuir recursos disponíveis, ou “liquidez”, para efetivar a
quitação.
A liquidez pode ser entendida como a medida dos recursos disponíveis que alguém possui para quitar
suas obrigações.
17
O fornecimento de liquidez é a atividade que o BC realiza ao disponibilizar recursos às instituições
financeiras para facilitar a quitação de obrigações. Atuando, assim, como banco dos bancos, uma função
clássica de bancos centrais. Essa função contribui para a credibilidade e para a estabilidade da moeda
e do sistema financeiro.
O Banco Central do Brasil possui mandato legal (Lei nº 4.595/1964) para desempenhar a função de
banco dos bancos de duas formas, por meio do redesconto ou do empréstimo.
Tradicionalmente, o termo redesconto se refere a um tipo de operação que ocorria em dois momentos
distintos. No primeiro momento, uma empresa tomava títulos que representavam promessas de pagamento
em seu favor por parte de clientes e as descontava num banco comercial. Ou seja, ela os entregava como
garantia, antecipando, assim, o recebimento do seu valor original, descontado pelo banco a uma dada
taxa de juros. No momento seguinte, caso precisasse de recursos, o banco apresentava ao Banco Central
um novo título que representava o valor antecipado à empresa com base nos títulos que já haviam sido
descontados. Então o Banco Central emprestava ao banco os recursos financeiros correspondentes ao
valor do novo título, descontado a uma taxa de juros. Assim, considerando que o lastro original deste
último empréstimo eram os títulos apresentados pela empresa ao banco comercial, entendeu-se que tais,
de fato, haviam sofrido duas operações de desconto ou, por assim dizer, sido “redescontados”.
Atualmente, com a evolução do processo de assistência financeira de liquidez por parte do Banco Central,
o termo redesconto, previsto no arcabouço legal e infralegal que regulam esse tipo de operação, foi
mantido, apesar de traduzir um conjunto mais diversificado de procedimentos pelos quais o Banco Central
fornece recursos de última instância às instituições financeiras. Um desses procedimentos é o Redesconto
do Banco Central, operação por meio da qual o BCB compra ativos da instituição financeira com
compromisso de revendê-los à mesma instituição em data futura e, por seu turno, a instituição financeira
vende seus ativos ao Banco Central com compromisso de recomprá-los em data futura. O Redesconto do
Banco Central é efetivado, portanto, por meio de uma operação compromissada.
Outra forma de o Banco Central atuar em sua função típica de banco dos bancos ou emprestador de
última instância é o empréstimo. Uma das modalidades de empréstimo é aquela realizada contra cesta
de garantias. Nesta operação a instituição transfere previamente ativos ao Banco central que, a partir
desta cesta de ativos, vai atribuir um limite de crédito à instituição financeira para que possa contratar
empréstimos.
As diretrizes estratégicas para o desenvolvimento dessas linhas foram definidas pela Diretoria do Banco
Central (BC) por meio do Voto 140/2019-BCB de 10 de julho de 2019.
18
Principais características das novas LFL
A ampliação dos ativos a serem aceitos de forma automática aumentará o potencial acesso a liquidez,
colaborando para a missão do Banco Central de assegurar um Sistema Financeiro mais sólido e eficiente.
Permitirá, ainda, a redução estrutural dos níveis de recolhimentos compulsórios sem fragilizar a
estabilidade do Sistema Financeiro. A inclusão de títulos de emissão privada tem ainda o potencial de
aumentar a eficiência do mercado financeiro e desenvolver o mercado de capitais local, reduzindo custos
e aumentando suas competitividades, inclusive em relação a mercados internacionais.
VAMOS PRATICAR?
1. (atualizada) Parte das nações indica apenas a meta na qual a autoridade monetária do país está
mirando ao fixar os juros básicos. Outras estabelecem um intervalo de tolerância, [...], ao mesmo tempo
em que sete países adotam o sistema igual ao do Brasil (meta central e intervalo de tolerância para
cima e para baixo).
MARTELLO, A. Governo fixa meta central de inflação... / Globo.com/G1, Brasília, 26 jun. 2015.
Disponível em:<http://www.g1.globo.com/economia/noticia/20150/06/governo-fixa-meta-central-
19
de-inflamacao...>.
Acesso em: 13 ago. 2015. Adaptado
O intervalo de tolerância da meta de inflação, adotado pelo governo para 2017, sofreu uma
alteração em junho de 2015 que levou a alteração do:
a) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 6% ao ano.
b) piso do intervalo de tolerância, de 2,5% ao ano para 2% ao ano.
c) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 5% ao ano.
d) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 4% ao ano.
e) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 7% ao ano.
2. (atualizada) O Banco Central do Brasil tem por objetivo zelar pela liquidez da economia. A liquidez
é um atributo de um ativo que deve, em maior ou menor grau, conservar valor ao longo do tempo e
ser capaz de liquidar dívidas.
Sendo a moeda um ativo líquido, o Banco Central do Brasil deve interferir obrigatoriamente na liquidez
da economia quando:
a) as reservas monetárias estão baixas.
b) os empréstimos excedem as reservas bancárias.
c) a inflação está acima do esperado.
d) a inflação está dentro do esperado.
e) os empréstimos excedem os depósitos à vista.
Nesse contexto, representa uma medida efetiva que poderá ser adotada para conter a alta inflacionária:
a) aumentar a taxa de juros básica da economia.
b) reduzir drasticamente os principais impostos federais, estaduais e municipais.
c) aumentar a emissão de papel moeda para honrar a folha de pagamento e os demais gastos
do governo, visando a diminuir os depósitos à vista nos bancos.
d) aumentar a produção de bens na indústria.
e) aumentar o nível geral de preços da economia.
20
5. Julgue os seguintes itens, relativos à formulação e execução da política monetária no Brasil.
A redução da alíquota do recolhimento compulsório e a compra de títulos em operações de
mercado aberto são exemplos da adoção de política monetária expansionista, uma vez que
ambas elevam a quantidade de moeda em circulação na economia.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
7. Uma desvalorização cambial da moeda brasileira (real) frente à moeda norte-americana (dólar),
implica a(o):
a) diminuição do número de reais necessários para comprar um dólar.
b) diminuição do estoque de dólares do Banco Central do Brasil.
c) diminuição do preço em reais de um produto importado dos EUA.
d) estímulo às exportações brasileiras para os EUA.
e) aumento das cotações das ações das empresas importadoras na bolsa de valores.
8. Uma das funções desempenhadas pela moeda é a de reserva de valor, no entanto, a moeda não é o
único ativo que desempenha tal função. O motivo que faz com que os cidadãos retenham moeda como
reserva de valor é o fato de ela:
( ) Certo ( ) Errado
10. Com relação às características e funções do mercado monetário e do mercado de crédito, julgue os
itens que se seguem.
No mercado monetário, a oferta de moeda é definida pelo BCB e atende à seguinte relação: quanto
maior for a taxa básica de juros da economia, maior será a demanda por moeda.
( ) Certo ( ) Errado
21
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A C A D C E D E E E
22
O Banco Central do Brasil é o responsável pela emissão de papel-moeda e de moeda
metálica, dinheiro que circula no país. Ele exerce, junto ao Conselho Monetário Nacional, um
trabalho de fiscalização nas instituições financeiras do país. Além disso, tem diversas utilidades,
como realizar operações de empréstimos e cobrança de créditos junto às instituições financeiras. O
Banco central é considerado o banco mais importante do Brasil, acima de todos os outros, uma
espécie de “Banco dos Bancos”.
O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma de várias entidades se organizarem, de
modo a manter a máquina do governo funcionando. Sua utilidade é o acompanhamento e também
a coordenação de todas as atividades financeiras que acontecem no Brasil. Esse acompanhamento
acontece na forma de fiscalização. Já a coordenação está na parte em que funcionários do Banco
Central agem segundo suas responsabilidades, no cenário financeiro.
Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo dos anos. O próprio Banco Central era outra
entidade com nome diferente: Superintendência da Moeda e do Crédito. A mudança ocorreu por
meio da lei nº 4.595/64, no art. 8º. As moedas do Brasil já mudaram várias vezes ao longo da história
brasileira. A modificação de uma moeda nacional é, em qualquer circunstância, algo que causa
muitas mudanças, mas no caso da mudança para a atual moeda (real), essa transformação foi
grandiosa.
Numa época em que a inflação era um grande terror para economia brasileira, essa mudança,
chamada de plano real, conseguiu frear a inflação e normalizar os preços do comércio interno. Isso,
seguido de uma valorização da moeda nacional, resultou numa recuperação rápida da economia
brasileira.
Quem pega no dinheiro todos os dias, paga as suas contas, recebe seu salário, nem pensa no
grande sistema que há por detrás dessas operações. Na verdade, os salários são do valor que são,
bem como os juros e até o câmbio, e para que a atual quantidade de dinheiro circule no país da
forma necessária, o Sistema Financeiro Nacional toma decisões todos os dias, decisões estas que
são refletidas na nossa realidade.
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de instituições, órgãos e afins que controlam,
fiscalizam e fazem as medidas que dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do
país. O Brasil, em sua Constituição Federal de 1988, em seu artigo 192, cita qual o intuito do sistema
financeiro nacional: “O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma a promover o
desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as
partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas
instituições que o integram".
O Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em duas partes distintas: Subsistema
normativo e subsistema operativo ou operador. O de normas se responsabiliza por fazer regras
23
para que se definam parâmetros para transferência de recursos entre uma parte e outra, além de
supervisionar o funcionamento de instituições que façam atividade de intermediação monetária.
Já o subsistema operativo ou operador torna possível que as regras de transferência de recursos,
definidas pelo subsistema supervisão sejam possíveis.
O subsistema de normativo é formado por: Conselho Monetário Nacional, Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional, Banco Central do Brasil, Comissão de Valores
Mobiliários, Conselho Nacional de Seguros Privados, Superintendência de Seguros Privados,
Conselho Nacional da Previdência Complementar e Superintendência da Previdência
Complementar.
O outro subsistema, o operativo ou operador, é composto por: Instituições Financeiras
Bancárias, Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, Sistema de Pagamentos, Instituições
Financeiras Não Bancárias, Agentes Especiais, Sistema de Distribuição de TVM. As partes integrantes
do subsistema operativo, citados acima, são grupo que compreendem instituições que são
facilmente achadas em nosso dia a dia. As Instituições Financeiras Bancárias, por exemplo,
representam as Caixas Econômicas, Bancos Comerciais, Cooperativas de Crédito e Bancos
Cooperativos. As instituições Financeiras Não Bancárias são, por exemplo, Sociedades de Crédito ao
Microempreendedor, Companhias Hipotecárias, Bancos de Desenvolvimento.
25
O Sistema Financeiro Nacional e a Legislação
O Brasil, buscando a melhor forma de servir ao seu povo, conforme ordena a Carta Magna,
tem por obrigação criar um sistema que seja capaz de organizar, de forma eficiente, a circulação de
dinheiro e suas formas derivadas, buscando a segurança e desenvolvimento do País, com isso vem
o artigo 192 da nossa Constituição Federal.
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por LEIS COMPLEMENTARES que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o
integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)“.
Criado pela Lei nº 4595/64, que dispõe sobre o sistema que será operado no Brasil, e as
autoridades monetárias que serão os agentes responsáveis por garantir que estas operações
aconteçam, e que sejam seguras e solidas para os agentes financeiros e seus clientes.
Art. 1º (ADAPTADO) O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei,
será constituído:
I – do Conselho Monetário Nacional;
II – do Banco Central do Brasil
III – do Banco do Brasil S. A.;
IV – do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social;
V – demais instituições financeiras públicas e privadas.
VI – Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6385/1976) (Adaptação do Professor!)
É o órgão NORMATIVO máximo no SFN. Este órgão é quem dita as Normas que serão
seguidas pelas instituições financeiras, pois para tudo na vida existe alguém superior que controla
e dita as regras do jogo.
Além disso, o CMN é responsável por formular as políticas da moeda e crédito no país, ou seja,
é responsável por coordenar todas as políticas econômicas do país, e principalmente a política
monetária.
26
Suas REUNIÕES ORDINÁRIAS, ou seja, comuns, são MENSAIS, e ao final de cada reunião é
emitida uma RESOLUÇÃO da qual é lavrada uma ata, cujo extrato é publicado no DOU (Diário
Oficial da União) e no SISBACEN, excluindo-se os assuntos confidenciais discutidos na reunião.
Art. 30. As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas
pelo Presidente do Banco Central do Brasil, veiculadas pelo Sistema de Informações Banco Central
(Sisbacen) e publicadas no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos
interessados. (Então existem algumas decisões ou informações que não são divulgadas
publicamente).
Art. 33º § 1° Após as atas terem sido assinadas por todos os conselheiros, extratos das atas
serão publicados no Diário Oficial da União, excluídos os assuntos de caráter confidencial.
O CMN é um órgão colegiado, composto conforme abaixo, sendo todos INDICADOS pelo
Presidente da República, e o Presidente do Bacen submetido à aprovação do Senado Federal.
27
Ministro da Fazenda
(Presidente do
Conselho)
CMN
Ministro do
planejamento e Presidente do Banco
orçamento. Central do Brasil
Em fevereiro de 2021 foi publicada a Lei Complementar 179, que estabelece mandatos de
quatro anos para presidentes e diretores do Banco Central (BC). Estes mandatos são renováveis
por mais quatro, para o presidente do Banco Central e os demais diretores.
28
É interessante saber também que, segundo o DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994.
Art. 8º O presidente do CMN poderá convidar para participar das reuniões do conselho sem
direito a voto outros Ministros de Estado, assim como representantes de entidades públicas ou
privadas.
Art. 16º § 1° Poderão assistir às reuniões do CMN:
a) assessores credenciados individualmente pelos conselheiros;
b) convidados do presidente do conselho.
§ 2° Somente aos conselheiros é dado o direito de voto.
Compete ao Presidente do Conselho
Objetivos do CMN
Sim! Agora vamos saber o que o CMN faz de fato, qual sua missão, e para isso as Leis 4595/64,
Lei 6358/76 e Decreto 3088/99 deram ao CMN funções, isso mesmo, objetivos que são sua missão,
os motivos de ele existir. Os Objetivos do CMN são 6, e as atribuições, que são as armas que o CMN
tem para cumprir os objetivos, são aproximadamente 36!
29
ATENÇÃO!
Você precisa aprender todos os 6 principais objetivos do CMN, pois são os que mais caem nas
provas, mas quanto às atribuições, podemos adicionar uma regrinha dos verbos, onde veremos
que tanto os objetivos, quanto as atribuições sempre serão iniciadas com verbos de PODER,
MANDAR, AUTORIDADE.
ATENÇÃO!
Você percebeu algo estranho naquele vermelhinho?! Pois é, ele não é um verbo de MANDAR,
mas sim de FAZER, de “Colocar a Mão na Massa”. Esta é a ÚNICA exceção do CMN a regra dos
verbos, então, CUIDADO com este verbo ZELAR, pois ele cai muito em provas, por se tratar de
uma exceção, mais a frente falaremos dele novamente.
Bom, agora que você viu os verbos vinculados aos objetivos do CMN, você percebeu que estes
verbos indicam PODER, MANDAR, AUTORIDADE. Logo, fica fácil memorizar as competências o
30
CMN, pois estas sempre serão iniciadas por um verbo que indica MANDAR. Então vejamos na
integra os objetivos.
• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, de forma a
garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional.
É muito importante que o CMN oriente a forma como as instituições irão investir seus recursos,
pois más decisões no mercado financeiro custam muito dinheiro e até a falência de várias
instituições. Importante destacar que ele orienta TODAS as instituições financeiras, e quando
falamos todas, são todas, mesmo, incluindo as públicas.
• Estabelecer, para fins da política monetária e cambial, as condições especificas para negociação
de contratos derivativos, estabelecendo limites, compulsórios e definindo as próprias
características dos contratos existentes, e criando novos. (Esse aqui também não tem muito
contexto em prova, então, quando aparecer, será uma pergunta direta e simples, você visualizará
só com a regrinha do verbo de mandar).
É importante destacar que o CMN sempre será o responsável por formular estas políticas. Como
vimos o CMN não costuma fazer coisas, mas apenas MANDAR, então quando o CMN formula
políticas, ele as envia ao BACEN que executa estas políticas.
Hoje no Brasil, temos uma meta de inflação que é dividida da seguinte forma até dezembro de
2022:
31
TETO de 4,75% a.a
PARÂMETROS DA META DE
Margem de tolerância de 1,5%
INFLAÇÃO 2023
CENTRO de 3,25%a.a
PISO de 1,75%a.a
O centro da meta é um ideal, no qual o CMN entende que seria a meta ideal para o cenário
econômico do País. Entretanto, engessar um número no mercado financeiro não é bom,
principalmente um índice que avalia os preços do mercado, então o CMN admite uma pequena
variação para mais ou para menos. Caso o índice de inflação, IPCA, inflação oficial, esteja dentro
desta margem de variação, ou margem de tolerância, entende-se que o Banco Central cumpriu a
Meta de inflação Estabelecida pelo CMN.
Os parâmetros de inflação estão com seus centros nos seguintes cenários desde 2017
até 2025.
O CMN diminuiu, a partir de 2017, a margem de tolerância de 2% para 1,5%, o que acabou por
modificar os tetos e pisos das metas de inflação a partir de então. Cabe destacar que as
próximas metas de inflação estão definidas das seguintes formas: 2023 – 3,25% e
2024/2025 – 3%, com margens de tolerância de 1,5% para mais e para menos.
32
Por causa dos objetivos, o CMN recebeu da Lei 4595/64 várias atribuições, ou seja, as armas
que ele tem para poder cumprir seus objetivos, das quais destacamos algumas que mais são objetos
de prova e que podemos fazer conexões com os objetivos, para nos ajudar a memorizar mais, sem
ter de utilizar, apenas, a regra dos verbos. Seguem abaixo os principais verbos ligados as atribuições:
FIXAR DIRETRIZES
DISCIPLINAR
ESTABELECER
LIMITES
DETERMINAR
ATRIBUIÇÕES
PRINCIPAIS
REGULAMENTAR
OUTORGAR
ESTABELECER
REGULAR
EXPEDIR NORMAS
DISCIPLINAR
DELIMITAR
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Objetivo: Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras
públicas ou privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao
desenvolvimento equilibrado da economia nacional.
Existem Algumas atribuições do CMN que não temos como fazer conexões, pois são bastante
independentes. Mas nem por isso deixaremos de comentá-las, pois caem bastante em provas, logo
merecem nossa atenção. São Elas:
➔ Expedir normas gerais de estatística e contabilidade a serem apreciadas pelas instituições
financeiras. (Cuidado com esta aqui, pois quando uma banca quer dificultar o item ela
sempre põe essa!).
➔ Disciplinar as atividades das bolsas de valores. (Define o que é uma bolsa de valores e o que
elas fazem).
➔ Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro
e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeiras.
➔ Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas,
prazos e outras condições.
ATENÇÃO!
Nas provas das bancas mais exigentes é comum aparecer o CMN contextualizado com Congresso
Nacional, Senado Federal e Câmara dos Deputados.
Então temos uma regra básica que vai te ajudar em qualquer competência do CMN que possa ser
perguntada e contextualizada com o Poder Legislativo.
Regra: O CMN só se relaciona com o Senado Federal, ou seja, Câmara dos Deputados NUNCA!
34
Exceto dois casos em que aparece o Congresso Nacional na Lei 4595/64:
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês
subsequente, relatório e mapas demonstrativos da aplicação dos recolhimentos
compulsórios.
§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará ao Congresso Nacional, até 31 de março de
cada ano, relatório da evolução da situação monetária e creditícia do País no ano anterior, no
qual descreverá, minudentemente as providências adotadas para cumprimento dos objetivos
estabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os montantes das emissões de papel-moeda
que tenham sido feitas para atendimento das atividades produtivas.
Conforme preconiza a Lei Complementar 179, deverão ser nomeados o Presidente e 8 (oito)
Diretores do Banco Central do Brasil, cujos mandatos atenderão à seguinte escala, dispensando-se
nova aprovação pelo Senado Federal para os indicados que, na ocasião, já estejam no exercício do
cargo:
I - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de março do primeiro ano de mandato do
Presidente da República;
II - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do segundo ano de mandato
do Presidente da República;
III – O Presidente do Banco Central e 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de
janeiro do terceiro ano de mandato do Presidente da República; e
IV - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do quarto ano de mandato do
Presidente da República.
Será admitida 1 recondução para o Presidente e para os Diretores do Banco Central do Brasil
que houverem sido nomeados na forma da LC179/21.
Além disso, no exercício dos mandatos, o presidente e os demais diretores do Bacen são
fixos e estáveis. Isso significa que, uma vez investidos nos cargos de diretos, eles só podem ser
demitidos nas seguintes hipóteses:
I - a pedido;
35
II - no caso de acometimento de enfermidade que incapacite o titular para o exercício do cargo;
III - quando sofrerem condenação, mediante decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado, pela prática de ato de improbidade administrativa ou de crime cuja pena acarrete, ainda
que temporariamente, a proibição de acesso a cargos públicos;
IV - quando apresentarem comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos
objetivos do Banco Central do Brasil.
Na hipótese acima, compete ao Conselho Monetário Nacional submeter ao Presidente da
República a proposta de exoneração, cujo aperfeiçoamento ficará condicionado à prévia aprovação,
por maioria absoluta, do Senado Federal.
O Bacen é a autarquia executiva central do SFN, além de Supervisora, com a missão primária
de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda nacional, e secundária de zelar pela
estabilidade e eficiência do SFN, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e
fomentar o pleno emprego.
Realiza duas reuniões Ordinárias Semanalmente, nas quais são lavradas CIRCULARES para as
atividades de sua competência privativa, e podem ser emitidas RESOLUÇÕES quando atua como
regulador em atividades concorrentes com o conselho monetário nacional.
Sua sede fica em Brasília, e possui outras 9 representações nas capitais dos Estados do Rio
Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
Cuidado!
Lembre-se que existe um ZELAR que é competência do CMN: Zelar pela liquidez e solvência das
instituições financeiras. Então caso apareça um verbo ZELAR e não for associado a este texto
acima, automaticamente será competência do BACEN.
36
Dentre as várias competências do BACEN, vale ressaltar:
• Emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional;
ATENÇÃO!
“Lei 4595/64 - Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante
prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo,
quando forem estrangeiras.”
ATENÇÃO!
Os verbos relacionados do CMN são sempre verbos de autoridade, verbos de poder, verbos de
mandar.
São verbos como: Regular, Autorizar, Estabelecer, Coordenar, Fixar Normas, Disciplinar, Orientar, etc.
Já os verbos empregados ao BACEN são verbos de ação, ou seja, verbos que indicam botar a
mãos na massa ou apenas supervisionar.
São verbos como: Executar, Exercer, Realizar, Controlar, Fiscalizar, Aplicar, etc.
Entretanto, CUIDADO, pois o BACEN tem 7 exceções a esta regra. Que são 4 regular, 1
Estabelecer 1 Determinar e 1 Autorizar.
* Regular a Compensação de Cheques e Outros Papéis, que é executada pelo Banco do Brasil.
* Regular o Mercado de Câmbio e suas operações e flutuações.
* Regular a Concorrência entre as Instituições Financeiras.
* Regular os instrumentos de política monetária clássicos: mercado aberto, redesconto e
recolhimento compulsório.
* Estabelecer as condições para o exercício de cargos de administração/direção das instituições
financeiras privadas.
* Autorizar o funcionamento de instituições financeiras no país e, pelo Decreto 10029/20 também
autorizar o funcionamento das estrangeiras.
* Determinar a Taxa do Recolhimentos Compulsório até o limite de 100% do depósito à vista e
até 60% das demais formas de captação.
Exemplos: CDB, RDB, Poupança, Letra de crédito imobiliário LCI, Letra de crédito do agronegócio
LCA, Letra financeira LF, Letras imobiliárias etc. Ou seja, todas as demais formas de captação de
recursos.
APELIDOS DO BACEN
O BACEN recebe vários apelidos, devido a várias atividades que realiza. São eles:
Banco dos Bancos: quando recebe os depósitos compulsórios e voluntários das instituições
financeiras. Além disso o Banco Central pode remunerá-los quando tiverem origem remunerada ou
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quando for conveniente. A remuneração será pactuada entre o BACEN e a instituição financeira
conforme o caso, conforme a Lei 14.185/2021.
Banqueiro do Governo: quando centraliza o caixa do Governo e administra as reservas
internacionais, bem como as reservas em ouro do Brasil.
Banco Emissor: quando emite o papel moeda fabricado pela Casa da Moeda do Brasil, que é
uma S/A de capital fechado com sede no Rio de Janeiro (Capital).
Emprestador de última Instância: quando realiza o empréstimo de liquidez, ou Redesconto,
às instituições financeiras. Vale lembrar mais uma vez que o Bacen é proibido pela Constituição
Federal de emprestar dinheiro a qualquer criatura que não seja uma instituição financeira.
Apenas para relembrar, este empréstimo, que nós já conhecemos pelo nome de Redesconto
do Banco Central, e que já explicamos no início da matéria, tem 4 modalidades como já vimos antes:
I - intradia, destinadas a atender necessidades de liquidez de instituição financeira, ao longo do dia.
É o chamado Redesconto a juros zero!
ATENÇÃO!
Entende-se por operação intradia, para efeito do disposto neste regulamento, a compra com
compromisso de revenda, em que a compra e a correspondente revenda ocorrem no próprio dia.
Importantíssimo!!!
Sobre a Compra com Compromisso de Revenda que falamos lá em cima temos algumas
observações que despencam nas provas.
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com compromisso
de revenda, os seguintes ativos de titularidade de instituição financeira, desde que não haja
restrições a sua negociação:
39
I - títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic,
que integrem a posição de custódia própria da instituição financeira, e
II - outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios, preferencialmente com
garantia real, e outros ativos.
Informação de ouro!
As operações intradia e de um dia útil contemplam exclusivamente os títulos públicos
federais.
Analisar o Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central ao final de cada trimestre
civil;
Definir a meta para a Taxa Selic, ficando viés EXTINTO (circular 3868/17)
A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a Meta para a Taxa Selic (taxa média dos
financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação
e Custódia - SELIC), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. Vale
ressaltar que existe também uma taxa SELIC chamada SELIC OVER, que nada mais é do que a taxa
SELIC de um dia específico, pois o que é traçado pelo COPOM é uma META, mas o que acontece
diariamente chama-se SELIC OVER, pois como qualquer outro papel que vale dinheiro, os títulos
públicos variam de preço todo dia.
Até dezembro de 2017 o Copom podia divulgar esta Meta da Taxa Selic com um viés, ou seja,
com uma tendência de alta ou de baixa. Este artifício era utilizado para casos extremos de variação
econômica em que, o Presidente do Copom, poderia elevar ou abaixar a taxa Selic sem,
necessariamente, convocar uma reunião extraordinária do colegiado do comitê.
Entretanto em 19 de dezembro de 2017, através da Circular 3868, o Bacen não mais autorizou
ao Copom divulgar Taxa Selic com vieses de alta ou de baixa, para evitar quaisquer tipos de
especulações no mercado.
As reuniões ordinárias do Copom ocorrem APROXIMADAMENTE de 45 em 45 dias e
dividem-se em dois dias/sessões: geralmente a primeira sessão às terças-feiras e a segunda às
quartas-feiras. O número de reuniões ordinárias foi reduzido para oito ao ano a partir de 2006,
sendo o calendário anual divulgado até o fim de junho do ano anterior, admitidas modificações até
o último dia do ano da divulgação. No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento
apresentam uma análise da conjuntura doméstica abrangendo inflação, nível de atividade,
evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia
internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de
mercado aberto, avaliação prospectiva das tendências da inflação e expectativas gerais para
variáveis macroeconômicas.
No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros do Comitê e o chefe
do Depep, sem direito a voto, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica, após
análise das projeções atualizadas para a inflação, apresentam alternativas para a taxa de juros de
curto prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Em seguida, os demais
membros do Copom fazem suas ponderações e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao
final, procede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. A decisão
41
final - a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo
tempo em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central
(Sisbacen).
As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas na semana posterior a cada
reunião, dentro do prazo regulamentar de até quatro dias úteis após o fim da segunda sessão,
sendo publicadas na página do Banco Central na internet ("Atas do Copom") e para a imprensa a
partir das 18:30 horas do dia da segunda sessão. (Em inglês deverão ser publicadas no 5º dia
útil). (Resolução Bacen nº 61/2020)
Ao final de cada trimestre civil, o COPOM divulga, através do BACEN, produz o
documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e
financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
Apenas em 1976, portanto, 12 anos após a criação do SFN, é criada a CVM, uma autarquia,
em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, colegiada, independente, composta por
5 Diretores, incluindo o presidente, todos indicados pelo Presidente da República e aprovados
pelo Senado Federal. Todos com mandato fixo e estabilidade, mas cuidado, este mandato é de 5
anos, proibida a recondução, ou seja, a “reeleição”, e a cada ano se renovam em um quinto, ou
seja, sai um dos 5 e entra um novo.
É só lembrar que a CVM adora o número 5! Qualquer coisa diferente de 5 está errada!
➔ 5 diretores (incluindo o presidente)
➔ Mandato de 5 anos
42
Suas reuniões ordinárias são semanais, das quais são emitidas Instruções Normativas de
vinculação Nacional.
Responsável por:
ATENÇÃO!
43
ATENÇÃO!
- DERIVATIVOS, Contratos Futuros e de Opções (Derivativos são contratos que derivam a maior parte
de seu valor de um ativo subjacente, taxa de referência ou índice).
– BOLSAS DE VALORES
ATENÇÃO!
– Cabe ao CMN disciplinar as atividades das Bolsas de Valores.
44
– Cabe ao CMN estabelecer, para fins da política monetária e cambial, condições específicas
para negociação de contratos de derivativos, independentemente da natureza do
investidor. (Incluído pela Lei nº 12.543, de 2011)
Logo o BACEN fiscaliza tudo o que a CVM não fiscalizar no Mercado de Captais.
45
Preside o CRSFN um dos conselheiros indicados pelo Ministério da Fazenda. O Vice-presidente
do Conselho é designado pelo Ministro de Estado da Fazenda dentre os conselheiros indicados
pelas entidades privadas representativas dos mercados financeiro e de capitais.
VAMOS PRATICAR?
46
e) aprovar o orçamento do setor público federal.
( ) Certo ( ) Errado
47
6. O Banco Central do Brasil (BC ou BACEN) foi criado pela lei nº 4595, de 31/12/1964, para atuar
como órgão executivo central do sistema financeiro, tendo como funções cumprir e fazer
cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo
CMN (Conselho Monetário Nacional). Entre as atribuições do Banco Central estão:
a) emitir papel-moeda, exercer o controle do crédito e exercer a fiscalização das instituições
financeiras, punindo-as quando necessário;
b) determinar as taxas de recolhimento compulsório, autorizar as emissões de papel-moeda
e estabelecer metas de inflação;
c) regulamentar as operações de redesconto de liquidez, coordenar as políticas monetárias
creditícia e cambial e estabelecer metas de inflação;
d) regular o valor interno da moeda, regular o valor externo da moeda e zelar pela liquidez
e solvência das instituições financeiras;
e) determinar as taxas de recolhimento compulsório, regular o valor interno e externo da
moeda e autorizar as emissões de papel-moeda.
7. Nas operações de mercado aberto, o BCB emite títulos no mercado primário com o propósito de
regular a taxa básica de juros SELIC.
( ) CERTO ( ) ERRADO
8. O Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional, foi criado
em 31/12/64, com a promulgação da Lei nº 4.595. Entre as suas atribuições, pode- se destacar:
a) efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais, executar os serviços do
meio circulante e exercer o controle de crédito.
b) exercer a fiscalização das instituições financeiras, autorizar o funcionamento das
instituições financeiras e orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras.
c) controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país, estabelecer as condições
para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras e autorizar o
funcionamento das instituições financeiras.
d) exercer a fiscalização das instituições financeiras e centralizar o recolhimento e posterior
aplicação dos recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
e) prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização e
Entidades de Previdência Privada Aberta e zelar pela adequada liquidez da economia.
9. Periodicamente, o Banco Central do Brasil determina, nas reuniões de seu Comitê de Política
Monetária (Copom), o(a):
a) valor máximo do volume de operações de compra e venda de títulos públicos pelo sistema
bancário brasileiro.
b) quantidade de papel moeda e moeda metálica em circulação, dentro dos limites
autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.
c) valor máximo de todas as formas de crédito no país.
d) valor máximo do fluxo de entrada no país de capitais financeiros vindo do exterior.
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e) taxa de juros de referência para as operações de um dia com títulos públicos.
10. O Comitê de Política Monetária (COPOM), instituído pelo Banco Central do Brasil em 1996 e
composto por membros daquela instituição, toma decisões:
a) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
b) a respeito dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais.
c) de acordo com a maioria dos participantes nas reuniões periódicas de dois dias.
d) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda.
e) conforme os votos da Diretoria Colegiada.
11. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil estabelece as ações que
definem a política monetária do governo. O Copom.
a) administra as reservas em divisas internacionais do Brasil
b) determina periodicamente a taxa de juros interbancários de referência, a taxa Selic.
c) é presidido pelo Ministro da Fazenda.
d) impõe limites mínimos de capitalização aos bancos comerciais.
e) impede a entrada de capitais financeiros especulativos no país.
12. Admita que um empresário brasileiro, acionista majoritário de uma empresa em situação pré-
falimentar, venha a ser acusado pelos acionistas minoritários de uso de informação privilegiada
e manipulação de preços das ações negociadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de
São Paulo (BM&F Bovespa).
13. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão que regula e fiscaliza o mercado de
capitais no Brasil, sendo:
a) subordinada ao Banco Central do Brasil
b) subordinada ao Banco do Brasil
c) subordinada à Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA)
d) independente do poder público
e) vinculada ao poder executivo (Ministério da Fazenda)
49
14. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma entidade que compõe o sistema financeiro
nacional, além de ser uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.
A CVM é responsável por:
a) realizar transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto.
b) regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país
c) controlar e fiscalizar o mercado de seguro, a previdência privada aberta e a capitalização.
d) negociar contratos de títulos de capitalização.
e) garantir o poder de compra da moeda nacional.
16. As bolsas de mercadorias e futuros têm autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são
fiscalizadas pela CVM.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
1 2 3 4 5
C A A E C
6 7 8
A E A
9 10 11
E E B
12 13 14 15 16
E E B E C
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LÍNGUA PORTUGUESA
CRASE
A crase é uma união de sons vocálicos iguais. Fusão do A (preposição) com o A (artigo) ou do A
(preposição) com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo.
CRASE OBRIGATÓRIA
PREPOSIÇÃO A + ARTIGO FEMININO A OU PRONOMES A, A QUAL /QUE, AQUELA
Esse é o caso tradicional, explicado acima. O verbo pede “a” preposição e o substantivo feminino pede
“a” artigo.
51
A crase vai depender de o nome de lugar aceitar ou não artigo. Se estiver determinado, isto é,
especificado por um termo ou até pelo contexto, o lugar passa a ter artigo definido.
• Gosto de Recife (menção genérica a Recife, sem artigo, sem especificação)
• Vou à Recife que ninguém conhece ainda. (Não é uma Recife qualquer, é específica, é “aquela
que ninguém conhece ainda”; por isso se usa o artigo “a”)
Vamos reproduzir um lendário macete: quem vai ‘‘a’’ volta ‘‘da’’, crase haverá. Quem vai ‘‘a’’ e volta de,
crase para quê?
LOCUÇÕES FEMININAS
Essas expressões têm um “núcleo feminino” e sempre vêm com acento grave!
• Vire à direita depois à esquerda. (locução adverbial)
• Estude para não ficar à espera de um milagre. (locução prepositiva)
DIANTE DAS PALAVRAS CASA , TERRA E DISTÂNCIA , QUANDO TAIS PALAVRAS VIEREM DETERMINADAS
• A fragata retornou à terra prometida. (terra especificada)
• Cheguei à terra dos meus pais.
• Fiquei à distância de 50 metros.
52
Se não é especificada, não há como haver artigo “definido”.
A ausência do artigo sinaliza o uso não familiar ou genérico
da palavra.
• A fragata retornou a terra. (terra firme)
CRASE PROIBIDA
ANTES DE NUMERAIS
• Matrículas de 15 a 30 de abril.
EXCEÇÕES DE HORAS (DAS 08H ÀS11H)
APÓS PREPOSIÇÃO
• Eles foram para a praia.
• Irei após as reuniões.
ANTES DE ‘‘UMA’’
Contudo, é possível usar crase antes de “uma” em locução adverbial indicativa de hora exata:
• Sairei daqui à uma hora da tarde, sem atrasos.
ANTES DE PRONOMES
• Um beijo a todos.
• Graças a Sua Santidade.
• Dei um recado a ela.
• Este é o filme a que assisti.
54
Ex.: Dirigi-me a pessoas desconhecidas.
EX.: VOCÊESTÁ SE REFERINDO A VIDAS HUMANAS ? VOCÊ ESTÁ SE REFERINDO ÀS VIDAS DE NOSSOS
COMPANHEIROS ?
CRASE FACULTATIVA
55
QUESTÕES PARA TREINAR
QUESTÃO 1: FUNDATEC/2022 – Assinale a alternativa que apresenta regra correta quanto ao uso da
crase.
a) Usa-se o artigo “a” antes de verbos no infinitivo, por isso a expressão “à partir de” é craseada.
b) A forma correta de escrita da locução “à pé” é com acento indicador de crase.
c) Usa-se crase diante de pronomes indefinidos (alguém, ninguém, quem, outrem, algo, tudo, nada,
que e cada), por isso, escreve-se: “À cada ano”.
d) Não se usa crase em locuções formadas com a repetição da mesma palavra, por isso “dia a dia”
não é craseado.
e) No caso de nomes próprios geográficos, sempre usa-se crase, por isso é correto dizer “vou à
Portugal este ano”.
Ninguém precisa dizer que a higiene na Idade Média era abismal, comparada com hoje. As ruas
das cidades eram tomadas por lixo, esterco de cavalo, urina. Fezes humanas serviam de esterco, e esse
esterco ocasionava ___ reprodução de parasitas. Um método arqueológico recente é estudar latrinas
medievais e tirar conclusões a partir dos resíduos de vermes intestinais. O corpo e...umado do rei Ricardo
3º (1452-1485), da Inglaterra, por exemplo, rendeu uma quantidade prodigiosa de ovos de lombriga.
E, paradoxalmente, é já aqui que começamos a divergir dos cli...ês: os parasitas intestinais, por seu
ciclo de vida, indicam que as pessoas tinham acesso à carne de peixe, porco e, menos, boi.
Não que as pessoas medievais estivessem livres da fome. Viver numa sociedade de...entralizada e
agrícola é viver da terra para a boca, com o clima podendo ser sentença de morte. O período quente
medieval (950-1250), época em que a temperatura foi semelhante ___ do século XX, rendeu boas
colheitas e a população aumentou 70% entre 1000 e 1300. Quando acabou, em 1315, veio a Grande
56
Fome, que matou milhões. A população já estava em declínio quando a Grande Peste de 1348 tombou
um em cada três europeus.
Peste e parasitas não eram tratados com reza brava. A medicina medieval era uma herança greco-
romana, de Hipócrates (460-370 a.C.) e Galeno (129-216), com inovações pelo árabe Avicena (980-
1037) e outros. A ideia é que doenças não são causadas por coisas sobrenaturais, mas físicas. Não era
nem de longe ciência: astrologia era considerada “física” e médicos faziam mapa astral antes de executar
sangrias ou cirurgias.
Os autores clássicos deixaram interpretações baseadas nas teorias dos humores – líquidos dentro
do corpo, relacionados aos quatro elementos, numa combinação de quente, frio, úmido e seco. O sangue,
relacionado ao elemento ar, era quente e úmido. Bile amarela, o líquido da vesícula biliar, era quente e
seca, ligada ao fogo. Bile negra, produzida pelo baço, era seca e fria como a terra. Fleuma (catarro),
úmido e frio, como a água.
Achava-se, por exemplo, que vermes nasciam no próprio intestino, a partir de matéria inadequada:
carnes “doces” ou frutas, que eram “frias e úmidas”, ligadas à fleuma. Pratos apimentados eram “quentes
e úmidos” e mexiam com o humor sanguíneo, deixando a pessoa febril e mentalmente perturbada.
Em paralelo e combinada com os humores, havia a teoria dos miasmas, que dizia que doenças
podiam ser contraídas pelo ar contaminado, fedorento – como pântanos, cemitérios, latrinas e, importante,
pessoas doentes, o que leva ___ ideia de contágio. A quarentena foi inventada na época da Peste Negra
a partir dessa ideia, de que doentes emitiam miasma: surgiu primeiro em Ragusa, cidade italiana na atual
Croácia, na qual forasteiros tinham que esperar um mês em acomodações em ilhas isoladas antes de
entrarem na cidade. O miasma podia ajudar a explicar gripes e outra forma da peste, a pneumônica.
Mas não serviu para a bubônica, que passa por pulgas infectadas, não pelo ar.
Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas tracejadas.
a) a–à–à
b) a–a–à
c) à–à–à
d) à–a–a
e) à–à–a
QUESTÃO 3: CESGRANRIO/2021 – O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão
em:
a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
b) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.
c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.
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d) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.
QUESTÃO 4: CESGRANRIO/2023 – Para atender aos padrões de escrita formal do português, observando-
se a norma-padrão, o acento grave indicativo da crase deve ser empregado em:
a) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.
b) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.
c) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.
d) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.
e) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.
QUESTÃO 6: CESGRANRIO/2023 – O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa em:
a) A conclusão dos projetos da empresa, durante o ano de 2020, foi realizada à custa de muito
empenho por parte dos empreendedores e dos funcionários especializados.
b) A preocupação da empresa com os funcionários destinados à catalogar os arquivos de maior
importância justifica os altos valores a eles atribuídos.
c) A valorização da ética em uma instituição é uma oportunidade de integrar todos os funcionários
nos mesmos objetivos e se aplica à diversas situações por que passa toda a organização.
d) O conjunto de valores, individuais ou coletivos, que orienta as relações sociais deve garantir o
cumprimento daquilo que é esperado por toda à comunidade.
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e) Os indivíduos estabelecem a principal meta de suas vidas, a fim de alcançar à realização de seus
sonhos ao final de seu percurso.
QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÃO 1: FUNDATEC/2022 – Assinale a alternativa que apresenta regra correta quanto ao uso da
crase.
a) Usa-se o artigo “a” antes de verbos no infinitivo, por isso a expressão “à partir de” é craseada.
b) A forma correta de escrita da locução “à pé” é com acento indicador de crase.
c) Usa-se crase diante de pronomes indefinidos (alguém, ninguém, quem, outrem, algo, tudo, nada,
que e cada), por isso, escreve-se: “À cada ano”.
d) Não se usa crase em locuções formadas com a repetição da mesma palavra, por isso “dia a dia”
não é craseado.
e) No caso de nomes próprios geográficos, sempre usa-se crase, por isso é correto dizer “vou à
Portugal este ano”.
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COMENTÁRIO :
A ) INCORRETO : À PARTIR DE – VERBOS NÃO ACEITAM CRASE .
B) INCORRETO: À PÉ – A EXPRESSÃO ‘‘A PÉ’’ NÃO ACEITA CRASE .
C) INCORRETO : PRONOMES INDEFINIDOS NÃO ACEITAM CRASE .
D ) ALTERNATIVA CORRETA . A EXPRESSÃO ‘‘DIA A DIA ’’, POR APRESENTAR REPETIÇÃO , NÃO ACEITA CRASE .
E ) INCORRETO : VAMOS RESOLVER COM NOSSO MACETE : QUEM VAI A E VOLTA DE , CRASE PRA QUÊ ?
GABARITO: LETRA D
Ninguém precisa dizer que a higiene na Idade Média era abismal, comparada com hoje. As ruas
das cidades eram tomadas por lixo, esterco de cavalo, urina. Fezes humanas serviam de esterco, e esse
esterco ocasionava ___ reprodução de parasitas. Um método arqueológico recente é estudar latrinas
medievais e tirar conclusões a partir dos resíduos de vermes intestinais. O corpo e...umado do rei Ricardo
3º (1452-1485), da Inglaterra, por exemplo, rendeu uma quantidade prodigiosa de ovos de lombriga.
E, paradoxalmente, é já aqui que começamos a divergir dos cli...ês: os parasitas intestinais, por seu
ciclo de vida, indicam que as pessoas tinham acesso à carne de peixe, porco e, menos, boi.
Não que as pessoas medievais estivessem livres da fome. Viver numa sociedade de...entralizada e
agrícola é viver da terra para a boca, com o clima podendo ser sentença de morte. O período quente
medieval (950-1250), época em que a temperatura foi semelhante ___ do século XX, rendeu boas
colheitas e a população aumentou 70% entre 1000 e 1300. Quando acabou, em 1315, veio a Grande
Fome, que matou milhões. A população já estava em declínio quando a Grande Peste de 1348 tombou
um em cada três europeus.
Peste e parasitas não eram tratados com reza brava. A medicina medieval era uma herança greco-
romana, de Hipócrates (460-370 a.C.) e Galeno (129-216), com inovações pelo árabe Avicena (980-
1037) e outros. A ideia é que doenças não são causadas por coisas sobrenaturais, mas físicas. Não era
nem de longe ciência: astrologia era considerada “física” e médicos faziam mapa astral antes de executar
sangrias ou cirurgias.
Os autores clássicos deixaram interpretações baseadas nas teorias dos humores – líquidos dentro
do corpo, relacionados aos quatro elementos, numa combinação de quente, frio, úmido e seco. O sangue,
relacionado ao elemento ar, era quente e úmido. Bile amarela, o líquido da vesícula biliar, era quente e
seca, ligada ao fogo. Bile negra, produzida pelo baço, era seca e fria como a terra. Fleuma (catarro),
úmido e frio, como a água.
Achava-se, por exemplo, que vermes nasciam no próprio intestino, a partir de matéria inadequada:
carnes “doces” ou frutas, que eram “frias e úmidas”, ligadas à fleuma. Pratos apimentados eram “quentes
e úmidos” e mexiam com o humor sanguíneo, deixando a pessoa febril e mentalmente perturbada.
Em paralelo e combinada com os humores, havia a teoria dos miasmas, que dizia que doenças
podiam ser contraídas pelo ar contaminado, fedorento – como pântanos, cemitérios, latrinas e, importante,
pessoas doentes, o que leva ___ ideia de contágio. A quarentena foi inventada na época da Peste Negra
a partir dessa ideia, de que doentes emitiam miasma: surgiu primeiro em Ragusa, cidade italiana na atual
60
Croácia, na qual forasteiros tinham que esperar um mês em acomodações em ilhas isoladas antes de
entrarem na cidade. O miasma podia ajudar a explicar gripes e outra forma da peste, a pneumônica.
Mas não serviu para a bubônica, que passa por pulgas infectadas, não pelo ar.
Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas tracejadas.
a) a–à–à
b) a–a–à
c) à–à–à
d) à–a–a
e) à–à–a
COMENTÁRIO :
1) "FEZES HUMANAS SERVIAM DE ESTERCO , E ESSE ESTERCO OCASIONAVA A REPRODUÇÃO DE PARASITAS ."
A FORMA VERBAL “OCASIONAVA” É TRANSITIVA DIRETA , OU SEJA, NÃO REGE PREPOSIÇÃO . = A (SEM CRASE)
2) "O PERÍODO QUENTE MEDIEVAL (950-1250), ÉPOCA EM QUE A TEMPERATURA FOI SEMELHANTE À DO
SÉCULO XX, RENDEU BOAS COLHEITAS E A POPULAÇÃO AUMENTOU 70% ENTRE 1000 E 1300."
NESTE CASO, TEMOS OCORRÊNCIA DA PREPOSIÇÃO “A”, REGIDA PELO ADJETIVO “SEMELHANTE " E DO
PRONOME DEMONSTRATIVO “A ” EQUIVALENTE A “AQUELA”. = À (C OM CRASE )
3) "EM PARALELO E COMBINADA COM OS HUMORES , HAVIA A TEORIA DOS MIASMAS , QUE DIZIA QUE DOENÇAS
PODIAM SER CONTRAÍDAS PELO AR CONTAMINADO , FEDORENTO – COMO PÂNTANOS , CEMITÉRIOS , LATRINAS
E, IMPORTANTE , PESSOAS DOENTES , O QUE LEVA À IDEIA DE CONTÁGIO ."
POR FIM, TEMOS A OCORRÊNCIA DA PREPOSIÇÃO “A” REGIDA PELA FORMA VERBAL “LEVA” E DO ARTIGO
DEFINIDO FEMININO SINGULAR “A”, DETERMINANTE DO SUBSTANTIVO “ IDEIA”.= À (C OM CRASE )
GABARITO: LETRA A
QUESTÃO 3: CESGRANRIO/2021 – O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão
em:
a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
61
b) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.
c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.
d) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.
COMENTÁRIO :
GABARITO: LETRA B
QUESTÃO 4: CESGRANRIO/2023 – Para atender aos padrões de escrita formal do português, observando-
se a norma-padrão, o acento grave indicativo da crase deve ser empregado em:
a) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.
b) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.
c) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.
d) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.
e) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.
COMENTÁRIO : O ADJETIVO "ATENTO " DEMANDA COMPLEMENTO PREPOSICIONADO . QUEM ESTÁ ATENTO ,
ESTÁ ATENTO A ALGO .
ALÉM DISSO, O PLURAL NOS INDICA A PRESENÇA DE ARTIGO FEMININO QUE ACOMPANHA A EXPRESSÃO "BELAS
PAISAGENS ". COMO TEMOS O ENCONTRO DA PREPOSIÇÃO "A " E ARTIGO "AS ", DEVEMOS UTILIZAR A CRASE :
OLHAR ATENTO ÀS BELAS PAISAGENS (...)
GABARITO: LETRA D
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e) Os bons resultados de desempenho dos alunos são obtidos graças a dedicação dos professores no
ensino on-line.
COMENTÁRIO: OBSERVE QUE O TERMO “GRAÇAS” REGE A PREPOSIÇÃO “A” E O SUBSTANTIVO “DEDICAÇÃO”
É ANTECEDIDO DO ARTIGO “ A”, ASSIM, TEMOS A CONTRAÇÃO DA PREPOSIÇÃO COM O ARTIGO OCORRENDO ,
OBRIGATORIAMENTE , O EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DA CRASE . (“... GRAÇAS À DEDICAÇÃO …)
GABARITO: LETRA E.
QUESTÃO 6: CESGRANRIO/2023 – O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa em:
a) A conclusão dos projetos da empresa, durante o ano de 2020, foi realizada à custa de muito
empenho por parte dos empreendedores e dos funcionários especializados.
b) A preocupação da empresa com os funcionários destinados à catalogar os arquivos de maior
importância justifica os altos valores a eles atribuídos.
c) A valorização da ética em uma instituição é uma oportunidade de integrar todos os funcionários
nos mesmos objetivos e se aplica à diversas situações por que passa toda a organização.
d) O conjunto de valores, individuais ou coletivos, que orienta as relações sociais deve garantir o
cumprimento daquilo que é esperado por toda à comunidade.
e) Os indivíduos estabelecem a principal meta de suas vidas, a fim de alcançar à realização de seus
sonhos ao final de seu percurso.
COMENTÁRIO :
A ) ALTERNATIVA CORRETA . HÁ PRESENÇA DA PREPOSIÇÃO "A " E DO ARTIGO "A", ACEITO PELO SUBSTANTIVO
FEMININO "CUSTA ".
B) INCORRETA . VERBOS NÃO ACEITAM CRASE .
C) INCORRETA . A EXPRESSÃO "DIVERSAS SITUAÇÕES " ESTÁ NO PLURAL , ACEITANDO APENAS O ARTIGO "AS".
D ) INCORRETA . NÃO TEMOS PRESENÇA DA PREPOSIÇÃO "A ", DEVIDO À PRESENÇA DO PRONOME "TODA ".
E ) INCORRETA . NÃO HÁ PRESENÇA DA PREPOSIÇÃO "A ", DEVIDO À TRANSITIVIDADE DO VERBO "ALCANÇAR ".
GABARITO: LETRA A
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QUESTÃO 7: CESGRANRIO/2021 – De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego do
acento grave indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada em:
a) A exigência de entrar em contato com instituições financeiras obrigou o cliente a criar senhas para
ter acesso aos serviços bancários.
b) A falta de leis sobre privacidade digital exige que os indivíduos se preparem para enfrentar a
invasão do acesso a suas vidas privadas.
c) A revolução da tecnologia da informação modificou a realidade social, penetrando em todas as
esferas da atividade humana.
d) As pesquisas tecnológicas são indispensáveis devido a importância de solucionar problemas
causados pela invasão de dados.
e) O surgimento das redes sociais e dos sites de compartilhamento conduziu as pessoas a novas
situações de risco na sociedade atual.
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COMENTÁRIO : VEJAMOS AS ALTERNATIVAS
GABARITO: LETRA D
INFORMÁTICA
Navegadores
Serviço de Hipertexto
O hipertexto é de longe um dos temas que mais é cobrado em provas de concursos, em se tratando de Internet,
pois é o serviço mais utilizado tanto pelos usuários no acesso privado à internet quanto no uso corporativo, em
organizações públicas e privadas, uma vez que se trata do serviço que possibilita a navegação em sites.
O Hipertexto representa uma linguagem que possibilita a navegação na internet por meio de link e hiperlinks
em que sites se vinculam a outros, possibilitando a navegação. O sistema de hipertexto utilizado por padrão
na Internet é o WWW.( Word Wide Web).
Protocolos
Cada serviço da internet tem um modo distinto para transmissão de dados, recebendo e enviando
informações, e esses modos são chamados de protocolos. São considerados os principais protocolos do
serviço de navegação o HTTP e o HTTPs, os dois tendo características bem semelhantes porém algumas
distintas, que seguem abaixo:
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HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) – Protocolo de hipertexto que possibilita visualização de
terceiros, pois não estabelece uma conexão criptografa, e, portanto, não possui o critério de
segurança da confidencialidade.
HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure) – Protocolo de hipertexto que possibilita não
visualização de terceiros, pois estabelece uma conexão criptografada, e, portanto, possui o
critério de segurança da confidencialidade
Obs.: Não é possível estar, de forma simultânea, em um site utilizando os protocolos HTTP e HTTPs,
porém em um mesmo site é possível estar em HTTP e em outra página ou após acesso restrito
migrar para HTTPs, como em sites de bancos, comércio eletrônico ou webmail.
Browsers
São os programas utilizados para navegação, em WWW, por meio dos protocolos específicos para
hipertexto. Dentre eles se destacam:
Internet Explorer;
Google Chrome;
Mozilla;
Firefox;
Opera;
Safari;
Netscape Navegator.
Endereço IP
É o Internet Protocol, simplesmente o endereço do dispositivo, computador em que o site está fisicamente
armazenado/hospedado.
Representa de fato o endereço de um site, o local onde ele se encontra nas redes que compõe a internet.
Essa está migrando do IP V4 para o IP V6, uma vez que o V4 está com sua capacidade de endereços
esgotada.
Questão 01: Um auxiliar administrativo, utilizando um computador, quer acessar o navegador nativo
e padrão do sistema operacional Windows 10. Qual é ele?
a) Google Chrome.
b) Internet Explorer.
c) Safari.
d) Mozilla Firefox.
e) Microsoft Edge.
Questão 02: Considere que Carlos está navegando pela Internet Explorer 8, e pretende salvar a página
da Prefeitura Municipal de Dores do Indaiá/MG para que possa acessá-la em um outro momento.
Para isto Carlos DEVERÁ utilizar o recurso de:
a) Downloads.
b) Favoritos.
c) Histórico.
d) Preferências.
Questão 04: Alguns navegadores utilizados na internet, como o Microsoft Edge e o Chrome, permitem
um tipo de navegação conhecida como privada ou anônima.
Sobre esse recurso, é correto afirmar que ele foi concebido para, normalmente:
a) não permitir que sejam realizados downloads de quaisquer tipos de arquivos.
b) substituir os dados do usuário por outros fictícios, definidos pelo próprio usuário, e evitar que
propaganda comercial e e-mails do tipo spam sejam posteriormente encaminhados ao usuário.
c) impedir que o provedor de internet e os sites visitados tenham acesso aos dados relativos à
navegação do usuário.
d) permitir que sites sejam acessados sem que sejam guardados quaisquer dados ou informações que
possam ser usados para rastrear, a partir do navegador, as visitas efetuadas pelo usuário.
GABARITO
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