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I – EMENTA
1) Valor e mercadoria. 2) Teoria da mais-valia. 3) Teoria marxista da acumulação. 4)
Teoria marxista da reprodução do capital. 5) Teoria marxista das crises. 6) Teoria da
Renda da Terra. 7) Teoria do capital financeiro.
II – OBJETIVO
Oferecer uma introdução à teoria econômica de Marx, que permita ao aluno, ao final do
curso, entender a natureza e as especificidades inerentes ao capitalismo, através da
análise da realidade econômica e social.
III – INTRODUÇÃO
A Escola Mercantilista. OSER (1983) Cap 2;
HUNT (1989) Cap 2.
A Escola Fisiocrata. OSER (1983) Cap 3 HUNT
(1989) Cap 2; NAPOLEONI (1983) Cap II.
A Escola Clássica. . OSER (1983) Caps 4, 5 6 7
e 8; HUNT (1989) Caps 3, 4 e 5; NAPOLEONI
(1983) Caps III e IV.
A TEORIA MARXISTA DO VALOR
4.1 – Valor: Substância e Magnitude.
MARX (1980) Livro I Cap I item 1; RUBIN (1980)
Cap. VIII e XI.
– A problemática do trabalho.
MARX (1980) Livro I Cap I item 2; RUBIN (1980)
Cap. XIII a XVI.
– A Forma do valor.
MARX (1980) Livro I Cap I item 3; RUBIN (1980)
Cap. XII; De PAULA (1984).
- Divisão do Trabalho, a mercadoria e o mercado: o
fetichismo da mercadoria.
MARX (1980) Livro I Cap. I item 4; RUBIM (1980)
Cap I a VII eX.
TEORIA DA MAIS-VALIA
5.1 - Como o dinheiro se transforma em capital.
MARX (1980) Livro I Cap. IV
5.2 – Processo de trabalho e processo de valorização
MARX (1980) Livro I Cap.V e VI; MARX (1975) pág.
29 a 92.
5.3 – Mais-valia absoluta e relativa.
MARX (1980) Livro I Cap. VII a XVI.
5.4 – Trabalho produtivo e improdutivo.
MARX (1975) Pág. 93 a 113; MARX (1980) Cap. IV;
RUBIN (1980) Cap. XIX; SINGER (1981).
5.5 – Formas de organização e controle do processo de
trabalho: Taylorismo e Fordismo.
GRAMSCI (1986) Parte VI; BRAVERMAN (1977) Cap.
1 a 10; FERREIRA (1984).
6.TEORIA MARXISTA DA REPRODUÇÃO
DO CAPITAL.
6.1 – A reprodução simples
MARX (1980) Livro II Cap. XX
6.2 – A reprodução ampliada
MARX (1980) Livro II Cap. XXI
SINGER, Paul. “Trabalho produtivo e
excedente” IN: Revista de economia Política. S.
Paulo, Brasiliense, vol.1, janeiro-março de 1981
7.TEORIA MARXISTA DA
ACUMULAÇÃO DO CAPITAL.
7.1 – A.Lei geral da acumulação capitalista
MARX (1980) Livro I cap XXIII
7.2 – A.acumulação primitiva
MARX (1980) Livro I cap XXIV
8. TEORIA MARXISTA DAS CRISES
MARX (1980) Livro III, Cap. XII XIV e
XV.
9.A TEORIA DO CAPITAL
FINANCEIRO
MARX (1980) Livro III Cap. XVI a
XXXIII; HILFERDING (1973) primeira
parte.
IV – ESTRATÉGIAS
Leitura de todos os textos indicados no conteúdo
programático, antes que os respectivos assuntos sejam
discutidos na sala de aula.
Na primeira hora de cada aula, o professor fará uma
abordagem sumária e objetiva sobre o assunto objeto da
aula;
Na segunda hora de cada aula será desenvolvida uma
discussão sobre o assunto, tendo por base os
questionamentos levantados na prévia e a exposição do
professor;
Serão feitas orientações individuais, ou em grupo de, no
máximo quatro alunos, a todos que assim desejarem, em
horário a combinar.
V – AVALIAÇÃO
Será feito um único trabalho.
VI – BIBLIOGRAFIA
o Uma estrutura global na qual existe sempre uma estrutura regional que
domina as demais.
para quem produzir: a sociedade terá também que decidir como os seus
membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção, ou seja,
se todos participarão igualmente desses resultados ou, em caso contrário,
quais deles serão os mais ou menos beneficiados.
Promoção do nacionalismo;
VI. Como fomos influenciados pelo
Mercantilismo?
Desenvolvimento do sistema bancário que
superou a necessidade de as trocas
basearem-se em moedas de ouro ou prata;
o nacionalismo
protecionismo
Membro do Parlamento
Defendeu a regulamentação
governamental dos negócios com fortes
características feudais;
Foi marinheiro, físico, professor
de anatomia, inventor,
pesquisador e membro do
parlamento, estatístico e grande
proprietário de terras;
SIR WILLIAM PETTY
(1623-1687)
Sir William Petty's quantulumcungue concerning
money 1682: to the Lord Marquess of Halyfax."
Defensor do pleno emprego;
laissez-faire, laissez-passer
À agricultura
• A divisão do trabalho
a) Valor:
1. Valo-de-uso: expressa a utilidade de um
objeto particular.
2. Valor-de-troca: expressa o poder de
compra de outros bens que a posse
daquele objeto contém
•O valor de um bem para a pessoa que o possui, caso deseje
trocar por outros bens, é igual a quantidade de trabalho que lhe
permita adquirir ou comandar.
• O trabalho é a medida real do valor-de-troca de todos os bens.
• Contradição do valor-trabalho: produção que evitam grandes
investimentos e garantem o mesmo retorno para seu trabalho.
• Em uma sociedade em que os investimentos de capital se
tornam importantes, os bens são trocados normalmente por
outros bens, por dinheiro ou por trabalho a um valor suficiente
para cobrir salários, lucros e aluguéis.
• A quantidade de trabalho que um bem pode comprar excede a
quantidade de trabalho envolvida em sua produção pelo
montante de lucros e aluguéis. O valor é influenciado pelo
custo de produção.
b) Preço de mercado
1. Salário e Lucros
• Preço Natural do trabalho: é o preço que permite
aos trabalhadores subsistirem e perpetuarem sem
mudança em seu número e depende do preço das
necessidades vitais requeridas pelos trabalhadores
e por suas famílias.
• Se o custo de vida subir os salários também
sobem. Se cair os salários também caem.
• O preço de mercado do trabalho depende da
oferta e da procura.
A Lei de Ferro dos Salários: No longo prazo o
trabalhador somente recebe um salário de
subsistência.
As taxas de lucro em áreas empresariais
diferentes dentro de um mesmo país tendem a
igualar-se.
Lucros e salários variam inversamente devido :
Salários mais elevados devem sair dos lucros em
vez de serem transferidos para preços mais
elevados. (igualdade de troca e balanço
internacional de pagamentos).
2. A Lei dos Rendimentos decrescentes
0,50 0,00
1. A Teoria da População
Princípios básicos:
Idéia básica:
consideravam injusta e irracional a economia
de mercado capitalista competitiva;
crença em que o mundo todo adotaria seus
conceitos de arranjos sociais;
substituição da luta de classe pela fraternidade
universal.
Principias Autores
Chocou o mundo quando ao denunciar que todas as religiões existentes ensinavam que as
pessoas eram responsáveis por suas maldades em vez de atribuir o mal a uma má
conjuntura. Assim a reforma social era preferível à reforma moral.
Tentou materializar suas idéias convertendo a Fiação New
Lanark em uma comunidade-modelo;
1. pressionando o governo a empregar os pobres em vilas de
cooperação;
2. criando uma comunidade cooperativa modelo (a Colônia de
New Harmony), através da qual pensava eliminar o capitalismo
e o sistema competitivo.
El industrial inglés Robert Owen, sensibilizado ante la situación tan penosa en la que
el mundo moderno estaba dejando a muchos trabajadores, no dudó en introducir en sus
fábricas algunas de las emergentes ideas socialistas. Al igual que todos los llamados
socialistas utópicos, Owen quería cambiar el mundo; quería extender a las capas más
desfavorecidas esa libertad de la que tanto se hablaba en el mundo moderno. "El
hombre es un producto de las circunstancias", afirma Owen, que añade: "¿Y quién
crea las circunstancias, sino el hombre mismo? El mundo no es ni bueno ni malo de
manera inevitable, sino en el grado en que nosotros hacemos que lo sea".
Proveniente de família de ascendência real, foi
jornalista e historiador e considerado o fundador
do socialismo de Estado.
Louis Blanc
(1811-1882)
Foi um socialista utópico francês que teve um importante papel
na Revolução de 1848, quando suas idéias foram colocadas em
prática devido à associação entre liberais e socialistas, na
tentativa de derrubar a monarquia.
Principais Idéias:
1. criação de associações profissionais de trabalhadores de um
mesmo ramo de produção e das Oficinas Nacionais, financiadas
pelo Estado;
2. divisão do lucro entre o Estado, os associados e para outros fins.
Como líder do proletariado
1. exigia que o Estado se apoderasse do sistema econômico para
garantir trabalho e justiça para todos. Porém, os liberais e os
socialistas romperam relações e o Estado fechou as Oficinas
Nacionais, começou a perseguir os socialistas e anulou todas as
reformas feitas em benefício da classe operária.
Principais contribuições:
TRANSFORMA EM CAPITAL
1. A FÓRMULA GERAL DO CAPITAL
M - D - M
D - M - D
M - D - M
O que as distingue? D - M - D
PROCESSO DE VALORIZAÇÃO
I. O Processo de trabalho
A utilização da força de trabalho é o próprio trabalho. A realização do que
antes era apenas potencialmente capacidade de trabalho em valor-de-uso,
sob o controle do capitalista.
É muito importante não esquecer que a produção do valor-de-uso pode ser
realizada independentemente do capitalista. Faz parte da natureza do
homem, pois o processo de trabalho é o processo de produzir as
satisfações.
d) O próprio trabalho.
2. Material acessório: é todo material consumido pelo meio de trabalho ou
adicionado à matéria-prima para modificá-la materialmente, ou ainda para
facilitar a execução do próprio trabalho.
• O mesmo produto pode servir de matéria-prima de processos de trabalho
muito diversos.
• O mesmo produto pode no processo de trabalho servir de meio de trabalho
e de matéria-prima.
• Um produto que existe em forma final para consumo pode tornar-se
matéria-prima.
• Um valor-de-uso pode ser considerado matéria-prima, meio de trabalho ou
produto, dependendo inteiramente da sua função no processo de trabalho,
da posição que nele ocupa, variando com essa posição a natureza do valor-
de-uso.
• O processo de trabalho é um processo de consumo produtivo cujo
resultado é um produto distinto do consumidor, por consumir os meios
através dos quais funciona a força de trabalho posta em ação.
• Consumo individual: é o processo que gasta os produtos como meios
de vida do indivíduo e tem como produto o próprio consumidor.
•Para 20 Kg de fio
20Kg de algodão.....................R$ 20,00.........R$ 20,00
Fusos.......................................R$ 4,00 ........R$ 4,00
sub-total R$ 24,00 R$ 24,00
Força de trabalho....................R$ 3,00..........R$ 6,00
total R$ 27,00..........R$ 30,00 54 horas.....60 horas
MAIS-VALIA ABSOLUTA
E
MAIS-VALIA RELATIVA
1. Capital Constante e Capital Variável
• Capital Constante: é a parte do capital que se converte em meios
de produção, isto é, em matéria-prima, materiais acessórios e
meios de trabalho e que, portanto, não muda a magnitude do seu
valor no processo de produção.
w = (c + v) + m onde m = mais-valia
(magnitude absoluta da mais valia criada)
M = (m/v) x V
M = f x (t’/t) x n
Não permitir, em caso algum, que ele se canse inutilmente, com movimentos à
direita ou à esquerda, sem proveito algum. As regras gerais que nos levaram a
consegui-los são as seguintes:
Tanto os trabalhadores como as peças devem ser dispostos na ordem natural das
operações, de modo que toda peça ou aparelho percorra o menor caminho possível
durante a montagem;
Construa-se uma rede auxiliar para a montagem dos carros, pela qual, deslizando
as peças que devem ser ajustadas, cheguem ao ponto exato onde são necessárias.
O resultado prático destas normas é a economia das faculdades
mentais e a redução ao mínimo dos movimentos de cada operário
que, sendo possível, deve fazer sempre o mesmo movimento ao
executar a mesma operação.
I. Pressupostos básicos
1) Que o capital realiza normalmente seu processo de
circulação;
2) Que o capitalista que produz a mercadoria vende-a pelo seu
valor;
3) Que o produtor capitalista é o proprietário de a mais-valia ou
o representante de todos s que participam com ele do butim.
4) Encaramos a acumulação, de início, de um ponto de vista
abstrato, como simples fase do processo imediato de
produção.
5) Que a acumulação, quando ocorre de fato, é porque o
capitalista conseguiu vender a mercadoria produzida e
reconverter o dinheiro recebido em capital.
II. A Reprodução
1.5 Análise
Cada um dos dos itens do esquema de reprodução tem um caráter duplo pelo fato de
representar um elemento de procura e ao mesmo tempo em elemento de oferta:
c1: constitui parte do valor dos meios de produção e também constitui parte das
rendas dos capitalistas do setor I, derivada da venda dos meios de produção e
normalmente destinada a ser empregada em novos meios de produção. Assim c 1
representa tanto a oferta como a procura dos meios de produção. As trocas serão feitas
entre os capitalistas do setor I.
v1: é oferta dos meios de produção e, por ser salário dos trabalhadores do setor um, é
também procura de meios de consumo. Não há correspondência entre os elementos de
oferta e procura.
m1: é oferta dos meios de produção e renda dos capitalistas do setor I e por isso
é procura de meios de consumo. Não há correspondência entre os elementos da
oferta e da procura.
I: c1 + v1 + m1 = w1
II: c2 + v2 + m2 = w2
c2 + m2c = v1 + m1v + m1
A LEI GERAL DA ACUMULAÇÃO CAPITALISTA
•Examinar a influência que o aumento do capital tem sobre a sorte da classe
trabalhadora.
•Fatores mais importantes: A composição do capital e as modificações que
experimenta no curso do processo de acumulação.
• A composição do capital
a) Do ponto de vista da matéria que funciona no processo de produção
(Composição técnica do capital): é determinada pela relação entre a massa dos meios
de produção empregados e a quantidade de trabalho necessária para eles serem
empregados.
b) Do ponto de vista do valor (Composição segundo o valor ou composição
orgânica do capital):é determinada pela proporção em que o capital se divide em
constante, o valor dos meios de produção, e variável, o valor da força de trabalho, a
soma global dos salários. Ou seja, é a medida da relação entre o capital constante e
capital variável no capital total usado na produção. Em linguagem não-técnica, a
composição orgânica do capital é uma medida da proporção na qual o trabalho é
equipado com materiais, instrumentos e maquinaria no processo produtivo
q=c/(c+v)
•A taxa de lucro: a razão entre a mais-valia e o investimento total de capital. É a razão
crucial para o capitalista.
p=m/(c+v)
•Observações sobre a razão que determina a taxa de lucro:
1. Ao identificar diretamente a mais-valia como lucro, estamos supondo que nenhuma
parte dela terá de ser paga como outra forma de renda.
2. A fórmula mostra a taxa de lucro sobre o capital realmente usado na produção de
determinada mercadoria.
•Os fatores determinantes da taxa de lucro são idênticos aos fatores determinantes da mais-
valia (índice dos salários, produtividade do trabalho, etc.)
•A taxa de lucro é uma função da taxa de mais-valia e da composição orgânica do capital:
p=m’(1-q)
•Apesar de que a taxa de lucro seja a variável crucial do ponto de vista do comportamento
do capitalista, para a análise teórica ela deve ser considera como dependente de variáveis
primárias, a taxa de mais-valia e composição orgânica do capital.
1. Aumento da acumulação com a composição orgânica do capital constante:
•Acréscimo do capital implica acréscimo de sua parte variável. Se a COC não for alterada
haverá um aumento na demanda por trabalho e do fundo de salários na mesma proporção do
capital, e tanto mais rapidamente quanto mais rápido for o crescimento do capital.
•A força de trabalho tem de incorporar-se continuamente ao capital como meio de expandi-
lo, não pode livrar-se dele. Acumular capital é portanto aumentar o proletariado.
•A elevação do preço do trabalho não liberta o trabalhador de sua condição de submissão ao
capital, significando apenas redução quantitativa do trabalho gratuito que o trabalhador tem
que realizar.
•Ou o preço do trabalho continua a elevar-se por não perturbar a acumulação ou a
acumulação retarda-se devido a elevação do preço do trabalho.
•Não é a diminuição no crescimento absoluto ou proporcional da força de trabalho ou da
população trabalhadora, que torna o capital supérfluo, mas, ao contrário, é o aumento do
capital que torna insuficiente a força de trabalho explorável.
•Não é o aumento que ocorre no crescimento absoluto ou proporcional da força de trabalho
ou da população trabalhadora que torna o capital insuficiente, mas, ao contrário, é a
diminuição do capital que torna superabundante a força de trabalho explorável ou excessivo
o seu preço.
•A magnitude da acumulação é a variável independente, o montante dos salários, a variável
dependente, não sendo verdadeira a afirmação oposta.
2. Decréscimo relativo da parte variável do capital com o progresso da acumulação e
da concentração que a acompanha.
•Dados os fundamentos gerais do sistema capitalista, chega-se sempre, no curso da
acumulação, a um ponto em que o desenvolvimento da produtividade do trabalho social se
torna a mais poderosa alavanca da acumulação.
•O grau da produtividade do trabalho, numa determinada sociedade, se expressa pelo
volume relativo dos meios de produção que um trabalhador, num tempo dado, transforma
em produto, com o mesmo dispêndio de força de trabalho.
•Com o aumento da produtividade aumenta a massa dos meios de produção
transformados, ou seja a grandeza crescente dos meios de produção, em relação a força de
trabalho (mudança na composição técnica), expressa a produtividade crescente do
trabalho.
•Incremento condição: é o incremento dos meios de trabalho
•Incremento conseqüência: é o incremento dos objetos de trabalho.
•Essa mudança na composição técnica do capital, reflete-se na composição orgânica do
capital, com o aumento da parte constante às custas da parte variável.
•Qualificações:
1. O aumento da diferença entre capital constante e variável é menor do que o aumento da
diferença entre a massa dos meios de produção e a massa da força de trabalho. O aumento
da composição orgânica é menor do que o aumento da composição técnica.
2. Se o progresso da acumulação reduz a magnitude relativa da parte variável do capital,
não exclui, com isso, o aumento de sua magnitude absoluta.
•Condição preliminar do Modo de Produção Capitalista: certa acumulação de capital em
mãos de produtores particulares de mercadorias.
•Se certo grau de acumulação do capital se revela condição do modo de produção
capitalista, quando este reage causa acumulação acelerado do capital.
•Cada acumulação se torna meio da nova acumulação.
•Acumulação: ampliação da massa de riqueza que funciona como capital.
•Concentração: concentração da riqueza nas mãos de capitalistas individuais.
•Com a acumulação:
1. Cresce a concentração, que é limitada pelo crescimento da riqueza social.
2. Cresce o número de capitalistas, que confrontam-se como produtores de mercadorias,
independentes e concorrentes.
•Essa dispersão do capital social em muitos capitais individuais ou a repulsão entre os
fragmentos é contrariada pela força de atração existente entre eles. A força do processo de
Centralização.
•Centralização: Alteração na repartição dos capitais que já existem e estão funcionando,
cujo limite é um único controle sobre todo o capital social.
•As alavancas da centralização:
1. A concorrência, cujo acirramento exige o rebaixamento dos preços, que por sua vez
impõe o aumento da produtividade, o aumento da escala mínima de produção e a
eliminação dos pequenos pelos grandes.
2. O crédito, que aparece como um auxiliar modesto da acumulação, mas se revela num
imenso mecanismo social da centralização dos capitais.
•A centralização se realiza:
1. Pela via compulsória da anexação, quando certos capitais se tornam centros de
gravitação tão poderosos que quebram a coesão individual de outros capitais, absorvendo
seus fragmentos;
2. Pela fusão de capitais já formados ou em formação, obtida por meio de processo mais
suave de constituição de sociedades anônimas.
•Aumentando e acelerando os efeitos da acumulação, a centralização amplia e acelera ao
mesmo tempo as transformações na composição técnica do capital, as quais aumentam a
parte constante às custas da parte variável, reduzindo assim a procura relativa de
trabalho.
•A redução relativa da parte variável do capital assume a aparência de um crescimento
absoluto da população trabalhadora.
•A acumulação capitalistas sempre produz uma população trabalhadora supérflua
relativamente, isto é, que ultrapassa as necessidades médias das expansão do capital,
tornando-se, desse modo, excedente.
•Lei da população peculiar ao modo de produção capitalista: a população
trabalhadora, ao produzir a acumulação do capital, produz, em proporções
crescentes, os meios que fazem dela, relativamente, uma população supérflua.
•Se uma população trabalhadora excedente é produto necessário da acumulação ou do
desenvolvimento da riqueza no sistema capitalista, ela se torna por sua vez a alavanca da
acumulação capitalista, e mesmo condição de existência do modo de produção
capitalista. Ela constitui um Exército Industrial de Reserva.
•E.I.R.: população excedente que pertence ao capital e que está a disposição para ser
utilizada independentemente do crescimento da população.
•Com a formação do EIR:
1. Um capital variável maior põe em movimento maior quantidade de trabalho sem
recrutar mais trabalhadores;
2. Um capital variável da mesma magnitude põe mais trabalho em ação, utilizando a
mesma quantidade de força de trabalho;
3. Os movimentos gerais dos salários se regulam exclusivamente pela expansão e
contração do EIR, correspondentes às mudanças periódicas do ciclo industrial.
•Formas de existência da superpopulação relativa:
1. Flutuante: são os trabalhadores que ora são repelidos, ora são atraídos em quantidade
maior, de modo que, no seu conjunto, aumente o número dos empregados, embora em
proporção que decresce com o aumento da escala de produção.
2. Latente: é parte da população rural que encontra-se sempre na iminência de transferir-
se para as fileiras do proletariado urbano ou da manufatura e na espreita de circunstância
favoráveis a essa transferência.
3. Estagnada: Parte do exército de trabalhadores em ação, mas com ocupação totalmente
irregular.
•Categorias do proletariado:
1. Os aptos para o trabalho;
2. Os órfãos e filhos de indigentes
3. Os degradados, desmoralizados, incapazes de trabalhar
•A Lei geral, absoluta, da acumulação capitalista: A
magnitude relativa do EIR cresce, portanto, com as potências
da riqueza mas, quanto maior esse exército de reserva em
relação ao exército ativo, tanto maior a massa da
superpopulação consolidada, cuja miséria está na razão inversa
do suplício de seu trabalho. E ainda, quanto maior essa camada
de lázaros da classe trabalhadora e o exército industrial de
reserva, tanto maior, usando-se a terminologia oficial, o
pauperismo.
2.1) Objetivo: Demonstrar que o capitalismo tem uma tendência inerente de expandir a
capacidade de produzir bens de consumo mais rapidamente do que a procura desses
bens. Em outras palavras, há uma tendência a utilizar os recursos de tal modo que
deforma a relação entre a oferta potencial e a procura potencial de bens de consumo.
ii) Quando há recursos produtivos ociosos que não são utilizados para produzir
capacidade adicional, porque se compreende que essa capacidade seria redundante, em
relação à procura de mercadorias que pudesse produzir. Nesse caso, a tendência não se
manifesta numa crise, mas numa estagnação da produção.
2.3) Hipótese
Se todos os recursos são sempre igualmente
utilizados, na ausência de forças
contrabalançadoras, isso leva a uma
contradição que só pode ser resolvida por
uma violação da suposição original, que por
sua vez significa, na prática, crise e
estagnação.
2.4) Supostos
i) Que os trabalhadores consomem todos os salários;
ii) Que a mais-valia, em poder dos capitalistas, pode ser dividida em quatro partes: a
primeira, que mantém seu consumo no nível anterior; a segunda, que aumenta se
consumo; a terceira, que é acumulada e serve para empregar novos trabalhadores; e a
quarta, que é acumulada e contribui para o estoque de capital constante:
m = mcs+macs+mav+mac
mav+mac = acumulação
mac = investimento
* A acumulação é em parte consumida pelos trabalhadores e em parte investida em
novos meios de produção.
iv) Que os capitalistas acumulam a maior parte possível dos lucros, o que implica na
acumulação de proporções cada vez maiores de um lucro crescente.
2.5) Formalização
i) Pela ótica do crescimento do consumo (demanda)
* Pelo suposto (ii) a acumulação aumenta com o
crescimento da mais-valia e os investimentos crescem com
a acumulação.
* O consumo aumenta porque os capitalistas aumentam
seu próprio consumo e investem parte de sua acumulação
no aumento de salários. (aumento do consumo=
macs+mav)
* Mas, como pelo pressuposto (iv) o incremento do
consumo do capitalista é uma proporção decrescente da
acumulação total. ou seja, como o crescimento do consumo
dos capitalista é menor do que o crescimento da
acumulação, implica que a razão entre a taxa de
crescimento do consumo e a taxa de crescimento dos
meios de produção e decrescente.