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International Quality Improvement

Collaborative (IQIC) for Congenital Heart


Surgery in Developing World Countries
Boston Children’s Hospital
Harvard Medical School

Tradução e Adaptação: Hospital da Criança e Maternidade de


São José do Rio Preto, SP, Brasil

Apoio: Children’s HeartLink – Minneapolis, MN, USA

2016
Infecções Associadas aos
Cuidados em Saúde
Criando uma Cultura de Prevenção de Infecção
Objetivos

 Definir as infecções associadas aos cuidados


de saúde

 Rever a forma como ocorrem as infecções

 Avaliar a importância da higiene das mãos


 Discutir estratégias para criar uma cultura de
higiene das mãos

 Discutir novas tendências na higiene do


paciente:
 Tomando banho
 Higiene de mãos dos familiares

 Desenvolvimento de um programa de promoção


de saúde bucal
O que é uma infecção associada
aos cuidados em saúde ?
 Definida como uma condição resultante de
uma reação adversa a um agente infeccioso ou a
sua toxina

 A infecção não presente ou incubada no


momento de admissão hospitalar

 Principal causa de morte e ou incapacidade em


todo o mundo, custando bilhões de dólares
No México

 São a terceira principal causa de morte de


toda a população e os custos destas infecções
representam 70% de todo o orçamento do
Ministério da Saúde

World Health Organization Global Patient Safety Challenge 2006


No Brasil e na Indonésia

 Mais da metade das internações de pacientes


neonatais evolui com Infecções associada aos
Cuidados em Saúde, com taxas de mortalidade
variando de 12% a 52%

World Health Organization Global Patient Safety Challenge 2006


Nos Estados Unidos

 Um estudo mostrou que, entre os anos de


1998 e 2006, a sepse e pneumonia associadas
aos cuidados em saúde:
 aumentaram os custos com saúde em mais de 8
bilhões dólares
 causaram mais de 48.000 mortes

Eber et al. Archives of Internal Medicine 2010


Nos Estados Unidos

 As taxas de mortalidade foram maiores para


os pacientes que desenvolveram septicemia e
pneumonia após cirurgia

Eber et al. Archives of Internal Medicine 2010


Melhora na qualidade

 Programas que têm por objetivos:


 Educação
 Higiene das mãos
 Inserção de instrumentos estéreis
 Gerenciamento de dispositivos invasivos

Resultados destes programas:

Infecção associada a assistência à saúde = Erro médico


O que é necessário para ocorrer
uma infecção ?
 3 elementos básicos:

 um agente infeccioso

 uma pessoa suscetível

 um modo de transmissão
Paciente susceptível

 Fatores do hospedeiro

 Intervenções médicas:
 Cateteres venosos centrais
 Ventilação mecânica
 Nutrição parenteral

Grohskopf et al: Journal of Pediatrics, 2002


Modo de transmissão

 5 modos de transmissão mais conhecidos:


 Contato
 Gotículas
 Aerossóis
 Veículos comuns
 Vetor
Contato

 Contato direto: pessoa


infectada diretamente para
uma outra pessoa

 Contato indireto: mãos contaminadas de


profissionais da saúde, equipamentos
hospitalares e ambiente hospitalar
Contato

Locais em um quarto de paciente que ainda estão contaminados com enterococcus resistente
à vancomicina depois de cuidar de um paciente com este patógeno
Equipamentos e vestimenta

 Limpar estetoscópios entre pacientes

 Outros possíveis focos de transmissão:


 telefones/celulares
 teclados
 jalecos
 adornos
Gotículas

 Gotículas respiratórias
carregando agentes infecciosos
são impulsionadas a curta
distância por meio de:
 tosse
 espirro
 aspiração endotraqueal
Aerossóis

 Partículas contendo agentes infecciosos que


são pequenos o bastante para serem levados nas
correntes de ar ou partículas de poeira
Veículo comum

 Um agente infeccioso é disseminado por fonte


comum contaminada tais como comida, água ou
medicamentos. Por exemplo: Salmonela

 As medicações em bolsa ou frascos devem


preferencialmente possuir apenas uma
entrada e chegar prontas da farmácia
 custos elevados para implementar
 grandes benefícios posteriores
Vetor

 Uma doença é transmitida aos humanos por um


animal ou um inseto tais como raiva, malária ou
dengue
Prevenindo a transmissão de
infecções
 A intervenção número 1 para prevenir a
disseminação de agentes infecciosos em
ambientes hospitalares é a
CUIDADOSA HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS por todos os
profissionais da saúde
Higienização das mãos

 Estima-se que 80% da transmissão de agentes


infecciosos em hospitais ocorra pelas mãos dos
profissionais de saúde
Higienização das mãos

 Foi demonstrado por diversos estudos que a


adesão à higiene das mãos entre médicos,
enfermeiros e outros
profissionais da saúde
é baixa em todo mundo
com proporção de 36
a 48%

World Health Organization Global Patient Safety Challenge 2006


Higienização das mãos

 Barreiras na adesão à higiene das mãos:


 Protocolos para higienização das mãos não estão
claros
 Conhecimento limitado sobre prevenção de
infecção
 Produtos não disponíveis ou distantes do paciente
 Produtos que causam irritação / alergia na pele
 Ocupados demais
 Esquecimento
Higienização das mãos

 Higiene das mãos significa: Limpar as suas


mãos, usando sabonete antisséptico e água limpa
ou álcool gel
Higienização das mãos

 Usar álcool gel para limpeza rápida e


eficiente das mãos
Higienização das mãos

 Sabonete e água devem ser usados quando:


 Mãos estão visivelmente sujas
 Paciente tem Clostridium difficile ou outra
infecção causada por bactéria com formação de
esporos
 Antes de comer
 Após usar o banheiro
OMS
Intervenção #1: Higiene das
mãos
 Lembrar-se de fazer a higiene das mãos:
 após tocarem um sítio contaminado e antes de
tocar um sítio limpo de um mesmo paciente
 antes e depois:
 mudanças de fraldas
 mudanças de curativos
 cuidado com ostomias
 sucção com tubo endotraqueal
 higiene oral
 ao retornar aos cuidados do paciente depois de
tocar em outros equimamentos
Higienização das mãos

 Outros aspectos sobre a higiene das mãos:


 seque as mãos antes de contato com paciente
 use hidratante hospitalar para mãos
 evite produtos com diversos usos: sabonete em
barra, toalhas para mãos
 mantenha unhas curtas: menos que 0,2 cm de
comprimento
 nenhuma unha artificial
 nada abaixo dos cotovelos: mangas curtas, sem
anel, pulseiras ou relógios
Higienização das mãos

 Uso de luvas:
 não substitui a necessidade de higiene das mãos
 trocar as luvas entre pacientes
 usar luvas em contato com sangue, outros fluídos
corpóreos, mucosas, quebra de pele e curativos
 não reutilizar as luvas
O papel da equipe de prevenção
e controle de infecções

 Experts

 Parceiros com a UTI para:


 Orientar

 Educar

 Treinar
O papel da equipe de prevenção
e controle de infecções

 Determinar se infecção hospitalar relacionado


a dispositivo invasivo de acordo com o CDC
 1 membro da CCIH para cada 100 leitos
Enfermeiro da CCIH nas
unidades de cuidados intensivos
 Desenvolver um programa eficaz de segurança
do paciente e prevenção de infecção exige
tempo

 Orientar colaboradores

 Identificar áreas de melhoria, implementar e


desenvolver estratégias para sanar os problemas
Enfermeiro da CCIH nas
unidades de cuidados intensivos
 Constante atenção aos problemas detectados:
intervenções imediatas

 Coleta de dados em tempo real

 É um vigia interno, alguém que conhece a


equipe, os pacientes, os procedimentos e a
cultura da unidade
Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
 Formar uma equipe multidisciplinar para
higiene das mãos e incluir:
 Médicos e equipe de enfermagem
 Especialistas no controle de infecção
 Liderança no hospital
 Outros profissionais do hospital
 Pais e pacientes
Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
 Dar um nome ao programa de higiene das mãos

 Envolver o pessoal do hospital

 Identificar modelos para os


papéis
Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
 Avaliar as barreiras para adesão à higiene das
mãos

 Identificar áreas para serem melhoradas:


 fornecer produtos para higiene das mãos
 produtos para higiene das mãos disponíveis no
“ponto do cuidado”
 preferência por produtos
Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1

 Instruir a higiene das mãos

 Educar o pessoal para observar a prática de


higiene das mãos
Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 2
 Educação:

 educar o pessoal sobre porque a higiene das mãos é


importante e quando é necessária
 fornecer treinamento para novos profissionais e
retreinamentos anuais
 educar pacientes e suas famílias
 estimular profissionais a relatar quando higiene
das mãos não é realizada.
Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 2
 Observar a prática e compartilhar resultados:
 coletar dados de base após instrução dos
profissionais
 monitorar a prática de higiene das mãos
 divulgar resultados da prática em áreas visíveis
 divulgar lembretes por todo o hospital
Ferramenta de observação para
higiene das mãos
Higiene das mãos
 Fato divertido

Cantar “Parabéns a você”


ou música do “ABCdário”
enquanto lava as mãos pode
certificar que você lavou e
esfregou as mãos por 15
segundos.
Higiene das mãos em família

 Pôsteres de conscientização
em diversas áreas do hospital

 Utilizar diversos idiomas


Higiene das mãos em família

 A equipe de enfermagem orienta os familiares


a beira leito em até 48 horas de internação

 Os pais são encorajados a lembrar a equipe


para higienizar as mãos antes de tocar na
criança
Higiene das mãos - Paciente

 Pelo menos 2x / dia

 México: Lavagem de mãos com álcool gel antes


da desinfecção de pele para punção periférica
Novas iniciativas em higiene das
mãos
 Banho:
 desinfetar as bacias após o uso, pois as mesmas
ficam frequentemente contaminadas
 não guardar pertences de outros pacientes nas
bacias para evitar a contaminação cruzada
 considerar o uso de lenços umedecidos
Novas iniciativas em higiene das
mãos

 Higiene oral:

 escovar dentes e gengiva com pasta e água estéril


a cada 6 horas
Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo
 Designar líderes e formar uma equipe:
 médicos e enfermagem
 experts da comissão de controle e prevenção de
infecção
 liderança hospitalar
 outros profissionais do hospital
 pacientes e responsáveis
Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo
 Coletar dados de base

 Escolher a estatística adequada

 Avaliar o conhecimento da equipe

 Avaliar o conhecimento dos pais

 Identificar as barreiras para melhoria das


práticas
Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo

 Estabelecer metas e expectativas

 Começar por pequenas mudanças

 Avaliar o progresso frequentemente


Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo

 Fazer mudanças no programa se algo não


estiver funcionando

 Valorizar boa prática

 Celebrar o sucesso
Pesquisas e atualizações

 Websites com materiais sobre hygiene das


mãos:

 World Health Organization


http://www.who.int/gpsc/en/

 Centers for Disease Control and Prevention


http://www.cdc.gov/handhygiene/
Lembre-se

“A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES ESTÁ EM SUAS MÃOS”


www.childrensheartlink.org

www.facebook.com/IQICforCHD

www.hcmriopreto.com.br

www.hospitaldebase.com.br

www.famerp.br

MUITO
OBRIGADO !
Obrigado!

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