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Qual o perfil das vítimas de Bullyng?

O que é que uma vítima de bullying deve fazer quando é

A quem essa é que essa vítima pode recorrer?


Ciclo do bullying…

Bullying como se define nas escolas?

.Percentagens do bullying em Portugal


Segundo os estudos realizados as vítimas são
alunos inteligentes e sensíveis, que têm uma boa
relação com os pais. Como não são provenientes de
famílias conflituosas, não sabem reagir quando são
provocadas. Estes
Jovens vítimas têm uma auto-estima baixa e
acreditam nos insultos que lhes são dirigidos.
São alvos fáceis porque levam a sério as injúrias do
agressor.
As vítimas ficam fragilizadas e dificilmente
conseguem estabelecer novas relações de
confiança.
As vítimas têm dificuldade em fazer amigos porque
sofrem rejeição dos pares.
inicio
Evitar a companhia do agressor
Evitar ficar a sós com o agressor
Jamais falar com o agressor sozinho/a
Não responder às provocações do agressor
(para ver se ele se cansa…)
Contar a um ou mais adultos que foi
agredido/a, insultado/a ou humilhado/a
Não demonstrar que tem medo do agressor
Denunciar o agressor sempre!

inicio
-Director de turma

-Conselho executivo

-Gabinete de Mediação Escolar

-Funcionários da escola

-Familiares
-PSP ou GNR

inicio
O bullying na escola define-se do seguinte modo: "um aluno está a ser
provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e ao
longo do tempo, a acções negativas da parte de uma ou mais pessoas"
(Olweus, 1993) Considera-se uma acção negativa quando alguém
intencionalmente causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a outra
pessoa. Esse repetido importunar pode ser físico, verbal, psicológico e
/ou sexual.
Devido às consequências e efeitos negativos destes comportamentos
para o desenvolvimento e para a saúde mental, é de extrema
importância que as escolas não neguem que o problema existe e que se
dissipe a noção, de pais e educadores, de que este tipo de
comportamento é uma parte normal do crescimento. Isto também
porque a liberdade do medo do não é suficiente para assegurar uma
aprendizagem com sucesso mas é uma condição necessária para a
aprendizagem eficaz.
Em Portugal, têm sido feitos vários estudos sobre a problemática do
bullying. Estes envolvem aspectos como a tradução da palavra
“bullying” para português”, a observação dos comportamentos de
bullying nos recreios, a caracterização das vítimas, dos agressores e
das vítimas-agressoras e a prevalência deste tipo de comportamentos e a sua
monitorização a nível nacional.
inicio
Nas investigações com amostras nacionais representativas
(Carvalhosa, Lima e Matos, 2001; Carvalhosa e Matos, 2004)
verificou-se que, em 1998, 42.5% dos alunos entre os 11 e os
16 anos de idade relataram nunca se terem envolvido em
comportamentos de bullying, 10.2% afirmaram serem
agressores (uma vez ou mais, no último período escolar),
21.4% referiram serem vítimas (uma vez ou mais, no último
período escolar) e 25.9% eram simultaneamente vítimas e
agressores. Já em 2004, verificou-se que 41.3% dos alunos
nunca se envolveram em comportamentos de bullying, 9.4%
são agressores, 22.1% são vítimas e 27.2% são tanto vítimas
como agressores. Pode-se assim concluir que em Portugal,
existem taxas elevadas de comportamentos de bullying, nas
escolas.
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Para a vitimação e para a provocação, os
comportamentos mais referenciados são o “gozar,
chamar nomes, fazer troça”, “dizer mentiras,
espalhar boatos”, “fazer comentários ou gestos
ordinários e/ou piadas sexuais” e “excluir, deixar de
fora de actividades de propósito” (Carvalhosa e
Matos, 2005). Num estudo comparativo sobre a
evolucão do fenómeno em Portugal, verificou-se que
a frequência dos comportamentos de vitimação e de
provocação, uma vez por semana ou mais,
aumentaram nos últimos anos nas escolas
Portuguesas (Carvalhosa e Matos, 2004). Nas
escolas estes fenómenos são muitas vezes
despercebidos na sua verdadeira extensão e
expressão. seguinte
dos alunos portugueses entre os 10 e os 18 anos,
23.5% estão envolvidos em comportamentos de
bullying, 2 a 3 vezes por mês ou mais, ou seja, 1 em
cada 4 alunos.
os rapazes envolvem-se mais em comportamentos
de bullying na escola, quer como agressores, quer
como vítimas, quer com duplo envolvimento
(simultaneamente agressores e vítimas);
o envolvimento em comportamentos de bullying
parece ter um pico aos 13 anos, embora os mais
novos (11 anos) se envolvam mais, enquanto
vítimas;
inicio
CICLO DO BULLYING

G
DEFENSOR
NÃO GOSTA DO
BULLYING
E TENTA
AJUDAR F
DEFENSOR
PASSIVO
A NÃO GOSTA
AGRESSOR DE BULLYING
MAS NÃO TENTA
AJUDAR

CULTURA
SOCIAL
B E
IMITADOR OU ESPECTADOR
AJUDANTE LIVRE

C D
APOIANTE
APOIANTE PASSIVO
FAZ PARTE APOIA O BULLYING
DO BULLYING MAS NÃO ACTUA
inicio
SUPORTE SOCIAL
O suporte social é considerado um factor protector para o
envolvimento em comportamentos de bullying. Através de
utilização de modelos de equações estruturais, uma análise
factorial confirmatória revelou que os modelos dos 2 factores
correlacionados (Suporte dos Amigos e da Família; Suporte dos
Colegas e dos Professores) se ajustam aos dados (CFI de 0.95 e de
0.94) (Carvalhosa, Oddrun, Hetland, submetido a). Os resultados
indicam que na escola, as vitimas e as vítimas-agressoras recebem
menos suporte dos colegas e os agressores recebem menos
suporte dos professores; fora da escola, as vitimas tem menos
suporte dos amigos. Podemos concluir que diferentes padrões de
suporte social, dentro e fora da escola, foram encontrados para as
vitimas, os agressores e as vítimas-agressoras. Estes resultados
podem guiar o desenvolvimento de intervenções para a prevenção
do bullying.

seguinte
COMPARAÇÃO INTERNACIONAL
O estudo Health Behaviour in School-aged Children (Currie,
Hurrelmann, Settertobulte, Smith, & Todd, 2000), envolvendo 35
países e regiões maioritariamente europeus, aponta que cerca de 30
% dos jovens entre os 11 e os 15 anos reportam envolvimento em
bullying, estando os rapazes mais envolvidos do que as raparigas, em
todas as idades e que as últimas optam mais por formas de bullying
indirecto como manipulação social e agressão verbal.
Como podemos ver pela observação do Gráfico, em Portugal são
sempre os rapazes que mais referem serem vítimas de bullying.
Comparativamente com os outros países envolvidos no estudo, os
jovens Portugueses com 11 e 13 anos de idade colocam Portugal em
4º lugar no ranking da vitimização na escola.

seguinte
Em relação a agredir os outros, o Gráfico revela que são também os
rapazes quem mais provoca os outros nas escolas Portuguesas. Os dados
dos jovens de 11 anos de Portugal quando comparado com os outros 35
países em relação a provocar os outros, pelo menos 2 ou 3 vezes por
mês, nos últimos 2 meses, fazem com que ocupemos o 6º lugar no
ranking do bullying na escola.
A prevalência do bullying foi investigada em 29 países (ter sido vítima e
ter provocado outros), assim como as diferenças entre grupos etários e
foi ainda explorada a relação entre o bullying e o Produto Interno Bruto
(PIB) (Carvalhosa, Oddrun, Hetland, submetido b). A análise revelou que
existe uma grande variação entre os países quando se comparou a
frequência de bullying comportamentos. A percentagem de vítimas
variou entre 5,8% na Suécia e 40,1% na Lituânia, bem como a
percentagem de agressores variou de 3,4% em Inglaterra e 34,4%
também na Lituânia. A curva em U foi encontrada em todos os grupos
etários, quando o PIB e o bullying foram investigados. As novas
estratégias de prevenção têm que se distinguir por um compromisso de
combater as desigualdades macro-determinantes através de políticas
informada por provas científicas. O envolvimento com macro-
determinantes e com provas científicas apresenta um grande desafio
para a comunidade científica e política.
se
MODELO ECOLÓGICO
De acordo com a teoria dos sistemas ecológicos (Bronfenbrenner,
1979), o desenvolvimento humano ocorre num conjunto de
sobreposições de sistemas ecológicos e foca o relacionamento
de um indivíduo dentro do seu contexto social. Todos estes
sistemas cooperam para influenciar o que uma pessoa se torna
à medida que se desenvolve.
Bronfenbrenner (1979) sugere que um indivíduo se desenvolve
dentro de um contexto ou ecologia e este autor estrutura o
ambiente em termos de uma série de círculos concêntricos (ver
Figura), em que o círculo no centro é a pessoa rodeada por
micros sistemas (e.g., pessoa - família, pessoa - pares, pessoa -
escolar e pessoa - comunidade). Nenhum sistema pode ser
considerado um micros sistema se não está em contacto
directo com a pessoa por um período de tempo significativo. O
próximo círculo é o mesmo sistema, que é um nível intermédio
de influência

seguinte
CONCLUSÃO
Apesar de a maioria dos comportamentos de bullying
ocorrerem na escola, a sua prevenção deverá centrar-se
em toda a comunidade. Todas as pessoas têm um papel
importante a desempenhar:
Crianças e Jovens
Família
Escolas
Comunidade
Políticos / nível nacional

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