Transforma cao Geral de Lorentz

Arthur Constantino Scardua

February 23, 2012
A transforma c ao de Lorentz geral normalmente e deduzida a partir de relac oes
de rotac oes das matrizes de Lorentz por um angulo arbitrario. Nessa situa c ao,
a transforma c ao de Lorentz na direc ao x

X = L
X
X , (1)
e rodada para uma direc ao qualquer, onde a posic ao passa de X para RX = P,
onde R e uma matriz de rotac ao (portanto, representante do grupo SO(3)). Essa
rotac ao e dada pela propriedade dos integrantes de SO(3) de que a inversa e a
transposta, ou seja, R

R = I, de forma que

P = R

X = RL
X
IX = RL
X
R

RX = LP , (2)
onde a matriz geral de Lorentz e obtida pela transforma c ao
L = RL
X
R

. (3)
A equac ao (3) e uma transforma c ao de coordenada de um operador linear.

E bastante trabalhoso utilizar esse metodo para deduzir a forma geral de L.

Existe um metodo mais simples, utilizando a logica e a transforma cao em x que
resulta na transforma c ao geral.
Para tanto, e necessario antes saber decompor um vetor em componentes
paralelas e perpendiculares a outro.
Decompondo um vetor
Sejam

A e

B vetores denidos no mesmo espaco. O vetor

A tem um componente
paralela ao vetor

B,

A

, e uma perpendicular,

A

. Essas componentes sao:

= Proj

B
_

A
_

B

B
=
_

A

B
_

B
=
_

A

B
_

B

B
2
e (4)

=

A

A

=

A
_

A

B
_

B

B
2
, (5)
onde
1
, de fato,

A =

A

+

A

.
Com as equac oes (4) e (5) podemos escrever as equac oes de Lorentz de forma
mais geral.
1
O operador Proj

B
e o operador de projec ao sobre

B.
1
Equacoes de Lorentz gerais
Em princpio, n ao precisamos de muito c alculo para denirmos uma trans-
forma c ao de Lorentz geral. Basta trocarmos a nota c ao xyz por componentes
paralelas `a velocidade relativa, e componentes perpendiculares. Ou seja, a trans-
forma c ao geral de Lorentz para dois referenciais que se movem com velocidade
relativa

V qualquer e
_

r|

= r|

r|

=
_
r|

V t
_
c

t =
_
ct
V

r|

c
_
, (6)
onde =
1

1
V
2
c
2
.
A equac ao (6) n ao nos diz diretamente as componentes do vetor posic ao,
nem o tempo. Contudo, a partir das equac oes (4) e (5) conseguimos obter os
vetores paralelos e perpendiculares em fun c ao das componentes
r|

=
_
r

V
_

V

V
2
e (7)
r|

= r
_
r

V
_

V

V
2
. (8)
O resto e substituic ao. Das equac oes (7), (8) e (6), sabendo que o vetor
posic ao total e a soma de suas componentes paralelas e perpendiculares, obtemos
a transforma c ao geral de Lorentz

r =
_
r
_

V r
_

V

V
2
_
+
_
_

V r
_

V

V
2

V t
_
e (9)
c

t =
_
ct

V r
c
_
. (10)
De forma mais rapida e simples que as rotac oes obtemos a transforma c ao
geral de Lorentz.
A matriz de transformacao
Arrumando as equac oes (9) e (10) para facilitar a visao matricial

r =
_
I +

V
( 1)

V
2

V
_
r

V
c
ct e (11)
c

t = ct

V
c
r . (12)
A matriz geral de transforma c ao de Lorentz e, portanto,
L =
_

_

vx
c

vy
c

vz
c

vx
c
1 +
(1)
V
2
v
2
x
(1)
V
2
v
x
v
y
(1)
V
2
v
x
v
z

vy
c
(1)
V
2
v
x
v
y
1 +
(1)
V
2
v
2
y
(1)
V
2
v
z
v
y

vz
c
(1)
V
2
v
x
v
z
(1)
V
2
v
z
v
y
1 +
(1)
V
2
v
2
z
.
_

_
(13)
2