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Orçamento sumário

 
É uma forma de orçamento aproximada, utilizada quando se está
realizando o planejamento preliminar do empreendimento,
consistindo em se obter o custo da obra por meio da área total de
construção. O custo unitário por m2 é determinado verificando-se
o custo de construção de várias obras de igual categoria,
construídas numa mesma época, num mesmo local e com o
mesmo acabamento. Diversas instituições governamentais,
econômicas e de classe publicam índices com o custo da
construção civil. Publicações especializadas em orçamento
normalmente reproduzem esses dados, podemos citar: CUB,
boletim de custos, custo unitário da PINI, SINAPI...
 
A norma NBR 12721/2006 – Avaliação de Custo de Construção
para Incorporadora Imobiliária estabelece o CUB para determinar
o custo da obra. Esta norma substitui a Lei 4.591 de 16/12/1964.
O CUB é a sigla de custo unitário básico da construção,
que reflete a variação mensal dos custos de materiais e
mão-de-obra, através de metodologia própria
estabelecida em norma brasileira editada pela ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
DOS PROJETOS PADRÃO
PROJETOS PADRÕES CUB
2013
PROJETOS PADRÕES CUB
2013

Edificação Comercial
CSL 8 – Comercial Salas e Lojas: Edifício com 8 pavimentos tipo
CSL 16 – Comercial Salas e Lojas: Edifício com 16 pavimentos tipo
CAL 8 – Comercial Andar Livre: Edifício com oito pavimentos tipo.
Galpão Industrial (GI)- Galpão com área administrativa, dois banheiros,
um vestiário e um depósito.
Residência Popular
RP1Q – Residência composta por um dormitório, sala, banheiro e
cozinha.
O SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custo
Unitário da Construção Civil) publica mensalmente o custo
unitário de construção por estado por padrão de
acabamento. É de responsabilidade da Caixa Econômica
Federal do Pará junto ao IBGE para atualização e
divulgação dos dados. Refere-se ao custo do m2
considerando os encargos sociais. A PINI e o Boletim de
Custos funcionam com o mesmo sistema. A PINI
divulga em sua revista Construção (PINI) esses
índices.
 
A CAIXA é responsável pela base técnica de engenharia
(especificação de insumos, composições de serviços e
projetos referenciais) e pelo processamento de dados,
enquanto o IBGE pela pesquisa mensal de preço,
metodologia e formação dos índices.
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil – SINAPI – Janeiro 2013, divulgou o
custo médio da construção civil
Outro exemplo: abaixo você identifica o percentual que cada etapa de
uma obra representa em percentual em relação ao custo total da obra,
divulgada pela revista construção da PINI.
LICITAÇÃO
LICITAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Art. 7º, § 2º - As obras e os serviços somente poderão ser licitados


quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e
disponível para exame dos interessados em participar do processo
licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a
composição de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem
executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o
respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da
Constituição Federal,
quando for o caso.
DOCUMENTAÇÃO ANEXA AO EDITAL

• Projeto básico e /ou projeto executivo, com todas as suas partes,


desenhos, especificações e outros complementos (art. 40, § 2º,
I, LEI 8666/93);

• Orçamento detalhado em planilhas de preços e quantitativos


(art. 40, § 2º II, Lei 8.666/93);

• Especificações complementares e as normas de execução (art.


40, § 2º, IV, da Lei 8666/93);

• Minuta do contrato a ser firmado (art. 40, § 2º, III, LLC).


PROJETO BÁSICO – PROJETO EXECUTIVO

• Instrumentos adequados para caracterizar os serviços, os


materiais e os custos que integrarão a obra.

• Devem servir de subsídio para a gestão da obra e no caso de


obras licitadas, para montar o plano de licitação.

• Observar os requisitos do art. 12 da Lei 8.666/93 (segurança,


funcionalidade, interesse público, impacto ambiental, etc.)

Lei 8666/93 define o projeto básico no artigo 6º, inciso IX


e o projeto executivo no inciso X
PROJETO BÁSICO

Deve fornecer referências suficientes para o perfeito


entendimento do trabalho, de modo a permitir a otimização de:

• Mão-de-obra
• Materiais e equipamentos empregados

Resolução 361/91 do Confea estabelece que o PB deve possibilitar


a determinação do custo global da obra com margem de erro de
mais ou menos 15%
PROJETO BÁSICO é o conjunto de desenhos, memoriais descritivos,
especificações técnicas, orçamento, cronograma e demais elementos
técnicos necessários e suficientes à precisa caracterização da obra a ser
executada, atendendo às Normas Técnicas e à legislação vigente, elaborado
com base em estudos anteriores que assegurem a viabilidade técnica e o
adequado tratamento ambiental do empreendimento.

Deve estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos,


todas as características, dimensões, especificações, e as quantidades de
serviços e de materiais, custos e tempo necessários para execução da obra,
de forma a evitar alterações e adequações durante a elaboração do projeto
executivo e realização das obras.

Todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser elaborados


por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável o registro da
Anotação de Responsabilidade Técnica-ART, identificação do autor e sua
assinatura em cada uma das peças gráficas e documentos produzidos.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO PROJETO BÁSICO :

• Desenvolvimento da solução escolhida;

• Soluções técnicas globais e localizadas;

• Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e


equipamentos a incorporar à obra;

• Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos


construtivos;

• Subsídios para a montagem do plano de licitação e gestão da


obra;

• Orçamento detalhado do custo global, fundamentado em


quantitativos de serviços e fornecimento propriamente avalia
PROJETO EXECUTIVO

• Contempla a execução completa de acordo com as normas da


ABNT e as outras normas necessárias àquela obra.

• Imprescindível em obras de alta complexidade.

• Desde que autorizado pela autoridade competente pode ser


executado concomitante à obra.
Projetos complementares

São os projetos que contemplam a estrutura da obra, as instalações


elétricas, hidro-sanitárias, telefonia, ar condicionado, instalações
especiais etc;

Desde que autorizado pela autoridade competente podem ser


executados concomitante à obra.
LICITAÇÃO
 
INTRODUÇÃO
 
Um contrato é o registro formal das vontades expressas por
duas ou mais partes, com a finalidade de regular uma
atividade qualquer, como a prestação de um serviço, o
fornecimento de um determinado bem ou, como no caso em
tela, a execução de uma construção, na qual são fornecidos
serviços e bens, constituídos estes por materiais e
equipamentos. Em se tratando de cliente “órgão público”, o
contrato é firmado livremente entre as partes e representa o
coroamento de um processo formal de negociação que,
normalmente, se inicia pela licitação.
A licitação é um processo de seleção mediante o qual uma
entidade qualquer coloca em oferta a realização de uma
obra, a prestação de um serviço (elaboração do projeto de
engenharia básica ou detalhada, por exemplo) ou o
fornecimento de um bem de tipo especial ou equipamentos
de construção ou de processo.
 
A licitação pode ser ampla ou restrita, dependendo do valor
e do tipo do seu objeto e, ainda, é obrigatória a utilização
da lei 8.666/93, que não impede o poder de âmbito privado
a utilização desta lei para impor determinadas condições.
 
A licitação é executada com base em documento
elaborado pelo Órgão público e que constitui o edital ou
Termo de Referência da licitação.
O edital contém, normalmente:
 
 Condições de comprovação da capacitação jurídica, fiscal,
financeira, econômica e técnica do licitante;
 Instruções aos licitantes;
· Condições gerais de licitação;
 Condições específicas da licitação;
 Minuta do contrato a ser celebrado;
 Relação de documentos técnicos, tais como desenhos,
especificações, padrões e outros;
 Condições de disponibilidade de instalações temporárias, no
canteiro de obras, de serviços como energia elétrica, comunicações,
água, esgoto, alojamentos, etc.;
 Procedimentos de segurança do trabalho a serem observados;
 Requisitos para a apresentação da proposta: formato, número de
cópias de cada volume, tipo de encadernação, titulação etc.
 Minuta de carta confirmatória da participação da empresa na
licitação ou condições de garantia de participação (caução).
O órgão geralmente tem uma comissão permanente de licitações
ou comissão provisória de licitações responsável em organizar e
promover o evento. Para comissões provisórias, recomenda-se
que seja repassada a relação de licitantes em potencial a serem
convidados, a partir do cadastro de licitantes previamente
aprovado, então, quando houver conveniência, incluir na licitação
empresas ainda não cadastradas. Aprovada a Relação de
Licitantes, os termos de referência são colocados à disposição dos
interessados.

A convocação para licitar é feita por carta a todos os cadastrados


para aquele tipo de licitação, anexando se à convocação todos os
volumes que integram os termos de referência ou sendo publicado
em jornais, internet etc. Todos os interessados deverão adquirir o
edital com todas as informações e regras sobre a licitação.
Para que o licitante possa avaliar o contrato que deverá
assinar com o órgão em questão, caso vença a licitação, o
edital inclui uma minuta de contrato, na qual se identificam
as partes contratantes, o objeto do contrato, os
documentos contratuais, os preços acordados e o valor do
contrato, o cronograma contratual, o local de pagamento, o
foro legal e as disposições finais.
 
A licitação pode desenvolver-se em dois estágios. O 1º
estágio refere-se a qualificação, passando a proposta a ser
apresentada na mesma data, hora e local designado,
contendo na 2º etapa a proposta técnica e comercial.
 
Após a licitação as propostas poderão ser vistas por todos
os concorrentes.
FASES LICITAÇÃO
 
Qualificação (1º fase)
 
A qualificação é a fase da licitação na qual se procura determinar as
condições econômico-financeiras, a situação de regularidade jurídico-fiscal
e a capacidade técnica de uma entidade de realizar trabalhos adicionais aos
que já tem em andamento.
 
Quando um Órgão público prevê colocar em licitação um grande volume de
obras, é de toda conveniência que defina o universo dos que têm condições
de concorrer à sua execução através de um processo de pré-qualificação,
cadastrando as empresas segundo determinados critérios.

O cadastramento de empresas compreende a comprovação de sua


capacidade jurídica, de sua situação de regularidade fiscal, de sua
capacidade técnica e da sua idoneidade econômico-financeira, a qual é feita
por meio da seguinte documentação:
Capacidade jurídica e regularidade fiscal:
 
 Registro do ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor (no
caso de firma individual, prova de registro na junta comercial ou
repartição correspondente);
 Inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC) do Ministério da
Fazenda bem como no cadastro das Fazendas Estaduais ou Municipais e
relativas ao seu ramo de atividade;
 Quitação com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal;
 Situação regular perante a Seguridade Social (Previdência Social,
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Programa de
Integração Social (PIS) de seus empregados);
 Registro na entidade fiscalizadora do exercício profissional e
comprovação da quitação com a mesma;
 Quitação da contribuição sindical de empregador e de empregados;
 Certidão negativa do Registro de Interdição e Tutelas;
 Autorização de funcionamento no país, de filial de empresa com sede
no exterior
Capacidade técnica:
 
 Relação de obras ou de serviços executados ou em execução
pela empresa;
 Prova de execução satisfatória de obras e de serviços de sua
especialidade;
 Relação de equipamentos de sua especialidade;
 Currículo dos diretores, dos engenheiros e do pessoal técnico
especializado da empresa.
 
Capacidade Financeira:
 
Capacidade econômico-financeira;
Último balanço anual da empresa;
Certidão negativa de falência ou concordata
Proposta Comercial
 
A proposta Comercial constitui a 2º fase e deverá conter:
 
Preço; com item, descrição, quantidade unidade preço global
(planilha orçamentária):
• Condições de pagamento;
• Prazo;
• Cronograma Físico-financeiro com os serviços e preços
distribuídos a cada mês.
 
As propostas, contidas em envelopes lacrados, são abertas por
uma comissão julgadora designada pelo Órgão público, na
presença dos licitantes. Cada folha dos documentos apresentados é
rubricada pelos integrantes da comissão julgadora e por cada
licitante.
 
Em uma licitação de dois estágios: são abertos inicialmente os
envelopes contendo a documentação jurídico-fiscal e proposta
técnica de cada licitante, a qual, após rubricada, é entregue análise
da comissão, coadjuvada por uma assessoria jurídica.

A comissão, nesta ocasião, marca local, data e hora quando


anunciará os licitantes aptos a participar do segundo estágio.
 
Durante a análise dos documentos, a comissão poderá convocar
qualquer dos licitantes para esclarecimento de dúvidas, sem,
contudo permitir qualquer alteração da documentação apresentada.
 
Quaisquer esclarecimentos nesta fase são obtidos através de
reuniões com cada um dos licitantes ou com todos eles em conjunto,
conforme a abrangência dos assuntos a esclarecer.
Finalmente, também em local, data e hora pré-determinados, é
aberto o segundo envelope com as propostas comerciais, cujos
documentos são igualmente rubricados por todos que ainda
participam da licitação, procedendo a comissão a análise dos custos
e dos prazos de execução propostos para chegar a uma ordenação
decrescente das vantagens comerciais ofertadas.
 
Esta ordenação é cotejada com a classificação dos licitantes obtida a
partir do parecer técnico e, após análise, é apontado o licitante que
oferece as melhores condições.
 
Neste estágio da licitação é prática convocar o licitante de melhor
colocação para a chamada "etapa de negociação” na qual o Órgão
público procura obter condições ainda melhores, em termos de
preço, prazo e qualidade. Caso as negociações com o melhor
colocado não produzam o efeito desejado, é convocado para
negociações o colocado logo a seguir no elenco de licitantes
classificados.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
De acordo com o art. 22 da Lei n.º 8.666/93, são as seguintes as
modalidades de licitação:

1 - Concorrência = é a modalidade de licitação entre quaisquer


interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital para execução de seu projeto.

2 - Tomada de Preços = é a modalidade de licitação entre


interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à
data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
3 - Convite = é a modalidade de licitação entre interessados do
ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e
convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com
antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas.
4 - Concurso = é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico,
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores,
conforme critérios constantes de edital publicado na impressa
oficial com antecedência mínima de 45(quarenta e cinco) dias.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
5 - Leilão = é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, cuja aquisição
haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao
valor da avaliação.

• Pregão é uma nova modalidade de licitação, da esfera federal, que


não obedece a limites de valores, pois sua característica principal é
agilidade, invertendo a ordem de abertura de envelopes. Primeiro se
conhece o valor ofertado e depois se verifica se a empresa está
habilitada, ou seja, se oferece condições econômico-financeiras,
jurídica, regularidade fiscal e outros qualificativos.
• Pregão é uma nova modalidade de licitação, da esfera federal,
que não obedece a limites de valores, pois sua característica
principal é agilidade, invertendo a ordem de abertura de
envelopes. Primeiro se conhece o valor ofertado e depois se
verifica se a empresa está habilitada, ou seja, se oferece
condições econômico-financeiras, jurídica, regularidade fiscal e
outros qualificativos.

• Um Leilão é uma modalidade em que o órgão público quer


vender material ou imóvel.

• Um Concurso, enquanto modalidade licitatória, presta-se à


escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
• Todas as compras ou serviços contratados pelos governos, seja
Federal, Estadual ou Municipal são regidos pela Lei Federal
8666/93.

• Pelo art. 23, as modalidades de licitação a que se referem o art.


22 são determinadas em função de limites. De acordo com a Lei
8.666/93 tais limites são:

I – Para obras e serviços de engenharia:

a) convite: até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);


b) tomada de preços: até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos
mil reais);
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00(um milhão e quinhentos
mil reais).
II – Para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

a) convite: até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);


b) tomada de preços: até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil
reais);
c) concorrência: acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil
reais).

Ou seja, uma licitação de serviços para tomada de preços tem valor


estimado da contratação até 650 mil reais; se for uma concorrência, o
valor do contrato está acima de 650 mil reais.
OBRAS E SERVIÇOS

Segundo o art. 7.º, § 2.º, da Lei n.º 8.666/93, as obras e os serviços


somente poderão ser licitados quando:

⇒ houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e


disponível para exame dos interessados em participar do processo
licitatório;
⇒ existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a
composição de todos os seus custos unitários;
⇒ houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem
executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o
respectivo cronograma;
⇒ produto dela esperado estiver contemplado nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da
Constituição Federal, quando for o caso.
Desclassificação da proposta:
Preço inexequível ou superfaturado.

Não é só o preço excessivo que enseja a desclassificação da


proposta. Também o preço muito baixo produz igual resultado, na
medida em que reste demonstrado que o licitante não dispõe de
meios para bem adimplir o contrato.

Especificamente quanto à inexeqüibilidade da oferta, temos que,


após as alterações empreendidas pela Lei 9.648/98, hoje há uma
forma objetiva de apuração da exeqüibilidade das propostas, nas
licitações de menor preço, quando o objeto licitado tratar-se de obra
ou serviço de engenharia.
Desclassificação da proposta:
Nesse sentido, determina o art. 48, §§1º e 2º da Lei 8.666/93, o
seguinte:
"§1º do 48. Para os efeitos do disposto no inc. II deste artigo, consideram-
se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor preço para
obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores
a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:

a)média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%(cinquenta


por cento) do valor orçado pela Administração, ou
b)valor orçado pela Administração.

§2º do art. 48. Dos licitantes classificados na forma do parágrafo anterior


cujo valor global da proposta for inferior a 80% (oitenta por cento) do
menor valor a que se referem as alíneas a e b, será exigida garantia
adicional, dentre as modalidades previstas no §1º do art. 56, igual a
diferença entre o valor resultante do parágrafo anterior e o valor da
correspondente proposta
Exemplo:
Determinada licitação do tipo menor preço apresentou os
seguintes valores para o orçamento e para as propostas dos
licitantes:

Orçamento do edital

Verificar se existem propostas manifestamente inexequíveis:


Solução:
a) Cálculo da média aritmética dos valores das propostas superiores a
50% (cinqüenta por cento) do valor orçado pela administração:
50% do valor orçado = 50,00
média das propostas superiores (exclui-se a proposta “E”):
(110,00 + 88,00 + 62,00 + 120,00 + 70,00) / 5 = 90,00
b) Valor orçado pela administração = 100,00

Menor dos valores (entre ‘”a” e “b”) = 90,00 70% de 90,00 = 63,00

Resposta: Propostas manifestamente inexeqüíveis (valores inferiores


a 70% de 90,00 = 63,00):

Proposta “C” (valor = 62,00) e Proposta “E” (valor = 45,00)


A licitação é dispensável nos seguintes casos (art. 24):

1.- para obras e serviços de engenharia de valor inferior a 5%


(cinco por cento) do limite estabelecido para a modalidade de
licitação denominada convite, desde que não se refiram a parcela de
uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras ou serviços da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente.

2. - para outros serviços e compras de valor até 5% do limite


estabelecido para a modalidade convite, e para alienações nos casos
previstos em Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo
serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada
de só vez.

3. - Nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.


4. - Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
somente para os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial ou calamitosa e para parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e
ininterruptos.

5. - Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,


justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas.

6. - Quando a União tiver de intervir no domínio econômico para


regular preços ou normalizar o abastecimento.
7- Quando as propostas apresentadas consignarem preços
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional,
ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
compradores.

8- Para aquisição, por pessoas jurídicas de direito público interno,


de bens produzidos ou serviços prestados por órgãos ou entidade
que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para
esse fim específico em data anterior à vigência da Lei 8.666/93.

9- Quando houver possibilidade de comprometimento da


segurança nacional, em casos estabelecidos pelo Presidente da
República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional.
10 - Para compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento
das finalidades precípuas da Administração, cujas necessidades de
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o
preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação
prévia.

11- Na contratação de remanescente de obra, serviço ou


fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que
atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições oferecidas pelo licitante vendedor, inclusive
quanto ao preço, devidamente corrigido.

12- nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros


perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos
licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no
preço do dia.
13 - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental
ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do
desenvolvimento institucional, ou de instituição, ou de instituição
dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada
detenha inquestionável reputação ético profissional e não tenha
fins lucrativos.

14 - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo


internacional específico aprovado pelo conselho Nacional,
quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas
para o Poder Público.

15 - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos


históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou
inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
16. para a impressão dos diários oficiais, de formulários
padronizados de uso da Administração, e de edições técnicas
oficiais, bem como para a prestação de serviços de informática a
pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades
que integrem a Adm. Pública, criados para esse fim específico.

17. para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional


ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante
o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original
desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for
indispensável para a vigência da garantia.
18 - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento
de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de
deslocamento, quando em estada eventual de curta duração em
portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por
motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando
a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e
os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao
limite da modalidade convite.
• Um fornecedor do Governo deverá atender às diversas exigências
relativas a cadastramento básico, previstos em lei, como
habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-
financeira e regularidade fiscal. A complexidade da licitação e o
valor da contratação também definirão o nível de exigência com os
documentos de habilitação. Por regra, para um Convite, exigem-se
documentos básicos e Certidão Negativa de Débito com INSS e
FGTS. Isso depende do critério da unidade licitante.

• É de suma importância que se leia um edital de licitação para que


se possa ter as primeiras noções sobre a licitação. O Edital é a lei
interna da licitação. É onde constarão todas as regras para a
contratação e deve ser obedecido na íntegra, pois sua empresa
poderá ser inabilitada (documentação) ou desclassificada (proposta
comercial não aceita).
Pela legislação, o órgão deve definir o preço base.
Simplificadamente, as empresas que entrarem com um preço 50%
inferior ao preço base estarão automaticamente desclassificadas.
Em seguida estabelece-se uma média aritmética com as propostas
das empresas pré-qualificadas. O valor 70% abaixo dessa média
será o limite inferior da inexeqüibilidade.
QUAL O TIPO DE LICITAÇÃO QUE DEVERÁ SER
UTILIZADO PARA CONTRATAR A ELABORAÇÃO DE
PROJETOS?

– TÉCNICA E PREÇO - Quando o objeto for mais complexo. Os


critérios adotados para estabelecer a pontuação da “técnica”
deverão ser objetivos e não podem restringir a competitividade.

- MENOR PREÇO – Quando a complexidade do objeto for mais


Baixa

- PREGÃO - É polêmico. Possível quando o projeto a ser


contratado pode ser caracterizado como serviço comum.

OBS: Comum não é sinônimo de simples. È aquilo conhecido por


todos que atuam em determinado segmento
ESPECIFICAÇÃO

OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a elaboração de especificações de


materiais, equipamentos e serviços de construção, complementação, reforma ou ampliação
de uma edificação ou conjunto de edificações

As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma precisa, completa e ordenada, os


materiais e os procedimentos de execução a serem adotados na construção. Por exemplo, a
forma de execução da cerâmica de piso: tipo de cerâmica, marca, tamanho, cor, forma de
assentamento, traço da argamassa e junta. Têm como finalidade complementar a parte
gráfica do projeto. São muito importantes, pois a quantidade de informações a serem
gerenciadas ao longo de uma obra facilmente provoca confusão, esquecimento ou
modificação de critérios, ainda mais se existem vários profissionais envolvidos. A definição
clara da qualidade, tipo e marca dos materiais é fundamental, assim como a forma de
execução dos serviços. As partes que compõem as ET são: generalidades (objetivo,
identificação da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra,
modificações de projeto e classificação dos serviços), materiais de construção (insumos
utilizados) e discriminação dos serviços.
CADERNO DE ENCARGOS

OBJETIVO Estabelecer as diretrizes gerais para a elaboração do Caderno de


Encargos necessário à feitura de projetos de construção, complementação,
reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações

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