Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Plantas Medicinais e
Educação Ambiental
• Relatório de Actividades
de 2004
• Plano de Actividades para
2005
• Gruta da Rua João do Rego
• Associação Negawatt
Sumário
Humor Verde . . . . . . . . . . . . . . 20
Sede Social
Está instalada no edifício da Junta
de Freguesia do Pico da Pedra, Apoio
Avenida da Paz, 14. Ali se encon- Direcção Regional do Ambiente
www.virtualazores.com/amigosdosacores tram todas as publicações editadas
e uma biblioteca especializada na
e-mail: temática ambiental. Os interessa-
amigosdosacores@hotmail.com dos poderão visitá-la todos os dias
amigosdosacores@gmail.com úteis das 8:30h às 12h e das 13h às
16h. Aconselha-se a marcação da Execução Gráfica e Impressão
Tel. 296 498 004 visita. Contacto: Carla Oliveira, EGA
Fax 296 498 006 Tel. 296 498 004 Empresa Gráfica Açoreana, Lda.
Vidália 23 2
Editorial
Neste primeiro número do boletim Vidá- do Vidália, bem como outro sobre a problemá-
lia de 2005, continua-se a dar destaque à Vida tica energética, onde se divulga a acção da
Associativa, bem como a divulgar artigos sobre associação francesa “Négawatt”. O pedestria-
o património natural e cultural da nossa Região. nismo, também, é contemplado neste número
através da divulgação de um percurso pedestre
Neste boletim, apresenta-se uma síntese existente na freguesia de Santo António, no
do Relatório de Actividades dos Amigos dos concelho de Ponta Delgada.
Açores, relativo ao ano de 2004, bem como o
Plano de Actividades para o ano em curso. No Por último, e para esclarecer, uma vez por
que diz respeito às actividades deste ano, desta- todas, a posição da nossa associação face à
camos as que constam dos seguintes projectos: polémica à volta da Gruta da Rua João do
Introduções Versus Endemismos, Conhecer Rego, em Ponta Delgada, aproveita-se para tor-
para Proteger, Espeleologia-Centro de Iterpre- nar público o documento, datado de Outubro de
tação da Gruta do Carvão-Norte, Coastwatch 2004, “Gruta da Rua João do Rego- Caracteri-
Europe e Amigos dos Açores- 20 anos em zação Sumária e Medidas de Preservação a
Defesa do Ambiente. Adoptar”.
3 Vidália 23
Educação Ambiental
Vidália 23 4
tas medicinais usadas numa dada localidade é seus tempos livres, é a criação de um pequeno
uma actividade que poderá entusiasmar os jardim de plantas medicinais. Para a sua
alunos. Ligada à montagem do herbário está implementação, tudo o que foi dito sobre a
sempre subjacente uma visita de estudo para a criação do herbário pode, aqui, ser posto em
colecta das plantas, uma pesquisa sobre as prática.
designações comuns de cada uma delas, os
seus nomes científicos, as exigências em ter- Por último, toda a experiência acumula-
mos de solos e água, os fins a que se desti- da por cada escola poderá ser alvo de divulga-
nam, as partes que devem ser utilizadas, even- ção, quer através da edição de uma pequena
tuais contra indicações e perigos no seu uso e brochura, quer na produção de um vídeo ou de
outras utilizações das plantas na região. A pro- um CD. Para além de constituir um prémio
cura de informações sobre as diversas plantas para os alunos, que têm a possibilidade de ver
não se deve limitar à pesquisa bibliográfica o seu trabalho reconhecido e difundido, pode-
ou ao recurso à internet, é muito importante rá ser um instrumento encorajador e facilita-
que se façam entrevistas a pessoas, sobretudo dor do trabalho de outras escolas.
as mais idosas, que conheçam e/ou usem as
plantas no seu dia a dia. Bibliografia:
MARCATTO, C., (s/d), Utilização de
Outra actividade que poderá contribuir Plantas Medicinais em Educação Ambien-
para a educação dos jovens alunos, para além tal (polic.)
de contribuir para a ocupação saudável dos
5 Vidália 23
Vida Associativa
Vidália 23 6
melhor conhecer e prote-
ger”, percursos pedestres
destinados a jovens, o
número de participantes foi
de trezentos e sessenta e
dois (362).
No âmbito da espeleo-
logia, continuou-se a pro-
mover ou a guiar visitas de
estudo à Gruta do Carvão,
essencialmente para jovens
estudantes. O número total
de visitantes foi de 274
(duzentos e setenta e qua-
tro). A associação acompa-
nhou, ainda, a visita do
grupo de investigadores e espeleólogos, presen- Água. Ainda em colaboração com a Arena, rea-
tes no XI Simpósio Internacional de Vulcanolo- lizou-se uma visita de estudo à Central Geotér-
gia, a esta mesma gruta. mica da Ribeira Grande, com a participação de
Foram apoiados, através da cedência de 35 alunos da Escola Secundária das Laranjei-
materiais ou acompanhamento de visitas de ras.
estudo, etc., 10 estabelecimentos de ensino. Com um número mais alargado de parti-
Entre estes, encontra-se uma escola do 2º e 3º cipantes do que no ano anterior, a associação
ciclos de Portugal Continental. coordenou o Projecto Coastwatch na ilha de
Seis entidades foram apoiadas através da São Miguel.
cedência de materiais diversos. Na sequência de um Protocolo assinado
Foi comemorado o Dia Mundial da Flo- com a Secretaria Regional do Ambiente, os
resta e da Água, em colaboração com a Direc- Amigos dos Açores continuam a responsabili-
ção Regional dos Recursos Florestais, através zar-se pelo funcionamento das Ecotecas da
da elaboração e apresentação de um power- Ribeira Grande e de Ponta Delgada, às quais
point sobre a Reserva Florestal de Recreio do tem cedido diverso material necessário às suas
Pinhal da Paz. actividades.
O Dia da Terra foi comemorado na Esco- No que diz respeito à Comunicação
la EB JI de Santo António, através de uma ses- Social, foram dadas dezoito entrevistas, realiza-
são para os 150 alunos da Escola. ram-se sete reportagens, foram publicadas duas
O Dia Mundial do Ambiente foi come- notícias e foi feita uma denúncia. Há ainda a
morado com um passeio pedestre no Monte registar a participação num programa da RTP –
Escuro – Vila Franca do Campo. Açores.
Em colaboração com a Arena- Agência Em relação a reuniões com as mais diver-
Regional da Energia da Região Autónoma dos sas instituições/entidades, registam-se duas
Açores, realizou-se uma visita de estudo para reuniões com o deputado do Partido Socialista,
35 alunos e 3 professores das Escolas EB 2/3 Manuel Campos, a participação na reunião
Canto da Maia e Secundária da Lagoa, à Cen- entre a Secretaria Regional do Ambiente, a
tral Geotérmica da Ribeira Grande e à Central Câmara Municipal de Ponta Delgada e o Labo-
Hidroeléctrica da Fajã do Redondo. Na ocasião ratório Regional de Engenharia Civil e a
foram distribuídos materiais sobre a Energia e a audiência com o Presidente do Governo Regio-
7 Vidália 23
Pedestrianismo
Vidália 23 8
Espeleologia
9 Vidália 23
do da gruta interfere, ainda, com terrenos inte- rente magnitude. Algumas destas derrocadas,
grados em moradias da 1ª Rua de Santa Clara sobretudo aquelas de maior magnitude, terão
(Figura 1). sido originadas, ou potenciadas, por acções
Enquanto que o ramo nascente da gruta humanas. Refira-se, por outro lado, que as
apresenta uma extensão de cerca de 100 m, o zonas em que os colapsos são menos importan-
ramo poente é mais extenso, atingindo cerca de tes (e.g. que afectam zonas do tecto com cerca
200 m de comprimento. Estes dois ramos inter- de 20 a 40 cm de espessura), colocam menores
sectam-se sob a Rua João do Rego, ao longo da constrangimentos, em termos de estabilidade,
qual se desenvolvem, igualmente, cerca de 40 nesta estrutura subterrânea.
m da extensão da gruta, estes últimos segundo Do mesmo modo, a fendilhação existente
uma orientação aproximada N-S. nas paredes e tectos da cavidade vulcânica é, na
De acordo com os levantamentos efectua- sua maioria, intrínseca à génese da própria
dos pelos topógrafos da Divisão de Topografia, gruta e resulta do arrefecimento, e estalamento,
Desenho e Cartografia, da SRHE, e para a zona da escoada lávica. Nalguns locais, acções natu-
da Rua João do Rego, o tecto da gruta encon- rais e/ou as acções humanas acima referidas
tra-se a uma profundidade variável de 2,76 a potenciaram deslocamentos em algumas destas
3,55 m relativamente ao nível daquele arrua- fendas.
mento.
Na gruta, existem várias zonas colapsa- 3- Importância Patrimonial da Gruta da
das (do tecto, paredes e/ou bancadas), de dife- Rua João do Rego
Esta gruta revela-se como uma das mais
notáveis cavidades subterrâneas naturais da
ilha de S. Miguel e apresenta um importante
valor patrimonial, do ponto de vista geológico.
O inegável interesse vulcanoespeleológi-
co desta gruta lávica está patente, por exemplo,
no vasto conjunto de micro-estruturas e de for-
mas geológicas típicas (na sua grande maioria
em bom estado de conservação) que se pode
observar, e que incluem longos troços de bal-
cões, paredes estriadas, numerosas estalactites
lávicas de fusão, pingos e escorrências de lava,
bem como “paredes inchadas” e bolhas de gás
de dimensões diversas, localizadas quer no
tecto quer nas paredes da gruta.
Não obstante, e em termos ambientais, a
Gruta da Rua João do Rego apresenta-se fragili-
zada e algo degradada, em grande parte devido a
ser usada como vazadouro (designadamente de
esgotos domésticos de moradias instaladas nas
suas proximidades) e por, simultaneamente, ter
permanecido isolada do exterior.
Figura 1. Traçado da “Gruta da Rua João do Por outro lado, a descoberta da Gruta da
Rego”. A amarelo- muros; X- raízes; Al- “algar da
Rua João do Rego, que junto com a “Gruta do
Rua José Bensaúde”; G- garagem. Indicam-se os
números de polícia de edifícios da Rua João do Carvão” e a “Gruta do Paim”, constituem o
Rego e da 1ª Rua de Santa Clara. maior sistema cavernícola da Ilha de São
Vidália 23 10
Miguel (cf. Figura 2), veio permitir o acesso a ratório Nacional de Engenharia Civil. Refira-
uma parte deste sistema, inacessível há algum se, a este propósito, que a grande maioria das
tempo. moradias da Rua João do Rego implantadas
sobre o traçado da gruta estão localizadas do
lado poente do arruamento, com disposição em
banda, embora existam algumas moradias do
lado nascente da rua igualmente sobre o traça-
do da gruta (Figura 1).
Apesar das considerações anteriores,
entende-se que a existência da Gruta da Rua
João do Rego e a efectivação de obras de sanea-
mento básico nesta artéria não são inconciliá-
veis, para o que parecem existir, aliás, soluções
técnicas estudadas, nomeadamente o desvio, a
montante, das tubagens de saneamento ou a
colocação/construção de um canal de escoa-
mento superficial (e.g. ao nível do arruamento).
Enquanto que o desvio das tubagens de
saneamento evitaria uma interacção directa
com a cavidade vulcânica e, logo, a manuten-
ção das actuais condições de estabilidade da
zona, a construção de um canal de escoamento
superficial (conjugada com a ligação das mora-
dias à rede de saneamento básico), não só teria
Figura 2. Implantação dos vários troços da Gruta uma interferência directa mínima com a cavi-
do Carvão conhecidos e cartografados. “Troço I”-
Rua do Carvão; “Troço II”- Rua do Paim; “Troço dade vulcânica, como esta deixaria de ser afec-
III”- Rua João do Rego; A- Algar da Rua José tada pelos esgotos domésticos existentes na
Bensaúde; B- casa dos “Madeiras”. zona.
Em qualquer circunstância, entende-se
4. Considerações Finais e Recomendações que a manutenção das condições de estabilida-
As obras de saneamento básico previstas de actualmente existentes na zona passam, em
para este arruamento da cidade de Ponta Del- certa medida, pela preservação desta gruta e
gada, tal como inicialmente projectadas, irão pela manutenção da sua configuração actual,
interferir directamente com esta gruta vulcâni- evitando-se a sua destruição e a consequente
ca, afectando-a irremediavelmente ao longo de perda do “efeito de abóbada”.
cerca de 45 m.
Por outro lado, e como foi por diversas Assim, na prossecução dos trabalhos de
vezes realçado pelos “Amigos dos Açores”, as saneamento dever-se-á privilegiar a preservação
obras em causa, tal como previstas, levantam da Gruta da Rua João do Rego, considerando-se
importantes questões de segurança, relaciona- que:
das sobretudo com a estabilidade das constru- a) em todas as obras previstas na Rua João do
ções (e.g. moradias) existentes na zona e, em Rego que interfiram directamente com o tra-
especial, sobre o traçado da gruta. çado da gruta, deverão ser minimizadas as
A análise destas questões, para a área de vibrações a induzir no terreno, de modo a
influência da Gruta da Rua João do Rego, foi evitar colapsos nesta cavidade. No decur-
objecto de parecer recente, por parte do Labo- so das obras deverá ser feita, C o n t i n u a
11 Vidália 23
também, uma monitorização permanente potenciais impactes causados;
das condições de estabilidade da gruta, veri- e) trabalhos de escavação, colocação de mani-
ficando-se, por exemplo, a existência de lhas de betão no interior da gruta, construção
novos colapsos ou a queda de pedras; de túnel artificial, ou outras soluções constru-
b) quaisquer danos significativos que venham a tivas que venham a ser impostas, devem ter
ser causadas no tecto da gruta durante as obras em conta o exposto nos pontos anteriores,
(e.g. fase de escavação), irão causar graves designadamente em termos de segurança e de
problemas de estabilidade aos edifícios medidas minimizadoras de impactes;
actualmente implantados sobre a gruta e colo- f) os trabalhos de saneamento a efectuar (e
carão em causa a segurança da própria obra; previsíveis para uma extensão máxima de 45
c) atendendo à profundidade a que se encontra metros da gruta) não poderão obstruir passa-
o túnel lávico relativamente ao nível da Rua gens e deverão manter as facilidades de pro-
João do Rego (2,7 a 3,5 m, segundo dados gressão actualmente existentes na Gruta da
dos S.M.P.D.), deverá ser abandonada a Rua João do Rego, tal como efectuado em
colocação das manilhas à cota actualmente outras intervenções (e.g. sob a 2ª Circular, à
prevista, procurando-se soluções alternati- Rua do Paim);
vas para o traçado da rede de saneamento g) independentemente da solução construtiva
básico; adoptada, deverá ser contemplado um
d) não obstante, quaisquer obras de reforço das acesso local à gruta, que poderá ser do tipo
condições de estabilidade e de segurança “caixa de espera”, de modo a permitir 1) a
existentes na zona e que venham a interferir monitorização das condições da gruta lávi-
directamente com a cavidade vulcânica, ca; 2) a monitorização das condições de
deverão ser limitadas ao mínimo possível e estabilidade das construções (e.g. mora-
deverão ser devidamente enquadradas nas dias) existentes na zona e 3) a realização
condições geológicas existentes na gruta, de visitas, nomeadamente de carácter cien-
procurando-se, deste modo, minimizar tífico.
Vidália 23 12
Vida Associativa
13 Vidália 23
INTRODUÇÕES VERSUS ENDEMISMOS glossário de termos vulcanoespeleológicos.
Pretendemos, com o presente projecto, PEDESTRIANISMO
alertar e consciencializar os jovens açorianos Em sequência da edição nos anos ante-
para este problema, através da reedição de riores de vários roteiros de percursos pedes-
vários materiais, chamando a atenção para o tres, pretende-se proceder à reedição dos que
perigo da introdução de espécies exóticas, bem se venham a esgotar, abrangendo o património
como editar outros, para divulgar espécies histórico, artístico, natural e etnográfico, ins-
endémicas. Está prevista a edição de um calen- trumentos de carácter interdisciplinar indis-
dário sobre fauna dos Açores e de um livro de pensável à Educação Ambiental e útil ao
divulgação de plantas usadas na medicina desenvolvimento de um turismo alternativo,
popular. mais respeitador do Ambiente.
Pretende-se, também, no âmbito da
AVIFAUNA DOS AÇORES colaboração com a Secretaria Regional da
Com este projecto, pretende-se dar a Economia, preparar textos para novos rotei-
conhecer o património avifaunístico dos Açores ros.
e contribuir para a conservação do mesmo.
Nesse sentido, a associação colaborará com CAMINHAR PARA MELHOR CONHE-
outras ONGAS, nomeadamente com a SPEA CER E PROTEGER
na divulgação das suas actividades. Continuar- Este projecto tem por principais destina-
se-á a reedição e distribuição de desdobráveis tários grupos de jovens de escolas da ilha de S.
sobre o cagarro e o garajau e dar-se-á continui- Miguel, bem como jovens pertencentes a
dade à iniciativa SOS- Cagarro, nos meses de Associações Juvenis ou a grupos de Jovens
Outubro e Novembro. ligados às Paróquias. São seus objectivos,
entre outros, despertar o prazer de apreciar a
CONHECER PARA PROTEGER Natureza, sensibilizar para a necessidade da
Tendo por objectivo principal a verifica- sua preservação e fomentar a discussão sobre
ção "in loco" do estado do ambiente e a recolha hábitos saudáveis e proporcionar alternativas
de elementos para uma futura elaboração de iti- de ocupação dos tempos livres.
nerários de descoberta da natureza e roteiros de
percursos pedestres, realizar-se-ão 12 passeios APOIO À ESCOLA-ACÇÕES DE SENSI-
pedestres/visitas de estudo. Estas visitas serão BILIZAÇÃO- ÁGUA E RESÍDUOS
complementadas, com a distribuição, aos Este projecto consistirá de visitas a esco-
órgãos de comunicação social e aos participan- las de vários níveis de ensino, onde se realiza-
tes, de informações sobre os locais a visitar. rão acções de sensibilização e distribuição de
materiais editados pelos Amigos dos Açores ou
ESPELEOLOGIA- CENTRO DE INTER- por outras entidades. De entre os temas a tratar,
PRETAÇÃO DA GRUTA DO CARVÃO será dado destaque às questões relacionadas
Pretende-se adaptar o edifício de acesso à com a água e com os resíduos, estando prevista
Gruta do Carvão (Norte) a centro de acolhimen- a reedição de um desdobrável sobre a água e
to de visitantes, de interpretação vulcanoespe- alguns materiais sobre resíduos.
leológica e a sede do Grupo de trabalho de Espe-
leologia. Continuar-se-á a promover e a COMEMORAÇÕES
acompanhar visitas de estudo à Gruta do Carvão Com este projecto pretende-se assinalar
e a participar no GESPEA, Grupo de Trabalho algumas datas importantes no calendário para
de Espeleologia criado pela Secretaria Regional a protecção da Natureza e do Ambiente,
do Ambiente. Continuar-se-á a elaboração do nomeadamente os Dias da Floresta, da Água,
Vidália 23 14
da Terra e do Ambiente. das zonas de costa e também sobre os principais
ECOTECAS DE PONTA DELGADA E DA problemas ambientais que as afectam, 2- elabo-
RIBERA GRANDE rar uma base de dados nacional e internacional
Os Amigos dos Açores, na sequência de actualizada (ano a ano) sobre o estado do litoral,
um Protocolo a assinar com a Secretaria Regio- 3- fornecer aos órgãos de decisão local, nacional
nal do Ambiente, ficarão responsáveis pelo fun- e internacional elementos que contribuam para a
cionamento da Ecoteca de Ponta Delgada, cola- gestão sustentada do Litoral, para a recuperação
borando na sua coordenação, assegurando o de zonas degradadas e para a preservação das
cumprimento do Plano de Actividades e projec- áreas sensíveis e 4- alertar a população para os
tando novas iniciativas. problemas ambientais da zona costeira e para a
urgência da sua protecção, pretende-se imple-
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DOS mentar o projecto na Ilha de São Miguel e, se
AMIGOS DOS AÇORES possível, alargá-lo a outras ilhas.
Pretende-se dinamizar o Centro de Docu-
mentação dos Amigos dos Açores que possui AMIGOS DOS AÇORES- 20 ANOS EM
uma biblioteca onde poderá ser consultada DEFESA DO AMBIENTE
bibliografia sobre as seguintes temáticas: meio Para assinalar os 20 anos de actividade dos
físico (água, ar e solos), actividades humanas, Amigos dos Açores, pretende-se editar uma bro-
energia, conservação da natureza e resíduos. Ao chura onde, para além de uma apresentação da
mesmo tempo, far-se-á uma maior divulgação associação e seus projectos, será feita uma síntese
do mesmo e proceder-se-á ao seu enriqueci- das suas actividades durante aquele período.
mento, através da aquisição de novas obras e
materiais, bem como da assinatura de revistas. ÁREAS PROTEGIDAS E TURISMO
Pelo seu interesse e actualidade, preten-
COASTWATCH EUROPE de-se editar uma brochura intítulada "Áreas
Tendo como principais objectivos especí- Protegidas e Turismo", da autoria do engenhei-
ficos: 1- recolher dados sobre as características ro silvicultor e arquitecto paisagísta, Fernando
Santos Pessoa.
15 Vidália 23
Energia
Associação Negawatt
Corália Lopes
O consumo de energia está hoje no centro Existem muitas respostas, simples, de bom
das atenções de todos aqueles que se preocupam senso, imediatamente aplicáveis por todos. Estas
com o nosso planeta. respostas baseiam-se na eficiência energética,
O consumo mundial de energia permane- isto é, na redução da quantidade de energia
ceu durante muito tempo estável, enquanto o necessária para um mesmo serviço e no uso de
homem utilizava a energia apenas para a sua todas as formas de energias renováveis, pois só
sobrevivência. A partir de 1850, a Revolução assim será possível evitar tanto desperdício de
Industrial provocou um aumento brutal das energia e caminhar para um futuro energético
necessidades de energia, agravado depois com o sustentável.
aumento do nível de vida e o crescimento simul- Um futuro energético é o que pretende a
tâneo da população. Associação Négawatt. Esta associação tem por
A situação é, hoje, alarmante. As desigual- objectivo promover e desenvolver o conceito e a
dades, o crescimento não controlado do consu- prática de “Négawatts” em todos os níveis da
mo de energia, o aumento da poluição do nossa sociedade, ou seja, promover a redução
ambiente e o desperdício dos recursos fósseis dos consumos de energia, o desenvolvimento da
limitados são os principais factores responsáveis eficiência energética, das economias de energia
por esta realidade. e das energias renováveis. Deseja assim contri-
Actualmente, consumimos muita energia buir para a protecção da nossa biosfera, para a
e, ao ritmo deste nosso consumo, de que recur- preservação e divisão equitativa dos recursos
sos energéticos disporemos no futuro? Como naturais, para a preservação da saúde e da quali-
quebrar com este comportamento irresponsável dade de vida.
sem reduzir a nossa qualidade de vida? Através do seu apelo “Négawatt”, a asso-
Vidália 23 16
ciação sugere-nos mudar o nosso olhar sobre a mais a nossa caminhada em direcção a um equi-
energia, para melhor consumir em vez de consu- líbrio tão vital. O tempo pressiona para nos
mir mais, divulgando assim um recurso, novo e empenharmos nesta diligência: as três décadas
escondido, mas gigantesco: os “Négawatts”. que virão serão cruciais para quebrar com o cres-
Este recurso representa a energia não consumida cimento desmesurado dos nossos consumos e
graças a uma utilização mais moderada e mais realizar uma verdadeira solidariedade entre as
eficiente da energia. pessoas através de um modelo energético equita-
Produzir menos watts é falar de produção tivo.
de “négawatts”e produzi-los é, portanto, rom- A associação “Négawatt” pretende fazer
per com os nossos maus hábitos, evitando o des- compreender que os “négawatts” são acessíveis
perdício. a cada um de nós e que o percurso proposto seja
Longe do retorno à vela ou ao candeeiro a registado de maneira prioritária e durável nas
petróleo, pretende-se então “caçar” watts inúteis opções políticas.
graças ao uso mais eficiente da energia e recor- Para a concretização do seu objectivo, a
rer ao uso das energias renováveis. associação oferece como meios de acção a pes-
Existem verdadeiras reservas de “néga- quisa, a produção e a difusão de informação,
watts” e em quantidades consideráveis, superio- bem como a organização de mudanças de toda a
res a metade da produção mundial actual de natureza.
energia. São soluções já hoje disponíveis, fiáveis Para descobrir, reflectir, debater e agir, a
e de vantagens múltiplas: ausência de poluição, associação tem à disposição de todos uma pági-
criação de empregos, responsabilidade, solida- na na Internet, na qual disponibiliza importantes
riedade, etc. documentos e apresenta também diversas suges-
Esta nova abordagem da questão energéti- tões essenciais para a produção de “négawatts”.
ca apresenta três componentes fundamentais : Para mais informações sobre esta associa-
- A sobriedade energética em todos os ção, consultar www.negawatt.org ou entrar em
níveis da organização da nossa sociedade e nos contacto com a mesma através do endereço con-
comportamentos individuais para eliminar os tact@negawatt.org .
desperdícios absurdos. Apoia-se na responsabili-
zação de todos, do produtor ao
cidadão;
- A melhoria da eficiência
energética dos nossos edifícios,
dos meios de transporte e de todos
os equipamentos que nós utiliza-
mos para reduzir as perdas e para
melhor usar a energia;
- Por fim, o aproveitamento
das energias renováveis, por defi-
nição inesgotáveis, descentraliza-
das e com fraco impacto no nosso
ambiente. Só a utilização de ener-
gias renováveis permite equilibrar
as nossas necessidades com os
recursos do nosso planeta.
Segundo o apelo da associa-
ção, não há razão para retardar
17 Vidália 23
Publicações e Materiais para Venda
Formulário de Encomenda
Por favor envie as quantidades acima assinaladas para o endereço:
Nome
Rua e nº
Código Postal
Nota: todos os pedidos deverão ser acompanhados do respectivo pagamento em cheque ou vale postal.
Para o estrangeiro ao valor total deverá acrescentado 2
AMIGOS DOS AÇORES- Avenida da Paz,14 9600-053 PICO DA PEDRA
Telefones - 296 498 004 / 296 498 774 Fax - 296 498 006 E-mail - mop88258@mail.telepac.pt
Vidália 23 18
Novos Sócios
Os AMIGOS DOS AÇORES são uma asso- Porque é fundamental contribuir para a garantia
ciação regional de defesa do ambiente, inde- da existência de uma voz independente e firme
pendente do poder político-económico e aparti- na defesa do ambiente nos Açores, vimos con-
dária, que vem, desde 1985, trabalhando vidá-lo(a) a aderir aos Amigos dos Açores, para
ininterruptamente a favor da conservação da tal basta preencher a ficha que junto enviamos
maior riqueza dos Açores: o seu património e devolvê-la para:
natural.
No entanto, uma associação como esta, para AMIGOS DOS AÇORES
desempenhar ainda melhor o seu papel, tem de Avenida da Paz, 14
continuar a aumentar a sua principal base de 9600-053 PICO DA PEDRA
apoio: os seus associados.
BOLETIM DE INSCRIÇÃO
SÓCIO N.º _______Quota anual (mínimo 10 )_________,____ Donativo anual ________,____
(quota anual + donativo)
NOME _____________________________________________________________________________
MORADA __________________________________________________________________________
LOCALIDADE______________________________CÓDIGO POSTAL ________________________
TELEFONE_____________________ E-MAIL ____________________________________________
PROFISSÃO ____________________________________ DATA DE NASCIMENTO ____/____/____
N.º DO B. IDENTIDADE____________________ N.º DE CONTRIBUINTE ___________________
TIPO DE COLABORAÇÃO____________________________________________________________
PARTICIPAÇÃO NOS PASSEIOS PEDESTRES: SIM________ NÃ0________
DATA____/____/____ ASSINATURA____________________________________________________
• A associação passará recibo dos donativos, os quais poderão ser deduzidos à colecta do ano para efeitos de IRS ou IRC.
AO BANCO _________________________________
Agência de _______________________________
De V.Exas.
Muito Atentamente
_________________________________
(nome completo) (assinatura idêntica à existente no Banco)
19 Vidália 23
HUMOR VERDE