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AS DIFERENTES FORMAS DE

CONHECIMENTO
• Espécie humana = busca entender e
modificar o mundo.

• Definição de conhecimento: toda


compreensão e prática adquiridas, cuja
memória e transmissão permitem lidar bem
com as tarefas do dia a dia.
• Religioso: como proceder diante da
inevitabilidade da morte.

 Fundamento: crença em Deus/Livro


sagrado.

 Sustentado por crença/dogmas.


• Filosófico: empreende um esforço para dar
sentido racional aos mistérios do mundo.

• Obedece aos princípios da razão.

• Por Quês?

• Pensamento racional e lógico.


• Senso comum: apreensão contínua de
informações sobre o mundo.

• Senso comum = fundamentado apenas na


experiência transmitida.

• Conjunto de saberes e práticas.

• Transmitido socialmente através do tempo


dentro de uma coletividade.
Exemplos de
conhecimento de senso
comum.
• Científico: conhecimento formal, fundamentado na
observação e na experiência.

• Cientista: produz conhecimento válido com aplicação útil.

• Séc. XX: conhecimento formal fundamentado na observação


+ experimentação + aplicação útil = o que se convencionou
chamar ciência.

• Busca constante por explicações sobre eventos.

• Construídas rigorosamente – métodos organizados teorias


coerentes.
• Ao publicar em 1995
sua obra prima "O
Povo Brasileiro- a
formação e o sentido
do Brasil", Darcy
aborda sobre a
formação étnica do
povo brasileiro.
• Oswaldo Cruz (1872–
1917) – Cientista,
médico, bacteriologista,
e sanitarista brasileiro.
Pioneiro da medicina
experimental no Brasil.
Responsável pela
erradicação da febres
amarela, da peste
bubônica e da varíola.
• Vital Brazil (1864-
1950) – Médico,
higienista brasileiro, foi
um dos maiores
nomes da história da
pesquisa médica no
Brasil e o descobridor
do soro antiofídico.
Preparou os primeiros
soros
comprovadamente
eficazes contra os
venenos cobras do
gênero Bothrops.
• Ciência e senso comum: opostos ou
complementares?

• Ciência: hoje principal meio de


conhecimento dos fenômenos naturais e
sociais.

 Debate: ciência como conhecimento


hierarquicamente superior x
complementares
• Sociólogo Pedro Demo: a pesquisa é o
modo pelo qual se conhece a realidade.
 comparando senso comum e ciência –
o primeiro aceita a realidade sem
questionamento.
FRASES DE SENSO COMUM
1- Cortar o cabelo na lua crescente.
2- Manga com leite é uma mistura mortal.
5- Gato preto dá azar.
6- Depressão é frescura.
7  - Mulher dirige mal.
8 - Homem é tudo igual.
9- Conhecimento intelectual não tem
utilidade.
Algumas diferenças entre o senso comum e a
ciência

Os conhecimentos do senso comum baseiam-se na


experiência cotidiana das pessoas, na chamada
experiência de vida, e se distingue da
experiência científica, que é feita com um planejamento
rigoroso e método.

Senso comum: Em alguns casos, trata-se de


experiências pessoais, em outros casos são
experiências partilhadas pelos membros da comunidade
– no decurso do processo de socialização. Em suma, é
um conhecimento que se adquire, geralmente, sem
estudos, sem investigações sistemáticas.
• Por exemplo: para aprender onde fica a padaria mais
próxima de casa ou para aprender a amarrar os
sapatos não é preciso efetuar uma investigação
metódica, basta a experiência de vida.
• Pelo contrário, a ciência implica investigações, estudos
efetuados metodicamente.
• Por exemplo: De outra forma, como se poderia
descobrir a temperatura média de um planeta tão
distante como Mercúrio? Como é que a simples
experiência de vida podia permitir a descoberta de que
a luz do Sol leva 8,33 minutos a chegar à Terra (2)?
• O senso comum, em geral, é um saber
assistemático, na medida em que constitui um
conjunto disperso e desorganizado de crenças
e práticas, não implicando por parte dos seus
detentores um esforço de organização (3).
• Por isso algumas das crenças podem ser
contraditórias. Por exemplo: as mesmas
pessoas podem acreditar que “Quem espera
desespera” e “Quem espera sempre alcança”
(4).
• Ciência é um saber sistemático na medida em que
constitui um conjunto organizado de conhecimentos,
havendo da parte dos cientistas um esforço para que as
diversas teorias se articulem entre si e sejam coerentes.
• Por exemplo: Os historiadores ficariam preocupados se
descobrissem que, nas suas análises de um fenômeno do
passado, como a batalha de Aljubarrota, havia
afirmações sobre o relevo incompatíveis com as
informações fornecidas pela Geografia.
• Em geral, o senso comum é um saber impreciso, já que,
normalmente, não se exprime de modo rigoroso (5).
• O senso comum é um saber superficial, porque se
conhecem os próprios fenômenos, mas, muitas vezes,
desconhecem-se as suas causas verdadeiras .
Constatam-se formas de agir, mas não se tem um
método (com experimentação, controle, acúmulo de
informações).
• A ciência tende a ser um saber mais preciso que o
senso comum. As diversas ciências, naturais ou sociais,
recorrem sempre que possível à linguagem (e modelos)
da Matemática, na tentativa de apresentar resultados
rigorosos. Mesmo nas investigações em que não é
possível quantificar (a observação psicológica de uma
certa pessoa, por exemplo) existe essa procura do rigor.
• O senso comum é um saber superficial, porque se
conhecem os próprios fenômenos, mas, muitas vezes,
desconhecem-se as suas causas verdadeiras .
Constatam-se formas de agir, mas não se tem um
método (com experimentação, controle, acúmulo de
informações).
• A ciência tende a ser um saber mais preciso que o
senso comum. As diversas ciências, naturais ou sociais,
recorrem sempre que possível à linguagem (e modelos)
da Matemática, na tentativa de apresentar resultados
rigorosos. Mesmo nas investigações em que não é
possível quantificar (a observação psicológica de uma
certa pessoa, por exemplo) existe essa procura do rigor.
• Por exemplo: no Norte de Portugal, chove
mais do que no Sul. O conhecimento científico
desse fenômeno é muito mais exato: no mês
de Janeiro de 2003, a precipitação em Faro
situou-se entre os 20 e os 40 mm, enquanto
no mesmo período no Porto situou-se entre os
350 e os 400 mm (de acordo com o Instituto
de Meteorologia) (6).
• Ciência é um saber mais aprofundado, uma vez
que procura descobrir a causa dos fenômenos,
não se contentando apenas em constatar a
realidade (7).
• Por exemplo: sabe-se que o caju desbota a
roupa, mas um químico sabe explicar porque é
que isso acontece.
• Por exemplo: Um rapaz de 17 anos de
Recife pode ter diversos conhecimentos
relacionados a discotecas da região que o
seu pai ignora e que outro rapaz de 17
anos também não possui (porque vive
em Glória do Goitá ou porque, além de
viver em Glória do Goitá, é introvertido e
não gosta de sair à noite).
• A ciência, pelo contrário, procura, idealmente,
alcançar um saber objetivo. Por meio de pesquisas
tenta mostrar as coisas (o objetos) como elas são.
Um conhecimento para ser científico deve buscar ser
independente das particularidades do cientista. Por
isso, tem validade universal, aceito por toda a
comunidade científica. (Claro que antes de uma
teoria ter sido confirmada e aceita pode ter havido
um período mais ou menos longo de controvérsia e
discussão. É preciso dizer também que existem
teorias que questionam a objetividade do
conhecimento científico.)
• «A ciência tem sempre defendido que, ao
contrário de outras formas de conhecimento
consideradas menos rigorosas, ela é objetiva.
Não depende de quem faz, de quem mede, de
quem segue a demonstração. O resultado da
experiência, o número lido no aparelho, a
lógica da dedução matemática são coisas
objetivas, impessoais, podem ser repetidas.»
Jorge Dias de Deus, Ciência, Curiosidade e
Maldição, Gradiva.
• Por exemplo: A ideia de que Plutão leva 247,7
anos a completar uma volta em torno do Sol e
a ideia de que a temperatura média na sua
superfície é de 237 graus negativos são
completamente independentes da
nacionalidade, do sexo ou da personalidade
dos cientistas que as descobriram (8).
• A objetividade é mais difícil de conseguir nas
Ciências Sociais do que nas Ciências da
Natureza e na Matemática.
• Um conhecimento para ser considerado
científico tem de ser testável. Ou seja: deve
ser possível confrontar as teorias com os
fatos, pô-las à prova através de experiências
exigentes e rigorosas de modo a averiguar se
são ou não falsas. Caso contrário, a teoria não
passaria de uma mera opinião pessoal do
cientista, de uma crença sem fundamento (9).
• Por exemplo: Quando o astrônomo Clyde W.
Tombaugh anunciou, em 1930, a descoberta de
Plutão, as suas observações tiveram que ser
repetidas e confirmadas por muitos outros
astrônomos. Recentemente, os cientistas resolveram
que Plutão não é mais um planeta. O que demonstra
a dinamicidade do conhecimento científico.
• Por outro lado, no senso comum não existe essa
preocupação constante de testar as crenças.
Perceber-se-á melhor quando se explicar outra
característica do senso comum: o fato de se
constituir, geralmente, como um saber acrítico (10).
O senso comum tende a ser um saber acrítico. Acrítico
significa não refletido, não examinado. É
compreensível que assim seja, pois trata-se de saberes
cuja aprendizagem é informal: aprende-se à medida
que se vai vivendo e tendo experiências, aprende-se
vendo, ouvindo e imitando os outros. Muitas vezes
essa aprendizagem é inconsciente: as pessoas não têm
noção de que estão a aprender, mas vão interiorizando
crenças, costumes, saberes práticos, etc. Tanto podem
aprender crenças verdadeiras como crenças falsas e
injustificadas (superstições). De resto, essa atitude
acrítica tem a ver com todas as características do senso
comum aqui referidas (11).
Exemplo: Algumas crianças, ao observarem muitas
vezes os pais e outros adultos deixarem lixo no chão,
aprendem a fazer o mesmo e interiorizam a ideia de
que esse comportamento é correto. Outras crianças
– talvez em menor número – ao observarem muitas
vezes os pais e outros adultos deixarem o lixo no
lixeiro aprendem a fazer o mesmo e interiorizam a
ideia de que esse comportamento é correto. Na
maior parte dos casos, tanto umas como outras
realizam essas aprendizagens sem refletir, sem
discutir: limitam-se a imitar. Ou seja: aprendem
acriticamente.
A ciência não pode ser acrítica como o senso
comum. Pelo contrário, implica uma atitude
crítica por parte dos cientistas. Ou seja: para
fazer ciência é preciso refletir e ter uma
preocupação permanente com a
fundamentação das ideias. Os cientistas
devem ter essa atitude crítica relativamente
às suas próprias ideias e relativamente às
ideias dos outros. De resto, essa atitude crítica
tem a ver com todas as características da
ciência aqui referidas (12).
• Exemplo: um cientista que queira publicar um
artigo científico numa revista tem de
submetê-lo a um processo de avaliação que
costuma ser chamado “refereeing”: o artigo
tem de ser lido primeiro por especialistas da
área; o nome destes não é divulgado e estes
também não sabem quem é o autor do
artigo, para que a crítica possa ser mais livre
e imparcial (13).
O conhecimento do senso comum é
obtido geralmente pelas observações
realizadas pelos sentidos. A bela letra
desta música abaixo, de Ivan Lins e
Vitor Martins, deixa isto claro (20):
 
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo foi concebido
 
Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo me deu certeza
 
Imagem: Bill Shrout, Photographer / Public Domain

Imagem: Oren Jack Turner / Public domain


CIÊNCIAS
Imagem: Autor Desconhecido /
http://caixadepandoran.blogspot.com/2
010/12/amuletos-e-talismas.html

Imagem: Autor Desconhecido /


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SENSO COMUM
Tabela de Imagens
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso
       
27a Bill Shrout, Photographer / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/ 02/02/2012
File:EPA_GULF_BREEZE_LABORATORY,_CHEMI
STRY_LAB._THE_CHEMIST_IS_TESTING_WATER
_SAMPLES_FOR_PESTICIDES_-_NARA_-
_546277.tif
27b Oren Jack Turner / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/ 02/02/2012
File:Albert_Einstein_Head_cleaned.jpg
28a Autor Desconhecido / http://caixadepandoran.blogspot.com/ 02/02/2012
http://caixadepandoran.blogspot.com/2010/12 2010/12/amuletos-e-talismas.html
/amuletos-e-talismas.html
28b Autor Desconhecido / http://www.europanet.com.br/site/index.php? 02/02/2012
http://www.europanet.com.br/site/index.php? cat_id=1109&pag_id=15760
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