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Resfriamento

artificial e
grãos e
sementes

Eng. Agrícola
Adriano Divino Lima Afonso
Prof. Adjunto / UNIOESTE / Cascavel-PR
Complexidade da Massa de Grãos

Fatores
Climáticos
I
N
T
E
R
A
Meio abiótico Ç Meio biótico
Ã
 Condições ar  Grãos
O
intergranular  Pragas
 Impurezas
Tempo estimado de garantia para armazenagem do
milho em função do desenvolvimento insetos

Temperatura o C Teor de Umidade


15 16 17 19 21 23 25
0 2.672 1.442 857 377 206 131 92
4 1.398 754 448 197 108 68 8?
10 491 265 155 69 39 26 21
16 275 148 85 39 22 16 10
21 154 83 49 22 12 8 5
27 86 47 28 12 7 4 3
32 48 26 15 7 4 2 2
38 27 15 9 4 3 1 1

Fonte: Stored Grain Management. USDA. Noyes et al, 1995. Stored Grain Management Techniques.
Influência da temperatura na perda de matéria seca,
considerando 1.000 t de milho a 15% de umidade e
tempo de armazenamento de 30 dias
Condições Ambientais Temperatura Perda Matéria Seca

Temperatura ambiente - média 25 o C Perda de 0,12% ( = 1,2 t)

Temperatura ambiente - alta 35o C Perda de 0,54% ( = 5,4 t)

Grãos resfriados 10o C Perda de 0,02% ( = 0,2 t)

Fonte: Heinrich Brunner (1989).


Gráfico de conservação

Temperatura do grão (oC)

Teor de umidade (% b.u.)


Resfriamento de produtos agrícolas

Passagem do ar ambiente ou resfriado artificialmente pela


massa de grãos ou sementes, promovendo diminuição e
uniformidade da temperatura do produto armazenado

Baixa
Temperatura

Umidade
Ar ambiente Relativa
ou refrigerado adequada
Resfriamento de produtos agrícolas

Aeração convencional de produtos agrícolas

Aeração
convencional
Sistema de resfriamento artificial
da massa de grãos

Unidade de
refrigeração
Ar
Ar frio ambiente
Ábaco Psicrométrico

0%

0%
=8

=6
HR
24ºC

HR
P1 17

10ºC
8ºC

7
P2 P3

10 14 30
Sistema de resfriamento artificial
da massa de grãos

Unidade de
refrigeração
Acompanhamento do processo de resfriamento
utilizando o sistema de termometria
Resfriamento estático
X
Resfriamento dinâmico
Resfriamento estático

Grão
a 30ºC

Fluxo de ar
frio a 10ºC
Resfriamento estático

Fluxo do ar frio
Resfriamento dinâmico

Movimento uniforme
descendente
Resfriamento dinâmico
Produto Quente

Fluxo do produto

Produto Frio Fluxo do ar frio


Resfriamento dinâmico

Comportamento Temperatura do produto na entrada


da temperatura do
ar durante o Temperatura do ar
resfriamento de resfriamento

0 Altura do silo de resfriamento

Comportamento
Temperatura do
da temperatura do produto
produto durante o
resfriamento
Temperatura do ar
na entrada do silo

0 Altura do silo de resfriamento


CONDUTIVIDADE TÉRMICA

A transferência de calor em uma massa de grãos


é um fenômeno físico complexo que ocorre
principalmente por condução e convecção.
CONDUTIVIDADE TÉRMICA

0,8
Condutividade térmica

0,7
(cal.m-2.oC-1)

Milho
0,6 Trigo
Arroz com casca

0,5

0,4
8 10 12 14 16 18 20 22

Teor de umidade (% b.u.)


Condutividade térmica

Cereais = 0,13 a 0,15 kcal/m.h.oC


Tijolo = 0,70 kcal/m.h.oC
Alumínio = 175 kcal/m.h.oC
Vidro = 0,70 kcal/m.h.oC
Concreto = 0,95 a 1.75 kcal/m.h.oC

Máx 10cm
Obs.: 20 cm de cereal equivale a
uma parede de alvenaria de 107 cm.
O aquecimento da massa de grãos ocorre lentamente,
ocorrendo a transferência de calor principalmente por
condução, através do contato entre os grãos.
Conservação da temperatura do produto resfriado

35

30
Camada 1
Camada 2
Temperatura (o C)

25 Camada 3
Camada 4
Camada 5
Camada 6
20
Camada 7
Camada 8
Ambiente
15

10
5/12 25/12 14/1 3/2 23/2 14/3 3/4 23/4 13/5 2/6
Período de conservação (dias)
Intervalo necessário para novo resfriamento para
garantir a qualidade do milho, a partir de uma
refrigeração inicial de 10oC

Teor de Umidade do Grão Tempo de Duração até novo Resfriamento

12,0 - 15,0% Aproximadamente 08 - 12 meses

15,5 - 17,5% Aproximadamente 06 - 10 meses

17,5 - 18,5% Aproximadamente 04 - 06 meses

18,5 - 20,0% Aproximadamente 01 - 04 meses

20,0 - 23,0% Aproximadamente 02 - 08 semanas

Fonte: Heinrich Brunner (1989).


Resultados da
Integração Pesquisa e
Desenvolvimento
TRABALHO TÉCNICO:
Avaliação das instalações existentes
para a guarda segura dos produtos
agrícolas
Componentes do sistema de aeração

Aeradores

Termometria

Ventilador

Dutos de aeração
Problemas detectados

Relacionados a Engenharia:

 Dimensionamento dos ventiladores e instalações

 Dimensionamento dos dutos

 Distribuição de dutos no armazém

Relacionados ao Operacional:

 Limpeza do produto e das instalações

 Manejo do sistema de aeração


Problemas no sistema de aeração

Presença de
Impurezas
Problemas no sistema de aeração

Entupimento
dos dutos de
aeração
Problemas no sistema de aeração

Estrangulamento
dos dutos de
aeração
Problemas no sistema de aeração

Estrangulamento
nas instalação
dos ventiladores
Problemas nas instalações

Infiltrações
Problemas no dimensionamento dos dutos de aeração
Ausência de aeradores e exaustores

Auxiliam na retirada de ar quente

Evitam a condensação de água na massa de grãos

Diminuem a temperatura no local de aplicação de inseticida


Problemas no Sistema
de Termometria

Leituras do sistema de termometria


sempre no mesmo horário
TRABALHO CIENTÍFICO:
Pesquisas visando a avaliação da
qualidade do produto armazenado

Grãos

Granel Indústrias
Sacaria Fábricas ração

Sementes
Resfriamento artificial de milho
Resfriamento artificial de milho

30,00

Camada 1
25,00 Camada 2
Temperatura (°C)

Camada 3
Camada 4
20,00
Camada 5
Camada 6
15,00 Camada 7
Camada 8

10,00
16/4 17/4 17/4 18/4 18/4 19/4 19/4 20/4 21/4 22/4 22/4

Dias de leitura dos dados


Resfriamento artificial de milho

Resfriamento
35,0 Artificial Aeração Tradicional

30,0
Temperatura ( C)

Camada 1
o

25,0
Camada 2
Camada 3
20,0 Camada 4
Camada 5
Camada 6
15,0
Camada 7
Camada 8
10,0
16/4 18/4 21/4 27/4 5/5 12/5 18/5 21/5 26/5 2/6 12/6 21/6 30/6 12/7 23/7

Data de coleta dos dados


Aeração convencional de milho

35,0

30,0
Camada 1
25,0 Camada 2
Temperatura (°C)

Camada 3
20,0 Camada 4
Camada 5
15,0
Camada 6

10,0 Camada 7
Camada 8
5,0

0,0
9/7 12/7 14/7 16/7 19/7 23/7

Dias de leitura dos dados


Resfriamento artificial de milho

14,0
12,0
Teor de umidade (%)

10,0

8,0

6,0
4,0

2,0

0,0
1 7 28 45 59 75
Período experimental (dias)
Resfriamento artificial de soja

30,0

25,0
Camada 1
C)

20,0 Camada 2
o

Camada 3
Temperatura (

Camada 4
15,0
Camada 5
Camada 6
10,0 Camada 7
Camada 8
5,0

0,0
22/4 24/4 25/4 27/4 29/4 30/4 2/5 3/5
Data de coleta dos dados
Resfriamento artificial de soja

30,0

25,0
Camada 1
C)

20,0 Camada 2
o

Camada 3
Temperatura (

Camada 4
15,0
Camada 5
Camada 6
10,0 Camada 7
Camada 8
5,0

0,0
22/4 24/4 26/4 29/4 1/5 3/5 7/5 14/5 19/5 21/5 26/5 4/6 14/6 23/6 2/7 14/7
Data de coleta dos dados
Resfriamento artificial de soja

12,0

10,0
Teor de umidade (%)

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
0 15 30 45 60 75 90 105
Período de conservação (dias)
Resfriamento artificial de trigo
Resfriamento artificial de trigo

34

camada1
30
camada2
camada3
C)

26
o

camada4
Temperatura (

camada5
22 camada6
camada7
18 camada8
camada9
14 camada10

10
0:00:00 48:00:00 96:00:00 144:00:00 192:00:00 240:00:00 288:00:00 336:00:00

Tempo de resfriamento (h)


Resfriamento artificial de trigo

35

30
Camada 1
Camada 2
Temperatura (o C)

Camada 3
25
Camada 4
Camada 5
Camada 6
20 Camada 7
Camada 8
Ambiente
15

10
5/12 25/12 14/1 3/2 23/2 14/3 3/4 23/4 13/5 2/6
Período de conservação (dias)
Resfriamento artificial de trigo

12,0

10,0
Teor de umidade (% b.u.)

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
0 30 60 90 120

Período de amostragem (dias)


Qualidade da farinha de trigo

  Antes do Após a
Resfriamento Conservação

Glúten Úmido (%) 29,1 28,9

Glúten Seco (%) 9,7 10,0

Glúten Index (%) 88,6 79,8

Índice de Queda (seg) 280,5 279,8

Tenacidade da Massa ( P ) 80,9 79,9

Extensibilidade da Massa ( L ) (cm) 81,8 79,2

Relação ( P/L ) 1,08 1,04

Força do Glúten (10-4 Joules) 202,2 200,4


Qualidade da semente de soja
resfriada artificialmente e mantida
armazenada em blocos
Temperatura da semente de soja mantida em bloco

Soja armazenada em bloco - BRS 184

35,0

30,0
C)

25,0
o
Temperatura (

20,0

15,0

10,0

5,0

-
6/jun 26/jun 16/jul 5/ago 25/ago 14/set 4/out 24/out
Período experimental (dias)
Temp - 50 cm Temp - 100 cm Temp - 150 cm Temp - 200 cm Temp - Armazém
Avaliação da germinação e vigor de sementes de Soja CD-202
armazenadas com resfriamento artificial e a temperatura ambiente.

Testes Germinação(%) Vigor (%)


___________________________________________________________________________________

Período (dias) 1 60 135 210 1 60 135 210

Convencional 97 92 86 50 93 89 74 36

Resfriamento 95 93 94 93 92 90 90 87

___________________________________________________________________________________
Fonte: PORTO, Alexandre, 2002, Tese de Doutorado – UFPEL
Convencional – sementes armazenadas a temperatura ambiente
Resfriamento – sementes armazenadas a 12-15 oC com resfriamento artificial
Resfriamento Dinâmico de Sementes de Soja

Temperaturas da soja na entrada (Nivel 1),


intermediária (Nível 2) e na saída (Nível 3) no
silo de resfriamento dinâmico

24
22
Temperatura ( C )
o

20
18 Nível 1
Nível 2
16
Nivel 3
14
12
10
00:00 01:00 02:00 03:00 04:00 05:00
Tempo decorrido de resfriamento ( h )
Resfriamento Dinâmico de Sementes de Soja

Teores de umidade da soja na entrada e na saída no


silo de resfriamento dinâmico

13 Entrada do silo resfriador Saída do silo resfriador


Teor de umidade (% b.u.)

12,5

12

11,5

11

10,5

10
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4
Trabalhos específicos de laboratório

Resfriamento da Castanha

30
Temperatura (oC)

25
20 Temperatura da
castanha
15
Temperatura do
10 ambiente
5
0
0 5 10 15 20
Tempo de resfriamento (min)
Dados obtidos nos experimentos

Capacidade de Resfriamento

Soja 26 ton / h 1.560 sc / h

Milho 21 ton / h 1.260 sc / h

Trigo 10 ton / h 600 sc / h

Consumo médio de energia: 4,8 kW.h / ton


0,28 kW.h / sc
Contato

Eng. Agrícola Adriano Divino Lima Afonso

Prof. Adjunto / UNIOESTE / Campus Cascavel


Fone: 45 3220 3268 ou 45 9973 4252
adafonso@unioeste.br

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