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Instalações Elétricas em

Áreas Classificadas
Objetivo

 Seleção, instalação e manutenção de


equipamentos em áreas classificadas
Atmosfera explosiva

 Mistura com o ar, sob condições


atmosféricas, de substâncias inflamáveis na
forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibra
na qual após ignição a combustão propaga-
se através da mistura não consumida.
Ponto de Fulgor

 Menor temperatura na qual um líquido


libera vapor em quantidades suficientes
para formar uma mistura inflamável.

 Na presença de uma fonte de ignição, a


quantidade de vapores gerados nesta
temperatura não é suficiente para manter
a chama.
Ponto de Combustão

 Menor temperatura na qual se gera


vapores em quantidade suficientes para
manter a combustão
Líquido Inflamável (NR-20)

 Todo aquele que possua ponto de fulgor


inferior a 70 ºc

 Exemplos: gasolina, álcool anidro


Líquido Combustível (NR-20)

 Todo aquele que possua ponto de fulgor


igual ou superior a 70 ºC.

 Exemplos: Óleos BPF e APF


Áreas Classificadas.

 São as áreas onde existem Atmosferas


Explosivas ou existem a probabilidade de
sua existencia.

 Para cada substância da Atmosfera


Explosiva há uma temperatura capaz de
provocar sua ignição, a qual é chamada
de Temperatura de Ignição.
Triângulo do Fogo

 Podemos ver aqui o conceito do


triângulo do fogo, que diz que para se
iniciar um incêndio ou explosão devemos
ter simultaneamente e em proporções
bem definidas:
1. Combustível.
2. Comburente (Oxigênio).
3. Temperatura de ignição.
Classificação de Áreas:
critérios
 Há dois critérios para classificação de
áreas:

1. Critério da IEC (ABNT)

2. Critério do NEC
Critérios de Classificação
ABNT/IEC

 As substâncias são divididas em Grupos

 O grau de risco é denominado Zona


Grupos

Grupo I: Gás encontrado em minas


subterrâneas (Grisú).

Grupo II: Outras substâncias, divididas,


por sua vez, em IIA, IIB e IIC.
Grupos: Substâncias
Grupo Substâncias
I Gás Grisú
Acetona,Acetaldeído, Álcool, Amônia,
IIA Benzeno, Benzol, Butano, Gazolina,
Hexano, Metano, Monóxido de carbono
Nafta, Gás Natural, Propano.
Acroleína, Butadieno, Ciclopropano, Eter
IIB Etílico, Etileno, Sulfeto de Hidrogênio.
Acetileno, Disulfeto de Carbono
IIC Hidrogênio.
Fonte de Risco

 Ponto ou local no qual uma substância,


na forma de gás, vapor ou líquido
inflamável, pode ser liberada para a
atmosfera de modo a possibilitar a
formação de uma atmosfera explosiva.
Graus de Risco

 Há três graus de risco em relação à


probabilidade de formação de uma atmosfera
explosiva de gás:
 a) grau contínuo;

 b) grau primário;

 c) grau secundário.
Grau Contínuo

 A liberação da substância inflamável é


contínua ou é esperada ocorrer
frequentemente ou por longos períodos.

 Exemplo: Superfície de um líquido


inflamável em tanque ou vaso de
processo.
Grau Primário

 A liberação da substância inflamável é


esperada ocorrer ocasionalmente em
operação normal.

 Exemplos: selos de bombas, compres-


sores, válvulas de controle, pontos de
drenagem de água de vasos, pontos de
amostragem, válvulas de alívio e respiros
Grau Secundário

 A liberação da substância inflamável não


é esperada ocorrer em operação normal
e, se ocorrer, será pouco freqüente e por
curtos períodos.

 Exemplos: flanges, conexões e


acessórios.
Zonas (Gases e vapores)
 O grau de risco do local é designado por Zona.
 Zona 0: a ocorrência da mistura explosiva é
contínua ou existe por longos períodos.
 Zona 1: a ocorrência é provável em condições
normais de operação.
 Zona 2: a ocorrência é pouco provável e se
acontecer é por curtos períodos, estando
associado à operação anormal do
equipamento.
Extensão da Zona

 Distância em qualquer direção da fonte de


risco até o ponto a partir do qual a mistura
gas/ar tenha sido diluída pelo ar para um
valor abaixo do Limite Inferior de
Inflamabilidade.
Limites de Inflamabilidade
 Limite Inferior de Inflamabilidade (LII)
 Concentração de gás ou vapor inflamável no
ar, abaixo da qual a atmosfera de gás não é
explosiva.

 Limite Superior de Inflamabilidade (LSI)


 Concentração de gás ou vapor inflamável no
ar, acima da qual a atmosfera de gás não é
explosiva.
Extensão da Zona:
Dependência
1. Quantidade de produto liberado.

2. Volatilidade do produto.

3. Pressão de trabalho do produto.

4. Ventilação no local

5. Densidade do produto
Desenho de Classificação de
Áreas
 É o desenho no qual se deve mostrar as áreas
classificadas,com seus graus de risco (zona),
suas extensões (volumes), as fontes de risco
(flanges,etc), as substâncias (grupo) que
geram o risco e suas condições de processo.

 Serve para definir os tipos de fiação e


equipamentos elétricos que podem ser
instalados no local.
Conceito de Zona (Poeiras e fibras)

 Zona 20: a ocorrência da mistura explosiva é


contínua ou existe por longos períodos.
 Zona 21: a ocorrência é provável em condições
normais de operação.
 Zona 22: a ocorrência é pouco provável e se
acontecer é por curtos períodos, estando associado à
operação anormal do equipamento.
Temperatura.
 As classes de temperatura, marcadas nos
equipamentos elétricos, significam as máximas
temperaturas de superfície que os
equipamentos podem atingir em operação
normal ou de sobrecarga, considerando a
temperatura ambiente de 40ºC.
 Não podem ser igual ou superior a
temperatura de ignição da mistura inflamável
do local.
Classes de Temperatura

Classe T° máx. (ºc) T° ignição (°c)


T1 450  450
T2 300 300
T3 200 200
T4 135 135
T5 100 100
T6 85 > 85
Critérios de Classificação
Norte Americano (NEC)

 As substâncias são divididas em Classes


 As classes são divididas em Grupos
 O grau de risco é denominado Divisão
NEC: Classes

 Classe I: Gases e Vapores inflamáveis

 Classe II: Poeiras inflamáveis

 Classe III: Fibras inflamáveis


NEC: Classe I

 Grupo A: Grupo do Acetileno

 Grupo B: Grupo do Hidrogênio

 Grupo C: Grupo do Eteno

 Grupo D: Grupo do Propano


Grupos: Comparação IEC com NEC

Grupo do Grupo do Grupo do Grupo do


Acetileno Hidrogênio Eteno Propano

IEC Grupo IIC Grupo IIC Grupo IIB Grupo IIA

NEC Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D


NEC: Classe II (Poeiras)

 Grupo E: Pós metálicos

 Grupo F: Pós de carvão, grafite, coque

 Grupo G: Açúcar, farinha de trigo, etc


NEC: Classe III

 A Classe III, isto é, as fibras inflamáveis


não são subdivididas em grupos.
NEC: Divisão
(grau de risco)
 Divisão I:
 Locais com alta probabilidade de
presença de mistura inflamável

 Divisão II:
 Locais com baixa probabilidade de
presença de mistura inflamável
Zona e Divisão:
Comparação IEC com NEC

IEC Zona 0 Zona 1 Zona 2

NEC Divisão 1 Divisão 2


Fontes de Ignição
 Em áreas classificadas o sistema
elétrico é uma potencial fonte de
ignição em virtude de:
1. Centelhamento por abertura e
fechamento de contatos.
2. Centelhamento em comutadores.
3. Temperatura de sua superfície.
4. Arcos por curto-circuitos.
Fontes de Ignição

 Interruptores e tomadas

 Botoeiras, relés e contactoras

 Outras superfícies “quentes”

 Eletricidade estática (arco)

 Chamas, fagulhas e faíscas


Fontes de Ignição

 Soldagem.

 Esmerilhamento.

 Furadeiras.

 Impactos entre metais.

 Isqueiro.

 Cigarro.
Proteção primária contra explosão:
evitar AE

1. Não usar produtos inflamáveis;

2. Aumentar o ponto de fulgor;

3. Reduzir a concentração abaixo do LII;

4. Inertizar (eliminar ou reduzir o teor de


oxigênio).
Proteção contra Centelha:
Partes Vivas

 Não é permitida partes vivas expostas


em áreas classificadas, isto é, elas
devem estar protegidas por isolação ou
invólucros adequadamente protegidos.
Proteção contra Centelha:
Partes Condutoras Estranhas

 As correntes de falta à terra devem ser

limitadas em intensidade e duração.


Proteção contra Centelha:
Esquemas de Aterramento

 Esquema TN: Só é admitido o TN-S, isto é,


não é permitido o TN-C.
 Esquema TT:
1. Não é permitido em Zona 0.
2. Se usar em Zona 1, usar DR.

 Esquema IT:
1. Usar DPI para indicar primeira falta.
2. Em Zona 0, desligamento instantâneo.
Proteção contra Centelha:
Equipotencialização

 Massas e as partes condutivas estranhas


a instalação devem estar interligadas
para evitar centelhas entre elas.

 O neutro não deve fazer parte da


equipotencialização.
Princípio da Proteção
 Onde existir alta probabilidade de ocorrência de
uma atmosfera explosiva deve-se usar
equipamentos que tenham uma baixa
probabilidade de se tornarem fontes de ignição.
 Inversamente, baixa probabilidade de
ocorrência de atmosfera explosiva pode-se
utilizar equipamentos com maior probabilidade
de se tornarem fontes de ignição.
Probabilidade de uma AE

 É função de :
1. Característica da fontes de liberação;
2. Taxa de liberação;
3. Concentração;
4. Velocidade;
5. Ventilação;
6. Outros fatores.
Tipos de Proteção
 Os tipos de proteção dos equipamentos
e linhas elétricas (fiação) procuram:
1. Reduzir a possibilidade da existência
da fonte de ignição, ou;
2. Impedir a saída da fonte de ignição
para as áreas classificadas ou;
3. Caso saiam, não tenham potência
suficiente para provocar a ignição.
Equipamentos elétricos: Tipos de
proteção (1).

1. À prova de explosão: Ex d
2. Segurança aumentada: Ex e
3. Imerso em óleo: Ex o
4. Pressurizado: Ex p
5. Imerso em areia: Ex q
Equipamentos elétricos:
Tipos de proteção (2).

6. Hermético: Ex h

7. Encapsulado: Ex m

8. Segurança intrínseca: Ex i

9. Não acendível: Ex n
Invólucro à Prova de
Explosão Ex d
 Invólucro capaz de suportar a pressão de uma
explosão interna sem se romper nem provocar
a ignição da mistura explosiva existente no
local da instalação do equipamento.

 Podem ter temperaturas internas acima da


temperatura de ignição do Grupo.
 Aplicação: Zona 1 e Zona 2
Segurança Aumentada (Ex e)

 Tipo de proteção em que medidas


construtivas adicionais são aplicadas aos
equipamentos que em condições normais
de operação não produzem centelhamento
ou alta temperatura (interna ou externa),
com o fim de torná-los ainda mais seguros.

 Aplicação: Zona 1 e Zona


Imerso em Óleo (Ex o)

 Tipo de proteção na qual o equipamento


elétrico está imerso num líquido de
proteção de tal modo que, se houver
uma atmosfera inflamável acima do
líquido esta não poderá ser inflamada.

 Aplicação: Zona 1 e Zona 2.


Pressurizado (Ex p)

 Consiste em manter presente no interior


do invólucro um gás não inflamável a
uma pressão superior à pressão
atmosférica de modo a impedir a entrada
de mistura inflamável existente
externamente.

 Aplicação: Zona 1 e Zona 2.


Imerso em Areia (Ex q)

 Tipo de proteção no qual as partes que


são capazes de inflamar uma atmosfera
potencialmente explosiva são fixas e
circundadas por material de enchimento
para evitar a ignição da atmosfera
externa.

 Aplicação: Zona 1 e Zona 2.


Hermético (Ex h)

 Equipamento fabricado com invólucro


com fechamento hermético por fusão do
material

 Aplicação: Zona 2.
Encapsulado (Ex m)

 Tipo de proteção no qual as partes que


podem causar a ignição da atmosfera
explosiva estão encapsuladas por uma
resina.

 Aplicação: Zona 1 e Zona 2.


Segurança Intrínseca (Ex i)

 Equipamentos com dispositivos ou


circuitos que em condições normais ou
anormais de operação não possuem
energia suficiente para inflamar uma
atmosfera explosiva.

 Aplicação: Zona 0, Zona 1 e Zona 2.


Não Acendível (Ex n)

 Equipamentos fabricados com


dispositivos ou circuitos que em
condições normais de operação não
produzem arcos, centelhas ou altas
temperaturas.

 Aplicação: Zona 2
Seleção de Equipamentos Elétricos

 A seleção dos equipamentos elétricos


para uso em áreas classificadas deve ser
feita de acordo com:

1. As Zonas (probabilidade de ocorrência)


2. Grupo da substância
3. A Temperatura de ignição
4. Influências externas
Equipamentos Elétricos em Áreas
Classificadas: Zona 0.

 Equipamentos intrinsecamente seguros,


categoria “i” ( Ex ia)

 Outros, projetados especificamente para


Zona 0.
Equipamentos Elétricos em Áreas
Classificadas: Zona 1

 Equipamentos permissíveis em Zona 0.

 Equipamentos à prova de explosão (Ex d)

 Equipamento com pressurização (Ex p)

 Equipamento imerso em areia (Ex q)

 Equipamento imerso em óleo (Ex o)


Equipamentos Elétricos em Áreas
Classificadas: Zona 1

 Equipamento de segurança aumentada(Ex e)

 Equipamento de segurança intrínseca (Ex ib)

 Equipamento projetado especificamente para


utilização em Zona 1.
Equipamentos Elétricos em Áreas
Classificadas: Zona 2

 Equipamento permitido nas Zonas 0 e 1

 Outros equipamentos aprovados para


uso na Zona 2.
Resumo
Classificação Proteção Conceito
Zona 0 Ex i Segurança intrínseca
Ex i Segurança intrínseca
Ex e Segurança aumentada
Ex d Á prova de explosão
Zona 1 Ex p Pressurizado
Ex o Imerso em óleo
Ex q Imerso em areia
Ex m Encapsulado
Zona 2 Ex n Não acendível
Influências Externas

 Os equipamentos elétricos devem ser


selecionados e instalados de forma que
eles sejam protegidos contra influências
externas ( química, mecânica, térmica,
elétrica e umidade) que possam afetar
negativamente o tipo de proteção que ele
possua.
Certificação de
Conformidade
 É o ato de atestar que um produto está
conforme uma determinada norma ou
especificação, através de ensaios ou
verificações baseados em métodos
também normalizados.

 Pode ser um Certificado de Conformidade


ou Marca de Conformidade.
Marcação do
Equipamentos.
 1ª parte: NBR
 2ª parte:Tipo de proteção(Ex-d; Ex-e;etc)
 3ª parte:Símbolo do grupo ( I;IIA;IIB;IIC ).
 4ª parte: Temperatura máxima de
superfície.
 5ª parte: Entidade certificadora e nº do cert.
 Exemplo: NBR Ex-e IIA 350ºC etc etc
A Instalação: Filosofias

 Européia:
 Cabos + prensa-cabos

 Americana (NEC):
 Eletroduto metálico + unidades seladoras.

 ABNT/IEC:
 Pode usar as duas
Linhas Elétricas: R. Gerais

 Os sistemas de cabos e acessórios devem


ser instalados, tanto quanto possível, em
locais que evitem que sejam expostos a
danos mecânicos e a corrosão ou
influências químicas e dos efeitos do calor.

 Caso contrário, devem ser utilizados em


eletrodutos ou cabos apropriados.
Linha Elétricas: R. Gerais.

 Cabos singelos sem coberturas, só em


eletrodutos.

 A conexão de cabos e eletrodutos aos


equipamentos deve ser feita de acordo
com os requisitos do respectivo tipo de
proteção.
Linha Elétricas: R. Gerais.

 As aberturas não utilizadas por cabos ou


eletrodutos em equipamentos elétricas
devem ser fechadas com elementos
cegos, adequados para o respectivo tipo
de proteção.
Linha Elétricas: R. Gerais.

 Eletrodutos, feixes de tubos, dutos,


tubulações e cabos (onde houver Δp) devem
ser selados para evitar a passagem de gases,
vapores ou líquidos inflamáveis de uma área
para outra.

 As tubovias devem ter ventilação adequada


ou enchimento com areia para evitar o
acúmulo de gases, vapores ou líquidos
inflamáveis.
Linha Elétricas: R. Gerais.

 As aberturas em paredes para cabos e


eletrodutos entre áreas classificadas e
não classificadas devem ser
adequadamente seladas.
Linha Elétricas: R. Gerais.

 O encaminhamento de cabos em áreas


classificadas deve ser ininterrupto, onde possível.

 As emendas devem ser feitas em invólucros com


o tipo de proteção apropriado para a zona ou
seladas com compostos de enchimento
adequado.

 Não é permitido o uso de conector de pressão.


Linha Elétricas: R. Gerais.

 Se condutores multifios forem utilizado, as


terminações devem ser protegidas contra
separação dos fios por meio de conectores
de cabos, buchas de terminações ou por
meio de terminal.
Linha Elétricas: R. Gerais.

 A terminação não utilizada de cada


condutor em multicabos deve ser
conectada à terra ou ser adequadamente
isolada por meio de terminação
apropriada.

 A isolação somente por meio de fita


isolante não é recomendada.
Cabos: Zona 0

 Há um conjunto grande de exigências para os


cabos que podem e como devem ser
utilizados em instalações intrinsecamente
seguras. Vejamos algumas:

 Capacitância, indutância, relação da


indutância para a capacitância e aterramento.
Cabos: Zona 0

 Os circuitos de segurança intrínseca


devem ser separados de qualquer outro.

 Os terminais devem ser separados dos


de não segurança intrínseca, por uma
barreira física ou por espaço de no
mínimo 50 mm.
Cabos: Zona 0
 A identificação dos invólucros, terminais e
cabos pode ser feita por placa ou código de
cores e, neste caso a cor deve ser azul claro.

 Os cabos utilizados nos sistemas de


segurança intrínseca são especiais, para os
quais há exigências rígidas em relação à sua
capacitância e indutância.
Cabos: Zona 1 e 2

 Os cabos para equipamentos fixos podem ser


com cobertura metálica e com isolação mineral,
com cobertura termoplástica (PVC, PE), com
cobertura termofixa (EPR, XLPE) ou com
cobertura elastomérica (neoprene, policloroprene).
Cabos: Zona 1 e 2

 Equipamentos portáteis devem possuir


cabos com cobertura de policloroprene
reforçada ou outra cobertura elastomé-
rica sintética reforçada equivalente, cabos
com cobertura de borracha reforçada, ou
cabos que tenham construção igualmente
robusta.
Cabos: Zona 1 e 2

 A bitola dos condutores dos cabos para


equipamentos portáteis não deve ser
menor do que 1 mm².
 Se um condutor de proteção (PE) for
necessário, ele deve estar isolado
separadamente, de forma similar ao dos
vivos e deve ser incorporado dentro da
cobertura do cabo de alimentação.
Cabos: Zona 1 e 2
 Equipamentos portáteis com tensão não
superior a 250 V para a terra e com
corrente nominal não excedendo a 6 A:
1. Com cobertura de policloroprene comum
2. Com cobertura de borracha reforçada
3. Outra igualmente robusta
 Não são admissíveis se sujeitos a
esforços mecânicos pesados.
Cabos: Zona 1 e 2

 Cabos flexíveis permitidos:


1. Cobertura de borracha comum
2. Cobertura de policloroprene comum
3. Cobertura de borracha reforçada
4. Cobertura de policloroprene reforçado
5. Outras igualmente robusta
Eletrodutos: Geral

 Em áreas corrosivas, os eletrodutos


devem ser resistente à corrosão.

 A combinação de metais que possam


ocasionar corrosão galvânica deve ser
evitada.
Eletrodutos: Geral

 Em longos encaminhamentos devem ser


instalados dispositivos adequados para
assegurar a drenagem de condensado.

 Nestes casos, a isolação do cabo deve


ser resistente à água.
Requisitos para Ex d:
Eletrodutos
 De aço, classe pesada, roscado, com
costura ou sem costura; ou

 Metálico flexível ou outro material


construtivo composto, com classificação
de resistência mecânica pesada ou muito
pesada, de acordo com ISO 10807
Requisitos para Ex d:
Eletrodutos

 O eletroduto deve dispor no mínimo de


cinco fios de rosca para a conexão com
o invólucro à prova de explosão.

 Classe de tolerância da rosca: 6 g


Unidades Seladoras (US):
Objetivo
 Minimizar a passagem de gases e vapores
entre partes da instalação via eletroduto.

 Não sendo especificado para tal, não evitam a


passagem de líquidos, gases ou vapores se
houver Δp entre o selo.

 Evitar a passagem de chamas entre partes da


instalação via eletroduto.
Eletrodutos e Unidades
Seladoras: Regra Geral

 Os eletrodutos devem ser instalados com


unidades seladoras onde entrem ou
deixem uma área classificada e junto a
invólucros, de forma a manter o grau de
proteção existente.
Unidades Seladoras:
Requisitos para Ex d (IEC)
 Devem ser instaladas no interior do
invólucro, na parede do invólucro, ou não
mais do que 50 mm da parede de
invólucros à prova de explosão, para
limitar os efeitos de pré-compressão e
evitar a entrada de gases quentes no
sistema de eletrodutos a partir de um
invólucro contendo uma fonte de ignição.
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 É necessária a colocação de unidade
seladora em todos os eletrodutos que
chegam a um invólucro à prova de
explosão: (a) que contenha dispositivos
centelhantes, tais como chaves,
disjuntores, relés ou resistores que
possam produzir arcos, ou alta
temperatura que possam ser fontes de
ignição em operação normal ou
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 (b) o invólucro contenha apenas terminais de
ligação, emendas e derivações e os
eletrodutos tenham bitola igual ou maior do
que 2”.

 As altas temperaturas citadas são as que


excedem 80% em graus centígrados as
temperaturas de ignição do gás ou vapor em
questão.
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 Não há necessidade de colocação de US
se os dispositivos centelhantes estão:

 No interior de câmaras hermeticamente


fechadas contra a penetração de gases
ou vapores, ou

 Imersos em óleo, ou
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 No interior de invólucros à prova de
explosão selados de fábrica, aprovados
para a aplicação e marcados como “selados
de fábrica”, ou equivalente, a não ser que a
entrada do invólucro seja de 2” ou maior;

 Nos invólucros contendo circuitos não


incenditivos.
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 As US devem ser instaladas a não mais do
que 450 mm do invólucro.

 Entre a US e o invólucro à prova de explosão


é permitida a instalação de uniões, niples,
reduções, joelhos e conduletes, desde que
sejam à prova de explosão e que suas
bitolas não sejam superior a do eletroduto
respectivo.
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 É necessária a colocação de US em
todos os eletrodutos que chegam a um
invólucro dotado de pressurização, desde
que o eletroduto não seja pressurizado
como parte do sistema de proteção.

 As US devem ser instaladas a não mais


do que 450 mm do invólucro.
US: Classe I Divisão 1.
Entrada de Invólucros.
 Quando dois ou mais invólucros à prova
de explosão estejam interligados através
de niple, ou por eletrodutos de lance até
900 mm, uma única US será suficiente,
para cada interligação, sendo que esta
não deve se situar a mais do que 450
mm da cada invólucro.
US: Classe I Divisão 2.
Entrada de Invólucros.
 Se o invólucro for requerido como à prova de
explosão para a divisão 2, então vale as
mesmas regras do uso de US para a divisão
1.

 Onde não se exija invólucros à prova de


explosão na divisão 2, não é necessário o
uso de US, independentemente da bitola do
eletroduto.
Eletrodutos e Unidades
Seladoras: IEC versus NEC
 Há uma grande diferença entre a
recomendação do IEC e do NEC
quando se trata das distâncias máximas
que as unidades seladoras podem ficar
dos invólucros:

1. IEC: 5 cm
2. NEC: 45 cm
Invólucros para Ex d

 Invólucros à prova de explosão vazios,


que são certificados como componentes,
somente podem ser utilizados se o
certificado para o equipamento completo
fizer referencia específica aos
componentes montados no seu interior.
Invólucros para Ex d

 Alterações da disposição dos componen-


tes internos de uma parte já certificada
de um equipamento não são admitidas
sem uma reavaliação, porque podem ser
criadas condições que resultem em pré-
compressão.
Zonas 1 e 2: Cabos

 Filosofia européia:
 As instalações elétricas em áreas
classificadas podem ser feitas com
cabos (sem eletrodutos) e prensa-cabos.
 Nestes casos, os cabos devem ter
proteção (capa) além do isolamento
básico.
Zonas 1 e 2: Cabos

 Filosofia americana:
 São usados eletrodutos metálicos e
unidades seladoras.
Atitude do Instalador:
Resumo
 Antes de iniciar a instalação de qualquer
equipamento em áreas classificadas, o
instalador deve responder a três questões.
1. Qual é a Classificação da Área?
2. O equipamento é aprovado (Certificado ou
Marca de Conformidade) para essa área?
3. O sistema de fiação é adequado para essa
área?
Manutenção

 Não é permitida nenhuma alteração nos


equipamentos elétricos aprovados para uso
numa determinada área classificada.

 Manter é manter e não modificar.

 Não usar lâmpada de potência maior do que


a máxima recomendada para a luminária.
Manutenção

 Exceto para equipamento de segurança


intrínseca, se não houver liberação para
serviço à quente, não abrir nenhum
outro, enquanto energizado, na área
classificada. Faça isso na oficina!

 Manter a integridade do aterramento e


das ligações equipotenciais.
Manutenção

 Os equipamentos móveis, como os fixos,


só devem ser instalados em áreas
classificadas se aprovados para tal.
 A mesma exigência vale para a fiação.
 No caso de liberação para serviço à
quente, os equipamentos e a fiação
podem ser de tipos não aprovados para
áreas classificadas.
Manutenção

 Após a manutenção de um invólucro à


prova de explosão, todas as juntas
devem ser limpas.
 Não usar escovas metálicas nem fluidos
corrosivos para a limpeza de flanges.
 Manter os tipos e as quantidades
originais de parafusos nas tampas dos
invólucros.
Inspeção: tipos
 As instalações em áreas classificadas
devem ser inspecionadas conforme a
norma NBR IEC 60079-17.
 Tipos de inspeção:
1. Inicial (comissionamento);
2. Periódicas;
3. Por amostragem;
4. Supervisão contínua.
Inspeção: graus

1. Visual (não precisa de equipamento de


acesso nem abrir o equipamento);
2. Apurada (precisa de equipamento de
acesso sem abertura do equipamento);
3. Detalhada (abertura do equipamento).
Normas

 NBR IEC 60079 -14:Instalações Elétricas


em Áreas Classificadas (exceto minas)
 NBR IEC 60079 -17:Inspeção e
Manutenção de Instalações Elétricas em
Áreas Classificadas (exceto minas)
 Portaria 83/2006 do Inmetro: Certificado
de Conformidade

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