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Forma alternativa de se achar a resistência

Equivalente

Em algumas situações, ou alternativamente,


precisamos de um método para achar a “resistência
equivalente” de um determinado circuito entre dois
pontos quaisquer. Para tal, “matamos” todas as fontes
independentes presentes (fonte de tensão “morta” é
um curto, pois V = 0 volt e fonte de corrente “morta” é
um circuito aberto, pois I = 0 ampére) e visualmente
procuramos a Req.
Forma alternativa de se achar a resistência
Equivalente

Se visualmente não for possível ou existirem fontes


dependentes, usamos o método da “Fonte de Teste”,
que consiste em excitar o circuito entre os pontos
desejados com VT (ou IT) e achar IT (ou VT) em função
do outro parâmetro, e calcular a relação VT /IT .
Exemplo:
Forma alternativa de se achar a resistência
Equivalente

Exemplo:

Visualmente notamos que:

Req  ( R1 // R2  R4 ) // R3
Forma alternativa de se achar a resistência
Equivalente
No caso anterior podemos chegar ao mesmo resultado
utilizando uma fonte de teste (VT) e, para simplificar, vamos
retirar R3 e, no final, recolocá-la-emos em paralelo com a
R‘eq:

Figura 9 Figura 10
 VT 
Req    // R3
 IT 
VT
Req  // R3
VT
Figura 11 ( R1 // R2 )  R4

Req  ( R1 // R2  R4 ) // R3
Exemplo

Achar REQ assinalado na figura 12 abaixo:

Figura 12
Forma alternativa de se achar a resistência
equivalente

Figura 13
Aplicando uma tensão de teste, Vo, nos terminais
assinalados, passará uma corrente Io no circuito.
Devemos observar que a resistência de 1Ω está em
paralelo com a resistência de 2 Ω, ou seja, possuem a
mesma tensão. Se na resistência de 1Ω passa I, na
resistência de 2Ω passa I/2. No nó C está saindo 3.I e está
entrando I e I/2. Logo, a resistência situada entre os nós B
e D será percorrida por uma corrente de 3.I/2 ,
obedecendo a Lei dos Nós. A tensão será igual à soma
das tensões dos resistores que estão situados entre os
nós A e B, B e D.
Forma alternativa de se achar a resistência
equivalente

Figura 13

Calculando: Vo =I - 3.I = -2.I


Pela Lei dos Nós temos, para o nó A: Io =I+I/2-I = I/2. Logo,
a resistência equivalente será:

Vo /Io = -4Ω = REQ

Nada estranho, pois temos uma fonte controlada!


Equivalente Thévenin

Qualquer circuito linear, contendo fontes dependentes e


independentes, pode ser substituído, do ponto de vista
de um par qualquer de terminais, por uma fonte de
tensão, chamada Tensão de Thévenin – VTh, em série
com uma Resistência de Thévenin – RTh. Analisando por
ora um circuito puramente resistivo (figura 14).

Figura 14
Qual o Equivalente Thévenin para o circuito, do
ponto de vista dos terminais A e B?

Figura 15 Figura 16
Equivalente Thévenin(continuação)

Cálculo de VTh: é a tensão em aberto entre os terminais


A e B (figura 17).

Figura 17
Equivalente Thévenin(continuação)

Cálculo de RTh: matam-se todas as fontes


independentes e calcula-se a resistência equivalente
entre os pontos A e B, sendo esta resistência a
Resistência de Thévenin (RTh) (figura 18).

Figura 18
Equivalente Thévenin(continuação)

Exemplo: calcular a corrente Io, por equivalente


Thévenin, para o circuito da figura 19.

Figura 19
Equivalente Thévenin(continuação)

Exemplo (continuação): retirando-se a resistência entre


os pontos A e B (figura 20) e calculando-se o Eq.Th.
entre estes pontos, inicialmente achando-se VTh (figura
21):

Figura 20 Figura 21

2 2
VTh  VA  VB  6 6  4  2  2V
1 2 42
Equivalente Thévenin(continuação)

Exemplo (continuação): achando-se agora RTh (figura


22). Este circuito é equivalente ao circuito da figura 23:

Figura 22 Figura 23

2 8
RTh  (1 // 2  2 // 4)    2
3 6
Equivalente Thévenin(continuação)

Exemplo (continuação): de posse do Eq.Th. Completo


(VTh e RTh) montamos o circuito, recolocando a
resistência retirada anteriormente, na qual passa a
corrente io que queremos determinar (figura 24):

Figura 24

VTh 2 2
io    A
RTh  1 2  1 3
Equivalente Norton

Qualquer circuito linear, contendo fontes dependentes e


independentes, pode ser substituído, do ponto de vista
de um par qualquer de terminais, por uma fonte de
corrente, chamada Corrente de Norton – IN, em paralelo
com uma Resistência de Norton – RN. Analisando por ora
um circuito puramente resistivo (Figura 1).

Figura 1
Figura 2
Equivalente Norton

Qual o Equivalente Norton (Figura 3) para o circuito, do


ponto de vista dos terminais A e B (Figura 2)?

Figura 3

Figura 2
Equivalente Norton

Cálculo de IN: é a corrente em curto-circuito entre os


terminais A e B (figura 4).
Cálculo de RN: matam-se todas as fontes independentes
e calcula-se a resistência equivalente entre os pontos A e
B, sendo esta resistência a de Norton (RN) (figura 5).

Figura 4 Figura 5
Equivalente Norton

Exemplo: calcular a corrente Io, por equivalente Norton,


para o circuito da Figura 6, já resolvido anteriormente por
Thévenin.

Figura 6
Equivalente Norton

Exemplo: (continuação) cálculo de IN:

Figura 7
Equivalente Norton

Exemplo: (continuação) cálculo de I1:

Figura 8

6 10
i1   A
1 4 / 5 3
Equivalente Norton

Exemplo: (continuação) detalhando as correntes do


circuito como mostrado na Figura 9: como VA = VB, i4 = i5
= i1/2 = 5/3A. Sabemos, por divisor de corrente, que i2 =
4i3i3 = i1/5 = 2/3A  i2 = 8/3A. iN = i2 – i4 = 8/3 – 5/3 = 1A.

Figura 9
Equivalente Norton

Exemplo: (continuação) para o cálculo de RN, notamos


que o circuito é o mesmo para o caso do Eq.Th. (Figura
10). Assim, RN = RTh = 2Ω.

Figura 10
Equivalente Norton

Exemplo: (continuação) de posse de IN e RN montamos o


circuito mostrado na Figura 11 e calculamos, por divisor
de corrente, a corrente io.

Figura 11

RN 2 2
io  I N 1  A
RN  1 3 3
Equivalentes Thévenin e Norton

Achar o equivalente Norton do seguinte circuito (Figura


12), para os pontos A e B:

Figura 12

Figura 13 Figura 14
Nas Figuras 13 e 14 vemos os passos para a
determinação do Eq.N. Como vemos, o circuito original
(Figura 12) pode ser o equivalente Thévenin de algum
circuito.
Equivalentes Thévenin e Norton

Assim, vemos que as resistências de Thévenin e de


Norton são as mesmas, e as fontes estão relacionadas
por:
V Th
= RTh= R N
IN

Figura 15
Princípio da Linearidade

Se um circuito é linear, vale:

Entrada: x1 ==>y1 :Saída


Entrada: x2 ==>y2 :Saída
Entrada: (k1 x1 +k2 x2)==>(k1 y1 +k2 y2): Saída

Figura 16
Princípio da Linearidade

Em determinadas configurações (por exemplo, a


configuração “escada” (ladder) resistiva), com uma só
fonte, utilizando-se este princípio, podemos resolver o
circuito facilmente, da seguinte forma: escolhemos uma
tensão (ou corrente) de uma extremidade do circuito e,
baseados nas leis de ohm, das malhas e dos nós,
descobrimos todas as outras tensões e correntes, até
chegarmos à fonte de entrada, quando acharemos o valor
que ela deveria ter. Com este valor novo, achamos a
relação entre elas e multiplicamos todos os valores
encontrados por este fator de proporcionalidade.
Princípio da Linearidade

Exemplo: achar todas as correntes e tensões no circuito


da Figura 17, aplicando o princípio da linearidade (as
tensões não estão mostradas para não carregar o
desenho).

Figura 17
Princípio da Linearidade

As resistências são identificadas da esquerda para a


direita, conforme vão ocorrendo: R1 =5Ω, R2 =4Ω, R3 =2Ω,
R4 =3Ω, R5 =4Ω, R6 =2Ω.
Fazendo I‘6 =1A  I‘5 =1A  V‘6 =2V,V‘5 =4V  V‘4 =V‘5 +V‘6
=6V  I‘4 =6/3=2A  I‘3 =I‘4 +I‘5 =3A  V‘3 =6V  V‘2 =V‘3
+V‘4 =12V  I‘2 =12/4=3A  I‘1 =I‘2 +I‘3 =6A  V‘1 =30V 
E'=V‘1 +V‘2 =42V  k=E/E'=6/42=1/7.

Figura 18
Princípio da Linearidade

K = 1/7 é o fator de proporcionalidade. Com este fator,


multiplicamos todos os valores achados anteriormente
para obtermos os valores corretos.

I6 =I‘6 x1/7=1/7A; V6 =V‘6x1/7=2/7V;


I5 =I‘5 x1/7=1/7A; V5 =V‘5 x1/7=4/7V;
I4 =I‘4 x1/7=2/7A; V4 =V‘4 x1/7=6/7V;
I3 =I‘3 x1/7=3/7A; V3 =V‘3 x1/7=6/7V;
I2 =I‘2 x1/7=3/7A; V2 =V‘2 x1/7=12/7V;
I1 =I‘1 x1/7=6/7A; V1 =V‘1 x1/7=30/7V.
Princípio da Superposição

Este princípio também se baseia na linearidade: se temos


várias fontes independentes, podemos calcular as
respostas do circuito para cada uma das fontes, com
todas as outras “mortas” e, ao final, somamos os
resultados encontrados para cada uma das fontes.

Figura 19
Princípio da Superposição – Exemplo

No circuito da Figura 20 abaixo, calcular Vo por


superposição.

Figura 20
Princípio da Superposição – Exemplo

Exemplo (continuação): só fonte de corrente I.

Figura 21

Aplicando Norton: IN =I/2, RN =2R//R.

Aplicando divisor de corrente:

I‘o =I/2 (2R//R)/(2R//R+R); V‘o =I‘o R


Princípio da Superposição – Exemplo

Exemplo (continuação): só fonte de corrente 2I.

Figura 22

I’‘o =(2I 2R)/((2R+R/2)2);V’‘o =I’‘o R


Princípio da Superposição – Exemplo

Exemplo (continuação): só fonte de tensão V.

Figura 23

V’’’o =V(R//2R)/(R//2R+R)

Vo = V‘o + V’‘o + V’’‘o


Ponte de Wheatstone

A ddp entre os pontos A e B é:

Figura 24 R4 R3
VA  V ;V B  V
R1  R4 R2  R3
 R4 R3 
V A  VB  V   
 R1  R4 R2  R3 
R2 R4  R1 R3
V A  VB  V
( R1  R4 )( R2  R3 )
Ponte de Wheatstone

Podemos notar que, no caso de R2R4-R1R3=0, a tensão


VA –VB = 0 e VA = VB, ocorrendo um curto-circuito
virtual, pois se existir um componente ligando os
pontos A e B, a corrente nele será zero.

Uma aplicação desta ponte é a medição de


resistências. Um amperímetro (com zero central) é
colocado entre os pontos A e B e um potenciômetro é
utilizado. Quando a corrente no amperímetro é
igualada a zero, os produtos cruzados das
resistências são iguais e, por intermédio da medida
do potenciômetro, podemos saber a outra resistência.
Ponte de Wheatstone

Figura 25
Quando a corrente no amperímetro for igual a zero, o
que equivale a dizer que o ponteiro estará no meio da
escala, a ponte estará em equilíbrio. Neste caso:

RR?  RRv  R?  Rv
Ponte de Wheatstone

No circuito da Figura 26 abaixo, calcule REQ.

Figura 26
Ponte de Wheatstone

Solução:
Desde que a ponte está em equilíbrio (R1R2 = R1R2), Rw
pode ser retirada do circuito, pois não há corrente
passando nela.

REQ  R  2 R1 // 2 R2
 R  2( R1 // R2 )

Figura 26

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