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Combate a Incêndios
e Explosões
Tipos de Explosões
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Tipos de Explosões
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Unidade: Tipos de Explosões
Introdução ao Tema
Nesta unidade, falaremos sobre explosões e a diversidade de eventos que a elas estão
relacionados. Quando falamos de explosões, estamos tratando de situações acidentais
e intencionais.
Situações acidentais são aquelas que acontecem ao acaso, sem serem premeditadas,
como, por exemplo, quando uma bexiga de aniversário encosta-se a uma superfície aquecida
e estoura, ou até mesmo quando encosta-se a um prego ou alfinete. Podemos também
exemplificar com a roda de uma bicicleta, que ao encostar-se a um prego estoura, ou em
grande escala com um reator químico que por conta de uma reação que perdeu o controle
estoura e caldeiras que explodiram. Além disso, as explosões podem ser consideradas
químicas, físicas, nucleares e elétricas.
As explosões podem ter pequenos e grandes portes, isso dependerá das características
do que explodiu, independentemente de serem acidentais ou intencionais. Também pode se
mensurar esse tamanho considerando-se se o ambiente é fechado ou aberto e se tem também
instalações próximas, que podem conter substâncias químicas que podem não agravar a
explosão. Essas explosões são químicas e podem ser homogêneas e heterogêneas.
Uma das principais medidas a se tomar quando falamos de explosões é tentar minimizar
as fontes de calor, controlar a presença de oxigênio de um ambiente e também a retirada de
partículas de materiais no ambiente.
Um BLEVE (Boiling Liquid Expanding) é uma expansão explosiva do vapor. Esse fenômeno
é estudado em todo mundo. Em ocorrências de BLEVE, existem elementos comuns que estão
presentes nos cenários em que ocorrem.
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As explosões de pó se produzem frequentemente em série; muitas vezes
a deflagração inicial é muito pequena em quantidade, porém de suficiente
intensidade para colocar o pó das cercanias em suspensão, ou romper peças
de máquinas ou instalações dentro do edifício, como os coletores de pó, com
o que se cria uma nuvem maior através do qual pode se propagar explosões
secundárias. Não é raro produzir-se uma série de explosões que se propaguem
de um edifício a outro. (SÁ, 2010, p. 6)
2 Mortos e 5 Feridos
Em Assis Chateaubriand (PR) ocorreu uma explosão em um túnel onde era feita a expedição
de grãos. A explosão pode ter sido causada pela poeira em suspensão (Junior, 2008).
2 Mortos e 6 Feridos
Houve uma explosão seguida de incêndio na Mills. Segundo o relatório apresentado pelo
OSHA, a explosão ocorreu por conta do pó das fibras de nylon (Spencer 2009).
Tipos de explosões
Há uma ampla gama de eventos relacionados a explosões. A prenúncia de ocorrências
desse gênero é muito variada, envolvendo situações acidentais e intencionais.
Como acidentais, podemos dar o exemplo do caso de uma bexiga em uma festa comemorativa
que estoura encostando-se a uma superfície aquecida ou encostando-se a um alfinete.
Como eventos intencionais, temos, por exemplo, a remoção, utilizando-se explosivos, de
toneladas de material em uma frente de lavra de minério de ferro, ou a transformação de
energia química em mecânica dentro do cilindro de um motor a explosão, ou a demolição de
uma estrutura ou prédio utilizando-se de cargas explosivas, ou ainda a explosão de uma bomba
para extinguir um incêndio em um poço de petróleo. Percebemos, então, que, ao contrário do
que se supõe popularmente, a explosão por si não deve ser classificada como algo indesejável
ou ruim, podendo sim ser uma ocorrência desejável.
Explosões podem ser definidas como eventos onde há uma repentina liberação de energia,
que se efetiva em um aumento de pressão diretamente ligada à liberação de gases e que pode,
vez ou outra, ser seguida de emissão de calor. Assim sendo, podemos dizer com precisão que
em todas as explosões há um aumento repentino de pressão e que há explosões nas quais não
ocorre a liberação de calor.
Quando ocorre o aumento repentino de pressão, pode haver ou não a projeção de materiais,
como no caso da explosão da frente de lavra ou da que ocorre dentro do cilindro de um motor.
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Unidade: Tipos de Explosões
Tipos de explosões
As explosões podem ser divididas em físicas, químicas, nucleares e elétricas. Essas duas
últimas, devido aos conhecimentos específicos necessários, não serão discutidas neste texto.
Os efeitos de uma explosão variam enormemente com as características do que explodiu,
suas características intrínsecas e quantidades envolvidas, o que é verdadeiro tanto para
eventos acidentais quanto intencionais, se o ambiente é aberto ou fechado e da existência e
características de instalações próximas.
Por exemplo, um botijão de gás cuja explosão ocorra em um campo aberto provavelmente
produzirá efeitos menos danosos do que se o mesmo botijão explodir dentro de uma instalação
de envasamento e armazenamento de gás liquefeito de petróleo. Da mesma maneira, se essa
instalação for vizinha a uma região densamente habitada, os efeitos da explosão poderão ser
ainda mais nefastos.
No caso dos eventos acidentais e de ocorrências não planejadas nos eventos intencionais, os
efeitos poderão ser materiais, com danos a instalações e equipamentos; ambientais, gerando
danos ambientais, com reflexos nos ecossistemas; além da possibilidade de ocorrências de
incêndios e das consequências sobre seres humanos, com feridos e mortos.
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A resistência mecânica poderá diminuir ou ser menor do que necessária devido a
diversos fatores.
A diminuição da resistência mecânica pode se dever:
··a um erro de projeto, seja no dimensionamento ou na especificação de materiais;
··à diminuição de espessura, decorrente de corrosão; ou
··ao impacto, como a queda ou colisão do tanque contra alguma superfície ou de alguma
ferramenta, equipamento, veículo ou material contra o tanque.
A diminuição da resistência do reservatório poderá se dever também a exposição do tanque
a uma fonte de calor concentrado, como a chama de maçarico, uma operação de solda
ou o uso de uma lixadeira, ou ainda a fragilização, o que ocorre quando o aço é exposto a
temperaturas negativas.
Explosões físicas também ocorrem nas chamadas vaporizações brutais.
Nesse caso, um líquido entra em contato com outro, sendo que o segundo tem densidade
menor e se encontra a uma temperatura superior à de ebulição do primeiro líquido.
Caso o primeiro seja despejado sobre o segundo, o que ocorreria, por exemplo, no caso
de um tanque aberto que contivesse um líquido em chamas e no qual se tentasse controlar o
fogo com a utilização de água, proveniente de um balde ou de uma mangueira, o líquido de
maior densidade, nesse caso a água, afundaria e, pelo fato da temperatura ser superior à sua
de ebulição, vaporizaria instantaneamente.
Como o vapor d’água ocupa um volume 1700 vezes superior ao equivalente em massa
de água líquida, ao ocorrer a vaporização o vapor emerge do interior do tanque de forma
explosiva, arrastando parte do líquido em chamas, podendo atingir pessoas, instalações e o
meio ambiente a distâncias consideráveis, tanto horizontal quanto verticalmente, do local da
ocorrência inicial.
Outro tipo de vaporização brutal é a explosão decorrente da expansão de vapor de líquidos
mantidos a temperaturas superiores às de ebulição nas condições do ambiente, o chamado
BLEVE, que veremos a seguir.
Há casos de explosões físicas decorrentes de má operação de equipamentos, como as
que podem ocorrer se a válvula de descarga de uma bomba de deslocamento positivo em
funcionamento for fechada.
Caso não exista nenhum dispositivo de proteção contra o fechamento da válvula ou de
limitação de pressão, esta última continuará subindo até que algo se rompa: talvez a tubulação,
ou uma válvula ou a própria bomba, sempre de forma explosiva, com lançamento de partes
do equipamento ou linha, além do material contido, com suas características intrínsecas
de temperatura, corrosividade e agressividade a pessoas, ao meio ambiente e a outros
equipamentos e instalações.
É importante frisar que os fenômenos descritos e suas eventuais consequências
catastróficas não são de maneira nenhuma restritos e exclusivos de ambientes industriais
ou situações que envolvam ambientes profissionais.
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Unidade: Tipos de Explosões
Basta citar os casos de aquecedores de água de acumulação de uso tanto comercial quanto
residencial que, ao explodirem, feriram e mataram pessoas, ou das inúmeras ocorrências de
explosões de panelas de pressão, com graves consequências em termos de ferimentos e lesões
permanentes dos envolvidos e seus parentes, inclusive crianças, quanto a danos de instalações
e equipamentos.
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O calor pode ser de fonte elétrica, química, mecânica ou solar.
Conforme citado, o calor, o comburente e o combustível devem se encontrar em proporções
adequadas.
A explosão só ocorrerá se a mistura entre comburente e combustível se encontrar dentro
da faixa de explosividade.
A faixa de explosividade ou de inflamabilidade é determinada por dois valores: o limite
inferior de explosividade ou de inflamabilidade e o limite superior de explosividade ou de
inflamabilidade (LSI e LSE).
Os dois limites anteriormente citados encontram-se respectivamente acima e abaixo
da relação estequiométrica, a condição na qual todas as moléculas de combustível têm
comburente suficiente para reagir.
Acima da proporção estequiométrica, quando houver mais combustível do que o
necessário, a mistura é dita rica. Quando o componente em excesso é o comburente, a
mistura é dita pobre.
Em proporções acima do limite superior de explosividade ou abaixo do limite inferior de
explosividade, a explosão não ocorre, respectivamente porque o comburente disponível não é
suficiente ou o combustível disponível não é suficiente.
Há fatores que influenciam e alteram os limites de explosividade e que, portanto, podem
ampliar ou restringir a amplitude da faixa de explosividade.
A concentração de oxigênio, por exemplo, à medida que aumenta, desloca o limite superior
de explosividade e amplia a faixa de explosividade. A pressão atmosférica, por sua vez, poderá
aumentar ou diminuir o limite superior de explosividade.
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6 - impedir a presença de condições favoráveis à reação, como no caso de luz em
reações fotoquímicas.
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Gás t1 T0<T1
Líquido T1<Teb
Gás
t0 T0
Líquido
A bola de fogo, por sua vez, poderá provocar outros incêndios e eventualmente contribuir
para a ocorrência de novos BLEVE’s em tanques e recipientes vizinhos, configurando um
cenário verdadeiramente catastrófico.
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Fireball
Material inflamável
É importante observar, no entanto, que BLEVE’s podem ocorrer tanto com materiais
inflamáveis quanto com materiais não inflamáveis. Materiais não inflamáveis como cloro, ou
inflamáveis como GLP, estireno ou cloreto de vinila.
Um dos acidentes mais conhecidos relacionados a BLEVE’s foi a explosão de um depósito
de botijões de GLP, na Cidade do México em 1984.
Após um início de incêndio na instalação, botijões superaquecidos explodiram em sequência
na forma de BLEVE.
Essas explosões e o calor gerado, por sua vez, produziram novos BLEVE’s, produzindo
novas explosões, que terminaram por atingir e destruir residências vizinhas.
Terminadas as explosões e controlado o incêndio, constatou-se que 500 pessoas haviam
morrido, além da destruição das instalações e das casas vizinhas.
UVCE
Os cenários já foram retratados em filmes de ação: o vazamento de uma substância em
estado gasoso e que se espalha pelo ambiente.
A nuvem de gás se desloca pelo ambiente e a quantidade de material que vaza no ambiente
vai se tornando cada vez maior, até que ocorre o encontro da nuvem de gás uma fonte de
calor. Aí ocorre a explosão.
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O que significa um UVCE?
UVCE é a abreviatura das palavras inglesas Unconfined Vapour Cloud Explosion, ou,
em português, explosão de nuvem de vapor não confinada.
O material que dá origem a uma UVCE pode ser proveniente tanto do vazamento de um
gás ou vapor, quanto da vaporização de um material líquido volátil.
No caso do gás ou do vapor, a origem da liberação desses materiais pode se dever ao
excesso de pressurização do sistema ou à perda de controle de alguma reação química ou
parâmetro de processo (aumento excessivo de temperatura ou pressão, por exemplo) ou à
falta de estanqueidade de algum elemento do sistema.
A origem da liberação de gás ou vapor se deve a quais fenômenos?
··ao excesso de pressurização do sistema;
··à perda de controle de alguma reação química ou parâmetro de processo (aumento
excessivo de temperatura ou pressão, por exemplo);
··à falta de estanqueidade de algum elemento do sistema.
No que se refere aos elementos não estanques, podem ser citados:
1) equipamentos
··bombas;
··tanques;
··compressores;
··trocadores de calor, etc.;
2) tubulações
··flanges mal apertadas;
··juntas deterioradas;
··corrosão em soldas ou tubulações, etc.;
3) equipamentos de segurança (válvulas de segurança e seus componentes);
4) componentes de controle do processo, como, entre outros:
··vazamentos em válvulas e conexões;
··vazamentos em pontos de instrumentação (manômetros e termômetros);
··fechamento incorreto de pontos de amostragem.
Para que a explosão ocorra, é necessário que a nuvem se encontre dentro da faixa de
explosividade, além da existência de uma fonte de calor com energia suficiente para desencadear
a reação explosiva, entre combustível e comburente.
Misturas muito ricas ou excessivamente pobres não explodem, devido, respectivamente,
ao excesso de combustível e ao excesso de comburente.
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Como ilustração, será descrito um dos casos mais conhecidos de UVCE, que ocorreu em
Flixborough, na Inglaterra, em 1974.
Naquela oportunidade, ocorreu um vazamento de ciclohexano.
O material é altamente inflamável e explosivo.
O ciclohexano que vazou formou uma nuvem.
Essa nuvem se deslocou por algumas centenas de metros pelas instalações até que encontrou
uma fonte de calor com energia suficiente para que a explosão ocorresse.
A instalação industrial foi completamente destruída e 28 pessoas faleceram.
Foram necessários 10 dias para que o incêndio resultante pudesse ser controlado.
Os danos se estenderam a cerca de 1800 imóveis, alguns dos quais localizados a 1500 metros
do local do vazamento.
Estimativas feitas após o acidente indicaram que o diâmetro da nuvem formada era de
aproximadamente 150 metros e que correspondia a cerca de 40 toneladas de gás.
O vazamento ocorreu em função do rompimento de uma tubulação, que havia sido
incorretamente montada.
O acidente ocorreu num sábado, dia no qual a instalação contava com efetivo reduzido.
Estimou-se que o número de mortos poderia ter sido muito maior (cerca de 500 pessoas) caso
o rompimento da tubulação tivesse ocorrido durante um dia de semana.
Pela magnitude das consequências citadas, o acidente de Flixborough é tido como um
marco no estudo dos chamados acidentes industriais ampliados.
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Unidade: Tipos de Explosões
Pó x poeira
Um material que seja suficientemente triturado, moído, ralado, lixado ou cortado tende a se
transformar em um pó.
Como ordem de grandeza, pós têm dimensões inferiores a 500μm. Segundo a Associação
Nacional de Proteção contra Incêndios dos Estados Unidos (NFPA), pós têm dimensão inferior
a 420 μm.
Um pó é, portanto, do ponto de vista químico, o mesmo material do sólido que o gerou.
Assim, pode-se a partir de um pedaço de madeira que pese 1 Kgf produzir 1 Kgf de pó de
madeira, por exemplo, a partir do lixamento ou da trituração da peça original.
É importante ressaltar que o pedaço original de madeira não tem a capacidade de explodir.
O pó pode ser acondicionado dentro de um recipiente e ocupará um volume correspondente.
A poeira, por sua vez, é o pó em suspensão em um ambiente.
O volume ocupado pela poeira varia de acordo as dimensões do ambiente, com a geometria
e existência de obstáculos, além da quantidade de pó originalmente existente no material e da
turbulência existente no ambiente.
A composição química da poeira não será necessariamente a do material que gerou o pó,
pois dependerá de gases e outros materiais que poderão estar presentes no ambiente.
A capacidade de um material reagir quando na forma de uma poeira é extraordinariamente
maior do que a do material que gerou o pó. Isso se explica pelo aumento exponencial das superfícies
existentes para que o material reaja. A relação entre área e massa é a superfície específica.
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Caso os quatro sólidos sejam divididos pela metade, teremos como área total
8*(2*l²² + 4*l*l/8)= 20*l² e a superfície específica será 20*l²²/M.
Nessas quatro situações, observa-se o aumento da superfície específica à medida que o
material é fracionado.
A partir do momento em que a ”superfície específica” aumenta, a possibilidade de partículas
de um material entrar em contato com o oxigênio também aumenta.
Com esse material estando em suspensão, o contato será altamente possível e muito
intrínseco. Entenda-se por intrínseco, nesse caso, o fato de cada partícula do material estar
envolta por ar e o fato do ar estar intervalado entre todas as partículas do material.
Se a concentração do material estiver dentro da faixa de explosividade e tendo uma fonte
de calor com energia que seja capaz de começar, teremos uma probabilidade considerável de
uma explosão.
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Unidade: Tipos de Explosões
Ar
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Ambiente sujo 5
Aumento na concentração e turbulência
Explosão Primária
Ambiente sujo 4
Temperatura de ignição
Ambiente sujo 3
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Ambiente sujo 2
Ambiente sujo 1
Ambiente sujo 6
Explosão Secundária
Estudos realizados nos Estados Unidos indicaram que em cerca de 33% dos acidentes
envolvendo poeiras, a fonte de calor foi de origem mecânica, e 12% de situações que
envolvessem chama aberta (soldagem, oxicorte, etc).
É importante salientar, no caso dos trabalhos envolvendo chamas abertas, que
provavelmente uma parte dos envolvidos desconhecia (ou esqueceu) as características
potencialmente explosivas do ambiente no qual realizariam suas tarefas.
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Dados de estudos alemães de 2004 indicavam em média a ocorrência de uma explosão de
poeiras por dia, ocorrendo em 25% dos casos em indústrias de alimentos e de rações.
Classes de explosões de pó
A classificação das intensidades das explosões se dá baseada na chamada lei cúbica.
A lei cúbica indica que, de acordo com o material, há uma relação entre a velocidade de
aumento da pressão e a raiz cúbica do volume no qual a explosão ocorre e essa relação é
uma constante.
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Unidade: Tipos de Explosões
Material
Para que a explosão ocorra, o material deverá ser explosivo, além de encontrar-se em
dimensões apropriadas.
Materiais diferentes, mesmo que explosivos, têm comportamentos distintos relacionados
às explosões, seja no que tange à concentração, à energia mínima para ignição, ou pela
energia liberada (caracterizada simultaneamente pela máxima pressão gerada e pela máxima
velocidade de aumento de pressão).
O comportamento do material é influenciado, por sua vez, pelo teor de umidade do mesmo
e pela presença de materiais inertes (quanto maior a umidade ou a presença de materiais
inertes, mantidas as demais características, menor a probabilidade de explosão).
De uma maneira geral, quanto mais finamente particulado o material estiver, maior será a
probabilidade de que venha a explodir, e caso venha a explodir, maiores serão os danos quanto
menor for o tamanho das partículas, pela facilidade com que a explosão irá se propagar ao
longo do material e do ambiente.
Concentração no ambiente
Quanto maiores forem as concentrações do material no ambiente, maior a probabilidade de
que a faixa de explosividade venha a ser atingida.
O limite inferior de explosividade é experimentalmente determinado e utilizado como valor
de referência, observando-se que pequenas alterações no ambiente, por exemplo a turbulência,
mantidas as demais constantes, podem reduzi-lo substancialmente.
Deve-se observar que, apesar de existir um limite superior de explosividade para cada
material, este é experimentalmente determinado e não é de frequente aplicação prática, pelo
que se apresenta a seguir.
Devido às características construtivas e arquitetônicas dos ambientes, estas podem influenciar
e modificar outros parâmetros envolvidos, como a dispersão e a turbulência.
Quanto maior for a turbulência no ambiente, mais perfeita e íntima é a mistura do material
particulado com a atmosfera existente.
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A existência de obstáculos pode favorecer tanto a dispersão quanto o aumento da turbulência.
A presença de gases inflamáveis, por sua vez, pode alterar radicalmente a probabilidade de
ocorrência de explosão e do comportamento e desenvolvimento da reação explosiva em si.
Dispersão no ambiente
A dispersão se refere à maneira como o ambiente se “espalha” pelo ambiente.
Quanto mais disperso o material estiver no ambiente, maior é a probabilidade de que a
explosão se propague ao longo do material em suspensão e ao longo do ambiente.
Concentração de O2
Quanto maior for o teor de oxigênio no ambiente, menor o limite inferior de explosividade
e melhores e mais prováveis são as condições para que o material venha a explodir e que a
explosão se propague pelo material em suspensão.
Calor
Quanto maior for a energia da fonte de calor, maior a probabilidade de ocorrência de
explosão.
É importante observar que, para um determinado conjunto de parâmetros existentes no
ambiente, se a energia for inferior a um certo valor, a explosão não ocorrerá.
Por analogia com o “triângulo do fogo”, o conjunto dos cinco componentes acima é
conhecido como o “pentágono das explosões”.
Ignição
Oxigênio Poeira
combustível
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Unidade: Tipos de Explosões
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Material Complementar
Perguntas Frequentes
Como ocorre uma UVCE (expansão explosão de nuvem de vapor não confinada)?
R: Ocorre o vazamento de uma substância em estado gasoso ou vapor proveniente de um
material líquido volátil e que se espalha pelo ambiente. A nuvem de gás se desloca pelo
ambiente e a quantidade de material que vaza no ambiente vai se tornando cada vez maior, até
que ocorre o encontro da nuvem de gás com uma fonte de calor. Aí ocorre a explosão.
Vídeos:
ANDUTAM. Explosão de gás em fábrica. IT-27 - Corpo de Bombeiros.
https://www.youtube.com/watch?v=TnoGGRDRpDU
RED BUTTON STUDIO. Mexico rafinery first & second explosions - slow motion (Reynosa, Tamaulipas, Dec. 2012)
https://www.youtube.com/watch?v=KBF0LMxHuo4
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Unidade: Tipos de Explosões
Leituras:
WEG. Atmosferas explosivas
http://goo.gl/VPKB4I
SILVA, Janaína de Andrade. Modelagem CFD de explosões de pós em silos. Lavras: UFLA, 2012. Dissertação de mestrado.
Orientador: Francisco Carlos Gomes.
http://goo.gl/xhLRsy
PINHASI, G. A.; DAHAN, Y.; DAYAN, A.; ULLMANN, A. BLEVE - Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion: simulation and risk
analysis. Ariel University Center of Samaria. Tel Aviv, 2010
https://goo.gl/g11qN3
JORDÃO, Dácio de Miranda. Curso de formação de operadores de refinaria: prevenção contra explosões e outros riscos. / Dácio
de Miranda Jordão, Luciano Rubim Franco. – Curitiba: PETROBRAS: UnicemP, 2002
http://goo.gl/TzRIHt
ELATABANI, Enar Gasim Motwali. Boiling Liquid Expanded Vapor Explosion (BLEVE) of petroleum storage and transportation
facilities. Case Study: Khartoum State. Thesis submitted to the Sudan Academy Of Science in partial fulfillment of requirements
for master degree in Cleaner Production. Supervisor: D. Kamal Eldin Eltayb Yassin. 2010.
http://goo.gl/sm43Oh
Sites:
SOBERANIA. Amuay: unconfined vapor cloud explosion (UVCE)
http://www.soberania.org/Articulos/articulo_7636.htm
30
Referências
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hsw.uol.com.br/explosao-de-acucar1.htm>. Acesso em: 19 abr. 2016.
SÁ, Ary de. Prevenção e controle dos riscos com poeiras explosivas. Disponível em:
<http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/poeiras-explosivas.pdf>. Acesso em: 19
abr. 2016.
SÁ, Ary de. Prevenção e controle dos riscos com poeiras explosivas R4. Disponível
em: <http://www.ares.org.br/uploads/pdf/explosoes_com_poeiras.pdf>. Acesso em: 19 abr.
2016.
RANGEL JÚNIOR, Estellito. Os Pós: Lobo em Pele de Cordeiro. O Setor Elétrico, São
Paulo, p.63-132, jun. 2008.
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Unidade: Tipos de Explosões
Anotações
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