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UNIDADE III: AGENTES PÚBLICOS

Regime Jurídico Único. Cargos, empregos e funções


públicas.

Sergio Almeida
Considerações iniciais:
• A competência para organizar o serviço público é
da entidade estatal a que pertence o respectivo
serviço.

• As diretrizes gerais para todas as normas, de


todos os entes federados, são ditadas pelos arts.
37 a 42 da CF/88.
• A expressão servidores públicos é mais
restrita que a expressão agentes públicos.
Conceito:
• Lei 8.429/92 (Improbidade Administrativa em seu
art. 2º:
“Reputa-se agente público, para os efeitos
desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior”
Ou seja:
• “Agente público é toda pessoa física que
presta serviço ao Estado e às pessoas jurídicas da
Administração Indireta” (Di Pietro).

• “Agente público é todo aquele que exerce


função pública, não importando o seu vínculo.
Seja de forma temporária ou de forma
permanente, remunerado ou não” (Marinella).
Regime Jurídico Único
• O agente político segue o regime legal – (nos
sentido amplo, podendo ser até a própria CF).
Em regra, são regidos pelo regime estatutário
(estatuto dos servidores);

• Para os servidores da união é a lei 8.112/90;

• Sempre que uma lei cuida do regime do agente,


diz-se estatutário.
Servidores Empregados Servidores
públicos públicos temporários

Cargos públicos Empregos Função pública


(Efetivos ou em públicos
comissão)

Regime Regime Celetista Contrato com


Estatutário (Ex: ou Trabalhista prazo determinado
Lei 8.112/90)
Administração Empresa Pública e
Direta, Autarquia Sociedade de
e Fundações Economia Mista
Espécies de agentes públicos:
1. Agentes políticos;

2. Servidores públicos;

3. Militares; e

4. Particulares em colaboração com o poder


público.
Cargo:
• Denominação dada a mais simples unidade de
poderes e deveres estatais a serem expressos por um
agente.
• Os cargos são criados por Lei, que lhes confere
denominação própria , define atribuições, fixa
vencimento ou remuneração.
• Os cargos podem ser efetivos (com concurso, após o
período de estágio probatório), em comissão (sem
concurso) ou vitalícios (juízes, promotores, etc),
conforme o modo de provimento ou investidura do
agente.
Emprego:
• Nome utilizado em paralelo a cargo público para
designar uma unidade de atribuição, onde o ocupante
do emprego público tem um vínculo contratual, sob a
regência da CLT.

• Obs: Embora a CF, após a EC 19/98 faculte a opção


por cargo ou emprego, o STF afirma que só se pode
adotar o regime de emprego para função subalterna e
temporária - ADIN 2310, já, quando exige qualificação
técnica ou contratação permanente, tem que ser regime
legal
Função (I):
• Conjunto de atribuições às quais não corresponde um
cargo ou emprego.
• A lei não exige concurso público para o desempenho
de função. Os que a exercem o fazem em duas
situações:
▫ são contratados temporariamente para atender à
necessidades emergentes da administração (art. 37,
IX), ou
▫ são ocupantes de função de confiança (art. 37, V, CF/88.
direção chefia e assessoramento).
Função (II):
• No Brasil, função tem atribuições e
responsabilidade, mas não tem lugar no quadro,
sendo possível falar de atribuição de funções.

• Assim, só quem tem cargo efetivo pode vir a


receber função de confiança.

• Função de confiança= cargo efetivo + função


(atrib+resp+posto) + (atrib.+ resp)
FIM

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