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UFSC/EEL/Labplan
Tópicos
Introdução ao estudo da gestão do risco
Natureza do risco
Riscos de mercado e operacional
Risco hidrológico
Risco de preço e volume
Forma de mitigação do risco
Percepção do risco
Aversão a risco do gerador
Técnicas de gestão do risco
VaR e CVaR
Modelos de Preço
Gestão do risco
Opções e derivativos
Gestão de ativos
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Introdução
Decisões de consumo e investimento envolvem
risco
Escolhas com diferentes graus de risco somente
podem ser feitas se for possível medir o risco
Algumas pessoas acham o risco mais indesejável
que outras, i. é., as preferências em relação ao risco
diferem
Alguns riscos podem ser reduzidos pela
diversificação, aquisição de seguro ou investimento
em informação
As pessoas podem escolher o grau de risco que
estão dispostas a assumir
O erro capital não é desconhecer o risco e sim
escondê-lo
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Introdução
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Natureza do Risco
Risco de Mercado
A demanda pelo recurso não acompanha a evolução
prevista no estudo de viabilidade
Excesso de oferta implica redução do preço previamente
estabelecido
Sua mensuração permite verificar se níveis de exposição ao
mercado estão dentro de limites prudentes
Monopólio é diferente
Consumidor assume o risco
Consumidor paga pela escassez e pelo excedente de oferta
Risco Operacional
Flutuações de carga
Quebra de equipamentos indisponibilidade
Variações nos preços do combustível e falta de combustível
Risco de Disponibilidade Hidrológica
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Avaliação de Risco Operacional
MW contratos de
venda no spot compra/ geração
contratos de
venda/
consumo
compra no spot
tempo
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R$/MWh
0
100
200
300
400
500
600
700
set/00
out/00
dez/00
fev/01
mai/01
jul/01
set/01
nov/01
dez/01
mar/02
abr/02
jun/02
ago/02
out/02
dez/02
fev/03
abr/03
jun/03
Sul
ago/03
out/03
Nordeste
dez/03
Eletricidade EVOLUÇÃO DO PREÇO SPOT
fev/04
abr/04
jun/04
ago/04
out/04
Norte
dez/04
fev/05
Sudeste e CO
abr/05
jun/05
Risco de Preço no Mercado Brasileiro de
ago/05
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Características dos Contratos
Opção de Venda
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Contrato de Venda para Consumo
incorpora detalhes inerentes do perfil do consumidor
20.000
18.000
16.000
14.000
Take or Pay
12.000
KWh
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
Horas
Limite Superior
Opção de Venda
Limite Inferior
Opção de Compra
Opção de Compra
Montante Contratado
Opção de Venda
Agente
Opção de Venda
Comercializador
Contrato de Venda 2
Contrato de Compra2
Limite Superior
Opção de Compra
Montante Contratado
Opção de Venda
Limite Inferior
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Exemplo de Risco de Volume
Geração
Energia Energia Energia
Alocada Hidrelétrica Firme Geração Alocada
Hidrelétrica
Geração Termelétrica
(Mérito) Geração Termelétrica
(Mérito)
Geração
Hidrelétrica Energia
Geração Termelétrica Geração Termelétrica
Substituída por Excedente à
(Restrições Elétricas) (Restrições Elétricas)
Térmelétrica firme
1.1000
1.0500
1.0000
FGH
0.9500
0.9000
0.8500
0.8000
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
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Percepção do Risco
Amante do Risco
Avesso ao Risco
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Aversão ao Risco
Os geradores não são neutros ao risco
Um resultado bom pode não compensar um resultado ruim ao
longo do tempo
As empresas são avaliadas por seus controladores em base
anual
Se os geradores fossem neutros em relação ao risco;
i.é., se tivessem capacidade financeira infinita, a
precificação das parcelas variáveis seria feita por seu
valor esperado
Nessa situação os períodos de perda são compensados por
períodos de ganhos
Os geradores simulariam um grande número de cenários de
oferta/demanda, condições hidrológicas, calculando a média
dos custos de compra e venda no mercado atacadista de
energia
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Aversão a risco
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A Dura Realidade: não existe Ganho Certo
“Nuvem” de pontos formando uma região viável com todas as combinações possíveis
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Medição e Gestão do Risco de Mercado
Medição do Risco
Modelos Econométricos
Processos estocástico
Modelos Microeconômicos
Preço derivado da interação entre os agentes
Teoria dos jogo
Gestão do risco
Derivativos
Opções reais
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Derivativos – Contratos Usuais
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Forward (Termo)
Não são negociados em bolsa;
Acordos particulares entre instituições financeiras (Balcão);
São especificados (preço, quantidade, qualidade);
O preço especificado é denominado “preço de entrega”;
Liquidado na data do vencimento;
Retorno dado pela diferença entre preço de entrega e valor
de mercado na data de vencimento.
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Futuros
Evolução natural dos contratos a termo
São negociados em bolsas de valores
São padronizados em termos de quantidade,
qualidade, data de vencimento e local de entrega
A bolsa exige depósitos de margens de garantia
(liquidez);
As partes depositam estas margens de garantia
numa margin account (conta para depósitos de
margem)
Encerramento e um relançamento do contrato por
um novo preço no dia seguinte
Variações no preço futuro são liquidadas no mercado
(diário).
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Derivativo baseado no Preço SPOT
Seja um contrato de 1 MWh (lote), para um mês a frente (M+1),
com o valor de R$ K / MWh
K é denominado Preço de Exercício
Ao final do mês M+1, o valor médio do preço foi PspotM+1
Se K < PspotM+1
O vendedor do contrato deverá transferir para o comprador um
volume financeiro
(PspotM+1 – K) x 1
Se K > PspotM+1
O comprador do contrato deverá transferir para o vendedor um
volume financeiro
(K – PspotM+1) x 1
A exposição do comprador será pré-fixada em exatamente
K/MWh
O vendedor assume o risco (+/-) da diferença entre K e
PspotM+1
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Contratos de Opção - História
O primeiro registro de uma transação de opções
envolvendo um contrato está na bíblia
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Contratos de Opção
Comprador: Titular da Opção
Vendedor: Lançador da Opção
O titular tem o direito, mas não a obrigação de
comprar/vender um ativo em certa data por
determinado preço;
O privilégio desta escolha é concedido pelo
pagamento de um prêmio antecipado;
O parâmetro que referencia o exercício deste direito
é conhecido como preço de exercício;
O prêmio deve remunerar a exposição do lançador
ao risco de variação no preço do ativo.
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Contratos de Opção (Titular)
Opção de Compra: Call
Opção de Venda: Put
ST
ST preço spot
PE Preço de exercício
Call exercida
Put exercida
PE
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Contratos de Opção
Compra de Call
Venda de Call
Compra de Put
Venda de Put
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Retorno Esperado
St<PE Call
PE PE
Não Exercida ST
ST
Prêmio
Prêmio
Retorno
Retorno
St>PE Put
St>PE Put Exercida
Não Exercida
PE
Prêmio
ST
ST
Prêmio
PE
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Caracterização da Opção
Vencimento
Opções Européias só podem ser exercidas na
data de vencimento
Opções Americanas podem ser exercidas a
qualquer tempo
Fatores que determinam o preço da Opção
(Prêmio)
Preço de exercício da opção
Tempo até o vencimento
Volatilidade do ativo de base (energia).
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Swap
É um acordo privado entre duas empresas para trocas de fluxos
de caixa numa data futura
Exemplo de swap de preço:
Comercializador A Comercializador B
Preço Fixo
Flutuante
Preço
Preço Fixo
Consumidor A Consumidor B
Preço Flutuante
Swap de índice
swap de submercado (ponto de entrega da energia) é um
exemplo UFSC/EEL/Labplan
Collar
Cap
Floor
ST
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Exercício
Um gerador termelétrico com capacidade instalada de 200 MW
e Garantia Física de 160 MW-médios e CVU de R$ 180/MWh
precisa tomar a decisão de contratação para o próximo ano.
Por hipótese, o preço spot segue uma distribuição lognormal,
com preço máximo igual a R$ 500/MWh, com os seguintes
parâmetros
µ = ln 130 e σ = ln 4
Estudos requeridos
Qual é a probabilidade de despacho do gerador?
Se o gerador não se contratar, qual é o retorno esperado?
O gerador realiza um contrato a termo de 160 MW-médios por R$
150/MWh. Nessa condição qual é o retorno esperado do gerador?
O gerador vende uma call, pela qual o comprador a exerce no
volume de 160 MW-médios sempre que o preço atingir R$
180/MWh, travando a sua exposição a este valor. Nessa condição,
qual o prêmio requerido pelo gerador?
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Distribuição Lognormal
2
1 ln(x ) n
1 2 n
e
x 0
f ( x) x. 2
n
0 x 0
µ = média dos ln x
σ = desvio padrão dos ln x
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Distribuição Lognormal
Graficamente:
2
1 ln( x ) n
Deslocando a 1
n
origem de β: f ( x, y ) ( x ).
2
e
n 2
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Risco e Retorno
0.4
probability
0.3 VaR95%
a = 95%
0.2
0.1
MMBRL
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Risco e Retorno
VaR: não fornece nenhuma informação a respeito das perdas que o excede,
as quais podem ser significativamente grandes.
Para distribuições contínuas, o CVaR pode ser definido como a média das
perdas residentes na porção a da cauda da distribuição
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Conditional Value-at-Risk (CVaR)
0.5
0.4
a = 95%
probability
0.3
VaR95%
0.2
CVaR95%
0.1
MMBRL UFSC/EEL/Labplan
VaR x CVaR
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Exemplo 1 : Plano de Negócios de um
Gerador Termelétrico
Critério de Decisão
Remuneração do capital próprio investido a uma TIR desejada
Modelagem requer a representação detalhada
Hidrologia
Expectativa de despacho e custo de operação
Custo de aquisição de energia no mercado spot
Aversão a risco do investidor:
“Value at Risk” na TIR
Exige que a probabilidade de a TIR > TIR desejada seja maior que
X%
(por exemplo, 95%)
Requer a distribuição de probabilidade dos fluxos de caixa
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Exemplo 2: Plano de Negócios de um
Gerador Hidrelétrico
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Fluxo de Caixa Probabilístico
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Distribuição do VPL (TIR = 12% a.a.)
Média = 467,5
VAR = 99%
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Distribuição da TIR do Acionista
Média = 17,2%
VAR = 99%
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Alerta...
Probabilidade de a TIR ser igual, por exemplo, a 15% com uma
probabilidade maior que 95% significa que ao longo da vida do
projeto existe 5% de chance de a TIR ser inferior a 15%
O investidor aceita obter TIR inferior a 15% com uma
probabilidade de até 5%
Conseqüência:
O projeto poderá ter uma remuneração inferior ao valor desejado
O que fazer?
Elevar o VaR para, por exemplo, 98%
A competitividade do projeto diminui
Analisar as séries que podem violar a TIR desejada e ajustar o
critério de decisão
Exemplo: aceitar o risco desde que a perda máxima de receita em um
determinado ano esteja abaixo de um determinado valor
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Exemplo 3: Decisão sobre a Reserva de Geração
de um Gerador Hidrelétrico
ou
A perda média que excede o VaR, para um
dado intervalo de confiança (a) é % da
Receita
CVaRa = % da Receita
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