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PROPOSTA DE PROVA DE EXAME

Proposta de resolução da Prova de exame de Física e Química A


11.º Ano de Escolaridade

Duração da prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos

Grupo I

1.
1.1. (C)

O reagente que atua como base na reação direta é OH− que capta H+ , passando a H2 O .

(A) Opção falsa porque NH+4 atua como ácido que, ao ceder H+ , passa a NH3 .

(B) Opção falsa porque por ter menos (átomos de) hidrogénio não implica que capte H+ .
(D) Opção falsa porque o amoníaco é um produto da reação (e não um reagente) no sentido
direto.

1.2. H2O ( ) / OH− (aq) ; NH4+ ( aq) / NH3 ( g )

2.

2.1. n = 0,025 mol

HC é um ácido forte e, em água, a sua protólise é total:


HC ( aq) → H+ ( aq) + C −
( aq) ou HC ( aq) + H2O ( ) → H3O+ ( aq) + C − (aq)
Como pH = − log H+ ( aq) , e pH = 2 , vem:

H+ ( aq) = 1,0  10−2 mol dm−3 = 0,010 mol dm−3


suco gástrico

Como Vsuco gástrico = 2,5 dm3 /dia e n = c V , vem

n = 0,010 mol dm−3  2,5 dm3 /dia = 0,025 mol/dia

A quantidade de H+ ( aq ) produzida no estômago por dia (em média) é 0,025 mol .

2.2. V = 781 dm3

pH (H2Oalcalina ) = 9,5

A 25 C , pH + pOH = 14 . Assim, a 25 C : pOH = 14 − 9,5 = 4,5

Como pOH = − log OH− ( aq) :

OH− ( aq) = 1,0  10−4,5 mol dm−3 = 3,2  10−5 mol dm−3

1
De acordo com a reação H+ ( aq) + OH− ( aq) → H2O ( ), a estequiometria da reação é de 1:1,

logo, n (H+ ) = n ( OH− ) .

Assim, para neutralizar todo o suco gástrico produzido diariamente, a quantidade de OH−

necessária é: n ( OH− ) = 0,025 mol .

Como n = c V , vem:
0,025 mol = 3,2  10−5 mol dm−3  V

0,025 mol
V = = 781 dm3
3,210−5 mol dm−3

3.
3.1. Cloreto de amónio.

Calculando e comparando as quantidades relativas dos reagente, identifica-se o reagente


limitante.

Cálculo de quantidades:

nNH4C = cNH4C (aq)  VNH4C (aq) = 0,100 mol dm−3  1,00 dm3 = 0,100 mol

nCaO =
(
m CaO( s) )= 56,1 g
= 1,00 mol
M ( CaO ) 56,1 g mol−1

nCaO nNH4C
Comparação: = 1 = 0,050 , logo, o NH4 C é o reagente limitante.
1 2

OU

De acordo com a estequiometria da reação, 2 : 1 , 0,100 mol de NH4 C reagem com 0,050 mol

de CaO . Como se misturaram 0,100 mol de NH4 C com 1,00 mol de CaO , verifica-

-se que o CaO está em excesso e, portanto, o NH4 C está em defeito.

Conclusão: O reagente limitante é o cloreto de amónio.

3.2. (D)
Atendendo à proporção estequiométrica entre o reagente limitante, NH4 C , e o produto NH3 , 1: 1 ,

vem:
nNH4C = nteórico NH3

Assim, nteórico NH3 = 0,100 mol

VNH3 2,00 dm3


nobtido NH3 = = = 0,0893 mol
Vm 22,4 dm3 mol−1

2
Cálculo do rendimento:
n obtido 0,0893 mol
= 100   =  100 = 89,3%
nteórico 0,100 mol

o que está de acordo com a opção (D).

4.
4.1. A e D.

A. Falsa, pois não obedece ao Princípio da Construção ( 3s não foi completamente preenchida
antes de 3p ).

Correção: No estado fundamental, a configuração eletrónica do 17 C é 1s 2 2s 2 2p6 3s 2 3p5 .

D. Falsa, pois o espetro fotoeletrónico do cálcio (1s 2 2s 2 2p6 3s 2 3 p6 4s 2 ) apresenta seis

picos com duas intensidades diferentes (tem 2-2-6-2-6-2 eletrões nos seis subníveis, sendo
a intensidade relativa dos picos 2:2:6:2:6:2 ou 1:1:3:1:3:1) e o espetro fotoeletrónico do
cloro (1s 2 2s 2 2p6 3s 2 3 p5 ) apresenta cinco picos com três intensidades diferentes (tem

2-2-6-2-5 eletrões nos cinco subníveis, sendo a intensidade relativa dos picos 2:2:6:2:5 ).
(A altura de cada pico identifica a proporção (número relativo) de eletrões em cada nível.)

Correção: O espetro fotoeletrónico do cálcio apresenta picos com duas intensidades


diferentes e o espetro fotoeletrónico do cloro apresenta picos com três intensidades
diferentes.

4.2. (B)

A geometria de uma molécula é aquela que conduz à máxima estabilidade do sistema


molecular. Segundo o modelo da repulsão dos pares eletrónicos de valência, estes dispõem-se
no espaço o mais afastados possível, de modo a conduzir às menores repulsões eletrónicas
possíveis. No caso da molécula de NH3 , os pares eletrónicos de valência que rodeiam o átomo

central são três pares de eletrões ligantes, correspondentes às três ligações covalentes N − H
e um par de eletrões não ligante localizado no nitrogénio.

O maior afastamento possível destes quatro pares obtém-se quando eles se dispõem no
espaço de modo aproximadamente tetraédrico, conferindo ao conjunto uma geometria
piramidal trigonal, o que está de acordo com a opção (B).

3
4.3. (D)

As ligações N − H são polares, pois a polaridade das ligações resulta da diferença de energia
de ionização dos átomos ligados ou da diferença de eletronegatividade entre os átomos ligados.
A polaridade das moléculas resulta da polaridade de todas as ligações existentes e da geometria
das moléculas. Neste caso, as moléculas de NH3 são polares, pois há uma distribuição

assimétrica das cargas elétricas entre os átomos, o que está de acordo com a opção (D).

Grupo II
1.

1.1.

1. 2. Os CFC são clorofluorocarbonetos, isto é, compostos derivados dos hidrocarbonetos, em


que os átomos de hidrogénio foram substituídos por átomos de cloro e flúor.

Na estratosfera, os CFC, por ação das radiações UV, sofrem fotodissociação, ocorrendo a
rutura de ligações C − C , o que leva à libertação de radicais livres.

CC 2F2 ⎯⎯
UV
⎯→ C + CC F2

Os radicais cloro, muito reativos, reagem com o ozono, removendo-lhe um átomo de oxigénio,
o que origina oxigénio molecular e radical óxido de cloro.

C + O3 → C O + O2

O radical óxido de cloro pode reagir com outra molécula de O3 :

C O + O3 → 2 O2 + C

originando de novo radicais cloro que voltam a iniciar o ciclo. É um processo em cadeia.

Um único átomo de cloro pode destruir milhares de moléculas de ozono, o que conduz a
elevados danos na camada de ozono estratosférico.

A reação global é: 2 O3 (g) → 3 O 2 (g)

2.

2.1. O raio atómico dos átomos de bromo é maior do que o raio atómico dos átomos de cloro,
dado que ambos os elementos pertencem ao mesmo grupo da TP (grupo 17) e o cloro antecede
o bromo, pois o cloro localiza-se no 3.º período e o bromo no 4.º período.

4
Num grupo da Tabela Periódica, os raios atómicos dos elementos aumentam à medida que
aumenta o número de camadas eletrónicas, ou seja, o raio atómico aumenta ao longo do grupo.

2.2. Abundância relativa de bromo-81: 49,29%


Número total de átomos de bromo na amostra:

1000
 6,02  1023 = 7,5340  1024 átomos
79,904

Número de átomos de bromo-81:

7,5340  1024 − 3,8203  1024 = 3,7137  1024 átomos

Abundância relativa de bromo-81:

3,7137  1024
 100 = 49,29%
7,5340 1024

2.3. Massa isotópica relativa: 80,917


Abundância relativa de bromo-79:

100 − 49,29 = 50,71%

79,904 = 78,918  0,5071 + A r ( )


Br  0,4929
81

79,904 − 78,918  0,5071


Ar ( Br =
81
) 0,4929
= 80,918

3. a) – 4; b) – 1; c) – 6; d) – 8; e) – 5; f) – 3.

b) não pode ser 2 porque a velocidade de diminuição de Q é maior no início e não na parte
final.

d) não pode ser 7 porque a velocidade de aumento de Q é maior no início e não na parte final.

4.

4.1. Ks = 5,40  10−13

M ( AgBr ) = 187,77 g mol−1

0,138  10−3 g dm−3


s = 0,138 mg dm−3  s = = 7,35  10 −7 mol dm−3
187,77 g mol−1

AgBr ( s ) Ag+ ( aq) + Br − ( aq)

Ks =  Ag+   Br − 

Como

( )
2
 Ag+  = s e Br −  = s , vem: Ks = s 2 = 7,35  10−7 = 5,40  10−13

5
4.2. (C)

n.o.(Br) em BrO2− = +3 ;

n.o. ( C ) em C O− = +1 ;

n.o. ( C ) em C O−4 = +7 ;

n.o.(Br) em A Br3 = −1 ,

o que está de acordo com a opção (C).

Grupo III

1. v f = 18,5 m s−1 .

Durante o movimento de queda da bola há conservação de energia mecânica, visto que a única
força que sobre ela atua é a força gravítica, uma vez que a resistência do ar é desprezável.
Então,

Emi = Emf  Eci + Epi = Ecf + Epf

Como Epf = 0 , pode escrever-se:

1 1
m v i2 + m g hi = m v f2  v f2 = v i2 + 2 g hi 
2 2

v f = vi2 + 2 g h i  v f = 12,0 + 2  10  10,0 = 18,5 m s−1

O módulo da velocidade com que a bola atinge o solo é igual a 18,5 m s−1 .

2. (B)

A resultante das forças que atuam sobre a bola é igual à força gravítica. Esta força é constante,
vertical e de sentido descendente, pelo que se eliminam os esquemas (A) e (C). Dado que o
vetor velocidade é, em cada instante, tangente à trajetória, verifica-se que o esquema (D) está
incorreto.
Assim, a opção correta é a (B).

3. (A)

O valor do trabalho realizado pela força gravítica, força conservativa, é simétrico da variação de
energia potencial gravítica do sistema Terra + bola entre as posições de lançamento e do solo.
Assim,

6
(
WF = − Epf − Epi
g
)
Dado que a energia potencial gravítica final é nula, então,

( )
WF = − 0 − Epi  WF = Epi  WF = m g hi  WF = m  10  5,0  WF = 50 m
g g g g g

A opção correta é a (A).

4.

4.1. (D)

A bola está animada de movimento retilíneo uniformemente variado. Assim, substituindo na lei
da velocidade, v 0 y = 12,0 m s−1 , que é positiva (sentido ascendente) e a aceleração,

a = −g = −10 m s−2 (sentido descendente), obtém-se a equação da componente escalar da

velocidade v y = 12,0 − 10 t (SI) .

A opção correta é a (D).

4.2. t = 2,4 s

1 2
A lei das posições do movimento uniformemente variado é y = y 0 + v 0 y t + at .
2
Sendo

y 0 = 1,0 m , v 0 y = 12,0 m s−1 e a = −10 m s−2 ,

verifica-se que a equação da componente escalar da posição da bola durante o movimento é:

y = 1,0 + 12,0 t − 5,0 t 2 ( SI)

Substituindo nesta equação o valor da componente escalar da posição, y , no instante em que.

durante a queda, passa pela posição de lançamento, determina-se o intervalo de tempo


decorrido. Como y = 1,0 m , tem-se:

12,0
1,0 = 1,0 + 12,0 t − 5,0 t 2  0 = 12,0 t − 5,0 t 2  t = = 2,4 s
5,0

O intervalo de tempo que decorre entre o instante em que a bola é lançada e o instante em
que, durante a queda, passa pela posição de lançamento é igual a 2,4 s.

7
Grupo IV

1.

1.1. A é um amperímetro (está ligado em série) e B é um voltímetro (está ligado em paralelo


aos polos da pilha).

1.2. A seta que indica o sentido real da corrente elétrica é a I 1 , pois a corrente elétrica sai do

polo negativo da pilha e entra no polo positivo.

1.3.

1.3.1. 0,1mA

Da análise dos valores tabelados para I , verifica-se que a sensibilidade do amperímetro é


0,1 mA . Como este é digital, a incerteza de leitura é igual à sensibilidade, ou seja, a incerteza é

0,1mA .

1.3.2. Força eletromotriz da pilha:  = 4,12 V e a resistência interna: ri = 26,4  .

A equação da reta que melhor traduz a variação da diferença de potencial U = f ( I ) nos terminais

da pilha é:

U = 4,12 − 26,4 I ( SI)

Comparando esta equação com a equação característica da pilha


U =  − ri I

tem-se:
Força eletromotriz da pilha:  = 4,12 V e a resistência interna: ri = 26,4  .

2.
2.1. Direção vertical.
Recorrendo à expressão Φm = B A cos  , verifica-se que o fluxo magnético que atravessa a

espira é nulo quando a amplitude do ângulo  , ângulo definido pelo eixo da espira e o campo
magnético, for igual a 90 .
Assim, a direção do plano da espira tem de coincidir com a do campo magnético, isto é, a direção
vertical.
2.2. (B)
Da análise do esboço do gráfico representado na figura 3, e recorrendo à expressão
Φm
 = , verifica-se que:
t

4
– no intervalo de tempo  0; t1  , t = 2 e Φm = 6 − 2 = 4   = =2
2

8
– no intervalo de tempo t1; t 2  , t = 3 e Φm = 6 − 6 = 0   =
0
=0
3

– no intervalo de tempo t 2 ; t 3  , t = 3 e Φm = 0 − 6 = 6   =


6
=2
3

O esboço que melhor traduz o gráfico  = f (t ) , para o intervalo de tempo considerado é o da

opção (B).

Grupo V

1.  vidro = 18,8

Para determinar a amplitude do ângulo de refração,  vidro , recorre-se à Lei de Snell-Descartes

para a refração:
nar sin  ar = nvidro sin  vidro

Mas, previamente, é necessário calcular o índice de refração do vidro, nvidro , através da relação

c 3,00  108
nvidro =  nvidro =  nvidro = 1,46
v vidro 2,06  108

Finalmente, determina-se  vidro :

1,00  sin28,0
1,00  sin28,0 = 1,46 sin vidro  sin vidro =  sin vidro = 0,322   vidro = 18,8
1,46

A amplitude do ângulo de refração do feixe de luz monocromática é igual a 18,8 .

2. (C)
1
O período de uma radiação monocromática (bem como a sua frequência T = ) é uma
f

propriedade característica dessa radiação, pelo que o seu valor é constante qualquer que seja o
meio de propagação, eliminando-se assim as opções (A) e (B).
O comprimento de onda,  , é:
v 1
= e, como T = , então  = v T .
f f

Dado que T é constante e que a velocidade de propagação no vidro é inferior à do ar (que é


máxima, 3,00  108 m s−1 ), então, o comprimento de onda da radiação monocromática ao passar

do ar para o vidro diminui, sendo a opção correta a (C).

9
3. (D)
Para que ocorra reflexão total, a luz tem de se propagar no meio de maior índice de refração até
incidir na superfície de separação entre este meio e outro de menor índice de refração. Como o
menor valor de índice de refração é o do ar (1,00), as opções (A) e (B) são eliminadas.
A amplitude do ângulo de incidência tem de ser superior ao ângulo-limite (ângulo de incidência
para o qual o ângulo refratado é tangente à superfície de separação dos dois meios, 90º).
Assim, a opção correta é a (D).

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