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BALÍSTICA

EXPLOSIVO E TIROS
PROFESSOR : MESTRE RODRIGUES FAUSTINO
O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes
de fazer coisas novas e, não simplesmente repetir o que
outras gerações fizeram .

Jean Piaget
PROBLEMA DE PARTIDA

A necessidade de analisar e conhecer a


importância das peças de Artilharia
Naval em tempos modernos .
OBJECTIVO INSTRUTIVO E EDUCATIVO
Instrutivo
• Analisar as causas e evolução das peças de artilharia usadas
nos tempos passados ate ao momento atual .

Educativo
• Sentir a necessidade de compreender a importância das peças
de artilharia moderna em tempos de guerra .
ARTILHARIA NAVAL

• Generalidades.
• Resenha histórica.
• Peças de Artilharia
DISPARO DE OBUSES DE 155 MM.
A artilharia é um material bélico composto de armas de
fogo pesadas e de grosso calibre, ou é uma das armas das
Forcas armadas sendo aquela que produz fogo mais potentes
e profundos.
A artilharia é, também por excelência, o instrumento de
força que origina efeitos morais e materiais que vão desde a
neutralização à destruição dos meios do inimigo..
Para isso, a artilharia emprega armamentos pesados,
capaz de disparar projeteis de grande poder destrutivo.
Como arma organizada de um exercito, a artilharia
agrupa o seu armamento pesado, constitui um quadro de
pessoal especializado na operação daquele armamento,
congrega as unidades militares organizadas para o
combate com armamento pesado e assegura a logística
de todos estes elementos
Além de arma, a artilharia também constitui uma ciência que
estuda o desenvolvimento e a aplicação do armamento pesado e
dos seus projéteis.
Genericamente, as armas de projeção de fogo de tubo da artilharia
são designadas "bocas de fogo". Ocasionalmente, também são
referidas como "peças de artilharia" ou "canhões", mas geralmente
estes dois termos são utilizados para designarem apenas as bocas
de fogo que fazem tiros intensos.
Por sua vez, as bocas de fogo subdividem-se
em três tipos principais: obuses, pecas e,
morteiros . Hoje em dia, além das tradicionais
bocas de fogo, a artilharia inclui outros tipos
de armamentos como os mísseis e os foguetes.
Os militares de artilharia são designados "artilheiros".
Tradicionalmente, os artilheiros terrestres dividem-se em
serventes (operadores das bocas de fogo) e condutores
(condutores dos veículos ou dos animais que as deslocam).
Por sua vez, os artilheiros serventes dividem-se em
apontadores (responsáveis por apontar a boca de fogo),
municiadores (responsáveis por colocar a munição na boca
de fogo) e remuniciadores (responsáveis por retirar a
munição do paiol e a passar ao municiador).
Conforme os tipos de boca de fogo, ainda podem existir
outros serventes especializados como preditores, serventes do
soquete(recipientes), serventes da culatra, ajustadores,
marcadores e observadores. O conjunto dos artilheiros que
operam uma boca de fogo constitui a sua guarnição . A boca
de fogo, mais a respetiva guarnição, constitui uma unidade de
tiro. A unidade tática elementar da artilharia é a bataria,
comandada por um capitão e incluindo normalmente seis
unidades de tiro.
A artilharia usada na Marinha chama-se artilharia naval
Neurobalística: balista de 1/2 talento das legiões romanas.
Neurobalística: réplica de uma catapulta medieval
Piro
. balística: bombarda e respetivo projétil do século XV .
Piro balística: columbina francesa do século XV
Artilharia de costa: peça de 9 libras do Exército
Português, do século XVIII.
Artilharia naval: torre tripla com peças de 460 mm do couraçadoYamat da
Marinha Imperial Japonesa, durante a Segunda Guerra Mundial.
Artilharia estratégica: lançamento de mísseis balísticos MGM-31 Pershing do
Exército dos EUA, na década de 1960

.
A origem etimológica da palavra "artilharia" é bastante confusa, tendo-se
desenvolvido diversas teorias para a explicar. Uma das hipótese mais plausível é
a de que poderia ter origem na palavra Latina ”artillus" que significa "engenho".
A neurobalística
Na antiguidade, os projéteis eram projetados mecanicamente, inicialmente por
arremesso e, posteriormente, pela energia obtida pelo ensinamento de cordas e
arcos. Armas que disparam projéteis, como a funda, o arco e flecha, são
empregadas contra indivíduos. Já o papel da artilharia é atingir alvos como
muralhas ou grupos de indivíduos da infantaria ou Cavalaria inimiga. Para esse
fim foram desenvolvidas e aperfeiçoadas armas como as catapultas, capazes de
arremessar pedras ou dardos *pequena Lança*.
As peças de artilharia mais antigas que se conhecem foram
inventadas pelos antigos Gregos e eram o gastraphetes -
datado de cerca de 400 a.C., constituía um poderoso arco e
flecha, que usava o método mecânico de retesar a corda e
podia ser transportado por uma pessoa - o Oxibeles -
datado de cerca de 375 a.C., que tinha a sua corda retesada
por alavancas.
O aperfeiçoamento do oxibeles trouxe um
desenvolvimento tecnológico importante: a torção de
cordas como fonte de energia.
Armas empregando a torção passam a ser chamadas de
"katapeltes", de onde vem a palavra ”catapulta". A lithobolos, de
335 a.C., é uma catapulta que lança pedras em vez de dardos.
Os Romanos aperfeiçoaram o arsenal grego, com mudanças na
disposição dos braços e da torcedura das cordas garantindo maior
alcance às catapultas. Os petardos passam a atingir um alvo à 800
metros. As catapultas romanas mais comuns são abalista- que
dispara pedras - e o scorpio - que arremessa dardos. Um onagro, do
período de 200 a.C., pode disparar uma pedra de 80 Kilogramas e
requer de oito homens para ser armado.
A artilharia desenvolveu-se notavelmente com a invenção do Trabuco na China, entre os
séculos III a C e V a . C. No Ocidente, no século VI d. C, substituiu as catapultas de
torção. O trabuco usa a força da gravidade, através de um contrapeso para lançar projéteis
de até uma tonelada.
A partir do século XV, a Neurobalistica foi sendo substituída pela pirobalística, à medida
que esta se foi desenvolvendo e generalizando. No entanto, a neurobalística continuou em
uso limitado até à atualidade, ainda sendo utilizada ocasionalmente, através do emprego
de engenhos improvisados para lançamento à distância de projéteis, normalmente
explosivos ou incendiários. Por exemplo, já no século XX, foram usadas catapultas
improvisadas para lançamento de granadas de mão no combate nas trincheiras durante a
Primeira Guerra Mundial e na defesa de aquartelamentos fortificados durante a Guerra
Colonial Portuguesa.
A pirobalística
A invenção da pólvora pelos Chineses, bem como a invenção do canhão, outro artefato estreitamente ligado
àquela - constituiria o próximo marco que revolucionaria o desenvolvimento da artilharia e que acabaria por a
tornar no que ela hoje é. O primeiro registo do uso de artilharia em combate, usando a pólvora como propulsor,
deu-se a 28 de janeiro de 1132, quando o general chinês Han Shizhong da Dinastia Song utilizou o huochong -
pequena boca de fogo tubular, feita inicialmente de bambu- para capturar uma cidade na província de Fujian. Esta
pequena e arcaica arma difundiu-se pelo Médio Oriente - onde era conhecida por "madfa" - e chegou à Europa, em
número muito limitado, no século XIII.
Na Europa, existem várias referências ao uso de bocas de fogo primitivas pelos Árabes da Península Ibérica,
durante o século XIV. Sabe-se que os Árabes as utilizaram no cerco de Baza e que o exército do Rei Afonso XI de
Castela as utilizou em 1312, durante o cerco de Algeciras. A artilharia também é referida, nessa época, numa obra
sobre os oficiais do Rei da Inglaterra. Em todos estes casos, são descritos uma espécie de potes de ferro que
disparavam bolas de pedra e grandes flechas. Na Batalha de Crécy, travada em 1346 entre os Ingleses e Franceses
há evidências do uso de uma boca de fogo que empregava bolas de pedra como munição.
Em 1381, durante as guerras Fernandinas, regista-se talvez uma das primeiras utilizações da artilharia de Costa,
quando as tropas do Rei D. Fernando I de Portugal, disparam bocas de fogo (conhecidas por ``trons") contra a
esquadra naval castelhana que tentava atacar Lisboa.
As bocas de fogo fabricadas nessa época eram fundidas em bronze ou em ferro, estas últimas utilizando uma técnica
parecida à da fabricação de barris, juntando-se lâminas de ferro em brasa, à volta das quais eram colocados aros de
reforço e colocada uma grossa culatra na parte posterior. Estas bocas de fogo eram relativamente perigosas, já que, ao
serem submetidas a grandes pressões internas, tendiam a explodir ferindo ou mesmo matando os seus serventes. Para
disparar uma boca de fogo, era necessário primeiro enfiar pela sua boca uma haste com uma esponja húmida na ponta
para apagar possíveis restos que ficassem do disparo anterior, a seguir introduzir a pólvora comprimindo-a com um
soquete, depois introduzir a bala, voltando a comprimir-se todo o conjunto. Na parte traseira da arma havia um
orifício, conhecido por "ouvido", pelo qual se introduzia uma pequena quantidade de pólvora à qual se aplicava uma
mecha que era incendiada para provocar a deflagração que originava o disparo da bala. O retrocesso devido ao
disparo, provocava o recuo da boca de fogo em vários metros, a seguir ao qual, os serventes deviam colocá-la de
novo em posição. O alcance máximo eficaz era de um ou dois quilómetros.
Por esta altura existiam inúmeros tipos de bocas de fogo, de onde se destacam a bombarda e o falconete. A bombarda
consistia num tubo amarrado a um simples reparo de madeira, que se apontava através de um rudimentar dispositivo
elevador, que era regulado através da colocação de cunhas de madeira. O falconete era uma boca de fogo ligeira,
normalmente montado numa espécie de forquilha de ferro fixa a uma muralha ou à borda de uma embarcação, a qual
dispunha de uma barra na sua traseira, que era utilizada para apontar a arma. O falconete era uma variante,
ligeiramente menor, do falcão. Uma inovação importante foi a dos munhões, que consistiam numa espécie de eixos
cilíndricos em cada lado da boca de fogo, que encaixavam no reparo, permitindo facilmente alterar o ângulo de
elevação da arma.
As bocas de fogo estão genericamente classificadas, de acordo com o seu calibre, em falconetes (1,25 lb),
sacres (5,25 lb), meias-colubrinas (9 lb), colubrinas (15 lb), meios-canhões (27 lb) e canhões (47 lb). O termo
"canhão", contudo, generaliza-se para designar todos os tipos de bocas de fogo, com os outros a caírem em
desuso. Com o mesmo significado também é utilizado o termo "peça de artilharia" ou simplesmente "peça".
Neste século aparece um novo tipo de boca de fogo, o morteiro, projetado para fazer tiro contra objetivos
abrigados.
Assim, no final do século XVII, a classificação das bocas de fogo resume-se a dois tipos principais: os
canhões e os morteiros. O canhão ou peça é, portanto, uma boca de fogo de comprimento elevado em relação
ao seu calibre (30 vezes ou mais) projetado para disparar contra objetivos que estejam à vista dos artilheiros,
numa trajetória quase plana conhecida por "tiro direto" ou "tiro tenso". Os canhões disparavam granadas -
munições ocas cheias de explosivo - ou balas - munições maciças não explosivas. Já o morteiro, consistia
numa boca de fogo curta e de grande calibre, cujos munhões se situavam junto à culatra, o que lhe permitia
ter inclinações de 45º a 90º para fazer tiro curvo sobre objetivos fora da vista dos artilheiros, abrigados atrás
de muralhas ou de elevações do terreno. Os morteiros disparam munições explosivas conhecidas por
"bombas". Devido à sua escassa mobilidade, a artilharia é, essencialmente, uma arma de sítio ou uma arma
naval.
Os três tipos tradicionais de bocas de fogo de artilharia são as peças, os obuses e os morteiros.
Além das tradicionais bocas de fogo, a artilharia moderna também emprega foguetes e mísseis.
Obus austro-húngaro de 15 cm Skoda, modelo de 1914

.
Peça-obus britânica de 105 mm M119

.
Míssil anti navio norte-americano AGM-84 Harpoon

.
Peças de artilharia
As peças puras caracterizam-se por terem um alcance superior, por
permitirem uma elevação máxima bastante inferior a 45º, por terem uma
elevada velocidade de saída do projétil (o que implica um tubo
relativamente comprido) e por usarem uma única carga propulsora.
De observar que, como sinónimo de "peça", é usado muitas vezes o
termo "canhão", ainda que, modernamente só se o use para designar
algumas bocas de fogo automáticas de pequeno calibre.
Os obuses modernos têm tubos mais compridos e velocidades de saída
maiores que as peças usadas até à primeira metade do século XX.
Devido à sua capacidade de uso de múltiplas cargas propulsoras, a sua
munição é, frequentemente separada em vários elementos, com o projétil
a ser carregado separadamente das cargas.
Morteiros
Os morteiros são bocas de fogo de cano curto que disparam,
normalmente, com uma elevação superior a 45º.
Até ao início do século XX, o morteiro era uma boca de fogo
pesada, de grande calibre, com um tubo curto e com os munhões
colocados junto à culatra, o que lhe permitia elevações máximas
de tiro ainda superiores às dos obuses da época. Sendo armas
muito pesadas e de difícil movimentação, eram utilizados
sobretudo em operações de sítio, tanto do lado dos sitiantes como
dos sitiados.
Foguetes
Os foguetes são uma das novas armas empregues pela artilharia,
consistindo em projeteis explosivos autopropulsados, normalmente
disparados em salvas a partir de sistemas de lançamento múltiplo.
O uso de foguetes como armas de artilharia tem origem na China medieval,
expandindo-se, depois pelo Oriente. Os foguetes chineses eram uma espécie
de flechas de fogo, disparadas a partir de sistemas de lançamento múltiplo
que causavam, essencialmente, um efeito psicológico.
Mísseis
O míssil é um aperfeiçoamento do foguete, distinguindo-se deste,
essencialmente por poder ser guiado durante a sua trajetória de voo, o que
permite a correção desta já depois do lançamento.
Munições de Artilharia

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