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FILOSOFIA MEDIEVAL

Filosofia Medieval é a forma como


denominamos a filosofia que aconteceu na Europa,
entre os séculos V e XV, no que historicamente é
conhecido como a idade média, por isso de chamar
de medieval, para fazer alusão a época em que ela
aconteceu. Uma grande característica deste
período é a interferência da Igreja Católica em
todas as áreas do conhecimento, e por esse motivo
tornou-se comum encontrarmos tanto temas
religiosos como os próprios membros da igreja
fazendo parte dos filósofos que vieram a dar vida a
este momento da história da filosofia.
PATRÍSTICA
O período patrístico, que durou do século I d.C. à VII
d.C, ficou caracterizado pelos esforços dos apóstolos João e
Paulo e dos primeiros Padres da igreja para fazer uma ligação
entre a nova religião e o pensamento filosófico da época, que
tinha o pensamento greco-romano em linha de frente.

Os nomes mais destacados desse período foram: Justino


Mártis, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes,
Gregório de Nazianzo, Basílio de Cesaréia e Gregorio de Nissa.
Eles não apenas eram envolvidos em com a filosofia grega, a
cultura helênica como também foram educados no ambiente
desse tipo de filosofia, e assim sendo, queriam usar essa
forma de pensamento para ajudar na expansão
do cristianismo.
CARACTERÍSTICAS DA FILOSOFIA MEDIEVAL
Assim como a filosofia antiga, a filosofia medieval possuía
suas características próprias, o que contribuía para que ela
pudesse ser analisada não apenas por uma época diferente,
mas também por uma forma de pensar mais analítica, que em
sua grande maioria, era ligada a um mesmo foco, a
religiosidade. As principais questões debatidas pelos filósofos
medievais eram:

• A relação entre a razão e a fé;


• A existência e a natureza de Deus;
• Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana;
• Individualização das substâncias divisíveis e indivisíveis.
Em resumo, o que vemos é que os principais temas
estão relacionados a fé, o que prova o argumento da
intervenção da igreja neste período da filosofia.
Relacionar a fé, que é algo sem uma explicação lógica ou
científica com a razão, que busca o entendimento das
coisas, era uma forma que a igreja tinha de tentar
explicar o que até ali não tinha explicação. A existência e
a natureza de Deus, para a filosofia, era algo complexo,
pois se partirmos do pressuposto de que a filosofia busca
explicar as coisas desde o seu início, buscando formas de
provar o que está sendo apresentado, agora era uma
obrigação filosófica explicar a existência de Deus.
Neste período não era difícil encontrar pensadores que
defendessem a tese de que fé e religião não deveriam
estar subordinadas uma a outra, de que o indivíduo não
precisaria ter sua fé ligada diretamente as racionalidades
com as quais está acostumada a viver, porém, um nome
se destacou em meio aos filósofos quanto a buscar uma
forma racional de justificar as crenças. Conhecido
como Santo Agostinho de Hipona, esse filósofo cristão
desenvolveu uma ideia de que todo homem possui uma
consciência moral e um livre arbítrio, que todos temos a
consciência do que é certo e errado, do mesmo jeito que
temos o direito de escolha, para fazer ou não cada coisa,
mesmo sabendo que acarretarão consequências.
ESCOLÁSTICA
Do século IX ao século XVI aconteceu o movimento que
tinha como interesse entender e explicar a religiosidade cristã
por meio das ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles.
Os filósofos queriam utilizar esse conhecimento grego e
romano para provar a existência da alma humana e de Deus,
caso conseguissem, facilitaria para que obtivessem ainda mais
adeptos a religião. Os filósofos dessa época acreditavam
piamente que a igreja tinha um papel fundamental na
salvação dos fieis, guiando-lhes ao caminho do paraíso.

Devemos destacar como principais representantes dessa


época Anselmo de Cant Cantuária, Albertus Magnus, São
Tomás de Aquino, John Duns Scotus e Guilherme de Ockham.

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