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RECICLAGEM - INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Instrutor: Fabiano Boacina
INTRODUÇÃO
ATMOSFERA EXPLOSIVA

A presença de equipamentos elétricos em áreas com atmosferas explosivas DustExplosi


constituem uma das principais fontes de ignição dessas atmosferas, quer pelo on.avi
centelhamento normal como na abertura e fechamento de contatos, como
devido à temperatura elevada atingida pelo mesmo em operação normal ou
em falhas.
O presente treinamento apresenta uma visão resumida da classificação de
áreas segundo as normas IEC/ABNT, apresentando também, vários detalhes
citados nas normas e que devem ser observados quando da instalação de
equipamentos elétricos, cabos e acessórios em locais de atmosfera explosiva. GasExplo
sion.avi
OBJETIVOS DO CURSO

•CAPACITAR O ALUNO A INTERPRETAR DESENHOS DE CLASSIFICAÇÃO DE


ÁREAS;
•CAPACITAR O ALUNO A IDENTIFICAR E APLICAR CORRETAMENTE OS
EQUIPAMENTOS Ex;
•DESPERTAR NO ALUNO A PERCEPÇÃO DOS RISCOS INERENTES AOS
TRABALHOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS.
APLICAÇÃO
Este treinamento abrange: Tank Battery Explosion Texas 2009.mp4

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O QUE É UMA ATMOSFERA
EXPLOSIVA?
Para efeitos deste treinamento, seguiremos as definições da
ABNT NBR IEC 60079, como sendo:

ATMOSFERA EXPLOSIVA - Mistura com o ar, sob condições


atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor,
névoa ou poeira, na qual após a ignição, a combustão se propaga
através da mistura não consumida.

Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou


pó no ar é tal que uma faísca proveniente de um circuito elétrico
ou do aquecimento de um aparelho provoca a explosão. Quais
condições é preciso reunir para que se produza uma explosão?
Para produzir uma explosão, três elementos são necessários:
Wood Dust Explosion.mp4
PRÉ REQUISITOS PARA FORMAR UMA
ATMOSFERA EXPLOSIVA

Observa-se que o oxigênio


do ar estando sempre
presente, falta reunir dois
elementos para que se
produza uma explosão. É
preciso saber que uma faísca
ou chama não é
indispensável para que se
produza uma explosão. Um
aparelho pode, por elevação
de temperatura em sua
superfície, atingir o ponto de
inflamação do gás e provocar
a explosão.
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ONDE PODE EXISTIR UMA ATMOSFERA
EXPLOSIVA?
Que tipos de produtos podem produzir uma explosão?
Os produtos de risco são classificados pela ABNT (NBR-5363/98) em 4 grupos: I, IIA,
IIB, IIC:
• Gás de aquecimento.
• Hidrocarbonetos.
• Solvente de cola e de adesivos.
• Solvente e diluentes para pinturas.
• Verniz e resinas.
• Aditivos de fabricação dos produtos farmacêuticos, dos colorantes, dos sabores e
perfumes artificiais.
• Agentes de fabricação dos materiais plásticos, borracha, tecidos artificiais e
produtos químicos de limpeza.
• Elementos de tratamento e fabricação dos álcools e derivados.
Aonde pode se formar uma atmosfera explosiva?
“Todos os locais onde são fabricados, estocados e transformados os produtos
acima citados, estão pré- dispostos a conter uma atmosfera explosiva.”PEMEX - Oil
Refinery - Explosion de gas en Reynosa, Tamaulipas - 30 dead - 41 injured (09- 6
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201.mp4
O QUE SÃO OS LIMITES DE
INFLAMABILIDADE?

O que é Limite de Inflamabilidade?

É a relação volumétrica entre a substância inflamável e o oxigenio,


capaz de formar uma mistura explosiva.

• Limite inferior de inflamabilidade – LEL (LII)


É a concentração mínima, acima da qual a mistura explosiva pode
inflamar.

• Limite superior de inflamabilidade – UEL (LSI)


É a concentração máxima, abaixo da qual a mistura explosiva pode
inflamar.

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O QUE OS LIMITES DE
INFLAMABILIDADE REPRESENTAM?

As concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade LEL


(Lower Explosive Limit) não ocorre mais a explosão pois a
mistura está muito pobre, ou seja, muito oxigênio para pouco
combustível.

Analogamente quando a concentração aumenta muito,


acima do limite máximo de explosividade UEL (Upper Explosive
Limit), também não ocorre mais a explosão devido ao excesso
de combustível, mistura muito rica.

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ENTÃO, QUANDO OCORRE A
PRESENÇA DA ATMOSFERA
EXPLOSIVA?
Quando a mistura de ar-combustível estiver entre o Limite Inferior
de Inflamabilidade e o Limite Superior de Inflamabilidade.

Dentro desta faixa, existe um ponto que requer menor


concentração de energia para provocar a detonação, é chamado
de MIE (Minimum Ignition Energie), sendo também o ponto onde a
explosão desenvolve maior pressão, ou seja a explosão é maior.

Fora do ponto de menor energia MIE, a mistura necessita de


maiores quantidades de energia para provocar a ignição, ou seja:
a energia de ignição é função da concentração da mistura.
RELAÇÃO ENTRE A ENERGIA DE
IGNIÇÃO E OS LIMITES DE
INFLAMABILIDADE
A figura abaixo compara a curva do Hidrogênio com o Propano, ilustrando a
energia da fonte de ignição, que efetivamente provoca a detonação em função da
concentração de mistura, ou seja, da quantidade de combustível em relação a
quantidade de ar.

Filme {Ex}
7 - Ignição
de mistura
explosiva
devido a
eletricidad
e estática
de
vestimenta
.mpg
ENTÃO BASTA HAVER CENTELHAMENTO PARA
GERAR UMA IGNIÇÃO EM UTMOSFERA
EXPLOSIVA?

Não, necessariamente. A partir do momento


que existe uma elevação de temperatura
acima do valor do Ponto de Fulgor (Flash
Point) do produto inflamável, existe uma
liberação de vapor suficiente para tornar a
mistura explosiva.
Caso exista uma elevação de temperatura
de algum material, acima da Temperatura
de AUTO INFLAMAÇÃO, a mistura se
inflama.
EXEMPLOS DE ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS ABORDADAS EM
SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS
ENTÃO O QUE É UMA ÁREA
CLASSIFICADA?
As áreas que possuem uma atmosfera explosiva, ou potencialmente
explosivas, podem ser classificadas de diferentes maneiras, segundo o risco
de explosão. A partir deste preceito, foi feito um estudo afim de classificar
cada área segundo o risco inerente, avaliando diversos aspectos.
Na classificação de área observa-se principalmente:
• Qual ou quais substâncias inflamáveis poderão estar presentes
(gás, vapor ou poeira combustível, etc).
• Análise das características das substâncias, como por exemplo:
limite de inflamabilidade, ponto de fulgor, temperatura de
auto inflamação etc.
• Análise das instalações e dos equipamentos de processos da
área, etc.
Nota: uma vez que a área foi classificada, surgem os níveis de risco
presente na atmosfera, que são denominadas zonas.
As áreas com as possibilidades ou presença de gás ou vapor, são
classificadas em zona 0, zona 1 ou zona 2.
As áreas com as possibilidades ou presença de poeira combustível,
são classificadas em zona 20, zona 21 ou zona 22.
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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS POR
NÍVEIS DE RISCO

A NBR IEC 60079-10


determina o nível de
risco presente em
atmosferas explosivas
contendo gases e
vapores.
I
Enquanto que, a NBR
IEC 61241/2004,
determina que a
classificação das
poeiras combustíveis,
da maneira ao lado.

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DEFINIÇÕES DAS CLASSIFICAÇÕES
DE ÁREAS
A classificação de áreas é um método de análise e classificação de do
ambiente onde possa ocorrer uma atmosfera explosiva, de modo a facilitar
a seleção adequada e instalação de equipamentos a serem usados com
segurança em tais ambientes, levando em conta os rupos de inflamáveis,
assim como as respectivas classes de temperatura.
Para avaliar um ambiente, se faz necessário conhecer algumas definições:

• ZONA 0 - Área na qual uma atmosfera explosiva consite em uma misura


com ar e substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa
continuamente presente, ou por longos períodos ou frequentemente;
• ZONA 1 - Área na qual uma atmosfera explosiva conssite em uma misura
com ar e substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa pode
ocorrer ocasionalmente em condições normais de operação;
• ZONA 2 - Área na qual uma atmosfera explosiva conssite em uma misura
com ar e substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa, que
não é previsto ocorrer, mas se ocorrer, irá persistir somente por um
curto período de tempo.
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DEFINIÇÕES DOS GRAUS DE RISCO
FONTE DE RISCO DE GRAU CONTÍNUO - Uma liberação que é
contínua ou qe espera-se que ocorra frequentemente ou por longos
períodos. Exemplo: Interior de tanque contendo inflamável,
separador de água/óleo;

FONTE DE RISCO DE GRAU PRIMÁRIO - Uma liberação que espera-se


que ocorra periodicamemte ou ocasionalemente. Exemplos: Selos
de bombas, válvulas, respiros e demais itens que podem ser
liberados durante peração nomal.

FONTE DE RISCO DE GRAU SECUNDÁRIO - Uma liberação que não se


espera que ocorra em operação normal e, se ocorrer, é pouco
frequente e por curtos períodos. Exemplos: Válvulas, selos,
aberturas onde não é previsto ocorrer liberação de material
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inflamável durante condições normais.
DEFINIÇÕES DOS GRAUS DE RISCO

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APLICANDO OS CONCEITOS DE
GRAUS E ZONAS DE RISCO

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DEFINIÇÕES DOS GRAUS DE RISCO -
POEIRA COMBUSTÍVEL

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DEFINIÇÕES DOS GRAUS DE RISCO -
POEIRA COMBUSTÍVEL

Dust
Explosion at
Imperial
Sugar Facility
- USA
(2008).mp4

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RESUMO DAS CLASSIFICAÇÕES DE
ÁREA

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RESUMO DAS CLASSIFICAÇÕES DE
ÁREA

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

CAD 3D Ex_27-03-2008.avi

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CLASSIFICAÇÕES DOS GASES

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CLASSIFICAÇÕES DE TEMPERATURA

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APLICANDO A CLASSIFICAÇÃO DE
GASES E TEMPERATURAS

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PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO
DE ÁREAS
O primeiro passo para definir as áreas classificadas, é identificar
as fontes de risco e determinar o seu grau. Determinado seu
grau, é necessário determinar a taxa deliberação e outros fatores
que podem determinar o tipo e extensão da zona, por exemplo, a
ventilação.
Lembrando que a extensão da zona é principalmente afetada
pelos parâmetros químicos e físicos, alguns dos quais são
propriedades intrínsecas do material inflamável. Podemos citar a
Taxa de liberação do gás ou vapor, esta por sua vez influenciada
pela geometria da fonte de risco, velocidade de liberação,
concentração, temperatura e volatibilidade do líquido inflamável.
O Limite Inferior de Inflamabilidade e a ventilação tendem a
influenciar na extensão da zona, enquanto um valor menor de LII
tende gerar uma maior extensão da zona, a ventilação pode até
mesmo gerar uma descaracterização de uma área classificada.
A ventilação, por sua importância será abordada mais
detalhadamente posteriormente.
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PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO
DE ÁREAS

A Densidade relativa do gás ou vapor é um parâmetro de


classificação de área bastente importante, pois, caso seja
identificado que o gás ou vapor inflamável presente no
ambiene for, tiver uma densidade relativa abaixo de 0,8, este é
considerado mais leve que o ar, e consequentemente poderia
se concentrarpróximo ao teto, em áreas fechadas.
Enquanto que um gás ou vapor inflamável apresentar uma
densidade relativa superior a 1,2, este por sua vez é
considerado mais pesado que o ar, portanto tende a ficar mais
próximo do solo. Existem relatos de que gases mais densos,
não miscíveis com água, se acumularam em canaletas de água
e cobriram grandes extensões, atingindo áreas não
classificadas, e gerando com isso grandes incêndios.

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PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO
DE ÁREAS

As condições climáticas são fatores importantes a


serem considerados, pois velocidades do vento acima
de 0,5 m/s são consideradas apropriadas para diluir a
liberação de algum inflamável.
A topografia, pois assim como a densidade dos gases,
a condução de líquidos mais leves que a água também
podem gerar uma prolongação da área classificada.

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VENTILAÇÃO
A ventilação por sua importância, requer um abordagem particular, pois
influencia diretamente tanto na classificação da área, bem como na
determinação das zonas.

A ventilação natural, normamente aplicável aos ambientes externos é


suficiente para assegurar a dispersão de uma eventual atmosfera
explosiva em uma área. Em certos ambientes externos, também pode
ser efetiva.
Exemplos: Pipe Racks, parque de bombas, prédios abertos, e etc.

Ventilação Artificial, costumeiramente aplicada em ambientes internos,


consiste em um sistema efetivo e confiável. Muito embora requeira ser
controlado e monitorado constantemente. Sendo importante,
principalemente em casos de mudança de layout ou colocação de
impedimentos e obstáculos, podendo causar bloqueios ou mesmo
paralisação da movimentação do ar.
Devido a essas limitações, os resultados obtidos são aproximados,
devendo ser utilizados os fatores de segurança afim de prover a
margem nos resultados, para o lado da segurança.
Pode ser classificada como ventilação alta, média ou baixa.
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DISPONIBILIDADE DA VENTILAÇÃO
A disponibilidade de ventilação tem influência sobre a presença ou
formação de uma atmosfera explosiva.
Três níveis de disponibilidade de ventilação devem ser
considerados:

• Boa: a ventilação está presente de modo contínuo;

• Satisfatória: a ventilação é esperada estar presente sob


condições normais de operação. Descontinuidades são
admitidas, mas elas ocorrem esporadicamente e por curtos
períodos;

• Pobre: a ventilação não atende ao padrão de satisfatória ou boa,


mas não são esperadas descontinuidades que ocorram por
longos períodos.

A ventilação que nem sequer atende ao requisito de disponibilidade


pobre, não deve ser considerada contribuinte de ventilação da área.
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DISPONIBILIDADE DA VENTILAÇÃO

A ventilação natural, exemplo de ambientes abertos, deve ser baseada


na velocidade mínima assumida plo vento, de 0,5 m/s, o qual estará
presente de modo contínuo, deste modo pode ser considerada uma
ventilação boa.

Para a disponibilidade da ventilação artificial, devem ser consideradas


elementos como sopradores ou exaustores de reserva, partindo
automaticamente em caso de falhas; ou paradas no processo caso
exista falha na ventilação, nestas circunstâncias a ventilação artificial
pode assumir uma disponibilidade boa.

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GRAU DE VENTILAÇÃO

O grau de ventilação, é um resultante da vazão de ar hipotética para


reduzir a concentração de contaminantes e até mesmo evitar a
permanência da atmosfera explosiva.
Pode também influenciar, a delimitação da zona de extensão.

Primeiramente, deve-se conhecer a taxa de liberação de gás ou vapor da


substância inflamável.
A partir daí passa-se a calcular o volume hipotético de concentração de
gás, no qual o gás ou vapor inflamável misturado com o ar, se encontre
entre 0,25 a 0,5 o LII da substância inflamável.

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AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO
Ventilação alta (VA)
A ventilação pode ser considerada alta (VA) somente quando uma avaliação do
risco mostrar que é desprezível a extensão do prejuízo potencial devido ao
aumento súbito da temperatura e/ou pressão, como resultado da ignição de uma
atmosfera explosiva de gás de volume igual a Vz. A avaliação de risco deve
também levar em consideração os efeitos secundários (por exemplo, liberações
adicionais de materiais inflamáveis). As condições acima são aplicadas
normalmente quando Vz é menor do que 0,1 m3 ou menor que 1 % de V0,
o que for menor. Nesta situação, o volume da área classificada pode ser
considerado como sendo igual a Vz.

Ventilação baixa (VB)


A ventilação necessita ser considerada como baixa (VB) se Vz exceder Vo.
Ventilação baixa não ocorre, geralmente, em situações de ambientes abertos,
exceto quando existirem restrições para o fluxo de ar, como, por exemplo, em
depressões.

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AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO
Ventilação média (VM)

Se a ventilação não for alta (VA) nem baixa (VB), então esta deve ser
considerada como média (VM).
Normalmente Vz é menor ou igual a Vo. A ventilação considerada como
média necessita ser capaz de controlar a dispersão da liberação do vapor ou
gás inflamável. O tempo necessário para dispersar uma atmosfera explosiva
de gás, depois que a liberação tenha cessado, necessita ser tal que a
condição, tanto para zona 1 como zona 2, seja atendida, dependendo se o
grau da fonte de risco é primário ou secundário. O tempo de dispersão
aceitável depende da freqüência esperada da liberação e da duração de cada
liberação. Quando o volume Vz for significativamente menor do que o volume
de um espaço fechado, pode ser aceitável classificar somente uma parte do
espaço como área classificada. Em alguns casos, dependendo do tamanho
do espaço fechado, o volume Vz pode ser similar ao volume deste espaço
fechado. Neste caso, todo o volume do espaço fechado necessita ser
considerado
14/09/2016 como área classificada. 35
AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO
Tabela de classificação de área, e extensão de zona segundo o grau de
ventilação.

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AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO
onde:
k é o fator de segurança aplicado ao LIE m; tipicamente:
k = 0,25 (para fontes de risco de graus contínuo e primário)
k = 0,5 (para fontes de risco de grau secundário);

f é a eficiência da ventilação em termos de sua efetividade de diluir a


atmosfera explosiva de gás, com f variando de f = 1 (situação ideal) até
tipicamente f = 5 (vazão de ar impedida).

V0 é o volume total (no interior da planta definida) servido pela ventilação


nas redondezas da liberação
que estiver sendo considerada.

C é o número de renovações de ar por unidade de tempo (s-1) e é


proveniente de: C= (dVo/dt-Vazão de ar) / Vo (Volume)

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AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO

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AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO
Cálculo No. 1
Características da fonte de risco
Material inflamável= vapor de tolueno
Massa molecular do tolueno= 92,14 (kg/kmol)
Fonte de risco= respiro (“vent”)
Limite inferior de explosividade (LIE)= 0,046 kg/m3 (1,2 % vol.)
Grau da fonte de risco= contínuo
Fator de segurança, k= 0,25
Taxa de liberação, (dG/dt)max= 2,8 x 10^-10 kg/s
Características de ventilação= Ambiente fechado
Número de trocas de ar, C= 1/h, (2,8 x 10^-4/s)
Fator de qualidade, f= 5
Temperatura ambiente, T= 20°C (293 K)
Coeficiente de temperatura, (T/293 K)= 1
Tamanho do ambiente, Vo= 10 m 7 15 m 7 6 m
Taxa mínima da vazão volumétrica de ar:

39
AVALIAÇÃO DO GRAU DE
VENTILAÇÃO

Tempo de persistência:
Este tempo não é aplicável para fonte de risco de grau contínuo.

Conclusão

O volume hipotético Vz é reduzido a um valor considerado desprezível.


Como Vz < 0,1 m3, o grau de ventilação pode ser considerado como alto
em relação à fonte de risco e à área em consideração.
Se a disponibilidade da ventilação for “boa”, então existirá uma zona 0 de
extensão desprezível
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AVALIAÇÃO DE ÁREA
Principais fatores que influenciam o tipo e a extensão das zonas

Planta e processo
Ventilação Geral Depressão
Tipo..................................................Natural Natural
Grau.................................................Médio Baixo
Disponibilidade.................................Boa Boa

Fonte de risco Grau de risco


Selo mecânico da bomba........................................................Secundário
Produto
Ponto de fulgor............Abaixo das temperaturas ambiente e de processo

Densidade de vapor.......................Mais pesado que o ar

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AVALIAÇÃO DE ÁREA

42
AVALIAÇÃO DE ÁREA

43
IDENTIFICAÇÃO DE ÁREA
CLASSIFICADA

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TIPOS DE PROTEÇÃO

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TIPOS DE PROTEÇÃO

14/09/2016 46
TIPOS DE PROTEÇÃO

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex d
À Prova de Explosão Ex d (“Explosion Proof” ou “Flame Proof”) Invólucro à prova
de explosão: é um sistema suficientemente resistente e vedado para não propagar
uma explosão, e cuja temperatura de superfície não provoque a ignição de uma
atmosfera explosiva. Isto implica uma construção robusta, com tampas roscadas o
parafusadas. Esses invólucros são construídos de forma a, ocorrendo a ignição de
uma mistura dentro dele, resistir mecanicamente à pressão, impedindo que a
explosão se propague para o meio externo.
(Aplicação: Zonas 1 e 2). Conceitos básicos sobre invólucros tipo a prova de
explosão.wmv

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex d

Equipamento que está encerrado por um invólucro


capaz de suportar a pressão de explosão interna e
não permitir que a energia resultante desta
explosão se propague para o meio externo, através
de qualquer junta ou abertura estrutural,
impedindo a propagação desta explosão interna
para o meio externo.
49
TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex d

50
TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex e
Equipamentos elétricos de segurança aumentada são aqueles que “sob
condições normais de operação não produz arcos, faíscas ou aquecimento
suficiente para causar ignição da atmosfera explosiva para qual foi desenvolvido,
e que no qual são tomadas as medidas adicionais durante a construção, de modo
a evitar com maior segurança, que tais fenômenos ocorram em condições de
operação e de sobrecarga previstas”. Equipamentos típicos com segurança
aumentada são os motores de gaiola, transformadores de potência e de medição,
luminárias e caixas de distribuição e de ligação. (Aplicação: Zonas 1 e 2).

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex e

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex na

Equipamentos que, em condições normais de operação e sob


determinadas condições anormais especificadas, não causam a ignição
da atmosfera explosiva de gás existente no ambiente. (Aplicação: Zona
2). Ex.: Multiplex Não Acendível.

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex na

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex ia ou ib
São aqueles que em condições normais (isto é, abertura e fechamento do circuito) ou
anormais (curto circuito, falta à terra) não liberam energia suficiente para inflamar a
atmosfera explosiva. Estes equipamentos são classificados em duas categorias: “ia” –
estes são projetados de tal forma que não são capazes de causar uma ignição em
operação normal e mesmo com aplicação de duas falhas evidentes mais as falhas não
evidentes; e “ib” – que são aqueles incapazes de causar uma ignição em operação
normal e com a aplicação de uma falha evidente mais a aplicação das falhas não
evidentes. (Aplicação: “ia” – Zona 0; e “ib” – Zonas 1 e 2) Explosão em caminhão - Posto
Gasolina - 19.11.07.wmv

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex ia ou ib

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex o / Ex p

Equipamentos Elétricos Imerso em Óleo – Ex o


O equipamento elétrico é imerso em óleo de tal modo que não
inflame uma atmosfera inflamável acima do líquido ou na parte externa
do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para
equipamentos fixos. (Aplicação: Zonas 1 e 2).

Equipamentos Pressurizados – Ex p
Neste tipo de proteção uma pressão positiva superior à pressão
atmosférica, é mantida no interior do invólucro de modo a evitar a
penetração de uma atmosfera explosiva que venha a existir ao redor do
equipamento. São definidos três tipos de pressurização que reduz a
classificação no interior do invólucro pressurizado de:
• px – Zona 1 para não classificada ou Grupo I para não classificada;
• py – Zona 1 para Grupo 2;
• pz - Zona 2 para não classificada
(Aplicação: Zonas 1 e 2).

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TIPOS DE PROTEÇÃO - Ex q / Ex m

Equipamentos Imersos em Areia – Ex q


Neste tipo de proteção as partes que podem inflamar uma atmosfera
explosiva são imersas por um material de enchimento de modo a evitar a
ignição de uma atmosfera explosiva externa. Este tipo de proteção só se
aplica a equipamentos com corrente nominal menor ou igual a 16 A; que
consumam potência menor ou igual a 1000VA cuja tensão de alimentação
não seja superior a 1000V. (Aplicação: Zonas 1 e 2)

Equipamentos Elétricos Encapsulados – Ex m


As partes que podem causar ignição são encapsuladas por uma
resina de modo a não conseguir inflamar uma atmosfera explosiva
externa. (Aplicação: Zonas 1 e 2).

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ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS PARA
ÁREAS CLASSIFICADAS

14/09/2016 59
ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS PARA
ÁREAS CLASSIFICADAS

14/09/2016 60
ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS PARA
ÁREAS CLASSIFICADAS

14/09/2016 61
ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS PARA
ÁREAS CLASSIFICADAS

14/09/2016 62
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
A norma IEC 79-14 prevê três métodos de instalações a ser
adotado: o de conexão por eletroduto (conexão direta) ao
invólucro a prova de explosão; o sistema por cabos com
conexão indireta ao compartimento à prova de explosão; e o
sistema por cabos com conexão direta ao compartimento à
prova de explosão. Esta normalização só admite fiação
contida em eletrodutos rígidos metálicos roscados (mais
comum) ou na forma de cabos com isolação mineral (MI).
Este método de instalação implica, naturalmente, o uso de
equipamentos Ex-d, uma vez que não teria sentido prático o
emprego de segurança aumentada, por exemplo, em
conjunto com cablagem confinada em eletrodutos. Neste
sistema o cabo elétrico é instalado dentro de eletrodutos que
são roscados diretamente nos furos dos invólucros à prova
de explosão, conferindo eficiente proteção ao cabo contra
danos físicos.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Fronteira de área classificada:
• na entrada ou saída de uma área classificada para outra não classificada,
inclusive na penetração em anteparas de áreas de diferente classificação;
a unidade seladora pode ser aplicada em qualquer um dos lados da
fronteira que limita as áreas.
• na transição entre zona 1 e zona 2; Na entrada/saída de invólucros à
prova de explosão:
• instalado a não mais que 450 mm de qualquer invólucro contendo uma
fonte de ignição em operação normal (disjuntores, fusíveis, contactores,
resistor, ou qualquer outro equipamento que possa produzir arcos,
centelhas ou alta temperatura);
• na entrada de qualquer invólucro contendo luva, união, juntas ou
terminações onde o diâmetro do eletroduto seja de 50 mm ou maior.
• No caso de dois ou mais invólucros estarem interligados através de niples
ou pedaços de eletroduto, e de ser necessária a colocação de unidade
seladora, é permitido que apenas uma unidade seladora seja aplicada
entre os invólucros, desde que estes não estejam separados por mais de
90 cm entre si.
14/09/2016 64
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Unidades Seladoras - Regra do invólucro Ex d.wmv

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Após a instalação dos cabos no eletrodutos, as unidades seladoras devem
ser preenchidas com massa seladora; o material selador é uma mistura de
compostos que, aplicado de forma líquida, endurece após a cura e sela o
eletroduto de modo permanente - deve ser de um tipo aprovado; A espessura
da massa seladora deve ser igual ao diâmetro interno do eletroduto, mas
nunca inferior a 16 mm.
A utilização de Unidade Seladora é necessária para minimizar a migração de
gases e vapores e evitar a propagação de chama de uma parte da instalação
elétrica para outra através do eletroduto; as unidades seladoras devem ser
especificadas para a posição de montagem (vertical ou horizontal) aplicável.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Unidades seladoras e drenos
Em áreas perigosas, unidades seladoras são essenciais para
impedir que a pressão de uma explosão num invólucro a prova de
explosão, se propague através dos eletrodutos que se conectam a ele.
Nenhum sistema de eletrodutos é totalmente estanque à entrada
de ar e umidade, portanto, a condensação do vapor dentro dos
eletrodutos pode deixar os condutores completamente imersos,
induzindo falhas na isolação e a ocorrência de curto circuito. Por isso
algumas unidades seladoras vêm com um sistema de drenagem para
retirar essa umidade.

14/09/2016 68
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
As instalações de equipamentos à prova de
explosão, utilizando prensa-cabos Ex d, está
restrito à invólucros com volume máximo de 2
dm3. Para volumes maiores, devem ser
utilizados prensa-cabos Ex d, com selo.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Propaga
ção
explosão
através
cabo -
Cable
flame
transmit
ion.avi

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
A figura abaixo ilustra um circuito seguro básica de isolador galvânico, onde temos a
rede de corrente alternada conectada a um transformador redutor de tensão e a seguir
uma fonte de corrente contínua. A tensão em corrente contínua é aplicada ao isolador
galvânico, que oscila o sinal em corrente contínua para enviá-lo a um transformador
isolador, que separa os sinais de entrada e saída da unidade.
Em seguida o sinal é reconstituído através de um retificador com filtro, e enviado ao
elemento de campo, pois além dos defeitos previstos pelas normas de segurança
intrínseca (defeitos 3 e 4) teríamos que ter ainda outros defeitos, para que a tensão
atingisse o circuito limitador. O transformador isolador é normalizado de forma a
garantir alta isolação, e confiabilidade total de sua incapacidade de transferir sinais
elevados, por efeitos de saturação, tornando-o um componente extremamente seguro.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
A eletricidade estática constitui um risco de incêndio e explosão durante o manuseio de
líquidos inflamáveis. Algumas operações podem dar lugar à acumulação de cargas
elétricas, as quais podem ser repentinamente liberadas em descargas eletrostáticas,
com energia suficiente para inflamar uma mistura inflamável de gás de hidrocarbonetos
com ar.
Em resumo, descargas eletrostáticas podem ocorrer como conseqüência da
acumulação de cargas em líquidos ou sólidos não condutores.
A mais importante precaução que deve ser tomada para evitar um risco de
descarga eletrostática é manter todos os objetos metálicos interligados; a interligação
elimina o risco de descargas entre objetos de metal, que podem estar muito
energizados e, portanto, ser muito perigosos.O risco de descarga devido ao acúmulo
da eletricidade estática em decorrência do fluxo de fluidos pode ser evitado se a
resistência elétrica entre tanques de armazenamento / plantas de processo /
tubulações e a estrutura da unidade for menor que 1 Mohm (10^6 ohm).Filme {Ex} 8 -
Escoamento de fibras e poeiras - tensão gerada de 20 kV e ignição de atmosfe.mpg

Filme {Ex} 6 - Eletricidade estática em vestimentas - 5 kV.mpg

Gasolinera.WMV
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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS
CLASSIFICADAS
Condutores para “bonding” são necessários para vasos, tubulações, válvulas e
acessórios, dutos de ventilação/exaustão que não estejam permanentemente
conectados à estrutura da unidade, ou que não tenha continuidade elétrica
assegurada em emendas, para efeito de proteção contra descargas devido à
eletricidade estática, conforme figura.

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INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
EM ÁREAS CLASSIFICADAS

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INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
EM ÁREAS CLASSIFICADAS

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INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
EM ÁREAS CLASSIFICADAS

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INSPEÇÃO EM ÁREAS CLASSIFICADAS

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