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LIBERDADE
POR UM FIO:
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Suspeitamos que trocavam seu ouro por mercadorias de que precisavam em seus
esconderijos, tais como armas, munição, cachaça e tecidos.
Conforme revela a correspondência oficial, a maioria dos governadores estava mais preocupada com
as guerras indígenas e o contrabando de ouro do que com quilombos
Uma segunda vantagem desses quilombolas no século XVIII foi a capitania possuir uma população
esparsa, especialmente de brancos. Afinal, revoltas escravas e quilombolas costumavam ocorrer com
mais frequência quando os escravos, especialmente escravos africanos, superavam numericamente
os senhores.
O último fator favorecendo a formação de quilombos era o tipo de terreno dos estados de Goiás e
Tocantins.
Raramente formavam núcleos maiores, com líder ou rei, onde pudessem viver como agricultores
sedentários. Por causa do perigo de serem descobertos, a maioria não permanecia num lugar fixo
Algumas vezes o grupo de escravos garimpeiros não ficava muito tempo aquilombado porque
descobria ouro, negociava o retorno para seus proprietários e comprava deles a alforria. Assim, os
quilombos de Goiás eram geralmente grupos transitórios, sem continuidade territorial ou temporal
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FUGA
Homens negros tinham mais chances de fugir do que mulheres por causa da
natureza do trabalho que desempenhavam. Enquanto as mulheres e
crianças eram vigiadas de perto nas casas dos colonos e as mulheres eram
forçadas a viver com os senhores como concubinas e domesticas, ou a
cultivar alimentos nas fazendas, os homens eram a levados a campos
isolados de mineração e fazendas de gado ou alocados no trabalho em
grandes engenhos de açúcar.
O terceiro grupo envolvido na repressão aos quilombos eram as nações independentes de índios
de Goiás. As fontes do século XVIII sugerem que elas destruíram mais quilombos do que as
bandeiras luso-brasileiras.
Duas nações que frequentemente atacavam e destruíram quilombos eram os Xavantes e Caiapó.
No início do século XVIII, consideravam os negros seus inimigos, fossem escravizados ou livres.
É de suspeitar-se que os Carajás esperassem receber presentes, típicos nesses casos, como
recompensa por serviços prestados já que uma das razões dos ataques indígenas a quilombos
era obter cativos que pudessem trocar por ferramentas, tecidos e comida nas povoações
portuguesas