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Instituto de Saúde Avicenna

Curso de Enfermagem Geral 9


Disciplina: Enfermagem Pediátrica
Tema: aleitamento materno
Anatomia e fisiologia de lactação
Factores que influencia o método de alimentação
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO

• As mamas são estruturas anexas à pele especializadas


na produção de leite. Existem em ambos os sexos mas
são rudimentares nos homens.

Nas mulheres desenvolvem-se e diferenciam-se na


puberdade, atingindo o seu maior desenvolvimento na
gravidez e na lactação.

Composto pelas células produtoras de leite, 63% do total,


o tecido glandular está na sua maioria localizado a cerca
de 3 cm da base do mamilo.
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
• O tecido adiposo distribui-se imediatamente abaixo
da pele (tecido adiposo subcutâneo), no interior da
glândula mamária (intra-glandular) e atrás do tecido
glandular (retro-mamário) à frente do músculo
peitoral.

• O tecido subcutâneo na base do mamilo é mínimo.


Situadas entre as camadas superficial e profunda da
pele, as mamas estendem-se entre a segunda e a
sexta costelas e do esterno
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
• Quanto à sua forma podem ser hemisféricas, cónicas,
piriformes, cilíndricas ou discóides.

• São ligeiramente assimétricas e estão separadas pelo


sulco intermamário e limitadas inferiormente pelo sulco
inframamário (que, de acordo com a idade ou estado
funcional, pode apresentar-se mais ou menos profundo).

• Os ácinos ou alvéolos mamários, unidades ultra estruturais


da glândula mamária, são constituídos por células
secretoras rodeadas por tecido mioepitelial.
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
• Estão organizados em 7 a 10 lobos que se dividem em
lóbulos e estão separados por septos fibrosos (ligamentos
de Cooper) que se estendem da faixa profunda à pele.

• O tecido conjuntivo interlobular contém depósitos de


adipócitos. Cada um dos seus ductos excretores termina
de forma independente no mamilo.

• Por serem revestidos por uma camada de células


mioepiteliais, os ductos são igualmente sensíveis à acção
da oxitocina, reagindo com «movimentos peristálticos»
que contribuem na ejecção do leite.
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
• O mamilo ou papila mamária é constituído por fibras
musculares lisas, é proeminente, cilíndrico e circundado por
uma zona mais escura de tamanho variável e pele pigmentada
que pode apresentar alguns pêlos, chamada aréola. Contém
também fibras musculares involuntárias, cuja contracção (por
acção da oxitocina) provoca a erecção do mamilo.

• Na aréola são ainda observáveis pequenas papilas com 1 ou 2


milímetros de diâmetro constituídas por uma glândula
sebácea e algum tecido mamário, que correspondem às
glândulas de Montgomery, que se hipertrofiam na gravidez e
lactação e produzem secreções oleosas e antisépticas que se
acredita serem protectoras da aréola e do mamilo.
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
Mamilo protruso
Mamilo semi protruso
Mamilo invertido
Mamilo pseu do invertido
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
SECREÇÃO DE LEITE MATERNO
Produção de leite - estímulo neuroendócrino e três órgãos são importantes nesse
processo: placenta, hipófise e mama.

A placenta - produção do estrógeno placentário que, durante a gravidez, prepara a


mama para a lactação, estimulando a deposição de gorduras, o crescimento dos
ductos e alvéolos.

Saída da placenta após o parto - níveis de estrógeno caem, conduzindo a hipófise


anterior a liberar prolactina, hormônio
que estimulará os alvéolos mamários a produzir leite.

• Contacto com a mama/mamilo - desencadeia um estímulo aos receptores


nervosos, nervos periféricos e medula.

Estimulação da hipófise para a liberação de prolactina (síntese do leite) e ocitocina


(ejeção láctea).
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
SECREÇÃO DE LEITE MATERNO
O período que inicia a produção de leite é chamado apojadura.
Acontece em torno de 48 a 72 horas após o parto.

• A mama aumenta de tamanho e temperatura, torna-se dolorosa e


esse fenómeno dura, em média, 3 a 4 dias. Esse fenómeno da
descida do leite marca a mudança do controle endócrino para o
autócrino da lactação.

• Galactopoiese é a etapa da lactogênese, na qual se mantém a


produção láctea. Descreve-se a prolactina como o hormônio
galactopoiético mais importante, apesar do cortisol, a insulina
e o hormônio do crescimento também serem citados como
importantes na manutenção da produção láctea.
ANATOMIA E FISIOLOGIA Da LACTAÇÃO
EJEÇÃO DO LEITE
A ocitocina, liberada pela hipófise posterior, é o hormônio que atua
sobre as células mioepiteliais, determinando sua contração e
consequente expulsão de leite para os ductos.

• A ocitocina é considerada o hormônio galactopoiético mais potente,


pois através de sua acção, promove o esvaziamento de
leite da glândula.

• Nos primeiros dias após o parto, o reflexo de ejecção responde não


somente a estímulos tácteis, mas também olfatórios, visuais ou
auditivos. Pode responder, ainda, mediante a proximidade física ou
pensamento no filho.
A amamentação
Introdução
• A amamentação é um presente especial da mãe para o bebe.
Alem de proporcional uma oportunidade natural de
desenvolver uma ligação, apoia o crescimento e o
desenvolvimento do RN.

• Muitas vidas de RN são salvas porque o leite materno


fornece nutrientes importantes e protecção contra doenças e
infecções;

• SE todos os bebes fossem alimentados exclusivamente com


leite materno desde o nascimento, cerca de 1,5 milhão de
vidas seriam salvas a cada ano.
Aleitamento materno exclusivo
• A aleitamento materno imediato: colocar o bebe
para mamar no seio da mãe minutos depois de ele
nascer

• A amamentação exclusiva: significa alimentar o


bebe somente com o leite materno.

• Isso significa que o bebe não deve receber água,


chá, bebidas herbais, substitutos de leite materno,
outros líquidos, nem comida.
Aleitamento materno exclusivo
• Recomendação para as crianças ate os seis meses
de idade;

• Amamentar ao peito tantas vezes quantas a criança


quiser, de dia e de noite, pelo menos 8 vezes ao dia
em cada 24 horas;

• Não dar nenhuma outra comida ou liquido;


Aleitamento materno exclusivo
• O ministério de saúde recomenda que nos primeiro
6 meses de vida a alimentação ao peito seja
exclusiva

• A criança só toma leite materno, sem outros


alimentos, água com excepção de medicamentos e
vitaminas, se for necessários

• Sabe-se que nesse período o leite materno supre


todas as necessidades de calóricas, nutritivas e
inclusive água de maioria das crianças.
As vantagem do leite materno

Para o bebe
• Os nutriente do leite materno são digeridos e absorvidos
mais facilmente do que os de qualquer leite.

• A caseína, presente em maior quantidade no leite de vaca,


produz coágulos de mais difícil digestão, enquanto a
lactoalbumina, em maior quantidade no leite materno,
produz coagulo finos e de melhor digestão.

• O leite materno apresenta maior teor de acido graxos


essências, fundamentais para o adequado crescimento de
tecidos, como do cérebro, dos olhos e dos vasos
sanguíneos, em relação ao leite de vaca
As vantagem do leite materno
• O leite materno protege a criança contra infecções

• Por meios do leite materno, a criança recebe anticorpos da


mãe para lutar contra as infecções

• Bem como lisozima, lactoferina, factores bifidus que exercem


m importante factor protector da saúde da criança no
primeiro ano de vida

• As crianças que não mamam no peito tem em geral, risco 14


vezes maior de morre por diarreia e 4 vezes maior de morrer
por pneumonia, do que aquelas que mamam no peito
As vantagem do leite materno
• A amamentação ajuda a boca, os dentes e a
mandíbula do bebe a se desenvolver correctamente

• A amamentação ajuda a estabilizar a temperatura

• O leite materno protege o bebe contra alergia

• O leite materno ajuda a evitar uma doença grave do


intestinos que afecta bebes com baixo peso ao
nascer «enterocolite necrotizante»
Vantagens de aleitamento materno
Para mãe

A amamentação ajuda a facilitar a separação da placenta

A amamentação ajuda o útero a voltar ao normal tamanho

A amamentação diminui a anemia, pós a mãe começa a


menstruar mais tarde

O aleitamento materno exclusivo ajuda a evitar a ovulação,


portanto atrasa outra gravidez.
As vantagem do leite materno
• Quando há um intervalo entre gravidezes de pelo
menos três a cinco anos, a mãe fica mais saudável e
a possibilidade do bebe sobreviver aumenta.

• O aleitamento materno fortalece o relacionamento


entre a mãe e o bebe.

• O aleitamento materno economiza dinheiro. A mãe


não precisa comprar outro leite para o bebe nem
pagar serviços médicos necessários quando o bebe
adoece com mais frequente
Aleitamento materno
COMEÇANDO A AMAMENTAR
• A primeira vez que a mãe alimenta o bebé é um
momento importante:
1) O colostro é o primeiro leite que sai da mama e tem
muitas vantagens para o recém-nascido. Portanto, o
colostro não pode ser descartado.

2) Se a primeira amamentação for bem sucedida, ela vai


contribuir para o sucesso das outras amamentações.
3) A maioria dos bebés estão prontos para ser
alimentados pela primeira vez de 15 a 55 minutos
depois do nascimento.
Aleitamento materno
Por que a mãe deve começar a amamentar durante a
primeira hora depois do nascimento

• A maioria dos recém-nascidos têm um forte reflexo para


sugar e estão acordados na primeira hora depois do
nascimento.

• A sucção pelo recém-nascido ajuda a mãe a produzir mais


leite.

• O colostro é bastante alto em vitamina A e anticorpos que


protegem o bebé contra infecção.
Aleitamento materno
• O colostro é muitas vezes chamado de “primeira
imunização” do bebé.

• O colostro ajuda a expelir o mecônio e a evitar


icterícia.

• O colostro contém uma concentração muito alta de


nutrientes e ajuda a evitar baixa glicose nas
primeiras horas de vida.
Aleitamento materno
• A mãe tem menos sangramento depois do
nascimento, se amamenta imediatamente.

• O contacto pele a pele imediato ajuda o bebé a


ficar na temperatura ideal.

• A amamentação desde cedo ajuda a mãe e o bebé


a desenvolverem um relacionamento sólido.
Aleitamento materno
Pegar o mamilo por si só:

• Existem vários estudos que descrevem a capacidade natural


de o recém-nascido

• se não for perturbado e ficar sobre o abdómen da mãe


imediatamente depois do nascimento de procurar e chegar
até o mamilo da mãe, sem ajuda.

• Isso inclui pegar o mamilo e sugar.


Aleitamento materno
Posição do bebé
A mãe deve segurar o bebé bem perto dela com a
cabeça e o corpo voltados para o seio.

O bebé deve estar de frente para o seio, com o


nariz de frente para o mamilo.

Deve haver suporte para todo o corpo do bebé.

Se o bebé estiver mais baixo que o seio da mãe, coloque o


bebé sobre um travesseiro ou cobertor dobrado para
Aleitamento materno

• Deve haver suporte para todo o corpo do bebé. Se o bebé


estiver mais baixo que o seio da mãe, coloque o bebé sobre
um travesseiro ou cobertor dobrado para que ele e o seio
fiquem no mesmo nível.

Pegar e sugar
• Maneiras de ajudar o bebé a pegar o seio:
A mãe deve segurar o seio fazendo com a mão um“C”
(polegar na parte de cima e os outros dedos na parte de
baixo do seio) com os dedos longe do mamilo.
Aleitamento materno
• Toque nos lábios do bebé com o mamilo.

• Espere até a boca abrir bem.

• Mova o bebé para o seio com o lábio inferior dele


abaixo do mamilo.

• Mova a cabeça do bebé, ofereça suporte para a


parte de trás do pescoço e mova todo o corpo do
bebé.
Aleitamento materno
• Observe como o bebé pegou o mamilo.

• Certifique-se de que o tecido do seio não está


bloqueando o nariz do bebé enquanto ele está
sugando.

• A mãe não deve se inclinar sobre o bebé. Ela deve


trazer o bebé para seu seio, não mover o seio em
direcção ao bebé.
Aleitamento materno
Como saber se o bebé segurou bem o mamilo?
O queixo do bebé está tocando o seio.

A boca do bebé está bem aberta.

O lábio inferior está virado para fora.

Você pode ver mais a aréola acima da boca do que


abaixo.
Aleitamento materno
saber se o bebé está sugando/chupando bem?
Há sucções lentas e profundas com algumas pausas.

Os seios e os mamilos da mãe estão confortáveis.

E se o bebé não estiver segurando nem sugando bem


o mamilo? Tire o bebé do seio.

Ensine a mãe a fazer isso colocando gentilmente seu


dedo dentro da boca do bebé para que ele sugue.
Aleitamento materno
Alimentar o bebé de acordo com a demanda

Amamentar sempre que o bebé estiver com fome.

Pistas de que o bebé está com fome incluem:


• esfregar a boca contra algo, sugar na mão, mover a cabeça
para frente e para trás ou abrir a boca.

• A maioria dos recém-nascidos comem em média 8 a 12


vezes em 24 horas ou a cada 2 a 3 horas
Aleitamento materno
O estômago de um recém-nascido é pequeno e
precisa ser cheio frequentemente.

• O leite materno é facilmente digerido e, portanto,


passa rapidamente pelo bebé.

Com a amamentação por demanda, a produção de


leite da mãe se ajusta às necessidades do bebé,
logo sempre tem leite suficiente. Quanto mais o
bebé suga (chupa), mais leite a mãe produz
Aleitamento materno
Esvaziar o primeiro seio depois de cada amamentação

• Incentive a mãe a amamentar primeiro com um seio, sem


limite de tempo, antes de oferecer o segundo seio. Isso
ajuda a garantir que o bebé recebe o
leite rico final.
• Se o seio direito for usado para iniciar a amamentação,
na próxima amamentação, começar com o seio esquerdo.

• Assim, ambos seios produzirão a mesma quantidade de


leite.
Aleitamento materno
Esvaziar o primeiro seio depois de cada amamentação

• Não limite por quanto tempo o bebé pode sugar


durante a amamentação.

A primeira parte da amamentação em um seio,


chamada de leite inicial, é mais aguada para
satisfazer a sede do bebé.

A parte final da amamentação, o leite final, é mais rica


em gordura para satisfazer a fome do bebé.
Aleitamento materno
Usar posições diferentes para segurar o bebé
• É importante que a mãe esteja confortável durante a amamentação.

• Sentir dor, frio ou estar chateada dificulta o fluxo do leite.

• A maneira como a mãe segura o bebé também pode facilitar a


amamentação para ela e para o bebé.

• Cada maneira de segurar tem suas vantagens. Usar maneiras de


segurar diferentes ajuda a espremer o leite de partes diferentes do
seio. Lembre-se: enquanto a mãe segura o bebé para mamar, o bebé
deve estar de frente para o seio e seu corpo precisa estar em uma
linha recta.
Aleitamento materno
Posição sentada
• A mãe senta e deita o bebé de lado no seu colo, olhando
para ela. Ela suporta a cabeça do bebé na parte
flexionada (anterior) do seu cotovelo e as costas e as
nádegas do bebé com seu antebraço

Posição “cavalinho”
• Esta posição é quase igual à sentada, mas a mãe usa seu
outro braço para segurar o bebé. A cabeça do bebé é
segurada pela mão aberta da mãe. Esta posição torna
mais fácil mover o bebé para o seio e em uma posição
confortável, enquanto obebé pega e suga.
Aleitamento materno
Deitada de lado
• Também pode ser chamada de posição “comer e dormir”.

• A mãe usa a mão ou o antebraço ou um travesseiro atrás


das costas do bebé para suportá-lo, posicionando a
cabeça do bebé no seu seio mais baixo.

• A mãe pode preferir esta posição durante os primeiros


dias depois do nascimento e à noite. Também é uma boa
posição para mães que fizeram cesariana.
Aleitamento complementar
• Recomendações para as crianças de seis a sete
meses de idade

De 6 a 7 meses
• Continuar dando o peito. Acrescentar alimentos
complementares:

• cereais, tubérculos, carnes/gema de ovo/ vísceras,

• leguminosas, legumes e frutas.


Aleitamento complementar
• Dar esses alimentos, iniciando 1 a 2 vezes por dia até completar
3 vezes OU 5 vezes ao dia se não estiver mamando: 2 sopas
salgadas, 2 papas de frutas e um mingau de cereal (farinha ou
tubérculo)

• No início a alimentação complementar deve ser espessa (papa


ou purê) e ser oferecida em colher

Observar cuidados de higiene no preparo e oferta dos alimentos.

• Observar a qualidade dos alimentos.

• Oferecer água à criança nos intervalos das refeições.


Aleitamento complementar
• A partir dos 6 meses, embora o leite continue sendo o
alimento mais importante para a criança, é preciso
começar a dar outros alimentos complementares, ou de
desmame ou ainda alimentos de transição.

• Esses alimentos devem ser nutritivos, espessos e


oferecidos com colher, e sempre após a mamada no
peito.

• É importante observar os cuidados de higiene das mãos,


utensílios e alimentos durante a preparação e a oferta
dos mesmos e sua qualidade.
Aleitamento complementar
• Iniciar com frutas maduras, da estação, amassadas, ou purês de legumes
na quantidade de cerca de 2 colheres de sopa e aumentar gradativamente
para cerca de 4-6 colheres de sopa.

• Começar com um só tipo de fruta ou cereal ou legume e a cada dois a três


dias ir substituindo por outro para testar a tolerância da criança.

• De preferência não adicionar açúcar ou sal, ou usar em pequenas


quantidades.

• Este complemento deve, no início, ser oferecido apenas uma vez ao dia.
Aumentar gradativamente até atingir 3 vezes ao dia e um volume que
esteja de acordo com o apetite da criança.
Aleitamento complementar
• É importante seguir amamentando a criança. Se a
criança está totalmente desmamada ou com
aleitamento misto, recebendo leite artificial por
mamadeira avalie se o preparo está correcto,
perguntando: o tipo de leite ou diluição, a quantidade
de açúcar ou massa e a higiene no preparo das
refeições.

• Orientar para oferecer a criança o leite em xícara ou


copo no lugar da mamadeira e substituir
gradativamente a alimentação láctea pela dieta
complementar.
Aleitamento complementar
• O leite artificial pode ser usado no preparo de purês
papas de frutas ou legumes – não se recomenda o
uso de leite artificial isoladamente como refeição
durante o primeiro ano de vida.

• A alimentação da criança deve ser preparada sempre


com um pouco de óleo ou gordura, com temperos leves
e
pouco sal. Entre as refeições deve ser oferecida uma
fruta
amassada, cortada ou sob a forma de sucos.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
• Os bons alimentos complementares, ricos em energia e nutrientes,
devem respeitar os hábitos culturais da família, tendo de ser
alimentos da safra recente, de boa qualidade e acessíveis ao nível
sócio-econômico.

• Esses alimentos podem ser agrupados de acordo com os principais


nutrientes que são oferecidos.

• As crianças devem comer uma mistura balanceada desses diferentes


grupos.

• Para o preparo dessa mistura, combina-se um alimento de base com


pelo menos um alimento do grupo das leguminosas e uma proteína
• animal.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

• Alimento principal ou de base: Cada região ou


localidade tem um alimento de base característico,
que em geral são um cereal, grão, tubérculo ou raiz.

• Esse alimento de base é excelente para preparar os


primeiros alimentos da dieta complementar da
criança.

• Contém geralmente amido e outros nutrientes e é


mais barato que outros alimentos.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
• Leguminosas: São alimentos muito nutritivos e que se,
combinados com os alimentos de base proporcionam uma
proteína de excelente qualidade, similar aos produtos de
origem animal.

• Produtos de origem animal: Às proteínas que se encontram


em todos os alimentos de origem animal são abundantes e de
alta qualidade.

• Esses alimentos geralmente são mais caros, porém numa


pequena quantidade melhora a qualidade protéica da dieta,
favorecendo o crescimento, além de ser uma importante fonte
de ferro de bom aproveitamento biológico.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

Vegetais de folha verde escura ou amarelo-alaranjado:

Muitos deles são importantes para a alimentação da criança


como fonte de vitamina A e ferro(este, pode ter o seu
aproveitamento biológico aumentado pela presença de
frutas cítricas e/ou produtos de origem animal na mesma
refeição).

• Frutas: As frutas são importantes na alimentação


complementar como fonte de vitaminas, sais minerais e
fibra. São bem aceitas, e pela grande variação de sabores são
importantes para o desenvolvimento do paladar da criança.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

• Óleo, gorduras e açúcar: Os óleos e gorduras


vegetais têm alta densidade energética e portanto
em pequenas quantidades aumentam bastante o
valor energético da dieta sem aumentar seu volume.

• Também são importantes para melhorar a


viscosidade da dieta (tornando-a mais macia) e para
melhorar o sabor.

Os açucares são bons fornecedores de energia


adicional, porém com menor densidade energética.
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

• Recomendações para as crianças de oito a onze meses de idade:


De 8 a 11 meses
• Continuar dando o peito.

• Dar da mesma comida servida a família, porém adaptada para a


criança com consistência pastosa (sem temperos picantes, amassados
• ou desfiados).

• Garantir que receba: cereais, leguminosas, carnes, ovos, frango,


peixe, vísceras, frutas e verduras.

• 3 vezes ao dia, se estiver sendo amamentado ao seio


Alimentaçao complementar
• Dar alimentos ricos em vitamina A e ferro: vísceras, verduras e
frutas amarelo-alaranjadas, folhas verde-escuras.

• Dos 8 meses aos 11 meses de idade aumentar gradativamente


a quantidade de alimentos complementares da criança e a
consistência e introduzir carne, peixe, frango, vísceras e ovos.

• Eles devem ser adequados aos hábitos culturais e as condições


sociais e econômicas da família.

• A partir dos oito meses de idade a criança já recebe


os alimentos preparados para a família, desde que sem temperos
picantes.
Aleitamento complementar
• Se a criança está sendo amamentada ao peito, dar
alimentos complementares três vezes ao dia, sendo 2
papas salgadas (comida da família) e uma de fruta

• Quando a criança não estiver sendo amamentada, dar os


alimentos 5 vezes ao dia, sendo 2 papas salgadas, 2
papas de fruta e um tubérculos, farinha ou cereais.

• A partir do 8º mês se não é possível preparar uma dieta


especial (de transição) para a criança, pode ser dado a
própria dieta preparada para a família, desde que
oferecida na forma pastosa.
Aleitamento complementar
• Apesar da criança nesta idade apresentar dentição,
os alimentos devem ser amassados e desfiados, pois a
criança leva muito tempo, nesta idade, para
consumir alimentos sólidos na quantidade
necessária.

O volume mínimo que deve ser oferecido à criança


por refeição é de 6 colheres de sopa.
Aleitamento complementar

A criança não deve competir com seus irmãos maiores


pelos alimentos de um prato comum.

Deve-se servir à sua própria porção.

Até quando a criança possa alimentar-se sozinha, a


mãe ou qualquer outra pessoa que cuide dela deve
sentar-se junto da criança durante as refeições e
ajudá-la a colocar a colher na boca.
Principais Problemas Mamários
Ingurgitamento Mamário
Conceito
É o processo pelo qual a produção de leite é maior que a
demanda, ocorrendo estase láctea e/ou congestão
venolinfática.

A estase láctea nos alvéolos leva a distensão alveolar, com


consequente compressão de ductos, obstrução do fluxo do
leite, piora da distensão alveolar e aumento da obstrução.

• Secundariamente aparecerá edema devido à estase


vascular e linfática.
Principais Problemas Mamários
Ingurgitamento Mamário
Principais Problemas Mamários
Ingurgitamento Mamário
Engorgitamento do seio
• Seios muito cheios ficam engorgitados. Isso pode ser
causado por: Leite vindo pela primeira vez, depois do
colostro.

• Bebé que não pega bem o seio e, portanto, não esvazia o


seio completamente.

Separação da mãe e do bebé, portanto o bebé não


mama por um longo período.

Mãe estressada, afectando a saída de leite.


Principais Problemas Mamários
Ingurgitamento Mamário
Factores predisponentes

• Sucção ineficaz, intervalo longo entre as mamadas, suspensão


da amamentação, diminuição ou ausência de oferta da mama,
dificuldade de ejecção láctea, separação mãe-filho, factores
emocionais actuando como bloqueadores do reflexo
hipófisemama, hipergalactia, obstrução de ductos,
malformações mamilares, prematuridade e óbito fetal.

Ocorre durante o período de apojadura - 3ºe 5º dias pós-parto.


O ingurgitamento mamário permanece enquanto houver
desequilíbrio entre a oferta e a procura, normalmente dura 24 e
48 horas.
Principais Problemas Mamários
Ingurgitamento Mamário

Tratamento

• Aumentar a freqüência das mamadas. Amamentação em livre demanda: não


suspender a amamentação.

•Uso de analgésicos e antiinflamatórios sistêmicos

• Oferecer à mãe apoio emocional e promover medidas de relaxamento.


• Estimular posição de amamentação invertida.

• Sutiã de tamanho adequado - mama na posição anatômica.

• Massagens delicadas para fluidificar o leite.

• A massagem das mamas deve ser realizada como método curativo do


ingurgitamento.
Principais Problemas Mamários
Traumas Mamilares
Conceito
• Várias são as definições para os traumas mamilares.

• Dentre elas temos que a lesão mamilar é um termo que


engloba ferimento ou mudança patológica da pele do mamilo,
nem sempre relacionada com a amamentação.

Também pode ser definida como solução de continuidade da


pele do mamilo e/ou aréola, que dificulta o processo de
amamentação por ser muito doloroso.

Outro autor denomina como uma solução de continuidade na


pele da região mamiloareolar.
Principais Problemas Mamários
Traumas Mamilares
Factores associados ao aparecimento do trauma

Posicionamento e preensão inadequados da criança.

Sucção não-eficiente.

Retirada da criança do peito de forma inadequada.

Língua do recém-nascido posteriorizada e freio lingual curto.

Uso de lubrificantes.

Higiene dos mamilos.


Principais Problemas Mamários
Traumas Mamilares

Factores associados ao aparecimento do trauma

Ingurgitamento mamário e/ou tensão areolar

Mamilos semi-protrusos ou malformados

Infecção mamilar – candidíase.

Uso de bicos, chucas e mamadeiras – apreensão inadequada.

Uso incorrecto de bombas tira-leite.


Principais Problemas Mamários
Traumas Mamilares
Profilaxia

Uso de sol durante a gravidez, especialmente para os mamilos pseudo-invertidos.

Arear os mamilos e expô-los à luz solar durante a lactação.

Manter a região mamilo-areolar flexível, antes de iniciar cada mamada.

Apreender correctamente o mamilo. Posicionamento adequado.

Permitir que a criança faça somente sucção eficiente.

Afastar correctamente a criança do peito ao interromper a sucção.

Não usar cremes, pomadas, medicamentos, não proceder à higiene nos mamilos.
Principais Problemas Mamários
Traumas Mamilares
Classificação
Mamilos com fissuras – ulceração do tipo linear ou do
tipo fenda, com comprometimento da epiderme e/ou
derme.

Fissuras pequenas: lesão de até 3 mm de diâmetro.

• Fissuras médias: medem de 4 a 6 mm de diâmetro.

• Fissuras grandes: maior ou igual a 7 mm de diâmetro.


Principais Problemas Mamários
Traumas Mamilares

• Mamilos com escoriação – mamilos semi-protrusos


esfolados ou com a epiderme levantada, deixando parte do
derme descoberto.

• Mamilos com erosão – Desgaste do relevo ou remoção de


toda a epiderme ou derme.

• Mamilos com dilaceração – Quando este se apresenta


dilacerado, “rasgado” na região areolar.

• Mamilos com vesículas – bolhas na superfície do mamilo


Mamilo com dilaceração
Mamilo com vesícula
Mamilo com erosão
Mamilo escoriação
Mamilo com fissura
Principais Problemas Mamários
Mastite
Definição
• Processo geralmente unilateral inflamatório da glândula mamária, seguido
ou não por infecção, causada geralmente pelo Staphylococcus Aureus,
Staphylococcus Epidermides,
Streptococcus e outros, que penetram na mama por meio dos
poros ou traumas mamilares.

• A estase láctea desencadeia aumento da pressão intraductal


com conseqüente achatamento das células alveolares e com isso formação
de espaços entre as células. Por este espaço passam alguns componentes
do plasma para o leite induzindo resposta inflamatória, com envolvimento
do tecido conjuntivo interlobular na maioria das vezes.

• Estas três situações (estase láctea, resposta inflamatória e


• dano tecidual) favorecem a instalação de uma infecção.
Principais Problemas Mamários
Mastite

• A transmissão ocorre de forma direta, por meio da oronasofaringe


do recém-nascido, mãos e fossas nasais de puérperas e
profissionais de saúde, e ainda, por objetos contaminados como
protetores de mamilos, bombas tira-leite e bicos.

• Ocorre normalmente em torno da 2ª a 3ª semana pós-parto,


geralmente é unilateral, com freqüência entre 2,5 a 33% entre
as mulheres que amamentam 19-21, sendo mais freqüente nas
primíparas.

Pode ser desencadeada por traumas mamilares, ingurgitamento


mamário ou obstrução de ductos não tratados adequadamente.
Principais Problemas Mamários
Mastite

Profilaxia
• Prevenir estase láctea, estabelecer boa pega, orientar
o aleitamento sob livre demanda.
• Evitar o ingurgitamento mamário ou tratá-lo
adequadamente, assim como os traumas mamilares e
ductos bloqueados.

• Orientar a mãe para o auto-exame das mamas


procedendo a higiene das mãos.

• Orientação quanto a utilização de utensílios.


Principais Problemas Mamários
Mastite
Tratamento

• Oferecer apoio e incentivo a mãe devido processo doloroso.

• O esvaziamento das mamas - mamadas freqüente e ordenha.

• Uso de sutiã adequado durante as 24 horas.

• Promover repouso e relaxamento.

• Uso de analgésicos e antiinflamatórios (ibuprofeno)


Principais Problemas Mamários
Mastite
• No caso de interrupção da amamentação, orientar para
retirar o leite e oferecê-lo no copinho.

• Uso de antibióticos(estafilococo - dicloxacilina,
amoxacilina, cefalosporinas, clindamicina ou eritromicina
por 10 a 14
dias):

cultura do leite positiva; sintomas graves desde o início do


quadro; lesão mamilar; não regressão dos sintomas após
12 a 24 horas da remoção efetiva do leite acumulado.
Principais Problemas Mamários
• Abcesso Mamário

• Esta patologia geralmente tem como causa mastites não


tratadas, tratadas tardiamente ou inadequadamente.

• Está presente em 5 a 10% das mulheres com mastite.

• Pode ser identificado por meio da palpação da mama, onde se


identificam pontos de flutuação.

• A Ultrassonografia é o exame de escolha para se fazer o


diagnóstico e para indicar o melhor local para a realização de
aspiração ou incisão.
Coisas que tornam o fluxo de leite mais lento podem causar infecção.

• A mãe tem seios engorgitados.

A mãe tem um canal de leite entupido.

• A mãe usa um sutiã muito apertado ou amarra


um pano muito apertado ao redor dos seios.

• O sistema imunológico da mãe é fraco: A mãe tem


saúde fraca e pode estar desnutrida.

• A mãe está stressada.


Coisas que tornam o fluxo de leite mais lento
podem causar infecção
• A prevenção desta complicação se torna muito
importante, uma vez que pode comprometer
futuras amamentações, aproximadamente me 10%
dos casos.

• O tratamento consiste em realizar a drenagem


cirúrgica ou aspiração, manter a lactação e nos
casos de interrupção da amamentação, proceder o
esvaziamento da mama.
TIPOS DE MASTITE
Mastite complicada
obrigado

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