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Universidade de Uberaba

Instituto de Formação de Educadores


Pedagogia

Procedimentos de escrita
e
Estrutura do relatório

UBERABA/MG
RELATÓRIO: é o documento que relata os
resultados obtidos em investigação de pesquisa e
desenvolvimento, ou que descreve a situação de
uma questão técnica ou científica.

O relatório apresenta, sistematicamente,


informação suficiente para um leitor qualificado,
traça conclusões e, quando necessário, faz
recomendações.

É estabelecido em função e sob a responsabilidade


de um organismo ou de uma pessoa a quem será
submetido.
Procedimentos que devem ser
realizados durante toda a escrita do
relatório:
Primeira lição – o que é contextualização?
Contextualizar é trazer para o texto o contexto, os elementos da
situação sobre a qual irá dizer.

A contextualização é importante porque devemos entender que


quando contamos uma história, uma situação, o nosso leitor ou o
nosso ouvinte não estava no local e nem viu a situação que será
contada. Sendo assim, ele não saberá qual foi o cenário, o
momento da história, os aspectos físicos dos personagens, entre
outros elementos fundamentais para se entender a história.

Por esse motivo, a contextualização deve ser feita por nós durante
todo o momento do nosso relato.

Para contextualizar, usamos muito a descrição do cenário, dos


personagens, etc.
Segunda lição: seqüência lógica dos fatos
Para que nosso leitor ou ouvinte entenda nosso relato, é necessário
mostrarmos uma seqüência lógica dos fatos:

- o que um personagem fez que encadeou a ação de outro


personagem;

- o que aconteceu com um personagem para ele agir daquela


forma;

- como o personagem sentiu para agir do jeito que agiu;

- o que aconteceu primeiro e o que aconteceu depois;

OBS. Essa seqüência lógica se dá pelas narrações que fazemos ao


longo de nosso relato.
Terceira lição: seqüência lógica das idéias
Para que nosso leitor ou ouvinte entenda nossas percepções em
relação ao que contamos, é necessário mostrarmos uma seqüência
lógica sobre nossas idéias:

- uma idéia que tivemos é causa de outra;


-  uma idéia é conseqüência de outra;
-  uma idéia  não é causa e nem conseqüência, mas paralela,
coordenada à outra;
-  uma idéia não é causa mas contribui com a existência da outra;
- uma idéia atenua o efeito da outra;
- uma idéia é contrária à outra;
- uma idéia é inerente à outra;
- em que sentido a idéia se estabelece;
- em que sentido o aluno discorda da idéia;
- e todas as  relações que forem possíveis!
Quarta lição: articular a contextualização, com a
seqüência lógica das idéias e a seqüência lógica
dos fatos.
ESTRUTURA
Capa
Proteção externa do trabalho, contém dados de identificação e
apresenta os seguintes elementos:

Instituição e/ou repartição e departamento: o nome do órgão


responsável (autor) coletivo vem no alto da página, centralizado,
seguido do respectivo departamento ou divisão;

Título e subtítulo: podem ser expressos através de uma palavra ou


frase que determine o assunto do relatório. Para identificar melhor
o assunto tratado, aconselha-se usar subtítulo;

Autor: localizado abaixo do título, indicando sempre sua função e


qualificação;

Notas tipográficas: localizadas na parte inferior central da folha de


rosto, o local (cidade), o mês e ano de publicação.
Sumário

Representa uma relação de todos os capítulos e seções


do trabalho, que devem estar dispostos na mesma
ordem em que aparecem no texto, com indicação do
número de página.
Introdução

É a parte inicial do texto, onde se escreve:

o que é,

como e onde foi feito

e quais os objetivos e finalidades do trabalho.


Exemplo

INTRODUÇÃO

Este relatório tem como finalidade o registro de 100 horas de estágio curricular supervisionado em
Educação Infantil, realizado no Colégio XXXXXXX, no primeiro semestre de 2008. O estágio teve
como objetivo nos possibilitar conhecer esse espaço escolar de forma crítica e reflexiva. Ele foi
realizado durante a 5º etapa do curso de Pedagogia a Distância da Universidade de Uberaba e
teve como instrumento norteador o fascículo III - Estágio Supervisionado da Educação Infantil -
Parte 2, composto pelos seguintes temas-atividades "O espaço da sala de aula", "A vivência da
sala de aula na perspectiva dos alunos e professores", "Planejando o exercício da docência" e
'Pensando e avaliando o exercício da docência.". Por meio da observação e dos registros no
caderno de campo, tais atividades nos possibilitaram perceber que o espaço é mediador cultural e
interfere na constituição dos sujeitos; além de nos permitir conhecer como esses sujeitos
experimentam e vivenciam esse espaço; e, ainda, planejar aula para o exercício da docência;
pensar ações e, de certa forma, enfrentar desafios, refletindo sobre uma proposta pedagógica para
Educação Infantil.
Desenvolvimento

O desenvolvimento é parte do relatório que descreve a


natureza e resultados do trabalho de forma minuciosa.

Poderá ser dividido em quantas partes forem


necessárias para o detalhamento da pesquisa.

Deve ser redigido de maneira completa, usando o verbo


no tempo passado, com destaque para os detalhes
(descrição da escola - estrutura, recursos humanos, salas
e ambientes observados, descrição dos procedimentos
experimentais, discussão de resultados etc.).
Exemplo (de um fragmento)
Exercício da docência

Conforme proposto na atividade “Pensando e avaliando o exercício da


docência”, ressaltamos que, ao pesquisar e planejar as aulas a serem ministradas,
tomamos o cuidado de não interferir no trabalho que o professor já realiza com a turma.
Por esse motivo, propusemos a realização de um dia semanal, durante o mês de junho e
julho, para trabalharmos a arte. Algumas técnicas os alunos já conheciam, pois a
professora e as outras dos anos anteriores sempre trabalhavam a arte com pinturas,
com obras de arte, de forma lúdica.
O exercício da docência foi muito tranqüilo e gostoso; as crianças gostaram
muito de descobrir novas técnicas e possibilidades, de conhecerem as cores primárias e
formar outras cores a partir delas, de descobrirem formas geométricas nas pinturas e de
criar as suas formas também. Sentiram-se em casa, talvez porque desde o maternal
trabalham com a liberdade de criação, com a pintura, com a representação, o que
favoreceu a espontaneidade de muitos. Como ponto a ser revisto no planejamento,
ressalto apenas observação da quantidade de atividades. Para alguns dias as atividades
propostas foram poucas, já para outros, não conseguimos terminar a atividade proposta.
Como o trabalho é com tinta, alguns trabalhos de alunos não foram finalizados porque no
Conclusões e recomendações

As Conclusões e/ou recomendações constituem a parte final do


relatório, decorrente das provas relacionadas na discussão,
contendo também se preciso algumas reflexões finais, e
recomendações acerca da realidade e da experiência vivenciada.
Exemplo (de um fragmento)
Conclusões e/ou recomendações

A experiência do estágio supervisionado desta etapa nos permitiu compreender que o


espaço da sala de aula possibilita o encontro de muitas vozes, de muitos saberes, de muitas
formas de entender a vida e a vivência em comum. Nele, muitos ideais podem ser concretizados
e, por outro lado, muitos, também, podem ser ignorados. E isso depende de uma série de fatores
complexos e interdependentes, dentre eles, a postura do professor ganha realce, uma vez que ele
é mediador das relações travadas neste espaço e da construção do conhecimento. Pudemos
entender também que as situações vivenciadas pelos professores e pelos alunos sofrem
influências de um contexto mais amplo que se circunscreve desde tomadas de decisões feitas pela
escola, nas influências da comunidade, da família do educando, até medidas tomadas pelo
município, pelo estado e pelo país.
O exercício da docência, como experiência, nos oportunizou superar o desafio de
encarar uma turma de alunos pela primeira vez. A ansiedade, os medos, o nervosismo, pouco a
pouco, deram lugar a sensação de alegria, de prazer, de tarefa cumprida que era desvelada,
gradativamente, na interação com os alunos. Entendemos que o sucesso desse momento se
deve, em grande parte, aos conhecimentos que tínhamos da escola e seu entorno, do seu projeto
político pedagógico, da turma, além, do planejamento que foi feito de forma integrada com a
professora regente.
Nossas análises contribuíram para compararmos as questões postuladas em nossas
leituras e a realidade da Educação Infantil. Algumas articulações entre prática e teoria foram
possíveis de serem feitas, outras, nem tanto. Mas, de alguma forma percebemos que nossos
estudos lançaram luz sobre nossas experiências, oportunizando-nos uma prática mais consciente.
Ressaltamos que a conscientização do fazer-docente depende muito da formação inicial do
professor e, também, da formação continuada, num trabalho integrado com todos os atores do
Referências

As referências são relacionadas em listagem própria,


incluindo-se todas as fontes efetivamente utilizadas para a
elaboração do trabalho.

Essa lista é numerada seqüencialmente, obedecendo a uma


ordem alfabética única de sobrenome de autor e título para
todo o tipo de material consultado.

Exemplo de referências: PPP da escola estagiada,


projetos(impressos, online e em CDROM) analisados, livros
e/ou textos editados e/ou online e outros.
Anexos

Todos os documentos, referenciados no decorrer do


relatório, devem estar fotocopiados na parte dos “Anexos”:

• trabalhos de alunos,
• entrevistas,
• plano de aula,
• e outros.

Obs. Estes documentos serão referenciados no decorrer do


relatório, quando as atividades dos fascículos orientarem .
Fontes

Arquivo produzido por Márcia Regina Pires, tendo como


referência o documento “Orientação para Elaboração dos
Relatórios do Estágio Supervisionado”.
OLIVEIRA, Wilza Mara de. Relatório de Estágio do Curso de
Pedagogia/Uniube. Etapa V. 2008 ,Uberaba [s.n.].

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