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Jornalismo on-line

Professor mestre Artur Araujo (artur.araujo@puc-


campinas.edu.br)

O que é hipertexto
Indexação e consulta: palavras-
chave para definir o hipertexto
 Como organizar em um sistema
de armazenamento de dados
todo o saber existente?
 Essa pergunta instigou algumas
das mentes mais brilhantes
da pesquisa das mídias digitais.
 O resultado mais visível dessas
investigações é o hipertexto.
Biblioteca de Alexandria
Uma voz de 1945
 “O registro das idéias humanas
expandiu-se prodigiosamente
- e, entretanto, os meios de que
nos valemos para tentar
encontrar algo de importante
nesse labirinto de idéias são
os mesmos que utilizávamos Vannevar Bush
(1890 — 1974)
quando havia muito menos coisa para
pesquisar”.
É preciso indexar...
 “Nossa principal dificuldade em
encontrar as informações de
que precisamos estão
relacionadas à superficialidade
dos sistemas de indexação
adotados. A informação é
normalmente indexada ou Vannevar Bush
(1890 — 1974)
em ordem alfabética ou em ordem
numérica.”
Memex, “avô” da internet
 Consideremos um dispositivo
futuro para uso individual, que
é um misto de arquivo e
biblioteca - pessoal e privado.
Esse dispositivo precisa de um
nome: vamos chamá-lo
de "memex". Vannevar Bush
(1890 — 1974)
O hipertexto...
 “Quando o indivíduo desejar
construir uma associação, ele dará
um nome à trilha de associações e
registrará esse nome em um livro
de códigos e, usando o teclado, no
próprio memex. O indivíduo trará
para a tela os itens que quer
Vannevar Bush
interligar e, usando um indicador (1890 — 1974)
voltado para um de vários espaços em branco
em sua parte inferior, os interligará”.
... E surge o html...
 Em 1992, Tim Berners-Lee
criou a HyperText Markup
Language (Linguagem de
Marcação de Hipertexto).
 Trata-se de um protocolo Tim Berners-Lee

que permite uma interface amigável


(gráfica e multimídia) no meio digital.
Uma expressão não-linear...
Pressuposto teórico PIERRE LÉVY
As tecnologias
da inteligência

 “O jogo da comunicação
consiste em, através de
mensagens, precisar, ajustar, transformar
o contexto compartilhado pelos parceiros”.
 As palavras, que variam intensamente de
significado, consolidam-se
semanticamente no processo de
comunicação por meio da fixação de
contexto.
Troca é o fundamento PIERRE LÉVY
As tecnologias
da ação comunicativa da inteligência

 Cada um em sua escala,


os atores da
comunicação ou os elementos de uma
mensagem constroem e remodelam
universos de sentido.
 Para Pierre Lévy, o hipertexto se
fundamenta em seis princípios abstratos...
1- Metamorfose PIERRE LÉVY
As tecnologias
da inteligência

 A rede hipertextual está


em constante construção
e renegociação. Ela pode
permanecer estável durante um certo
tempo, mas esta estabilidade é em si
mesma fruto de um trabalho.
2- Heterogeneidade PIERRE LÉVY
As tecnologias
da inteligência

 Os nós e as conexões
de uma rede hipertextual
são heterogêneos. Na
memória serão encontradas imagens, sons,
palavras, diversas sensações, modelos, etc., e
as conexões serão lógicas, afetivas, etc. Na
comunicação, as mensagens serão multimídias,
multimodais, analógicas, digitais, etc.
3- Multiplicidade e PIERRE LÉVY
As tecnologias
encaixe da inteligência

 O hipertexto se organiza
em um modo "fractal",
ou seja, qualquer nó ou
conexão, quando analisado, pode revelar-
se como sendo composto por toda uma
rede, e assim por diante, indefinidamente,
ao longo da escala dos graus de precisão.
Lexis: encaixes...
 O hipertexto seria uma rede de
lexis que criam conexões na web.
 É o que George Landow chama de “lexis”.
 Esses “nós” que fundamentam a rede dão
organicidade à web.
 São eles que fundamentam os
dispositivos de busca da rede.
Como seria um mapa da web?
O matemático húngaro Albert-László Barabási apresentou em seu
livro “linked”, uma hipótese esquemática de como é o mapa da
web.

Albert-László Barabási
4- Exterioridade PIERRE LÉVY
As tecnologias
da inteligência

 A rede não possui


unidade orgânica, nem
motor interno. Seu crescimento e sua
diminuição, sua composição e sua
recomposição permanente dependem de
um exterior indeterminado: adição de
novos elementos, conexões com outras
redes, excitação de elementos terminais
(captadores), etc.
5- Topologia PIERRE LÉVY
As tecnologias
da inteligência

 Nos hipertextos, tudo


funciona por proximidade,
por vizinhança. Neles, o curso
dos acontecimentos é uma questão de
topologia, de caminhos. Não há espaço
universal homogêneo onde haja forças de
ligação e separação, onde as mensagens
poderiam circular livremente. Tudo que se
desloca deve utilizar-se da rede hipertextual tal
como ela se encontra, ou então será obrigado a
modificá-Ia. A rede não está no espaço, ela é o
espaço.
6- Centros móveis PIERRE LÉVY
As tecnologias
da inteligência

 A rede não tem centro, ou


melhor, possui
permanentemente diversos centros que são
como pontas luminosas perpetuamente móveis,
saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de
si uma ramificação infinita de pequenas raízes,
de rizomas, finas linhas brancas esboçando por
um instante um mapa qualquer com detalhes
delicados, e depois correndo para desenhar
mais à frente outras paisagens do sentido.
Hipertexto, mas também hipermídia

Polliana
Ferrari
Vamos ler sobre as
novidades da
codificação html...

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