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POLÍTICA E CORRUPÇÃO

NA PERSPECTIVA CRISTÃ
POLÍTICA
GOVERNAMENTAL E
• Segundo os dicionários a política é a arte de
CORRUPÇÃO humana.
governar, portanto ela é essencial da vida

• Aqueles que afirmam não gostar de política,


desconhecem que é exatamente ela quem
define os temas que afetam o nosso dia a
dia.
• Sendo assim, vemos então que política tem
a ver com poder, afinal somente governa
quem detém autoridade.
• Nesse aspecto, as Escrituras ensinam que
Deus delega certa autoridade ao homem
para governar (Tito 3.1; Pv 8.15)
• Em Romanos 13.1-4
Paulo nos oferece o fundamento sobre o qual
podemos compreender adequadamente o
sentido do poder na política, especialmente
em relação à sua origem. Ele deixa evidente
que, seja qual for o mecanismo social de
escolha das autoridades terrenas, Deus é a
fonte do poder de onde os governantes
retiram a sua legitimidade para governar.
• Considerando o contexto em que a carta foi
escrita, sob a égide do domínio romano, a
declaração de Paulo possui um conteúdo
subversivo. Paulo está enfrentando o poder
imperial de sua época ao afirmar que a
autoridade suprema não é o imperador,
mas Deus.
• João 19:9-11
• A esse respeito, Franklin Ferreira diz que: “Paulo quer mostrar aos
cristãos romanos que eles, diante da ira de Deus sobre os que
pervertem sua autoridade, não devem ser intimidados, mas sim, estar
prontos para expressar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo como
único Senhor também na esfera pública
O Mal da Corrupção
• Nem todos aqueles que ocupam cargos públicos estão preocupados com a sociedade e o interesse coletivo
• No Brasil, afirma-se que a corrupção política esta impregnada na cultura nacional, pesquisa realizada em
2016 apontou que sete em cada dez brasileiros afirmaram já ter cometido pelo menos uma atitude que
pode ser considerada corrupção
• A existência da corrupção comprova uma doutrina bíblica irrefutável: a depravação total provocada pela
Queda do homem no pecado (Rm 3,10)
• Tal doutrina ensina que o homem é totalmente incapaz de chegar-se a Deus
mediante seus próprios méritos e esforços, em virtude de sua morte espiritual e
natureza pecaminosa; assim como é completamente incapaz de, por si só, dominar
o pecado
• A corrupção acarreta graves consequências sociais. Ela contribui para a
desigualdade e aumento da miséria, reduz o crescimento econômico e prejudica,
por
consequência, a oferta dos
serviços públicos básicos aos
cidadãos.
• De acordo com Provérbios
29.1, o povo se alegra com a
administração sábia e justa,
mas geme quando os impiedosos
dominam.
A Separação entre Estado e a Igreja
• “De quem é esta efígie e esta
inscrição?”. Eles dizem: “De César”.
Então, Jesus responde: “Daí a César o
que é de César, e a Deus o que é de
Deus”
(Lc 20.24,25).
• Esse ensinamento de Jesus é essencial
para direcionar o relacionamento entre
o cristão e o governo humano e entre a
igreja e Estado
• O pensamento histórico cristão entende
a afirmação de Jesus estabelece
distinção entre o poder político e o
poder religioso, separando as esferas
do Estado e da igreja como entes
autônomos e distintos
• O protestantismo não advoga uma teocracia política, e sim uma
participação construtiva, propositiva e até mesmo questionadora, em
defesa da justiça e de seus valores e princípios bíblicos, sem que a
organização religiosa tenha que assumir algum tipo de protagonismo
político
Estado laico

• “Estado laico” é usado como justificativa para afastar a participação política e a opinião em matéria
pública dos religiosos em geral e dos cristãos em particular
• A laicidade não veda a participação dos religiosos na esfera pública, ante a possibilidade de
colaboração de interesse público e a garantia da liberdade religiosa; um direito fundamental, uma
liberdade pública ou, se se preferir, uma prerrogativa individual, em face do poder estatal
• O art. 19, inciso I, da CF/88, veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
“estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público”
Como o Cristão Deve Lidar com
a Política e a Corrupção
• Não há nada de errado com a participação
política dos cristãos
• Ex: O apóstolo Paulo valeu-se da cidadania
romana para exercer seus direitos e garantias
legais (At 16.37-39; 22,25-28; 25,10-12)
• Todavia, a participação da comunidade de cristã
na arena política não deve se dar de qualquer
maneira. Caso contrário, a igreja local corre o
risco de, dentre outros aspectos, ser seduzida:
1- pelo desejo de dominação política, um
governo evangélico
2-pela ambição de benefícios próprios, aplicáveis
aos círculos denominais, em detrimento do bem
comum
3- pelas propostas e ofertas de partidos políticos e candidatos, aliando-
se a determinadas ideologias que destoam do cristianismo
4- pela ilusão de messianismo político, de modo a colocar as
esperanças neste ou naquele candidato
5- pela visão espiritualista da
disputa eleitoral, compreendendo
o processo eleitoral eminentemente
com uma batalha espiritual e o
adversário como inimigo
Demoníaco
6- Demonizar a política
Influenciando o Mundo Político
• O modelo adequado de relacionamento entre a comunidade eclesial e a política é, segundo
Wayne Grudem, o modelo político de “influência cristã expressiva sobre o governo”, conforme
os padrões morais de Deus e conforme os propósitos de Deus para o governo revelados na
Bíblia
• Pois toda a Lei se resume
num só mandamento, a saber:
“Amarás o teu próximo como
a ti mesmo”(Gálatas 5:14).
• os crentes devem se valer
de seus valores e princípios para
influir de modo decisivo nos
rumos políticos da nação
• Vale recordar de Daniel, um jovem fiel a Deus, que influenciou positivamente
o governo de seu tempo (Dn 2.48). Além de aplicar a sabedoria na
administração do governo, Daniel confrontou corajosamente os erros do rei
Nabucodonosor (Dn 4.27).
• Outra forma de influir na política é por meio do voto nas urnas. A comunidade
de crentes pode exercer importante papel de conscientização e orientação dos
seus membros, para que votem com ética e discernimento bíblico
• Exemplos recentes de influenciadores cristãos na política
Martin Luther king Jr
Conclusão
• Apesar de pertencer da cidadania celestial o cristão não está isento da
responsabilidade social. Em tempos de crise moral na politica de nosso país, a
igreja de Cristo pode instruir, conscientizar, denunciar e mobilizar-se para
propósitos cívicos legítimos
• Não importa o que aconteça, exerçam a sua cidadania de maneira digna
do evangelho de Cristo, para que assim, quer eu vá e os veja, quer
apenas ouça a seu respeito em minha ausência, fique eu sabendo que
vocês permanecem firmes num só espírito, lutando unânimes pela fé
evangélica, sem de forma alguma deixar-se intimidar por aqueles que se
opõem a vocês. Para eles isso é sinal de destruição, mas para vocês de
salvação, e isso da parte de Deus; (filipenses 1:27-28)
• Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos.
Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos
interesses dos outros. ( Filipenses 2:3-4)

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