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TREINAMENTO NR-37 – AVANÇADO

ACIDENTES COM
INFLAMÁVEIS: SUAS CAUSAS
E AS MEDIDAS PREVENTIVAS
EXISTENTES NAS ÁREA
OPERACIONAL
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
Ao longo da história, ocorreram muitos acidentes com produtos perigosos
inflamáveis e que resultaram em consequências catastróficas, ocasionando
perda de vidas humanas, patrimoniais e ambientais.
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
Estes acidentes são menos frequentes que os de segurança ocupacional, porém
podem ter efeitos de grande severidade e que se propagam. Geralmente
apresentam múltipla causas, abrangendo várias pessoas em diferentes níveis da
organização.
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
Evolvem situações de perda de contenção de produtos perigosos em
equipamentos de processo como: tubulações, torres, entre outros. Esses
eventos podem resultar em dispersões de material tóxico, incêndio, explosões,
impactos ambientais, danos materiais e lesões pessoais.
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
Historicamente pode-se observar que a maioria das causas estão relacionadas a:
 Furos devido corrosão interna ou externa;
 Fadiga do material;
 Falha de montagem ou uso de materiais inadequados;
 Sobre pressão causada por falha de malha de controle ou segurança;
 Alinhamento indevido de válvulas;
 Queda de objetos na atividade de movimentação de cargas;
 Colisão de embarcação.
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS

Como consequência, produtos inflamáveis podem se apresentar nas condições


perfeitas para o desencadeamento de uma situação de emergência:

 Espalhamento do líquido inflamável pela área, possibilitando incêndio em


poça;
 Liberação de gás inflamável disperso no ar, gerando o risco de Incêndio em
jato de gás inflamável a alta pressão;
 Explosão.
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS
Diante disto, deve-se adotar medidas administrativas e técnicas para a prevenção e
mitigação de acidentes com estes produtos:
 Implementação da classificação das áreas;
 Necessidade de capacitação de profissionais para atuar com líquidos inflamáveis e
combustíveis;
 Estabelecer critérios para inspeções da instalação;
 Adoção de procedimentos de armazenamento, operação e manutenção;
 Implantação do Plano de resposta a emergências - PRE.
ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS

A seguir conheceremos alguns grandes acidentes e compreender a proporção que


podem tomar, causando mortes e muita destruição.
SEGURANÇA DE PROCESSO
GRANDES ACIDENTES
REDUC EM DUQUE DE CAXIAS - Durante drenagem rotineira de água do fundo de 1 (uma) esfera de
GLP, ocorreu o descontrole operacional que levou à liberação de GLP para a atmosfera e formação
de nuvem de material inflamável, seguido de incêndio e explosão em 3 (três) esferas. O acidente
provocou chamas de grandes proporções e a parte superior de uma das esferas foi arremessada a
aproximadamente 1 (um) quilômetro do local da explosão.

Mortos - 38; Perdas materiais - Aproximadamente US$ 17 milhões.


Feridos – 53. (valores em dólares inflacionados em dezembro de
2013)
SEGURANÇA DE PROCESSO
GRANDES ACIDENTES
VILA SOCÓ EM CUBATÃO - Após o início equivocado da operação de uma linha de gasolina que se
encontrava bloqueada em decorrência de baixa espessura, ocorreu uma sobre pressão que levou à
ruptura da mesma provocando um vazamento de cerca de 700 litros do produto para uma região de
mangue. O produto espalhou-se com a movimentação das marés pela região alagada, ocasionando
ignição seguida de incêndio de grandes proporções.

Mortos - 93; Perdas materiais – Valores não divulgados.


Feridos – dezenas.
SEGURANÇA DE PROCESSO
GRANDES ACIDENTES
PLATAFORMA P-36 BACIA DE CAMPOS – Durante uma atividade de manutenção, a válvula de bloqueio na linha de entrada
do tanque de drenagem de emergência é fechada e o suspiro atmosférico desse tanque é bloqueado. Mesmo fechada, a
válvula permite passagem de fluído de processo para o interior do tanque, que passa a receber óleo com gás dissolvido e
água. O aumento da pressão interna provoca o rompimento da parede do tanque. Com a ruptura da parede interna,
rompe-se também a tubulação de água do mar localizada ao lado do tanque, permitindo o ingresso da água, em uma das
colunas da plataforma. O nível de líquido atinge os ramais de ventilação, levando óleo e gás para outros ambientes.
Explosões subsequentes levam à uma inundação progressiva, inclinação da plataforma e posterior afundamento.

Mortos – 11. Perdas materiais – US$ 790 milhões. (valores em


dólares inflacionados em dezembro de 2013)
SEGURANÇA DE PROCESSO
GRANDES ACIDENTES
FPSO CIDADE DE SÃO MATEUS BACIA DE SANTOS – Durante operação de transferência de hidrocarboneto de um tanque de
carga para o tanque de slop de bombordo, foi proposto novo alinhamento para outro tanque de carga. A válvula de
alinhamento para o tanque de slop foi fechada antes da abertura da válvula de alinhamento para o outro tanque de carga
e a bomba de transferência foi mantida em operação, o que ocasionou um aumento de pressão na descarga da bomba e
posterior vazamento de condensado pela união flangeada que estava com uma raquete não adequada para a classe de
pressão da tubulação. Houve acúmulo de gás no interior da casa de bombas e consequente explosão, que atingiu a praça
de máquinas e o casario.

Mortos – 09; Perdas materiais – Valores não divulgados.


Feridos - 26
CONSIDERAÇÕES Se informe sempre com seu supervisor sobre as
especificidades da plataforma.
FINAIS
 Conheça os procedimentos operacionais a serem
adotados nas operações transporte e manuseio de
produtos combustíveis e inflamáveis.
 Respeite a sinalização de segurança em relação as
placas de “Perigo” instalada na plataforma.
 Conheça bem o seu ambiente de trabalho, antes de
iniciar uma atividade com possíveis fontes de
ignição.
 Na dúvida procure o profissional de segurança.
RESPOSTAS A
EMERGÊNCIAS COM
COMBUSTÍVEIS E
INFLAMÁVEIS
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

ACIDENTES COM INFLAMÁVEIS ACONTECEM

Numa emergência não


podemos perder o foco.

O treinamento é uma de nossas garantias


para o êxito numa situação real;
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

CONHECENDO A ESTRUTURA E SISTEMÁTICA DA RESPOSTA À EMERGÊNCIA


DA PETROBRAS.

Macroprocesso - Gerir SMS

Diretriz Corporativa SMS


CONTINGÊNCIA
Plano de Resposta a
Emergências - PRE
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

MACROPROCESSO
DIRETRIZES DE SMS
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
INCIDENT COMMAND SYSTEM (ICS)
O ICS é uma ferramenta de gestão, padronizada e implementada no Sistema Petrobras
para planejar, organizar e controlar sistemicamente as operações de resposta à
emergências.
O ICS baseia seu emprego nos princípios fundamentais: gestão por objetivos, concepção
sistêmica, concepção contingencial e aplicável para todas as situações de emergência.
É utilizado devido sua flexibilidade em situações de emergências de qualquer natureza
independente da complexidade e características.
A sua adoção no sistema Petrobras visa a uniformização da metodologia de ação para a
resposta a incidentes tanto internamente quanto externamente, considerando que os
órgãos reguladores (Marinha, IBAMA, ANP), governo estadual e federal e indústria como
um todo também fazem uso desta metodologia. Possibilita assim a integração de todos
os meios disponíveis no caso de situações de emergência, independente das jurisdições
afetadas e órgãos responsáveis.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ICS:
Visando a garantia de fidelidade à ferramenta, existem características
essenciais do ISC que nunca devem ser alteradas ou suprimidas, dentre elas
podemos destacar:

 Terminologia comum;
 Organização modular e flexível, adequada a necessidade do Incidente;
 Comando único ou Comando Unificado;
 Responsabilidades e atribuições definidas para as funções da EOR;
 Formulários padronizados.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ICS:

Terminologia comum: O uso da mesma terminologia garante que, mesmo


que representantes de instituições diferentes, operem de modo integrado,
garantindo a eficácia e agilidade nas informações;

Comando Unificado: Ter um Comando é um fator crucial para manter a


ordem durante momentos de emergências, fazendo com que em qualquer
momento ou situação você só tenha que se reportar ou acatar as decisões de
um único líder. Deste modo o Comandante do Incidente (IC) ou Comando
Unificado (UC) centraliza todas as decisões finais devidamente estudadas
por seus Assessores e Chefes de Seção;
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ICS:

Organização modular e flexível: Uma premissa extremamente importante


do ICS é sua flexibilidade, e por isto ele é aplicável na gestão de uma
variedade de emergências, das menores às mais complexas, tanto em curto,
médio e longo prazo, se adequando e modulando conforme o
desenvolvimento das ações de resposta;

Responsabilidades e atribuições definidas para as funções da EOR: Todos


os envolvidos são informados formalmente e conhecem seus papeis e
responsabilidades, garantindo assim que todas as ações necessárias tenham
alguém como responsável;
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
ESTRUTURA GENÉRICA DO ICS
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
ESTRUTURA DE UMA EOR COM ALGUMAS DAS FUNÇÕES
ATIVADAS CONFORME AS NECESSIDADES
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ICS:
Formulários padronizados: Durante as operações as informações devem ser
registradas em formulários adequados, garantindo o histórico das ocorrências, a
entrega de informações adequadas nas reuniões de planejamento e registro das
informações das ações que foram tomadas e os recursos já empregados.

ICS ICS ICS ICS ICS ICS ICS Previsões


Mapa de
201 202 226 207 230 situação do 209 232 meteorológicas,
Modelagem,
Incidente Dados Sobrevoo

Relatório Objetivos Agenda de


Inicial do de Longo Sensibilidade
reuniões
incidente Prazo Ambiental

Organograma Relatório de
Objetivos e da EOR situação
prioridades
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
TIPOS DE INCIDENTES:
O ICS classifica os incidentes em cinco tipos considerando a complexidade,
os do tipo 5 são os menos complexos, enquanto os do tipo 1 são os mais
complexos envolvendo estruturas maiores e mais articuladas, demandando
mais tempo para o seu controle e extinção.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
PLANEJAMENTO DA RESPOSTA CONTÍNUADA
O plano “P” (planejamento da gestão do incidente), é dividido em duas fases:
fase reativa (ou resposta inicial) e fase proativa (ou resposta continuada).

FASE DE RESPOSTA
CONTINUADA - PROATIVA
(EOR REGIONAL) FASE PROATIVA

FASE DE RESPOSTA
INICIAL - REATIVA (EOR
LOCAL)
PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIAS - PRE
Cada unidade marítima tem o seu plano de resposta específico, com o propósito de responder
prontamente a fase inicial de um sinistro. Atendendo os seguintes requisitos:
 Estruturada de forma a atender os cenários acidentais previstos nas análises de riscos da
unidade, e cada função estar prevista no documento base do PRE;
 Capacitada a preencher os formulários adequados para registro das ocorrências definidos
no ICS e, no caso de a emergência extrapolar as condições de resposta da unidade,
fornecer as informações necessárias para a Estrutura de Resposta continuada que assumirá
o comando;
 Ter os seus membros capacitados e aptos a atuarem como membros de uma equipe de
resposta a emergências, realizando periodicamente simulados nos cenários acidentais
identificados;
 Estar munida de todos os equipamentos e ferramentas necessárias para o combate à
emergência.
Conheça o PRE da sua plataforma!
RESPOSTA A EMERGÊNCIA
RECURSOS EXISTENTES NA PLATAFORMA
 Rede de Hidrantes;
 Extintores portáteis e carretas;
 Canhões fixos e moveis;
 Sistema de dilúvio;
 Biruta;
 Conjunto autônomos;
 Equipamento de escape em emergência-EEBD;
 LGE;
 Roupas para brigadistas; (capacete, botas, bala clava, luvas);
 Baleeiras;
 Balsas infláveis;
 Rádios portáteis;
 Bote de resgate;
 Colete salva vidas.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
A EOR local de uma unidade é estruturada conforme abaixo:
COMANDANTE INICIAL DO INCIDENTE
GERENTE DA UNIDADE
ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO LOCAL
OPERADOR DE RÁDIO

GRUPO DE CONTROLE DA FONTE GRUPO DE CONTROLE DE SALVATAGEM GRUPO DE CONTROLE DE IMPACTO

COPROD / COMAN / COEMB ... COEMB / MESTRE DE CABOTAGEM TÉCNICO DE SEGURANÇA

FT - PRODUÇÃO FT - BRIGADA DE INCÊNDIO


FT - BALEEIRA

FT - MANUTENÇÃO /
FACILIDADES FT - HELIPONTO
FT - BOTE DE RESGATE

FT - RESGATE EM ESPAÇO
FT - EMBARCAÇÃO CONFINADO / TRABALHO EM
FT - TRANSBORDO ALTURA

FT - SONDA FT - PRIMEIROS SOCORROS

FT - LIMPEZA E CONTENÇÃO
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
ATRIBUIÇÕES DOS COMPONENTES DA EOR LOCAL:

Comandante Inicial do Incidente (Gerente da unidade) – Deve garantir uma resposta


eficaz ao incidente, tomando ciência das características reais da emergência
estabelecendo, aprovando e determinando a utilização dos recursos adequados, os
priorizando conforme a necessidade;

Assessor de Comunicação Local (Operador de rádio) – Responsável por disseminar as


informações internas e externas conforme as determinações do Comandante Inicial do
Incidente.

Controle da Fonte – Responsáveis por coordenar as Forças Tarefas (FT) na execução das
ações demandadas pelo Comandante Inicial do Incidente em suas áreas de atuação,
conforme suas especialidades técnicas;

Forças tarefas (FT) – Executar as ações conforme orientações do responsável pelo


controle da fonte, considerando cada fase da resposta a emergência.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS EM UMA SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA

Quando uma emergência é detectada por qualquer pessoa a bordo, a sala


de controle central deve ser informada imediatamente através do ramal
telefônico de emergência (8800), pelo sistema de comunicação interna
(INTERCOM) ou através dos rádios de comunicação utilizados por alguns
trabalhadores.

RAMAL DE EMERGÊNCIA:

8800
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

Quando a comunicação for realizada por rádio UHF, existem


canais específicos, que podem apresentar variação entre as
Plataformas. Confira na sua unidade!

EXEMPLO:

ADMINISTRAÇÃO
Canal 02: GEPLAT, Sala de Rádio e SMS

EMERGÊNCIA
Canal 03: Produção
Canal 04: Embarcação e Cabotagem
Canal 05: Manutenção e TECON
Canal 06: Contratada
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

Em caso de emergência, botoeiras de emergência também podem


ser acionadas manualmente.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

As seguintes informações devem ser repassadas quando presenciada uma


emergência:

a) Localização;
b) Acessos;
c) Agentes/produtos envolvidos;
d) Riscos envolvidos;
e) Extensão;
f) Condições ambientais;
g) Existência e número de vítimas;
h) Áreas impactadas e ameaçadas.
RESPOSTA A EMERGÊNCIA
TIPOS DE ALARME
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
ACIONAMENTO DA EOR
Quando o alerta é acionado na plataforma, a EOR se mobiliza imediatamente para seus
pontos de reunião conforme a fase de mobilização.

Entre os integrantes da EOR são utilizados rádios portáteis, cujas frequências de


comunicação são definidas pelo Comandante Inicial do Incidente.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
PROCEDIMENTOS DA BRIGADA EM CASO DE UMA EMERGÊNCIA

A FT - Brigada de Incêndio deve se dirigir para o ponto de reunião, e jamais


para o local da emergência;

O líder e pelo menos dois componentes da Brigada de Incêndio (homem


hidrante e homem esguicho) devem portar detectores de gás, com medição
contínua e alarme sonoro e visual;

Especial atenção deve ser dada a proibição da exposição de pessoas,


inclusive da brigada, a atmosferas explosivas.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
TRANSFERÊNCIA DE COMANDO
Conforme definido no ICS, a resposta inicial do incidente é responsabilidade da
unidade onde ocorreu a emergência, esta, munida de todos os recursos
necessários tenta controlar e extinguir a anomalia. Caso isto não seja possível,
o comando deve ser passado para o Comandante de Resposta Continuada.
Neste momento é muito importante que os formulários do ICS estejam
corretamente preenchidos e organizados, transcrevendo fielmente a realidade
da emergência.
O Comandante de Resposta Continuada recebe todas as informações
necessárias para o prosseguimento da resposta, avaliando quais ações
complementares devem ser adotadas e que outros planos (PEI, PEVO, etc.) e
instituições devem ser acionadas.
PLANO DE EMERGÊNCIA INDIVIDUAL (PEI)
Cada unidade marítima possui também um PEI, em atendimento à CONAMA N° 398, onde
estão descritas as ações a serem desencadeadas imediatamente após um derramamento de
óleo, que não ultrapasse os limites da UM. Este plano apresenta os procedimentos,
recursos humanos, materiais e equipamentos adequados ao controle e combate à poluição.
Conheça o PEI da sua plataforma!
PLANO DE EMERGÊNCIA INDIVIDUAL (PEI)

A bordo da Unidade Marítima existem equipamentos e materiais de resposta


denominado KIT SOPEP.

Este material destina-se à utilização em incidentes a bordo da Unidade


Marítima. A mobilização do kit SOPEP deve ser imediata, evitando que
resíduos oleosos alcancem o ambiente marinho.
PLANO DE EMERGÊNCIA PARA VAZAMENTO DE ÓLEO (PEVO)

O PEVO é um plano complementar aos PEI das unidades de produção e perfuração


dentro de uma área geográfica predefinida, atuando na resposta com ações que são
adotadas fora dos limites das instalações (no mar ou em terra), onde a UM não tem
condições de atuar ou coordenar a atuação. O PEVO define os procedimentos, recursos
humanos, materiais e equipamentos adequados ao controle e combate à poluição.
Conheça o PEVO da sua Área Geográfica!
PLANO DE EMERGÊNCIAS AERONÁUTICAS (PEA)

O PEA é parte integrante do PRE. Descreve os procedimentos a serem


adotados, desde o instante em que se caracteriza uma emergência
aeronáutica, ou mesmo a incerteza quanto à segurança de uma aeronave em
voo, até o momento em que a infraestrutura aeronáutica é desinterditada para
as operações normais.

Sua área de atuação corresponde a área circulada na Unidade Marítima e com


raio preferencial de 500m na qual o bote de resgate tem condições de chegar
para resgatar vitimas no mar. Para atuação fora deste raio, o Comandante
Inicial do Incidente deve ser comunicado, devendo-se analisar as condições de
mar e a autonomia da embarcação, visando a garantia da segurança da
tripulação do bote de resgate.
RESPOSTA A EMERGÊNCIA
EVACUAÇÃO
É o método de se deixar a plataforma de forma ordenada, quando há risco de se perder o
controle da emergência, fazem uso preferencialmente de meios externos (plataformas,
aeronaves ou embarcações) se as condições assim permitirem. A EOR continuará atuando
tentando restabelecer o controle da Unidade. Exemplos:

Helicóptero
Cesta de transbordo

Baleeiras

Balsas infláveis
RESPOSTA A EMERGÊNCIA
ABANDONO DA PLATAFORMA
É o método de se deixar a plataforma, quando é iminente a perda de controle da
emergência, de forma ordenada, utilizando-se recursos próprios, preferencialmente as
baleeiras e, para utilização secundária, balsas infláveis, se assim for possível. Exemplos:

Escape chute

Baleeiras

Balsas infláveis Salto na água


RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

PLANEJAMENTO DO CICLO DE EXERCÍCIOS SIMULADOS


Os simulados de emergência são fundamentais para a ambientação, tanto da equipe de
resposta quanto para os ocupantes da unidade, no atendimento aos procedimentos e
peculiaridades de cada tipo de situação de emergência.
Importante também para a identificação e adequação de deficiências encontradas nos
procedimentos de resposta.
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
SIMULADOS DE EMERGÊNCIA:
As unidades devem realizar simulados de emergência, considerando os cenários
acidentais possíveis de ocorrer, conforme identificado nas análises de riscos da unidade.
Os simulados devem ser realizados conforme as seguintes etapas:

PLANEJAMENTO
O Coordenador do simulado deve reunir as equipes, planejar e discutir a execução dos
procedimentos operacionais de resposta, considerando os cenários acidentais previstos e
atentando para os impactos ambientais e acidentes pessoais que possam ser causados
pelo próprio exercício.
REALIZAÇÃO
O exercício de simulado deve ser realizado em equipamentos que estão em operação,
considerando as precauções necessárias para a execução do exercício com segurança. Os
exercícios devem, tanto quanto possível, ser conduzidos como se estivesse ocorrendo
uma emergência real;
RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
ENCERRAMENTO
O encerramento do simulado deve ser comunicado a todos os participantes, visando garantir a
desmobilização da estrutura montada.
AVALIAÇÃO
O GEPLAT, após o término do exercício simulado, deve convocar os integrantes das equipes para
uma reunião de avaliação de desempenho e da efetividade das ações de resposta à emergência.
Abordando os seguintes itens:
a) A retidão do preenchimento dos devidos formulários de registro - Relatório Inicial da
Emergência e do quadro de registro;
b) Descrição das ações de resposta, desde a confirmação do incidente até a desmobilização dos
recursos, devendo ser apresentada a sua cronologia;
c) Desempenho das equipes da EOR (Estrutura Organizacional de Resposta);
d) Remoção de resíduos;
e) Pontos fortes identificados;
f) Oportunidades de melhorias identificadas com registro do Plano de Ação e responsáveis pelas
ações.
RESPOSTA A EMERGÊNCIA

INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Fique atento as informações do INTERCOM:


 Será informado o cenário e o local da emergência,
 No caso de uma emergência com H2S será orientado o uso da máscara de
fuga e saída do local,
 Será solicitado que desliguem seus equipamentos, paralisem seus trabalhos
e dirijam-se em segurança ao ponto de reunião,
 Caso o local da emergência seja em um dos pontos de reunião principal,
será informado para que as pessoas se dirijam aos pontos de reunião
alternativos, após comunicação da liderança local.
RESPOSTA A EMERGÊNCIA

INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA


a) A Relação nominal de todos os componentes da EOR deve ser atualizada e
disponível a bordo das Unidades Marítimas no quadro de faina e no sistema
APLAT;
b) Os registros de automação e imagens do circuito interno de TV devem ter a
sua recuperação assegurada;
c) As fainas para controle da emergência devem ser conduzidas com foco na
preservação da estanqueidade dos compartimentos;
d) Em caso de impossibilidade de operação pela Sala de Controle Remota (SCR),
durante uma emergência, o líder deverá assumir ou delegar operador
qualificado para operar pela Sala de Controle Local (SCL);
RESPOSTA A EMERGÊNCIA
INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
e) Todo empregado tem autonomia para interromper a operação dos sistemas e
equipamentos sob sua responsabilidade que estejam em emergência;
f) Durante as emergências todos devem dar prioridade absoluta às
comunicações e requisições de serviços, materiais e equipamentos por parte
da EOR;
g) Somente os componentes da EOR ou pessoas que forem convocadas pelo
Comandante Inicial do Incidente poderão se dirigir ou permanecer no local
da emergência, após avaliados os riscos e as condições de segurança na
etapa de mobilização;
h) O retorno às atividades normais somente poderá acontecer após o controle
total da emergência.
RESPOSTA A EMERGÊNCIA

INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

i) Durante a troca de turma os tripulantes que compõem a EOR embarcada,


mesmo que aguardando a aeronave para o desembarque, são os responsáveis
por atender as emergências ocorridas na Unidade Marítima;
j) Os tripulantes que irão compor a EOR, mesmo que estejam realizando os
procedimentos de recepção, são considerados como parte da EOR;
k) Todos os integrantes da equipe de emergência devem estar aptos a
manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio,
agindo com responsabilidade e assumindo seus atos (ações e omissões).
l) O comandante da EOR deve garantir que todos os seus componentes estão
habilitados ou capacitados para tal.
CONSIDERAÇÕES  No caso de uma emergência, primeiro comunique à sala
de rádio ou ao colega mais próximo;
FINAIS  Mantenha a calma, e caso observe indícios de Incêndio
(fumaça, chamas) inicie imediatamente o primeiro
combate com extintor fixo ou sobre rodas, até a
chegada da brigada, se atentado para o tipo correto de
extintor;
 Caso a emergência evolua e a EOR seja acionada, dirija-
se ao seu ponto de reunião, munido de seus EPI, colete
salva-vidas e retire o cartão “T” do escaninho.
 Na dúvida chame o profissional de segurança
NOÇÕES DE SEGURANÇA DE
PROCESSO PARA PLATAFORMAS
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÃO
Segurança de processo é uma disciplina estruturada para gerenciar a integridade de sistemas e processos
operacionais perigosos pela aplicação de bons princípios de projeto, engenharia e práticas de operação e
manutenção. Trata-se da prevenção, mitigação e resposta a eventos que tem o potencial para liberar
produtos perigosos. Tais eventos podem causar efeitos tóxicos, incêndios ou explosões e em última
instância, podem resultar em ferimentos graves, danos à propriedade, perdas de produção e impacto
ambiental.
SEGURANÇA DE PROCESSO
SEGURANÇA DE PROCESSO X SEGURANÇA OCUPACIONAL
SEGURANÇA DE PROCESSO SEGURANÇA OCUPACIONAL

ESCOPO Sistemas técnicos e organizacionais Lesões pessoais


complexos

PREVENÇÃO Projeto, integridade mecânica, Procedimentos, treinamentos, EPI


avaliação de riscos, gestão de
mudanças

RISCO Acidentes com potencial catastrófico Queda, escorregão, impacto contra,


etc.

PRINCIPAIS ATORES GE, GG, Engenheiros, Pessoal de Gerentes, Supervisores e força de


Operação, Manutenção e Inspeção trabalho

INDICADORES DE Perda de contenção, atendimento das TFCA, TFSA, TG, Auditoria


SEGURANÇA recomendações dos estudos de risco Comportamental
SEGURANÇA DE PROCESSO

ESTRATÉGIA

A PETROBRAS utiliza a estratégia de Segurança de Processo baseada em Riscos (Risk Based Process
safety – RBPS) para a gestão da prevenção de acidentes de segurança de processo.

Ao responder essas perguntas é possível identifica os potenciais cenários acidentais, bem como
estabelecer ações para redução e controle dos riscos, a fim de que estes encontrem-se em patamar
tão baixo quanto razoavelmente praticável. Adicionalmente o conhecimento dos riscos permite
priorizar ações e recursos.
SEGURANÇA DE PROCESSO

Bases da Gestão de
Segurança de Processo
SEGURANÇA DE PROCESSO

Bases da Gestão de
Segurança de Processo
SEGURANÇA DE PROCESSO

Bases da Gestão de
Segurança de Processo
SEGURANÇA DE PROCESSO

Bases da Gestão de
Segurança de Processo
SEGURANÇA DE PROCESSO

Importância da Gestão
de Segurança de
Processo

Aumenta a produtividade, pelo


ganhoPermite
Permite
Permite a melhoria
melhoriadona
dea confiabilidade
melhoria moral,
da dos
continuidade
lealdade
processos
imagem operacional
Reduzeoprodutivos
erisco
retenção de
confiança doédas
de multas ede
pessoas,
que
Previne
devido aplantas.
interdições àocorrência de
provenientes
boa gestão e
alcançado através
público de dos programas
interesse.
grandes
de órgãosacidentes.
engajamento reguladores.
das equipes.
de integridade mecânica.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES
PROCESSO
Qualquer operação ou sequência de operações envolvendo modificação de matérias
primas. Por exemplo:
1) Uma mudança num estado de energia, tal como quente para frio ou líquido para
gasoso. Produção de vapor em uma caldeira;
2) Uma mudança de composição, como ocorre em reações químicas ou na mistura de
diferentes materiais. Produção de aço em siderúrgicas, onde ferro e carvão mineral são
misturados em quantidades determinadas de forma a dar origem a diferentes tipos de
aço;
3) Uma mudança de dimensão de materiais. Moagem de carvão utilizado como
combustível em usinas termelétricas de geração de energia.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

VARIÁVEL DE PROCESSO
Qualquer quantidade física com valor alterável no tempo.
Elas são medidas para fins de controle, indicação, registro, alarme e totalização.

VARIÁVEL CONTROLADA
Aquela escolhida para representar o estado do processo.
Controlar uma variável é manter constante ou limitada dentro de uma faixa de
valores, porque há influência de outras variáveis tendendo a modificá-la.
Essas variáveis são os parâmetros que indicam a qualidade do produto ou as
condições de operação do processo, tais como: pressão, temperatura, vazão, nível,
densidade, composição, PH, umidade, peso, velocidade, etc.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

VARIÁVEL MANIPULADA
Aquela escolhida para controlar o estado do processo, sendo que sofre ações para
manter a variável controlada nos valores determinados.
Essa variável determina o tipo do elemento final de controle.
Por exemplo, quando desejamos controlar o nível de um tanque, a variável manipulada
é a vazão de líquido através da abertura ou fechamento de uma válvula.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

PONTO DE AJUSTE OU “SET POINT”

É o valor desejado da variável controlada requerido pelas necessidades do processo.


Ele é determinado pelo pessoal de projeto e/ou processo e pode ser ajustado direta ou
indiretamente pelo operador ou por controlador automático.

ERRO OU DESVIO

É a diferença entre o ponto de ajuste e o valor medido da variável controlada, é a base


para todas as ações de controle.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

DISTÚRBIO
Algo que afeta o desempenho do processo.
São fatores como: condições de operação, condições ambientais, desgaste dos
equipamentos e instrumentos de medição, falha de equipamentos e fenômenos internos
do processo, como reações químicas indesejadas e outros.
Como seu controle direto é difícil, deve-se aprender a conviver com ele e ajustar o
sistema para compensar convenientemente sua influência.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CONTROLE DO PROCESSO
É obter os resultados desejados dentro dos limites de tolerância razoáveis para um
determinado parâmetro.
Caso houver um distúrbio, a variável controlada deve retornar exatamente ao valor do
ponto de ajuste previamente estabelecido, no tempo prescrito e com erro limitado.
Os instrumentos de controle de processo são necessários porque as variáveis de
processo variam ao longo do tempo.
O objetivo do sistema de controle de processo é determinar o valor das variáveis de
processo e continuamente atualizar os dispositivos de atuação que agem diretamente
sobre o processo.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

ELEMENTOS DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE PROCESSO (MALHA CONTROLE)

É o conjunto de instrumentos interligados ao processo com funções de controle. As


malhas de instrumentos são abertas ou fechadas, determinando assim o tipo de
estratégia de controle.
É formada por três elementos:
 Transmissores;
 Controladores;
 Atuadores.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

PERDA DE CONTENÇÃO PRIMÁRIA

É a liberação não planejada ou não controlada


de hidrocarbonetos ou outros produtos
perigosos para fora de sua contenção primária,
como tanque, vaso, linha ou outro
equipamento projetado para servir como
primeira contenção do material, ainda que
essa liberação seja direcionada para
instalações projetadas a fim de servir como
contenção secundária (por exemplo, bacia de
contenção e diques).
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES
PRODUTOS PERIGOSOS
Quaisquer substâncias potencialmente capazes de causar danos às pessoas, ao patrimônio
ou ao meio ambiente em função de suas propriedades químicas (inflamabilidade,
toxicidade, corrosividade, reatividade, potencial de causar asfixia) ou físicas (pressão e
temperatura).
Exemplos: Hidrocarbonetos, vapor d’água, condensado, água aquecida, fluido de
perfuração, ar comprimido, nitrogênio, CO2 comprimido, etc.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

BARREIRAS OU CAMADAS DE PROTEÇÃO


Um dos modelos ilustrativos mais conhecido para a representação das barreiras e
camadas de proteção é o de queijo suíço, onde estas são representadas por fatias de
queijo sólidas, porém com buracos que representam suas fraquezas.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES
BARREIRAS OU CAMADAS DE PROTEÇÃO
São proteções previstas para um cenário acidental, e podem ser preventivas ou
mitigadoras.
Barreiras preventivas visam prevenir o evento de perda de contenção primária,
enquanto as barreiras mitigadoras visam minimizar a severidade das consequências.

Camadas
mitigadoras

Camadas
preventivas
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO
1ª Camada
Projeto da instalação de processo – Integridade
Um cenário associado à operação de equipamentos e/ou processos pode ter
seu risco reduzido ou eliminado, por meio de técnicas de projeto
específicas ou de um projeto inerentemente mais seguro.

Exemplos:
 Riscos de pressão excessiva  especificação adequada da espessura de
tubulação ou da limitação do “head” da bomba abaixo da pressão de
projeto dos equipamentos a jusante;
 Riscos de vibrações  suportes adequados para as tubulações;
 Riscos a pessoas  instalação da planta em local desabitado.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO
2ª Camada
Sistemas de Supervisão e Controle
Sistemas de controle automático do processo ou equipamento.
Exemplos:
 TIC, PIC, FIC, LIC, PLC de controle, SDCD.

3ª Camada
Sistemas de alarme com ação operacional
Supervisão contínua por pessoal de operação qualificado com auxílio de
um sistema de alarmes adequado.
Exemplos:
 TAH, PAH, FAL, FAH, LAH, transmissores, sistema supervisório.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO
4ª Camada
Sistemas Instrumentados de Segurança SIS
É uma combinação de sensores, executores da lógica e elementos finais
que desempenham uma ou mais Funções Instrumentadas de Segurança
(SIF), as quais são instaladas para prevenir ou mitigar cenários de riscos,
mantendo-os em níveis toleráveis, ou para trazer a operação a um estado
seguro, no caso de uma perturbação no processo.

Exemplos:
 TSHH, PSHH, FSLL, LSHH, LSLL, CP de segurança
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO

5ª Camada
Sistemas de Alívio e Proteção Mecânica
Protege o processo contra danos causados por alta ou baixa
pressão.
Removem energia do processo descarregando massa contendo
energia.

Exemplos:
 PSV, disco de ruptura, BDV, válvula de pressão e vácuo, tocha.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO
6ª Camada
Sistemas de Mitigação Físicos
Minimiza as consequências de um evento de perda, após sua ocorrência.
Exemplos:
 Inerentes: Redução do inventário de material perigoso;
 Passivas: Diques de contenção, “fire-walls”, “blast-walls”, corta-
chamas;
 Ativas: Sistemas de combate a incêndio (sprinklers, dilúvio, canhões
monitores, CO2, “water mist”), detecção de gás e incêndio;
 Administrativas: Conjunto autônomo, máscara de fuga, restrição de
acesso a áreas.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO
7ª Camada
Plano de emergência – Unidade Industrial
Resposta a emergências – planejamento baseado no cenário.
 Entendendo seus perigos e riscos;
 Entendendo suas capacidades on site (no local);
 Estabelecimento de locais seguros, rotas de fuga e de
evacuação, central de comando.
SEGURANÇA DE PROCESSO
DEFINIÇÕES

CAMADAS DE PROTEÇÃO
8ª Camada
Plano de emergência – Comunidade
Resposta a emergências, envolvendo também a comunidade e agentes
externos.
Garantindo o apoio por partes externas como corpo de bombeiros, defesa
civil e ajuda mútua.
Exemplo:
Desastre de Seveso – Itália 1976. Uma das principais lições do desastre é
a importância da Comunicação do Risco. O desastre provocou a criação da
“Diretriz de Seveso”.
SEGURANÇA DE PROCESSO

PERIGO FALHAS NO SISTEMA DE GESTÃO

São tidas como as principais causas de acidentes


de processo. Se não tratadas, tais falhas
permanecerão latentes na organização
contribuindo para a ocorrência de futuros
eventos acidentais.
Grande parte dos acidente catastróficos que
ocorreram ao longo da história possui
características comuns, dentre elas destaca-se
as condições latentes no processo produtivo,
que favoreceram a ocorrência dessas tragédias.
SEGURANÇA DE PROCESSO

GESTÃO DAS CONDIÇÕES DE FALHA

NORMAL ANORMAL EMERGÊNCI


A
Todos os perigos de
processo estão
contidos e controlados,
mas continuam
presentes.
Sistemas Chave: Objetivos:
1) Contenção primária (tubulações, vasos,  Manter a unidade em modo de operação
etc); normal.
2) Malha de controle;  Otimizar a produção.
3) Equipamento do Processo analisado;
4) Procedimentos Operacionais.
SEGURANÇA DE PROCESSO

GESTÃO DAS CONDIÇÕES DE FALHA


Salvaguardas
preventivas
Evento Perda de
Iniciador Contenção

NORMAL ANORMAL EMERGÊNCI


A
Desvio do modo de
operação normal

Salvaguarda
Reduz a probabilidade do evento de perda
Preventiva

Objetivos:
1) Retornar ao modo de operação normal;
2) Se não for possível, trazer a planta para um estado seguro
(parando a unidade antes que ocorra um evento de perda).
SEGURANÇA DE PROCESSO
GESTÃO DAS CONDIÇÕES DE FALHA

Salvaguardas Salvaguardas
preventivas Mitigadoras
Evento Perda de
Iniciador Contenção ACIDENTE
ALTA
SEVERIDAD
E

NORMAL ANORMAL EMERGÊNCI


A

Salvaguarda Reduz a severidade das


MITIGADORA consequências

Objetivos:
 Minimizar lesões e perdas.
 MITIGAR o cenário.
SEGURANÇA DE PROCESSO
GERENCIAMENTO DE AÇÕES PREVENTIVAS
As anomalias devem ser tratadas, catalogadas, categorizadas, quantificadas, e
analisadas como parte do processo de gerenciamento e planejamento das ações de
bloqueio e mitigação de futuras ocorrências.
SEGURANÇA DE PROCESSO
GERENCIAMENTO DE AÇÕES PREVENTIVAS
Com base nas informações levantadas tem-se condição de utilizar indicadores como
ferramentas de balizamento para a implementação de ações direcionadas às ocorrências
com maior possibilidade de ocorrência, aumentando a eficácia destas ações.
SEGURANÇA DE PROCESSO
RESPONSABILIDADES
CABE À GERÊNCIA
 Conhecer os perigos e riscos da instalação;

 Entender os maiores perigos do negócio;

 Garantir que o desempenho dos sistemas de segurança esteja


conforme o projeto;

 Tomar decisões estratégicas avaliando o potencial impacto na


gestão de segurança do processo;

 Focar na produção com segurança;

 Acreditar que a segurança de processo é obrigação de todos;

 Cumprir a fazer cumprir as regras de ouro.


SEGURANÇA DE PROCESSO
RESPONSABILIDADES

CABE ÀS LIDERANÇAS DE BORDO

 Reconhecer e compreender os perigos da instalação de processo;

 Identificar tarefas críticas de segurança de processo dentre a


outras atividades de produção que acontecem no turno;

 Cumprir e fazer cumprir os padrões;

 Incentivar o registro das anomalias no SIGA;

 Cumprir e fazer cumprir as Regras de Ouro.


SEGURANÇA DE PROCESSO
RESPONSABILIDADES

CABE À FORÇA DE TRABALHO


 Reconhecer e compreender os perigos e riscos da instalação;

 Reportar as anomalias de segurança de processo;

 Focar na produção com segurança;

 Cumprir os padrões e procedimentos;

 Conhecer suas ações em resposta a emergências;

 Seguir as Regras de Ouro.


No caso de emergência acione a sala de rádio.
CONSIDERAÇÕES - Mantenha as atividades ordenadas e inter-
relacionadas no processo de trabalho;
FINAIS - Conhecer todos os processos específicos de sua área
de atuação;
- Seguir as procedimentos referente a segurança do
processo, operacional e ocupacional da plataforma.
- Conhecer as camadas de proteção e/ou barreiras de
segurança do processo;
- Esteja sempre alerta!

Na dúvida chame o profissional de segurança!


SEGURANÇA NA OPERAÇÃO
DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Uma plataforma de petróleo é um local


com potencial de ocorrência de presença
de fluídos inflamáveis (vapores, gases e
líquidos) no sistema de processo mesmo
em condições normais de operação.
Conforme as normas vigentes e literaturas
técnicas, nesta condição é necessária a
implementação do conceito de áreas
classificadas, provendo equipamentos com
proteção específica para atmosfera
explosiva, eliminando, isolando ou
confinando fontes de ignição de origem
elétrica ou mecânica.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Os seguintes requisitos devem ser considerados para a classificação de uma área

 O tipo de produtos ou substâncias que


podem estar presentes no local;

 A probabilidade com que essas substâncias


podem acontecer naquele ambiente de
modo a formar uma mistura inflamável;

 Volume de risco, ou seja: a extensão da


área onde essa mistura poderá ser
encontrada.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Propriedades que influenciam diretamente a classificação de área

1- Limites de Inflamabilidade (% volumétrico em relação ar)

2- Ponto de Fulgor

3- Ponto de Combustão Parâmetros de temperatura

4- Ponto de Ignição

5- Densidade Relativa
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

1 - LIMITES DE INFLAMABILIDADE

É a faixa de concentração no ar, dos vapores de uma substância inflamável. O menor


valor é o limite inferior de inflamabilidade (LIE), e o maior valor é o limite superior
de inflamabilidade (LSE). Por exemplo, o acetileno tem como limites 2,3% e 82%.

É o que se entende por:


Mistura pobre – pouco produto inflamável e muito oxigênio. Concentração abaixo do
LIE;
Mistura ideal – relação volumétrica oxigênio/produto inflamável dentro da faixa;
Mistura rica – muito produto inflamável e pouco oxigênio. Concentração acima do
LSE.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

A inflamabilidade depende da volatilidade do produto e ventilação.

Mistura Pobre
Muito ar e não ocorre combustão

Mistura Ideal
Oxigênio e gás dentro do limite e
ocorre a combustão

Mistura Rica
Muito gás e não ocorre combustão

Volatilidade significa a facilidade de evaporação de uma substância.


ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Concentração do Gás

100 %

Cada gás possui os seus limites de explosividade característicos;


Os limites de explosividade dos gases varia em uma faixa
(concentração Vol %) muito estreita (entre LIE e LSE).

Mistura RICA: Muita substância inflamável e pouco oxigênio.


Concentração acima do Limite Superior de Explosividade (LSE)
LSE
Mistura IDEAL: Relação volumétrica oxigênio / substância
inflamável dentro dos Limites de Explosividade
LIE
Mistura POBRE: Pouca substância inflamável e muito oxigênio.
Concentração abaixo do Limite Inferior de Explosividade (LIE)
0%
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Exemplos

Metano Propano Querosene Gasolina Hidrogênio


100 % 100 % 100 % 100 % 100 %

LSE
77 %

LSE
15 % LSE
9,5 LSE
% LSE 7,6
4%
5% 5% % LIE
LIE 2,3 1,4
% LIE 0,7 %
LIE % LIE
0% 0% 0% 0% 0%
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Parâmetros de temperatura

2 - Ponto de Fulgor 3 - Ponto de 4 - Ponto de


(Flash Point) Combustão Ignição
Menor temperatura Menor temperatura Menor temperatura
para que um para que um na qual os gases
combustível libere combustível libere desprendidos por um
gases que se gases que se corpo entram em
incendiarão em incendiarão em combustão sem o
contato com uma contato com uma auxílio de fonte
fonte externa de fonte externa de externa de calor
calor. Retirando a calor. Retirando a (agente ígneo),
fonte de calor, o fogo fonte de calor, o estando apenas em
se apaga em seguida, fogo continua, contato com o ar.
devido à pouca devido à reação em
quantidade de vapores cadeia.
formados.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

PONTO DE PONTO DE PONTO DE


FULGOR COMBUSTÃO IGNIÇÃO

TEMPERATURA
MÍNIMA FONTE DE
CALOR

Ponto de ignição de
algumas substâncias:
CONTATO COM
FONTE DE Gasolina: 253 ºC
CALOR Óleo Diesel: 329 °C
Butano: 372 ºC
Propano: 450 ºC
GNV: 538 ºC
RETIRADA DA
Hidrogênio: 588 ºC
FONTE DE
CALOR
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

CONSIDERAÇÕES:
Líquido inflamável: ponto de fulgor  37,8 ºC

Líquido combustível: ponto de fulgor > 37,8 ºC

Na Petrobras, considera-se que os líquidos combustíveis com ponto


de fulgor > 60 ºC não classificam a área, exceto se houver fonte de
ignição no local;
A reação em cadeia ocorre quando o fogo tem energia suficiente
para continuar aquecendo o combustível ao ponto de o mesmo
continuar desprendendo gases inflamáveis que continuarão a
alimentar as chamas, permitindo que ela não se extingue
independente da presença de fonte calor externa.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

5- Densidade relativa

Relação entre a densidade do gás ou vapor e o ar, determinando se este tende


a se movimentar para baixo ou para cima, quando liberado para o meio externo.

Característica muito importante na delimitação do


volume de risco da área classificada.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

As áreas são classificadas conforme a probabilidade de ocorrência


da presença de uma mistura explosiva:
ZONA 0 - Local onde a formação de uma
mistura explosiva é contínua ou existe por
longos períodos;

ZONA 1 - É provável de acontecer mistura


explosiva em condições normais de
operação do equipamento de processo;

ZONA 2 - É pouco provável de acontecer


e, se acontecer, é por curtos períodos
estando ainda associada à operação
anormal do equipamento de processo.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

As áreas são classificadas conforme a probabilidade


de ocorrência da presença de uma mistura explosiva:

Em uma instalação industrial, a classificação de áreas


deve ser feita, preferencialmente por equipe
multidisciplinar, englobando profissionais de processo,
utilidades, segurança, elétrica, operação e VAC
(Ventilação e Ar Condicionado).
A correta classificação de áreas por “zonas” é
fundamental para que os equipamentos elétricos
instalados nessas áreas não sejam fontes de ignição
dessa atmosfera potencialmente explosiva.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

A importância de um estudo adequado de classificação de áreas

O tanque de mistura de substância inflamável é aberto. O compartimento


não é ventilado mecanicamente. Os produtos em estoque estão sempre
presentes no local. Todas as operações são manuais.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

A importância de um estudo adequado de classificação de áreas

Uma cobertura foi instalada acima do tanque. O compartimento é


ventilado mecanicamente e os produtos em estoque estão
armazenados em ambiente separado. Uma parte do trabalho é manual.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

A importância de um estudo adequado de classificação de áreas

O tanque é mantido fechado e o compartimento é ventilado mecanicamente. Os


produtos são armazenados externamente ao galpão. Todas as operações são
controladas por console localizado em ambiente separado. O risco existente
nesta configuração é devido à abertura do tanque para inspeção ou manutenção.
EXEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – DESENHOS EM DUAS DIMENSÕES


ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – DESENHOS EM TRÊS DIMENSÕES
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Zona 1 Exemplo típico de extensão de


áreas classificadas contendo
gases inflamáveis
Zona 0 Zona 2

Zona 1
CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO
São as fontes de calor com energia suficiente para elevar a temperatura dos
materiais combustíveis e inflamáveis alcançarem seus pontos de ignição. Sendo
essencial seu isolamento ou controle, como exemplo temos:

 Faíscas geradas por fricção;


 Eletricidade estática acumulada em materiais;
 Chamas abertas e fagulhas de trabalhos a quente;
 Superfícies aquecidas de equipamentos e dutos de exaustão;
 Equipamentos elétricos sem proteção para áreas classificadas.

Como exemplo em nosso cotidiano, devemos nos atentar para os riscos no


abastecimento do automóvel em um posto de gasolina, desligando o motor, não
usar o celular, não fumar etc.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

FONTES DE IGNIÇÃO
Nas unidades de produção e exploração, existem várias condições
e operações que apresentam fontes de ignição, independente da
área é extremamente importante a identificação, o estudo da
possibilidade de supressão ou o efetivo controle destas fontes,
principalmente em áreas classificadas.
Entre estas fontes podemos ressaltar as mais frequentes
identificadas em nossas atividades:

 Trabalhos a quente de chama aberta ou tratamento mecânico


com projeção de fagulhas e borras;

 Equipamentos elétricos.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
TRABALHOS A QUENTE
Especial atenção deve ser dada ao controle de chama aberta e fagulhas, estas possuem
energia suficiente para ignitar materiais com baixo ponto de combustão como madeira,
tecidos e plásticos.

Uso de habitáculo pressurizado


conforme procedimento.
Contenção adequada de fagulhas e borras.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Como evitar um encontro fatídico entre uma mistura inflamável e a
energia elétrica presente nos equipamentos e seus acessórios?

 Garantindo que os equipamentos elétricos e


acessórios sejam adequados para áreas
classificadas, atendendo aos requisitos
construtivos de normas técnicas e serem
CERTIFICADOS;
 Além disso, deve-se levar em conta a
montagem desses equipamentos no ambiente,
a manutenção, a operação e as inspeções
periódicas.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Equipamentos elétricos são fontes em potenciais de ignição, tanto por curto-circuito
como também pela temperatura que podem alcançar quando em operação. Devido a
isto somente é permitido o uso de equipamentos com certificado de conformidade,
controlados pelo INMETRO.
A certificação de conformidade está associada ao atendimento dos requisitos que são
utilizados na construção dos equipamentos, presentes em normas aplicáveis,
também chamados de requisitos construtivos. Esses requisitos determinam os tipos
de proteção adequados ao equipamento.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
PRINCIPAIS MÉTODOS PARA A PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS

CONFINAMENTO

A explosão é confinada em um compartimento capaz de resistir a pressão desenvolvida durante uma possível
explosão, não permitindo a propagação para as áreas vizinhas;

SEGREGAÇÃO

Separa fisicamente a atmosfera potencialmente explosiva da fonte de ignição;

PREVENÇÃO

Controla a fonte de ignição de forma que ela não possua energia térmica ou elétrica suficiente para detonar a
atmosfera explosiva;

SUPRESSÃO

A probabilidade do equipamento elétrico se tornar uma fonte de ignição é reduzida pela adoção de medidas
construtivas adicionais.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

CLASSIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS CONFORME A


PROTEÇÃO IMPLEMENTADA
• Ex “d”: Invólucros a prova de explosão – ABNT NBR IEC 60079-1
• Ex “e”: Segurança aumentada – ABNT NBR IEC 60079-7
• Ex “n”: Não centelhante – ABNT NBR IEC 60079-15
• Ex “i”: Segurança intrínseca – ABNT NBR IEC 60079-11
• Ex “p”: Invólucros pressurizados – ABNT NBR IEC 60079-2
• Ex “m”: Encapsulamento em resina – ABNT NBR IEC 60079-18
• Ex “q”: Imersão em areia – ABNT NBR IEC 60079-5
• Ex “o”: Imersão em óleo – ABNT NBR IEC 60079-6
ABNT NBR IEC 60079 & ABNT NBR ISO/IEC 80079
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

TIPOS DE PROTEÇÃO

Prova de Explosão (Ex-d) - Quando um


equipamento é certificado como “a prova de
explosão”, é porque caso ocorra algum
problema no circuito eletrônico dele que
possa gerar uma faísca, o próprio
equipamento será capaz de conter essa faísca
dentro dele, não deixando que ela saia, pois
se isto ocorrer, vai gerar uma explosão.
Este método é baseado no princípio do
confinamento, já que ele consegue fazer com
que a faísca fique confinada dentro do
equipamento.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Modelos de invólucros metálicos


à prova de explosão com tipo de
proteção Ex “d”
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM CAIXA À PROVA DE


EXPLOSÃO (EX-d)
 A tampa (junta) não pode ser pintada. Pode-se utilizar
uma graxa quimicamente inerte, que não resseque
com o tempo, desde que se aplique apenas um filme
por pessoal qualificado;
 Pode ter anel de vedação (o ring), desde que fique
fora do comprimento L (para dentro ou para fora);
 Sempre que se abrir uma caixa Ex-d, trocar o anel de
vedação, mesmo que esteja aparentemente bom.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Segurança aumentada - Ex-”e” -


Equipamentos que em condições normais
de operação não produzem centelhamento
ou altas temperaturas e que são dotados
de medidas construtivas adicionais de
modo a aumentar a sua segurança.
Este método de proteção é baseado no
conceito de supressão da fonte de ignição
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Não acendível - Ex-”n” - Tipo de proteção


aplicada a equipamentos elétricos de forma
que em condições normais de operação e em
determinadas condições anormais especificadas
ele não seja capaz de causar a ignição de uma
atmosfera explosiva de gás que esteja
presente. O equipamento tem que atender
requisitos construtivos que asseguram que não
é provável ocorrer uma falha capaz de causar a
ignição de uma mistura explosiva. A proteção
Ex-n é aplicável apenas em Zona 2.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

TIPOS DE PROTEÇÃO
Segurança Intrínseca Ex “i” - Um circuito é intrinsecamente seguro quando o mesmo
não é capaz de liberar energia elétrica (centelha) ou térmica suficiente para, em
condições normais ou anormais (curto-circuito ou circuito aberto), causar ignição de
uma atmosfera explosiva. O circuito Ex “i” é composto por: instrumento de campo,
cabos de interligação e componente associado (barreira / isolador galvânico).

Área não classificada Área classificada

Sistema Digital de
Instrumento
Controle de
Intrinsecamente
Processo
Seguro (Ex i
SDCD – PLC - PES

V0, I0, P0, L0, C0 LC, CC Vi, Ii, Pi, Li, Ci


ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

TIPOS DE PROTEÇÃO

Modelos instalação de circuitos


tipo de proteção Ex “i”

Instrumentos transmissores, caixas de Junção Ex “e”


com circuitos Ex “i” na cor azul clara
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Pressurizado Ex-”p” - Consiste em


manter presente no interior do invólucro
um gás de proteção com uma pressão
positiva superior à pressão atmosférica,
de modo que se houver presença de
mistura inflamável ao redor do
equipamento esta não entre em contato
com partes que possam causar uma
ignição. Esta técnica de proteção é
baseada no conceito de segregação.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

TIPOS DE PROTEÇÃO

Motor de corrente contínua de perfuração do tipo industrial comum aberto. Pressurização do motor através
de ventilação forçada e sistema de dutos, com tomada de ar fora de área classificada.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Imerso em resina (Encapsulado) - Ex-”m”


- Tipo de proteção em que as partes
capazes de inflamar uma atmosfera
potencialmente explosiva estão
encapsuladas por uma resina
suficientemente resistente às influências
ambientais e de tal modo que a atmosfera
explosiva não se inflame, seja por
centelhamento ou por alta temperatura
que possa ocorrer no interior do
encapsulamento.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Imerso em areia (Encapsulado) - Ex-”q” -


Tipo de proteção em que as partes
capazes de inflamar uma atmosfera
potencialmente explosiva são fixas em
posição e completamente circundadas por
um material de enchimento para evitar a
ignição da atmosfera externa
O material de enchimento pode ser
quartzo ou partículas de vidro.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Imerso em líquido - Ex-”o” - Tipo de


proteção em que o equipamento elétrico
ou partes deste estão imersos num líquido
de proteção, de forma que não seja
possível inflamar uma atmosfera
potencialmente explosiva acima do líquido
ou na parte externa do invólucro.

▶ Atenção: Aplicável somente para


equipamentos fixos!
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

TIPOS DE PROTEÇÃO
Transformador de TO com proteção Ex- o
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
OS EQUIPAMENTOS COM PROTEÇÃO EX DEVEM SER IDENTIFICADOS CONFORME NBR 9518
( ATUAL ABNT NBR IEC 60079-0:2006 )

Br Ex ia IIC T6

CERTIFICAÇÃO TEMPERATURA
Indica que a Certificação é Indica a classe de temperatura
Brasileira de superfície do equipamento
T1 (450º), T2 (300º), T3 (200º),
T4 (135º), T5 (100º), T6 (85º)

PROTEÇÃO GRUPO
Indica que o equipamento possui Indica o grupo para o qual o
algum tipo de proteção para equipamento foi construído
atmosfera potencialmente explosiva GRUPO IIC
GRUPO IIB
GRUPO IIA

TIPO DE PROTEÇÃO
Indica o tipo de proteção que o equipamento possui:
“d” – À prova de Explosão
“p” – Pressurizado
“m” – Encapsulado
“o” – Imerso em Óleo
“q” – Imerso em Areia
“e” – Segurança Aumentada
“ia” – Segurança Intrínseca, categoria “a”
“ib” – Segurança Intrínseca, categoria “b”
“ic” – Segurança Intrínseca, categoria “c”
“n” – Não Acendível
“s” – Especial
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

CUIDADOS COM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM


AMBIENTES EXPLOSIVOS
 Motores, máquinas e ferramentas devem estar com dispositivos
de proteção automáticos, para os casos de curto-circuito,
sobrecarga, falta de fase e fuga de corrente;

 Os cabos e equipamentos elétricos devem ser protegidos contra


impactos, água e influência de agentes químicos;

 Em locais de ocorrência de gases inflamáveis e explosivos os


serviços de manutenção elétrica devem ser realizados sob
supervisão, com rede elétrica desligada e a chave de
acionamento bloqueada, monitorando-se a concentração de
gases.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

CUIDADOS COM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM


AMBIENTES EXPLOSIVOS

 Toda instalação, invólucro, carcaça, ou qualquer peça


condutora que podem armazenar energia estática com
possibilidade de gerar fagulha devem ser aterradas;
 As malhas e os pontos de aterramento devem ser
revisados periodicamente, registrando-se os resultados;
 Não alterar jamais os ajustes e características dos
dispositivos de segurança, prejudicando sua eficaz
atuação.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

INSPEÇÃO
Ação que compreende um
criterioso e detalhado exame em
um determinado equipamento,
sem desmontá-lo ou
desmontando-o parcialmente,
utilizando, se necessário,
recursos tais como medições,
visando chegar a uma conclusão
confiável quanto à sua aptidão
em desempenhar as funções
requeridas pelas especificações a
ele aplicáveis.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
GRAUS DE INSPEÇÃO
INSPEÇÃO VISUAL (V)
Inspeção que identifica, sem o uso de equipamentos de acesso ou ferramentas,
defeitos que são evidentes, tais como ausência de parafusos.

INSPEÇÃO APURADA (A)


Inspeção que engloba os aspectos cobertos pela inspeção visual e, além disso,
identifica defeitos (por exemplo, parafusos frouxos) que somente são
detectáveis com o auxílio de equipamentos de acesso, como escadas e
ferramentas. Inspeções apurada não requerem normalmente que o invólucro
seja aberto, nem que o equipamento seja desenergizado.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
GRAUS DE INSPEÇÃO

INSPEÇÃO DETALHADA (D)


Inspeção que engloba os aspectos cobertos pela inspeção apurada e, além
disso, identifica defeitos (como terminais frouxos) que somente são
detectáveis com a abertura do invólucro e uso, se necessário, de
ferramentas e equipamentos de ensaios. A inspeção detalhada geralmente
requer que o equipamento seja isolado.

Nas Tabelas 1,2 e 3 da NBR IEC 60079-17 são indicadas as verificações


específicas que devem ser feitas em cada um desses graus de inspeção,
de acordo com o tipo de proteção do equipamento sob verificação.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
TIPOS DE INSPEÇÃO

INSPEÇÃO INICIAL
Inspeção feita em todos os equipamentos elétricos, sistemas e
instalações, antes que sejam colocados em serviço. As inspeções iniciais
devem ser de grau detalhado, quando aplicável.

INSPEÇÃO PERIÓDICA
Inspeção em todos os equipamentos elétricos, sistemas e instalações,
realizada rotineiramente.

INSPEÇÃO POR AMOSTRAGEM


Inspeção feita em um certo percentual dos equipamentos elétricos,
sistemas e instalações.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

DOCUMENTAÇÃO
A equipe de inspeção deve estar de posse
da documentação atualizada dos
seguintes itens:
 Desenhos de classificação de áreas;
 Grupo e Classe de temperatura das
substâncias;
 Classe de Temperatura do
equipamentos
 Registros que permitam a
manutenção do equipamento de
acordo com o seu tipo de proteção,
tais como:
 Lista e localização dos
equipamentos;
 Lista de peças de reposição;
 Informações técnicas e instruções
do fabricante.
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

? ?
É REALMENTE NECESSÁRIO
TOMAR TODOS ESTES CUIDADOS?

? ?
Sim, seria possível. Veja a
Seria possível um acessório simulação de um acidente
(não certificado) que poderia ser
inadequado a invólucro Ex provocado por um
d ser o responsável por um acessório desses
acidente?
1. INÍCIO DA INSPEÇÃO NO
VASO DE HIDROCARBONETO
2. O FLANGE DE VISITA É
RETIRADO E SOLICITADA UMA
LUMINÁRIA Ex d
3. AO INTRODUZIR A LUMINÁRIA NO
INTERIOR DO VASO, ESTA CAI E É
PUXADA PELO CABO (MUITO PESADA)
4. OS TERMINAIS SE SOLTAM NO
INTERIOR DA LUMINÁRIA E PROVOCAM
CURTO-CIRCUITO QUE RESULTA EM
EXPLOSÃO
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

“PACIENTE EXPLODE AO SER


OPERADO NA DINAMARCA”

Copenhague (O GLOBO, 01.08.78) - “O intestino de um paciente explodiu numa sala


de cirurgia do Hospital de Velle, na Dinamarca, quando o médico que operava
empregou um bisturi elétrico - denunciaram os cirurgiões Niels Jentoet Osnen e Vagn
Berg, no último número da revista Boletim Médico, colocada ontem à venda.
A operação transcorria normalmente até o momento em que os cirurgiões tentaram
usar o bisturi elétrico, cuja faísca, em contato com os gases armazenados no intestino
o fez explodir imediatamente. Depois de uma série de operações secundárias o
paciente morreu ... ”
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Pontos do cabo em amarelo, são pontos
com integridade comprometida

CÓDIGO – AW 73/1 TENSÃO – 110 – 127 – 220 V 60 Hz


LÂMPADA – INCANDESCENTE DE ATÉ 100 W 24 48 125 Vcc
APLICAÇÃO – ZONA 1 e 2 MARCAÇÃO – BR Exd IIB T4
NORMAS ABNT 5363, 9518 e 6146 CERT. Nº 2001EC02CP028
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Parte do cabo
comprometida e por onde
houve o centelhamento
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Queimadura de 1º grau na face e antebraço


direito
Se informe sempre com seu supervisor sobre as
CONSIDERAÇÕES especificidades da plataforma.
FINAIS  Conhecer os procedimentos operacionais a
serem adotados em Áreas Classificadas;
 Respeitar a sinalização de segurança quanto ao
uso de equipamento e dispositivo EX na
plataforma;
 Quando executar atividades elétricas em área
classificada verificar antes sua certificação;
Na dúvida chame o profissional de segurança.
ATIVIDADE PRÁTICA A BORDO
INDICAÇÃO
IN LOCO DOS SISTEMAS
E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS
PARA O COMBATE A INCÊNDIO.
ATIVIDADE PRATICA A BORDO
Imediatamente após o embarque, procure o Técnico de
Segurança e solicite o agendamento do atividade prática a
bordo;

O técnico de segurança deve apresentar aos trabalhadores


os sistemas e equipamentos disponíveis para o combate a
incêndio da unidade;

Para os empregados de empresas terceiras que tenham


Técnico de Segurança a bordo, a prática deve ser ministrada
por eles.

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