A comunicação e as artes começam a convergir a partir da
era da cultura de massa, momento em que crescem e se desenvolvem as mídias e a circulação dos signos que elas produzem ou elegem. (Santaella; 2005) Revolução Industrial (Séc. XVIII) = surgem máquinas responsáveis pela produção acelerada de bens materiais, bem como máquinas produtoras de bens simbólicos, as máquinas semióticas – fotografia, prensa mecânica, cinema. Num segundo momento (Séc. XX), surgiram os meios de comunicação eletroeletrônicos – o rádio e a televisão (comunicação massiva). Deu-se início a um processo de hibidização das formas de comunicação e cultura – o cinema, por exemplo. Almeida Júnior: O derrubador brasileiro, óleo sobre tela, 1875
A presença dessas máquinas semióticas acaba com o ideal de
pureza estética das “belas artes” e dos padrões estéticos e dos sistemas de codificação visual do renascimento. Body Art
Os movimentos de vanguarda doséculo XX empreenderam debates críticos
das categorias da arte e viveram o desmantelamento dos limites entre arte e não arte, arte e cultura popular massiva. É também o momento de intensificação do acesso de artistas às tecnologias de comunicação – fotografia, cinema, equipamentos de gravação de som e vídeo. Os artistas expandiram o campo da arte para as interfaces com a publicidade, a moda, o desenho industrial, a computação gráfica.
Os artistas passaram a necessitar de catálogos, de críticas jornalísticas,
participar de programas de televisão para divulgar seu trabalho. Era da Cultura das Mídias = momento de disponibilização de tecnologias de reprodução – fotocopiadoras, fitas de VHS, aparelhos de gravação de vídeos e leitura de vídeos domésticos e portáteis. Nesse momento intensificam-se as misturas entre as mídias, as influências e empréstimos; o conhecimento sobre arte se torna disponível e acessível a um público muito mais amplo; a popularização da arte pela mídia permite um aumento do número de museus, exposições e de frequentadores. O Surgimento da cultura digital incrementou ainda mais o já intrincado campo das misturas entre arte e comunicação, já que a cibercultura é marcada pela convergência das mídias. – os limites entre arte e mídia se tornam mais permeáveis e movediços. O que diferencia a produção artística das comunicacionais é o fato da arte ter um compromisso com a experimentação e com a criação em sentido amplo. Comunicação midiática parece, por um lado, autorizada a lançar mão de referências disponíveis e produções artísticas para comunicar melhor e com mais eficiência. Por outro lado, a se renovar e desautomatizar seus partícipes, mediações e produtos com as experiências artísticas contemporâneas.