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UNIVERSIDADE DE UBERABA – UNIUBE

MICOSES SUPERFICIAIS

RODOLFO NUNES DE ALMEIDA

Uberaba-MG 2013

1
MICOSES SUPERFICIAIS
 São muito frequentes na prática clínica, sendo causadas por
fungos que afetam as camadas mais superficiais da pele,
pêlos e unhas

 São prevalentes em todo o mundo, geralmente ocasionadas


por dermatófitos e restritas à camada córnea.

 Podemos dividir as micoses superficiais em 3 grupos:


• Dermatofitoses,
• Leveduroses,
• Ceratofitoses

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DERMATOFITOSES (TINEAS)
 São infecções fúngicas limitadas às camadas superficiais
queratinizadas da pele, pelos e unhas

 Em imunodeprimidos podem acometem tecidos subcutâneos,


apresentam como principal característica clínica, lesões com
contornos mais ou menos arredondados, bordas vesiculosas,
pruriginosas.

 Fontes de infecção por contágio direto com animais, solo ou


indivíduo infectado.

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LEVEDUROSES

 São produzidos por levedos ou leveduras, sendo caracterizadas


por lesões geralmente exsudativas, com preferência de
localização nas regiões intertriginosas do organismo,
recobrindo-se de induto esbranquiçado, sendo mais frequentes,
cepas de Cândida sp.

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CERATOFITOSES

 Se incluem em micoses produzidas por parasitos de diversas


classificações e com tipos de lesões dermatológicas das mais
diversas, entretanto não apresentando reações do tipo IDE. Seus
metabolitos, podem infiltrar no derma e produzir lesões a
distância.

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MICOSES MAIS FREQUENTES
 Tinea corporis ("impingem"): forma lesões
arredondadas, que coçam. O início é um
ponto avermelhado que se abre em anel de
bordas avermelhadas e descamativas com o
centro da lesão tendendo à cura.
 Tinea da cabeça: forma áreas
arredondadas de falhas nos cabelos, que se
apresentam cortados rente ao couro
cabeludo nestes locais (tonsurados). É
muito contagiosa e é mais frequente em
crianças.

Fonte: http://www.fciencias.com/wp-content/uploads/2013/06/tinea-corprs.jpg
e https://ufhealth.org/sites/default/files/graphics/images/en/19685.jpg

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MICOSES MAIS FREQUENTES
 Tinea pedis: causa descamação e coceira
na planta dos pés, podendo atingir as
laterais dos pés.

 Tinea interdigital ("frieira"): causa


descamação, maceração (pele
esbranquiçada e mole), fissuras e coceira
entre os dedos dos pés e mãos. Frequente
nos pés, devido ao uso constante de
calçados fechados que retêm a umidade.

Fonte: http://www.ourhealthnetwork.com/UserFiles/Image/Athletes_foot_Pict_Plantar_2(1).jpg

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MICOSES MAIS FREQUENTES
 Tinea inguinal: forma áreas avermelhadas e
descamativas com bordas bem delimitadas,
que se expandem para as coxas e nádegas,
acompanhadas de coceira no local.
 Tinea unguium (onicomicose): pode
apresentar-se com descolamento da borda
livre da unha, espessamento, manchas
brancas na superfície ou deformação da unha.
O contorno ungueal fica inflamado, dolorido,
inchado e avermelhado e, por consequência,
altera a formação da unha, que cresce
ondulada.

Fonte:
http://media.clinicaladvisor.com/images/2010/09/29/ca_ss_sd0167_121601.jp
g e http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b5/Ji2.jpg

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MICOSES MAIS FREQUENTES
 Intertrigo candidiásico: provocado pela
levedura Candida albicans. Forma área
avermelhada e úmida que se expande por
pontos satélites ao redor da região mais
afetada e, geralmente, provoca muita
coceira.

 Pitiríase versicolor: caracteriza-se por


manchas claras recobertas por fina
camada de descamação, facilmente
demonstrável pelo esticamento da pele. Fonte: http://pt.121doc.net/images/pitiriasi-versicolor-foto.jpg e
http://2.bp.blogspot.com/-CZkpncQKpJw/T-VaEadxhEI/AAAAAAAA
Atinge principalmente áreas com maior Dho/hlxU2tgiT74/s1600/Intertrigo.JPG
produção de oleosidade como o tronco, a
face, o pescoço e o couro cabeludo.

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 Tinea negra: manifesta-se pela
formação de manchas escuras na
palma das mãos ou plantas dos pés.
É assintomática.

 Piedra preta: forma nódulos ou


placas de cor escura grudados aos Fonte: http://pgodoy.com/wp-content/uploads/2011/09/isup_Piedra-
branca.jpg , http://overcomingcandida.com/images/img31_4.jpg e
cabelos. É assintomática. http://www.healthhype.com/wp-content/uploads/tinea_nigra_palm.jpg

 Piedra branca: manifesta-se por


concreções de cor branca ou clara
aderidas aos pelos. Atinge
principalmente os pelos pubianos,
genitais e axilares.

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PROCEDIMENTO LABORATORIAL DE
ROTINA
 Coleta da amostra de escamas de pele, unha, cabelos e demais locais de
infecção que variam conforme cada tipo de micose;

 Exame direto da amostra com KOH a 20%, onde pode-se revelar a


morfologia

 Cultura: material deve ser semeado em Ágar Sabouraud, com auxílio de


uma alça em “L”, de forma a ficar em perfeito contato com o meio de
cultura. As colônias de dermatófitos geralmente, crescem a partir do 10º
dia de incubação à temperatura ambiente e os fungos são identificados
pela sua morfologia macroscópica e microscópica.

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Exame microscópico direto com
Hidróxido de Potássio (KOH) a 20%
 É usado para exame de pelos, pele, unha, tecido obtido por biópsia,
exsudatos espessos e outros materiais densos. Colocar uma gota de KOH
(aquoso a 20%) em uma lâmina de microscopia e sobre esta, uma porção
da amostra a ser examinada.

 Cobrir a preparação com uma lamínula e, para intensificar a clarificação,


aquecer ligeiramente, sobre a chama de um bico de Bunsen, sem deixar
ferver a mistura. Examinar a preparação após 20 minutos, em
microscópio óptico comum, inicialmente, com objetiva de 10x, seguida
de 40x.

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Cultura de amostras biológicas para
isolamento de fungos
 O meio básico em laboratório de micologia é o ágar Sabouraud dextrose
(ASD), chamado simplesmente, ágar Sabouraud. Em regra, usa-se um
antibiótico para impedir o crescimento de bactérias que poderiam
prejudicar o isolamento de fungos.

 O cloranfenicol é o mais indicado, pois resiste à autoclavação. Pode ser


colocado tanto no ASD como em outros meios de cultura para fungos.

 Para isolamento ou subcultivo de dermatófitos superficiais recomenda-se


o ágar batata, encontrado no comércio, sob forma desidratada, para
aumentar a esporulação e facilitar a identificação do gênero e espécie do
fungo.

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REFERÊNCIAS
 OLIVEIRA, Jeferson Carvalhaes de. Micologia médica. ControlLab, 1999.225p.

 OLIVEIRA, Jeferson Carvalhaes de. Tópicos em micologia médica. 3a ed. Rio de Janeiro:
Jeferson Carvalhaes de Oliveira; 2012. Disponível em:
<http://www.controllab.com.br/pdf/topicos_micologia_3ed.pdf>. Acesso em: 07/12/2013.

 TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flávio. Microbiologia. Atheneu, 2004. 586p.

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