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Nome: Roberto Luis Dobkowski RM: 20837

Nome: Márcio Neves Dias RM: 20846

Curso NR-20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

Curso Básico de NR 20 – LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E


INFLAMÁVEIS – O objetivo desse treinamento é garantir a segurança dos
profissionais que trabalham na área relacionada a líquidos combustíveis
(líquidos e gases) e combustíveis. Informar sobre o processo de revisão e
explanar tópicos fundamentais, detalhar os aspectos da capacitação prevista,
apresentar desafios e propor estratégias para as empresas na implementação
da Norma Regulamentadora – NR 20.

 Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos;

Os líquidos Inflamáveis são as misturas de líquidos ou líquidos contendo


sólidos em solução ou em suspensão, que produzem vapores inflamáveis a
temperaturas de até 60,5º C em teste de vaso fechado.

Ponto de Fulgor: É a menor temperatura na qual uma substância libera


vapores em quantidades suficientes para que a mistura de vapor e ar logo
acima de sua superfície propague uma chama, a partir do contato com uma
fonte de ignição.

Considerando a temperatura ambiente numa região de 25º C e ocorrendo


um vazamento de um produto com ponto de fulgor de 15º C, significa que o
produto nessas condições está liberando vapores inflamáveis, bastando
apenas uma fonte de ignição para que haja a ocorrência de um incêndio ou de
uma explosão.

Por outro lado, se o ponto de fulgor do produto for de 30º C, significa que
este não estará liberando vapores inflamáveis.

Limites de Inflamabilidade: Para um gás ou vapor inflamável queimar é


necessário que exista, além da fonte de ignição, uma mistura chamada "ideal"
entre o ar atmosférico (oxigênio) e o gás combustível. A quantidade de oxigênio
no ar é praticamente constante, em torno de 21 % em volume.

Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60ºC

Líquidos inflamáveis que possuem ponto de fulgor superior a 60ºC (sessenta


graus Celsius), quando armazenados e transferidos aquecidos a temperaturas
iguais ou superiores ao seu ponto de fulgor, se equiparam aos líquidos
inflamáveis.

Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20ºC (vinte graus Celsius)
e a uma pressão padrão de 101,3 kPa (cento e um vírgula três quilopascal).
Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60ºC (sessenta
graus Celsius) e ≤ 93ºC (noventa e três graus Celsius).

 Controle coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis;

Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios,


explosões e emissões fugitivas.

O órgão determina que todos os postos implementem ações para


prevenir acidentes e controlar os riscos operacionais mais significativos.

O empregador deve formalizar um plano de ação de curto e médio


prazos para efetivar ações preventivas e corretivas contra vazamentos,
derrames, incêndios, explosões e emissões fugitivas em seu estabelecimento,
seja instalando novos equipamentos e sistemas mais modernos ou adotando,
rotineiramente, os procedimentos operacionais e de inspeção, com o objetivo
de prevenir acidentes e/ou controlar os riscos de sua operação.

Elabore um plano de troca de equipamentos, de aquisição de sistemas


de monitoramento, de elaboração de novos procedimentos, de revisão de
procedimentos e de treinamento ou reciclagem dos funcionários do posto. O
plano nada mais é do que uma relação de itens, evidenciando o que precisa
ser feito e quando. Inclua nele as ações que precisam ser tomadas para
manter a Licença de Operação (LO) concedida pelo órgão ambiental.

Se o posto já tem todos os equipamentos e sistemas instalados para


prevenir e controlar esses eventos, é necessário evidenciar que a operação
dos equipamentos é feita adequadamente e que sua equipe está treinada.

 Fontes de ignição e seu controle;

Além do ponto de fulgor e do limite de inflamabilidade, outro fator relevante


a ser considerado é a presença de possíveis fontes de ignição.

As fontes de ignição podem ser as mais variadas possíveis e podem gerar


temperaturas suficientes para iniciar o processo de combustão da maioria das
substâncias inflamáveis conhecidas.

Deve ter conhecimento de que é proibido usar celular nos postos de


gasolina, por ser extremamente perigoso haja vista que gases altamente
inflamáveis circulam nas proximidades das bombas de combustíveis e, em
especial, quando se abastece um veículo, pois a energia liberada pelo celular é
suficientemente forte para fazer com que ocorra uma combustão instantânea.

Muitas vezes nós achamos que este perigo não existe, que isso jamais irá
acontecerá, mas deem uma olhada neste vídeo registrando o momento exato
em que um gerente de um posto Shell, desrespeitando as normas de
segurança da companhia, atende seu celular quando fazia a conferência do
combustível recebido. O resultado: o funcionário teve mais de 70% do corpo
queimado, vindo a falecer dois dias depois.
Nas situações emergenciais estão presentes, na maioria das vezes,
diversos tipos de fontes que podem ocasionar a ignição de substâncias
inflamáveis.

Entre elas merece destaque:

- chamas vivas;

- superfícies quentes;

- automóveis;

- cigarros;

- faíscas por atrito e

- eletricidade estática.

Especial atenção deve ser dada à eletricidade estática, uma vez que esta
é uma fonte de ignição de difícil percepção.

Trata-se na realidade do acúmulo de cargas eletrostáticas que, por


exemplo, um caminhão-tanque adquire durante o transporte. Portanto, sempre
que produtos inflamáveis estão envolvidos, deve-se realizar o aterramento. Por
questões de segurança muitas vezes não é recomendável a contenção de um
produto inflamável próximo ao local do vazamento, de modo a se evitar
concentrações altas de vapores em locais com grande movimentação de
pessoas ou equipamentos.

O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas


áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis. Os veículos que circulem
nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem possuir
características apropriadas ao local e ser mantidos em bom estado de
conservação.

 Proteção contra incêndio com inflamáveis;

Para que se possa entender como é realizada a proteção contra


incêndio com inflamáveis é fundamental conhecer alguns conceitos sobre o
assunto.

Fogo e combustão: são definidos como uma reação de combustão,


envolvendo a oxidação de um produto inflamável ou combustível gerando
grande quantidade de calor (reação exotérmica). Esta reação acontece
quando uma substância inflamável ou combustível é combinada com o ar,
oxigênio ou outro comburente em determinadas concentrações na presença
de uma fonte de energia. A combustão pode ocorrer de forma controlada ou
descontrolada. A combustão controlada ocorre, por exemplo, no bico de
maçarico ou no queimador de uma lança em forno siderúrgico e até mesmo
no bico do fogão. No passado, os componentes do fogo eram demonstrados
por meio do triângulo de fogo, envolvendo três elementos básicos:
combustível, oxigênio e a fonte de ignição. Entretanto, estudos sobre a
química do fogo incluíram um quarto elemento ao tradicional triângulo de
fogo, denominado de radicais livres, criando o tetraedro do fogo. Desta forma,
se todos os elementos não estiverem presentes a reação de combustão não
irá ocorrer.

Combustível: é o elemento que serve para propagar o fogo, pode ser


sólido, líquido ou gasoso. Comburente: é todo agente químico que conserva a
combustão. Os comburentes mais conhecidos são: o oxigênio e sob
determinadas condições, o Cloro. Fonte de Ignição: Trata-se do provocador
da reação entre combustível e comburente; e Reação em cadeia: A reação
em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas
atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se
combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o
combustível, formando um ciclo constante.

Proporcionalidade: Para que se inicie o fogo, é preciso haver


adequada proporcionalidade entre os componentes da reação. Essa
proporcionalidade é a determinante básica do fogo, observe abaixo alguns
conceitos:

 Limite Inferior de exclusividade ou de inflamabilidade (LIE) –


“Mistura Pobre”: Mínima concentração de gás ou vapor que,
quando misturada ao ar, é capaz de provocar a combustão do
produto a partir do contato com uma fonte de ignição. 
 Limite Superior de Explosividade ou de Inflamabilidade (LSI) –
“Mistura Rica”: Máxima concentração de gás ou vapor que,
misturada ao ar, é capaz de provocar a combustão do produto, a
partir de uma fonte de ignição. 
 Limite de Exclusividade ou de Inflamabilidade – “Mistura Ideal” –
Esta é uma concentração percentual, em volume, de gases ou
vapores inflamáveis no ar, em condições de ambiente de
pressão e de temperatura, que podem se inflamar com uma
fonte de ignição.

  Volatilidade: Os combustíveis líquidos são classificados, geralmente,


em voláteis e não voláteis: Combustível Volátil: diz-se que um combustível é
volátil quando, à temperatura ambiente, emana vapor capaz de se inflamar.
Combustível não volátil: diz-se que um combustível não é volátil quando não
emanam vapores à temperatura ambiente, como por exemplo, óleo
combustível.

Ponto de Fulgor: É a temperatura mínima na qual os elementos


combustíveis começam a desprender vapores, que podem se incendiar em
contato com uma fonte externa de calor. Nesse tipo de reação, a combustão
se interrompe quando se afasta a fonte externa do calor.

Ponto de combustão: É a temperatura mínima na qual os gases


desprendidos dos elementos combustíveis entram em combustão ao tomarem
contato com uma fonte externa de calor e, que continuam a queimar mesmo
se retirada a fonte de ignição.

 Ponto de Ignição: É a temperatura mínima na qual os gases


desprendidos dos elementos combustíveis entram em combustão apenas
pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor.
Procedimentos básicos em situações de emergência com
inflamáveis.
As ocorrências envolvendo produtos perigosos, em especial abordando
os inflamáveis, são cercadas de circunstâncias diversas que interferem
diretamente no procedimento operacional e exigem procedimentos e ações
emergenciais para a solução e restabelecimento da normalidade no cenário.
Portanto, não existe uma fórmula comum a ser seguida. O que podemos
indicar são procedimentos que, quando seguidos irão auxiliar muito as Equipes
de Emergências.
Basicamente podemos dividir a atuação em Emergências com Produtos
Perigosos e Inflamáveis em alguns passos distintos:

• Identificação do produto e seus riscos;


• Proteção Pessoal;
• Isolamento da área;
• Salvamento de vítimas;
• Contenção e Controle do produto;
• Descontaminação;
Antes que se possam iniciar operações efetivas de reação em um
acidente com materiais perigosos e inflamáveis, deve-se obter a maior
quantidade de informações possíveis a respeito da identidade do produto como
também do acidente. Primeiro, identifica-se o produto envolvido e depois se faz
uma avaliação do que aconteceu, está acontecendo ou pode acontecer.

A análise e verificação dos riscos envolvidos durante as emergências com


produtos químicos perigosos são iniciadas assim que seja informada a
BRIGADA de EMERGÊNCIA da existência de um acidente, e só termina após
a cessação da situação de emergência.
As emergências são sempre dinâmicas, elas mudam em questões de
segundos, uma vez que dependem de inúmeros fatores, portanto a análise e
verificação do risco são constantes durante toda a ocorrência.
A ideia principal é: O risco potencial deve ser imediatamente analisado
para que as atividades do Grupo de Emergência possam ser dirigidas de
maneira eficiente.
Na análise de risco, o fator predominante é o bom senso, que deverá
prevalecer, a fim de que, atitudes corretas sejam tomadas, não colocando em
risco desnecessário as pessoas, os bens materiais e o meio-ambiente.
Infelizmente a única maneira de se ter BOM SENSO é raciocinar com
clareza sem entrar em desespero, se possível lembrando-se sempre de
experiências anteriores (sucessos ou fracassos).

Além do bom senso devemos levantar dados importantes de uma emergência.


• Perigo potencial apresentado pelo produto químico;
• Quantidade do produto envolvido;
• Treinamento e conhecimento dos funcionários envolvidos;
• Relação de perigo imediato para as pessoas, bens materiais e meio
ambiente.

Portanto, em casos de acidentes, com situações de emergência, os


procedimentos básicos devem ser adotados de acordo com o tipo de
ocorrência:

Em caso de Vazamento:
Pequenos Vazamentos:
• Lavar a área com grande quantidade de água

Grandes Vazamentos:
• Isolar a área. Sinalizar o local. Afastar curiosos.
• Eliminar todas as fontes de ignição da área.
• Impedir a contaminação de fontes, lagos e rios, através do uso de barreiras e
dispositivos que possam confinar o produto.
• Absorver com areia, terra ou outro material absorvente e recolher em
embalagens apropriadas para posterior destruição.
• Avisar imediatamente as Autoridades locais (Bombeiros, Órgão Ambiental,
Defesa Civil, Polícia Rodoviária).

Em caso de Incêndio (Fogo):


• Pequenas Proporções: Extinção por pó químico seco, gás carbônico, espuma
mecânica ou água em forma de neblina. Acionar a equipe de Brigada de
Emergência para dar início ao combate e extinguir o incêndio.
• Grandes Proporções: Resfriar os tanques e recipientes de armazenamento e
instalações próximas com água em forma de neblina ou outro sistema de
combate a incêndio disponível e acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente.

Em caso de provocar Poluição:


• Impedir o escoamento do produto para rios, canais e poços.
• Avisar: 1) Corpo de Bombeiros 2) Órgão de Proteção ao Meio Ambiente

Com envolvimento de pessoas, iniciar os primeiros socorros básicos:


• Remover a vítima para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas.
• Em caso de contato com os olhos, lavar com água em abundância, no mínimo
por 15 minutos.
• Em caso de contato com a pele, lavar as partes atingidas com água e sabão.
• Em caso de ingestão: não provocar vômitos.
• Se o acidentado estiver inconsciente e não estiver respirando, praticar
respiração artificial ou oxigenação.
• Chamar um médico.
• Passar todas as informações disponíveis sobre o ocorrido no acidente e
também com a vítima ao médico ou equipe de atendimento (SAMU,
Bombeiros).

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