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CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DO COMPRIMENTO DE

FUNDAÇÕES ANCORADAS EM ROCHA EM TORRES ESTAIADAS A


PARTIR DOS DADOS OBTIDOS NOS ENSAIOS PRÉVIOS
GLT – Grupo de Estudo de Linhas de Transmissão
Daniel Renosto / Benapar Abta
Número de Grade
André Hoffmann/Fasttel Engenharia
GLT-002
José Carlos Amaral / Benapar Abta
Ancoragens em rocha – Muito eficaz, quando bem
mitigadas...
• Muito utilizadas nos estais das torres estaiadas; Rocha Sentido da carga nos estais
• Trabalham de forma individual, recebendo o branda
carregamento direto a tração. ou sã?

• Utiliza-se nata de cimento na interface da rocha


com o elemento resistente a tração.
• Executadas com equipamentos de pequeno e
médio porte.
• A prática usual para a definição da qualidade da
rocha está na correlação do tempo de
perfuração, gerando grandes incertezas.
• Pouco utiliza-se, em LT, investigações geotécnicas
além do SPT.
Grupo de Estudo – GLT – 350 / Daniel Renosto 01/11
Metodologia utilizada – Ensaios prévios

• Instalações e execuções de Entendimento do


ELU e ELS
provas de carga de estacas
adicionais, antes do início
Consumo de Comprimento
das execuções das materiais em rocha
fundações definitivas.

• O objetivo é poder entender


as variáveis e buscar
embasamento para as Tipos de Critérios de
equipamentos aceitação
tomadas de decisões quanto
ao projeto executivo.
Procedimento
de execução

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1. Análise do traçado, mapa geológico e
investigações geotécnicas
Sobreposição da região de implantação da LT
 Sobrepor o traçado ao mapa da
região;
 Avaliar histórico das formações
rochosas da região;

Nota: As investigações geotécnicas


existentes, limitavam-se a sondagens do
tipo SPT, apresentando, em sua grande
maioria, impenetrável ao trado na cota
de 2 a 3 metros de profundidade.

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2. Avaliação das condições de contorno dos locais
de instalação
 Visitar os locais e regiões em busca de dados quanto as fraturas e dimensões das rochas

Avaliação das dimensões das rochas Avaliação das fraturas


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3. Definição dos locais dos ensaios

 Mapear as principais unidades geotécnicas,


mesmo que as sondagens sejam SPT;

 Verificar, nos boletins de investigação


geotécnica, existência de diferentes materiais;

 Definir os comprimentos para as execuções das


perfurações e posterior ensaios de tração;

 LT´s são obras lineares e necessitam de análises


a cada torre;

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4. Fluxograma padrão para execução da fundação

Localização
do ponto de
instalação

Posicionar
perfuratriz

Não Perfurar até


Iniciar Ferramenta
Rocha encontrar
perfuração para solo
rocha Montagem
Sim da haste

Perfurar até a
Ferramenta Limpeza do Preparo calda Preencher
profundidade
para rocha furo de cimento o furo
definida Colocação
no furo

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5. Estudo dos tempos de perfuração

 17 perfurações ao longo da LT;

 Todos os tempos de
perfuração foram apontados a
cada 0,5 m de profundidade;

 Grande dispersão nos tempos


de perfuração demonstraram
uma correlação muito fraca
para a curva de determinação
R².

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6. Realização dos ensaios de tração

• Objetivo em buscar e entender a ruptura geotécnica da fundação.

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7. Análise dos dados dos ensaios

• Torre 121-2 curva carga x deslocamento • Torre 121-2 curva tensão x deslocamento

• Utilizamos o método das tangentes para identificar a tensão de ruptura


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8. Resultados dos ensaios

TABELA 1 - Resultados dos ensaios

HS HR Q trab Q proj Q 140% Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 τ máx


Trecho Torre Ângulo (º)
(m) (m) (kN) (kN) (kN) Δ1 (mm) Δ2 (mm) Δ3 (mm) Δr (mm) kPa
7 4 3 31,5 360 400 560 12,14 15,39 14,51 4,24 583
23 3 5 31,5 360 400 560 5,85 5,82 9,79 1,51 350
61 0 7 31,5 360 400 560 4,69 5,88 9,49 0,29 250
97 0 5,5 31,5 360 400 560 8,66 8,02 9,20 1,80 318
Trecho 1
158 0,3 4,7 31,5 360 400 560 5,53 5,36 7,88 1,26 372
214 0,3 4,7 31,5 360 400 560 6,45 6,47 9,52 2,61 372
280 0,2 4,8 31,5 360 400 560 4,42 3,93 6,76 1,34 364
324 (*) 8 0 31,5 360 400 560 7,66 7,74 12,47 0,90 X
240 0 7 31,5 360 400 560 4,32 4,96 6,57 0,09 250
221 0 7 31,5 360 400 560 5,93 9,03 9,78 3,52 250
167 0 6 31,5 360 400 560 8,30 9,55 15,51 4,10 291
Trecho 2
145 0 4,7 31,5 360 400 560 7,50 8,60 10,20 5,25 372
121 1 3,5 3,2 31,5 360 400 560 7,71 9,31 24,20 9,80 546
121 2 0,9 3,8 31,5 360 400 560 7,90 8,91 22,30 9,00 460
2 2,5 4,5 31,5 360 400 560 7,88 7,98 10,55 2,91 388
Trecho 3
5 1,5 5,5 31,5 360 400 560 5,72 6,16 10,27 1,26 318

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9. Conclusões e discussões

 A correlação dos tempos de perfuração não demonstrou eficácia para esta região. Os autores não
concordam com esta correlação devido ao grande número de variáveis não controladas e
desconhecidas.
 Não obtivemos a ruptura geotécnica nítida em todos os pontos, isto devido a limitação estrutural da
haste.
 Nota-se, através dos deslocamentos obtidos, boa estabilidade da fundação para as tensões no intervalo
de 250 kPa à 388 kPa, principalmente quanto aos valores residuais. Desta forma foi adotado em projeto
um único comprimento, baseado na tensão de 250 kPa, reduzindo o custo das fundações em no mínimo
40%.

 As etapas adotadas neste trabalho apresentaram boa eficácia, reduzindo as incertezas e colaborando
com as decisões de projeto.

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Daniel Renosto

11.9.6400.84.23
danielcanren@gmail.com

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