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Conteúdo abordado:
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UNIDADE 1 - TRABALHOS ESPECÍFICOS E PROCEDIMENTOS DE
SEGURANÇA A BORDO
• Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20ºC (vinte graus Celsius)
e a uma pressão padrão de 101,3 kPa (quilopascal).
• Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor > 60ºC (sessenta
graus Celsius) e ≤ 93ºC (Celsius).
Essas definições são importantes apesar da NR-20 não ser aplicável à plataformas e
instalações de apoio empregadas com a finalidade de exploração e produção de
petróleo e gás do subsolo marinho. Neste caso, os requisitos mínimos para a gestão
da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes
provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência,
manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis são definidos pela
NR-37.
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usados nas atividades de pintura, produtos químicos (acetona, querosene,
lubrificantes, etc) estocados a bordo e vapores gerados nos processos de secagem
dos cascalhos, ricos em compostos inflamáveis, são alguns exemplos de líquidos e
gases inflamáveis que podemos encontrar a bordo da plataforma.
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As definições de inflamável e combustível
dependem muito do aspecto legal, e quando o
Saiba Mais quesito avaliado é a periculosidade, a definição
da Norma Regulamentadora 20 é a que deverá
ser utilizada como base.
A definição de atmosfera explosiva é dada no item 3.1 da ABNT NBR IEC 60079-10-
1 (Atmosferas explosivas - Parte 10-1: Classificação de áreas - Atmosferas
explosivas de gás), como sendo “mistura com ar, sob condições atmosféricas, de
substâncias inflamáveis, na forma de gás, vapor, poeira, fibras, partículas
combustíveis suspensas, que, após a ignição, permite autossustentação de
propagação da chama”.
Ou seja, áreas classificadas podem ser definidas como “áreas onde atmosfera
explosiva de gás ou poeira combustível pode estar presente em quantidades
suficientes para que haja explosão”. Falando em termos práticos, uma área é
classificada a partir do momento que se faz uma perícia ou análise dos níveis de
risco de uma determinada instalação, e se delimita formalmente como um local de
probabilidade da existência ou com possibilidade de formação de misturas
explosivas pela presença de gases, vapores, poeiras ou fibras combustíveis
misturadas com o ar.
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acontecer em condições normais de operação do equipamento de processo.
Com base nas definições acima, são necessárias precauções especiais no projeto,
fabricação, instalação, utilização, inspeção e manutenção de equipamentos e
instalações quanto tratamos de áreas classificadas, como por exemplo:
São exemplos de fontes de ignição de origem não elétrica, porém não limitadas a
somente estes:
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peças ferrosas como marretas; impacto de hélice de ventilador;
• Chama exposta (maçarico, caldeira, forno etc.) e gases quentes de
combustão;
• Gases quentes, inclusive partículas/fagulhas (descarga de motor de
combustão);
• Brasas de cigarro;
• Superfície quente (temperatura superficial elevada, acima de 200°C), que
pode provocar combustão espontânea de mistura inflamável, como tubulação
de descarga de motor diesel; caldeira; atrito de mancal ou rolamento de
motor, sem lubrificação; fricção de brocas de furadeiras, abertura de roscas,
ferro de solda; estufas de aquecimento; forno de aquecimento, compressão
adiabática;
• Descarga de eletricidade estática acumulada em correias, escovas, máquinas
e pistola de pintura;
• Reações exotérmicas, por exemplo, bissulfeto de ferro em contato com o ar.
Os equipamentos elétricos por sua própria natureza são potencial fonte de ignição,
quer pelo centelhamento normal de seus contatos, pelo aquecimento normal
provocado pela passagem da corrente ou mesmo por causa de alguma centelha ou
ponto quente gerado por falha na isolação, mal contato ou curto circuito. Portanto,
equipamentos elétricos NÃO DEVEM ser instalados ou utilizados em áreas
classificadas, a menos que seja estritamente essencial sua instalação neste local e
não existam soluções alternativas viáveis.
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equipamento foi construindo de acordo com as especificações aplicáveis e garanta a
segurança do mesmo para essa utilização (Portaria 179/2010 do INMETRO).
Um dos itens da NR-10 define que os trabalhos em áreas classificadas devem ser
precedidos de treinamento específico de acordo com risco envolvido. Este
treinamento é fundamental para autorização de trabalhos em instalações elétricas
em áreas classificadas e não deve ser confundido com os treinamentos do Anexo II
da NR-10.
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Além disso, a norma também prevê o treinamento de trabalhadores de outras áreas
que não a elétrica, visando à identificação de riscos e adoção de precauções
cabíveis como formas de prevenção de acidentes do trabalho que porventura
venham a exercer atividades na zona livre ou proximidade de zona controlada.
Nestes locais, as instalações devem ser feitas de acordo com as Normas Técnicas
ABNT NBR IEC 60079-14 (Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e
montagem de instalações elétricas) e ABNT NBR IEC 61892-7 (Unidades marítimas
fixas e móveis – Instalações elétricas – Parte 7: Áreas classificadas).
Os produtos químicos são definidos pela Norma Brasileira – NBR 14725 – Produtos
Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiental – Parte 1:
Terminologia, como toda “substância ou mistura”.
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No Brasil, a NR-26 – Sinalização de Segurança e a NBR 14725- Produtos químicos
– Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente são as normas utilizadas
como referência para diretrizes de segurança no trabalho com produtos químicos. A
NR-26, item 26.1.1, expõe a importância das cores de segurança em
estabelecimentos e ambientes de trabalho, como forma de identificação e de
advertência dos riscos existentes.
Figura 5 - Alguns exemplos de pictogramas do GHS para identificação de Perigos em Produtos Químicos
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- Explosivos
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Armazenamento
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de acesso;
g) detecção automática de fogo instalada no interior do compartimento e alarme
na sala de controle;
h) portas com mecanismo de fechamento automático, quando necessário;
i) ambiente seco e isento de substâncias corrosivas;
j) luz de emergência;
k) vias e portas de acesso sinalizadas de forma legível e visível com os dizeres
"INFLAMÁVEL" e "NÃO FUME";
l) conjunto adequado para a contenção de vazamentos.
Manuseio
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• O manuseio, movimentação e transporte do produto deve ser executado com
cuidado;
• É proibido comer, beber e fumar nos locais que manipulam os produtos
químicos;
• Após a manipulação deverá ser realizado a higienização das mãos;
• As substâncias perigosas devem ser mantidas em suas embalagens originais,
sempre que possível;
• Deve-se rotular todas as substâncias e/ou resíduos químicos. Tanto a
rotulagem quanto as FISPQs devem estar atualizadas;
• Os produtos sem uso deverão ser removidos;
• Usar cabelos presos e evitar o uso de adornos (brincos, pulseiras, anéis e
correntes);
• Os trabalhadores deverão ser treinados quanto a compreensão da rotulagem
preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico e sobre os
perigos, riscos, medidas preventivas para a utilização segura e procedimentos
de segurança em situações de emergência com o produto químico,
determinado pela NR-26, em seu item 26.2.4;
• Monitoramento da saúde do trabalhador, através de exames periódicos.
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sobre a elaboração, preenchimento de uma ficha de segurança, seu modelo e todos
os itens obrigatórios.
Figura 7 - A FISPQ é um documento de segurança para os trabalhadores em ambientes com produtos químicos
Figura 8 - A FISPQ deve estar em fácil acesso nas atividades que envolvam produtos químicos perigosos
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de 03 de março de 1998 que tornou obrigatória a elaboração da FISPQ para a
comercialização dos produtos químicos.
A regra também está na NR-26 que descreve alguns itens importantes, tais como:
Em alguns países, essa ficha é denominada Material Safety Data Sheet (MSDS) ou
Safety Data Sheet (SDS). Nacionalmente, também é conhecida como Ficha de/com
Dados de Segurança (FDS).
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