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São Paulo, 27 de maio de 2017


XXVII – V - MMXVII
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SATURNINO DE BRITO, um Homem à frente de seu tempo ...


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Francisco Saturnino Rodrigues de Brito

Nasceu em Campos do Goytacazes – RJ


em 14 de julho de 1864.

Faleceu em Pelotas – RS
em 10 de março de 1929, enquanto vistoriava obras.
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Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica


do Rio de Janeiro em 1886.

Iniciou a carreira profissional em 1887, até o ano de


1892 traçou e construiu as ferrovias:

Estrada de Ferro Leopoldina – MG;

Estrada de Ferro Tamandaré – PE;

Estrada de Ferro Baturité – CE.


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Em Piracicaba (SP) encerrou a fase de Engenheiro Ferroviário, e


iniciou a carreira de Engenheiro Sanitarista em 1893.
Foi voluntário do “Batalhão Benjamin Constant” em apoio ao
Marechal Floriano Peixoto e a República.
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Elaborou e executou projetos de Saneamento em 53


cidades Brasileiras, entre elas:

Piracicaba-SP, Petrópolis-RJ, Paraiba do Sul-RJ, Itaocara-


RJ, Campos-RJ, Campinas-SP, Santos-SP, Pelotas-RS, Rio
Grande-RS, Paraiba do Norte(João Pessoa)-PB, Recife-
PE, Curitiba-PR, Natal-RN, Vitória-ES entre outras.
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Foi um Engenheiro à frente da sua época, ele já fazia


os atuais diagnósticos típicos do Planejamento
Urbano Moderno.

Condenava as construções em lotes estreitos e


profundos, carentes de penetração de luz solar.

Dessa forma afirmava: “A casa doentia faz moradores


doentes, e não há drogas que curem estes, sem que
seja aquela previamente curada, isto é, saneada”
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Vindo do Rio de Janeiro, resolveu os problemas de


Saneamento básico da Cidade de Santos.

Devido às precárias condições de higiene e a falta de


remoção de lixo, metade da população foi dizimada por
uma série de doenças.

Entre 1890 e 1899 dos 50 mil habitantes, 22 mil pessoas


morreram.
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O projeto de Saturnino de Brito cortava a planície de mar a


mar, e através da força das marés, impedia as águas paradas
de favorecerem a reprodução dos mosquitos, vetor da febre
amarela.

Solução simples e genial, que persiste até os dias atuais.


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Com profunda influência do pensamento positivista,


Saturnino de Brito formulava uma visão Holística do
meio urbano e representava a cidade como um
organismo em expansão.
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De 1905 a 1912, desenvolveu um projeto para separar as


águas de rios e córregos, das do esgoto da cidade.
O Canal 1 foi inaugurado em 27/08/1907.
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Os demais canais foram sendo entregues nesta sequência:

Canal 2 – Avenida Bernardino de Campos (1910);


Canal 4 - Avenida Siqueira Campos (1911);
Canal 7 - Avenida Francisco Manoel (1911);
Canal 9 - Avenida Barão de Penedo (1911);
Canal 8 - Avenida Moura Ribeiro (1912);
Canal 6 - Avenida Coronel Joaquim Montenegro (1917);
Canal 3 - Avenida Washington Luis (1923);
Canal 5 - Avenida Almirante Cochrane (1927).
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Para o descarte do esgoto da cidade projetou


Saturnino de Brito - Ponte Pênsil, com um vão de 180
metros, inaugurada em 21/05/1914.
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Vista aérea dos Canais de Santos:


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Palácio Saturnino de Brito:


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Interior do Palácio Saturnino de Brito:


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Interior do Palácio Saturnino de Brito (Brasão do Estado):


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Estátua na Orla da Praia (antes da inauguração):


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Estátua na Orla da Praia :

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Rua Saturnino de Brito:

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No final do século XIX a administração pública encarregou-se da organização de


uma Comissão de Saneamento que estabeleceu o Tietê como responsável pelas
cheias. Já na década de 20, surgiu a Companhia de Melhoramentos de São
Paulo que reuniu sanitaristas e engenheiros que defenderam a necessidade de
retificação do curso sinuoso do rio, além do desassoreamento de seu leito. No
comando dos trabalhos estava o engenheiro sanitarista Francisco Rodrigues
Saturnino de Brito, autor de diversos estudos sobre o Tietê. 

Em relatório publicado no ano de 1926, Saturnino previa a preservação das áreas


alagadas, as chamadas “coroas”, como recurso natural para ajudar na contenção
das enchentes e servir de referência dentro da paisagem do parque fluvial urbano
por ele imaginado para São Paulo. O seu projeto visualizava um grande parque
metropolitano que seria a faixa do leito maior, preservado como várzea ao longo
do rio para as grandes vazões do Tietê na época das cheias. Na foz de cada
afluente deveria ser preservada uma área para constituir um lago. Assim, se
formariam dois lagos, de 3 km de extensão por 1 km de largura, com uma ilha no
meio. 

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Saturnino apontava as necessidades de preservação dos rios Tietê, Pinheiros e Guarapiranga


como indispensáveis ao abastecimento de água não só na Capital como de grande parte do
interior do estado. Previa, ainda, a construção de um emissário na Serra do Mar para o
tratamento do esgoto em lagoas litorâneas. 

O projeto de Saturnino de Brito foi descartado pela administração seguinte que preferiu
implantar o “Plano de Avenidas”, elaborado pelo engenheiro - mais tarde prefeito de São Paulo,
Francisco Prestes Maia, coordenador da Comissão de Melhoramentos do Rio Tietê. Essa
comissão cuidou ainda do aproveitamento da várzea, projetando a construção de duas extensas
avenidas marginais e de 20 pontes de concreto armado, permitindo, com isso, sua ocupação por
loteamentos e logradouros públicos, além da instalação de um grande terminal ferroviário que
centralizaria as comunicações com a Capital. 

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A várzea do Tietê não foi mantida, fez-se a canalização, e o rio sofreu com a instalação de empresas ao
longo de suas margens. Assim, o processo de destruição da paisagem natural se baseou na ocupação
do seu leito maior e no confinamento de suas águas em estreitos canais retificados. A ideia era construir
uma avenida paralela ao canal do rio, uma rodovia urbana. 

A opção escolhida foi intensificar a velocidade de vazão das águas, aumentando a declividade com a
retificação do rio; e, depois, aterrar o máximo possível o antigo leito maior (as várzeas), a fim de ,
posteriormente, depois lotear e vender áreas públicas. 

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Chicago, nos anos 20

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Chicago, mais atual

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Chicago, mais atual a beira do mar ...

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Anhangabaú nos anos 30

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Anhangabaú em 1948

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Anhangabaú, alagamento nos anos 50

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Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está


aos pés de uma pessoa mais velha.

Eu aprendi que todos querem viver no topo da


montanha, mas toda a Felicidade e crescimento
ocorre enquanto estamos escalando a montanha.

Eu aprendi que quanto menos tempo temos, mais


coisas conseguimos fazer.

Eu Aprendi (William Shakespeare). ESC

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