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PROVAS TRANSFUSIONAIS

E HEMOCOMPONENTES
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
Indicações:
 Restabelecimento da capacidade de transporte de
oxigênio
 Deficiências na hemostasia
 Transferência de imunidade passiva
 Hipoproteinemia
 Hipovolemia

Preferível transfusão de componentes do sangue


GRUPOS SANGUÍNEOS

 Classificação dos grupos sanguíneos baseia-se em antígenos espécie-


específicos na superfície das hemácias

 Antígenos eritrocitários também podem ser encontrados nas plaquetas,


nos leucócitos e nos tecidos e fluidos corporais

 Aloanticorpos: anticorpos de ocorrência natural que atuam contra um


outro tipo de grupo sanguíneo
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA

Tipos sanguíneos dos gatos domésticos:


A, B e AB
MIK

 Tipos sanguíneos em felinos


TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CÃES E GATOS

Compatibilidade entre tipos sanguíneos de gatos domésticos


Doador/ receptor A B AB

A X X

B X

AB X

Tipo A mais comum


Isoeritrolise neonatal em mães tipo B com filhotes AB ou A
EQUINOS E ASININOS

 7 grupos sanguíneos: A, C, D, K, P, Q, U
 32 antígenos
 Mais de 400.000 possibilidades de tipos sanguíneos
 Distribuição de tipos sanguíneos relativamente uniforme dentro das
diferentes raças de equinos
 Apenas os antígenos Aa e Qa são potencialmente imunogênicos
RUMINANTES

 Bovinos: 13 grupos sanguíneos


 Ovinos 7 grupos sanguíneos
 Caprinos 8 grupos sanguíneos
 Possuem poucas hemolisinas circulantes naturalmente
 Menor risco na primeira transfusão
SUINOS

 Possuem 15 grupos sanguíneos


 Poucas aglutininas circulantes naturalmente
 Reações mais frequentemente relacionadas ao grupo A
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Tipos sanguíneos caninos
 AEC (ou DEA dog erythrocyte canine) 1 (1 neg,1.1,
1.2, 1.3), 3, 4, 5, 6, 7, 8
 Maior potencial de estimulação antigênica AEC 1
 15% da população canina possui Ac naturais AEC
3, AEC 5 e AEC 7,
 Reações anti-ACE 7 são mais frequentes
 Transfusões incompatíveis repetidas

 Alguns dálmatas – demonstrado falta de antígenos


eritrocitários
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Anticoagulantes
Bolsas de sangue
• Citrato fosfato dextrose
adenina I (CPDA-1)
• Ácido citrato dextrose (ADC)
Colheita do sangue • Citrato de sódio
• Heparina

• Para coleta de pequenos


volumes, coleta em seringa com
heparina ou citrato de sódio
• 1 parte de anticoagulante para
9 partes de sangue
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• Veia jugular
• Veia cefálica

Colheita de sangue
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Sangue total e componentes


 Sangue fresco total: colhido há no máximo 8 horas
 Sangue total estocado: colhido com CPDA-1 ou ACD e armazenado à 1º a
6º C até 28 a 35 dias
 Papa de hemáceas: armazenado à 1º a 6º C
 Plasma fresco congelado: separado, colhido e armazenado a -18ºC até 8
horas após colheita até 1 ano
 Plasma congelado: sangue não processado rapidamente. Mantido à -18ºC
até 2 anos
 Crioprecipitado do plasma: congelado à -18ºC
 Crioplasma pobre: congelado à -18ºC
 Concentrado de plaquetas: conservado à 20º a 24ºC
 Concentrado de granulócitos
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Quando utilizar sangue total e papa de hemácias?


Sangue total
Recuperação de capacidade de
transporte de O2 e volemia em anemia
grave ou perda aguda de sangue
Papa de hemáceas
Perda de hemáceas sem alteração da
volemia
Pacientes com complicações renais,
cardíacas e respiratórias
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Quando utilizar sangue total e papa


de hemácias?
 Medida emergencial de efeito limitado e
transitório
 Aumentar sobrevida e qualidade de vida
 Tempo de vida das hemácias:
 21 dias em cães e 79 dias em gatos
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Quando utilizar plasma?


 Plasma fresco ou fresco congelado
 Tratamento ou prevenção de sangramento em
pacientes com deficiência de fatores de coagulação
 Doenças hepáticas, intoxicação por varfarínicos,
CID, doença de von Willebrand, hemofilias
associadas a sangramentos ou pré-cirúrgicos
 Plasma congelado
 Preserva apenas os fatores de coagulação
dependentes de vitamina K
 Intoxicação por varfarínicos, hipofibrinogenemia,
hipoproteinemia, reposição de imunidade passiva
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Quando utilizar plasma?


Crioprecipitado:
• Doença de von Willebrand,
hemofilia e coagulopatias
adquiridas
Crioplasma pobre
• hipoproteinemia, reposição de
IgG
Concentrado de plaquetas
• Trombocitopenia séria ou
disfunção plaquetária congenitas
ou adquiridas associadas a
sangramento
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Prova de compatibilidade ou de reação cruzada


 Tubo A - Prova maior: plasma/soro do receptor + hemácias do doador
 Tubo B - Prova menor: plasma/soro do doador + hemácias do receptor
 Tubo C - Controle do receptor: plasma/soro do receptor + hemácias
do receptor
 Tubo D - Controle do doador: plasma/soro do doador + hemácias do
doador
 Não evita reações de hipersensibilidade, intoxicação por amônia,
intoxicação por citrato, infecção e sobrecarga circulatória
Prova de compatibilidade ou de reação cruzada
MACROAGLUTINAÇÃO
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Reações transfusionais
 Minimizar riscos é responsabilidade do veterinário!
 É realmente necessário?
 Uso de componentes sanguíneos em vez de sangue total
 Seleção cuidadosa dos doadores
 Cuidados na colheita, processamento, armazenamento e administração
 Realização de provas de compatibilidade
 Tipificação sanguínea
Reações transfusionais
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Agudas

Não
Imunomediadas
imunomediadas

Hemolítica Não hemolítica Hemolítica Não hemolítica

Contaminação
Mecanicas
Hemolise intra Hipersensibiliddade Bacteriana
Termicas
e extravasculas aguda Sobrecarga
osmoticas
circulatória
Reações transfusionais
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Tardias

Não
Imunomediadas
imunomediadas

Transmissão
Hemolítica Não hemolítica de doença
Hemossiderose

Imunossupressão
Hemolise
Púrpura pós-
extravascular
tranfusional
Estudo sem raciocínio é uma armadilha; raciocínio
sem estudo é um perigo. (Textos confucionistas)

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