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O sentido da alma
Plato retoma o conceito oferecido por seu mestre Scrates para definir alma: o eu, consciente, intelectual e moral. precisamente no aspecto intelectual na qual reside a primeira base dos estudos do filsofo helnico. A alma humana consegue, por meio da lgica, desenvolver a essncia do conhecimento que guia as aes humanas. A partir desse pensamento, forma-se a Cincia. Conforme Bittar (2005, p. 78): a cincia s possvel do que certo, eterno e imutvel. Somente as idias so, para Plato, certas, eternas e imutveis. A alma socrtica (psych), entretanto, no estabeleceu a ordem natural dessa categoria. Pertenceria ela materialidade do corpo ou estaria alm dessa dimenso? Plato transcendeu seu mestre nessa particularidade. Se o a vida pertence ao viver o corpo, o apego matria, toda forma de conhecimento poderia ser refutada como intil, pois tem um limite temporal. A alma pertenceria, portanto, ordem da Imortalidade. Viver para a alma significa, nas palavras de Reale, um [...] progressivo desapego do corpreo. (2007, p. 183) Eis a questo fundamental em Plato: a alma a dimenso imaterial e inteligvel do Homem. A imaterialidade e a inteligibilidade so eternas, logo, a alma imortal.
O sentido da alma
A Razo, orientada pela alma, se concretiza pela virtude a fim de se proporcionar ordem e equilbrio ao comportamento humano. Alm desse significado transcendente, a Cincia se efetiva a partir desse pensamento para elaborar modelos universais no intuito de se aprimorar o conhecimento dos fenmenos sensveis. Para Plato, o conhecimento sensvel aquele momentneo, ou seja, aquilo em que as sensaes percebem em um dado momento, porm, essa percepo limita-se a uma esfera materialista, sendo necessrio, portanto, a existncia desses modelos de idias que transcendem materialidade: seu significado o mesmo em qualquer poca, lngua ou lugar (essncia). A fim de se corroborar essa formao, Plato utiliza-se de mtodos matemticos para formular tais regramentos, destacando-se o mtodo dos gemetras. Esse mtodo uma dialtica ascendente, na qual se parte de uma hiptese at se chegar em uma afirmao boa em si mesma que explique todas as outras hipteses (relao de subordinao). Diante desse quadro, torna-se perceptvel o papel das idias como fonte do exerccio filosfico/mental, haja vista que ela uma decorrncia natural do esprito (logstica/virtude) e da prpria filosofia (dialtica).