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AULONA DO ENEM -

COLÉGIO MUNDIAL

Professora: Monique Neiva


Disciplina: Língua portuguesa e Redação
DIVIDIDA EM 2 BLOCOS

• Língua portuguesa (Linguagens, códigos


e suas tecnologias)

• Redação (Dissertação argumentativa)


INTRODUÇÃO

A interpretação de textos se apresenta, hoje, como uma


peça-chave em provas, independentemente do modelo
avaliativo e do elaborador. Seja em uma prova para
concurso público, ENEM ou processo seletivo de
alguma Universidade, há um elemento invariável,
indispensável e inevitável: as suas habilidades e
competências ligadas à Interpretação de textos
diversos serão exigidas!
ESTRATÉGIA: ENUNCIADO

A estratégia ideal para questões de interpretação começa pela


leitura atenta do ENUNCIADO da questão, pois a partir dele
é que você vai ler, entender, interpretar e responder as
questões da prova.
MAS COMO EU FAÇO ISSO?

Leia atentamente o enunciado e sublinhe, destaque os


elementos principais (contextualização, comando da
questão, informações, indícios da abordagem
pretendida) que vão te direcionar durante a leitura do
texto. É como aquela velha história… “quem não sabe
o que procura, não reconhece o que encontra”. Você
precisa ir para o texto sabendo o que precisa encontrar.
É também no enunciado que você consegue
identificar o tipo de questão que está fazendo. O que
geralmente se chama de questão de Interpretação, na
verdade se subdivide em duas categorias específicas
de questão: Questões de COMPREENSÃO de texto
e questões de INTERPRETAÇÃO de texto. Vamos
entender um pouco mais.
COMPREENSÃO DE TEXTO

Nesse tipo de questão, a informação está no texto.


Você precisa, simplesmente, identificá-la dentre as
alternativas apresentadas. Mas cuidado: um pequeno
detalhe para o qual se deve estar atento é que nem
sempre essa informação estará copiada Ipsis litteris
(com as mesmas palavras)... muitas vezes ela pode
aparecer parafraseada, ou seja, exatamente a mesma
informação, mas construída com outras palavras.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Na questão de interpretação propriamente dita, a informação exigida


para chegar à resposta está além do texto, não está explícita. Esse
talvez seja o maior gerador de dificuldades, insegurança e ansiedade de
estudantes de diversos níveis diante de uma questão. Mas como
identificar se uma questão é de interpretação? Quando você fizer a leitura
atenta do enunciado, observe se este contém expressões como: “Infere-se
que… / deduz-se que... / conclui-se que…”, “Subentende-se a partir do
texto…”. Um dos aspectos fundamentais é saber que, por mais que a
informação esteja nas entrelinhas, para ser correta, ela precisa ter conexão
com as linhas, ou seja, a interpretação de um texto deve ser sustentada
pelo próprio texto! Embora possa não estar explícita no texto, a
informação solicitada pela questão deve ser confirmada por meio de
marcas textuais encontradas no texto.
EXEMPLO 1

(Enem/2017) Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que desejavam. Notei a singularidade quando
principiaram a elogiar o meu paletó cor de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o pano e os aviamentos de qualidade
superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia reparado em tais vantagens. Mas os gabos se prolongaram,
trouxeram-me desconfiança. Percebi afinal que elas zombavam e não me susceptibilizei. Longe disso: achei curiosa aquela
maneira de falar pelo avesso, diferente das grosserias a que me habituara. Em geral me diziam com franqueza que a roupa
não me assentava no corpo, sobrava nos sovacos.
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994.

Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo a
progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela expressão

a) "a singularidade".
b) "tais vantagens".
c) "os gabos".
d) "Longe disso".
e) "Em geral".
EXEMPLO 2

(ENEM – 2016) Nessa campanha publicitária, para


estimular a economia de água, o leitor é incitado a

a) adotar práticas de consumo consciente.


b) alterar hábitos de higienização pessoal e residencial.
c) contrapor-se a formas indiretas de exportação de
água.
d) optar por vestuário produzido com matéria-prima
reciclável.
e) conscientizar produtores rurais sobre os custos de
National Geographic Brasil, n. 151, out. 2012 (adaptado). produção.
EXEMPLO DE INTRODUÇÃO
REDAÇÃO NOTA MIL - LUÍS FELIPE ALVES PAIVA
DE BRITO, DE MACEIÓ (AL)

TEMA: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

O poeta modernista Oswald de Andrade relata, em "Erro de Português", que, sob


um dia de chuva, o índio foi vestido pelo português - uma denúncia à aculturação
sofrida pelos povos indígenas com a chegada dos europeus ao território brasileiro.
Paralelamente, no Brasil atual, há a manutenção de práticas prejudiciais não só aos
silvícolas, mas também aos demais povos e comunidades tradicionais, como os
pescadores. Com efeito, atuam como desafios para a valorização desses grupos a
educação deficiente acerca do tema e a ausência do desenvolvimento sustentável.
DESENVOLVIMENTO

Retomada do Explicação/ Repertório


Conclusão
argumento Argumentação sociocultural

OU
EXEMPLO DE DESENVOLVIMENTO
REDAÇÃO NOTA MIL - LUÍS FELIPE ALVES PAIVA
DE BRITO, DE MACEIÓ (AL)

TEMA: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

Além disso, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência do


progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que atuam nas
áreas ocupadas pelas populações tradicionais não necessariamente se preocupam com a
sua preservação, comportamento no qual se valoriza o lucro em detrimento da
harmonia entre a natureza e as comunidades em questão. À luz disso, há o exemplo do
que ocorre aos pescadores, cujos rios são contaminados devido ao garimpo ilegal,
extremamente comum na Região Amazônica. Por conseguinte, o povo que sobrevive a
partir dessa atividade é prejudicado pelo que a Biologia chama de magnificação trófica,
quando metais pesados acumulam-se nos animais de uma cadeia alimentar –
provocando a morte de peixes e a infecção de humanos por mercúrio. Assim, as
indústrias que usam os recursos naturais de forma irresponsável não promovem o
desenvolvimento sustentável e agem de maneira nociva às sociedades tradicionais.
CONCLUSÃO – ELEMENTOS DA
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Modo/
Agente Detalhamento Ação Efeito
Meio
E X E MP L O D E P R O P O S TA D E I N T E RV E N ÇÃ O
RE D A Ç Ã O N O TA MI L - L U Í S F E L I P E A LV E S PA I VA D E
B R I TO , D E MA C E I Ó ( A L )

TEMA: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para isso, o


Ministério da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento da grade
curricular das escolas – deve educar os alunos a respeito dos empecilhos à
preservação dos indígenas, por meio da inserção da matéria “Estudos Indigenistas”
no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos silvícolas e desconstruir o
preconceito. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento – pasta instituidora da
Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais – precisa fiscalizar as atividades econômicas danosas às sociedades
vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante canais de denúncias.

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