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ARTILHARIA NAVAL

MESTRE: RODRIGUES FAUSTINO


PROBLEMA DE PARTIDA
A NECESSIDADE DE COMPRENDER AS CAUSAS DOS
MOVIMENTOS DOS PROJECTEIS
OBJECTIVOS INSTRUTIVO E EDUCATIVO

INSTRUTIVO

Entender os motivos das causas dos movimentos dos projecteis


dentro do cano da peça de artilharia.

EDUCATIVO

Sentir a necessidade de entender os motivos das causas dos


movimentos dos projecteis dentro do cano da peça de artilharia.
INTRODUÇAO A BALISTICA INTERNA

 Generalidades
 Curvas de pressões e curvas de velocidade. Apresentação dos pontos
sensíveis de pressão e velocidade.
 Aplicação prática dos estudos de balística interna
Balística – é a ciência que estuda o movimento
do projéctil. Uma vez que o movimento do projéctil
se efectua dentro do cano e fora deste, a balística
divide-se em interna e externa.
A balística interna estuda o movimento do
projéctil no canal (interior) do cano da arma sob a
acção da pressão dos gases da pólvora.
A balística externa estuda o movimento do
projéctil depois deste abandonar o interior do cano.
CURVAS DE PRESSÕES E CURVAS DE VELOCIDADE.
APRESENTAÇÃO DOS PONTOS SENSÍVEIS DE PRESSÃO E
VELOCIDADE.
O disparo duma arma processa-se em centésimos e
até milésimos de segundo e, durante este processo, no canal do
cano desenvolvem-se elevadíssimas temperaturas (até 3000 0C ou
mais) e pressões extraordinárias que chegam a alcançar milhares
de quilos por centímetro quadrado. Considerando (observando) o
fenómeno do disparo, diferenciam-se em cincos (5) períodos
fundamentais:
Período Preliminar – desde o momento da incendiacão da carga (pólvora) até o
inicio da deslocação do projéctil;

Período de Aceleração – desde o momento do inicio da deslocação do projéctil até o


seu total recorte nas estrias do interior do cano.

Período Pirodinâmico - desde o momento do total recorte do projéctil nas estrias do


cano até o fim da combustão da pólvora.

Período Termodinâmico – desde o fim da combustão da pólvora até a saída do


projéctil do interior do cano.

Período do Efeito Posterior – desde o momento da saída do projéctil do canal do


cano até ao fim da expansão dos gases da pólvora na boca do cano.
APLICAÇÃO PRÁTICA DOS ESTUDOS DE
BALÍSTICA INTERNA
Tão logo que fizemos o disparo, efectua-se o fim do recorte das
cintas condutoras nas estrias do interior do cano. A pressão que
garante este processo chama-se pressão de aceleração e constitui
200-500 Kg/cm2. Com o inicio da deslocação do projéctil,
inicia-se o terceiro período do disparo. A pressão dos gases da
pólvora continua a subir vertiginosamente, atingindo no ponto B
o seu valor máximo; nisso a velocidade do projéctil também
aumenta, aumentando o espaço vazio atrás deste, a pressão dos
gases da pólvora começa a diminuir
Contudo, a força de expulsão do projéctil é maior do que a
força de frenagem (travagem), razão pela qual a velocidade
do projéctil continua a aumentar. Com o fim da combustão da
carga (pólvora) termina o terceiro período e inicia-se o quarto
período do disparo
Os gases continuam a expandir-se, a sua pressão decresce,
mas continua suficientemente grande para garantir o
subsequente aumento da velocidade do projéctil. Com a saída
do projéctil na boca do cano (ponto C) inicia-se o período do
efeito posterior ou efeito residual. Sob a acção dos gases
possuidores de pressão ∂ com a força de expansão na boca do
cano, a velocidade do projéctil continua a crescer.
No fim do período do efeito posterior, o projéctil possui uma
velocidade maior, ligeiramente diferente daquela que possuía
no momento da saída na boca do cano. A esta velocidade
chama-se velocidade inicial do projéctil e designa-se por V º
Por sua vez, o carácter do gráfico da pressão dos gases da
pólvora define uma série de importantíssimas características
construtivas das peças de artilharia. Todos estes factores são
estudados, analisados e determinados pela balística interna.

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