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AD - Livro 3
AD - Livro 3
VEM E VÊ!
P E D R O D O N G
© 2023 Editora Árvore da Vida
Publicado também em
espanhol, inglês, coreano, francês, italiano e alemão.
CITAÇÕES BÍBLICAS
As citações bíblicas são da Versão Revista e Atualizada de João Ferreira
de Almeida, 2ª Edição, salvo quando indicado pelas abreviações:
Os editores.
Acesso ao
SEMANA 3: A CASA DE DEUS,
vídeo da
A PORTA DOS CÉUS - (JO 1:50-51; GN 28:10-17) mensagem 11
A palavra da vida foi anunciada pelo apóstolo João, pois ele era o
canal, o apóstolo escolhido por Deus para dispensar a palavra profética
à igreja naquela época (1 Jo 1:1, 3). Se a igreja mantiver comunhão
com o apóstolo por meio da palavra profética, ela ganhará vida.
Quando recebemos a palavra profética do apóstolo João como palavra
de Deus, como de fato é, ela produz vida, a qual circula entre nós e
gera comunhão. É dessa maneira que a vida cresce. Nossa comunhão,
porém, não é somente com o apóstolo, mas também com o Pai e com
Seu Filho Jesus Cristo. Portanto nossa ligação não é jurídica, mas
estamos ligados uns aos outros pela vida. 7
Em uma reunião com os cooperadores, não consegui me conter e disse
a eles que os amava. Esse amor, entretanto, não provém de amizade ou
de mera emoção, mas sim da circulação da vida. Isso acontece porque
os cooperadores creem na palavra profética. Eles são o coração que
bombeia o sangue e faz circular vida nas igrejas, produzindo comunhão
e amor. Por isso amamo-nos uns aos outros. Caro leitor, você percebe
que há um amor fraternal crescendo em você? Esse amor não é apenas
fruto de amizade, mas é resultado da circulação da vida. Somos
organicamente um só Corpo, somos a família de Deus.
Compreenderemos melhor esse ponto usando o corpo humano como
ilustração. Cada indivíduo tem trilhões de células e a alimentação de
cada uma delas é feita pelo sistema circulatório. A circulação sanguínea
é responsável por levar nutrientes e oxigênio a todas as células do
corpo. Ela extrai os nutrientes do intestino delgado e os distribui
às células. Nossos pulmões fazem a troca de dióxido de carbono
por oxigênio. O oxigênio obtido também é distribuído pelo sangue.
Espiritualmente falando, a “corrente sanguínea” leva a palavra e o
Espírito aos membros do Corpo de Cristo. A palavra é o nutriente, e o
Espírito é o oxigênio. Quando o nutriente se encontra com o oxigênio
ocorre a combustão, gerando energia e força. É semelhante ao motor
de um automóvel. A gasolina e o oxigênio juntos são injetados no
cilindro. Essa mistura, pela pressão do pistão, gera uma explosão ou
combustão que, por sua vez, produz energia para mover o veículo.
A circulação da palavra e do Espírito leva vida aos membros do
Corpo de Cristo. Essa vida nos energiza dando-nos força para servir
ao Senhor, para fazer imersão na palavra, dar gritos de guerra, pregar
o evangelho e praticar colportagem. Assim avançamos até cumprir a
vontade de Deus.
Leitura de apoio:
“Sala de guerra – Uma palavra aos líderes” – caps. 5 e 7 – Pedro Dong.
8 “O maravilhoso convite de Deus ao homem” – cap. 2 – Pedro Dong.
SEMANA 1 – TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
Is 40:3-11; Jo 1:15-16; 8:58; Ap 1:4
Ler com oração:
“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o
referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3:2-3).
nosso coração e permitir que ela faça a obra de Deus por meio de nós.
A passagem seguinte traz uma palavra direcionada aos vencedores:
“Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu,
que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente;
levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso
Deus! Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o seu braço dominará;
eis que o seu galardão está com ele, e diante dele, a sua recompensa.
Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá
os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará
mansamente” (Is 40:9-11). Jerusalém representa toda a cristandade, 9
a igreja como um todo, mas Sião constitui a parte que luta pelo reino.
Em Sua segunda vinda, o Senhor não virá como o Cordeiro que tira o
pecado do mundo, mas virá com poder e Seu braço dominará. Ele trará
o galardão, a recompensa, para os que lutaram por Seu reino.
No princípio era a Palavra. Cristo já existia na eternidade, desde
o princípio, por isso João Batista afirmou: “É este a favor de quem
eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já
existia antes de mim” (Jo 1:30). Quando Moisés, sem saber o que
responderia aos filhos de Israel no Egito, perguntou ao Senhor qual
era o nome Dele, a resposta foi: “Disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que
Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou
a vós outros” (Êx 3:14). Deus é o “Eu Sou” ou “Eu serei o que serei”
ou “Eu serei o que sou”. Pode parecer estranho, mas nosso Deus
é o “Eu Sou” ou “É o que será”. Ele é e sempre será. Ele é eterno.
Ninguém O criou, Ele é “autoexistente”. Jesus afirmou no Evangelho
de João: “Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão
existisse, Eu Sou” (8:58). Em Apocalipse, lemos: “Da parte daquele
que é, que era e que há de vir” (1:4). Esse é nosso Deus, é Jesus Cristo.
Certamente Ele tinha a primazia sobre João Batista, pois a vontade de
Deus era fazer de Cristo o Cabeça sobre todas as coisas. João Batista
veio preparar o caminho para Cristo ser o Cabeça de tudo.
Lembremo-nos de que somos apenas canais, vasos para fazer a obra
de Deus. Portanto não somos nós que devemos crescer, mas o Senhor:
“Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30). João Batista foi
enviado como instrumento para introduzir Cristo. Isso quer dizer que,
após cumprir sua missão, ele deveria ter saído de cena para Cristo
entrar em ação.
10
SEMANA 1 – QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Is 57:15; Jo 1:16-18; Gl 3:21, 23-26; Ef 1:3; 1 Tm 6:16; Hb 1:5-6
Ler com oração:
“Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade
vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1:17).
Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5:18).
Depois da morte de Jesus, Pedro levantou-se no meio dos judeus
e deu testemunho de que Ele era o Cristo: “Varões israelitas, atendei
a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante
14 de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus
realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis”
(At 2:22). Pedro afirmou que Jesus era o Cristo porque Suas obras
foram aprovadas por Deus, obras que o próprio Deus realizou por
intermédio Dele. Diante do que foi exposto, está claro que Jesus é o
Profeta, o Messias, o Cristo. Louvado seja o Senhor!
15
SEMANA 1 – SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 1:24-29
Ler com oração:
“Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: Rei dos Reis e
Senhor dos Senhores” (Ap 19:16).
mesmo deveria ser esse rei, mas Deus disse: “Eu constituí o meu Rei”.
Jesus Cristo é o Rei. Nos versículos seguintes, lemos: “Proclamarei o
decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.
Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da
16 terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás
como um vaso de oleiro” (Sl 2:7-9). Por isso João Batista sentiu-se
pequeno diante de Jesus Cristo, a quem Deus havia constituído Rei.
O livro de Salmos também fala sobre Aquele que seria introduzido
por João Batista: “Disse o Senhor ao meu senhor: Assenta-te à
minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus
pés” (110:1). Jesus é Rei e Senhor, e dominará sobre todos os Seus
inimigos. Para isso, Deus Lhe prometeu um exército de jovens santos:
“O Senhor enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina
entre os teus inimigos. Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no
dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo
da aurora, serão os teus jovens” (vs. 2-3).
Na Epístola aos Colossenses, o apóstolo Paulo faz uma rica descrição
do Senhor Jesus: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito
de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e
sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias,
quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e
para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a
cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre
os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a
Deus que, nele, residisse toda a plenitude” (1:15-19). Você não fica
encorajado ao ver quão grande é nosso Senhor?
João Batista apresentou ao mundo o Herdeiro de todas as coisas:
“Nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu
herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser,
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter
feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade,
nas alturas” (Hb 1:2-3). Ele conhecia as Escrituras e reconhecia que
A voz do que clama no deserto
18
SEMANA 1 – SÁBADO
Leitura bíblica:
Mt 11:2-3; Mc 1:6; Lc 1:15; 7:11-19; Jo 1:30; 3:30
Ler com oração:
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a
si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24).
20
SEMANA 1 – DOMINGO
Leitura bíblica:
Jr 13:23; Ef 3:14-21
Ler com oração:
“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que
sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:19).
ela diz. Se ela ensina que Cristo é o cabeça, então vou sempre deixá-
Lo governar minha vida”. Não vamos conseguir pôr isso em prática.
Enquanto existir algum vazio em nosso ser que não seja preenchido
por Cristo, não seremos encabeçados por Ele e certamente um dia
iremos fraquejar e cair.
O livro de Efésios revela que precisamos permitir que Cristo
preencha nosso ser. Se permitirmos que Cristo preencha todos os
nossos vazios com Ele mesmo, nós nos tornaremos confiáveis. Essa
é a única maneira! Por isso fazemos imersão na palavra e gritos de
guerra. Dessa forma inculcamos a palavra em nosso coração e saímos 21
para pregar o evangelho, usando a palavra para fazer a obra de Deus.
Assim conhecemos o amor de Cristo, que excede todo entendimento e
somos preenchidos até a plenitude de Deus (Ef 3:19).
Nós somos menores que os anjos. O homem foi criado um pouco
menor que os anjos porque Deus teve problemas com Lúcifer. O
Senhor o criou de maneira perfeita: ele era o sinete da perfeição; era
formoso, sua beleza era magnífica e sua sabedoria sobrepujava a de
seus companheiros. Mas um dia o orgulho entrou em seu coração e
ele quis ser igual a Deus. Por isso Deus não nos criou poderosos e
capazes; pelo contrário, criou-nos como vasos para conter o Todo-
Poderoso. Assim, o poder, a capacidade e a sabedoria vêm de Deus e
não de nós. É Ele quem enche o vaso. Se permitirmos que Cristo nos
encha, teremos o poder de Deus para fazer Sua obra. Portanto não
devemos achar que somos capazes de fazer milagres e realizar a obra
de Deus, mas precisamos permitir que Ele nos preencha com toda a
Sua plenitude. Dessa forma nos tornaremos confiáveis e Deus poderá
contar conosco.
A igreja em Filadélfia tem pouca força, porém não nega o nome do
Senhor e guarda Sua palavra. Ela permite que Cristo a preencha e,
assim, torna-se uma igreja confiável para executar o que resta no final
dos tempos; do contrário, enfrentará os mesmos problemas das igrejas
em Pérgamo, Tiatira e Sardes, nas quais havia disputas de poder e
posição. Que em nosso meio não haja esse tipo de coisa. Sejamos
encabeçados por Cristo e deixemos o poder de Deus fazer Sua obra.
Caro leitor, a palavra profética resolverá todos os nossos problemas.
A circulação da palavra entre os membros do Corpo de Cristo gera
vida, preenche todos os vazios e traz o encabeçamento de Cristo à
igreja. Não é a capacidade humana, mas o poder de Deus que faz Sua
obra. Que o Senhor nos abençoe!
22
SEMANA 2 – SEGUNDA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 2:17; 3:1, 6; Jo 1:29
Ler com oração:
“Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se
tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um
só, muitos se tornarão justos” (Rm 5:19).
transgressão de Adão.
Vejamos ainda o que foi registrado no capítulo terceiro: “Que se
conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma;
pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão
24 debaixo do pecado” (Rm 3:9). Não importa se judeu ou grego, todos
estão debaixo do pecado: “Como está escrito: Não há justo, nem um
sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se
extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não
há nem um sequer” (Rm 3:10-12). Por fim: “São os seus pés velozes
para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria;
desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de
seus olhos” (vs. 15-18).
Leitura de apoio:
“Sala de guerra - Uma palavra aos líderes” – caps. 5 e 7 – Pedro Dong.
“Parceiros da obra de Deus” – cap. 5 – Pedro Dong.
25
SEMANA 2 – TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
Êx 12:1-13; Hb 9:13-15
Ler com oração:
“Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio
sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido
eterna redenção” (Hb 9:12).
A ETERNA REDENÇÃO
Como vimos, o capítulo quinto de Romanos retrata a condenação
do homem: “Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre
todos os homens para condenação” (v. 18). Por causa da ofensa de
Adão, todos nós já fomos julgados e condenados à morte. Nosso
futuro já estava traçado, e faltava apenas a execução dessa sentença.
Nesse contexto, no livro de Hebreus, lemos: “Com efeito, quase
todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem
derramamento de sangue, não há remissão” (9:22). Não havia salvação
para nós. A transgressão de Adão nos sentenciou à morte eterna.
Estávamos numa situação bastante complicada. A única maneira de
obter o perdão dos pecados seria derramando nosso próprio sangue, o
que implicaria nossa morte, e então estaríamos acabados.
Contudo vejamos o caminho preparado por Deus para nós: “Não por
meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue,
[Jesus Cristo] entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo
obtido eterna redenção” (Hb 9:12). Deus sabia que o homem não era
capaz de obter o perdão dos pecados e conquistar a salvação. Por isso
Ele mandou Seu Filho, que morreu em nosso lugar, derramando Seu
sangue em nosso favor. Dessa forma, Ele, de maneira absoluta, por
meio do sangue de Cristo, realizou a eterna redenção (vs. 13-15). Isso
é maravilhoso!
Nosso Senhor Jesus é o Cordeiro Pascal, que morreu por nossa
causa. O capítulo doze de Êxodo mostra como Deus tirou o povo do
Egito. Faraó, com o coração endurecido, não queria libertar o povo,
impedindo-o de ir servir a Deus, mesmo após ter Ele enviado nove
Vem e vê!
27
SEMANA 2 – QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Is 53:1-2; Mt 3:2, 7; Jo 1:30-31
Ler com oração:
“Eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus” (Jo 1:34).
O BATISMO DE JESUS
Em Sua primeira vinda, Jesus não veio como os líderes judeus
esperavam. Eles acreditavam que Deus mandaria o Messias de uma
forma pomposa, da maneira como os religiosos esperam a chegada de
um grande líder. Entretanto Deus enviou Jesus com uma forma muito
humilde, contrariando o que imaginavam.
Conforme descrito por Isaías, a aparência de Jesus era como raiz de
uma terra seca. Aquele retrato de um homem bonito, loiro, de olhos
azuis não representa a forma como Deus enviou Seu Filho à terra.
Ele veio sem aparência atraente, sem beleza, sem formosura alguma
(53:1-2). Quando olhamos para as pessoas a nossa volta, todas têm
certa beleza. Mas em Jesus não havia nenhuma beleza que agradasse.
Por isso a aparência Dele já era um teste para João Batista.
Nos versículos seguintes, lemos: “Era desprezado e o mais rejeitado
entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como
um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não
fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades
e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido
de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões
e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido
e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele
não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem,
quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por
causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe
Vem e vê!
30
SEMANA 2 – QUINTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 4:5; 8:6-12
Ler com oração:
“Vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos,
ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus” (Jo 1:36-37).
32
SEMANA 2 – SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 3:22-30; 4:1-2
Ler com oração:
“Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3:30).
34
SEMANA 2 – SÁBADO
Leitura bíblica:
Jo 1:39-42; Fp 2:19-21
Ler com oração:
“Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento,
propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, as minhas
perseguições e os meus sofrimentos” (2 Tm 3:10-11a).
SEGUIR DE PERTO
No capítulo primeiro do Evangelho de João, podemos ler:
“E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que
buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes?
Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus
estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos
a hora décima” (vs. 38-39). Em seu evangelho, João usa o horário
romano. Sendo assim, esta “hora décima” equivale às dez horas da
manhã. Esta mesma hora no horário judaico seriam quatro horas da
tarde. Em outras palavras, às dez horas da manhã ocorreu esse diálogo:
“Rabi (que quer dizer Mestre), onde você mora?”. E Jesus respondeu:
“Vinde e vede”. Eles foram e viram onde Jesus morava e ficaram com
ele naquele dia. Isso não é maravilhoso?
Hoje o Senhor nos chama da mesma forma: “Vinde e vede”. Nós
também muitas vezes não precisamos dar muitas explicações, só
37
SEMANA 2 – DOMINGO
Leitura bíblica:
Mt 16:18; Jo 1:43-51; 1 Pe 2:4-5
Ler com oração:
“Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa?
Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê” (Jo 1:46).
VEM E VÊ
André foi e viu, e avisou seu irmão Simão que encontrara o Messias!
Esse Simão é Pedro, que ficou impressionado a ponto de, em sua primeira
epístola, dizer que somos pedras para a edificação, isto é, materiais,
fios sendo entretecidos em um tecido de amor. Isso é a edificação. No
capítulo 16 de Mateus, lemos: “Também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (v. 18a). Pedro não era essa
rocha, mas sim uma pedra para a edificação (1 Pe 2:4-5).
No capítulo primeiro do Evangelho de João, lemos: “No dia imediato,
resolveu Jesus partir para a Galileia e encontrou a Filipe, a quem disse:
Segue-me. Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro”
(Jo 1:43-44). Filipe era próximo de André, pois eles eram da mesma
cidade, Betsaida. Filipe também foi chamado por Jesus, creu, seguiu
o Senhor e logo foi chamar Natanael: “Filipe encontrou a Natanael e
disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem
se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José” (v. 45). No
versículo seguinte, lemos: “Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode
sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê” (v. 46). Nazaré
era um lugar rejeitado, desprezado. Jesus, na verdade, nasceu em Belém
e foi morar em Nazaré. Por isso Ele foi chamado de nazareno. Ele era
conhecido como filho de José, mas, na verdade, Ele nascera de Maria.
Quando Natanael questionou se de Nazaré poderia sair alguma coisa
boa, Filipe não discutiu com ele, mas disse: “Vem e vê”.
Neste tempo final, na era dos Sete Espíritos, não precisamos
explicar muito. Use a palavra profética até para orar com as pessoas
nas ruas. Quando nossos adolescentes saem para orar pelas pessoas
e perguntam: “Tem algum pedido de oração?”, não é raro alguém
Vem e vê!
um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais
moço. Cumpridos os dias para que desse à luz, eis que se achavam
gêmeos no seu ventre. Saiu o primeiro, ruivo, todo revestido de pelo;
por isso, lhe chamaram Esaú. Depois, nasceu o irmão; segurava com
a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó. Era Isaque
de sessenta anos, quando Rebeca lhos deu à luz” (Gn 25:21-26). O
Senhor disse que o mais velho serviria ao mais moço e que os dois
povos nascidos de Rebeca se dividiriam: um seria mais forte do que o
outro. O que fora escolhido por Deus não nasceu primeiro, portanto,
não obteve o direito de primogenitura.
“Cresceram os meninos. Esaú saiu perito caçador, homem do
campo; Jacó, porém, homem pacato, habitava em tendas” (Gn 25:27). 41
Jacó nasceu segurando o calcanhar do irmão, por isso deram-lhe um
nome que significa “aquele que segura o calcanhar” ou “suplantador”.
Deus precisava de Jacó para, por meio dele, introduzir Cristo e,
consequentemente, introduzir a igreja, Seu reino e a nova Jerusalém.
Na genealogia de Jesus apresentada em Mateus, há o nome de Jacó,
não o de Esaú (Mt 1:2).
Abraão, o avô de Jacó, porque sua mulher Sara era estéril, usou
sua força natural para tentar ajudar Deus a cumprir Sua promessa, e
acabou gerando Ismael. Deus não precisa da ajuda do homem. Jacó
também usou sua força natural para conquistar a primogenitura.
Na verdade, Deus permitiu que ele não fosse o primogênito, pois o
próprio Senhor, por Sua vontade, Se encarregaria de dar-lhe a bênção
da primogenitura. Há situações nas quais não precisamos lutar, pois o
que é da vontade de Deus, Ele realizará.
Leitura de apoio:
“Fundamentos da fé cristã – vol. 4” – lição 21 – Editora Árvore da Vida.
“Minha meta: governar com Cristo” – cap. 5 – Dong Yu Lan.
Vem e vê!
42
SEMANA 3 – TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
1 Cr 5:1-2
Ler com oração:
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira
ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo
contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os
mil anos” (Ap 20:6).
O DIREITO DE PRIMOGENITURA
Já vimos que Jacó, embora sendo o escolhido por Deus para estar
na genealogia de Jesus, não era o primogênito de Isaque, e, sim,
Esaú. Esaú era perito caçador, homem do campo, enquanto Jacó
era homem pacato e habitava em tendas. Isaque amava Esaú, que
era hábil para obter a carne que o pai tanto apreciava. Rebeca,
porém, amava Jacó, em virtude do que o Senhor dissera a ela na
gestação dos gêmeos.
Eis o que aconteceu certo dia: “Tinha Jacó feito um cozinhado, quando,
esmorecido, veio do campo Esaú e lhe disse: Peço-te que me deixes
comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou esmorecido.
Daí chamar-se Edom” (Gn 25:29-30). Jacó viu nessa circunstância a
oportunidade ideal para conseguir o direito de primogenitura, obtendo-a
de seu irmão por um prato de comida. E “Disse Jacó: Vende-me primeiro
o teu direito de primogenitura. Ele respondeu: Estou a ponto de morrer;
de que me aproveitará o direito de primogenitura? Então, disse Jacó:
Jura-me primeiro. Ele jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a
Jacó. Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu
e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de
A casa de Deus, a porta dos céus
o teu altar” (Dt 33:8-10). Levi também não era o primogênito, mas
assim como José recebeu a porção dobrada de terra no lugar de Rúben,
que perdeu o direito de primogenitura, Levi recebeu o sacerdócio.
Por que o sacerdócio foi para Levi? Quando Moisés demorou para
44 descer do monte, ao receber de Deus as tábuas da lei, o povo de
Israel rapidamente prevaricou e adorou o bezerro de ouro. Moisés,
zeloso por Deus, ordenou que quem estivesse do lado do Senhor se
posicionasse. A tribo de Levi colocou-se ao lado de Moisés, e assim
recebeu o encargo do sacerdócio. Quem quiser ser sacerdote deve
exercer seu sacerdócio servindo a Deus na igreja.
Por servirmos ao Senhor hoje, lutando pelo direito de primogenitura,
receberemos também o sacerdócio eterno: “Bem-aventurado e santo é
aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda
morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus
e de Cristo e reinarão com ele os mil anos” (Ap 20:6). Para não
perdermos esse sacerdócio de mil anos, devemos ser absolutos ao nos
posicionar hoje a favor de Deus, a Seu lado. Não coloquemos em risco
nosso direito de primogenitura por nenhuma outra proposta.
Por fim, o terceiro item ligado ao direito de primogenitura é a realeza.
José recebeu a porção dobrada da terra, Levi recebeu o sacerdócio e
Judá recebeu a realeza.
45
SEMANA 3 – QUARTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 27:5-19; Hb 12:16
Ler com oração:
“Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à
videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em
sangue de uvas. Os seus olhos serão cintilantes de vinho, e os dentes,
brancos de leite” (Gn 49:11-12).
mas, graças ao Senhor, hoje temos brilho nos olhos. Fiz o seguinte
pedido aos irmãos que cuidam da Conferência Geração Santa,
destinada aos adolescentes: “Não quero que nossos adolescentes saiam
da conferência cheios de doutrinas e regras de conduta na cabeça.
Quero ver um resultado: brilho nos olhos!”. Amado leitor, meu desejo
46
não é que você termine esta leitura cheio de conhecimentos bíblicos
teóricos, e, sim, como o jumentinho de Judá, com os olhos brilhantes
e com os dentes brancos de leite, que só as pessoas transformadas têm.
Continuando, lemos em Hebreus (12:16) que, por uma simples
refeição, Esaú desprezou o direito de primogenitura, ou seja, a porção
dobrada da terra, que é o direito de desfrutar de Cristo, o sacerdócio,
que é o direito de servir ao Senhor e a realeza, que é o direito de
reinar com Ele. Não venda seu direito de primogenitura por nenhum
prazer mundano ou satisfação passageira. Devemos viver para fazer a
vontade de Deus, trabalhar para que Cristo seja o Cabeça sobre todas
as coisas.
Pela transação com seu irmão, Jacó já havia conquistado o direito de
primogenitura, mas ele ainda precisava da bênção de seu pai. Isaque,
no momento certo, daria sua bênção ao primogênito, mas ele não
sabia que Esaú havia vendido seu direito de primogenitura a Jacó.
Esse coração teimoso de Jacó era, de certa maneira, positivo, pois
valorizava o direito de primogenitura e amava o que Deus ama, mas
não era necessário usar seus próprios métodos para alcançar o que
Deus já lhe queria conceder.
Gênesis 27 relata-nos os meios ilícitos pelos quais Jacó conseguiu a
bênção de seu pai. Ele demonstrou seu amor ao direito de primogenitura
e seu anseio pela bênção do pai, enganando-o e fazendo-o acreditar
que era Esaú (vs. 5-19). Essa passagem reforça o valor que Jacó dava à
bênção da primogenitura. Não é necessário, porém, fazer uso de meios
ilícitos e escusos para conquistar o que o Senhor quer nos dar.
47
SEMANA 3 – QUINTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 27:20-40; 28:1-5; Gl 3:16
Ler com oração:
“Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo,
a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gl 3:14).
perdido, Esaú ficou furioso, porém nada mais podia fazer porque
Isaque já havia constituído Jacó senhor sobre o irmão mais velho e
a bênção da primogenitura já lhe havia sido entregue (Gn 27:30-40).
No capítulo 27 de Gênesis, Jacó tomou conhecimento de que seu
48 irmão estava extremamente amargurado e que tencionava matá-lo
depois da morte do pai. Rebeca, mãe de Esaú e Jacó, pediu a Isaque que
enviasse Jacó a sua terra, para tomar por esposa alguém da parentela
dela, e não uma mulher cananeia. Isaque concordou (Gn 28:1-5).
Em seguida, Jacó inicia sua viagem: “Partiu Jacó de Berseba e
seguiu para Harã. Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois
já era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro e
se deitou ali mesmo para dormir” (Gn 28:10-11). Jacó era um homem
pacato que não saía da tenda de sua mãe, enquanto Esaú era homem
do campo. Não era fácil para Jacó deixar sua casa e viajar sozinho
enfrentando perigos, mas, por medo de seu irmão, ele teve de partir.
Chegando a determinado lugar, já cansado da viagem, Jacó pegou
uma pedra que ali estava e a usou como travesseiro para dormir, e
sonhou: “Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os
anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava o Senhor
e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de
Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua
descendência” (Gn 28:12-13). A palavra “descendência” aqui está no
singular. Em Gálatas, lemos que as promessas foram feitas a Abraão e
ao seu descendente, no singular, que é Cristo (3:16). Aquela terra foi
prometida a Abraão, a Jacó e ao seu descendente: Cristo.
Essa terra chamada Betel, que significa “casa de Deus”, será dada
a Cristo, e Nele serão benditas todas as famílias da terra. “Para que
a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim
de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gl 3:14). A
bênção que chegou a todas as famílias da terra, nós incluídos, é o
Espírito prometido. Nosso Senhor Jesus Cristo foi morto para realizar
a redenção por nós, e Deus O ressuscitou, tornando-O o Espírito, a
A casa de Deus, a porta dos céus
49
SEMANA 3 – SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Gn 28:14-19; Jo 19:34; Rm 3:24; Ef 1:7; Cl 1:14; Hb 9:12
Ler com oração:
“Disse o Senhor: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que
Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele
serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para que
ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o
caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor
faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (Gn 18:17-19).
51
SEMANA 3 – SÁBADO
Leitura bíblica:
Jo 7:37-39; 19:34; At 2:24; Ef 2:18
Ler com oração:
“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja
para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele
habita convosco e estará em vós” (Jo 14:16-17).
der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será
nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:14). Esta é a bênção
de Abraão: o Espírito prometido. Esse Espírito nos dá acesso ao Pai.
Ninguém jamais viu a Deus, que habita em luz inacessível e não pode
ser visto por olhos humanos, mas, por meio do Espírito, temos acesso
ao Pai (Ef 2:18).
Há um lugar na terra que é a casa de Deus, a porta dos céus: a igreja.
Aqui é Betel! Quando vivemos e desfrutamos do ambiente da igreja,
parece que estamos no céu! Isso acontece porque a igreja e os céus de
fato estão ligados.
Em João, lemos: “Em verdade, em verdade vos digo que vereis
o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho 53
do Homem” (Jo 1:51). O ponto principal aqui não é subir e descer.
Enquanto estivermos fazendo a vontade de Deus, sendo unidos e
identificados com o Cabeça, já estaremos no céu, fazendo parte dos
quatro seres viventes. Essa visão da escada, da porta dos céus, do céu
aberto com anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem indica
que o céu e a terra se uniram, estão ligados por meio de Cristo. Hoje,
o céu e a terra estão unidos.
Por isso não sabemos se os quatro seres viventes são do céu ou da
terra, se são Cristo ou a igreja, pois de fato são ambos. Essa figura
mostra a realidade dos quatro seres viventes. A realidade da escada de
Jacó, da porta dos céus, de Betel, a casa de Deus, está acontecendo em
nossos dias. Estamos vendo um cenário do céu e trazendo o ritmo do
céu à terra, porque Cristo uniu céus e terra.
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SEMANA 3 – DOMINGO
Leitura bíblica:
Gn 29:15, 21-30; Mt 16:18-19
Ler com oração:
“Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar
nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me
vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o
Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa
de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o
dízimo” (Gn 28:20-22).
56
SEMANA 4 – SEGUNDA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 1:51; Ap 4:1-2, 5
Ler com oração:
“Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no
céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar
comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer
depois destas coisas” (Ap 4:1).
Leitura de apoio:
“Sala de guerra - Uma palavra aos líderes” – caps. 6-7 – Pedro Dong.
58 “A palavra profética na era do Apocalipse” – cap. 1 – Pedro Dong.
SEMANA 4 – TERÇA-FEIRA
Leitura bíblica:
Mt 17:22-23; 20:19; Lc 8:3; 1 Co 15:4
Ler com oração:
“Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galileia;
manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele” (Jo 2:11).
O CASAMENTO EM CANÁ:
NA GALILEIA E NO TERCEIRO DIA
Hoje vamos iniciar o tema da semana, o casamento em Caná da
Galileia. Em João lemos: “Três dias depois, houve um casamento em
Caná da Galileia, achando-se ali a mãe de Jesus” (2:1). O que houve
em Caná não foi simplesmente um casamento. O termo utilizado no
original grego nesse texto é gamos, que denota “bodas” ou “festa de
casamento”. O versículo finaliza com a afirmação: “Achando-se ali a
mãe de Jesus” (v. 1b). Isso significa que esse casamento tinha algo a
ver com a mãe de Jesus, provavelmente de algum amigo da família ou
da própria família. É possível que Maria estivesse ali para ajudar nos
preparativos da festa.
Vamos mergulhar em dois aspectos desse versículo. O primeiro: o
casamento aconteceu na Galileia. Jesus tinha seguido para Betsaida ou
próximo dessa cidade, que fica no extremo norte do Mar da Galileia.
Essa era a cidade dos discípulos Filipe, André e Pedro. Vejamos: “No
dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galileia e encontrou a Filipe,
a quem disse: Segue-me. Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André
e de Pedro” (Jo 1:43-44). Quando João Batista apresentou Jesus como
o “Cordeiro de Deus” (v. 36), dois irmãos, André e Cefas (cujo nome
o Senhor mudou para Pedro), decidiram seguir Jesus a partir desse
Casamento em Caná da Galileia
momento. Portanto foi ali na Galileia, depois de ser batizado por João
Batista, que Jesus iniciou Seu ministério terreno com a escolha de
Seus discípulos.
É interessante notar que Jesus realizou Seu primeiro milagre na
Galileia, bem longe de Jerusalém. Se estivesse à procura de maior
notoriedade e fama, Jesus deveria fazer o milagre em Jerusalém,
porque lá era o centro político e religioso do povo judeu. Mas preferiu
realizar o primeiro sinal entre pessoas mais simples e humildes, e não
entre os orgulhosos e preconceituosos rabinos políticos de Jerusalém.
Qual lição aprendemos com o Senhor? Não busque servir a Deus
somente nos serviços de maior visibilidade e fama. Se existe esse 59
sentimento em seu coração, este é um bom momento para pedir ao
Senhor um coração de simplicidade e um espírito de servo.
Outra lição: nunca devemos fazer acepção de pessoas. Jamais!
Devemos seguir os passos de Jesus e não abrir mão daqueles que são
rejeitados e excluídos pela sociedade. Jesus, no entanto, não se limitou
a eles, pois também havia pessoas ricas que ajudaram a sustentar o
ministério terreno do Senhor, inclusive mulheres (Lc 8:3). Observe
que Jesus não excluiu ninguém! Nenhuma pessoa deve ficar de fora
em nossas abordagens na rua. O “Posso orar por você?” não deve
ser seletivo.
Voltando ao casamento em Caná da Galileia, vejamos o segundo
aspecto: Jesus esperou três dias para realizar o milagre. Esse
casamento nos apresenta uma importante lição sobre o poder
da ressurreição, uma vez que o número três na Bíblia tem esse
significado (Mt 17:22-23; 20:19; 1 Co 15:4).
A sociedade é formada por uma pequena célula que chamamos de
família. É por meio dela que os homens podem garantir a permanência
de seus descendentes e de sua vida na terra. Contudo esse projeto,
mais do que nunca, hoje está ameaçado e desacreditado. Mas o Senhor
esperou pelo terceiro dia, pelo dia da ressurreição, para enviar uma
grandiosa mensagem de esperança a todos nós, aos casais, às famílias,
aos jovens. Não há nada que possa resistir ao poder da ressurreição!
Creia! Se sua família ou seu casamento parece estar sem brilho ou numa
condição de morte, dê um basta a essa situação, pois a ressurreição está
disponível para você: seu terceiro dia chegou! Estamos conectados
com o céu. Se você imergir na palavra profética, convidar seu cônjuge
a orar pelas pessoas, não haverá poder das trevas que resista à força
da ressurreição que brotará em sua família e em seu casamento. Creia!
Seja simples e obediente. É no ambiente da “Galileia” (de pessoas
simples, sem tradição religiosa) que o Senhor pode agir e produzir
Seus milagres. Esse é o caminho da mudança para nossa vida. Provai
e vede que o Senhor é bom! Aleluia.
64
SEMANA 4 – SEXTA-FEIRA
Leitura bíblica:
Jo 7:6; 2 Tm 3:10, 14
Ler com oração:
“Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o
casamento” (Jo 2:2).
67
SEMANA 4 – SÁBADO
Leitura bíblica:
Mt 14:15-21; 15:2-9; Rm 9:21; 2 Co 4:7
Ler com oração:
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado
por meio da lavagem de água pela palavra” (Ef 5:25-26).
70
SEMANA 4 – DOMINGO
Leitura bíblica:
Jo 2:11-12; 2 Co 3:4-6
Ler com oração:
“A letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3:6b).