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MOAGEM

Professor: Flávio Lopes Batista


OPERAÇÕES UNITÁRIAS I
SUMÁRIO
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
OPERAÇÕES DE MOAGEM
LEIS EMPÍRICAS
OBJETIVO

 DEFINIÇÃO DE MOAGEM, RESSALTANDO ALGUNS TIPOS DE


MOINHOS NECESSÁRIOS VISANDO A FRAGMENTAÇÃO, AS
OPERAÇÕES DE MOAGEM E SUAS LEIS EMPÍRICAS.
INTRODUÇÃO
• FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOS
FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOS

Tem por objetivo reduzir o tamanho dos fragmentos de


determinado material, matéria-prima ou produto final.

 Exemplos de fragmentação de sólidos:

• Moagem de cristais para facilitar sua dissolução (lixiviação);


• Britamento e moagem de combustíveis sólidos antes da queima;
• Corte da madeira antes do cozimento na produção de celulose;
• Moagem de sementes oleaginosas para acelerar a extração com
solventes e produção de farinhas e farelos (trigo, soja, girassol
entre outros).
Grão de trigo Grão de milho Grão de soja

Processo Processo Processo

Farinha de trigo Farinha de milho (fubá) Farinha de soja


INTRODUÇÃO
• MECANISMO DE FRAGMENTAÇÃO
MECANISMO DE FRAGMENTAÇÃO
A redução de tamanho é uma operação extremamente
complexa. Os sólidos podem sofrer redução de tamanho
através de vários tipos de solicitações, dos quais quatro
são utilizadas industrialmente:

 Compressão;
 Impacto;
 Atrito (abrasão);
 Corte e/ou dilaceramento.
INTRODUÇÃO
• EQUIPAMENTO EMPREGADO NA FRAGMENTAÇÃO
EQUIPAMENTO EMPREGADO NA
FRAGMENTAÇÃO
Os equipamentos podem funcionar empregando um ou mais
tipos de atuação da força simultaneamente. Existe uma grande
variedade de equipamentos, que podem ser classificados de
acordo com o tamanho das partículas de alimentação e do
produto.

 Britadores: fragmentação de partículas de tamanho grande para


médio;
 Moinhos: redução de partículas médias a pós finos.
INTRODUÇÃO
• CLASSIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO

ALIMENTAÇÃO PRODUTO
BRITADORES
Primários 10 cm – 150 cm 0,5 – 5 cm
Secundários 0,5 – 5 cm 0,1 – 0,5 cm
MOINHOS
Finos 0,2 – 0,5 cm 200 mesh
Coloidais 80 mesh Até 0,01 µ
INTRODUÇÃO
• CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MOAGEM
CARACTERÍSTICAS GERAIS
  A moagem é uma operação unitária de redução de tamanho,
em que o tamanho médio dos alimentos sólidos é reduzido pela
aplicação de forças de impacto, compressão e abrasão.

 As vantagens da redução de tamanho no processamento são:

 Aumento da relação superfície /volume;


 Uniformidade do tamanho das partículas do produto,
auxiliando na homogeneização de produtos em pó ou na
solubilização dos mesmos.

      
CLASSIFICAÇÃO
• MOINHOS DE MARTELOS OU DE IMPACTO
MOINHOS DE MARTELO OU DE IMPACTO

O moinho de martelos consiste de


um eixo girando em alta rotação e
no qual ficam presos, de forma
articulada, vários blocos ou
martelos. O material é alimentado
pela parte superior e as partículas
sofrem o impacto dos martelos e são
projetadas contra a superfície
interna da câmara, fragmentando-
se, para depois serem forçadas a
passar por tela inferior que vai
bitolar a granulometria da descarga.
MOINHOS DE MARTELO OU DE IMPACTO
Aplicação: esse tipo de moinho tem pouca aplicação na
concentração de minérios e é largamente empregado na
indústria química, onde as substâncias são ordinariamente
menos abrasivas e também na fragmentação de calcários.
MOINHOS DE MARTELO OU DE IMPACTO
VÍDEO
CLASSIFICAÇÃO
• MOINHOS GIRATÓRIOS DE COMPRESSÃO
• MOINHO DE ROLOS
• MOINHO DE BARRAS
MOINHOS GIRATÓRIOS DE COMPRESSÃO
 MOINHOS DE ROLOS
Ideais para misturar, dispersar,
homogeneizar e reduzir partículas
fornece um produto de textura mais
uniforme. Dois ou mais cilindros pesados
giram em direções contrárias, a
velocidades iguais ou diferentes.
Partículas na alimentação são submetidas
a forças de compressão. A distância entre
os rolos, que giram em sentidos opostos,
é regulável e deve ser ajustada às
condições de matéria prima.
MOINHOS DE ROLOS

 Mais utilizado na moagem de cereais em uso caseiro,


fornece um produto de textura mais uniforme.
MOINHOS GIRATÓRIOS DE COMPRESSÃO

 MOINHOS DE BARRAS

Os moinhos de barras utilizam barras


cilíndricas como corpos moedores. São
moinhos tubulares, fabricados até o
tamanho máximo de 4,5 m de diâmetro
por 6,0 m de comprimento. São usados
principalmente em circuito aberto
preparando o produto para alimentar o
moinho de bolas. O moinho de barras é
utilizado na moagem primária recebendo
o minério que vem com granulometria
que varia entre 3/4 a 3/8 de polegada (19
a 9,53 mm).
MOINHOS DE BARRAS
Aplicação: moinhos de barras são usados na moagem
de minério de ferro, usados em circuito aberto na
obtenção de produtos grosseiros, como, por exemplo,
na moagem de minério de urânio para lixiviação. Não
são usualmente empregados em moagem a seco.
MOINHOS DE BARRAS
VÍDEO 1
MOINHOS DE BARRAS
VÍDEO 2
CLASSIFICAÇÃO
MOINHO DE FRICÇÃO
MOINHO DE FRICÇÃO
Todos os modelos desta categoria empregam a força
centrífuga para lançar o material a moer contra a
superfície de moagem. O elemento de moagem rola sobre
o material que está sendo moído, realizando uma dupla
ação de moagem: compressão e atrito. Nesta classe temos
como representantes os moinhos Babcock e Lopulco.
MOINHO DE FRICÇÃO
MOINHO BABCOCK MOINHO LOPULCO

É utilizado para moer produtos


É utilizado em moagem de carvão, explosivos, pois não há qualquer
matérias primas para a fabricação do perigo de faísca pelo atrito entre os
cimento, calcário, para a agricultura. elementos de moagem.
MOINHO DE FRICÇÃO
VIDEO
CLASSIFICAÇÃO
• MOINHOS GIRATÓRIOS
• MOINHO DE BOLAS
• MOINHO DE TUBOS OU COMPARTIMENTOS
MOINHOS GIRATÓRIOS


MOINHOS DE BOLAS
É um dos poucos equipamentos desta
área que pode trabalhar tanto em meio
seco como úmido. É um aparelho
próprio para moagem ultrafina.
Funcionamento básico:
Uma capa cilíndrica, que gira em um
eixo horizontal, é carregada com bolas
de aço ou porcelana. A redução de
tamanho é feita pela ação do impacto e
MOINHOS DE BOLAS
 Aplicação: é um equipamento chave em processos de
remoagem, e se utiliza em cimento, produtos de silicato,
vidro, cerâmica, dentre outros.
MOINHOS DE BOLAS
VIDEO
MOINHOS GIRATÓRIOS
 MOINHOS DE TUBOS
Distingue-se do moinho de bolas comum pelo
comprimento do tambor, que é de 3 a 4 vezes o diâmetro.
Em virtude do maior comprimento, o tempo de retenção é
maior e, consequentemente, um produto mais fino pode
ser obtido.
OPERAÇÕES DE MOAGEM
OPERAÇÕES DE MOAGEM

 Pode-se operar a seco ou a úmido. Geralmente a operação


a úmido economiza cerca de 25% da energia elétrica. Além
disso, o controle do pó é melhor na operação a úmido e a
classificação do material na saída do moinho é mais
simplificada. Contudo, há operações em que a moagem a
seco é essencial (cimento e cal). Quando a moagem é
levada a dimensões extremas, forças de atração podem
causar aglomeração das partículas e o único recurso é
moer o sólido em suspensão em um líquido.
OPERAÇÕES DE MOAGEM
 Quanto ao tipo de operação, as moagens podem ser
realizadas em batelada (descontínua) ou operação
contínua, podendo operar em circuito aberto ou circuito
fechado.
OPERAÇÕES DE MOAGEM
OPERAÇÕES DE MOAGEM
LEIS EMPÍRICAS
LEIS EMPÍRICAS
 O custo de energia é uma parcela importante no custo
total da operação de fragmentação. Desta forma, o
consumo de energia está relacionado com a estrutura
interna do material e é composta de duas etapas:
 abertura de pequenas fissuras;
 formação de nova superfície (DS).

 LEIS DE DIVISÃO DE SÓLIDOS


 São utilizadas para estimar a energia dissipada durante
o processo de fragmentação.
LEIS EMPÍRICAS
• LEI DE KICK
LEI DE KICK
"O trabalho necessário para fragmentar um sólido é função
logarítmica da razão entre os tamanhos inicial e final dos
fragmentos".
Aplicável somente nas primeiras fases do britamento → moagem
grosseira

onde:
 m = D1/D2 = relação de fragmentação
 k = constante experimental (função do tipo de britador e do tipo
de material)
 W = energia total consumida numa hora de operação
 C = capacidade do britador
LEIS EMPÍRICAS
• LEI DE RITTINGER
LEI DE RITTINGER
"O trabalho necessário para fragmentar o sólido é proporcional
ao aumento da superfície produzida".
Aplicável à segunda fase da fragmentação → moagem fina

Nesta equação as variáveis têm o mesmo significado que na


equação anterior.
LEIS EMPÍRICAS
• LEI DE BOND
LEI DE BOND
"O trabalho é inversamente proporcional à raiz quadrada do
tamanho produzido".
Lei semi-teórica:
onde:

 W = energia consumida (HP)


 k = 0,134 se D1 e D2em cm, wi em kWh/t e C em t/h
 wi= índice de trabalho do material. Varia com a natureza do
sólido
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
 FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS,
L.; ANDERSEN, L. B. Princípios das Operações Unitárias.
Tradução Horacio Macedo. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC,
2008.
http://www.dequi.eel.usp.br/~felix/SlidesOUE1.pdf
http://www.slideshare.net/130682/cominuio-moagem
http://pt.scribd.com/doc/65506514/1/Quais-as-finalidades-
de-um-moinho-tubular
http://www.unicamp.br/fea/ortega/aulas/aula16_ReducaoTa
manho.
ppt
http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004-182-00.
pdf
http://accaciamessano.com.br/wp-content/uploads/downloa

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