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Art3 0042
Art3 0042
1. INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que possui grande dimensão territorial e, para haver uma
melhor integração entre as diferentes regiões, a construção de estradas é essencial.
É notável que os principais caminhos são percorridos por rodovias que cortam todo
país, transportando pessoas e os mais variados produtos, sendo de fundamental
importância para o seu desenvolvimento econômico, técnico e social.
No entanto, para um transporte de qualidade, são necessários ações como
obras de pavimentação, que melhoram o tráfego, na medida em que se executa uma
superfície mais regular e aderente, aumentando consideravelmente o conforto e a
segurança, diminuindo custos de manutenção dos veículos, as perdas dos produtos
perecíveis e o tempo das viagens.
Geralmente, nos serviços de pavimentação, a camada de revestimento
utilizada é o concreto asfáltico, produto constituído de agregados minerais,
misturado com ligantes a base de petróleo, formando um produto resistente, flexível,
de baixa permeabilidade e durável, ideal para rodovias em geral.
Estudar as propriedades desse concreto, seus materiais, e suas
características, é de grande relevância para uma melhor utilização, com mais
eficiência e menores custos para os pavimentos.
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¹ Concluinte do curso de Engenharia Civil – Universidade Católica do Salvador
E-mail: eng.franciscorosa@gmail.com
² Professor Ms do curso de Engenharia Civil – Universidade Estadual de Feira de Santana
E-mail: eduardo@uefs.br
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3.1 PÓ DE PEDRA
Material obtido através do atrito entre as rochas, com dimensões
passando na peneira de número 200 (abertura 0, 075 mm). O pó de pedra utilizado
na composição do concreto asfáltico tem como objetivo principal preencher os
vazios existentes entre os agregados, aumentando a trabalhabilidade da mistura.
É necessário um controle mais rigoroso para o limite do pó de pedra na
mistura, pois, segundo Bernucci, Att All, (2008 p. 121) ‘’[...]acima de um determinado
teor, o pó de pedra começa a prejudicar a trabalhabilidade bem como a estabilidade
do esqueleto mineral, diminuindo os contatos entres as partículas grossas, alterando
também a capacidade de compactação da mistura’’.
3.2.1 GRANULOMETRIA
Determina a distribuição dos diferentes tamanhos dos grãos do agregado e
sua porcentagem em relação à amostra total. De acordo com o manual do
DNER(1996, p. 113)”[...]A amostra seca em estufa é pesada e peneirada em uma
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µ = M / VT
Tem como objetivo transformar unidades volumétricas em unidades
gravimétricas e vice-versa.
3.2.4 ADESIVIDADE
Esse ensaio é realizado para determinar a adesividade do agregado ao
ligante betuminoso. As areias, por serem constituídas de grãos de quartzo, não
apresentam uma boa adesividade com o material asfáltico.
3.3.1 GRANULOMETRIA
A granulometria dos agregados graúdos segue o mesmo procedimento
descrito na seção 3.2.1
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3.3.2 IMPUREZAS
Algumas substâncias são nocivas para produção do CBUQ, prejudicando a
mistura e, consequentemente diminuindo a sua resistência. Uma inspeção visual,
com uma operação manual muitas vezes é suficiente para eliminar matérias como
galhos, folhas, partículas em geral, além de torrões de argila e argila impregnada no
próprio agregado. Não sendo suficiente esse procedimento, o peneiramento deve
ser seguido de uma lavagem o que torna o agregado em condições de ser utilizado
como constituinte do concreto asfáltico.
3.3.4 TEXTURA
“[...]A textura superficial é o aspecto do agregado em relação a
sua face superficial. Comparada a superfície lisa, a textura superficial
do tipo, rugosa, tende a aumentar a resistência da mistura asfaltica e
exige ligante adicional para compensar a perda de
trabalhabilidade[...]’’. (MANUAL DE ASFÁLTO, 2002 p.87 ).
3.3.5 POROSIDADE
É a propriedade do agregado de absorver água em seus poros quando
submerso. Esse mesmo agregado, quando poroso, também absorve o ligante,
resultando em uma mistura mais seca e menos coesa. Assim, agregados porosos
não devem ser utilizados para produção de concreto asfáltico.
3.3.6 ADESIVIDADE
É a propriedade do agregado de descolar do asfalto na presença da água.
Alguns agregados, como os silícicos e quartzíticos, possuem melhor afinidade com
as moléculas de água, enquanto outros como os de basalto e calcários possuem
uma aversão as moléculas de água. Métodos de determinação da afinidade pelo
asfalto são realizados através destes métodos.
A mistura não compactada é embebida na água e as partículas recobertas
são avaliadas visualmente.Para uma melhor adesividade dos agregados ao ligante é
recomendado o uso de dope na proporção de 99,5% de asfalto para 0,5% de dope.
“[...] O ensaio realizado compara-se a resistência de uma
mistura asfáltica compactada, de pavimentação após embebição na
água, com a de um corpo de prova que não foi embebido. A redução de
resistência da uma indicação da qualidade do agregado do ponto de
vista da resistência ao descolamento na água.[...]” (MANUAL DE
ASFÁLTO, 2002 p. 89).
Esse material tem como características uma boa aderência aos agregados, e
uma adequada impermeabilização, o que proporciona eficácia no seu processo de
produção.
De acordo com Balbo (2007, p.111 )”[...]presenta como propriedades a
flexibilidade, relativa durabilidade e grande resistência a maior parte dos ácidos, sais
e álcalis, alem de ser insolúvel em água. É um material termoplástico, de
comportamento reológico complexo e dependente de temperatura, que com o
intemperismo se altera, perdendo suas propriedades inicias , tornando-se mais
viscoso e frágil’’.
O processo de obtenção do concreto asfáltico de petróleo ocorre mediante o
aumento de temperatura do petróleo cru, resultando em diversos materiais, de
acordo com a temperatura atingida. Na tabela 02, apresentam-se os principais
produtos obtidos nas diversas temperaturas de destilação.
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4.4 SECADOR
O secador é um cilindro de aço inclinado solidário a roletes que imprimem a
ele um movimento de rotação, no sentido anti-horário
Esse cilindro, com um maçarico na parte de traseira, tem como finalidade a
retirada da água existente nos agregados até a temperatura determinada.
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4.6 PENEIRAMENTO
Antes da chegada aos silos quentes, o agregado é peneirado, através de um
processo vibratório de diferentes frações granulométricas.
Os materiais retidos nas diversas peneiras são recolhidos e descartados por
uma calha.
4.8 MISTURADOR
Segundo o manual de pavimentação ( 1996 ,p.256 )”[...] misturador é uma
caixa térmica de fundo curvo com comporta para descarga operada
pneumaticamente, com dois eixos horizontais, paralelos, providos de braços com
palhetas reversíveis e substituíveis com movimento de rotação quando em
operação”.
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Através desse ensaio, são determinados alguns parâmetros para estudo das
propriedades desse material. Essas propriedades são:
5.1.1 – ESTABILIDADE
Estabilidade pode ser definida como a resistência máxima da massa asfáltica
à ação de uma carga à temperatura de 60°C.
5.1.2 – FLUÊNCIA
É a deformação máxima causada pela carga de cisalhamento, até a sua
ruptura.
Uma grande deformação pode levar a formação de ondulações na pista,
enquanto uma pequena deformação poderá levar a formação de trincas.
5.2.2 – FLEXIBILIDADE
Propriedade da mistura de fletir sem haver ruptura e também de se adaptar
aos recalques ocorridos nas camadas inferiores.
5.2.3 – RESISTÊNCIA AO DESLIZAMENTO
Habilidade da superfície de evitar o deslizamento dos pneus no tráfego.
Depende do teor de betume, qualidade do agregado e da textura da superfície.
5.2.4 – PUREZA
Os materiais constituintes devem ser limpos e puros, evitando queda de
resistência, prejudicial à performance do asfalto.
7- REFERÊNCIAS
BERNUCCI, Liedi bariani; MOTTA, Laura Maria Goretti da; CERATTI, Jorge Augusto
Pereira: SOARES, Jorge Barbosa. Pavimentação Asfáltica: formação básica para
engenheiros. 1° Ed.- Rio de Janeiro ABEDA, 2008.