Relações de Trabalho na

Rede Privada de Ensino

de Belo Horizonte
Alessandra, Carolina, Luana,
Luisa, Renata, Thayana e
Vanessa
 1532
Criação das capitanias
hereditárias e o surgimento da
preocupação do Rei de
Portugal em criar o governo-
geral e promover a instrução.
Confiando tal tarefa a Igreja.
1834
Ato Adicional à Constituição.
A falta de recursos das províncias
para organizar seu próprio ensino,
público e gratuito, abriu espaço
para que a iniciativa privada
assumisse tal tarefa.
1549
Com a chegada do governador-
geral Tomé de Souza, chegam
ao Brasil seis jesuítas, com a
missão de ensinar a língua
portuguesa, a doutrina cristã, a
leitura e a escrita.
Grosso modo, o ensino no país
dividia-se em:
1) ensino público, primário e
gratuito, em estado de
abandono; e 2) ensino
secundário, privado e pago,
mantido por famílias dotadas de
recursos, em função de seu
acesso aos estabelecimentos de
ensino superior.
1759
Expulsão da Companhia de Jesus
de Portugal e do Brasil.
Criação pela Direção-Geral, a
partir do decreto de 28 de junho
uma espécie de Ministério da
Educação para a Colônia.
1854
Com a Aprovação da Lei da
Liberdade de Ensino, a
expansão do ensino privado
prossegue.
1824
Primeira Constituição
Pela primeira vez pensa-se na
Criação de um Sistema Nacional
de Educação.
Expansão da iniciativa privada para
responder a demanda emergente.
1879
18 de abril - Reforma Leôncio de
Carvalho
ampliação dos parâmetros para a
liberdade de ensino, medida que
tornou possível a manifestação de
outras tendências pedagógicas e
tornou livre o credo religioso dos
alunos.
 1890
Reforma Benjamim Constant –
Foi um fracasso um dos
obstáculos se refere a falta de
apoio das classes dirigentes e
dos intelectuais.
1946
Constituição - manteve todos os
direitos adquiridos
anteriormente pelo ensino
privado.
1934
Nova Constituição - proclamava
ajuda financeira às escolas privadas
e confessionais e a liberdade de
organização de um sindicato para a
educação católica, origem do
movimento sindical patronal no
ensino privado.
1961
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) –
a escola particular passou a
usufruir da autonomia desejada.
A renovação impregna as ações
dos estabelecimentos de ensino
privado.
1937
Constituição - consagra-se o
princípio de recursos públicos
também para a escola particular.
1970
Crescimento dos estabelecimentos
privados de ensino na educação
básica, tendo à frente empresários
e dirigentes extremamente
competentes e organizados na
gestão educacional.
Escola
Nova
luta por um ensino público
de qualidade e laico, em
oposição ao ensino privado.
Foi a época de grandes conflitos
entre privatistas e publicistas.
1990
Crescimento do ensino privado
no ensino superior.
 Matrículas Por Etapa e Modalidade
50,000
45,000 42,977

40,000
35,000 31,745
29,078
30,000
26,201
25,000
19,820
20,000
15,000
10,000
5,000 1,841 1,579
0
Creches
04
Pré-Escolas Anos Iniciais Anos Finais Ensino
Médio
EJA Educação
Especial

Fonte Censo Escolar/INEP 2016  Total: 153.241

 Matrículas Série Anos Iniciais e Finais
10,000 9,357 9,464
9,000 8,714
8,047 8,086 8,240 8,085
8,000 7,395 7,334
7,000
6,000
5,000
4,000
3,000
2,000
1,000
-
1º Ano 2º Ano 3º Ano
045º Ano
4º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano
Fonte Censo Escolar/INEP 2016  Total: 74.722
 Matrículas Série Ensino Médio
8,000 7,487

7,000 6,469
5,853
6,000

5,000

4,000

3,000

2,000

1,000
11
-
1ª Série 2ª Série
04 3ª Série 4ª Série
Fonte Censo Escolar/INEP 2016  Total: 19.820
 Número de Docentes
3,500
2,897
3,000
2,431 2,418
2,500 2,238
1,925
2,000
1,500
1,000
500 122 116
30
-
s s
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Cr é -E os os as no xcl
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p
. Es
Ed
Fonte Censo Escolar/INEP 2016 
04
*Inclui os docentes que atuam em turmas de educação infantil e ensino fundamental Multietapaa, em turmas multi, correção de fluxo e multi 8 e Total: 12.177
9 anos de Ensino Regular e/ou Especial.
 Número de Turmas
2,500
2,189 2,201

2,000 1,926

1,500
1,148
943
1,000

500
105 94
-
Creches Pré-Escolas Anos Iniciais Anos Finais Ensino EJA Ed. Especial
Médio - Exclusivas
Fonte Censo Escolar/INEP 2016 
04 Total: 8.606
 Número de alunos por turma
LDB Art. 25.
Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar
relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga
horária e as condições materiais do estabelecimento.

Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das

condições disponíveis e das características regionais e locais,
estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo”.

(CEB/CNE Parecer nº22/98

(...) as estratégias de atendimento individualizado às crianças devem
prevalecer. Por isto a definição de quantidade de crianças por adulto é
muito importante, entendendo-se que no caso de bebês de 0 a 2 anos,
a cada educador devem corresponder no máximo de 6 a 8 crianças. As
turmas de crianças de 3 anos devem limitar-se a 15 por adulto e as de
4 a 6 anos de 20 crianças." (CEB/CNE Parecer nº22/98, pág. 15)

Plano de Carreira
Meta 18 do PNE – assegurar a existência e cumprimento dos planos de
carreira para os profissionais da educação básica e superior pública e
privada, tomando como referência o piso salarial estabelecido em lei
federal.
 Forma de Ingresso / avaliação de desempenho / escolha dos
01 dirigentes / programas adotados
Específico de cada instituição.

02 Titulação Inicial Exigida

LDB Art. 62.
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima
para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros
anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade
normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017)

03 Jornada de Trabalho
em cada estabelecimento de ensino, é limitada a, no máximo, 4 (quatro)
aulas consecutivas ou 6 (seis) intercaladas, podendo, entretanto, lecionar
em vários estabelecimentos no mesmo dia.
04
04 Os profissionais têm o contrato presidido sob a CLT (Consolidação das Leis
de Trabalho) e pela CCT (convenção coletiva de trabalho).
04
Tabela salário aula base Sinpro/2017

Reajuste a partir de 1º de abril de 2017 – 4,57%

 Contexto Atual

Educação como negócio, dando origem a

grandes empresas educacionais. Intensificação do trabalho docente.

Objetivo de acumular e ao mesmo tempo expandir Alienação ao processo organizacional da

o capital financeiro. instituição.

Perca da identidade do professor e a Falta de materiais e estrutura física tornando

desvalorização profissional.
 Legislação
Constituição Federal - 1988
Refere-se a profissionais da educação somente no
âmbito público, mas no
Art.206 V dispõe sobre a valorização dos
profissionais da educação.
Art. 206. V - valorização dos profissionais da
educação escolar, garantidos, na LDBEN - 1996
forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público
de provas e títulos, aos das redes públicas; Dispõe sobre o profissional da educação,
(Redação dada pela Emenda afirmando que podem ser:
Constitucional nº 53, de 2006) ✓ formados em pedagogia ou áreas afins, em
nível técnico ou superior.
(Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)
✓ Profissionais com notório saber
reconhecidos pelo Sistema de Ensino.
(Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)
 Legislação
CLT SEÇÃO XII
✓ Art. 317 Podem atuar na rede privada os profissionais com habilitação legal e reconhecidos pelo
MEC. (Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
✓ Art. 318.Pode trabalhar na mesma instituição por mais de um turno desde que não ultrapasse carga
horária semanal legal e os horários de alimentação não são computados. (Lei nº 13.415, de 2017)
✓ Art. 319 Não podem lecionar aos domingos e nem aplicar exames
✓ Art. 320 Remuneração de acordo com carga horária.
✓ Art. 320 Pagamento mensal, considerando 4 semanas e meia por mês.
*As faltas serão descontadas nos vencimentos de cada mês, por aula não dada.
*Não serão descontadas em casos de gala ou luto.
✓ Art. 321 As aulas a mais serão pagas no final de cada mês.
✓ Art. 321 No período de férias, receberá a mesma remuneração. (Redação dada pela Lei nº
9.013, de 30.3.1995).
✓ Não podem trabalhar mais que 8 horas no período de exames, a não ser que haja pagamento
completar por hora excedente.
✓ No período de férias só pode fazer serviços relacionados a exames.
✓ Em caso de dispensa sem justa causa serão pagas as férias da mesma forma.
✓ Art. 323 – As instituições não podem funcionar se não pagar em dia e dignamente os
professores.
✓ O MEC determina a remuneração condigna.
 Legislação
Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2017

Sindicato dos professores do estado de minas gerais

✓ Salários, reajustes e pagamento
✓ Gratificações, adicionais, auxílios e outros. Adicional de Tempo de serviço
✓ Contrato de trabalho – admissão, demissão, modalidades Desligamento / demissão
✓ Relações de trabalho – condições de trabalho, normas de Pessoal e estabilidades
✓ Qualificação/formação profissional
✓ Atribuições da função/desvio de função
✓ Transferência setor/empresa
✓ Ferramentas e equipamentos de trabalho
✓ Política para dependentes
✓ Estabilidade mãe
✓ Estabilidade acidentados/ portadores doença profissional
✓ Jornada de trabalho – duração, distribuição, controle, Faltas duração e horário
✓ Prorrogação/redução de jornada
✓ Controle da jornada/faltas/férias e licenças
✓ Relações sindicais
✓ Aplicação do instrumento coletivo/descumprimento do Instrumento coletivo
Trabalho fora do horário contratual 01

Geralmente feito em casa

02

Alimentar sistema ou site da escola

03

Não remunerado
04

Cobrado pela instituição

05
Hora-atividade dos professores do ensino privado
Eduardo Bocaccio Mainardi
29 setembro 2015
 CONTEE

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino sede e Organizações

foro na cidade de Brasília e base territorial em todo o país. É uma entidade sindical de
terceiro grau do sistema confederativo brasileiro, de caráter permanente; representante
Representativas
de todos os trabalhadores dos estabelecimentos de ensino privado.

Congrega 88 sindicatos e 10 federações de professores, técnico e administrativos do

setor privado de ensino, da educação infantil à superior.

A Confederação defende:

• educação como direito e bem público, de responsabilidade do Estado.

• o fortalecimento da educação pública, democrática e de qualidade e entende que o
estabelecimento da educação como direito também se dará por meio da
regulamentação do setor privado de ensino, com a exigência do cumprimento do papel
do Estado no controle, regulação, credenciamento e avaliação da educação, com as
devidas referências sociais.
• O combate à mercantilização e à desnacionalização da educação
• E luta pelo desenvolvimento do País, com distribuição de renda, justiça social e
soberania nacional.
 Sinpro - Sindicato dos Professores de Minas
Gerais

Nomes já usados pelo sindicato

“Sindicato Mineiro dos Professores”.

“Sindicato dos Professores do Ensino Secundário de Belo Horizonte”.

Com essa denominação foi expedida a “Carta Sindical”, em 14 de agosto
de 1942.

“Sindicato dos Professores do Ensino Secundário e Comercial de Belo

Horizonte¨.

“Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais” e a partir desse

ano teve sua base ampliada para todo o Estado, exceto Juiz de Fora.
A Confederação luta por:

• Direitos dos professores da rede privada no

estado e por uma educação de qualidade.

Hoje, em decorrência da luta e da união da

categoria, o Sinpro Minas é uma entidade
forte, atuante e com total autonomia. Possui
em sua base cerca de 65 mil professores de
diversos níveis de ensino, da educação infantil
ao ensino superior, e atende a categoria por
meio de sua sede, em Belo Horizonte, e das
12 regionais localizadas em importantes
regiões do estado, o que permite ter maior
alcance dos 853 municípios de Minas Gerais.

Na área da educação, o Sinpro Minas se

destaca atualmente como um dos sindicatos
do país que mais obtém conquistas, em
função da força e da mobilização da
categoria.
 Conquistas do Sinpro
Organizações
1943 – A campanha salarial é discutida pela primeira vez na diretoria do Sinpro Minas,
Representativas
apesar da definição de salários vir do Ministério da Educação. Uma intervenção
governamental resultou na suspensão da posse da diretoria. Naquele ano, o Ministério do
Trabalho determinou ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) que
investigasse a suposta vinculação de dois diretores com o movimento integralista, de
orientação fascista e de direita.
1949 – Primeira negociação salarial, quando foi aprovada em assembleia a instauração
do dissídio coletivo.
1950 – Primeira campanha pelo repouso remunerado.
1956 e 1960, a entidade participou dos debates sobre a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação e a criação da Federação dos Professores do Ensino Secundário, além de ter
desenvolvido uma luta mais sintonizada com a ascensão do movimento sindical da época.
1959 – Primeira greve da categoria. Com duração de 10 dias.
 Conquistas do Sinpro

1970 – Conquista do cálculo do salário do professor e partir do salário-aula, incluindo

definitivamente o repouso remunerado e outros adicionais. Desta época são também os
adicionais por aluno e por tempo de serviço e a consolidação das bolsas de estudos.
1980- Sinpro Minas passou a participar ativamente das diversas lutas sociais, entre elas
as campanhas a favor da anistia aos cassados pelo regime militar e contra os decretos
do governo Figueiredo (1979-1985), o movimento pró-CUT (Central Única dos
Trabalhadores) e as campanhas das Diretas-já e pela convocação da Assembléia
Nacional Constituinte.
1989 – Conquista do adicional extraclasse, direito ao recebimento pelas reuniões e a
antecipação quinzenal de salário mensal. Apoiou também o movimento “Lula
presidente”, em 1989.
1990- O Sinpro Minas se empenhou na batalha contra o projeto neoliberal capitaneado
por Fernando Henrique Cardoso, que investiu fortemente contra os direitos trabalhistas.
1993 – Direito de eleição de representante ou delegado sindical, com estabilidade.
 Sinep

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais, com sede no estado de Minas
Gerais, na cidade de Belo Horizonte, foi criado em 16/07/1947.

O SINEP congrega e representa todas as instituições particulares de ensino situadas

em sua base territorial, exceto as que ministram exclusivamente cursos de idiomas.

È uma entidade sindical de 1º grau , sem fins lucrativos e de caráter permanente;

Tem como finalidade :

• representação e defesa dos interesses da categoria econômica das instituições

particulares de ensino perante aos sindicatos das respectivas categorias profissionais.
• promover a união, o fortalecimento e divulgação dos serviços prestados pelas escolas
particulares de Minas Gerais perante as insituições governamentais e não
governamentais em nível municipal, estadual e federal.
 Pauta de Reivindicações dos professores:
Organizações
Representativas
A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) convocou uma greve
nacional para o dia 30 de abril de 2015. A entidade reivindica o cumprimento do Piso
Salarial do Magistério e Planos de Carreira, das metas e prazos do Plano Nacional de
Educação (PNE), entre outros pontos. Nesse momento, professores da rede pública e
privada foram mobilizados no estado de Minas Gerais.

A categoria definiu também se unir à luta contra o Projeto de Lei 4330, que autoriza as
terceirizações. No dia 1 de maio do mesmo ano, os professores da rede particular se
unem às centrais sindicais e movimentos sociais no ato contra o PL, às 10h, na Praça da
Assembleia.
 Principais eixos da Campanha Reivindicatória

Unificação dos pisos salariais: o trabalho educacional é igual nas diversas

01 regiões do estado, portanto, o piso salarial deve ser o mesmo, ou seja, salário
igual para trabalho igual.

Unificação das datas-base: atualmente, as datas-base da categoria são:

02 fevereiro, março, abril e maio, conforme cada sindicato patronal das diversas
regiões de Minas Gerais. A reivindicação da categoria é unificar as datas-base.

Recomposição da inflação: reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao

03 Consumidor (INPC), que mede a inflação acumulada na data-base (1 ano),
para que haja recomposição das perdas do poder de compra do salário.

Ganho real: com o objetivo de conquistar melhores salários para os

04 professores, reivindicamos reajuste acima da inflação como forma de
valorização docente.
 Principais eixos da Campanha Reivindicatória

Adicional extraclasse: a Lei Nacional do Piso Salarial dos professores da rede

05 pública já estipula que o adicional extraclasse deve ser o equivalente a 1/3 da
jornada. Atualmente, os professores de escolas privadas em Minas recebem
um adicional de 20% para as atividades inerentes ao trabalho docente
realizado fora do horário de aulas, como elaboração e correção de provas.
Como as tarefas que os professores assumem atualmente aumentaram, a
reivindicação é elevar esse percentual para 33%. Trabalho realizado, deve
sempre ser pago.

Estabilidade no emprego: para que não haja interrupção no trabalho

06 educacional , os professores reivindicam estabilidade no emprego durante o
período escolar.

Regulamentação da EaD:o Ensino a Distância é uma realidade em Minas e no

07 Brasil. A regulamentação da EaD é fundamental para a valorização dos
professores que atuam nessa área.
Em 2017:
O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), que representa os
educadores da rede privada, contabilizava 25 instituições onde os educadores devem
aderir ao movimento de greve.
Entre as instituições estão a PUC Minas, o Loyola, o Colleguium, o Santa Maria e o
Padre Eustáquio.
O motivo seria contra as reformas atuais do governo: Entre elas a reforma da
previdência, e a terceirização.
A categoria aproveitará o dia da paralisação para fazer uma assembleia, onde será
discutida parte da pauta da campanha salarial. “O patronal nos oferece 3% de reajuste,
mas a maioria das escolas reivindica de 12% a 14%”
 Organizações
Representativas
O estudo sobre o trabalho docente na rede privada pode ser encontrado em alguns
trabalhos acadêmicos, como:

“A precarização do trabalho docente numa escola de rede privada do subúrbio carioca, de

Angela Cristina Fortes Iório e Isabel Alice Oswald Monteiro Lelis.

“Trabalho e Educação: As estratégias de controle e precarização do trabalho docente nas

instituições de ensino privadas a partir de 2000”, de Sandra Gramilich Pedroso.

Nos trabalhos ficou evidenciado três fatores que podem nos fazer refletir a condição e
precarização do trabalho docente nas redes privadas.
 Categorias do processo Organizacional do trabalho
Organizações
- Alienação do trabalho, os docentes se submetem a funções que não são de sua responsabilidade,
por ser algo imposto pela instituição. Representativas

“ Quanto menos problema com aluno, mais seguro o meu emprego.”( Pedroso,2015,p.61).

Rigor com prazos.

Instituições passam a ser rotulada por indicadores de desempenho.

Estratégias de Controle

Então nota-se que :

 
- Professor fica limitado pelas restrições impostas pela instituição.
- Sem autonomia
- Avaliações de Desempenho do docente como mecanismo de controle
- Itens avaliados pela escola : frequência, pontualidade, taxa de aprovação/reprovação, dedicação,
disponibilidade e participação dos projetos institucionais sem remuneração, dentre outros.
O trabalho docente está se tornando mais amplo, sem o acompanhamento salarial. Organizações
 
Representativas
Mas os professores se submetem a estas imposições, pois temem pela estabilidade de seu emprego
e se sentem obrigados em participar de todos os eventos promovidos pela instituição, para a garantia
de sua vaga.

Fatores Financeiros e Condição de trabalho

- A baixa remuneração dos professores incentiva as busca de outros empregos, dupla ou tripla jornada
de trabalho para complementação da renda mensal.
 
- A intensificação do trabalho gera a insatisfação do docente e por consequência provocando
problemas de saúde, como, estresse, dores na coluna, problemas nas cordas vocais, etc.
 
- Participação de Atividades não remuneradas
 
- Falta de tempo para planejar as aulas e acabam levando trabalho para casa.
 
Desafios Ao Trabalho Docente Na Rede Privada
• Diversificação das tarefas docentes em função de um conjunto de
transformações sociais
• Exigência de polivalência
• Sobrecarga de trabalho e esgotamento
• Dificuldades de atualização profissional
• Inexistência de legislações Estabelecimentos de ensino têm a
autonomia para elaborarem seus projetos político-pedagógicos
Lógica de mercado vigente
• Práticas clientelistas e mercadológicas (Empresa escola)
• Hierarquias e da ausência de diálogo
 Entrevista

Professora 01 – Professora da Educação Infantil

Professora 02 – Professora de Artes – EFI, EFII e EM
Professor 03 – Professor de Educação Física – EFII e EM
Professora 04 – Professora de Anatomia do Curso de Ed. Física
 Entrevista
Professora 01 Professora 02 Professor 03 Professora 04
Educação Infantil EFI / EFII / EM EFII / EM Superior
Idade 25 52 36 33
Tempo como Professor 02 anos 30 anos 13 anos 06 anos
Pedagogia / Educação
Formação Pedagogia Artística com
Licenciatura em Artes
Indicação / Processo Indicação / Processo
Ingresso na instituição Processo seletivo Processo seletivo
seletivo seletivo
Ministra aulas em
01 01 01 01
quantas instituições
Segunda e quarta: 8 h
Jornada Diária 05 horas 08 horas 04 horas
Terça, quinta e sexta: 5 h
Turmas 01 13 12 02
Alunos em média 15 alunos 25 alunos 30 alunos 30 alunos
Planejamento anual com
Tempo com
02 horas semanais 08 horas semanais adaptações e encontros 05 horas
planejamento
semanais 50 minutos
 Entrevista
Professora 01 Professora 02 Professor 03 Professora 04
Educação Infantil EFI / EFII / EM EFII / EM Superior
Horário de
Em casa Em casa Na instituição Em casa
Planejamento
Recebe pelas horas de
Sim Sim Sim Sim
trabalho em casa
A instituição tem
avaliação de Sim Sim Sim Não
desempenho
Responsável pela
Coordenação Coordenação Coordenação -
avaliação
Já teve alguma doença
diagnosticada por algo Não Sim Não Não
relacionado ao trabalho
Assessoria jurídica, plano
Tipos de assistências Plano de saúde, bolsas Plano de saúde, bolsas Plano de saúde, bolsas
de saúde, bolsas de
do sindicato de estudos de estudos de estudos
estudos
Participa das tomadas
Não Não Não Não
de decisões
 Considerações Finais
• A atual realidade da escola no Brasil é fortemente marcada, sobretudo na
educação básica, por um dualismo que compreende a escola pública para classes
mais baixas e a escola privada para a elite.
• A manutenção desses sistemas múltiplos de ensino promove a distância entre as
camadas sociais fundamentais que constituem a estrutura social brasileira.
• A rede privada é caracterizada pelos valores mercantis e preceitos empresariais,
logo a educação oferecido é pensada como serviço oferecido a clientes, que deve
ser eficaz e produzir melhores desempenhos, sobretudo nas avaliações externas,
atraindo mais clientes.
• Os conceitos de mercado são transferidos para a educação: eficiência, produção,
eficácia, concorrência, meritocracia.
Referências Bibliográficas
ALVES, Manoel. A histórica contribuição do ensino privado no Brasil. Revista Educação, Porto Alegre, v.
32, n. 1, p. 71-78, jan./abr. 2009.

BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em :
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> . Acesso em: 04 de jul. de 2017.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.>.
Acesso em: 04 de jul de 2017.

CONTEE. Disponível em : < http://www.contee.org.br/> acesso em : 29 jul. 2017.

ESTATUTO CONTEE. Disponível em : < http://contee.org.br/contee/index.php/estatuto/> acesso em : 29 jul.

2017.

ESTATUTO SINEP-MG. Disponível em < http://formatacaoabnt.blogspot.com.br/2011/10/referencias.html>

acesso em: 28 jul. 2017.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISA EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse

Estatísticas da Educação Básica 2016. Brasília: Inep, 2017. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/sinopses-esttisticas-da-educacao-basica>. Acesso em: 22 de jun. 2017.
Referências Bibliográficas
IÓRIO, A. C. F.; LELIS, I. A. O. M. Precarização do trabalho docente numa escola da rede privada do
subúrbio carioca. CADERNOS DE PESQUISA v.45 n.155 p.138-154 jan./mar. 2015

MAINARDI, Eduardo Bocaccio. HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES DO ENSINO PRIVADO. Revista

Páginas de Direito, Porto Alegre, ano 15, no 1276, 29 de setembro de 2015. Disponível em:
<http://www.tex.pro.br/index.php/artigos/317-artigos-set-2015/7368-hora-atividade-dos-professores-do-
ensino-privado>. Acesso em: 04 de jul. de 2017.

Minas Gerais. (2015-2017). Convenção Coletiva de Trabalho. MG, Belo Horizonte: SIMPRO-MG.
Disponível em: <http://www.sinepe-mg.org.br/bisnoticia/admin/arquivos/CCT_SINPRO_-_2015_-_2017.pdf>.
Acesso em: 04 de jul de 2017.

PEDROSO, Sandra Gramilich. Trabalho e Educação: As estratégias de controle e precarização do

trabalho docente nas instituições de ensino privadas a partir de 2000.-2015.92f.:il.
SINPRO-MG. Disponível em : < http://sinprominas.org.br/institucional/historia/ > acesso em : 01 jul. 2017.

LELIS, Isabel. O trabalho docente na escola de massa: desafios e perspectivas. Sociologias, Porto
Alegre, ano 14, no 29, jan./abr. 2012, p. 152-174