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DIREITO CIVIL
TRIBUNAIS
DE ACORDO COM A
• LEI N.º 13.146, DE 6 JULHO DE 2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – VIGÊNCIA DIA 03 DE
JANEIRO DE 2016)
• LEI N.º 13.151, DE 28 DE JULHO DE 2015 (FUNDAÇÕES)
1. SUJEITOS DE DIREITO
2. PERSONALIDADE JURÍDICA
3. DA PESSOA NATURAL
4. DO DIREITO DA PERSONALIDADE
5. DA PESSOA JURÍDICA
6. DO DOMICÍLIO
7. DO FATO JURÍDICO
8. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
9. DA RESPONSABILIDADE CIVIL
AULA 01
PARTE GERAL
1.SUJEITOS DE DIREITO
1.1 Conceito: “centro de imputação de direitos e obrigações pelas normas jurídicas”
(Ulhoa Coelho)
1.2.Espécies
1.2.1 Sujeitos de direitos personalizados
1.2.2 Sujeitos de direito despersonalizados
2. PERSONALIDADE JURÍDICA
2.1 Conceito: “é o atributo jurídico da pessoa.”
“Titularizar a personalidade jurídica significa, em concreto, ter uma tutela jurídica especial, consistente em reclamar
2.2 Espécies
2.1 Pessoa Natural ou física
2.2 Pessoal Jurídica ou moral
CONCURSO EM TELA
Obs:
Inseminação artificial – Inserção do gameta masculino no corpo da mulher. Concepção in vivo.
3.3.1 Conceito: é o ser humano que já foi concebido e se encontra no ventre materno.
a) Teoria natalista
b) Teoria concepcionista
c) Teoria da personalidade condicionada
Obs: Proteção aos direitos personalíssimos, como nome, imagem e sepultura. (Enunciado
nº 1º CJF)
3.5 CAPACIDADE
3.5.1 Conceito: é a medida da personalidade.
3.5.2 Espécies
3.5.2.1 Capacidade civil ou de gozo
3.5.2.2 Capacidade de fato ou de exercício
3.6.1 Espécies
3.6.1.1 Incapacidade civil absoluta (art. 3º)
3.6.1.2 Incapacidade civil relativa (art. 4º)
Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015 – Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência - Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
anos.”
3.7.1 Conceito
3.7.2 Espécies
a) Voluntária
b) Judicial
c) Legal
ATENÇÃO
3.10 Estado civil da pessoa natural – “indica sua situação jurídica nos
contextos político, familiar e individual”.
Registro – art. 9º do CC
Averbação – art. 10 do CC
AULA 03
4. DIREITOS DA PERSONALIDADE
4.1 Conceito
“os direitos atinentes à tutela da pessoa humana, considerados essenciais à sua dignidade e
integridade”. (Gustavo Tepedino).
4.2 Titularidade
- Pessoa natural
Advogado 2011
a) Caráter absoluto
b) Generalidade
c) Extrapatrimonais
d) Indisponibilidade (intransmissibilidade e irrenunciabilidade)
e) Imprescritibilidade
f) Impenhorabilidade
g) Vitaliceidade
4.4 Classificação
1) Imagem
a) Imagem retrato – características fisionômicas
b) Imagem atributo – identificação social – “qualificação do indivíduo perante a sociedade”.
c) Imagem voz – timbre sonoro identificador
“Segredo ou sigilo são os dados identificadores de alguém, como dados bancários, comunicações telefônicas, sigilo
fiscal” – pode ser relativizado.
3) Honra
d) Objetiva – reputação social
e) Subjetiva - o que você pensa sobre si. (juízo próprio)
4) Nome
Elementos integrantes:
- Prenome
- Sobrenome (patronímico ou apelido de família)
- Agnome
- Alcunha ou apelido ou cognome
5.1 Conceito
• Associações
-Constituídas por conjuntos de pessoas
- Não há intenção lucrativa
• Sociedades
- Constituídas por conjunto de pessoas
- Há intenção lucrativa
- Pode se destinar à atividade:
simples: sem circulação de bens ou serviços
empresária: com circulação de bens ou serviços
• Fundações
- Constituídas de bens
- Objeto específico e previsto em lei
- Não intenção lucrativa
(A) A autarquia.
(B) O Município.
(C) A organização religiosa.
(D) O Distrito Federal.
5.5 Surgimento da Pessoa Jurídica
- Inscrição do ato constitutivo no registro competente (art. 45 do CC)
Atos constitutivos
a) Estatuto – fundações de direito privado, associações civis, cooperativas e
sociedades anônimas.
b) Contrato social – sociedades em geral
- Massa falida
- Espólio
- Herança jacente ou vacante
- Condomínio
- Sociedade comum
- Teoria maior (art. 50 do CC) – DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 – prejuízo causado para os
credores
- Desconsideração inversa
AULA 04
Comentários ao Código Civil
a) Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por instrumento particular ou
testamento.
b) Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma seja
deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação.
c) Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério
Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se
quiser, em dez dias.
d) Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
5.8 Extinção da Pessoa Jurídica (art. 51 do CC)
a) Convencional
b) Administrativa
c) Judicial
CONCURSO EM TELA
Elementos
a) Objetivo – ato de fixação em determinado local
b) Subjetivo – ânimo definitivo de permanência
OBS.:
1) RESIDÊNCIA, MORADA E DOMICÍLIO
Morada (estada, estadia ou habitação) – provisória, precária e transitória. Ex:
Passar um final de semana em um hotel a lazer ou a trabalho.
Pessoa jurídica de direito privado – Regra geral – sua sede, indicada no ato
constitutivo.
Pessoa jurídica de direito público – (art. 75, I, II e III do CC)
6.4 Classificação
a) Voluntário
b) Legal, necessário ou cogente (art. 76 do CC)
c) De eleição ou especial
CONCURSO EM TELA
(FCC Analista judiciário – Judiciária – TRT 2013) Sobre o domicílio, de acordo com o
Código Civil, é INCORRETO afirmar:
a) O militar do Exército tem por domicílio, em regra, a sede do comando a que se encontra
imediatamente subordinado.
b) A pessoa jurídica de direito privado, possuindo diversos estabelecimentos em lugares
diferentes, cada um deles será considerado domicílio para o atos nele praticados.
c) O agente diplomático do Brasil que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade
sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito
Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
d) Se a administração de pessoa jurídica de direito privado tiver sede no estrangeiro, haver-
se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às disposições contraídas por cada um
das agências, o lugar do estabelecimento situado no Brasil, a que ele corresponder.
e) O domicílio do marítimo é necessário e é considerado o lugar onde o navio estiver
matriculado.
AULA 05
7- TEORIA GERAL DO FATO, ATO E NEGÓCIO JURÍDICO
7.1 Conceitos
Fato Jurídico – “uma ocorrência que interessa ao Direito”
São “aqueles que as partes podem adicionar em seus negócios para modificar uma ou
algumas de suas consequências naturais”. (MHD)
7.4.1.1 Classificação
I- Quanto à origem da condição
a) Condições causais ou casuais – Têm origem em eventos naturais
b) Condições potestativas – dependem do elemento volitivo, da vontade humana
c) Condições mistas – ato volitivo e evento natural
II) Quanto aos efeitos da condição
b) Termo incerto – acontecimento certo e inevitável, mas a data não ´´e certa ex: morte
c) Termo inicial (dies a quo)– é “aquele em que o negócio somente produzirá seus
efeitos após o seu advento (art. 131), entretanto, suspende apenas o exercício, mas não a
aquisição do direito.
d) Termo final (dies ad quem) – “faz com que, em seu advento, o direito adquirido pelo
negócio deixe de existir”.
- Representação convencional
- Representação legal
- Plano da validade
- “Teoria da confiança” – (art. 138 do CC) – “proíbe a anulação do negócio jurídico quando
alguém age em descompasso com sua vontade real, sempre quando se comprovar ser possível
ao destinatário conhecer desse fato”.
OBS: CAIO MÁRIO Erro (há uma visão distorcida da realidade) ≠ ignorância (total
desconhecimento da realidade)
Erro – com causa de anulabilidade do negócio jurídico, quando:
- Essencial (substancial)
“Substancial é o erro que incide sobre a essência (substância) do ato que se
pratica, sem o qual este não se teria realizado.”
Modalidades
a) Error in negotio
b) Error in corpore
c) Error in corpore
d) Erro de direito (art. 139 do CC)
7.6.1.2 Dolo (art. 145 a 150 do CC)
Dolo acidental – quando o negócio seria praticado pela parte, embora de outro modo.
Dolus causam ≠ dolus bonus (elogio exagerado da qualidade do produto)
O dolo não se presume das circunstâncias do fato, todavia não precisa a prova de efetivo
prejuízo.
A) O erro ou ignorância é concebido como vício de vontade, constituindo-se causa geradora de invalidação dos
negócios jurídicos. Nestes casos, o falso motivo, expressa ou tacitamente declarado, ainda que não seja
manifestado como razão determinante do negócio, vicia a declaração de vontade e é pressuposto para
anulação do ato.
B) O prazo prescricional para anulação de negócios jurídicos derivados de erro, dolo, coação, lesão, estado de
perigo ou fraude contra credores é de dois anos, contados, nestas hipóteses, da data em que o negócio
jurídico se realizou.
C) Se ambas as partes procederem com dolo, é possível que o juiz declare a nulidade do negócio jurídico, desde
que a parte prejudicada a requeira dentro do prazo de dois anos, contados da data de realização do ato.
D) A partir dos planos de estruturação formal dos negócios jurídicos, é possível afirmar que a eficácia jurídica
depende do atendimento a três requisitos básicos: o agente capaz; o objeto lícito, possível, determinado ou
determinável; e a forma prescrita ou não defesa em lei.
E) A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de
realizada a condição a que ele estiver subordinado.
7.6.2 VÍCIOS SOCIAIS
7.6.2.1 Simulação (art. 167 do CC)
- Nulidade absoluta
- Declaração ardilosa ou enganosa
- Obtêm-se efeito diverso daquele declarado pelas partes
- É bilateral
- Pode ser reconhecida de ofício
As partes apenas fingem, pois na realidade Para esconder o negócio jurídico que querem
não efetuaram nenhum negócio realmente praticar (dissimulado), realizam outro
(simulado), para atingir efeitos jurídicos concretos,
embora vetados por lei
Ex: fingir a venda do imóvel para facilitar o Ex: Simulação objetiva: passar escritura por um preço
despejo do locatário menor
Simulação subjetiva: negócio realizado por sujeito
aparente (“testa de ferro” ou “laranja”).
7.6.2.2 FRAUDE CONTRA CREDORES (ART. 158 A 165 DO CC)
7.6.2.2.1 Conceito
- Plano da validade
- “objetiva averiguar o grau de impertinência ou inadequação de um negócio
com o ordenamento jurídico”. (Luciano Figueiredo e Roberto Figueiredo)
7.7.1 Espécies
ATENÇÃO: Atos nulos não podem ser convalidados (art. 169 do CC)
- Negócio simulado
NEGÓCIO NULO (ORDEM PÚBLICA) NEGÓCIO ANULÁVEL (ORDEM PRIVADA)
EFEITOS E PROCEDIMENTOS EFEITOS E PROCEDIMENTOS
- O Ministério Público pode intervir na ação de - O Ministério Público não pode intervir ou
nulidade absoluta, inclusive sendo parte propor ação anulatória, somente os
autora; interessados;
- Não cabe decretação de ofício pelo juiz;
- Cabe decretação de ofício pelo juiz;
- Sentença de ação anulatória tem efeitos inter
- Sentença da ação declaratória tem efeitos partes e ex nunc (não retroativos – corrente
erga omnes e ex tunc. majoritária).
8 – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Danos morais
Qto ao sentido da categoria
a) moral em sentido próprio – o que a pessoa sente (dano moral in natura)
causado por dor, sofrimento, tristeza, humilhação.
b) Moral em sentido impróprio ou lato – constitui qualquer lesão ao direito
de personalidade. Não necessita de prova de sofrimento. Ex: Opção sexual.
Qto à necessidade ou não de prova
a) Dano moral subjetivo ou provado
b) Dano moral objetivo ou presumido (in re ipsa) uso indevido de imagem
para fins lucrativos (súmula 403 do STJ)
Danos estéticos
Culpa contratual
Culpa aquiliana ou extracontratual
Culpa in comittendo (imprudência)
Culpa in omittendo (omissão)
Culpa in concreto
Culpa in abstrato – “pessoa natural comum”
Culpa in vigilando – quebra do dever legal de vigilância Ex: pai, tutor
Culpa in custodiendo – falta de cuidado ao guardar a coisa ou animal
Culpa lata ou grave
Culpa média ou leve
Culpa levíssima
Obs: Culpa concorrente - art. 945 do CC
9.3 ESPÉCIES
Regras:
• Princípio da reparação integral
• Inadmissibilidade das indenizações tarifadas
• Possibilidade de adequação do valor da indenização às circunstâncias do caso
concreto
• Responsabilidade patrimonial
• Solidariedade na reparação e danos – art. 942 do CC (STJ: há exceção:
Responsabilidade dos pais por ato dos filhos – subsidiária)
• Transmissibilidade dos direitos e deveres decorrentes da obrigação de indenizar
9.5 EXCLUDENTES DO DEVER DE INDENIZAR
Súmula do 43 STJ: “Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo
prejuízo”
Súmula 54 do STJ: “Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
responsabilidade extracontratual”.
Súmula 130 do STJ: “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto do
veículo ocorridos em seu estacionamento”.
Súmula 145 do STJ: “No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será
civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou em culpa
grave”.
Súmula 221 do STJ: “São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de
publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação”.
Súmula 246 do STJ: “O valor do seguro obrigatório deve ser deduzida da
indenização judicialmente fixada”.