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construção de demolição
(RCD).
.
Introdução
A Resolução 307 do CONAMA, em julho de 2002 não apenas define o que são os RCD, mas,
também, as responsabilidades e deveres sobre os resíduos e ainda os classificam de acordo com as
possibilidades de reciclagem em:
a) Classe A – resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como solos de terraplanagem,
tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto, tubos, meios-fios, etc.;
b) Classe B – resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel/papelão, metais,
vidros, madeiras etc.;
c) Classe C – resíduos ainda sem tecnologia ou aplicações economicamente viáveis para a sua
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.
d) Classe D – resíduos perigosos, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da NBR 10004, classifica os diversos
tipos de resíduos sólidos segundo riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, visando o
manuseio e a destinação final dos resíduos.
Estes resíduos, segundo Chung e Lo (2003), representam aproximadamente, de 20-
30% do fluxo de resíduos sólidos gerados pelas cidades dos países mais
desenvolvidos, sendo que muitas vezes este potencial pode chegar a mais de 50% do
total de resíduos sólidos produzidos. Nas cidades brasileiras de médio e grande
porte, segundo Pinto (1999), os resíduos provenientes de construções e demolições
representam de 40 a 70% da massa total dos resíduos sólidos urbanos.
Em linhas gerais, os RCD são gerados em três etapas distintas: durante a construção,
a manutenção e a demolição.
Em pesquisa realizada por Bonfante, Mistura e Naime (2002), foi demonstrado que 83%
dos RCD possuem um alto potencial para reciclagem, comprovando ser esta a única
indústria capaz de absorver quase que totalmente os resíduos que produz (BERNARDES
2006).
Segundo análise realizada por Pinto (1999), os RCD são de baixa periculosidade,
contudo, o maior impacto se dá pelo volume gerado e o descarte aleatório e ilegal.
Desta forma, ficam evidentes seus efeitos negativos sobre as malhas urbanas,
como o surgimento de aterros clandestinos, entupimentos de sistemas de
drenagens, assoreamento de rios, etc., contribuindo para um alto custo social e
econômico para as cidades de médio e grande porte. (PINTO, 1999 e ÂNGULO,
2000).
Gerenciamento
NBR 12235 – Armazenamento de resíduos sólidos NBR 15114 – Resíduos sólidos da construção civil e
perigosos; resíduos inertes – Área de reciclagem– Diretrizes para
projeto, implantação e operação;
NBR 15115 – Agregados reciclados de resíduos sólidos
da construção civil – Execução de camadas de
pavimentação – Procedimentos;
NBR 15116 – Agregados reciclados de resíduos da
construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de
concreto sem função estrutural – Requisitos. (JUNIOR,
2005.)
O quadro normativo, como classifica Schneider (2003), está composto por órgãos do poder
público em suas diversas esferas como o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente,
estabelecido pela lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 e compreende:
Órgão superior – Conselho de Governo;
Órgão consultivo e deliberativo – Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA);
Órgão Central – Ministério do Meio Ambiente (MMA);
Órgão Executivo – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA).
Robô que recicla concreto
O robô age em uma superfície de concreto com um jato d'água de alta pressão,
que racha e quebra o concreto. Os resíduos sólidos são sugados e enviados para
grandes sacos. A própria água é reciclada, assim como as barras de aço que
serviam como estrutura das paredes de concreto.
Geração de RCD
Berlim Estalingrado
Industria da construção Civil
No brasil a maior usina atende a 100 T/A sendo que uma usina com capacidade de 30 t/A
atende a uma cidade com 1.200.000 abtantes.
A todo um processo de triagem nos resíduos tanto por eletroímã para tirar metais, quanto
por separação manual que ainda é o mais utilizado para contaminantes.
Após a triagem esses resíduos passam pelo processo de britagem quando sólidos e em
seguida são peneirados, conforme granulometria.
O resíduo classe A pode ser o concreto ainda fresco que sobrou ele recebe uma serie de
limpeza e por meio de decantação tem o agregado separado do cimento.
Unidade recicladora de concreto fresco Britador Cônico
Caracteristicas básicas de RCD
Pode ser usado tanto como agregado miúdo quando agregado graúdo:
AMR (agregado miudo reciclável): normalmente é feito com RCDV que é a sigla de
resíduo de construção de demolição vermelho. Como restos de telhas, lajotas, tijolos.
AGR (agregado graúdo reciclável): feito com restos de blocos de concretos. É feita a
britagem do material coletado, sendo utilizado como agregado miúdo podendo substituir a
pedra natural.
Agregado miúdo Agregado graúdo
Embora a intenção de reaproveitar e baratear a obra seja boa, esse tipo de reciclagem tem
suas falhas: